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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 Apresentação
separar corretamente seu lixo. A coleta, assim sendo, deve ser realizada de uma maneira
sistemática e organizada, com horários pré-definidos, sendo um horário para a coleta do lixo
reciclável e outro horário para coletar o lixo não-reciclável. Esse procedimento, se realizado
de maneira correta, irá facilitar muito os processos de tratamento dos resíduos sólidos (caso
no plano de gestão exista uma empresa especializada em tratar resíduos) no que diz respeito à
triagem, à compostagem e à reciclagem dos mesmos.
Os resíduos que podem ser reutilizados ou recicláveis deveriam ser encaminhados à
empresas que realizam a sua triagem, compostagem ou reciclagem (o que muito pouco
acontece). Através desses processos, é possível a obtenção de muitos benefícios, tais como: a
geração de emprego, a reutilização de um material que caso não houvesse esse processamento
seria "jogado fora" (havendo um consequente aumento da vida útil do aterro de disposição
final), benefícios ambientais diversos.
Para o contexto da disposição, hoje em dia, a alternativa mais utilizada e viável, tem
sido a implantação de aterros sanitários, cujo os quais, utilizam-se de técnicas de engenharia e
de características diversas sobre certa cidade, sobre a população da mesma e sobre os resíduos
lá gerados para serem projetados. Estas informações são baseadas em diversos fatores, para
que se possa desempenhar o projeto da forma mais propícia a atender as exigências do
município em relação aos seus detritos.
Atualmente, o lixo urbano gerado pelos municípios – Água Santa, Charrua, Ciríaco,
Floriano Peixoto, Ibiaçá, Santa Cecília do Sul, Tapejara e Vila Lângaro - são coletados pela
empresa COOPERCICLA, a qual é composta por uma cooperativa de recicladores de resíduos
orgânicos e inorgânicos. Todo o resíduo gerado é coletado, sendo deste feito a descarga dos
mesmos na localidade, além da triagem, enfardamento e acúmulo de orgânicos para o pátio de
compostagem. Nesta localidade, são realizados os procedimentos com o resíduo, conforme
dito, até a destinação final ao aterro local.
De acordo com a NBR 8419 (ABNT, 1983), aterro sanitário de resíduos sólidos
urbanos é uma técnica de destinação de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à
saúde pública e a sua segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza
princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los
ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada
jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessário. Em vista disso, a proposta em si
visa um melhor e mais correto acondicionamento dos resíduos sólidos gerados pelos
municípios abrangidos pela COOPERCICLA, favorecendo assim a população e o meio
ambiente local.
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Tendo em vista a grave problemática quanto à gestão dos resíduos sólidos urbanos,
desde sua produção, coleta, e disposição final, torna-se um desafio à maneira de gerir todo
esse resíduo gerado. Não basta apenas ter boa vontade dos governantes, como também, de
entidades treinadas se não há conscientização da população. Este é um dos principais fatores e
desafios que devem ser levados em conta, visto que interferem diretamente na quantidade de
resíduos destinados a aterros. Por exemplo, se o lixo doméstico não é separado corretamente,
forma-se assim maior quantidade de resíduos, por não haver a possível reciclagem e
reaproveitamento do mesmo.
Para a elaboração de um projeto de aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos, todas
estas e outras informações devem ser adquiridas, para projetar com a determinada vida útil,
atendendo as condicionantes da gestão realizada.
Levando em conta, que a vida útil do aterro para onde os resíduos gerados nos
municípios são levados hoje é de 16 anos, sendo que para cada célula é de aproximadamente 4
anos, e este excede sua capacidade de armazenamento no ano de 2013, propõe-se a elaboração
do seguinte projeto que possa vir a atender as futuras necessidades de disposição, quando o
aterro atual entrar em estado de encerramento.
1.2 Objetivo
De acordo com a Constituição Federal Brasileira, cabe aos municípios darem uma
destinação final aos resíduos gerados. Torna-se como objetivo principal, propor uma
destinação correta aos resíduos urbanos gerados nos municípios de Tapejara, Água Santa,
Charrua, Ciríaco, Floriano Peixoto, Ibiaçá, Santa Cecília do Sul e Vila Lângaro, uma vez que
todo o lixo gerado é encaminhado a Cooperativa dos Recicladores de Resíduos Orgânicos e
Inorgânicos de Santa Cecília do Sul (COOPERCICLA), a qual já possui um aterro sendo
utilizado e este, termina sua vida útil no ano de 2013. A proposta em si, visa projetar uma
ampliação do aterro já existente da empresa, as proximidades do aterro atual, visando atender
todos os requerimentos exigidos pela legislação, sendo esta a norma NBR 8419 (ABNT,
1992).
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1.3 Concepção
2 Memorial Descritivo
A localização dos municípios no Estado do Rio Grande do Sul pode ser verificada na
Figura 1, abaixo. As informações gerais de cada município estão descritas nos itens 2.2.1;
2.2.2; 2.2.3; 2.2.4. 2.2.5; 2.2.6; 2.2.7; 2.2.8; e 2.2.9.
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O município faz limite com Tapejara, Vila Lângaro, Gentil, Ciríaco, Mato Castelhano
e Santa Cecília do Sul, estando a 320 km da capital Porto Alegre.
Sua economia é voltada principalmente a agricultura, estando ela ligada diretamente
ao cultivo de milho, soja, erva-mate, trigo e cevada, além da criação de suínos e aves. A
Figura 2 apresenta dados referentes à economia do município de Água Santa.
2.2.2 Charrua
2.2.3 Ciríaco
Distrito criado com a denominação de Floriano Peixoto, pela Lei Municipal n.º 92, de
22 de outubro de 1949, subordinado ao município de Getúlio Vargas. Em uma divisão
territorial datada de 01 de julho de 1950, o distrito de Floriano Peixoto ainda permanece no
município de Getúlio Vargas.
Elevou-se, então, à categoria de município com a denominação de Floriano Peixoto,
pela Lei Estadual n.º 10.636, de 28 de dezembro de 1995, desmembrado-se de Getúlio
Vargas. As cidades limítrofes são: Getúlio Vargas, Charrua, Centenário e Sananduva. Está a
aproximadamente 350 km da capital Porto Alegre.
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2.2.5 Ibiaçá
No dia 5 de maio de 1948, pelo decreto da Lei 59/48 a Vila Nova Fiume, assim
chamada primeiramente, passou a ser o 12º Distrito de Lagoa Vermelha. Seu nome foi
alterado passando a chamar-se Ibiaçá, a qual significa Fonte de Águas Cristalinas, segundo
indígenas.
O município de Ibiaçá localiza-se a uma latitude sul de 28 º 03' 30'' e a uma longitude
oeste de 51 º 50' 25'', estando a 382 km da capital Porto Alegre, possui uma área territorial de
351 km². Pertencente à mesorregião noroeste rio-grandense e a microrregião de Sananduva, o
município situa-se a 620 metros de altitude. As cidades limítrofes são Sananduva, Lagoa
Vermelha, Caseiros, Santa Cecília do Sul e Tapejara.
Sua economia é baseada na agricultura e pecuária, além da prestação de serviços. A
Figura 6 apresenta dados referentes à economia de Ibiaçá.
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Distrito criado com a denominação de Santa Cecília (ex-povoado), pela Lei Municipal
n.º 68, de 11 de novembro de 1957, subordinado ao município de Tapejara. Elevado à
categoria de município com a denominação de Santa Cecília do Sul, pela Lei Estadual n.º
10.763, de 16 de abril de 1996, desmembrado de Tapejara.
O município de Santa Cecília do Sul localiza-se na latitude 28°16’ e longitude 51°92’,
possuindo uma área territorial de 199,396 km², e uma população total de 1.655 habitantes.
Localizado a 60 km de Passo Fundo. Pertencente à mesorregião do Noroeste Rio Grandense e
microrregião de Passo Fundo.
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2.2.7 Tapejara
ao Sul com Água Santa e Santa Cecília do Sul, a Leste com Ibiaçá e a Oeste com Vila
Lângaro e Sertão. Estando a uma latitude de 28° 04′05″ e longitude de 52°00′50″, e a 658
metros acima do nível do mar.
As principais vias de acesso ao município são as rodovias RS 463, RS 430 e RS 467,
sendo a primeira o acesso a RS 135 Coxilha e Passo Fundo/RS, a segunda a Charrua/RS e a
terceira a Ibiaçá/RS.
A emancipação do município de Tapejara/RS ocorreu em 10 de julho de 1955.
Abrange uma área de 240,6 km², sendo dessa 226,16 km² rural (94%) e 14,44 km² urbana
(6%). Sua população fica em torno de 19.501 habitantes (FEE, 2011), sendo que a urbana é de
17.081 e a rural de 2.169 habitantes. A densidade demográfica é de 81 hab/km² (FEE, 2011).
O município pertence à região Hidrográfica do Uruguai e a Bacia dos Rios
Apuaê/Inhandava. Passam pela cidade arroios e rios dentre eles: rio Tapejara, Rio do Erval e
Rio Ligeiro – divisa com Ibiaçá/RS.
