Você está na página 1de 8

A ficcionalização de elementos autobiográficos no conto Detectives, de Roberto Bolaño

Maria de Nazaré Fonseca Corrêa


Mestranda - UnB

Este trabalho tem o objetivo de identificar os elementos autobiográficos presentes no


conto Detectives, de Roberto Bolaño, diferenciando a escrita autoficcional da escrita
autobiográfica.
Autobiografia e autoficção são termos ligados às chamadas “escritas de si”, ou seja,
narrativas que apresentam – de forma total ou parcial – elementos da biografia do autor. Esses
textos fazem parte de um movimento literário e cultural em voga na sociedade atual e têm
suscitado uma discussão intensa acerca de suas conceituações e características.
Philippe Lejeune (2006), no início da década de 70, definiu “autobiografia” como uma
narrativa retrospectiva em prosa, na qual o narrador relata fatos significantes de sua vida, sob
um “espírito de verdade”. Autor-narrador-personagem são uma única figura e o pacto que se
estabelece com o leitor – denominado pacto autobiográfico – é baseado na fidelidade,
honestidade e autenticidade dos acontecimentos narrados.
O romance autobiográfico, por sua vez, e ainda conforme Lejeune, não apresenta o
requisito da identidade entre autor-narrador-personagem, mas exige a declaração inequívoca
de que se trata de uma narrativa ficcional. Logo, o pacto romanesco estabelecido não está
assentado em uma expectativa do leitor de obter evidências da verdade.
Contestando Lejeune quanto à característica da “não identidade” entre autor-narrador-
personagem do romance autobiográfico, Serge Doubrovsky, citado por Gasparini (2009), irá
cunhar em 1977 – com o livro Le fils – o termo “autoficção”, definindo-o como uma
narrativa autobiográfica, na qual se verifica essa acumulação de papéis em um só sujeito e a
recriação dos acontecimentos sob uma forma literária.
Assim, para Doubrovsky, a autoficção reelabora, sob a forma de texto ficcional,
experiências que o autor viveu. Entretanto, esse recontar não pretende ser uma reprodução ou
uma fotografia dos eventos, na realidade se trata de uma reinvenção literária, portanto, de
natureza romanesca.
Vincent Colonna (2004) propõe outra definição para autoficção. Para ele, trata-se de
uma projeção do autor em situações fictícias, no terreno das “ficcionalizações do eu”, em que
a autenticidade dos acontecimentos deixa de ficar em evidência e os recursos literários
assumem a posição de destaque. O autor como personagem de seu texto continua sendo um
critério da autoficção, porém, essa presença pode ser ostensiva, acentuada pela utilização da
primeira pessoa, ou ser discreta, desde que para o leitor essa identificação seja patente e não
deixe margem para dúvidas.
Philippe Gasparini (2009) entende o termo “autoficção” como a tendência à
ficcionalização dos relatos que tem o sujeito-autor como foco central, nos quais situações e
acontecimentos são contados, encenados, dramatizados mediante a utilização de técnicas
narrativas que promovem a identificação do leitor com o autor-narrador-personagem.
Assim, a partir dos posicionamentos dos autores mencionados, consideramos a
palavra “autoficção” como um guarda-chuva, ou seja, pode abrigar um conjunto de conceitos
em torno das narrativas que apresentam elementos relacionados à biografia – total ou parcial –
do autor empírico1, porém, tratados de maneira literária.
A exigência da homonímia, explícita e inequívoca, entre autor-narrador-personagem
se diluíu e, hoje, já temos narrativas nas quais existem apenas indícios ou sugestões do
biográfico. O que restou da primeira definição de “autoficção” foi o pacto – que permanece
sendo romanesco. O leitor de textos autoficcionais não tem a expectativa de receber a verdade
do outro, ele suspende, de boa-fé, a desconfiança e a incredulidade e aceita as situações
relatadas conforme a veracidade ficcional.

