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Sérgio Machado
Direito Administrativo p/ CGU
Convênios
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Direito Administrativo p/ CGU
Prof. Erick Alves
Prof. Sérgio Machado
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Sumário
SUMÁRIO ............................................................................................................................................................. 2
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................. 3
PARTÍCIPES .......................................................................................................................................................................... 7
VEDAÇÕES ......................................................................................................................................................................... 17
GABARITO ......................................................................................................................................................... 66
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Apresentação
Este livro digital em PDF está organizado da seguinte forma:
1) Teoria permeada com questões, para fixação do conteúdo – estudo OBRIGATÓRIO
2) Bateria de questões comentadas da banca organizadora do concurso, para conhecer a banca e o seu
nível de cobrança – estudo OBRIGATÓRIO
3) Lista de questões da banca sem comentários seguida de gabarito, para quem quiser tentar resolver antes
de ler os comentários – estudo FACULTATIVO
4) Resumo Direcionado, para auxiliar na revisão – estudo FACULTATIVO
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Os convênios celebrados até 14 de abril de 2008 sujeitam-se às disposições da IN/STN 01/1997. A partir
dessa data, as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios, contratos de repasse
e termos de cooperação são as dispostas no Decreto 6.170/2007 e na Portaria Interministerial 507/2011, dos
Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e do Chefe da Controladoria-Geral da União. A
Portaria 507/2011, todavia, foi revogada pela Portaria Interministerial 424/2016, dos Ministérios do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, da Fazenda e da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da
União, que é o normativo que atualmente regulamenta as transferências de recursos da União mediante convênios
e contratos de repasse. Ou seja, a Portaria 507/2011 não vale mais; quem dita as regras agora é a Portaria 424/2016.
1
Di Pietro (2015, p. 387)
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O contrato de repasse foi uma alternativa criada para melhorar o controle da aplicação dos recursos
repassados pela União. Como o nível de descentralização desses recursos é muito grande, chegando a diversos
municípios nos mais distantes rincões do país, ficava difícil para a União, por intermédio dos seus Ministérios,
comprovar o efetivo cumprimento do objeto pactuado. Pensou-se, então, em transferir essa tarefa de fiscalização
para os agentes financeiros federais, notadamente a Caixa Econômica Federal, que possui agências bancárias
espalhadas por todo o país. A Caixa, então, além de operacionalizar o repasse financeiro dos recursos, atua como
mandatária da União, isto é, como representante da União na fiscalização da execução dos projetos.
Nesse sentido, o art. 8º do Decreto 6.170/2007 estabelece que a execução de programa de trabalho que
objetive a realização de obra será feita por meio de contrato de repasse, salvo quando o concedente dispuser de
estrutura para acompanhar a execução do convênio. Como a realização de obras demanda maior acompanhamento
e fiscalização, a legislação definiu que o contrato de repasse seria o instrumento mais adequado para
operacionalizar a descentralização dos recursos para essa finalidade, em razão do controle efetuado pela
instituição financeira federal.
Sobre o assunto, o Decreto 6.170/2007 ainda prescreve que, caso a instituição ou agente financeiro público
federal não detenha capacidade técnica necessária para realizar o acompanhamento da aplicação dos recursos
transferidos, deverá figurar, no contrato de repasse, na qualidade de interveniente, outra instituição pública ou
privada, a quem caberá o mencionado acompanhamento.
Além desses conceitos, é importante conhecer também o chamado termo de execução descentralizada,
utilizado para a descentralização de créditos orçamentários entre órgãos e entidades da administração pública
federal, ou seja, sem envolver outras esferas de governo ou entidades privadas.
Termo de execução descentralizada é o instrumento por meio do qual é ajustada a descentralização de
crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, para
execução de ações de interesse da unidade orçamentária descentralizadora e consecução do objeto previsto no
programa de trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional programática.
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Convênios
Termos de execução
Convênios / Contratos de repasse
descentralizada
Finalizando essa parte conceitual, é preciso ressaltar que, de modo geral, será utilizada nesta aula a
nomenclatura convênio ou instrumento para designar as modalidades convênio e contrato de repasse.
Fique Atento !!
Quanto aos convênios entre a União e entidades privadas, a possibilidade de sua celebração foi bastante
restringida pela Lei 13.019/2014, que estabelece o regime jurídico das parceiras voluntárias entre a Administração
Pública e as organizações da sociedade civil.
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Essa lei previu, como instrumentos para celebração do ajuste, os chamados termos de colaboração e termos
de fomento e proibiu a criação de outras modalidades de parceria ou a combinação de ambas, salvo quanto aos
termos de parceria com Oscips e contratos de gestão com organizações sociais.
Ademais, a referida lei restringiu os convênios a parcerias entre os entes federados ou com pessoas jurídicas
a eles vinculadas, ou, ainda, com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos no âmbito do sistema único de
saúde, nos termos do §1o do art. 199 da CF.
Portanto, a partir da entrada em vigor da Lei 13.019/2014, que ocorreu no início de 2016, como regra, não
podem mais existir convênios entre entes federados e entidades privadas. As parcerias celebradas com entidades
privadas, como regra, terão que ser formalizadas por meio dos instrumentos previstos na Lei 13.019/2014 (termo
de colaboração, termo de fomento ou acordo de cooperação).
Partícipes
Os instrumentos jurídicos utilizados nas transferências de recursos orçamentários abrangem concedentes
e convenentes, descentralizadoras e descentralizadas, assim definidos:
§ Concedente: órgão da administração pública federal direta ou entidade da administração pública federal
indireta, responsável pela transferência dos recursos financeiros destinados à execução do objeto do
convênio, assim como pela verificação da conformidade financeira, acompanhamento da execução e
avaliação do cumprimento do objeto do instrumento (convênio ou contrato de repasse). Ou seja, é quem
transfere os recursos e acompanha/avalia a sua aplicação.
§ Convenente: órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta de qualquer esfera de
governo, consórcio público ou entidade privada sem fins lucrativos, com o qual a administração federal
pactua a execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco por meio de convênios ou
contratos de repasse. Ou seja, é quem recebe e aplica os recursos.
Fique Atento !!
Segundo o Decreto 6.107/2007, as partes de um contrato de repasse são contratante (quem repassa os
recursos) e contratado (quem recebe os recursos).
A Portaria Interministerial 424/2016, por sua vez, emprega para as partes do contrato de repasse a mesma
nomenclatura aplicável aos convênios, qual seja: concedente e convenente.
§ Unidade descentralizadora: órgão da administração pública federal direta, autarquia, fundação pública
ou empresa estatal dependente detentora e descentralizadora da dotação orçamentária e dos recursos
financeiros. Ou seja, é quem transfere as dotações orçamentárias mediante termo de execução
descentralizada.
§ Unidade descentralizada: órgão da administração pública federal direta, autarquia, fundação pública ou
empresa estatal dependente recebedora da dotação orçamentária e recursos financeiros. Ou seja, é quem
recebe as dotações orçamentárias mediante termo de execução descentralizada.
Questões de prova
1. FCC – Procurador Município São Paulo 2008
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b) deverão firmar contrato, podendo dispensar a licitação desde que a Fundação obtenha a qualificação de
OSCIP.
c) não poderão firmar convênio, tendo em vista os efeitos financeiros, estando obrigadas a celebrar contrato
de gestão.
d) poderão firmar convênio, independentemente de licitação, vedando-se, contudo, o estabelecimento de
remuneração à Fundação.
e) poderão firmar convênio, admitindo-se a remuneração da Fundação na hipótese de atuar como gestora
da avença.
Comentários:
a) ERRADA. Os convênios não precisam ser precedidos de licitação.
b) ERRADA. Não há previsão de dispensa de licitação para a celebração de contratos com OSCIPs. Ademais,
como o enunciado informa que o ajuste a ser firmado possui como objetivo a realização de finalidade
comum entre as partes, a situação se amolda mais à celebração de convênio do que de contrato.
c) ERRADA. Não há vedação para que as entidades envolvidas celebrem convênio, ainda mais considerando
que existe interesse comum.
d) CERTA. Como visto, considerando que as partes possuem um interesse em comum, poderão sim celebrar
convênio, independentemente de licitação. Aliás, a licitação não é necessária exatamente porque não pode
haver remuneração de um partícipe ao outro. Caso contrário, estaríamos diante de um contrato que, salvo
nas hipóteses de dispensa e inexigibilidade, devem ser precedidos de licitação.
e) ERRADA. Como dito, no convênio não pode haver remuneração de um partícipe ao outro.
Gabarito: alternativa “d”
c) a obrigatoriedade de prévio procedimento licitatório, uma vez que do ajuste resultarão obrigações
recíprocas de natureza contratual.
d) o fato de que os entes conveniados, por terem objetivos institucionais diversos, visam à concretização de
propósitos que lhes sejam favoráveis.
e) a prefixação do preço ou remuneração pela colaboração prestada, sendo vedadas quaisquer formas de
repasse de recursos materiais ou humanos.
Comentários:
a) ERRADA. O convênio, de fato, tem como finalidade a realização conjunta de atividades comuns. Porém,
se houver interesses opostos, o caso é de contrato, e não de convênio.
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Art. 12. O convênio poderá ser denunciado a qualquer tempo, ficando os partícipes responsáveis
somente pelas obrigações e auferindo as vantagens do tempo em que participaram voluntariamente
do acordo, não sendo admissível cláusula obrigatória de permanência ou sancionadora dos
denunciantes.
c) ERRADA. Não há necessidade de se realizar licitação para celebrar convênios, justamente pelo fato de
que, do ajuste, não resultam obrigações de natureza contratual.
d) ERRADA. O erro do item não está muito evidente. Os conveniados, certamente, podem possuir objetivos
institucionais diversos. Também podem visar à concretização de propósitos que lhes sejam favoráveis,
considerando que o objeto do convênio é do interesse de todos os conveniados. Talvez o erro considerado
pela banca é que os propósitos devem ser comuns, e não apenas favoráveis a cada conveniado
individualmente (o item pode dar a entender o contrário).
e) ERRADA. No convênio não pode haver remuneração de um partícipe ao outro.
Gabarito: alternativa “b”
c) permitem a retirada voluntária de qualquer um dos partícipes, sem que se caracterize inadimplência.
d) dependem de prévia licitação, quando houver mais de uma entidade habilitada a celebrar o ajuste.
e) não permitem o repasse de recursos financeiros entre os partícipes, visto que cada qual deve arcar com
as respectivas tarefas que foram objeto do ajuste.
Comentários:
Art. 12. O convênio poderá ser denunciado a qualquer tempo, ficando os partícipes responsáveis
somente pelas obrigações e auferindo as vantagens do tempo em que participaram voluntariamente do
acordo, não sendo admissível cláusula obrigatória de permanência ou sancionadora dos denunciantes.
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e) ERRADA. Embora não possa haver remuneração, nos convênios ocorre sim o repasse de recursos
financeiros entre os partícipes, para que a execução do objeto ocorra de forma centralizada, por um dos
partícipes.
Gabarito: alternativa “c”
b) Termo de Cooperação.
c) Termo de Parceria.
d) Termo de Execução Descentralizada.
e) Contrato de Repasse.
Comentário:
A resposta está no art. 1º, §1º, III do Decreto 6.170/2007:
III - termo de execução descentralizada - instrumento por meio do qual é ajustada a descentralização
de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da
União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária descentralizadora e consecução
do objeto previsto no programa de trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional
programática.
I - convênio - acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência de recursos
financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha
como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou
indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou
municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando a execução
de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou
evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação;
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O Decreto 6.170/2007 disciplina os convênios firmados pela administração pública federal; por isso, é natural
que restrinja a participação no polo repassador dos recursos a “órgão ou entidade da administração pública
federal, direta ou indireta”. Porém, é possível que Estados, DF e Municípios também firmem convênios nos
quais figurem como a parte que irá repassar os recursos a terceiros. Na questão em comento, por exemplo,
quem repassa os recursos é a administração do DF, o que é perfeitamente cabível. O aspecto crucial para se
definir um convênio é a finalidade do ajuste, qual seja, a execução de programas de interesse recíproco, em
regime de cooperação mútua.
Gabarito: Certo
Comentário: O item está correto. Conforme ensina Carvalho Filho, “no contrato os interesses são opostos
e diversos; no convênio, são paralelos e comuns. Nesse tipo de negócio jurídico, o elemento fundamental
é a cooperação, e não o lucro, que é o almejado pelas partes no contrato. De fato, num contrato de obra, o
interesse da Administração é a realização da obra, e o do particular, o recebimento do preço. Num convênio
de assistência a menores, porém, esse objetivo tanto é do interesse da Administração como também do
particular. Por isso, pode-se dizer que as vontades não se compõem, mas se adicionam”.
Nos convênios, a cooperação mútua pode assumir várias formas, como repasse de verbas, uso de
equipamentos, de recursos humanos e materiais, de imóveis, de know-how e outros.