Tapejara é conhecida como Terra do Empreendedorismo, de acordo com dados da
Secretária Municipal da Fazenda, a cidade possui 167 indústrias; 1.161 estabelecimentos de
comércio e prestação de serviços. Sua economia é estabelecida pelas atividades industriais,
agropecuária e serviços. Segundo dados do IBGE (2010) a indústria e os serviços são os
setores que mais contribuem na participação do PIB municipal, seguida pela agropecuária
com menor contribuição. Apresentado na Figura 8, gráficos da economia do município. O
município possui grandes empresas instaladas, dentre destas voltadas à agricultura,
frigoríficos, laticínios, alimentos em geral, comércio, entre outras. A arrecadação de ICMS
pelo município em 2011 foi de R$ 10.229.658,37 milhões (Prefeitura Municipal, 2011). O
PIB per capita em 2009 (FEE) foi de 24.102. As exportações totais em 2010 (FEE) U$ FOB
5.401.432.
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2.2.9 População
A população de cada município bem como a fonte utilizada para pesquisa apresentam-
se na Tabela 1 abaixo.
Água Santa
4.300 4.187
4.200 4.127
População (habitantes)
4.082
4.100
4.000
3.900
3.800 3.724
3.727
3.700
3.565
3.600
3.500
1990 1995 2000 2005 2010 2015
Anos
2.2.10.2 Charrua
Charrua
3.900 3.848
3.850
3.783
População (habitantes)
3.800
3.750
3.700
3.650
3.581
3.600
3.550 3.517
3.471
3.500
3.450
1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
Anos
2.2.10.3 Ciríaco
Ciríaco
8.000 7.154
7.000
População (habitantes)
Floriano Peixoto
2.400
2.350 2.361
População (habitantes)
2.300
2.250
2.200
2.150 2.148
2.100
2.050 2.057
2.018
2.000
1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
Anos
2.2.10.5 Ibiaçá
Ibiaçá
7.000
5.893
6.000 5.448 5.233
População (habitantes)
4.681 4.731
5.000
4.710
4.000
3.000
2.000
1.000
0
1990 1995 2000 2005 2010 2015
Anos
1.700
1.690
1.680
1.670 1.665
1.660 1.655
1.650
2006,5 2007 2007,5 2008 2008,5 2009 2009,5 2010 2010,5
Anos
Figura 15: Evolução populacional do município de Santa Cecília do Sul. Adaptado IBGE.
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2.2.10.7 Tapejara
Tapejara/RS
25.000
18.887 19.250
População (habitantes)
20.000 17.500
16.035 15.115 19.501
15.000
10.000
5.000
0
1990 1995 2000 2005 2010 2015
Anos
Vila Langâro
2.300 2.277
2.280
População (habitantes)
2.260
2.230
2.240
2.220
2.200
2.174
2.180
2.152
2.160
2.140
1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
Anos
Tabela 2: Projeção Populacional dos Municípios de Água Santa, Tapejara, Charrua, Ciríaco,
Floriano Peixoto, Ibiaçá, Santa Cecília do Sul e Vila Lângaro.
Ano Projeção Populacional (hab.)
2011 42.151
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Tabela 2: Projeção Populacional dos Municípios de Água Santa, Tapejara, Charrua, Ciríaco,
Floriano Peixoto, Ibiaçá, Santa Cecília do Sul e Vila Lângaro (continuação).
2012 42.994
2013 43.837
2014 44.680
2015 45.523
2016 46.366
2017 47.209
2018 48.052
2019 48.895
2020 49.738
2021 50.581
2022 51.424
2023 52.267
2024 53.110
2025 53.953
2026 54.796
2027 55.639
2028 56.482
2029 57.325
2030 58.168
2031 59.011
2032 59.854
A projeçãoper capita dos resíduos gerados foi obtida através da projeção populacional
realizada no item 2.2.11. Com as quantidades descritas acima verificou-se a projeção da
geração de resíduos para cada setor, e a total coletada pela Empresa em todos os municípios.
Conforme Tabela 3. Como a vida útil do aterro será de 20 anos, a projeção desenvolveu-se
para esse período. A taxa de crescimento da geração per capita dos resíduos realizou-se como
1,5%, segundo manual da ABRELP (2010).
Os resíduos são provenientes de cada município, sendo dispostos em sacolas plásticas.
No aterro ocorre a separação daqueles resíduos que não estão separados. Diariamente são
recebidos resíduos, sendo que a frequência que os caminhões chegam ao aterro é a cada duas
horas.
Tabela 3: Projeção da geração de resíduos per capita, triagem, reciclável, quantidade aterrada
e a quantidade total para 20 anos.
Produção
Projeção Aterro
Ano per capita Reciclável Compostagem Quantidade
Populacional Sanitário
lixo (kg/hab./dia) (kg/hab./dia) Total (t)
(hab.) (kg/hab./dia)
(kg/hab./dia)
2012 42.994 0,47 0,15 0,21 0,11 20,20718
2013 43.837 0,47705 0,15225 0,21315 0,11165 20,91244085
2014 44.680 0,4841 0,1545 0,2163 0,1133 21,629588
2015 45.523 0,49115 0,15675 0,21945 0,11495 22,35862145
2016 46.366 0,4982 0,159 0,2226 0,1166 23,0995412
2017 47.209 0,50525 0,16125 0,22575 0,11825 23,85234725
2018 48.052 0,5123 0,1635 0,2289 0,1199 24,6170396
2019 48.895 0,51935 0,16575 0,23205 0,12155 25,39361825
2020 49.738 0,5264 0,168 0,2352 0,1232 26,1820832
2021 50.581 0,53345 0,17025 0,23835 0,12485 26,98243445
2022 51.424 0,5405 0,1725 0,2415 0,1265 27,794672
2023 52.267 0,54755 0,17475 0,24465 0,12815 28,61879585
2024 53.110 0,5546 0,177 0,2478 0,1298 29,454806
2025 53.953 0,56165 0,17925 0,25095 0,13145 30,30270245
2026 54.796 0,5687 0,1815 0,2541 0,1331 31,1624852
2027 55.639 0,57575 0,18375 0,25725 0,13475 32,03415425
2028 56.482 0,5828 0,186 0,2604 0,1364 32,9177096
2029 57.325 0,58985 0,18825 0,26355 0,13805 33,81315125
2030 58.168 0,5969 0,1905 0,2667 0,1397 34,7204792
2031 59.011 0,60395 0,19275 0,26985 0,14135 35,63969345
2032 59.854 0,611 0,195 0,273 0,143 36,570794
A quantidade total de resíduos que será recebida em 2032 será em torno de 3124,08
toneladas por ano. A empresa COOPERCICLA receberá - durante 20 anos - 588,3 toneladas
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A faixa de peso específico adotado para os resíduos do aterro é de 4,7 – 6,3 kN/m³
correspondendo a municipal moderadamente compactado segundo a classificação de Oweiss e
Khera (1990), adaptado de OLALLA, C. (1993).O valor de peso específico compactado
31
utilizado será de 6 KN/m³, ou seja, 0,6 t/m³. Adotou-se essa classificação, em virtude dos
resíduos serem previamente compactados antes de serem aterrados, de acordo com a situação
atual da Empresa. Para o peso específico dos resíduos soltos adotou-se a faixa de 2,8 – 3,1
KN/m³ do mesmo autor, sendo o empregado no projeto de 2,8 KN/m³, 0,28t/m³.
Em virtude da prefeitura de Santa Cecília do Sul possuir uma empresa terceirizada que
realiza a coleta, transporte e destinação adequada dos resíduos gerados no município
(COOPERCICLA), o local do novo aterro será as proximidades do aterro atual, pois o mesmo
já possui as condicionantes ideais para a implantação de um aterro sanitário. Assim, viabiliza-
se todo o processo necessário na realização e gestão do próprio aterro, em virtude de ali estar
à sede administrativa da empresa, e todos outros equipamentos e instrumentos para uma boa
organização e tratamento do lixo obtido.
A planta das instalações da COOPERCICLA está localizada na Estrada Geral em Santa
Cecília do Sul, km 9. A Tabela 5 apresenta a distância dos municípios a qual a empresa
COOPERCICLA presta serviço, em relação ao aterro onde os resíduos serão acondicionados.
Figura 18: Localização do aterro em relação aos municípios atendidos. Fonte: Google Earth.
Pavilhão metálico com 1400 m², 50 metros de comprimento por 28 metros de largura,
com pé direito de 6 m onde são executadas as operações de descarga de resíduos (20m
x 28 m), triagem e enfardamento (20 m x 28 m) e acumulo de orgânicos para
destinação ao pátio de compostagem (10 m x 28 m);
Duas células de aterro sanitário com dimensões de 20 m por 60 m, uma encerra e outra
em operação;
A área de triagem funciona em um galpão metálico novo com área total de 1400 m².
Os veículos de coleta, ao ingressarem na unidade, são pesados e encaminhados para a
área de descarga.
A área de descarga de veículos tem 560 m², 28 metros de largura por 20 metros de
comprimento, pé direito de seis metros, piso de concreto polido com espessura de 30
cm e canaletas para drenagem periférica de águas pluviais.
Os resíduos são descarregados sobre o piso para posteriormente serem alimentados nas
moegas de alimentação das esteiras pela máquina carregadeira.
A área de descarga dos veículos é setorizada, de modo que os resíduos oriundos da
coleta seletiva e coleta em zona urbana são descarregados separadamente, próximos à
34
Figura 20: Esquema das unidades que compõe o aterro. Fonte: Google Earth.
A área está localizada na região do Planalto, nas curvas de nível de altitude de 670,
660, 650 e 640 m, conforme planta topográfica em ANEXO C. A escala utilizada para a
montagem da planta foi de 1: 3000. Conforme descrito no item 2.4.2, a principal via de acesso
ao aterro é pela RS – 430, e por uma estrada lateral de chão batido. Existe um ramo do Rio
Erval próximo à área do aterro.
