Aula 8: Ligas não ferrosas

Professor Leonardo
leonardo.deo@deg.ufla.br

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 Tópicos desta aula
● Ligas de Al;
● Ligas de Mg;
● Ligas de Cu;
● Ligas de Ni e Co;
● Ligas de Ti;
● Metais refratários.

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 Resistência específica
Quando o peso é um fator essencial.

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 Ligas de Al
● 3º elemento mais abundante (depois, depois do O e
do Si);
● Massa específica do Al: 2,70 g/cm3 (1/3 da do aço);
● Altas resistências específicas das ligas de Al;
● Boa resistência à corrosão;
●
Baixo desempenho em temperaturas elevadas.

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 Ligas de Al
Resposta do Al a mecanismos de endurecimento.

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 Ligas de Al

● Classificação: Ligas trabalhadas e ligas para

fundição.

● Cada grupo pode ser separado em dois subgrupos:

ligas tratáveis termicamente e as não tratáveis
termicamente.

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 Ligas de Al
Sistema de numeração: O primeiro número especifica os principais
elementos de liga, e os números restantes são relativos à composição
específica.

Exemplos:

Liga 1100 possui no mínimo 99,0 %

de Al.

Liga 1199 possui no mínimo 99,99%

de Al.

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 Ligas de Al
Grau de endurecimento: H (liga encruada).

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 Ligas de Al
Grau de endurecimento: T (liga tratada termicamente).

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 Ligas de Al
Algumas ligas típicas e suas propriedades.

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 Ligas de Al
Algumas ligas típicas e suas propriedades.

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 Ligas de Al
● Ligas trabalhadas: 1xxx, 3xxx e 5xxx e a maioria das 4xxx não são
endurecíveis por envelhecimento.
● As ligas 1xxx e 3xxx são monofásicas com a presença de pequenas
quantidades de inclusões ou compostos intermetálicos.

(a) Inclusões de FeAl3 em alumínio 1100 recozido (aumento de 350x). 12

(b) Precipitados de Mg2Si em liga de alumínio 5457 recozida (aumento de 75x).
 Ligas de Al
Ligas trabalhadas
● As ligas 5xxx têm duas fases à temperatura ambiente: α (solução sólida de
Mg e Al) e β (composto intermetálico Mg2Al3).
● Dispersão de Mg2Al3. Fase não coerente com a matriz (não mantém a
mesma orientação cristalina). Tratamentos térmicos de envelhecimento não
são possíveis.

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Diagrama de fases Al-Mg.
 Ligas de Al
Ligas de fundição
● Muitas dessas ligas contêm silício suficiente para causar a reação
eutética, resultando em baixo ponto de fusão, boa fluidez e boa
fundibilidade.

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Diagrama de fases Al-Si.
 Ligas de Al
Ligas de fundição
● Efeito do resfriamento durante a fundição: refino do tamanho
de grão e microconstituinte eutético.

Liga de alumínio 443 fundida (a) em molde de areia contendo silício grosseiro e inclusões; (b) em molde permanente
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contendo dendritas finas e silício fino e; (c) em matriz sob pressão com microestrutura mais fina (aumentos de 350x).
 Ligas de Mg
● Mg: mais leve que o Al, com massa específica de 1,74 g/cm 3.
● Resistência à corrosão próxima a do Al, com exceção de
ambientes marinhos.
● Resistências menores que as ligas de Al, contudo resistências
específicas comparáveis.
● Estrutura HC: resposta aos mecanismos de endurecimento
relativamente baixa.

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 Ligas de Mg
● Como nas ligas de Al, a solubilidade de elementos de liga no
Mg à temperatura ambiente é limitada, resultando num
pequeno endurecimento por solução sólida.
● A solubilidade de vários elementos aumenta com a
temperatura.

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Diagrama de fases Mg-Al.
 Ligas de Mg
● As ligas podem ser endurecidas por dispersão como por
envelhecimento, que é um caso particular do endurecimento
por dispersão.

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 Ligas de Cu
● Ligas a base de Cu têm massas específicas maiores que as do
aço.
● Altos limites de escoamento, com resistência específicas
menores que as de Al e Mg.
● Melhores resistências à fadiga, fluência e desgaste do que as
ligas leve de Al e Mg.
● Excelente ductilidade, resistência à corrosão, condutividade
elétrica e térmica.
● Facilmente soldada e fabricada em formas úteis.

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 Ligas de Cu
Efeitos de diferentes mecanismos de endurecimento nas
propriedades mecânicas.

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 Ligas de Cu
● Ligas endurecidas por solução sólida.
● No caso do bronze, o diagrama prevê a formação do composto Cu 3Sn, mas
a cinética de nucleação é tão lenta que o precipitado não pode se formar.

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Diagramas de fases para os sistemas (a) Cu-Zn (latão) e (b) Cu-Sn (bronze).
 Ligas de Cu
● Bronzes de Al são também exemplos de ligas monofásicas.
● Muitas ligas a base de cobre podem ser endurecidas por
envelhecimento (Cu-Be).