Gabarito: Certo
Comentário:
O art. 1º, §7º da Portaria Interministerial 424/2016 estabelece, taxativamente, que “a União não está
obrigada a celebrar convênios”. Aliás, não é por outro motivo que os convênios e instrumentos congêneres
são chamados de transferências voluntárias, ou seja, a União transfere o recurso (que é seu) apenas se
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quiser. Nem mesmo uma situação emergencial que esteja ocorrendo num Estado ou Município é capaz de
obrigar a União a celebrar um convênio ou contrato de repasse contra sua vontade.
Gabarito: Errado
Comentário:
Nos convênios, um dos partícipes é a União ou uma entidade da administração indireta federal; o outro,
poderá ser um órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, assim como uma
entidade privada sem fins lucrativos, ou ainda, um consórcio público.
Lembrando que, desde a entrada em vigor da Lei 13.019/2014 (em janeiro de 2016), não é mais possível a
celebração de convênios com entidades privadas, salvo nos casos expressamente previstos em lei, como nos
convênios na área de saúde, previstos no art. 199 da CF.
Os convênios vigentes com entidades privadas na data de entrada em vigor da referida lei serão executados
até o término de seu prazo, e permanecerão sendo regidos pela legislação de convênios, sem prejuízo da
aplicação subsidiária da Lei 13.019, naquilo que for cabível, desde que em benefício do alcance do objeto
da parceria. Tais convênios poderão ser prorrogados de ofício, no caso de atraso na liberação de recursos
por parte da Administração Pública, por período equivalente ao atraso.
Já os convênios que tenham sido firmados por prazo indeterminado antes da data de entrada em vigor da
Lei 13.019, ou que sejam prorrogáveis por período superior ao inicialmente estabelecido, deverão ser,
alternativamente: (i) substituídos pelos instrumentos previstos na Lei 13.019; (ii) objeto de rescisão
unilateral pela Administração. Tais medidas deverão ser adotadas no prazo de até um ano após a data da
entrada em vigor da referida Lei.
Gabarito: Errado
Comentário:
Convenente, em suma, é quem recebe e aplica os recursos oriundos do convênio. Vamos ver a definição
que consta no Decreto 6.170/2007:
Portanto, a entidade privada, para estar apta a receber recursos de convênios firmados com o Governo
Federal, não pode ter fins lucrativos, daí o erro.
Gabarito: Errado
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VII - contratado - órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de qualquer esfera de
governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com a qual a administração federal pactua a
execução de contrato de repasse;
Gabarito: Certo
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Considere que determinado município deseje receber transferências voluntárias da União. Nessa situação,
além de obedecer aos limites e critérios estabelecidos na LRF, será indispensável a formalização da
transferência por meio de convênio.
Comentário:
De fato, se determinado município desejar receber transferências voluntárias da União, deverá obedecer
aos limites e critérios estabelecidos na LRF, a exemplo da publicação dos relatórios de execução
orçamentária e gestão fiscal e da observância dos limites de gastos com pessoal. A questão, contudo, erra
ao afirmar que será indispensável a formalização da transferência por meio de convênio, pois ela também
poderá ser feita mediante contrato de repasse.
Gabarito: Errado
Gabarito: Certo
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros
instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.
Gabarito: Certo
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Com essas ferramentas, a União espera maior agilidade e menores custos com os procedimentos
necessários às transferências voluntárias de recursos federais. E mais, espera garantir mais transparência aos atos
de gestão, pois o Portal possibilita o acompanhamento pela sociedade de todo o processo, desde a apresentação
da proposta pelo interessado até a análise, celebração e liberação de recursos pelo concedente, bem como a
prestação de contas on-line da execução física e financeira, pelo convenente.
A utilização do Portal de Convênios é obrigatória para a celebração, a liberação de recursos, o
acompanhamento da execução e a prestação de contas dos convênios firmados com recursos repassados
voluntariamente pela União.
A obrigatoriedade vale para todos os usuários do sistema: órgãos federais com programas passíveis de
convênios e contratos de repasse, bem como órgãos estaduais e municipais e entidades privadas que firmarem
esses convênios e contratos com a União.
Detalhe é que os termos de execução centralizada, utilizados para as transferências de créditos
orçamentários entre unidades gestores de um mesmo órgão ou entidade, não são registrados no SICONV.
Ressalte-se que o SICONV deverá apresentar relação das entidades privadas sem fins lucrativos que
possuam convênios ou contratos de repasse vigentes com a União ou cujas contas ainda estejam pendentes de
aprovação.
Questões de prova
18. Cespe – Câmara dos Deputados 2014
Os órgãos e entidades que possuam sistema próprio de gestão de convênios podem realizar procedimentos
de liberação, acompanhamento e execução desses recursos, devendo encaminhar os dados ao SICONV para
fins de prestação de contas.
Art. 18-B. A partir de 16 de janeiro de 2012, todos os órgãos e entidades que realizem transferências
de recursos oriundos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União por meio de convênios,
contratos de repasse ou termos de parceria, ainda não interligadas ao SICONV, deverão utilizar esse
sistema.
Parágrafo único. Os órgãos e entidades que possuam sistema próprio de gestão de convênios,
contratos de repasse ou termos de parceria deverão promover a integração eletrônica dos dados
relativos às suas transferências ao SICONV, passando a realizar diretamente nesse sistema os
procedimentos de liberação de recursos, acompanhamento e fiscalização, execução e prestação de
contas.
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O Poder Legislativo, o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União
terão acesso ao Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (SICONV), bem como outros
órgãos que demonstrem tal necessidade, a critério do órgão central do sistema, podendo incluir, no referido
sistema, informações a respeito da execução de convênios realizados entre órgãos da União e prefeituras
de municípios brasileiros.
Comentário:
A questão está de acordo com o art. 13, §3º do Decreto 6.170/2007, abaixo transcrito:
Gabarito: Certo
Vedações
A celebração de convênios e contratos de repasse nem sempre é permitida. A seguir, as principais
hipóteses de vedação:
Em regra, é vedada a celebração de convênios para a execução de obras e serviços de engenharia, exceto
nos seguintes casos:
§ instrumentos celebrados por entidades da administração indireta que possuam estrutura descentralizada
nas unidades da federação para acompanhamento da execução das obras e serviços de engenharia;
§ instrumentos cujo objeto seja vinculado à função orçamentária defesa nacional, desde que o concedente
disponha de estrutura para acompanhar a execução do convênio; e
§ instrumentos celebrados por órgãos e entidades da administração pública federal que tenham por
finalidade legal o desenvolvimento regional, nos termos do art. 43 da Constituição Federal, desde que o
concedente disponha de estrutura para acompanhar a execução do convênio.
É vedada a celebração de convênios para a execução de atividades cujo objeto esteja relacionado ao
pagamento de custeio continuado do proponente, ou seja, o convênio não pode servir de fonte de recursos para
o pagamento das despesas do dia-a-dia do beneficiário, de forma continuada.
§ com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), nos
termos do § 1º do art. 199 da Constituição Federal;
§ com os serviços sociais autônomos.
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As parcerias com entidades privadas sem fins lucrativos devem ser formalizadas por meio dos
instrumentos previstos na Lei 13.019/2014 (termo de fomento e termo de colaboração).
É vedada a celebração de convênios com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham como
dirigentes membro do Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, do Ministério Público ou dirigente de órgão ou
entidade da administração pública, de qualquer esfera governamental, ou respectivo cônjuge ou companheiro ou
parente em linha reta, colateral ou por afinidade até o 2º grau.
Instrumentos de valor inferior a R$ 100.000,00 ou, no caso de obras ou serviços de engenharia, inferior a
R$ 250.000,00
É proibido celebrar convênios e contratos de repasse de valor inferior a R$100.000,00 (cem mil reais) para
a execução de despesas de custeio ou para aquisição de equipamentos.
Para obras e serviços de engenharia, o valor não poderá ser inferior a R$ 250.000,00 (duzentos e
cinquenta mil reais), com exceção da elaboração de projetos de engenharia (nesse caso, aplica-se o limite mínimo
de R$ 100 mil).
No entanto, para fins de alcance desses limites, os Estados, Distrito Federal e Municípios podem formar
consórcio público, seja sob a forma de associação pública, seja como pessoa jurídica de direito privado. Assim, os
entes consorciados podem “unir forças” e apresentar projetos que superem os limites mínimos previstos na
legislação.
O consórcio firmará o convênio com o repassador dos recursos e assumirá as obrigações decorrentes do
instrumento assinado. As responsabilidades de cada ente integrante do consórcio, por sua vez, estarão
explicitadas não apenas na documentação do convênio como também nas cláusulas do próprio contrato de
consórcio público.
A fim de alcançar os limites mínimos, também se admite a celebração de convênios que englobem vários
programas e ações federais a serem executados de forma descentralizada, devendo o objeto conter a descrição
pormenorizada e objetiva de todas as atividades a serem realizadas com os recursos federais.
É vedada a celebração com entidades privadas sem fins lucrativos que não comprovem ter desenvolvido,
nos últimos 3 anos, atividades referentes à matéria objeto do convênio ou contrato de repasse.
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Convênios
É ainda vedada a celebração de convênios e contratos de repasse com órgãos ou entidades, de direito
público ou privado, que estejam inadimplentes nas suas obrigações em outros instrumentos celebrados com
órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, exceto aos instrumentos decorrentes de emendas
parlamentares individuais nos termos do § 13 do art. 166 da Constituição Federal.
É vedada a celebração de convênios, assim como contratos de repasse, com entidades privadas sem fins
lucrativos cujo corpo de dirigentes contenha pessoas que tiveram, nos últimos cinco anos, atos julgados
irregulares por decisão definitiva do Tribunal de Contas da União, em decorrência das situações previstas no
art. 16, inciso III, da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992;
É vedada a celebração de convênios e contratos de repasse com pessoas físicas ou pessoas jurídicas de
direito privado com fins lucrativos, ainda que sejam estas últimas integrantes da administração indireta, no caso
das entidades que exploram atividade econômica.
É vedada a celebração de convênios e contratos de repasse com estabelecimentos cadastrados como filial
no CNPJ. O instrumento deve ser celebrado com a entidade matriz, e não com alguma de suas filiais.
*****
Além das vedações acima, também é proibido celebrar convênios com entidades privadas sem fins
lucrativos que tenham, em suas relações anteriores com a União, incorrido em pelo menos uma das seguintes
condutas:
Questões de prova
20. ESAF – MPOG 2015
No que se refere às transferências de recursos da União, é correto afirmar:
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a) uma vez que cabe ao concedente acompanhar a execução do objeto do convênio ou contrato de repasse,
é vedado à CGU realizar auditorias periódicas nesses instrumentos.
b) Termo de Cooperação é o instrumento jurídico previsto para a transferência de recursos às Organizações
Sociais de Interesse Público (OSCIPs).
c) aos consórcios públicos é vedado se constituírem sob a forma de pessoa jurídica de direito privado.
d) o repasse fundo a fundo pode ser considerado contrato de repasse.
e) é vedada a celebração de convênios e contratos de repasse com pessoas físicas ou entidades privadas com
fins lucrativos.
Comentários:
Vamos analisar cada item:
a) ERRADA. A Controladoria-Geral da União é o órgão de controle interno do Poder Executivo Federal.
Logo, o órgão pode sim realizar auditorias para verificar a aplicação dos recursos públicos federais
repassados mediante convênio.
b) ERRADA. O instrumento jurídico previsto para a transferência de recursos às OSCIPs é o termo de
parceria. O termo de cooperação, por sua vez, é previsto na Lei 13.019/2014, sendo utilizado para formalizar
os acordos entre o Estado e entidades privadas sem fins lucrativos quando o pleno de trabalho é proposto
pela Administração.
c) ERRADA. Os consórcios públicos podem sim se constituírem sob a forma de pessoa jurídica de direito
privado, assim como de direito público.
d) ERRADA. As transferências fundo a fundo são utilizadas no âmbito do Sistema Único de Saúde, e
servem para repassar recursos diretamente do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais e
Municipais de Saúde. Esse tipo de transferência não é uma modalidade de contrato de repasse, ainda que
conte com a intermediação da Caixa Econômica Federal.
e) CERTA. Para que possa ocorrer o repasse direto de recursos públicos para entidades privadas, essas
entidades devem ser sem fins lucrativos. Afinal, em vista dos princípios da impessoalidade e do interesse
público, não seria admissível retirar recursos que pertencem a toda a sociedade para favorecer o
enriquecimento de alguns. Lembrando que a possibilidade de celebração de convênios com entidades
privadas sem fins lucrativos ficou bastante restringida a partir da vigência da Lei 13.019/2014. Atualmente,
como regra, as parcerias com essas entidades são firmadas por meio dos instrumentos previstos na referida
lei.