A parte de cota mais baixa do terreno (650 m) do aterro é as das lagoas de tratamento
de lixiviado. As células estão localizadas nas cotas de 670 a 660 m.
são planos ou dissecados, de altitudes elevadas, limitados, pelo menos em um lado, por
superfícies mais baixas, onde os processos de erosão superam os de sedimentação.
A geologia do local é constituída de rochas vulcânicas de filiação basáltica. A
atividade vulcânica responsável pela formação dos basaltos, andesitos, traquitos e riolitos
englobados na Formação Serra Geral, segundo Cox (1980) está claramente associada a uma
tectônica extensional iniciada há aproximadamente 130 milhões de anos, segundo dados de
traços de fissão de Gallagheret al. (1994), em áreas de baixo relevo, seguidas por um
importante magmatismo alcalino do tipo central.
As rochas situadas em Santa Cecília do Sul e região são representadas por 65% de
rochas vulcânicas básicas na parte inferior do pacote extrusivo, e 22% de rochas
intermediárias intercaladas entre os termos básicos, finalizando com 13% de rochas ácidas
diferenciadas nas porções superiores ou de topo dos derrames, de acordo com Minoli (1971),
Petri e Fúlfaro (1983) e Cox (1989).
Segundo IBGE (2006), os domínios morfoclimáticos pertencentes à região são da
Araucária, Planaltos Subtropicais com pradarias mistas. Os domínios morfoestruturais de
Bacias e Coberturas Sedimentares Fanerozóicaspodem ser analisados em ANEXO A, assim
como os domínios morfoclimáticos. O compartimento do relevo local é o Planalto, como já
fora mencionado, e como mostra a Figura 22 a seguir.
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Figura 22: Mapa dos compartimentos de relevo presentes no Brasil. Fonte: IBGE (2006).
São solos ácidos devido à presença de íons de ferro, assim, sua capacidade de retenção
de contaminantes é dependente do valor do pH, podendo reter ânions ou cátions, nesse caso
há predominância de ânions.
Figura 23: Compactação dos solos na energia do ensaio Proctor normal, considerando-se
granulometrias na faixa das argilas aos pedregulhos (Modificado de PINTO, 2000).
(1)
O tempo de retorno que será utilizado é de 20 anos devido a ser esse o tempo de vida
útil do aterro. Para determinar o tempo de concentração é empregada a equação (2)abaixo, em
que é necessário o conhecimento do comprimento do aterro, bem como a sua declividade.
(2)
No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, 85% da área do aquífero está abaixo da
bacia do rio Uruguai abrangendo 230 municípios gaúchos (incluindo todos os municípios
relatados no trabalho, incluindo a área do aterro) e 147 catarinenses, além de áreas da
Argentina e do Uruguai. A maior preocupação é com a falta de sistemas de esgoto sanitário e
de tratamento de efluentes urbanos, que, como se sabe, tendem, com o tempo, a contaminar as
águas subterrâneas.
A Figura 24 mostra o mapa representado a seguir mostra as 10 províncias
hidrogeológicas do Brasil, mostrando que a região em estudo, realmente, está situada sob o
Aquífero Guarani, que faz parte da província geológica do Paraná, que é a principal do Brasil,
pois “guarda” o maior volume de água doce em sub-superfície, com reserva estimada de
50.400 km3 de água. A província do Paraná é caracterizada por ser um depósito sedimentar
cenozóico (bacia sedimentar). Essa bacia sedimentar, logo, é uma depressão preenchida, ao
longo do tempo, por detritos provenientes de áreas próximas ou distantes disposta de forma
horizontal. Ou seja, é considerado um sistema poroso.
A distribuição dos aquíferos pelo estado pode ser observada no mapa preliminar dos
sistemas hidrogeológicos do RS, Figura 25.
Figura 25: Distribuição dos aquíferos no Estado do Rio Grande do Sul. Fonte: IBGE.
A área de estudo faz parte do sistema de aquíferos fissurais Serra Geral, cuja
definição/descrição, segundo, é de que são aquíferos descontínuos relacionados às lavas
básicas e ácidas da Formação Serra Geral.
Quanto à questão do nível do lençol freático presente na área, não fora levantado
nenhum dado relativo a isso, mas pode-se estimar que essa cota estática das águas
subterrâneas locais seja baixa, isto é, longe da superfície, caso seja levado em conta que para
nitossolos e latossolos (pedologia regional) o horizonte B é bastante espesso/profundo.
O uso dos recursos hídricos presentes na região de Santa Cecília do Sul, de acordo
com empresas cadastradas na FEPAM é na maioria atividades de criação de animais, seguido
pelas práticas da Empresa COOPERCICLA – aterro sanitário e transporte de resíduos -, e as
de serviços, de acordo com a Figura 26. O aterro atual possui porte médio e potencial alto.
43
10%
7%
4%
11% 4%
62%
3%
10%
Figura 26: Atividades Industriais de uso dos recursos hídricos do município de Santa Cecília
cadastradas na FEPAM.
A célula de disposição é o local onde os resíduos que não puderam ser reaproveitados
de alguma forma são colocados. Tendo a função de acomodar os resíduos de forma que os
mesmos fiquem isolados adequadamente, para que não causem problemas relacionados à
contaminação do solo ou das águas.
Para a disposição dos resíduos deste projeto, adotou-se o método da trincheira ou vala
(abaixo do nível do terreno) para as três células calculadas. O método consiste na escavação
de valas especialmente projetadas para que essa disposição ocorra perfeitamente. Devido à
facilidade de construção e operação do método para o caso em questão (“pouca” quantidade
de resíduo a ser aterrada, área relativamente pequena de escavação – gerando baixos custos,
relevo e nível freático favorável), o modelo da trincheira foi escolhido para o projeto, além do
qual, essa metodologia é altamente recomendada para municípios com geração diária de até
cinco toneladas por dia.
44
Após a compactação, é feita a cobertura diária dos resíduos, geralmente e para o caso,
utilizando material resultante da própria escavação da trincheira, localizado próximo às
células, conforme APÊNCIDE A. Com a sobreposição de camadas, tem-se o preenchimento
total da trincheira.
As célula projetadas, para as necessidades deste aterro terão dimensões de 150 m de
comprimento por 100 m de largura (15000m²), em formato trapezoidal, com uma
profundidade de 3m e devem suprir a necessidade de aterramento dos resíduos para o período
requerido. As dimensões das células estão apresentadas na Figura 27.
atuando também como elemento drenante de líquidos e gases pelo plano da manta, através da
sua espessura. Tal aplicação garante a integridade do sistema impermeabilizante e a não
contaminação das águas subterrâneas. Eles permitem a passagem de fluidos através de sua
estrutura retendo as partículas do solo, podendo assim substituir com vantagens técnicas,
econômicas, construtivas e de durabilidade os tradicionais filtros de transição granulométrica.
A gramatura (medida da espessura ou densidade) dos geotêxteis utilizados para o projeto é de
57,22 g/m² e foi obtida segundo a metodologia presente no memorial técnico.
Assim, em termos de segurança ambiental e em termos econômicos, apesar da
geomembrana ainda ser a melhor alternativa técnica para impermeabilização de aterros, sua
utilização, no aterro em questão, implicaria em um acréscimo talvez não necessário no custo
de implantação, se comparado com o custo da utilização de argila já existente na área local –
devido à extração do solo na escavação. Por esta razão, reforçando, optou-se pela utilização
de um sistema de impermeabilização de base constituído por camada de argila compactada de
0,6 m de espessura com coeficiente de permeabilidade k = 10-9 m/s no fundo de cada célula
do aterro. No entanto, a FEPAM pode vir a condicionar a emissão da Licença de Instalação
(LI) com a necessidade de adoção de um sistema duplo de impermeabilização, exigindo então,
além da camada de argila de 0,6 m de espessura, a colocação de uma geomembrana de 2,00
mm no fundo do aterro, o que efetivamente deverá e será feito.
Sobre a geomembrana disposta na base do aterro será disposta um geotêxtil, com a
função de proteger esta dos materiais pontiagudos presentes nos resíduos, dos equipamentos
utilizados na operação diária e das próprias cargas a que o aterro estará sujeitos. Nos taludes,
como a fixação de material granular é impossível devido à falta de aderência com a manta
geossintética, um geotêxtil de 4,00 mm de espessura será adotado.
destes problemas não existam. Esses sistemas, se executados na prática corretamente, irão
contribuir para algum uso futuro da área.
O solo que será utilizado na cobertura diária e final do aterro sanitário em questão é
proveniente da própria escavação da trincheira de disposição.
Este sistema tem também um papel importante na fase de operação do aterro sanitário,
porém nem sempre é necessário. Ele deve ser feito por uma camada de aproximadamente 50
cm de solo, ou de solo juntamente com algum geossintético. A necessidade de cobertura
intermediária existe em locais onde a superfície de disposição ficará inativa por um tempo
maior, como por exemplo, no aguardo da conclusão de um patamar para início de um novo
patamar ou ainda após o enchimento total de uma célula.
Ou seja, esse sistema é geralmente empregado para aterros sanitários realmente
maiores, onde a disposição é feita pelo método da área ou do talude, não havendo necessidade
de um sistema de cobertura intermediária para o atual projeto, em virtude que esse será
operado em apenas três células operadas pelo método de trincheiras, e por estar-se
trabalhando com um aterro que não apresenta dimensões absurdamente grandes.