A ficcionalização de elementos autobiográficos no conto Detectives

Adotaremos neste trabalho a definição de autoficção como uma narrativa em que


podemos identificar elementos autobiográficos, inseridos em um ambiente ficcional e
apresentados sob uma forma literária, na qual o leitor pode reconhecer - no texto ou nos
paratextos2 - a referencialidade autoral entrelaçada com a ficção.
Detectives é um dos quatorze contos do livro Llamadas Telefónicas (1997), que se
apresenta dividido em três partes. O texto ora estudado integra a segunda parte de mesmo
nome, está estruturado sob a forma de diálogo e não apresenta a identificação dos
personagens, nem do espaço e tempo em que a ação se desenvolve.

1
Corresponde ao autor biográfico, conforme o entendimento de Umberto Eco (1993,p. 79).
2
Genette (2009) define “paratexto” como um texto que se coloca ao lado de outro e com o qual possui uma
relação direta de contiguidade. Pode apresentar-se de duas formas: 1) peritexto – constituído por elementos
presentes no espaço interno do texto, tais como: nome do autor, título, subtítulo, epígrafe, apresentação,
introdução, notas de rodapé , sumário, etc.; 2) epitexto – formado por elementos externos ao espaço da obra e se
divide em: a) públicos, veiculados pelas mídias, tais como entrevistas do autor, resenhas, debates; b) privados,
que englobam diários e correspondências, os quais podem ou não, com tempo, vir a fazer parte da obra.
O conto inicia com um debate entre dois interlocutores sobre armas brancas – facas,
navalhas, adaga, canivetes – enveredando sobre a preferência da população chilena por essas
armas, consideradas um sinal de nacionalidade3, em detrimento das armas de fogo. A
discussão prossegue e resvala para o caráter do povo chileno, cuja natureza supostamente
tende mais para o silêncio, atribuída por um dos personagens a um argumento inusitado: à
vizinhança com o Oceano Pacífico, resultando na rejeição às armas de fogo que são ruidosas.
Na sequência do diálogo, percebemos que os personagens estão em um veículo – são
motorista e passageiro – e trabalham na polícia. A conversa passa a girar em torno da
recordação de eventos ligados a contatos com prostitutas, a histórias de assombração em
cemitério, à atividade profissional – abordagens a bandidos, armas que possuíam, prisões
realizadas.
Em dado momento, identificamos que os personagens se chamam Contreras e
Arancibia . O primeiro é quem está ao volante. O ponto alto de suas recordações é o encontro
na delegacia da rua Temple com o prisioneiro político Arturo Belano, um antigo colega de
ginásio. O diálogo entre os dois investigadores informa ao leitor que ambos estudaram com
Belano em Los Ángeles, capital da província de Bío-Bío, Chile, e que este se mudou para o
México aos quinze anos e, aos vinte, retornou à terra natal. Estavam em 1973, ano do golpe
militar nesse país.
O diálogo assume outro tom quando os policiais relembram o episódio do
reconhecimento do ex-colega de escola por Arancibia. Nesse trecho, a voz de Contreras assume
o lugar do narrador, pois, embora não estivesse presente na ocasião do encontro entre Belano e
Arancibia, ele relata com detalhes a conversa que estes dois tiveram, conforme o que o parceiro
de trabalho lhe contou na ocasião. Contreras se deixa absorver pelas lembranças daquele
momento e Arancibia precisa interpelá-lo a prestar atenção na estrada. O leitor percebe, então,
que o término da viagem se aproxima e o conto caminha para o final. Intuímos, desse modo, que
a narrativa acabará quando chegarem ao destino. O tempo do diálogo e o tempo cronológico
correm paralelos.
O anticlímax acontece pela introdução de um fator estranho no relato: a cena do espelho.
Certo dia, Belano, que estava no fim da fila que se dirigia ao banheiro, olhou-se no espelho do
corredor e não viu a sua imagem refletida e sim, a de outra pessoa. Nesse ponto, a atmosfera real
assume características dúbias e os caminhos interpretativos se bifurcam, para usarmos uma