Gabarito: alternativa “e”
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Convênios
I - convênios para a execução de obras e serviços de engenharia, exceto nos seguintes casos:
b) instrumentos cujo objeto seja vinculado à função orçamentária defesa nacional, observado o disposto
no art. 8º do Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007; ou (Alterado pela PORTARIA INTERMINISTERIAL
Nº 101, DE 20 DE ABRIL DE 2017).
c) instrumentos celebrados por órgãos e entidades da administração pública federal, que tenham por
finalidade legal o desenvolvimento regional nos termos do art. 43 da Constituição Federal, observado o
disposto no art. 8º do Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007. (Alterado pela PORTARIA
INTERMINISTERIAL Nº 277, DE 3 DE OUTUBRO DE 2017).
II - convênios para a execução de atividades cujo objeto esteja relacionado ao pagamento de custeio
continuado do proponente;
a) com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos nos termos do § 1º do art. 199 da Constituição
Federal; e
IV - instrumentos para a execução de obras e serviços de engenharia com valor de repasse inferior a R$
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais);
V - instrumentos para a execução de despesas de custeio ou para aquisição de equipamentos com valor
de repasse inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais);
a) entre órgãos e entidades da Administração Pública federal, casos em que deverão ser firmados
termos de execução descentralizada;
b) com órgão ou entidade, de direito público ou privado, que esteja inadimplente nas suas obrigações
em outros instrumentos celebrados com órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, exceto
aos instrumentos decorrentes de emendas parlamentares individuais nos termos do § 13 do art. 166 da
Constituição Federal, ou irregular em qualquer das exigências desta Portaria;
c) com pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado com fins lucrativos, ainda que sejam estas
últimas integrantes da administração indireta, no caso das entidades que exploram atividade
econômica;
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Convênios
d) visando à realização de serviços ou execução de obras a serem custeadas, ainda que apenas
parcialmente, com recursos externos, sem a prévia contratação da operação de crédito externo;
e) com entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos cujo objeto social não se relacione às
características do programa ou que não disponham de condições técnicas para executar o objeto
proposto; e
f) com entidades privadas sem fins lucrativos, cujo corpo de dirigentes contenha pessoas que tiveram,
nos últimos cinco anos, atos julgados irregulares por decisão definitiva do Tribunal de Contas da União,
em decorrência das situações previstas no art. 16, inciso III, da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992;
VII - qualquer modalidade regulada por esta Portaria com entidades privadas sem fins lucrativos que
tenham, em suas relações anteriores com a União, incorrido em pelo menos uma das seguintes
condutas:
e) prática de outros atos ilícitos na execução dos instrumentos ou termos de parceria pactuados; e
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Convênios
Recursos de convênio não podem ser utilizados na contratação de pessoas naturais condenadas por crimes
contra a administração pública ou o patrimônio público, crimes eleitorais punidos com pena privativa de
liberdade e crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.
Comentário:
O quesito está de acordo com o art. 11-B, §4º do Decreto 6.170/2007:
§4º Não poderão ser contratadas com recursos do convênio ou contrato de repasse as pessoas naturais
que tenham sido condenadas por crime:
Gabarito: Certo
Comentário:
É vedada a celebração de convênios, pelos órgãos e entidades da administração pública federal, com órgãos
e entidades da administração pública direta e indireta dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, cujo
valor seja inferior a cem mil reais para a execução de despesas de custeio ou para aquisição de
equipamentos. Isso está previsto no art. 9º, V da Portaria Interministerial 424/2016:
(...)
IV - instrumentos para a execução de obras e serviços de engenharia com valor de repasse inferior a R$
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais);
V - instrumentos para a execução de despesas de custeio ou para aquisição de equipamentos com valor
de repasse inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais);
Gabarito: Errado
Fases do convênio
Normalmente, um convênio envolve quatro fases:
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Convênios
Celebração Prestação de
Proposição Execução
Formalização Contas
Proposição do convênio
O início do processo de solicitação de verbas federais para aplicação em projetos de interesse comum se dá
com a identificação das necessidades existentes na comunidade. A partir do conhecimento da realidade
socioeconômica local é que se definem as áreas mais carentes que necessitam de mais atenção e ação imediata
do Poder Público.
Normalmente, as áreas que sempre demandam recursos são educação, saúde, saneamento, construção e
recuperação de estradas, abastecimento de água, energia urbana e rural e habitação.
Identificadas as carências e as prioridades locais, compete ao interessado buscar, no órgão ou na entidade
apropriados, os recursos necessários para implementar o projeto desejado.
Com o objetivo de selecionar a melhor proposta, bem como de aferir a capacidade técnica e operacional do
proponente para realizar o objeto do convênio, atendendo ao princípio da impessoalidade, os órgãos federais
realizam chamamento público.
A publicidade do chamamento é feita no Portal dos Convênios e por intermédio da divulgação na página
inicial do sítio oficial do órgão repassador de recursos.
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Convênios
§ nos casos em que o projeto, atividade ou serviço objeto do convênio ou contrato de repasse já seja
realizado adequadamente mediante parceria com a mesma entidade há pelo menos cinco anos e
cujas respectivas prestações de contas tenham sido devidamente aprovadas.
Identificado o programa de governo de interesse local, bem como a possibilidade de atendimento aos
critérios especificados do edital da seleção pública, o proponente deverá manifestar a intenção em celebrar o
convênio, mediante apresentação de proposta de trabalho no SICONV.
A proposta de trabalho deverá conter, no mínimo:
Uma vez aceita, a proposta passa a denominar-se plano de trabalho, que é o documento por meio do qual
o gestor define como o objeto do convênio ou contrato de repasse será realizado.
Segundo art. 116, §1º, da Lei 8.666/1993, a celebração de convênio exige prévia aprovação de competente
plano de trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes
informações:
§ Identificação do objeto a ser executado;
§ Metas a serem atingidas;
§ Etapas ou fases de execução;
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Convênios
Quando o objeto do convênio envolver aquisição de bens ou prestação de serviços, o projeto básico
recebe o nome de termo de referência, o que não altera a necessidade de o documento contemplar a descrição
do bem ou serviço, o orçamento detalhado, a definição dos métodos e o prazo de execução do objeto.
Tais instrumentos não se destinam a disciplinar a execução da obra ou do serviço (esse é o papel do projeto
executivo), mas demonstrar a viabilidade e a conveniência de sua execução. Devem ser apresentados antes da
celebração do instrumento, sendo facultado ao concedente exigi-lo depois, desde que antes da liberação da
primeira parcela dos recursos. Ademais, quando houver, no plano de trabalho, a previsão de transferência de
recursos para contratar a própria elaboração do projeto básico ou do termo de referência, é facultada a liberação
do montante correspondente ao custo do serviço, desde que não seja superior a 5% do valor total do instrumento.
Os recursos para custear a elaboração do projeto básico ou termo de referência serão liberados após a
celebração do instrumento e o aceite do respectivo processo licitatório. Caso haja rejeição pelo concedente da
peça elaborada, o proponente deverá efetuar a imediata devolução dos recursos aos cofres da União, sob pena de
instauração de tomada de contas especial.
Detalhe é que as despesas necessárias ao licenciamento ambiental, nos casos em que tal procedimento
for necessário, também poderão ser custeadas com recursos oriundos do instrumento pactuado, observado o
mesmo limite de 5% do valor total do instrumento.
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Convênios
Nos casos em que o concedente facultar a apresentação posterior do projeto básico ou do termo de
referência, o documento deverá ser apresentado no prazo fixado no instrumento, prorrogável uma única vez por
igual período, a contar da data da celebração, conforme a complexidade do objeto. Tal prazo não poderá ser
superior a 18 meses, incluída a prorrogação, se houver. Caso não seja entregue no prazo estabelecido ou receba
parecer contrário à sua aprovação, o convênio ou contrato de repasse deverá ser extinto.
É importante destacar que a autoridade competente do órgão ou entidade concedente pode dispensar,
em despacho fundamentado, a apresentação de projeto básico nos casos de padronização de objetos.
A padronização de objetos é o estabelecimento de critérios a serem seguidos nos convênios com o mesmo
objeto, definidos pelo concedente ou contratante, especialmente quanto às características do objeto e ao seu
custo. Assim, quem quiser obter recursos para adquirir tais objetos, deverá seguir a padronização estabelecida, o
que torna a elaboração do projeto básico/termo de referência desnecessária. Os órgãos concedentes são
responsáveis pela seleção e padronização dos objetos mais frequentes nos convênios.
Nos convênios em que o objeto consista na aquisição de bens que possam ser padronizados, os próprios
órgãos e entidades da administração pública federal poderão adquiri-los e distribuí-los aos convenentes. Ou
seja, não precisa haver a transferência de recursos para que o estado ou município adquira tais bens; a própria
administração federal pode adquiri-los e, depois, transferi-los para o convenente.
Para calcular o custo do objeto proposto para fins de elaboração do projeto básico ou termo de referência,
o interessado realizará prévias pesquisas de preços no mercado fornecedor dos produtos ou dos serviços
pleiteados. Também poderá se valer de informações contidas em bancos de dados informatizados, pesquisas na
internet, publicações especializadas e outras fontes. Preferencialmente, a pesquisa de preços deverá envolver o
mercado mais próximo ao estado ou ao município convenente, espelhando os valores vigentes nas respectivas
localidades. No entanto, nada impede a realização de pesquisa de preços com produtores ou fornecedores situados
em outros locais.
Com a inserção do projeto básico ou do termo de referência no SICONV, a proposta está pronta para ser
enviada para análise do concedente.
Questões de prova
25. Cespe – Anatel 2014
Acerca das transferências de recursos da União para órgãos e entidades públicas ou privadas sem fins
lucrativos para a execução de programas de interesse recíproco, julgue o seguinte item.
Em atenção ao princípio da publicidade, o chamamento público deve ser divulgado no sítio oficial do órgão
ou entidade responsável pelo objeto do convênio.
Comentário:
O chamamento público, segundo o art. 4º do Decreto 6.170/2007, é um procedimento necessário para a
celebração de convênio ou contrato de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos.
Conforme o §1º do referido dispositivo, “deverá ser dada publicidade ao chamamento público, inclusive ao seu
resultado, especialmente por intermédio da divulgação na primeira página do sítio oficial do órgão ou
entidade concedente, bem como no Portal dos Convênios”.
Gabarito: Certo
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Convênios
Art. 4o A celebração de convênio ou contrato de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos
será precedida de chamamento público a ser realizado pelo órgão ou entidade concedente, visando à
seleção de projetos ou entidades que tornem mais eficaz o objeto do ajuste.
§ 1o Deverá ser dada publicidade ao chamamento público, inclusive ao seu resultado, especialmente
por intermédio da divulgação na primeira página do sítio oficial do órgão ou entidade concedente, bem
como no Portal dos Convênios.
Sobre o tema, é importante lembrar que o Ministro de Estado ou o dirigente máximo da entidade da
administração pública federal poderá, mediante decisão fundamentada, excepcionar a exigência do
chamamento público nas seguintes situações:
I - nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizada situação que demande a
realização ou manutenção de convênio ou contrato de repasse pelo prazo máximo de cento e oitenta
dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a
prorrogação da vigência do instrumento;
III - nos casos em que o projeto, atividade ou serviço objeto do convênio ou contrato de repasse já seja
realizado adequadamente mediante parceria com a mesma entidade há pelo menos cinco anos e
cujas respectivas prestações de contas tenham sido devidamente aprovadas.
Gabarito: Certo
O contrato de repasse, segundo o art. 1º, §1º, II do Decreto 6.170/2004, é o instrumento administrativo, de
interesse recíproco, por meio do qual a transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de
instituição ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário da União.
Ele pode ser utilizado para processar a transferência de recursos federais para órgãos ou entidades
estaduais, distritais ou municipais ou para entidades privadas sem fins lucrativos. Neste último caso –
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Convênios
transferência de recursos para entidades privadas sem fins lucrativos –, que é a hipótese tratada no item em
comento, a celebração do contrato de repasse deve ser precedida de chamamento público.
Gabarito: Certo
Comentário:
Bom, nos termos do artigo 1º do Decreto 6.170/2007, o termo aditivo é o instrumento adequado para a
modificação de convênio já celebrado, mas é vedada a alteração do objeto que já tenha sido aprovado. Veja
só:
Art. 1º (...)
IX - termo aditivo - instrumento que tenha por objetivo a modificação do convênio já celebrado, vedada a
alteração do objeto aprovado.
Gabarito: errado
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Convênios
Celebração/formalização do convênio
Condições para celebração
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e outras normas federais dispõem que estados, Distrito Federal e
municípios, para receberem transferências voluntárias, devem atender as seguintes condições:
§ Limites de gastos com pessoal: observar os limites de gastos com pessoal, verificados ao final de cada
quadrimestre, atestado na forma definida em normativo específico do órgão central de contabilidade da
União (caso os limites sejam ultrapassados, não havendo redução no prazo estabelecido e enquanto
perdurar o excesso, o ente da Federação não poderá receber transferências voluntárias).
§ Informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais: disponibilizar Relatório de Gestão Fiscal – RGF,
Relatório Resumido de Execução Orçamentária – RREO, Declarações de Contas Anuais – DCA e Matrizes
de Saldos Contábeis – MSC;
§ Regularidade na gestão fiscal: demonstrar a instituição, regulamentação e arrecadação de todos os
tributos previstos nos artigos 155 e 156 da Constituição Federal.
§ Adimplência com a União: estar em dia com os pagamentos de tributos, empréstimos e financiamentos
devidos à União.
§ Adimplência com outros convênios: estar adimplente com o dever de prestar contas no tocante a
recursos anteriormente recebidos.
§ Limites constitucionais de aplicação em educação e saúde: cumprir os limites constitucionais de
aplicação de recursos em educação e saúde.
§ Limites da dívida pública: observar os limites das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em restos a pagar e da despesa total com
pessoal (o estado, o Distrito Federal ou o município ficará impedido de receber transferências voluntárias,
se a respectiva dívida consolidada ultrapassar o limite que a ela corresponde ao final de um quadrimestre).
Da mesma forma, assim ocorrerá uma vez vencido o prazo para retorno da dívida a seu limite – até o
término dos três quadrimestres subsequentes e enquanto perdurar o excesso.
§ Setor específico para gestão de instrumentos celebrados com a União: apresentar de declaração
expressa atestando que o convenente possui setor específico com atribuições definidas para a gestão,
celebração, execução e prestação de contas dos instrumentos celebrados com a União, com lotação de,
no mínimo, um servidor ou empregado público efetivo. Quando não possuir setor específico, o
convenente poderá atribuir as competências a setor já existente na sua estrutura administrativa, desde
que tal setor conte com a lotação de, no mínimo, um servidor ou empregado público efetivo.
§ Contrapartida: estabelecer previsão orçamentária de contrapartida compatível com a capacidade
financeira do convenente e de acordo com seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a qual poderá
ser atendida por meio de recursos financeiros, pelos órgãos ou entidades públicas, ou por meio de
recursos financeiros e de bens/serviços, se economicamente mensuráveis, pelas entidades privadas sem
fins lucrativos.
Cabe destacar que contrapartida é a parcela de colaboração financeira do convenente para a execução
do objeto do convênio. Assim, não é apenas a União que entra com dinheiro; a outra parte (estado ou
município) também deve contribuir, destinando recursos do seu orçamento para a execução do objeto
do convênio. No caso de entidades privadas sem fins lucrativos, a contrapartida também pode ser feita
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Convênios
mediante bens ou serviços economicamente mensuráveis (e não apenas por meio de recursos
financeiros).
§ Cadin: comprovar a inexistência de pendências pecuniárias junto ao Cadastro Informativo de Créditos não
Quitados do Setor Público Federal (Cadin).
§ Regularidade junto ao INSS e ao FGTS: apresentar o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) e a
comprovação de regularidade quanto ao depósito das parcelas do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS).
§ Cadastramento no Siconv: atualizar o cadastro do convenente ou contratado no Siconv-Portal dos
Convênios.
§ Plano de Trabalho: ter aprovado seu plano de trabalho.
§ Licença Ambiental: obter a licença ambiental prévia quando o convênio envolver obras, instalações ou
serviços que exijam estudos ambientais.
§ Propriedade do imóvel: comprovar o exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade do imóvel, ou
da ocupação regular de imóvel, quando o convênio tiver por objeto a execução de obras ou benfeitorias
no imóvel.
§ Observância dos limites de despesas comprometidos com as parcerias público-privadas: comprovar que
as despesas de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias já contratadas limitam-se, no ano
anterior, a 5% da receita corrente líquida do exercício ou se as despesas anuais dos contratos vigentes
nos 10 anos subsequentes não excederem a 5% da receita corrente líquida projetada para os respectivos
exercícios.
§ Regularidade quanto ao pagamento de precatórios judiciais: apresentar o certificado emitido pelo
Cadastro de Inadimplentes do Conselho Nacional de Justiça (Cedin), acessível através do sítio do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) na internet.
§ Disponibilização de informações relativas à gestão fiscal do ente federado por meio eletrônico de
acesso público.
§ Não realização de operação de crédito com infração ao disposto no art. 33 da LRF.
As entidades sem fins lucrativos, por sua vez, devem atender as seguintes condições para celebração de
convênios:
ü Adimplência com a União
ü Adimplência com outros convênios
ü Contrapartida
ü Não possuir impedimento no Cadin, Cepim2, Siconv e no SIAFI
ü Não possuir condenações por improbidade administrativa e inelegibilidade
ü Regularidade INSS e FGTS
ü Cadastro Siconv
ü Plano de trabalho aprovado
ü Licença ambiental
ü Propriedade do imóvel
2
Cepim – Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas
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Convênios
Formalização
Constitui cláusula necessária em qualquer convênio ou contrato de repasse celebrado pela União e suas
entidades:
§ A indicação da forma pela qual a execução do objeto será acompanhada pelo concedente; e
§ A vedação para o convenente de estabelecer contrato ou convênio com entidades impedidas de receber
recursos federais.
Detalhe importante é que os convênios ou contratos de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos
deverão ser assinados pelo Ministro de Estado ou pelo dirigente máximo da entidade da administração pública
federal indireta concedente, competência que não poderá ser delegada.
As mesmas autoridades (Ministro de Estado e dirigente máximo das entidades) também são responsáveis
(i) por decidir sobre a aprovação da prestação de contas e (ii) por suspender ou cancelar o registro de inadimplência
nos sistemas da administração pública federal. Tais competências, ao contrário da assinatura, podem ser
delegadas, vedada a subdelegação.
Questão de prova
31. Cespe – Anatel 2014
Os convênios e os contratos de repasse firmados com entidades privadas sem fins lucrativos devem ser
assinados pessoalmente pelo ministro de Estado ou pelo dirigente máximo da entidade concedente,
autoridades competentes para decidir sobre a aprovação da prestação de contas relativa ao ajuste.
Comentário:
O item está correto. Trata-se de regra aplicável aos convênios e contratos de repasse firmados com
entidades privadas sem fins lucrativos, prevista no art. 6º-A do Decreto 6.170/2007:
Art. 6o-A. Os convênios ou contratos de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos deverão
ser assinados pelo Ministro de Estado ou pelo dirigente máximo da entidade da administração
pública federal concedente.
Ressalte-se que o Ministro de Estado e o dirigente máximo da entidade da administração pública federal não
poderão delegar a referida competência.
Gabarito: Certo
Publicidade da celebração
A eficácia de convênios e contratos de repasse fica condicionada à publicação do respectivo extrato no
Diário Oficial da União, que será providenciada pelo concedente, no prazo de até 20 dias a contar de sua
assinatura.
Além da publicação dos extratos dos convênios no DOU, será dada publicidade de todos os atos relativos à
operacionalização no Portal de Convênios.
Ademais o convenente ou contratado deve dar ciência da celebração ao conselho local ou instância de
controle social da área vinculada ao programa de governo que originou a transferência, e o concedente ou
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Convênios
contratante deve notificar a celebração do instrumento e a liberação dos recursos à Assembleia Legislativa, à
Câmara Legislativa ou à Câmara Municipal, conforme o caso.
Os convenentes ou contratados deverão disponibilizar, ainda, por meio da internet ou, na sua falta, em sua
sede, em local de fácil visibilidade, consulta ao extrato do convênio ou outro instrumento utilizado, contendo, pelo
menos, objeto, a finalidade, os valores e as datas de liberação e detalhamento da aplicação dos recursos, bem
como as contratações realizadas para a execução do objeto pactuado.
Execução do convênio
Execução financeira
Cada convênio ou contrato de repasse deverá possuir uma conta bancária específica, aberta em instituição
financeira oficial, por meio da qual serão efetuadas todas as movimentações financeiras relacionadas ao
instrumento, desde as transferências da União até a contrapartida do convenente e os pagamentos dos
fornecedores e prestadores de serviços.
A abertura dessa conta bancária é feita após a aprovação da proposta de trabalho e a celebração do
convênio, mediante solicitação no SICONV.
Dessa forma, os recursos liberados pelo repassador deverão ser mantidos e geridos na conta bancária
específica do convênio e somente poderão ser utilizados para pagamento de despesas constantes do plano de
trabalho. Em nenhuma hipótese, os recursos podem ser transferidos para movimentação em outras contas do
convenente ou gerenciados recursos de diversos convênios em uma mesma conta.
A utilização de recursos para finalidade diversa da pactuada em convênio implica irregularidade grave.
Sequer o caráter emergencial de uma despesa autoriza o gestor a utilizar os recursos para outra finalidade.
A liberação da primeira parcela dos recursos ou da parcela única fica condicionada à:
§ conclusão da análise técnica e aceite do processo licitatório pelo concedente ou mandatária;
§ no caso de obras e serviços e engenharia acima de setecentos e cinquenta mil reais, homologação pelo
concedente da Síntese do Projeto Aprovado –SPA.
Exceto no caso de parcela única, a primeira parcela não poderá exceder a 20% do valor global do
instrumento. Para o recebimento de cada parcela dos recursos, o convenente deve comprovar o aporte da
contrapartida pactuada, bem como estar em situação regular com a execução do plano de trabalho e com
execução de, no mínimo, 70% das parcelas liberadas anteriormente.
Detalhe é que o cronograma de desembolso previsto no plano de trabalho deverá estar em consonância
com as metas e fases ou etapas de execução do objeto do instrumento, podendo ser ajustado após a homologação
do processo licitatório pelo convenente.
Conforme o art. 116, §3º da Lei 8.666/93, as parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade
com o plano de aplicação aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o
saneamento das impropriedades ocorrentes:
§ Quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela anteriormente recebida,
na forma da legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de fiscalização local, realizados
periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão competente do
sistema de controle interno da Administração Pública;
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Convênios
§ Quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos não justificados no
cumprimento das etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais de
Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na execução do convênio, ou o
inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais básicas;
§ Quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe repassador dos
recursos ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno.
É importante ressaltar que os recursos de convênio, enquanto não utilizados, serão obrigatoriamente
aplicados em cadernetas de poupança de instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for igual ou
superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto
lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização desses recursos verificar-se em prazos menores que
um mês.
As rendas (juros) dessas aplicações serão obrigatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas,
exclusivamente, no objeto de sua finalidade, e não poderão ser computadas como parcela da contrapartida devida
pelo convenente. Detalhe é que as contas bancárias utilizadas para realizar as aplicações serão isentas de cobrança
de tarifas.
Ü Onde aplicar os recursos do convênio ainda não utilizados:
Gabarito: Errado
Comentário:
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Convênios
Se a previsão do uso for igual ou superior a um mês, a aplicação deve ser feita, obrigatoriamente, em
caderneta de poupança, e não em fundo de curto prazo. Por sua vez, para prazos inferiores a um mês, o
recurso deve ser aplicado em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado
aberto lastreada em títulos da dívida pública. Isso está previsto no art. 116, §4º da Lei 8.666/93:
Gabarito: Errado
Licitação
Os órgãos e entidades públicas que receberem recursos da União por meio de convênios, contratos de
repasse ou termos de cooperação são obrigados a observar as disposições da Lei de Licitações e Contratos
(Lei 8.666/93), e as demais normas federais pertinentes, incluindo a Lei do Pregão para aquisição de bens e
serviços comuns.
Quanto às entidades privadas sem fins lucrativos, a aquisição de produtos e a contratação de serviços com
recursos da União deverá observar os princípios da impessoalidade, moralidade e economicidade, sendo
necessária, no mínimo, a realização de cotação prévia de preços no mercado antes da celebração do contrato.
Ou seja, as entidades privadas não precisam realizar licitação segundo as regras da Lei 8.666 para aplicar os
recursos do convênio, mas devem observar os princípios da Administração Pública e realizar cotação prévia de
preços.
Pagamentos de despesas
Os pagamentos com recursos oriundos do convênio devem seguir todos os estágios de pagamento de
despesas na administração pública, quais sejam: empenho, liquidação e pagamento.
Os pagamentos, que, antes da vigência do Decreto 6.170/2007, podiam ser realizados mediante a emissão
de cheques nominativos, ordem bancária, DOC ou TED, agora só podem ser feitos exclusivamente mediante
crédito em conta bancária dos fornecedores e prestadores de serviços, facultada a dispensa desse
procedimento nos casos listados a seguir:
§ Por ato da autoridade máxima do concedente;
§ Na execução do objeto pelo convenente por regime direto;
§ No ressarcimento ao convenente por pagamentos realizados às próprias custas decorrentes de atrasos na
liberação de recursos pelo concedente e em valores além da contrapartida pactuada.