Para o presente projeto, o sistema de cobertura pode ser considerado de certa forma
simples, pois trata-se de um aterro em trincheiras, que não irá modificar drasticamente a
topografia original do terreno. Haverá então uma facilidade na colocação da camada de solo e
da camada com solo vegetal (orgânico) para posterior instalação de uma área de
reflorestamento. A primeira camada citada será de 50 cm e a camada para desenvolvimento
vegetal será de 1m. Não há necessidade de colocação de algum material de granulometria
maior (como britas) conjuntamente com o solo, a não ser que seja preciso diminuir ainda mais
a infiltração, devido a algum evento climático extremo de precipitação, por exemplo. Para
este caso, poderá optar-se ainda pela colocação de uma geomembrana.
Os cálculos para obtenção de parâmetros relativos ao sistema de cobertura que será
utilizado estão no Memorial Técnico. Assim como para o sistema de cobertura diária, foi
indispensável o conhecimento sobre as características geotécnicas sobre o resíduo e sobre o
material de cobertura, onde no caso foi considerado como sendo o solo da escavação. Foram
obtidos valores imprescindíveis com relação à quantidade de solo, como a massa e o volume
de solo que deverão ser “transportados” (12375 t e 12500 m³, respectivamente) e o volume de
solo compactado que fará parte da cobertura final, que é de 7500 m³, todos levando em conta
uma única célula, e não todas.
O sistema de cobertura final é composto pelos subsistemas de drenagem de gases e
lixiviado e águas superficiais, descritos subsequentemente.
O lixiviado é toda a água que percola por entre a massa de resíduos do aterro, como já
fora especificado. Portanto, ele provém da água da chuva que ingressa no aterro que se junta
ao chorume (líquido formado durante a decomposição dos resíduos), formando um fluido que
deverá ser encaminho a um sistema de tratamento. Este caminho corresponde ao sistema de
drenagem de lixiviado, que é composto, basicamente, por tubos drenantes chamados de
geotubos, um elemento drenante em torno do geotubo (brita 5) e um elemento filtrante (areia
quartzosa natural) sobre a camada de brita. Esses componentes ficarão sobre sistema de
impermeabilização de fundo, não se estendendo sobre os taludes.
Os geotubos têm como função garantir um rápido escoamento do excesso de água
infiltrada no aterro. Através de seus orifícios, eles possibilitam a penetração do líquido no
interior do tubo, permitindo um escoamento rápido e evitando que o excesso de líquido
danifique o aterro. São super-resistentes de acordo com os catálogos, fabricados em PEAD.
Externamente ao sistema de impermeabilização, os geotubos drenam as águas de infiltração,
aliviando o empuxo hidrostático sobre o aterro.
51
Para a determinação da vazão de pico utilizada nos cálculos do item 3.4, bem como, da
estimativa do quanto de vazão será gerada durante a vida útil do aterro, foi utilizado o método
de TCHOBANOGLOUS (1993). Conforme descrito no item 3.4, o diâmetro necessário para a
tubulação é de 0,01243m, ou seja, 12,43 mm, assim, de acordo com Catálogos, o diâmetro
nominal mínimo é de 65 mm de diâmetro nominal, 59,5 mm de diâmetro interno e 68 mm de
diâmetro externo, os diâmetros dos furos são de 5,00 mm.
No dimensionamento do colchão drenante, verificou-se a quantidade necessária de
material a ser adquirido para a construção deste colchão drenante (de 25 cm de espessura).
Assim sendo, o volume requerido, levando em conta um fator de segurança de 1,1 será de
3855 m³.
residuária, podendo transportar contaminantes pelo seus escoamento até um corpo hídrico.
Assim sendo, o run-off também terá de ser controlado. Esse controle pode ser feito de
inúmeras formas, como por exemplo: controlando as erosões; revestimento nas valas
drenantes; reforço do solo; bacias de retenção para gerenciamento da vazão máxima; camada
de cobertura com inclinação apropriada; etc. Outra questão é que, como parte da água que
ingressa sobre o aterro atinge os resíduos, esta deverá ser encaminhada para o sistema de
tratamento de lixiviado. Diferente do run-on, o run-off ocorre sobre qualquer aterro.
Logo abaixo observar-se um esquema representativo de como pode ser feito um
sistema de controle do run-on e do run-off (Figura 28).
Figura 28: Detalhe dos sistemas de controle das águas run-on e run-off.
Alguns procedimentos devem ser levados em conta para a execução e aplicação destes
sistemas, e estes irão refletir nos aspectos operacionais e financeiros, além de que isso irá
definir os tipos de mecanismos a serem utilizados nessa etapa do projeto. É necessário, por
exemplo, que a área do run-off seja a menor possível durante a operação, evitando um maior
volume de lixiviado a ser tratado. Outra questão relevante é que estruturas de drenagem
superficiais são divididas em provisórias e definitivas. A drenagem provisória (empregados
conjuntamente aos mecanismos de drenagem definitiva já existes) engloba os dispositivos de
controle de escoamento superficial para evitar a infiltração e/ou erosões nas praças e/ou
taludes em decorrência do afluxo de águas de chuvas e, também, as drenagens necessárias nas
estradas de acesso provisórias. Os aparelhos de drenagem provisória, em geral, consistem na
implantação de canaletas escavadas na camada de cobrimento de cada célula. A drenagem
definitiva compreende os dispositivos relacionados aos sistemas de drenagem que funcionarão
53
após a conclusão de cada célula e/ou após a conclusão do aterro, além de estradas de acesso
definitivas, de modo que estes irão proteger as praças de trabalho e os taludes de corte e
aterramento de danos provocados pelas chuvas (FONTE, Claudio Michel Nahas, 1996).
Para o dimensionamento desta estrutura é necessário o conhecimento de alguns
parâmetros hidrológicos da região da obra. Dentre estes parâmetros: curva IDF do município
em questão ou de algum município próximo (engloba o tempo da precipitação e o tempo de
retorno), coeficiente de escoamento da vala de drenagem, área da bacia de drenagem de
contribuição do aterro sanitário. Por meio dos parâmetros mencionados, então, calcula-se a
vazão de pico pelo método racional. Ou seja, a vazão de projeto deve levar em conta um
evento de precipitação intenso, durante um dado período de tempo, baseando-se na sua
probabilidade de ocorrência. A área de contribuição do aterro empregada foi à área das
próprias células, uma vez que, conforme o item 2.4.2 e Layout, as células estão localizadas na
parte mais alta do terreno.
Depois de obtida a vazão de pico, parte-se para o dimensionamento dos canais de
drenagem (canal de terra de seção cheia retangular). Adotam-se dimensões e valores para o
mesmo (altura, largura, declividade e coeficiente de Manning), acha-se a velocidade do fluido
que irá se deslocar sobre o canal e, finalmente, encontra-se a vazão que este canal de
drenagem irá suportar.
Quanto ao projeto, adotando um tempo de retorno de 20 anos, alcançou-se uma vazão
de pico igual a 0,105 m³/s, e a vazão suportada pelo canal de drenagem igual a 0,61 m³/s. A
localização dos canais de drenagem será sobre a superfície da célula.
A decomposição do lixo confinado nos aterros sanitários produz gases, entre eles o gás
carbônico (CO2) e o metano (CH4), que é inflamável. Os gases, sob certas condições, podem
se infiltrar no subsolo, atingir as redes de esgoto, fossas e poços absorventes, e causar
problemas. Por exemplo, no caso do metano, este poderá formar com o ar uma mistura
explosiva para concentrações entre 5 a 15%.
O controle da geração e migração desses gases é realizado propiciamente através de
um sistema de drenagem constituído por drenos verticais colocados em diferentes pontos do
aterro. Estes drenos são formados pela superposição de tubos perfurados de concreto
54
revestidos de brita, que atravessam verticalmente todo o aterro, isto é, desde o solo até a
camada superior, como se fossem chaminés. Recomenda-se a instalação dos drenos a cada 50
- 100 metros, sendo que nas extremidades devem ser instalados queimadores de gases, com a
finalidade de evitar maus odores e até controlar as emissões de poluentes atmosféricos.
Vale citar que a ação específica do metano é muitas vezes mais intensa do que a do
CO2. Daí surge o interesse específico para a implantação de projetos que evitem a dispersão
do CH4 no meio ambiente, ou mesmo a redução dessa emissão pela captação adequada para a
combustão ou tratamento adequado para seu aproveitamento energético.
O uso de geotubos permite o alivio das pressões dos gases gerados sobre o sistema de
impermeabilização, além de drenar o chorume produzido pelos resíduos. Em torno do
geotubo, irá colocar-se, em cada lado do mesmo, 0,6m de brita (utilizados como elemento
drenante). A seguinte representação, Figura 29, mostra como é a tubulação para a drenagem
dos gases. Nota-se que são tubos perfurados que podem ser de concreto ou PVC e são
revestidos por uma camisa de brita.
inclinação dos taludes; nível e regime de fluxo do chorume dentro do aterro; tipo do material
de cobertura; e resistência da cobertura à erosão. Uma potencial instabilidade, desta maneira,
poderá ocorrer no solo de fundação, no resíduo e nos sistemas de cobertura e de
impermeabilização. O motivo principal, pelo qual pode vir a ocorrer essa instabilidade, é
devido ao contato solo-geomembrana que acontece nestes dois sistemas do aterro
anteriormente citados. Este contato/interação, entre os materiais, representa o que é chamado
comumente de interface crítica e esta é devida, basicamente, dos parâmetros de resistência de
cada material (comportamento tensão-deformação, ângulo de fricção do geossintético, ângulo
de atrito e coesão do solo, etc). Sabe-se ainda que a presença de água no aterro sempre é um
fator de desestabilização (reduz a resistência e aumenta a solicitação, enfim) e esta presença
de água pode ser devida a alguma falha dos sistemas de impermeabilização e de drenagem de
águas superficiais e lixiviado.