3
Em nossa pesquisa, vimos que o escudo de transição chileno apresentava longas lanças ( piques), machados e
baionetas.
expressão borgiana4. Como leitores, oscilamos entre uma explicação sobrenatural que se
aproximaria de um caso de assombração, tal como aconteceu na recordação do episódio no
cemitério envolvendo outros personagens; e uma explicação baseada em uma tomada
consciência de que as coisas haviam mudado e os projetos políticos fracassaram, fazendo com
que a decepção e a impotência diante dos fatos anulassem a percepção que o sujeito tinha de si
mesmo, levando-o a ver no espelho um “outro”.
Esse estranhamento se torna ainda mais acentuado quando Contreras decide se olhar
também no espelho, junto com Belano, na tentativa de provar a este que tudo não passava de
um equívoco. Contreras vê, então, uma terceira pessoa a olhá-los por cima de seu ombro,
contudo, não tem certeza disso, tem a impressão de ver um enxame de rostos como se o
espelho estivesse quebrado, porém, sabe que o objeto está intacto. A atmosfera sobrenatural,
ou até mesmo esquizo-paranóide, é quebrada pela pergunta de Belano: “oye, Contreras, ¿hay
alguna habitación detrás de esa pared?” (“ei, Contreras, há algum cômodo atrás dessa
pared”?).
Nesse momento, talvez Belano tenha compreendido o mistério do espelho, mas,
Contreras não percebe de pronto o que está acontecendo. Algum tempo depois, ambos se dão
conta de que cometeram um erro, fica subentendido tratar-se de um espelho falso, como os
das salas de reconhecimento de criminosos.
O desfecho do conto, quando Contreras cogita assassinar Belano para encobrir sua
infração – a de estar passeando à noite, pelo corredor, com um prisioneiro político – é
inesperado, todavia, a desistência de levar a termo essa ideia é coerente com perfil do
personagem traçado ao longo do conto: um homem em conflito, dividido entre a profissão de
policial de direita e sua crença nas ideias de esquerda. Desistir de assassinar Belano
representa, enfim, a prevalência de seus valores, retomando o fio inicial do diálogo sobre o
caráter e a natureza pacífica do povo chileno, comprovando que ainda existem, no país,
homens incapazes de proceder de forma arbitrária e covarde. Em linhas gerais, esse é o
resumo do conto.
Quais são, pois, os apectos autobiográficos presentes no texto ? Comecemos por
Arturo Belano, considerado pelos estudiosos da obra de Bolaño como o alter ego do autor.
Ambos têm muito mais em comum que apenas a ostensiva semelhança sonora do nome.
Belano transita por vários textos do escritor e possui uma biografia parecida, em muitos
aspectos, com a do autor empírico.

4
Referencia ao conto “O jardim de veredas que se bifurcam”, de Jorge Luis Borges.
Os dois têm o gosto pela literatura, nasceram na província de Bío-Bío, saíram do
Chile por volta dos 15 anos e retornaram ao vinte, em 1973, para “hacer a revolución” –
conforme os textos ficcionais afirmam sobre Belano e declaração do próprio Bolaño em
entrevista a Cárdenas e Díaz (2003):

Eu voltei ao Chile em 73, disposto a fazer a revolução. Eu pensava que este país era
o miolinho da mudança, que aqui se ia produzir a grande transformação de tudo. Aos
dois meses ocorreu o golpe de Estado. [...] Tinha vinte anos e a essa idade ninguém
tem medo de nada, e se tens medo, aguentas. Foi uma experiência de amizade, de
viver as coisas profundamente. Para mim foi um ano magnífico. Somente comecei a
dar-me conta do que havia vivido quando retornei ao México, em janeiro de 74 e,
paulatinamente, fui entendendo o problema em que me havia metido. 5

O episódio da prisão de Arturo Belano relatado em Detectives tem o seu equivalente


na biografia de Bolaño. Andrés Gómez Bravo (2006) conta que a última vez que o autor se
encontrou com os jovens investigadores policiais Roberto Arriagada e Renato Czischke – os
quais podem ter inspirado a criação dos personagens Contreras e Arancibia – foi em
novembro 1973, no quartel general de Concepción, onde se encontrava detido como
prisioneiro político. Os três estudaram juntos, no mesmo colégio, até o momento em que a
família de Roberto Bolaño se mudou para o México, em 1968. Apesar de não terem sido
amigos íntimos na época de escola, Bolaño foi reconhecido pelos ex-colegas de classe na
prisão. Essa experiência resultou no argumento para o conto Detectives e a história de que ele
teria recebido, enquanto esteve preso, alguma ajuda de ex-colegas de turma é confirmada por
parentes do escritor.
Outro aspecto que podemos considerar como marca biográfica é a figura do
investigador policial, este aparece em sua obra com certa freqüência. Em entrevista concedida
a Mónica Maristain (2011), quando indagado sobre o que gostaria de ter sido se não fosse
escritor, Bolaño respondeu:

Gostaria de ter sido detetive de homicídios, muito mais que ser escritor. Disso estou
absolutamente seguro. Um tira de homicídios, alguém que pode ficar só, de noite, na
cena do crime e não assustar-se com fantasmas. Talvez tivesse ficado louco, mas
isso, sendo policial, soluciona-se com um tiro na boca.6

5
Yo volví a Chile el año 73, dispuesto a hacer la revolución. Yo pensaba que este país era el cogollito del
cambio, que aquí se iba a producir la gran transformación de todo. A los dos meses ocurrió el golpe de Estado.
[...] Tenía veinte años y a esa edad nadie tiene miedo de nada, y si tienes miedo, te aguantas. Fue una experiencia
de amistad, de vivir las cosas profundamente. Para mí fue un año magnífico. Sólo empecé a darme cuenta de lo
que había vivido cuando volví a México, en enero del 74, y paulatinamente fui entendiendo el lío en que me
había metido.
6
Me hubiera gustado ser detective de homicidios, mucho más que ser escritor. De eso estoy absolutamente
seguro. Un tira de homicidios, alguien que puede volver solo, de noche, a la escena del crimen, y no asustarse de
Dentro da nossa proposta de análise, compreendemos o conto Detectives como um
texto autoficcional – entendido como uma narrativa híbrida que possui aspectos biográficos
narrados com a liberdade conferida pela imaginação, resultando em uma história verossímil.
Na autoficção, a grande discussão gira em torno do quanto de “Verdade” está presente
no relato. No conto, objeto desta análise, vimos aspectos da vida de Belano se cruzarem com a
do escritor Bolaño. Entretanto, quanto às demais histórias recordadas por Contreras e
Arancibia – aparelhamento precário da polícia, casos de assombração, assassinatos, estupro de
prostitutas na delegacia – até podem ser dados da realidade, mas não podemos atribuir aos
investigadores reais, que serviram de inspiração para a criação dos personagens, a realização
ou participação em tais atos. Também não é possível afirmar que Bolaño, quando preso,
passou pela mesma situação de Belano: recolhido à solitária, com fome, sem um cobertor para
embrulhar-se ou roupas limpas para se trocar, impedido de se barbear e de tomar banho.
Certa vez, quando entrevistado por Melanie Jösch (2011), Bolaño foi questionado
sobre o papel do referencial em sua obra. O autor respondeu que a referencialidade não
“serve para nada”, pois, o mais importante era a narrativa possuir uma estrutura literária
válida. Esse entendimento está muito presente no conto Detectives. Não há como identificar
no texto a presença de elementos biográficos. Somente por meio de informações extratextuais
(estudos e comentários sobre a obra, entrevistas e declarações do autor, diários,
correspondências, etc) podemos estabelecer essa ligação.
Assim, o que sobressai e ganha relevo é a literariedade. O próprio desenvolvimento
textual dentro de uma arquitetura dialogal representa um sinal de ficcionalidade. Essa opção
pelo discurso direto, sem a mediação de um narrador, coloca em destaque o personagem e a
sua voz, à maneira de uma cena teatral. A forma dialogada acaba se revelando uma estratégia
narrativa eficaz, uma vez que permite fazer perguntas, obter respostas, replicar, concordar e
discordar.
Toda a atenção do leitor se concentra na conversa que está sendo travada, pois,
acompanhar atentamente o discurso torna-se a chave para o entendimento do conto. No desfecho,
palavras e situações, aparentemente soltas ou irrelevantes, configuram-se elos da cadeia de
coerência interna do texto.
Desse modo, à semelhança de um processo investigativo ou montagem de quebra-cabeça,
o leitor, por meio da enunciação de cada um, vai juntando frases, palavras, silêncios e supostas

los fantasmas. Tal vez entonces sí que me hubiera vuelto loco, pero eso, siendo policía, se soluciona con un tiro
en la boca.
entonações para desenhar o perfil dos investigadores e o contexto histórico-social em que estão
inseridos.