Nas hipóteses listadas acima, de forma excepcional, o crédito poderá ser realizado em conta bancária de
titularidade do próprio convenente, devendo ser registrado no Siconv o beneficiário final da despesa:
Portanto, os recursos, como regra, devem sair da conta específica do convênio direto para a conta bancária
dos fornecedores e prestadores de serviço, sem transitar pela conta bancária do convenente, exceto nas três
situações mencionadas anteriormente.
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Convênios
Todos os lançamentos a débito na conta corrente devem corresponder a um comprovante de sua regular
liquidação, emitido pelo beneficiário/fornecedor. Ou seja, cada débito em conta deverá estar suportado por
documentos comprobatórios da execução efetiva da despesa (medições, nota fiscal, recibo, diárias, passagens,
folha de pagamento, documento fiscal de importação) no mesmo valor.
Outro cuidado que o gestor deve tomar é o de não realizar pagamentos a título de despesas que são
expressamente vedadas pela legislação de convênios, como as elencadas a seguir:
§ Despesas a título de taxa de administração, taxas bancárias, multas, juros ou correção monetária;
§ Pagamentos, a qualquer título, a servidor ou empregado público, por serviços de consultoria ou
assistência técnica, salvo nas exceções legais;
§ Utilizar, ainda que em caráter emergencial, os recursos para finalidade diversa da estabelecida no
instrumento;
§ Despesas realizadas em data anterior à vigência do instrumento;
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Convênios
§ Pagamentos efetuados em data posterior à vigência do instrumento, salvo se o fato gerador da despesa
tiver ocorrido durante a vigência do convênio;
§ Despesas com publicidade, salvo a de caráter educativo, informativo ou de orientação social, desde que
previstas no Plano de Trabalho;
§ Pagamentos, a qualquer título, a empresas privadas que tenham em seu quadro societário servidor
público da ativa, ou empregado de empresa pública, ou de sociedade de economia mista, do órgão
celebrante, por serviços prestados, inclusive consultoria, assistência técnica ou assemelhados.
Se concretizada, a impropriedade pode ter como consequência a glosa dos valores e sua devolução aos
cofres públicos.
Os documentos de despesas (medições, notas fiscais, faturas, recibos e outros) devem ser emitidos em
nome do convenente e conter o número do convênio ou contrato de repasse a que se referir.
Acompanhamento
O concedente deverá prover as condições necessárias à realização das atividades de acompanhamento do
objeto pactuado, conforme o plano de trabalho e a metodologia estabelecida no instrumento, programando
visitas ao local da execução, quando couber, observados os seguintes critérios:
§ na execução de obras e serviços e engenharia com valores de repasse iguais ou superiores a
R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) e inferiores a R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil
reais), o acompanhamento e a conformidade financeira serão realizados por meio da verificação dos
documentos inseridos no SICONV, bem como, pelas visitas in loco, realizadas considerando os marcos de
execução de 50% e 100% do cronograma físico, podendo ocorrer outras visitas quando identificada a
necessidade pelo órgão concedente ou pela mandatária;
§ na execução de obras e serviços e engenharia com valores de repasse iguais ou superiores a
R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais), e inferiores a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais),
o acompanhamento e a conformidade financeira serão realizados por meio da verificação dos
documentos inseridos no SICONV, bem como, visitas in loco realizadas considerando os marcos de
execução de 30%, 60% e 100% do cronograma físico, podendo ocorrer outras visitas quando identificada
a necessidade pelo órgão concedente;
§ na execução de obras e serviços e engenharia com valores de repasse iguais ou superiores a
R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), o acompanhamento e a conformidade financeira se dará por
meio da verificação dos documentos inseridos no SICONV, bem como com previsão de no mínimo 5
(cinco) visitas ao local, considerando a especificidade e o andamento da execução do objeto pactuado;
§ na execução de custeio e aquisição de equipamentos com valores de repasse iguais ou superiores a
R$ 100.000,00 (cem mil reais) e inferiores a R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais), o
acompanhamento e a conformidade financeira será realizado por meio da verificação dos documentos
inseridos no SICONV, podendo haver visitas ao local quando identificada a necessidade pelo órgão
concedente; e
§ na execução de custeio e aquisição de equipamentos com valores de repasse iguais ou superiores a
R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais), o acompanhamento e a conformidade financeira será
realizado por meio da verificação dos documentos inseridos no SICONV, bem como pelas visitas ao local,
considerando a especificidade do objeto ajustado.
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Convênios
§ Valer-se do apoio técnico de terceiros que, no caso da execução de obras e serviços de engenharia com
valores de repasse iguais ou superiores a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), deve ser acompanhado
por funcionário do quadro permanente da mandatária, que participará da equipe e assinará em conjunto
os documentos técnicos;
§ Delegar competência ou firmar parcerias com outros órgãos ou entidades que se situem próximos ao
local de aplicação dos recursos, com tal finalidade; e
§ Reorientar ações e decidir quanto à aceitação de justificativas sobre impropriedades identificadas na
execução do instrumento.
O concedente ou a mandatária comunicará ao convenente quaisquer irregularidades decorrentes do uso dos
recursos ou outras pendências de ordem técnica, apurados durante a execução do instrumento, e suspenderão a
liberação dos recursos, fixando prazo de 45 dias, prorrogável por igual período, para saneamento ou
apresentação de informações e esclarecimentos.
Recebidos os esclarecimentos solicitados, o concedente ou a mandatária terão 45 dias para apreciá-los e,
se for o caso, realizar a apuração do dano ao erário. Caso as justificativas não sejam acatadas, o concedente deverá
abrir prazo de 45 dias para o convenente regularizar a pendência. Caso a pendência não seja regularidade nesse
prazo, deverá ser efetuado o registro de inadimplência no SICONV e, no caso de dano ao erário, o concedente
deverá promover a imediata instauração de tomada de contas especial.
A utilização dos recursos em desconformidade com o pactuado no instrumento ensejará obrigação do
convenente devolvê-los devidamente atualizados, conforme exigido para a quitação de débitos para com a
Fazenda Nacional, com base na variação da taxa SELIC, acumulada mensalmente, até o último dia do mês
anterior ao da devolução dos recursos. Esse montante deverá ser ainda acrescido de 1% no mês de efetivação da
devolução dos recursos à conta única do Tesouro.
Nos convênios e contratos de repasse firmados com entidades privadas sem fins lucrativos, poderão ser
realizadas despesas administrativas (ex: internet, transporte, aluguel, telefone, luz, água e outras similares) com
recursos transferidos pela União, até o limite fixado pelo órgão público, desde que:
§ Estejam previstas no programa de trabalho;
§ Não ultrapassem quinze por cento do valor do objeto;
§ Sejam necessárias e proporcionais ao cumprimento do objeto.
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Convênios
Se a despesa administrativa for paga com recursos do convênio e também com recursos de outras fontes,
a entidade privada sem fins lucrativos deverá apresentar a memória de cálculo do rateio da despesa, sendo
vedada a duplicidade ou a sobreposição de fontes de recursos no custeio de uma mesma parcela da despesa. Por
exemplo, não pode ser indicado que a conta de internet foi paga com recursos do convênio e de outra fonte, ao
mesmo tempo. Isso é óbvio, pois, havendo recursos de outra fonte para custear determinada despesa, não
precisaria dos recursos do convênio.
Ainda nos convênios e contratos de repasse firmados com entidades privadas sem fins lucrativos, também
é permitida a remuneração da equipe dimensionada no programa de trabalho, inclusive de pessoal próprio da
entidade, podendo contemplar despesas com pagamentos de tributos, FGTS, férias e décimo terceiro salário
proporcionais, verbas rescisórias e demais encargos sociais, desde que tais valores:
§ Correspondam às atividades previstas e aprovadas no programa de trabalho;
§ Correspondam à qualificação técnica para a execução da função a ser desempenhada;
§ Sejam compatíveis com o valor de mercado da região onde atua a entidade privada sem fins lucrativos;
§ Observem, em seu valor bruto e individual, 70% do limite estabelecido para a remuneração de servidores
do Poder Executivo federal; e
§ Sejam proporcionais ao tempo de trabalho efetivamente dedicado ao convênio ou contrato de repasse
A despesa com a equipe observará os limites percentuais máximos a serem estabelecidos no edital de
chamamento público.
Importante destacar que a inadimplência da entidade privada sem fins lucrativos em relação aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à administração pública a responsabilidade por seu pagamento,
nem poderá onerar o objeto do convênio ou contrato de repasse. Ainda que tais despesas estejam sendo custeadas
com recursos do convênio, a responsabilidade em relação a elas continua sendo da entidade privada. Assim, no
caso de eventual falta de pagamento, a pessoa prejudicada deverá acionar na Justiça a empresa privada, e não a
União.
A entidade privada sem fins lucrativos, quando for selecionar e contratar a equipe envolvida na execução do
convênio ou contrato de repasse, deverá realizar um processo seletivo prévio, observando os princípios da
publicidade e da impessoalidade. Tal procedimento é necessário uma vez que esse pessoal poderá ser
remunerado com recursos oriundos dos cofres públicos federais.
Ressalte-se que não poderão ser contratadas com recursos do convênio ou contrato de repasse as pessoas
naturais que tenham sido condenadas por crime:
§ Contra a administração pública ou o patrimônio público;
§ Eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; ou
§ De lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.
Na mesma linha de publicidade e impessoalidade, a entidade privada sem fins lucrativos deverá dar ampla
transparência aos valores pagos a título de remuneração de sua equipe de trabalho vinculada à execução do
convênio, de maneira individualizada.
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Convênios
Denúncia do convênio
O convênio poderá ser denunciado (desfeito) a qualquer tempo, ficando os partícipes responsáveis
somente pelas obrigações e auferindo as vantagens do tempo em que participaram voluntariamente do acordo,
não sendo admissível cláusula obrigatória de permanência ou sancionadora dos denunciantes.
Constituem motivos para rescisão do convênio:
O prazo para apresentação da prestação de contas final será de até 60 dias contados do término da
vigência do instrumento firmado, ou da conclusão da execução do objeto, o que ocorrer primeiro.
Quando a prestação de contas não for encaminhada no prazo inicialmente estabelecido (até 60 dias), o
concedente estabelecerá um novo prazo, no máximo de 45 dias, para sua apresentação, ou para recolhimento
dos recursos, incluídos os rendimentos da aplicação no mercado financeiro, atualizados monetariamente e
acrescidos de juros de mora, na forma da lei.
Se, ao término do prazo de 45 dias, o convenente não apresentar a prestação de contas nem devolver os
recursos, o concedente registrará a inadimplência no SICONV por omissão do dever de prestar contas e
comunicará o fato ao órgão competente a que estiver vinculado, para fins de instauração de tomada de contas
especial sob aquele argumento (omissão no dever de prestar contas) e adoção de outras medidas para reparação
do dano ao erário, sob pena de responsabilização solidária.
Para os convênios em que não tenha havido qualquer execução física, nem utilização dos recursos, o
recolhimento à conta única do Tesouro deverá ocorrer sem a incidência dos juros de mora.
Detalhe é que, segundo a Portaria Interministerial 424/2016, cabe ao prefeito e ao governador sucessor
prestar contas dos recursos provenientes de convênios firmados pelos seus antecessores. Caso alguma ação ou
omissão do antecessor impossibilite a prestação de contas, o novo administrador deverá solicitar ao concedente
a instauração de tomada de contas especial, sem prejuízo do dever de demonstrar as medidas que tenha adotado
para o resguardo do patrimônio público.
Os saldos financeiros remanescentes não utilizadas no objeto pactuado, inclusive os provenientes das
receitas obtidas nas aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à conta única do Tesouro, no prazo
improrrogável de 30 dias da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do instrumento, sob pena da imediata
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Convênios
instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão
ou entidade concedente.
A Portaria Interministerial 424/2016 preceitua que tal devolução será realizada “observando-se a
proporcionalidade dos recursos transferidos e os da contrapartida previstos na celebração independentemente da
época em que foram aportados pelas partes”. Isso significa, basicamente, que o convenente deve devolver apenas
o saldo remanescente que seja oriundo das transferências da União; obviamente, o que estiver na conta do
convênio que seja proveniente da contrapartida, não precisa ser devolvido.
A prestação de contas será composta, além dos dados apresentados pelo convenente ou contratado no
Siconv, dos seguintes documentos:
§ Relatório de cumprimento do objeto;
§ Declaração de realização dos objetivos a que se propunha o convênio ou contrato de repasse;
§ Comprovante de recolhimento do saldo de recursos, quando houver; e
§ Termo de compromisso por meio do qual o convenente ou contratado se obriga a manter os documentos
relacionados ao convênio ou contrato de repasse pelo prazo de dez anos, contado da data em que foi
apresentada a prestação de contas ou do decurso do prazo para a apresentação da prestação de contas.