A análise e os cálculos da estabilidade de taludes em aterros sanitários, então, podem
ser executados por meio de vários métodos. Dentre esses métodos, o utilizado para o atual
projeto foi um método tradicional baseado no Cálculo da Estabilidade dos Sistemas de
Cobertura e de Impermeabilização para Taludes Finitos e de Espessura Constante. Esse
método tradicional (assim como grande parte dos demais) determina o fator de segurança
fazendo uso da análise de equilíbrio-limite. A análise por equilíbrio-limite consiste na análise
do equilíbrio estático, na condição de ruptura, de uma massa de solo limitada por uma
superfície de ruptura hipotética, considerada como um corpo rígido-plástico.
O fator de segurança neste tipo de metodologia é definido como a razão entre a
resistência média ao cisalhamento e a tensão média ao cisalhamento, ao longo de uma
superfície potencial de ruptura a qual, no caso, é planar. Considera-se que para um FS igual
ou menor do que 1,0 ocorrerá a ruptura, sendo que o FS aceitável a nível de projeto deverá ser
pelo menos igual a 1,5.
Em relação ao presente projeto, houveram falhas com relação a estabilidade, pois
segundo os cálculos (realizados na seção do memorial técnico), tanto o sistema de cobertura
quanto o sistema de impermeabilização evidenciaram um fator de segurança bem abaixo de
1,0, ou seja, indicaram que deve ter havido algumas negligências relacionadas a estes sistemas
ou à própria célula. Para o efeito de resolver o problema, isto é, buscando aumentar-se o FS,
poderiam ser aplicadas algumas soluções, as quais poderiam ser: uma nova geometria para o
talude, principalmente com a adoção de uma nova e menor inclinação e/ou propor o uso de
geossintéticos que apresentem a mesma função que as camadas de solo empregadas realizam.
Ou seja, para esta segunda possível solução – caso fosse realizada - deveria contemplar a
57
vez que nem todos estarão levando lixo e sim, poderão estar trabalhando no sentido de
construção das células ou operando algum sistema específico.
As vias presentes no entorno das novas células de disposição, por exemplo, deverão suportar a
passagem de no mínimo dois veículos em sentidos contrários, além de possibilitar a passagem
de veículos em quaisquer condições climáticas, uma vez que constante movimento poderá
haver no aterro, em virtude de chegadas de caminhões em horários diferentes, além de toda a
movimentação dos maquinários que realizam as operações diárias.
Uma vez que o terreno das novas células já está de acordo com o caráter descrito
anteriormente, pode-se dar início a construção das células. Para tal, após a abertura das
trincheiras (células) deverá, primeiramente, realizar-se uma compactação do solo de fundo
(argiloso), com uso de rolos compactadores adequados, a fim de obter-se maior resistência do
solo e menor permeabilidade. Feito este processo, pode-se dar início a construção dos
sistemas já descritos anteriormente, tais como sistema de impermeabilização de fundo e das
laterais e sistema de drenagem de lixiviado. Contudo, deve-se obter atenção na introdução dos
geossintéticos corretos e nas ordens corretas, como também materiais granulares e geotubos,
conforme já especificados. Estes são os principais fatores que iram garantir uma execução
correta quanto à eficiência na disposição dos resíduos nas células, bem como nos processos de
60
A cada final de jornada de trabalho diária, uma camada de solo deverá ser empregada
acima dos resíduos, conforme já mencionado e calculado nos sistemas de cobertura diária,
este, também devendo ser compactado obtendo menor volume.
Quando as células estiverem esgotado sua capacidade de armazenamento de resíduos,
o sistema de cobertura final deverá ser realizado, durante essa fase de encerramento da célula.
Esta cobertura final deverá ser feita, conforme já especificado na descrição dos elementos de
projeto, levando em conta as ordens e tipos de geossintéticos e materiais de cobertura
empregados, como também suas alturas de compactação.
Para que estas etapas sejam executadas da melhor maneira possível, a fim de obterem-
se bons desempenhos na operação e controle do aterro, treinamentos para equipes de trabalho
deverão ser executadas constantemente, para que as determinações contidas no presente
projeto sejam executadas e cumpridas. Esses treinamentos deverão englobar temas relevantes
à operação das células de disposição, indo deste esclarecimento de normas para pesagens de
cargas, normas para inspeção e controle de resíduos que entram no aterro, plano de descarga,
preenchimento e encerramento das células, plano de tratamento, espalhamento e compactação
dos resíduos, plano de manutenção dos equipamentos, de vias de acesso, normas de segurança
da área do aterro, normas relativas à segurança e saúde no trabalho, plano de controle de
vetores, plano de comunicação interna e externa, etc. Cada qual em seu setor e meio de
trabalho responsável, deverá estar ciente destas normas, para assim poder-se aplicá-las em
seus devidos fins.
Deve-se manter uma relação próxima com os operadores, mantendo-lhes com total
segurança dentro do seu meio de serviço, através de usos de equipamentos de segurança
individual, além de serem vacinados contra doenças contagiosas. Os horários de serviço os
quais os mesmos deverão estar exercendo, vai depender da demanda de resíduos de entrada no
aterro. Uma vez que o aterro não recebe grandes quantidades de resíduos diariamente e que ao
longo dos anos essa taxa de crescimento não vai crescer significativamente, as jornadas de
serviço dos empregados poderão seguir as mesmas do estado atual (8 horas diárias de segunda
a sábado), devendo os responsáveis pela organização do aterro e contato com funcionários
62
avisar quando da necessidade de maiores jornadas de serviço, para assim atender a demanda
de resíduos recebidos para posterior aterramento.
Uma vez que o projeto visa uma ampliação do aterro sanitário da empresa
COOPERCILA, o Layout em si contém algumas estruturas já existentes no atual local, como
por exemplo, áreas de estocagem, galpões, células características atuais, estacionamentos, etc.
O processo de organização dos resíduos de entrada e disposição ao aterro funcionará
conforme realiza-se normalmente. Ao entrar no aterro, os caminhões deverão passar pela
balança, onde estes serão pesados para manter um controle operacional dos resíduos de
entrada, a qual deverá ser registrada em uma planilha, de acordo com as características e/ou
numeração de cada caminhão. Dessa forma, ter-se-á um controle diário e mensal da
quantidade de resíduos destinados ao aterro.
Após esta etapa, os caminhões deverão descarregar estes resíduos no galpão de
processamento de resíduos, já presente no aterro, onde ali, estes serão separados de acordo
com suas peculiaridades. Uma parte desses resíduos será encaminhada para a compostagem -
por ser um resíduo de características essencialmente orgânicas – enquanto a outra parte será
enfardada por possuir característica recicláveis - esta então será encaminhada e/ou vendida a
outro estabelecimento que a utilize. Da parte restante, esta representará os resíduos que serão
destinados às células de disposição, caracterizadas no Layout, que logo mais será apresentado.
Através do Layout é possível averiguar como esses processos se realizam atualmente e
como irão se realizar após a ampliação da estrutura, bem como a do aterro. Portanto, é
possível analisar toda a infraestrutura já existente no aterro, tais como: prédio administrativo,
galpão de depósito de equipamentos, galpão de processamento dos resíduos, lagoas de
tratamento de lixiviados, poços de monitoramento, área de estoque de solo de empréstimo,
estradas internas e externas, dentre outros compartimentos.
Em virtude da implementação de novas três células de disposição dos resíduos, uma
nova lagoa de tratamento de lixiviado deverá ser feita, estando esta em lado oposto a lagoa já
existente. A nova lagoa receberá o lixiviado das três células projetadas, estando esta, nas
partes mais baixas do terreno de acordo com as curvas de nível, não necessitando a aquisição
63
de bombas para o transporte dos fluídos gerados na decomposição dos resíduos e das águas de
infiltração.
As células de disposição possuirão rampas de acesso, as quais facilitarão a entrada e
saída de caminhões e máquinas, devendo estas estarem bem construídas para que se facilitem
as ações de operação na célula. O material que será retirado das escavações para a construção
das células, será disposto nas proximidades dessas escavações em uma espécie de galpão, para
este, então, ser usado em diversos procedimentos e sistemas do aterro sanitário (já
especificados no projeto), como no revestimento de solo diário que deverá ser realizado pelos
operadores do aterro.
No limite de área do aterro, possuirá um cortinamento vegetal, cuja, importância já
fora ressaltada no projeto. A Figura 30, abaixo apresenta o Layout do Aterro Sanitário da
Empresa COOPERCILA, com suas devidas referências de área, elementos e toda a logística
em si do empreendimento. Nota-se a introdução de novas lagoas, poços de monitoramento,
cercamento, áreas de empréstimo de solo, dentre outras estruturas.
Á área total do aterro será ocupada por elementos construtivos e de locomoção. Entre
a área total, haverá lagoas de tratamento de lixiviado, prédio administrativo, células de
disposição de resíduos, central de triagem de resíduos, área de compostagem, galpão de
maquinários e equipamentos (almoxarifados), guarita. Cada um destes meios já foram
mencionados e detalhados no projeto.
