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Tópicos especiais em

concreto armado
Torção

Prof. Ives Adriano


Engenheiro civil MSc
Torção
Uma barra submetida à torção tem suas seções
transversais empenadas, fazendo com que
ocorram esforços combinados de cisalhamento,
tração e compressão.
compressão Portanto, a torção deve ser
resistida tanto pela armadura transversal
(estribos) quanto pela armadura longitudinal.

Fontes: CISALHAMENTO EM VIGAS – CAPÍTULO 13, Libânio M. Pinheiro, Cassiane D. Muzardo, Sandro P. Santos
Torção de compatibilidade
É aquela que surge em conseqüência do impedimento à deformação, como, por
exemplo, vigas de borda que sustentam uma laje.

Após a fissuração do
concreto, o esforço de
torção é diminuído e,
assim, não precisa ser
considerado nos cálculos
de dimensionamento.

Fontes: J M Araújo – Curso de Concreto Armado Vol 1 a 4


Torção de equilíbrio
Na torção de equilíbrio, os momentos torçores são necessários para satisfazer as
condições de equilíbrio da estrutura, ou seja, sem eles, a mesma viria ao colapso. O
caso mais comum ocorre em vigas que sustentam marquises, como a figura abaixo:

Neste caso, o
momento torçor não
pode ser desprezado, e
deve ser considerado
no dimensionamento
da estrutura.

Fontes: J M Araújo – Curso de Concreto Armado Vol 1 a 4


Torção de Saint Venant
As tensões provocadas pela torção simples
ocorrem em sua magnitude na periferia da
seção transversal, e se distribuem ao longo da
peça seguindo um modelo helicoidal.
Estas tensões são tanto axiais (compressão
e tração) quanto de cisalhamento.

Fontes: J M Araújo – Curso de Concreto Armado Vol 1 a 4


Torção de Saint Venant
Um ensaio de torção em viga de concreto armado apresenta fissuras que
comprovam o modelo helicoidal anteriormente citado:
citado

Fontes: J M Araújo – Curso de Concreto Armado Vol 1 a 4


Torção (dimensionamento)
Por meio de ensaios à torção realizados em cilindros ocos, foi possível constatar
que apenas uma área próxima ao perímetro externo da seção transversal
colabora efetivamente para resistir aos esforços.

Fontes: J M Araújo – Curso de Concreto Armado Vol 1 a 4 / http://site.ufvjm.edu.br/icet/files/2016/07/AULA-TORCAO-EM-VIGAS-DE-CONCRETO-ARMADO.pdf


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Torção (dimensionamento)
È utilizado o mesmo modelo de treliça de Morsh,
Morsh mas neste caso a treliça é
espacial. A NBR 6118-2014 traz algumas observações:
observações
30 ≤ q ≤ 45º;
• Bielas de compressão podem ter inclinação entre 30º
• Na combinação com o esforço cortante implica que as bielas devem ter a
mesma inclinação, ou seja, ao utilizar o Modelo de cálculo I, q = 45º

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Torção (dimensionamento)
1) Espessura equivalente do tubo (he):

(A/u) ≤ he ≤ 2C1

A – Área da seção;
u – Perímetro da seção;
C1 – Distância entre a face lateral do
elemento e o eixo da barra longitudinal
de canto.

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Torção (dimensionamento)
1) Espessura equivalente do tubo (t = he):

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Torção (dimensionamento)
1) Espessura equivalente do tubo (t = he):

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Torção (dimensionamento estribos a 90º)
2) Verificações na biela de compressão de concreto:
concreto

(Tensão por torção)

(Tensão por cisalhamento)

Td e Vd são, respectivamente, momento torçor e esforço cortante de projeto.

3) Cálculo da armadura transversal:

4) Cálculo da armadura longitudinal:

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Torção (dimensionamento estribos a 90º)
5) Armadura mínima:

A taxa de armadura mínima é dada por:

Para a armadura longitudinal, seu valor mínimo será:

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Torção (dimensionamento estribos a 90º)
6) Espaçamento entre estribos:

O espaçamento máximo entre estribos será:

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