Na verdade, conforme preceitua o art. 10, §7º do Decreto 6.170/2007, “a prestação de contas inicia-se
concomitantemente com a liberação da primeira parcela dos recursos financeiros que deverá ser registrada pelo
concedente no SICONV”. Isso porque, como todos os atos relacionados ao convênio devem ser registrados no
Siconv, o órgão concedente pode acompanhar a execução do ajuste on-line, desde o início dos repasses.
Considera-se que essa possibilidade de “acompanhamento on-line” seria uma espécie de prestação de contas
concomitante, o que não exclui a necessidade de registro da prestação de contas final, no prazo de até 60 dias e
com toda a documentação informada acima.
Como dito, a prestação de contas é feita ao órgão ou entidade da União responsável pelo repasse dos
recursos, ou seja, ao concedente. O prazo para análise da prestação de contas e a manifestação conclusiva pelo
concedente será de um ano, prorrogável no máximo por igual período, desde que devidamente justificado,
contado do dia da apresentação da prestação de contas (Decreto 6.170/2007, art. 10, §8º).
A Portaria Interministerial 424/2016 permite que a União, por meio da edição de Instrução Normativa
conjunta dos Ministros de Estado do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, da Fazenda e da Transparência e
Controladoria-Geral da União, estabeleça parâmetros, a partir de metodologia de avaliação de riscos, para análise
da prestação de contas por procedimento informatizado.
A análise da prestação de contas pelo concedente poderá resultar em (Decreto 6.170/2007, art. 10, §10):
§ Aprovação;
§ Aprovação com ressalvas, quando evidenciada impropriedade ou outra falta de natureza formal de que
não resulte dano ao Erário;
§ Rejeição com a determinação da imediata instauração de tomada de contas especial.
O ato de aprovação da prestação de contas deverá ser registrado no SICONV, cabendo ao concedente
prestar declaração expressa de que os recursos transferidos tiveram boa e regular aplicação.
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Convênios
Caso a prestação de contas não seja aprovada, exauridas todas as providências cabíveis para regularização
da pendência ou reparação do dano, a autoridade competente do órgão ou entidade concedente, sob pena de
responsabilização solidária, registrará o fato no SICONV e adotará as providências necessárias à instauração da
tomada de contas especial, com posterior encaminhamento do processo à unidade de controle interno, para as
ações de sua competência, e envio ao Tribunal de Contas da União para julgamento.
Portanto, em se tratando de convênio e contrato de repasse, a tomada de contas especial poderá ser
instaurada em decorrência de:
Questões de prova
34. FCC – Procurador Campinas 2016
A possibilidade de celebração de convênios envolve pessoas jurídicas de direito público e pessoas jurídicas
de direito privado. Dessa forma, uma empresa estatal da área de saneamento celebrou convênio com um
município para que fossem promovidas melhorias e modernização da rede de abastecimento local. Dentre
as atribuições previstas no ajuste e no plano de trabalho, caberia ao ente público disponibilizar recursos para
modernização da rede, enquanto à empresa caberia a operacionalização do serviço e o emprego de
tecnologia com aquele propósito. Dentre outras previsões, deve haver
a) prestação de contas acerca da utilização dos recursos, exceto no que concerne à taxa de administração,
atribuída à empresa estatal pelos serviços prestados.
b) disposição expressa sobre eventual serviço realizado em período anterior ao convênio que deva ser por
ele regularizado, sob pena de não ser possível prever a alocação e repasse de recursos.
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c) cláusula prevendo que a divulgação das atividades e serviços realizados pelos convenentes é de
responsabilidade do ente público, porque os custos e despesas devem ser a ele alocados, sob pena de
incorrer em irregularidade perante a corte de contas competente.
d) indicação de previsão no Plano Plurianual dos recursos que atenderão despesas de exercícios posteriores,
em se tratando de convênio cuja execução ultrapasse o exercício vigente.
e) expressa previsão de aditamento para possibilitar o emprego dos recursos em atividades diversas daquela
objeto do convênio, sob pena de haver irregularidade a ser apontada pela corte de contas competente.
Comentários:
Vamos analisar cada item:
a) ERRADA. A Portaria Interministerial 424/16 veda a realização de despesas “a título de taxa de
administração, de gerência ou similar” (art. 38, I).
b) ERRADA. A Portaria Interministerial 424/16 veda a realização de despesas “em data anterior à vigência do
instrumento” (art. 38, IV).
c) ERRADA. Nos termos do art. 40 da Portaria Interministerial 424, compete aos convenentes “disponibilizar,
em seu sítio oficial na internet ou, na sua falta, em sua sede, em local de fácil visibilidade, consulta ao extrato
do instrumento utilizado, contendo, pelo menos, o objeto, a finalidade, os valores e as datas de liberação e o
detalhamento da aplicação dos recursos, bem como as contratações realizadas para a execução do objeto
pactuado”.
d) CERTA, nos termos do art. 27 da Portaria Interministerial 424:
Art. 27. São cláusulas necessárias nos instrumentos regulados por esta Portaria as que estabeleçam:
(...)
XII - no caso de órgão ou entidade pública, a informação de que os recursos para atender às despesas
em exercícios futuros, no caso de investimento, estão consignados no plano plurianual ou em prévia lei
que os autorize;
e) ERRADA. A Portaria Interministerial 424 veda “utilizar, ainda que em caráter emergencial, os recursos para
finalidade diversa da estabelecida no instrumento” (art. 38, III).
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Comentários:
a) ERRADA. No caso, não estamos diante de delegação de uma atividade exclusiva do Estado, até porque
atividades esportivas e educacionais podem ser desenvolvidas pelo setor privado independentemente de
delegação. Ademais, ainda que fosse uma atividade exclusiva do Estado, a sua delegação a particulares não
seria feita mediante termo de parceria, e sim por contrato de concessão ou permissão, conforme o caso.
b) ERRADA. O consórcio público deve ser formado exclusivamente entre entes federativos (União, Estado,
DF, Município). No caso, trata-se de uma parceria entre o Município e uma entidade privada.
c) CERTA. Á época da prova, o convênio seria o instrumento mais adequado para formalizar a parceria entre
o Município e a entidade privada sem fins lucrativos, daí o gabarito. Todavia, a partir da vigência da
Lei 13.019/2014 os convênios só podem ser celebrados para parcerias entre os entes federados ou com
pessoas jurídicas a eles vinculadas, ou, ainda, com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos no
âmbito do sistema único de saúde, nos termos do §1o do art. 199 da CF. Portanto, no caso em análise, a
parceria entre o Município e a entidade privada teria que ser formalizada por meio dos instrumentos
previstos na Lei 13.019/2014 (termo de colaboração, termo de fomento ou acordo de cooperação).
d) ERRADA. A PPP é uma espécie de contrato de concessão, utilizado para a delegação de serviços públicos.
Como visto na alternativa “a”, não estamos diante de delegação.
e) ERRADA. Segundo se depreende do enunciado, o Município não pretende contratar a entidade privada
para que esta lhe preste um serviço. Portanto, não há que se falar em licitação pelo RDC, pois não será
firmado um contrato. A ideia, ao contrário, é formar uma parceria que contemple o repasse de recursos
municipais à entidade para o desenvolvimento de atividades de interesse comum entre as partes.
Gabarito: alternativa “c”
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final do prazo estipulado para execução do ajuste, na prestação de contas, verificou-se que parte do valor
recebido foi destinado, sem autorização do Poder Público, à execução de obra não prevista no plano de
trabalho do ajuste. Dado o ocorrido,
a) o valor transferido passou a integrar o patrimônio da entidade que o recebeu, não ficando vinculado à
utilização prevista no ajuste.
b) o valor recebido não perde a natureza de dinheiro público. Por essa razão, não poderia ter sido empregado
em obra distinta da prevista no objeto do ajuste, sem a autorização do Poder Público. No caso, a entidade
privada responde ao ente repassador, a quem deverá restituir o valor incorretamente empregado, e ao
Tribunal de Contas.
c) a entidade privada poderia utilizar parte dos recursos em obra distinta da prevista no convênio, desde que
tenha executada obra prevista no ajuste a contento.
d) a entidade não está obrigada a prestar contas dos recursos ao ente repassador e ao Tribunal de Contas,
em razão de se constituir em pessoa jurídica de direito privado.
e) a entidade privada poderia utilizar parte dos recursos recebidos em obra distinta da prevista no objeto do
convênio, desde que destinada à coletividade.
Comentário:
Os recursos financeiros aportados pelos partícipes do convênio devem ser aplicados exclusivamente no
objeto do ajuste. Tanto é verdade que esses recursos devem ser depositados em conta bancária específica,
vinculada ao convênio, que só pode ser movimentada para fazer face às despesas da parceria. Por
conseguinte, tais recursos não passam a integrar o patrimônio da entidade que o recebeu, tampouco
perdem a sua natureza de recurso público.
Assim, por exemplo, caso a União repasse, mediante convênio, recursos de seu orçamento para um
Município, esses recursos não irão integrar o patrimônio do Município e, por essa razão, não deixarão de ser
federais. Caso haja desvio dos recursos, mediante o emprego em objeto distinto do pactuado, o convenente
deve responder perante o órgão repassador, a quem deverá restituir o valor incorretamente empregado, e
ao Tribunal de Contas competente, o qual poderá determinar a instauração de tomada de contas especial
com vistas a ressarcir o valor repassado. Correta, portanto, a opção “b”.
Gabarito: alternativa “b”
( ) Para o caso de ressarcimento de despesas entre órgãos ou entidades da Administração Pública federal,
poderá ser dispensada a formalização de termo de execução descentralizada.
( ) A omissão no dever de prestar contas por parte de entidades privadas sem fins lucrativos gera impeditivos
para a celebração de convênios e contratos de repasse entre a União e a referida entidade omissa.
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Comentários:
FALSA. Segundo o art. 11-B, §5º do Decreto 6.170/2007, a inadimplência da entidade privada sem fins
lucrativos em relação aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à administração pública a
responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do convênio ou contrato de repasse.
VERDADEIRA. Segundo o art. 12-A, §2º do Decreto 6.170/2007, “para os casos de ressarcimento de despesas
entre órgãos ou entidades da administração pública federal, poderá ser dispensada a formalização de termo de
execução descentralizada”.
VERDADEIRA. Segundo o art. 2º, V, “a” do Decreto 6.170/2007, é vedada a celebração de convênios e
contratos de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham, em suas relações anteriores
com a União, incorrido em omissão no dever de prestar contas.
FALSA. Para a celebração do convênio em si, não é necessária a realização de licitação. Para a celebração
de convênio com entidade privada sem fins lucrativos, o Decreto 6.170/2007 (art. 4º) exige a realização de
chamamento público, e não de licitação.
Gabarito: alternativa “d”
b) Para que o convenente possa receber os recursos federais, será dele exigida uma contrapartida, sempre
financeira, a qual corresponderá à sua participação econômica na consecução do objeto do convênio.
d) A celebração de convênio ou contrato de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos deverá ser
precedida de chamamento público, que deverá ser sempre realizado pelo órgão ou pela entidade
concedente, visando à seleção de projetos ou entidades que tornem mais eficaz o objeto do ajuste.
e) A aquisição de produtos e a contratação de serviços com recursos da União transferidos a entidades
privadas sem fins lucrativos deverão observar os princípios da impessoalidade, da moralidade e da
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economicidade, não se exigindo, porém, a realização de licitação, que poderá ser substituída por cotação
prévia de preços no mercado antes da celebração do contrato.
Comentários:
Vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA, nos termos do art. 6º-A do Decreto 6.170/2007:
Art. 6o-A. Os convênios ou contratos de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos deverão ser
assinados pelo Ministro de Estado ou pelo dirigente máximo da entidade da administração pública
federal concedente.
Art. 7º A contrapartida será calculada sobre o valor total do objeto e poderá ser atendida da seguinte
forma:
I - por meio de recursos financeiros, pelos órgãos ou entidades públicas, observados os limites e
percentuais estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias vigente;
§ 2º Quando atendida por meio de bens e serviços, constará do convênio cláusula que indique a forma
de aferição da contrapartida.
§ 5º A inadimplência da entidade privada sem fins lucrativos em relação aos encargos trabalhistas,
fiscais e comerciais não transfere à administração pública a responsabilidade por seu pagamento, nem
poderá onerar o objeto do convênio ou contrato de repasse.
d) ERRADA, pois há exceções, ou seja, o chamamento não deverá ser “sempre” realizado, nos termos do
art. 4º do Decreto 6.170/2007:
Art. 4o A celebração de convênio ou contrato de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos
será precedida de chamamento público a ser realizado pelo órgão ou entidade concedente, visando à
seleção de projetos ou entidades que tornem mais eficaz o objeto do ajuste.
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§ 1o Deverá ser dada publicidade ao chamamento público, inclusive ao seu resultado, especialmente
por intermédio da divulgação na primeira página do sítio oficial do órgão ou entidade concedente, bem
como no Portal dos Convênios.
I - nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizada situação que demande a
realização ou manutenção de convênio ou contrato de repasse pelo prazo máximo de cento e oitenta
dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a
prorrogação da vigência do instrumento;
III - nos casos em que o projeto, atividade ou serviço objeto do convênio ou contrato de repasse já seja
realizado adequadamente mediante parceria com a mesma entidade há pelo menos cinco anos e cujas
respectivas prestações de contas tenham sido devidamente aprovadas.
Art. 11. Para efeito do disposto no art. 116 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a aquisição de
produtos e a contratação de serviços com recursos da União transferidos a entidades privadas sem fins
lucrativos deverão observar os princípios da impessoalidade, moralidade e economicidade, sendo
necessária, no mínimo, a realização de cotação prévia de preços no mercado antes da celebração do
contrato.
Comentário:
Conforme a Portaria Interministerial 424/2016, se o convenente não apresentar a prestação de contas no
prazo estabelecido nem devolver os recursos, o concedente registrará a inadimplência no SICONV por
omissão do dever de prestar contas e comunicará o fato ao órgão competente a que estiver vinculado, para
fins de instauração de tomada de contas especial, sob pena de responsabilização solidária.
Contudo, a mesma Portaria dispõe que, no caso da apresentação da prestação de contas ou recolhimento
integral do débito imputado antes do encaminhamento da tomada de contas especial ao Tribunal de
Contas da União, o registro da inadimplência no SICONV deverá ser retirado, daí o erro (a questão fala que
não será possível retirar o registro).
Ressalte-se que, caso a prestação de contas encaminhada não seja aprovada, o concedente deverá
comunicar o fato ao órgão onde se encontra a tomada de contas especial para que adote as providências
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necessárias ao prosseguimento do feito, sob esse novo fundamento (não aprovação das contas), além de
reinscrever a inadimplência do órgão ou entidade convenente no sistema (art. 71).
Gabarito: Errado
Ressalte-se, contudo, que para o órgão estadual aplicar os recursos desse convênio, deverá seguir a Lei de
Licitações. A entidade privada, por sua vez, embora não precise obedecer à referida Lei, deverá realizar
cotação prévia de preços, respeitando os princípios da impessoalidade, moralidade e economicidade.
Gabarito: Certo
Comentário:
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O item está correto. No convênio celebrado entre o poder público e entidade particular, o valor repassado
pelo poder público não passa a integrar o patrimônio da entidade. Ele é depositado em conta bancária
específica, aberta exclusivamente para atender ao convênio, e dali só pode sair para pagar obrigações
decorrentes do ajuste. O convenente não pode se apropriar desses recursos em hipótese alguma, nem
aplicá-lo em finalidade diversa da pactuada.
Por isso se diz que o recurso mantém a natureza de dinheiro público, ainda que administrado por entidade
privada. A entidade, em vista disso, fica obrigada a prestar contas da utilização desses recursos,
primariamente ao órgão ou entidade da União repassador dos recursos e, em última análise, ao Tribunal de
Contas da União, por intermédio da prestação de contas ordinária do órgão/entidade repassador ou em
eventuais processos de tomadas de contas especial.
Gabarito: Certo
Assim, por exemplo, se o objeto do convênio é a construção de uma escola, não pode ser alterado para a
construção de uma creche ou de um hospital; mas, mediante termo aditivo, poderiam ser alteradas algumas
características da escola, como número de salas, material de acabamento etc.
Outro erro é que, conforme o art. 36 da Portaria Interministerial 424/2016, o convênio poderá ser alterado
mediante proposta, devidamente formalizada e justificada, a ser apresentada ao concedente (e não ao
convenente) em, no mínimo, 30 dias antes do término de sua vigência ou no prazo nele estipulado, vedada
a alteração do objeto aprovado.
Gabarito: Errado
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Art. 12. O convênio poderá ser denunciado a qualquer tempo, ficando os partícipes responsáveis
somente pelas obrigações e auferindo as vantagens do tempo em que participaram voluntariamente do
acordo, não sendo admissível cláusula obrigatória de permanência ou sancionadora dos denunciantes.
Gabarito: Certo
Comentários:
Vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA. Não tem lógica a minuta do contrato do convênio ser analisada pela assessoria jurídica somente
após a formalização do ajuste. Afinal, a análise jurídica da minuta tem como objetivo justamente verificar se
o instrumento contém algum vício formal ou ilegalidade, para que seja corrigido antes da formalização.
Assim, somente com bom senso já daria para resolver o item. Não obstante, o gabarito possui fundamento
no art. 38, parágrafo único da Lei 8.666/1993, que diz:
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou
ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.
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b) ERRADA. O saldo remanescente após a conclusão do convênio deverá ser devolvido ao concedente, no
prazo estabelecido para a apresentação da prestação de contas, sob pena de instauração de tomada de
contas especial. É o que prevê o art. 60 da Portaria Interministerial 424/2016:
Art. 60. Os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas nas
aplicações financeiras realizadas, não utilizadas no objeto pactuado, serão devolvidos à Conta Única
do Tesouro, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do
instrumento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas especial do responsável,
providenciada pela autoridade competente do órgão ou entidade concedente.
Parágrafo único. A devolução prevista no caput será realizada observando-se a proporcionalidade dos
recursos transferidos e os da contrapartida previstos na celebração independentemente da época em
que foram aportados pelas partes.
Art. 16. O proponente cadastrado manifestará seu interesse em celebrar os instrumentos regulados por
esta Portaria mediante apresentação de proposta de trabalho no SICONV, em conformidade com o
programa e com as diretrizes disponíveis no Sistema, que conterá, no mínimo:
III - estimativa dos recursos financeiros, discriminando o repasse a ser realizado pelo concedente ou
mandatária e a contrapartida prevista para o proponente, especificando o valor de cada parcela e do
montante de todos os recursos, na forma estabelecida em lei;
Parágrafo único. A descrição do objeto deverá ser realizada de forma concisa, se possível padronizada,
e deverá estar em conformidade com os objetivos e diretrizes do programa que irá recepcionar a
proposta de trabalho.
e) ERRADA. A União pode transferir recursos, por meio de convênios, tanto para estados e municípios como
para entidades particulares, desde que sejam sem fins lucrativos.
Gabarito: alternativa “d”
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a) O convenente deve prestar contas dos recursos recebidos no prazo máximo de sessenta dias, contado a
partir da data do término de vigência do instrumento firmado ou do último pagamento efetuado no caso de
até duas transferências.
b) O atraso não justificado no cumprimento de etapas, parcelas ou fases programadas não impede o repasse
de parcelas de convênio que já tenham sido previstas no contrato.
c) O convenente deve apresentar o plano de aplicação de recursos, sendo-lhe facultada a movimentação dos
recursos do convênio em conta bancária específica.
d) Os saldos de convênio devem, obrigatoriamente, ser aplicados em fundo de aplicação financeira de curto
prazo se a previsão desses saldos de uso for igual ou superior a um mês.
e) Nas licitações com recursos públicos repassados voluntariamente pela União para aquisição de bens e
serviços comuns, é obrigatório o emprego da modalidade pregão.
Comentários:
Vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA. Todo órgão ou entidade que receber recursos públicos federais por meio de convênios e
contratos de repasse estará sujeito a prestar contas ao concedente da sua boa e regular aplicação no prazo
máximo de 60 dias contados do término da vigência do instrumento firmado ou da conclusão da execução
do objeto, o que ocorrer primeiro. Portanto, a expressão “no caso de até duas transferências” torna a
assertiva errada.
b) ERRADA. O atraso não justificado no cumprimento de etapas, parcelas ou fases programadas impede o
repasse de parcelas de convênio que já tenham sido previstas no contrato.
c) ERRADA. O convenente deve apresentar o plano de aplicação de recursos, sendo-lhe obrigatória a
movimentação dos recursos do convênio em conta bancária específica.
d) ERRADA. Se a previsão de uso dos saldos do convênio for igual ou superior a um mês, esses saldos
devem, obrigatoriamente, ser aplicados em cadernetas de poupança de instituição financeira pública
federal. Por outro lado, se a utilização desses recursos for prevista para prazos menores que um mês, a
aplicação deverá ocorrer em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto
lastreada em títulos da dívida pública.
e) CERTA, nos termos do art. 1º do Decreto 5.504/2005:
§ 1o Nas licitações realizadas com a utilização de recursos repassados nos termos do caput, para
aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o emprego da modalidade pregão, nos termos
da Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002, e do regulamento previsto no Decreto no 5.450, de 31 de maio
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de 2005, sendo preferencial a utilização de sua forma eletrônica, de acordo com cronograma a ser
definido em instrução complementar.
Ressalte-se que a aludida obrigação se aplica apenas para repasses da União efetuados para órgãos e
entidades públicos, uma vez que as entidades privadas sem fins lucrativos não são obrigadas a realizar
licitação, mas apenas a realizar cotação prévia de preços, respeitando os princípios da impessoalidade,
moralidade e economicidade.
Gabarito: alternativa “e”
*****
Como sempre, para completar o estudo, recomendo a leitura das normas vista nesta aula, especialmente do
Decreto 6.170/2007 e da Portaria Interministerial 424/2016.
Erick Alves
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Convênios
RESUMO DIRECIONADO
CONVÊNIOS E OUTROS INSTRUMENTOS CONGÊNERES
Sistema de cooperação entre a União e as entidades governamentais dos demais entes da Federação, assim como entre a
União e entidades privadas sem fins lucrativos, para execução de ações de interesse recíproco, financiadas com recursos do
orçamento federal.
Principais características:
§ Interesse recíproco
§ Mútua cooperação
Ø Convênios: transfere recursos financeiros da União (administração direta e indireta) para órgão ou entidade da
administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, incluindo consórcios públicos, ou ainda,
entidade privada sem fins lucrativos.
Ø Contratos de repasse: transfere recursos financeiros da União (administração direta e indireta), por intermédio de
instituição ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário da União.
Ø Termo de execução descentralizada: transfere créditos orçamentários entre órgãos e entidades da União (administração
direta e indireta).
Ø Siconv: sistema informatizado do governo federal, de utilização obrigatória, no qual são registrados todos os atos
relativos aos convênios, desde a sua proposição e análise, passando pela celebração, liberação de recursos e
acompanhamento da execução, até a prestação de contas.
§ Convênios para a execução de obras e serviços de engenharia (deve ser utilizado contrato de repasse),
exceto entidades que possuam estrutura para fiscalização e defesa nacional;
§ Convênios com entidades privadas, exceto no âmbito do SUS e serviços sociais autônomos;
§ Entidade privada com dirigentes vinculados ao poder público;
§ Convênios de valor < R$ 100 mil ou, no caso de obras ou serviços de engenharia, < R$ 250 mil;
§ Falta de correlação entre o objeto social as características do programa;
§ Falta de condições técnicas;
§ Inadimplência com outros convênios;
É vedada a
§ Pessoas ou entidades com fins lucrativos;
celebração de
§ Estabelecimentos cadastrados como filial;
convênios
§ Início ou término do mandato dos chefes do Poder Executivos;
§ Entidades privadas sem fins lucrativos que tenham incorrido em pelo menos uma das seguintes
condutas:
ü Omissão no dever de prestar contas;
ü Descumprimento injustificado do objeto de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria;
ü Desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos;
ü Ocorrência de dano ao erário; ou
ü Prática de outros atos ilícitos na execução de convênios.
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Ø Fases do convênio:
• Proposição
• Celebração/Formalização
• Execução
• Prestação de Contas
Ø O chamamento público não é obrigatório para os convênios celebrados com estados ou municípios. É obrigatório
apenas para convênios com entidades privadas sem fins lucrativos, salvo no SUS.
v O Ministro de Estado ou o dirigente máximo da entidade da concedente poderá, mediante decisão fundamentada,
deixar de realizar chamamento público, nos casos de emergência ou calamidade pública (prazo máximo de
180 dias); proteção a pessoas ameaçadas; projeto realizado com a mesma entidade há pelo menos 5 anos, com as
contas aprovadas.
Ø Os rendimentos das aplicações financeiras (juros) somente poderão ser aplicados no objeto do convênio, e não
poderão ser computados como parcela da contrapartida devida pelo convenente.
Ø Licitação:
• Não é necessária para celebrar o convênio (apenas chamamento público no caso de entidades privadas sem fins
lucrativos).
• Obrigatória para Estados, DF e Municípios aplicarem recursos do convênio (pregão para bens e serviços comuns).
• Não obrigatória para entidades privadas (deve realizar consulta prévia de preços e observar os princípios da
Administração Pública).
• Efetuada ao concedente, no prazo máximo de 60 dias contados do término da vigência do instrumento firmado, ou
da conclusão da execução do objeto, o que ocorrer primeiro.
• O concedente terá o prazo de um ano, prorrogável no máximo por igual período, contado da data do recebimento,
para analisar a prestação de contas do instrumento.