A área também possuirá várias ruas internas, as quais facilitarão o acesso às células de
disposição, como também a central de triagem e compostagem, bem como a locomoção de
veículos por entre as áreas administrativas e estacionamento. Além de vias para passagem de
veículos, obviamente haverá vias para a locomoção de pessoas. Estas vias darão acesso para
as pessoas (funcionários, engenheiros, visitantes, etc) transitarem de um local ao outro do
aterro. Esses acessos específicos para pessoas irão permitir que as mesmas, então, se dirijam
aos restaurantes, sanitários, almoxarifados e galpões no geral, estacionamentos, garagens,
prédios administrativos, salão de eventos, enfim.
O transporte dos resíduos até o aterro será realizado pelos caminhões da empresa
COOPERCICLA como também das prefeituras dos municípios em questão, de acordo como
já ocorre atualmente, inclusive durante os mesmos turnos e horários. A via de acesso ao aterro
faz ligação com a RS – 430, entre as cidades de Tapejara e Santa Cecília do Sul, em sentido
ao meio rural desta última.
No interior do aterro, as ruas principais deverão possuir duas vias, em sentidos
contrários a fim de facilitar a locomoção dos caminhões dentro do aterro. Cada célula de
disposição vai possuir uma rampa de acesso, esta com solo compactado evitando possíveis
atolamentos de caminhões na área.
Antes de realizada as disposições dos resíduos nas células de disposição, os
caminhões deverão ser devidamente pesados na balança de entrada do aterro, por fim de
obter-se um monitoramento de entrada de resíduos. A maneira de como será feita a disposição
já fora especificada claramente.
65
adotada, uma vez que a região do aterro localiza-se no interior do município, em uma região
com pouca movimentação de pessoas e serviços, não sendo viável a implantação de praças ou
algo do gênero.
Á área em si, deverá ser monitorada por um longo período de tempo após o
encerramento das células. Entre os monitoramentos abrangidos, deverão conter:
monitoramento da faze de implantação e operação, dentro destes, monitoramento de gases, de
lixiviado, recalques, águas superficiais e subterrâneas. Estes itens de monitoramento serão
mais bem especificados no item 2.10.
Dentre os monitoramentos ditos específicos, têm-se:
Limpeza dos canais de drenagem, evitando que estes acumulem materiais sólidos que
possam impedir o fluxo de fluídos;
Limpezas dá área geral, com intuito de evitar o espalhamento de resíduos e possível
dispersão dos mesmos a áreas distantes;
Cuidados com entrada de animais e indigentes no aterro;
Avaliação da eficiência de drenagem de lixiviados;
Avaliação do estado de cercamento dá área, com intuito de manter as cercas em bom
estado e quando necessário, realizar a troca de pilares e/ou arames;
Avaliação do processo de queima de gases;
Cuidados com possíveis erosões, sendo que estas podem vir a influenciar nos canais
de drenagem;
Cuidados com vias de acesso externas e internas, mantendo-as em bom estado de
tráfego.
negativas, como por exemplo, raízes profundas que possam vir a entrar em contato com os
resíduos abaixo do solo vegetal e do solo compactado. O plantio de gramíneas também deverá
ser realizado, a fim de evitar erosões do solo superficial, garantindo uma maior estabilidade,
além é claro, de uma melhor aparência.
A qualidade das águas subterrâneas será avaliada com o objetivo de verificar a eficiência
dos sistemas de impermeabilização e drenagem de lixiviados, e detectar alterações na sua
qualidade. Para isso serão feitas analises a partir de amostras de água retiradas de diferentes
poços de monitoramento instalados no aterro, sendo pelo menos um a montante e um a
jusante em relação ao fluxo subterrâneo - NBR 15495-1(ABNT, 2007). Devem ser analisados
os seguintes parâmetros: pH, condutividade, DBO, DQO, NO3 e coliformes fecais,
procurando sempre atender as exigências da legislação ambiental vigente.
A qualidade das águas superficiais será avaliada com o objetivo de verificar a alteração
dos cursos d’água onde se localiza o aterro, visto que estes podem sofrer algum tipo de
contaminação pela proximidade que têm com as células de disposição e com as lagoas de
tratamento do lixiviado. Para este monitoramento, devem ser feitas análises de amostras de
água coletadas em pontos do sistema de drenagem pluvial, além de amostras a montante e a
jusante de onde o efluente das lagoas de tratamento é lançado. Assim como no monitoramento
das águas subterrâneas, serão analisados os seguintes parâmetros: pH, condutividade, DBO,
DQO, NO3 e coliformes fecais. A frequência com que as analises deverão ser feitas será
definida pela licença ambiental que o aterro possui.
O lixiviado, devido ao seu alto potencial poluidor deve ser controlado e monitorado
constantemente. É importante conhecer a composição e quantidade de efluentes do aterro,
para que além de se ter um correto tratamento, se possa também avaliar a eficiência ou não do
72
sistema, e com isso adotar ações corretivas e preventivas se necessário. Este monitoramento é
realizado através de medições de vazão e análises físico-químicas e bacteriológicas, além da
análise de concentração de metais pesados que são comumente encontrados em lixiviado
(CONAMA Nº 357 de 2005), os parâmetros avaliados nas análises de lixiviado estão
apresentados na Tabela 6.
A leitura efetuada pelos piezômetros permite que seja avaliado o nível de lixiviado,
garantido que ele se mantenha em níveis considerados seguros para o projeto. Já nas
sondagens SPT pode-se avaliar a variação da resistência do aterro ao longo do tempo, bem
como coletar amostras de solo (abaixo da camada de resíduos) e resíduo para as análises
laboratoriais. Os mesmos furos das sondagens servem para a instalação dos piezômetros.
3 Memorial Técnico
VRG m p (3)
VRG 50252,79 0,6 83754,65m³
1 -X (4)
1,5- 3
X=2m
LF LS 2 * ( X ) (5)
LF 100 2 * (2) 96m
CF CS 2 * ( X ) (6)
CF 150 2 * (2) 146m
77
LM LI LF 2 (7)
100 96
LM 98m
2
CM CI CF 2 (8)
150 146
CM 148m
2
Então, aplica-se a fórmula do volume útil total da célula, conforme equação (9), sendo:
VT = Volume útil total da célula (m³)
P = Profundidade da trincheira (m)
CM = Comprimento médio (m)
LM = Largura média (m)
VT CM LM P (9)
VT 148 * 98 * 3 43.512m³
Conforme condicionantes dos resíduos gerados pelos municípios nos 20 anos de vida
útil do aterro, então, serão necessárias 2,56 células para dispor os resíduos nesse período
estimado, ou seja, 3 células de 15.000m², conforme dado estimado, serão suficientes para o
acondicionamento do volume previsto.
Msolo Vcompactad o * n
(13)
Msolo 8409,6m³ *1,742t / m³
80
Msolo 14649,52t
23.)
W = umidade ótima (+ 1 a 3%, sendo utilizados 34%)
d
n d * 1 (14)
100
34%
n d * 1
100
n 17,42KN / m³
Msolo
Vextraido (15)
n material de campo
14649,52t
Vextraido
1,65t/m³
Vextraido 8878,49m³
O volume de solo solto para transporte é determinado pela Equação (16), onde:
V solo solto = Volume de solo solto (m³)
V extraído = Volume de Solo a ser extraído (m³)
φ = fator de empolamento
Vextraido
Vsolosolto (16)
81
8878,49m³
Vsolosolto
0,6
Vsolosolto 14797,48m³
n * x * (tg v * tgL)
t (18)
adm * (cos sen * tgL)
82
Pfundo P superfície
Pm (19)
2
482m 500m
Pm
2
Pm 492m
Pm * Hm
Alateral (20)
sen
492m * 3m
Alateral
sen33,69º
Alateral 2660,90m²
83
A seção do canal de drenagem é determinada pela Equação (23), sendo esta quadrada
com dimensões de H = 1 m, B = 1 m, Barragem = 1 m, e L = 146m (referente ao
comprimento de fundo da trincheira).
A canal de drenagem = área do canal de drenagem (m²)
B canal = Base do canal de drenagem (m)
H canal drenagem = Altura do canal de drenagem (m)
L canal de drenagem = Comprimento do canal de drenagem (m)
Por fim, a área total que será revestida é calculada pela Equação (24), onde:
A total revestimento = Área total de revestimento (m²)
A lateral = Área lateral (m²), obtida na Equação (20).
A ancoragem = Área de ancoragem (m²), obtida na Equação (22)
A canal drenagem = Área do canal de drenagem (m²), obtido na Equação (23).
Para segurança, multiplicamos o valor obtido na Equação (24) por 1,1, referente ao
coeficiente de segurança adotado para a compra do material. Assim, a quantidade de material
a ser adquirido é de 4783,79m² para cada célula em questão.
FS = fator de segurança
Então,
M 1 1
Padm 50 0,00045 * * (26)
H ² MFs * MFd * MFa RFcr * RFcbd
M 1 1
54 KPa 50 0,00045 * *
(0,025)² 0,5 * 0,67 * 0,25 1,5 *1,3
M 57,22 g / m²
O cálculo do volume de resíduos sólidos soltos pode ser observado na equação (27),
onde:
VRSsoltos = volume de resíduos sólidos soltos (m3/dia)
MRS = massa de resíduos sólidos (t/dia)
RS soltos = peso específico dos resíduos sólidos soltos (t/m3), de acordo com (Oweiss e
Khera (1990), adaptado de OLALLA, C. (1993)).