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Diagramas de fases para os sistemas (c) Cu-Al (bronze) e (b) Cu-Be (liga envelhecida).
 Ligas de Cu
● Bronzes de Al com mais de 9% de Al podem formar a fase β durante o aquecimento.
● No resfriamento, ocorre reação eutetoide, formando lamelas de α e γ2 (frágil).
● Têmpera: resfriar β rapidamente para produzir martensita, ou β’, que possui alta
resistência e baixa ductilidade.
● Quando β’ é revenido, ocorre a formação de plaquetas finas de precipitados α a
partir de β’ (boa ductilidade e excelente tenacidade).

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 Ligas de Ni e Co

● Ligas de Ni: proteção contra corrosão,

resistência a altas temperaturas. Ni é CFC e
possui boa conformabilidade.

● Co é alotrópico, sendo CFC acima de 417 ºC e

HC em baixas temperaturas.

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 Ligas de Ni e Co

● Monel: Ligas Ni-Cu com excelentes resistência à corrosão e

boa conformabilidade (aproximadamente 60% Ni). Algumas
possuem pequenas quantidades de Al e Ti.

● Superligas: Ligas de Ni, Fe-Ni e Co que contêm grandes

quantidades de elementos de liga e possuem excepcionais
resistência ao calor, à fluência de até 1000ºC e a corrosão).

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Ligas de Ni e Co

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 Ligas de Ni e Co

Efeito da temperatura na resistência à tração de ligas de Ni. 27

 Ligas de Ni e Co
Variando-se a temperatura de envelhecimento, precipitados de
vários tamanhos podem ser produzidos.

(a) Microestrutura de uma superliga com carbonetos nos contornos de grãos e precipitados γ’ (Ni3Al ou Ni3Ti) na matriz
(aumento de 15 mil X). (b) Microestrutura de uma superliga envelhecida em duas temperaturas, produzindo grandes
precipitados e cubos pequenos de γ’ 28
 Ligas de Ti

● Ti: excelente resistência à corrosão, alta resistência mecânica e

boas propriedades em altas temperaturas.
● Limites de resistência de até 1400 MPa e massa específica de
4,505 g/cm3.
● Um filme aderente de TiO2 é responsável pelas excelentes
resistências à corrosão em temperaturas inferiores a 535 ºC.
● Metal alotrópico, sendo HC (α) em baixas temperaturas e CCC
(β) acima de 882ºC.

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 Ligas de Ti
Alguns elementos de liga endurecem o Ti por solução sólida e
alteram a temperatura de transformação alotrópica.

Partes dos diagramas de fases (a) Ti-Sn, (b) Ti-Al, (c) Ti-Mo e (d) Ti-Mn.
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 Ligas de Ti
Alguns tipos de Ti e suas ligas.

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 Ligas de Ti
Resistências mecânica das ligas de Ti.

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Efeito da temperatura sobre o limite de escoamento de ligas de Ti.
 Ligas de Ti
● Ligas α são recozidas em altas temperaturas na região β. O
resfriamento rápido resulta em grãos com estrutura alfa
acicular (boa resistência à fadiga).

(a) Recozimento e (b) microestrutura do Ti α resfriado rapidamente (aumento de 100 x). 33

Os precipitados nos contornos do grão e as placas Widmanstätten são fases alfa.
 Ligas de Ti
O recozimento de uma liga α-β fornece uma alta ductilidade,
propriedades uniformes e boa resistência mecânica.

(a) Recozimento feito abaixo da temperatura de transformação α-β, (b) resfriamento lento resulta em grãos
equiaxiais (aumento de 250 x) e (c) resfriamento rápido produz grãos aciculares (aumento 2500 x).

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 Ligas de Ti
● Têmpera: a fase β se transforma em martensita de Ti (α’) se a
composição de liga cruzar a linha Mi no resfriamento.
● α’ é uma fase relativamente macia e supersaturada.
● Quando a martensita é revenida, ocorre a precipitação de β.
● α’→α + β precipitados

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(a) Tratamentos térmicos para ligas de Ti α-β.
 Ligas de Ti
● Têmpera de ligas α-β.
● Durante o envelhecimento, ocorre a precipitação de α.
● βSS → β + α precipitados

(a) Tratamentos térmicos e (b) microestrutura das ligas de Ti α-β. A microestrutura 36

contém α (brancos) e matriz β formadas durante o envelhecimento.
 Metais refratários
Possuem temperaturas de fusão acima de 1900 ºC e
apresentam potencial para serviços em altas temperaturas.

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Referência Bibliográfica Recomendada

➢ DONALD R. ASKELAND, WENDELIN J.

WRIGHT. Ciência e Engenharia dos Materiais
2014. 2ª Edição. Cengage Learning. 2014.

● Capítulo 14: Ligas não ferrosas.

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OBRIGADO!

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