Considerações finais

Neste artigo, nosso objetivo não foi comprovar os elementos biográficos presentes
conto, mas estudar o processo de uma escritura que se apóia nesses elementos. Trata-se de
uma ficção em se pode garimpar inserções pessoais.
Podemos inferir, a partir do posicionamento de Bolaño acerca da referencialidade, que
a utilização de episódios ou aspectos da vida real – sejam estes biográficos ou não – serve
apenas como tema para a construção do texto literário. Para o autor, o valor de uso das
situações e personagens verídicos repousa na medida em que podem, literariamente, veicular,
metaforizar ou problematizar acontecimentos, ideias, argumentos.
Detectives pode ser classificado como um texto autoficcional, no qual as incertezas e
ambiguidades funcionam como ferramentas criativas do autor e se transformam em um
desafio interpretativo para os leitores. Ele pode ser lido de várias maneiras, pois, traz à
discussão aspectos relacionados à identidade nacional chilena, à ideologia vigente, ao
contexto político no momento da ditadura, ao caráter e valores e conflitos individuais dos
personagens, à própria subversão da forma narrativa do conto ao optar por apresentá-lo
inteiramente dialogado.
Por fim, consideramos que na ficção de Bolaño o autobiográfico é incidental e os
limites entre o real e o ficcional são apagados, resultando em uma construção híbrida que se
localiza em um terreno movediço e coloca em discussão temas como realidade, verdade,
imaginação, amizade, confiabilidade da memória. A sedução do texto está em descobrir as
estratégias narrativas empregadas para manter o interesse do leitor. Comprovar a
referencialidade é irrelevante neste caso.

Referências Bibliográficas

BOLAÑO, Roberto. Llamadas telefónicas. Barcelona: Anagrama, 2003.


BRAVO, Andrés Gomez. Los verdaderos detectives de Bolaño. 2006.
Disponível em: < http://garciamadero.blogspot.com.br/2007/12/los-verdaderos-detectives-de-
bolao.html>. Acesso em: 13 out. 2011.
CÁRDENAS, Maria Tereza; DÍAZ, Erwin. Fragmentos de una conversación desconocida:
Bolaño y sus circunstancias. 2003. Disponível em:
<http://www.letras.s5.com/bolano201103.htm>. Acesso em: 13 out. 2011.

COLONNA, Vincent. Autofiction et autres mythomanies littéraires. Auch Cedex (France):


Éditions Tristram, 2004.

ECO, Umberto. Interpretação e superinterpretração. São Paulo: Martins Fontes, 1993.


___________. Seis passeios no bosque da ficção. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

GASPARINI, Philippe. Autofiction - Une aventure de langage. Paris: Seuil, 2008.


______. De quoi l'autofiction est-elle le nom ? 2009. Disponível em:
<http://www.autofiction.org/index.php?post/2010/01/02/De-quoi-l-autofiction-est-elle-le-
nom-Par-Philippe-Gasparini>. Acesso em: 13 out. 2011.

GENETTE, Gérard. Paratextos Editoriais. Tradução de Álvaro Faleiros. São Paulo: Ateliê
Editorial, 2009.

JÖSCH, Melanie. Entrevista com Roberto Bolaño. Disponível em:


<http://www.letras.s5.com/bolao21.htm>. Acesso em: 13 out. 2011.

LEJEUNE, Philippe. Le pacte autobiographique. Paris: Éditions du Seuil, 1975.


______. Qu'est-ce que le pacte autobiographique ? 2006. Disponível em: <
http://www.autopacte.org/pacte_autobiographique.html>. Acesso em: 13 out. 2011.

MARISTAIN, Mónica. Estrella distante, la última entrevista de Roberto Bolaño.


Disponível em <http://www.pagina12.com.ar/diario/suplementos/radar/9-843.html>. Acesso em:
13 out. 2011.

Você também pode gostar