MRS
VRS soltos (27)
RS
4,37 t/dia
VRS soltos
0,28 t / m 3
MRS
VRS compactado s (28)
RS compactado s
4,37 t / dia
VRS compactados
0,6 t / m 3
A área de trabalho diária leva em conta o volume de resíduos sólidos compactados, uma
vez este influenciando diretamente no montante de resíduos dispostos em cada célula. A
altura final de resíduos sólidos compactados deve ser de 50 cm, com posteriormente execução
da cobertura com solo. A área de trabalho diária pode ser avaliada na equação (29), em que:
A diária = área de trabalho diária (m2)
VRS compactados = volume dos resíduos sólidos compactados (m3/dia)
HRS compactados = altura dos resíduos sólidos compactados (m)
VRS compactados
A diária (29)
HRS compactados
7,28 m 3 / dia
A diária
0,5 m
Levando em conta a altura adotada de resíduos sólidos compactados (50 cm), percebe-
se que em relação à altura de resíduos soltos, a mesma diminui-se praticamente pela metade.
Contudo deve-se ser realizada uma compactação com excelência, com equipamentos e
máquinas corretas para obter-se sucesso nessa etapa. Essa relação prescrita pode ser
evidenciada na Equação (30), em que:
HRS soltos = altura dos resíduos sólidos soltos (m)
VRS soltos = volume dos resíduos sólidos soltos (m3/dia)
A diária = área de trabalho diária (m2)
VRS soltos
HRS soltos (30)
A diária
15,61 m 3 / dia
HRS soltos
14,56 m 2 / dia
HRS soltos 1,072 m
m2
V solo solto 14,56 * 0,05 m
dia
m3
V solo solto 0,728
dia
m3 t
M solo *V solo solto *n solo compactado (33) M solo 0,6 * 0,728 *1,65 3
dia m
(32)
t
M solo 0,72
dia
Em suma, o volume diário de resíduos sólidos que irá ser acondicionado na célula de
disposição que estará sendo operada, levando em conta o solo para cobertura e os resíduos
compactados, podem ser analisados na Equação (33), onde:
MRS = massa dos resíduos sólidos (t/dia)
M solo = massa de solo a ser extraída (t/dia)
ρRS compactado = peso específico dos resíduos sólidos compactados (t/m3)
89
MRS M solo
V aterrado (33)
RS compactado
4,37 t / dia 0,72 t / dia
V aterrado
0,6 t / m 3
Como o projeto em si, visa à recuperação da área para crescimento de vegetação, será
utilizado como sistema de cobertura final uma camada de solo vegetal sobre outra camada de
solo de proteção. Está primeira, deverá ser de 1 metro, em virtude de como já dito, o aterro
localizar-se no interior do município não sendo viável a construção de praças e outros projetos
sociais. Será realizado então reflorestamento na área. Contudo, essa camada de vegetação
deve ser estimada com total segurança, para que as raízes de plantas e árvores não venham a
alcançar os resíduos. Para tal, todo um planejamento arbóreo deverá ser executado para
satisfazer as condicionantes prescritas.
O volume de solo compactado, que deverá ser incorporado como camada de proteção
pode ser analisado na Equação (34), onde:
V solo compactado=Volume de solo compactado (m³)
HCP= Altura da camada de proteção (m)
AC=Área da célula (m²)
Já o volume de solo a ser transportado, pode ser analisado na Equação (36), sendo:
V solo compactado=Volume de solo compactado (m³)
φ = fator de empolamento
ES C '*P * (37)
ES 0,40 *162,08 * 0,38 24,63mm
I P ES (38)
I 162,08 24,63 137,45mm
I ER 0 (39)
137,45 67,82 0
69,63 0
Conforme equação (39) observa-se que se realizando a diferença entre os valores, obtêm-
se dados maiores que zero. Para tanto, é necessário realizar uma nova equação, para assim
inserir novos valores na equação geral. A equação seguinte é a da troca de armazenamento de
água no solo (ASS), em que pode ser analisada na indicação (40), sendo:
AD=Água disponível no solo (mm H2O/m solo)
A=Espessura da camada de solo (m)
ASS AD * A (40)
ASS 250 * 0,5 125mm
De acordo com a Equação (41), verifica-se que não é necessário um projeto para
realização de sistema de drenagem no sistema de cobertura final, uma vez que o valor
resultante da permeabilidade (PER) estimou-se como sendo negativo, indicando a não
necessidade do sistema.
900,00
800,00
700,00
Volume de lixiviado (m³)
600,00
500,00
400,00
300,00
200,00
100,00
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1213141516171819202122
Anos
Figura 32: Estimativa da geração de lixiviado para cada célula.
Qdisp 3,81x105 m³ / s
A área de drenagem é obtida pela Lei de Darcy, equação (43), em que é necessário o
conhecimento de características como condutividade hidráulica do material, sendo utilizada
brita 5, com 1m/s de acordo com DNIT (2006), e i = 0,02.
A = Área de drenagem (m²)
Q = vazão disponível (m³/s)
K = condutividade hidráulica (m/s) – Brita 5.
i = Gradiente Hidráulico.
Q
A (43)
K *i
94
3,81x105 m³ / s
A
1m / s * 0,02
A 1,905x103 m²
Sabendo que, a área é igual à largura de fundo da célula multiplicado pela espessura da
camada de drenagem (de brita 5), pode ser verificado se a espessura adotada atende a
drenagem, ou seja, a espessura adotada deve ser maior que a espessura obtida pelo cálculo da
Equação (43). A espessura adotada é de 0,2 m.
t = Espessura da camada de drenagem (m)
A = Área de drenagem (m²)
L fundo = Largura do fundo da célula (m)
A
t (44)
Lfundo
1,905 x103 m²
t
96m
t 1,98x105 m
Assim, t < 0,2m (t adotado), podemos concluir que a espessura adotada atende a
drenagem.
O espaçamento entre tubos de coleta é determinado pela Equação (45). Em que:
S = espaçamento entre tubos de coleta (m)
Hc = Altura máxima de lixiviado entre dois tubos adjacentes, empregamos 0,4 m.
C = coeficiente de deflúvio, obtido pela relação entre Q e K.
α = inclinação
A altura máxima de lixiviado entre dois tubos de coleta é de 0,4m. A inclinação é
obtida pela relação entre a espessura adotada e o comprimento de 1m, sendo essa de 2%, ou
seja, 1,15º. O coeficiente C calculado é de 3,81x10-5.
2 * Hc
S (45)
(tg )² tg
C 1 C * (tg )² C * C
95
2 * 0,4m
S
(tg1,15 /])² tg1,15º 5 5
3,81x105 1 3,81x105 * (tg1,15º )² 3,18 x10 * 3,81x10
S 253,5m
Se o valor de S for maior que a largura de fundo da célula (96m), um tubo de coleta
apenas é necessário.
O diâmetro da tubulação é obtido pela Equação de Manning reformulada, Equação
(46), em que:
D = Diâmetro da tubulação (m)
Q = Vazão disponível (m³/s)
n = coeficiente de Manning = 0,01
I = Declividade (m/m).
9,986 * Q * n
D 2,66 (46)
* I 0,5
DL * K *WC
x (47)
E.I
* 0,061* E '
r3
1,2 * 0,2 *1,044 KN / m
x
318KPa
* 0,061* 21000 KPa
(0,029m)3
x 1,5x1011m
WC * H * Di (48)
WC 6KN / m³ * 3m * 0,058m
WC 1,044KN / m
Devido o valor de ∆x ser menor que o diâmetro interno, a tubulação está corretamente
dimensionada quanto à capacidade de carga.
O dimensionamento do volume de material necessário para o colchão drenante é
calculado pela Equação (49), na qual:
Vol drenante = Volume necessário de material para o colchão drenante (m³)
A revestimento = Área de revestimento de fundo (m²)
e = espessura da camada (m), adotado 25 cm, conforme recomendações técnicas.
Voldrenante Arevestimento * e (49)
Voldrenent e 14016m² * 0,25m
Voldrenant e 3504m³
O volume que será necessário, levando em conta um fator de segurança de 1,1 será de
3855 m³. Caso houver a necessidade de material filtrante é necessário à verificação em
relação à comaltação dos materiais. Após este dimensionamento, é recomendado o cálculo das
97
0,012
Taxa de Produção de gás Decomposição rápida
0,01 Decomposição lenta
0,008
(m³/ano)
0,006
0,004
0,002
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Tempo (anos)
6,000
5,000
Taxa de produção de gás
Produção acumulada de gás
4,000
Taxa de produção de gás (m³/ano)
3,000
2,000
1,000
0,000
11
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Tempo (anos)
Assim, temos que a vazão de pico de 0,05 m³/ano/kg, conforme gráfico descrito no item
2.5.5. A Equação (50) determina a vazão disponível.
99
Qdisp 6 x10 3 m³ / s
Qdisp
A (51)
v
6 x10 3 m³ / s
A
0,1m / s
A 0,06m²
* D²
A (52)
4
* (0,6m)²
A
4
A 0,28m²
Nº = Número de drenos
A drenagem = Área de drenagem (m²), determinada pela Equação (50).
A tubulação = Área da tubulação (m²), obtida pela Equação (51).