• A não apresentação ou reprovação das contas enseja a instauração de tomada de contas especial.
• Os saldos financeiros remanescentes não utilizadas no objeto pactuado, inclusive os provenientes das receitas
obtidas nas aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à Conta Única do Tesouro, no prazo improrrogável
de 30 dias.
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e) poderão firmar convênio, admitindo-se a remuneração da Fundação na hipótese de atuar como gestora da
avença.
3. (FCC – DPE/SP 2010)
O convênio administrativo, como instrumento de associação do Poder Público com entidades privadas ou mesmo
entre entidades públicas, tem como característica própria
a) a realização conjunta de atividades comuns, ainda que seus partícipes tenham interesses opostos ou desejem
coisas diferentes.
b) a ausência de vínculo ou cláusula de permanência obrigatória entre os convenentes, podendo ser denunciado
antes do término do prazo de vigência.
c) a obrigatoriedade de prévio procedimento licitatório, uma vez que do ajuste resultarão obrigações recíprocas
de natureza contratual.
d) o fato de que os entes conveniados, por terem objetivos institucionais diversos, visam à concretização de
propósitos que lhes sejam favoráveis.
e) a prefixação do preço ou remuneração pela colaboração prestada, sendo vedadas quaisquer formas de repasse
de recursos materiais ou humanos.
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d) dependem de prévia licitação, quando houver mais de uma entidade habilitada a celebrar o ajuste.
e) não permitem o repasse de recursos financeiros entre os partícipes, visto que cada qual deve arcar com as
respectivas tarefas que foram objeto do ajuste.
5. (ESAF – ANAC 2016)
Denomina-se _____________________ o instrumento por meio do qual é ajustada a descentralização de crédito
entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União para execução de
ações de interesse da unidade orçamentária descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa de
trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional programática.
Assinale a opção que preenche corretamente a lacuna acima.
a) Convênio.
b) Termo de Cooperação.
c) Termo de Parceria.
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e) é vedada a celebração de convênios e contratos de repasse com pessoas físicas ou entidades privadas com fins
lucrativos.
21. (Cespe – Anatel 2014)
É vedada a celebração de convênio com entidades públicas ou privadas cujo objeto social não esteja relacionado
com as características do programa que se pretende executar.
22. (Cespe – Antaq 2014)
É vedada a celebração de convênio com entidades privadas sem fins lucrativos cujo dirigente seja agente político
de Poder ou do Ministério Público.
23. (Cespe – Antaq 2014)
Recursos de convênio não podem ser utilizados na contratação de pessoas naturais condenadas por crimes contra
a administração pública ou o patrimônio público, crimes eleitorais punidos com pena privativa de liberdade e
crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.
24. (Cespe – Bacen 2013)
A administração pública federal pode celebrar convênios com outros órgãos ou entidades públicas ou privadas
sem fins lucrativos para a execução de programas e projetos de seu interesse. Acerca desse tema, julgue o item
subsequente.
É vedada a celebração de convênios, pelos órgãos e entidades da administração pública federal, com órgãos e
entidades da administração pública direta e indireta dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, cujo valor
seja superior a cem mil reais.
25. (Cespe – Anatel 2014)
Acerca das transferências de recursos da União para órgãos e entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos
para a execução de programas de interesse recíproco, julgue o seguinte item.
Em atenção ao princípio da publicidade, o chamamento público deve ser divulgado no sítio oficial do órgão ou
entidade responsável pelo objeto do convênio.
26. (Cespe – Anatel 2014)
órgão da administração pública federal que decida firmar um convênio com entidade privada sem fins lucrativos,
visando à seleção de projeto que assegure a realização do objeto do ajuste, deverá proceder, previamente, a um
chamamento público.
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a transferência de recursos financeiros com entidades privadas sem fins lucrativos — deverá ser precedida de
chamamento público.
28. (Cespe – DPU 2013)
Caso a DPU pretenda celebrar convênio administrativo, visando transferir recursos financeiros à DP/DF para a
prestação de serviço de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação, a celebração do ajuste
administrativo deverá ser precedida de chamamento público.
29. (Cespe – Anatel 2014)
No caso de convênios cuja duração ultrapasse um exercício financeiro, será indicado o crédito e efetuado um
empenho global, correspondente à despesa autorizada para a plena consecução do objeto do convênio, lançando-
se em Restos a Pagar as parcelas da despesa relativas às partes a serem executadas em exercícios futuros.
c) cláusula prevendo que a divulgação das atividades e serviços realizados pelos convenentes é de responsabilidade
do ente público, porque os custos e despesas devem ser a ele alocados, sob pena de incorrer em irregularidade
perante a corte de contas competente.
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d) indicação de previsão no Plano Plurianual dos recursos que atenderão despesas de exercícios posteriores, em se
tratando de convênio cuja execução ultrapasse o exercício vigente.
e) expressa previsão de aditamento para possibilitar o emprego dos recursos em atividades diversas daquela
objeto do convênio, sob pena de haver irregularidade a ser apontada pela corte de contas competente.
35. (FCC – Procurador Recife 2014)
Diversos segmentos da sociedade contribuem, até esta sexta (25), para a elaboração do plano de ampliação do acesso
ao esporte no Recife. O documento está sendo construído no âmbito do projeto Cidades da Copa, parceria entre a
Prefeitura e o Instituto Esporte & Educação (IEE), presidido pela medalhista olímpica Ana Moser, e deve ser
apresentado até o final do ano, sendo mais um legado da Copa do Mundo da Fifa. As reuniões tiveram início na tarde
desta quinta (24), no auditório da Central do Artesanato, no Marco Zero, com a presença de representantes do IEE.
Um instrumento possível para formalização de uma eventual parceria futura entre o Município do Recife e o
referido Instituto (devidamente qualificado como OSCIP pelo Poder Público federal), ainda como desdobramento
desse projeto, mas especificamente para formação e empoderamento de parceiros locais no ensino e na
orientação de atividades esportivas a crianças e adolescentes, mediante o repasse de recursos públicos
municipais, é
a) o termo de parceria, uma vez que, no presente caso, está-se diante de delegação de uma atividade exclusiva do
Estado e estão presentes as características de pessoalidade e subordinação direta do pessoal envolvido no projeto,
em relação à Administração pública municipal.
b) o consórcio público, já que no presente caso está-se diante da intenção comum, entre duas entidades da
Administração pública de diferentes níveis federados, de congregar esforços em prol de um interesse público que
transcende o caráter local.
c) o convênio, que, no presente caso, implicará a fiscalização, pelo Tribunal de Contas do Estado, do modo como
aplicados os recursos municipais repassados ao Instituto, ainda que este não integre os quadros organizacionais
de qualquer Administração pública.
d) a parceria público-privada, na modalidade de concessão administrativa, dado que o Instituto será remunerado
exclusivamente mediante contraprestação da Administração pública municipal.
e) o contrato em Regime Diferenciado de Contratação (RDC), via especial necessária, aliás, caso a parceria se
concretize no âmbito do referido projeto, dada a pertinência temática deste com as obras para a Copa do Mundo
2014.
36. (FCC – MP/SE 2013)
O Estado de Sergipe firmou, com entidade de direito privado, convênio para consecução de obra de interesse
comum, mediante mútua colaboração, nos termos do que autoriza o Art. 116 da Lei no 8.666/1993. A referida
entidade privada recebeu recursos públicos para execução do objeto conveniado. No entanto, ao final do prazo
estipulado para execução do ajuste, na prestação de contas, verificou-se que parte do valor recebido foi destinado,
sem autorização do Poder Público, à execução de obra não prevista no plano de trabalho do ajuste. Dado o
ocorrido,
a) o valor transferido passou a integrar o patrimônio da entidade que o recebeu, não ficando vinculado à utilização
prevista no ajuste.
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b) o valor recebido não perde a natureza de dinheiro público. Por essa razão, não poderia ter sido empregado em
obra distinta da prevista no objeto do ajuste, sem a autorização do Poder Público. No caso, a entidade privada
responde ao ente repassador, a quem deverá restituir o valor incorretamente empregado, e ao Tribunal de Contas.
c) a entidade privada poderia utilizar parte dos recursos em obra distinta da prevista no convênio, desde que tenha
executada obra prevista no ajuste a contento.
d) a entidade não está obrigada a prestar contas dos recursos ao ente repassador e ao Tribunal de Contas, em
razão de se constituir em pessoa jurídica de direito privado.
e) a entidade privada poderia utilizar parte dos recursos recebidos em obra distinta da prevista no objeto do
convênio, desde que destinada à coletividade.
37. (ESAF – PGFN 2015)
A respeito das transferências de recursos da União, mediante convênios e contratos de repasse, analise as
afirmativas abaixo, classificando-as em verdadeiras (V) ou falsas (F) para, ao final, assinalar a opção que contenha
a sequência correta.
( ) Nos convênios e contratos de repasse firmados com entidade privada sem fins lucrativos, a inadimplência desta
em relação aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais transfere à Administração Pública a responsabilidade
por seu pagamento.
( ) Para o caso de ressarcimento de despesas entre órgãos ou entidades da Administração Pública federal, poderá
ser dispensada a formalização de termo de execução descentralizada.
( ) A omissão no dever de prestar contas por parte de entidades privadas sem fins lucrativos gera impeditivos para
a celebração de convênios e contratos de repasse entre a União e a referida entidade omissa.
( ) O Decreto n. 6.170/2007 prevê a realização de licitação obrigatória anteriormente à celebração do convênio ou
contrato de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos.
a) F, F, V, V
b) F, V, V, V
c) V, V, V, V
d) F, V, V, F
e) V, F, V, F
38. (ESAF – ANAC 2016)
A respeito dos convênios, dos contratos de repasse e dos termos de execução descentralizada na administração
pública federal, assinale a opção correta.
a) É delegável a competência do Ministro de Estado ou do dirigente máximo da entidade da administração pública
federal concedente para a assinatura dos convênios e dos contratos de repasse.
b) Para que o convenente possa receber os recursos federais, será dele exigida uma contrapartida, sempre
financeira, a qual corresponderá à sua participação econômica na consecução do objeto do convênio.
c) A inadimplência da entidade privada convenente em relação aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais
transfere de forma subsidiária à administração pública concedente a responsabilidade pelo seu pagamento.
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d) A celebração de convênio ou contrato de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos deverá ser
precedida de chamamento público, que deverá ser sempre realizado pelo órgão ou pela entidade concedente,
visando à seleção de projetos ou entidades que tornem mais eficaz o objeto do ajuste.
e) A aquisição de produtos e a contratação de serviços com recursos da União transferidos a entidades privadas
sem fins lucrativos deverão observar os princípios da impessoalidade, da moralidade e da economicidade, não se
exigindo, porém, a realização de licitação, que poderá ser substituída por cotação prévia de preços no mercado
antes da celebração do contrato.
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a) Diferentemente da licitação, a aprovação das minutas de contrato de convênio pela assessoria jurídica da
administração só é obrigatória após a formalização do convênio.
b) Por ocasião da conclusão de um convênio, o saldo financeiro remanescente pode ser utilizado para
complemento de outra obra pública vinculada à empresa conveniada, como prêmio pela economia durante a
execução do convênio.
c) A fim de se evitar atraso no processo, a liberação de parcelas do convênio não é condicionada à prestação de
contas referente às parcelas repassadas.
d) O interessado na celebração do convênio deve elaborar, na fase de proposição, um plano de trabalho que
contenha obrigatoriamente a descrição do objeto de interesse recíproco das partes convenentes.
e) Com vistas à execução de programas de trabalho, a União pode transferir recursos para estados e municípios
por meio de convênios, mas não para entidades particulares.
46. (Cespe – AE/ES 2013)
No que se refere a convênios, assinale a opção correta.
a) O convenente deve prestar contas dos recursos recebidos no prazo máximo de sessenta dias, contado a partir
da data do término de vigência do instrumento firmado ou do último pagamento efetuado no caso de até duas
transferências.
b) O atraso não justificado no cumprimento de etapas, parcelas ou fases programadas não impede o repasse de
parcelas de convênio que já tenham sido previstas no contrato.
c) O convenente deve apresentar o plano de aplicação de recursos, sendo-lhe facultada a movimentação dos
recursos do convênio em conta bancária específica.
d) Os saldos de convênio devem, obrigatoriamente, ser aplicados em fundo de aplicação financeira de curto prazo
se a previsão desses saldos de uso for igual ou superior a um mês.
e) Nas licitações com recursos públicos repassados voluntariamente pela União para aquisição de bens e serviços
comuns, é obrigatório o emprego da modalidade pregão.
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Convênios
Gabarito
1. b 17. C 33. E
2. d 18. E 34. d
3. b 19. C 35. c
4. c 20. E 36. b
5. d 21. C 37. d
6. C 22. C 38. e
7. C 23. C 39. E
8. E 24. E 40. C
9. E 25. C 41. C
15. E 31. C
16. C 32. E
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