Adrenagem
Nº (53)
Atubulação
0,06m²
Nº
0,28m²
N º 0,21drenos
Assim sendo, a área de drenagem calculada só necessita de um dreno, cujas
especificações são: diâmetro nominal de 600 mm, comprimento 1 m e diâmetros dos furos de
5 mm.
Ainda seria necessário realizar a distribuição das tubulações em planta conectado
diretamente com o sistema de drenagem de fundo e tubulação e distribuídos os demais drenos
simetricamente em relação à tubulação central. Após esse cálculo, deve-se apresentar um
projeto de quantos tubos de comprimento de um metro serão utilizados em cada dreno até o
preenchimento total da trincheira. Caso utilize-se material filtrante, também é necessário a
especificação quanto a comaltação dos materiais. Recomenda-se que as tubulações sejam
preenchidas envoltas por material granular, Brita 5, por exemplo, sendo imprescindível a
estimativa do volume necessário para todo o aterro.
670,74 * T 0, 21
I (55)
(t 7,9)0, 74
670,74 * 20anos 0, 21
I
(30 min 7,9)0,74
I 84,42mm / h
b*h
RH (56)
2 * (b h)
1m * 0,5m
RH
2 * (1m 0,5m)
RH 0,17m
102
1
v * ( RH )2 / 3 * (i)1 / 2 (57)
0,025
1
v * (0,17m)2 / 3 * (0,01m / m)1 / 2
0,025
v 1,22m / s
A vazão de escoamento obtida pela Equação (58), em que relaciona a Área molhada,
com a Equação da vazão, onde:
b = base do canal (m)
h = altura do canal (m)
v = Velocidade de escoamento (m/s), obtida pela Equação (56)
Q b*h*v (58)
Q 1m * 0,5m *1,22m / s
Q 0,61m³ / s
A vazão de escoamento apresenta maior valor que a vazão de pico, - Q > Q pico -
assim, podemos verificar que o dimensionamento está adequado, ou seja, o canal atende a
demanda da vazão.
L tan
Wa h ²
1
(59)
h sen 2
Wa 21,66 KN
m
104
Depois de calculado o Wa, por meio da Equação (60), procura-se o valor de Na (força
normal efetiva ao plano de falha do talude passivo):
Na Wa cos (60)
Na 12,01 KN
m
h ²
Wp
sen2 (61)
16,5 KN 0,5m ²
Wp m
sen2 56,31º
Wp 4,47 KN
m
A 21,66 KN
m
12,01 KN
m
cos cos
A 8,319
B Wa Na cos sen tan Na tan Ca sen cos sen C Wp tan
(63)
105
m m
21,66 KN 12,01 KN cos 56,31º sen56,31º tan 30º
B
12,01 KN tan18º 0 sen56,31º cos 56,31º sen56,31º 0 4,47 KN tan 30º
m m
B 7,55
Finalmente, obtém-se o valor de C, por meio da Equação (64), sendo este o último
passo antes de se determinar o fator de segurança:
C 12,01 KN
m
tan18º 0 sen²51,36º tan 30º
C 1,56
A obtenção do valor do FS será possível, por fim, graças à determinação dos valores
de A, B e C alcançados anteriormente, por meio da Equação (65):
B B ² 4 A C
FS
2 A (65)
Devido ao fato de o FS ter resultado em um valor muito inferior ao esperado (0,59 <
1,5), isto representaria em uma potencial desestabilização do talude no sistema de cobertura
pois, com um fator de segurança igual a 1,0, isso já provavelmente ocorreria. O motivo pelo
qual tenha se obtido esse valor do fator de segurança tão abaixo do esperado, talvez seja
devido à inclinação do talude adotada para as células do aterro. Isto é, a inclinação de 56,31º
adotada representa uma estimativa muito elevada para a mesma. Desta forma, mesmo com a
colocação de um geossintético de reforço como, por exemplo, uma geogrelha, o valor do FS
alcançado não chegaria nem mesmo a 1,0, o que implica em afirmar que a solução mais viável
para o problema seria adotar uma inclinação de talude mais apropriada, ou seja, menor.
106
L tan
Wa h ²
1
h sen 2 (66)
3,6m tan 56,31º
0,6m²
1
Wa 16,5 KN
m 0,6m sen56,31º 2
Wa 24,04 KN
m
Na Wa cos (67)
Na 13,334 KN
m
16,5 KN 0,6m ²
Wp m
sen2 56,31º
Wp 6,435 KN
m
FR = 2,0
= Tensão de Tração da Geomembrana (KN/m) = 22
= Tensão de Tração do Geotêxtil (KN/m) = 25
= Tensão Última (KN/m), obtida a partir da Equação (69), em que:
ult 22 KN m 25 KN m
ult 47 KN m
ult
T
FR (70)
47 KN
T m
1,5
T 31,33 KN
m
A 24,04 KN
m
13,334 KN
m
cos 56,31º 31,33 KN
m
sen56,31º cos 56,31º
A 5,23
B Wa Na cos Tsen sen tan Na tan Ca sen cos sen C Wp tan
(72)
109
24,04 KN 13,334 KN cos 56,31º 31,33 KN sen56,31º sen56,31º tan 30º
B
m m m
13,334 KN tan10º 0 sen56,31º cos 56,31º sen56,31º 0 6,435 KN tan 30º
m m
B 0,435
Por fim, é obtido o valor de C através da Equação (73), como representa-se a seguir:
C 13,334 KN
m
tan10º 0 sen²51,36º tan 30º
C 0,94
B B ² 4 A C
FS
2 A (74)
Irá adotar-se o FS’’ de valor 0,467, pois não se pode admitir um fator de segurança
negativo como resultado. Logo, o FS para o sistema de impermeabilização é de 0,467, o que
evidentemente, representa o mesmo problema citado quando se calculou o mesmo para o
sistema de cobertura. Isto é, pode ter havido um equívoco quanto a escolha da inclinação do
talude, ou quanto a própria geometria da célula, como já ressaltado.
110
4 Estimativa de Custos
111
5 Cronograma
112
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Carlos, 2000.
COX, K.G.A.A model for flood basalt vulcanism.J Petrology.v 21, p. 629-650, 1980.
COX, K.G.A. The role of mantle plumes in the development of continental drainage pattems.
Nature.v. 342, p. 21-28, 1989.
MASSAD, Faiçal. Obras de terra: curso básico de geotecnia. São Paulo: Oficina de Textos,
2003. 170 p.
MINAS GERAIS. Fundação Estadual do Meio Ambiente. Feam (Org.). Orientações Básicas:
Para Operação de Aterro Sanitário. Belo Horizonte, 2006. 34 p.
NAHAS, C.M.; Françoso, N.C.T.; Folloni, R. (1996). Novas tecnologias para otimização de
disposição de resíduos sólidos urbanos em aterros sanitários e de inertes. Simpósio
Internacional de Qualidade Ambiental, Porto Alegre, Brasil, 1996. Anais. P.222-226.
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Frota. Disponível em: <http://www.gruposaojoaquim.com.br/pedreirasaojoaquim/frota.asp>.
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PETRI, S.; FÚLFARO, J. V. Geologia do Brasil. T.A. Queiroz, Universidade de São Paulo,
1983.
PINTO, C. S. Curso básico de mecânica de solos. São Paulo. Oficina de textos, 2000, 247 p.
PINTO, Carlos de Sousa. Curso básico de mecânica dos solos: em 16 aulas. São Paulo:
Oficina de Textos, 2006. iv, 355 p. :
Projeto PROSAB. Resíduos sólidos urbanos: aterro sustentável para municípios de pequeno
porte. Rio de Janeiro : ABES, RiMa, 2003. 294 p. : il.
Fonte: IBGE.
117
Pela representação anterior, verifica-se que a região onde ficará o aterro, apresenta
uma baixa resistência para com impactos ambientais, pois está numa região que
provavelmente apresente os critérios de resistência a esses impactos, de moderadamente a
muito a favor, para que estes ocorram. Segundo esse documento cidades próximas da área do
aterro como Ciríaco e Charrua, apresentam – de uma classificação que vai de “A” até “D”,
quanto a essa resistência – respectivamente classe de resistência C e D, ou seja, estão mais
suscetíveis a problemas de solos que possam gerar impactos ambientais. Isto pode se explicar,
devido aos fatores do solo e do terreno antes citados que conjuntamente levaram os estudiosos
a essas conclusões. No caso de Charrua, por exemplo, um dos fatores que contribui para ter
recebido uma avaliação com classificação baixa, seria a questão da forte tendência á erosão e
da declividade local em alguns pontos.
Porém, é claro que se bem analisado, o mapa indica que em regiões próximas pode-se
ter diferentes riscos a acidentes ambientais pelo uso do solo. Perto de Charrua e de Ciríaco,
tomando como exemplo, está à área do aterro (próximo à Santa Cecília do Sul) que
diferentemente das duas cidades citadas anteriormente, poderá apresentar uma resistência do
solo a impactos ambientais maiores ou menores do que estas – não são possíveis saber com
exatidão apenas olhando o mapa, pois este não apresenta a delimitação territorial de cada
município - comprovando que este parâmetro pode variar sensivelmente apenas modificando-
se um ou poucos fatores interferentes.
Esse estudo, então, pode contribuir para que se evite um indevido uso do solo local,
devendo estar cientes os projetistas para com possíveis acidentes ambientais que podem até
mesmo estar envolvendo pessoas associadas a esse risco. Para isso, deverão ser empregadas o
melhor conjunto de conhecimentos e técnicas de engenharia para a região em estudo.
120
ESCALA: 1: 3 000