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APOSTILA DE FORMAÇÃO

DE OPERADORES
DE PONTES ROLANTES

Empresa: _______________________________________________________________________

Nome:__________________________________________________________________________
RESPONSÁVEL TÉCNICO

BRUNO MELRO DOS SANTOS


Engenheiro Mecânico Especialista em pontes rolantes e estruturas metálicas
CREA-SP 5070196378
Certidão de Registro O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo-CREA SP

Certifica que o (a) profissional, encontra-se regularmente registrado(a) neste Conselho Regional, nos termos da Lei
Federal nº 5.194/66, possibilitando-o(a) a exercer sua profissão no Estado do Paraná, circunscrita à(s) atribuição(ões)
constantes de seu registro.

APRESENTAÇÃO

Foi pensando na prevenção de acidentes do trabalho, envolvendo ponte,rolante, que elaboramos este manual,
de forma clara e objetiva, procurando fazer com que você, futuro operador, além do conhecimento das normas de
segurança,
tenha conhecimento do equipamento que opera e dos riscos que o mesmo oferece.

Nas indústrias é crescente a utilização de meios de elevação com operação a partir do solo (controle remoto),
onde o movimentador é também operador, ou seja, ele é responsável pelas duas funções. O perigo é que tanto o pessoal
da produção quanto o pessoal da manutenção operam e movimentam, com isso exercem uma atividade a qual não estão
acostumados ou mesmo preparados. A facilidade com que os meios de elevação movimentam a carga engana quanto as
situações de perigo.

Pela demonstração de condições de acidentes típicos é preciso que elas sejam conhecidas e consequentemente
evitadas. No setor de transportes, apesar do alto grau de automatização, ainda existe um grande percentual de trabalho
manual, especialmente na movimentação de cargas por meio de talhas, guindastes, etc. Que de agora em diante
chamaremos de meios de elevação. Meios de elevação, como talhas, facilitam a movimentação de cargas, por meio
destes podemos reduzir muito nosso trabalho braçal, porém, deveremos usar mais a “cabeça”.

O homem ao lado da carga que é o movimentador forma uma equipe com o operador do meio de elevação. A
atuação do movimentador é fundamental para a execução de uma movimentação com segurança.

Lembre-se que a manutenção do ambiente de trabalho e a conseqüente preservação da integridade física de


cada companheiro de trabalho, dependerá de sua conduta em operar a ponte rolante.

Existem ponte rolante de diversas capacidades, tamanhos e modelos com diversos dispositivos aplicáveis a
diversos modelos, tais como: garras especiais para tambores, fardos, mecanismos , etc.

Lembre-se que a manutenção do ambiente de trabalho e a conseqüente preservação da integridade física de


cada companheiro de trabalho, dependerá de sua conduta em operar a PONTE ROLANTE.
Sumário
Qualificações necessárias ao Operador ............................................................................................................................. 9
Características Básicas do Operador................................................................................................................................ 10
Responsabilidade do Operador .......................................................................................................................................... 10
De forma geral não deverão operar Ponte Rolante ........................................................................................................ 10
Equipamentos de Elevação Movimentação de Materiais ............................................................................................................ 10
Equipamentos......................................................................................................................................................................... 11
Tipos de equipamentos .......................................................................................................................................................... 11
Componentes Básicos ........................................................................................................................................................... 13
Operação - Içamento e Manuseio de Carga ................................................................................................................................. 17
Modos de movimentação ..................................................................................................................................................... 22
Modos de movimentação e quanto a carga pode pesar em cada modo de operação. ........................................... 22
Finalização da movimentação ................................................................................................................................................ 28
Capacidade, Peso e Centro de Cargas ............................................................................................................................................... 29
Dispositivos de Içamento ................................................................................................................................................................ 29
Cabos de Aço................................................................................................................................................................................... 39
Inspeção e Substituição dos Cabos de Aço em Uso ........................................................................................................... 40
Inspeções ................................................................................................................................................................................. 42
Risco Ambientais ............................................................................................................................................................................. 42
Tipos de EPI’s .................................................................................................................................................................................. 48
INTRODUÇÃO

Para Proprietários, Usuários e Operadores

Para manobrar uma ponte rolante de maneira segura e eficiente, requer-se do operador habilidade e precaução.
Para desenvolver habilidade necessária, o operador deve:
ser instruído no uso correto da ponte rolante;
entender as possibilidades e limitações da ponte rolante a;
familiarizar-se com a construção da ponte rolante e mantê-la em boas condições;
ler e entender os avisos e procedimentos de operação no manual do equipamento.

Operador:
Homem de confiança da empresa, exerce o papel de inspetor, de avaliador. É o responsável direto pela linha
de produção da empresa.

Estado Físico: 100% (sono, embriaguez, ressaca, problemas pessoais) devem ser expostos ao encarregado, gerente,
assistente social, etc.

Áreas de Circulação:
7. Piso molhado, escorregadio, ondulações, saliências = acidentes sérios;
8. Verificar tubulações elevadas, fiação elétrica, pontes rolantes, vãos e aberturas;
9. Trabalhos externos – asfalto mole, chão de terra.
É responsabilidade da empresa certificar-se de que o operador seja capaz de ver e ouvir bem e disponha de habilidade
física e mental necessária para manusear o equipamento de maneira segura.

ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO Portaria 3214/78 (Ministério do Trabalho)

NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.

11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga,
guindastes, monta-cargas, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores
de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de
resistência e segurança, e conservados em perfeitas condições de trabalho.
11.1.3.2 Em todo equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida.
 Nos equipamentos de transporte com força motriz própria, o operador deverá receber um treinamento
específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.
 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir
se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.
 O cartão terá validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá
passar por exame de saúde completo, por conta do empregador.
 Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina).
 Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas,
ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas.
11.1.10 Em locais fechados e sem ventilação é proibida a utilização de máquinas transportadoras, movidas a
motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados.

Qualificação do Operador

O fator humano é um aspecto de grande importância na operação de maquinas e equipamentos na


área portuária. Além de ser responsável pelos comandos, o operador deve estar plenamente capacitado para
avaliar as condições gerais do equipamento, antes de iniciar o serviço ou de paralisar as atividades quando a
máquina apresentar uma falha qualquer.
Assim, os operadores devem ser qualificados por instituição de ensino contratada, para poderem ser
autorizados a operarem máquinas ou equipamentos motorizados). Essa capacitação será comprovada através
da emissão de um certificado (NR 11).
Anualmente, as empresas deverão realizar cursos de reciclagem destinados aos operadores sobre os
procedimentos e padrões operacionais de cada equipamento.
Os postos de trabalho devem ser adaptáveis às características antropométricas do operador (NR- 17).
Conforme a situação ambiental (presença de gases, poeiras e calor), a máquina deve dispor de cabine fechada
e climatizada.
Todos os operadores de equipamentos móveis de transporte (guinchos, empilhadeiras, pontes-
rolantes) serão identificados por um crachá específico, que deverá constar nome, foto, tipo de equipamento
autorizado a operar, prazo de validade, data e assinatura do emitente

Qualificações necessárias ao Operador

Conhecimento: São os procedimentos corretos adquiridos através de manuais dos fabricantes, treinamentos
específicos, etc.
Habilidade: É a execução de diversas manobras em tempo hábil, utilizando os conhecimentos e reflexos.
Atitude: Adquirindo conhecimento e habilidade, espera-se que o operador saiba agir adequadamente em cada
situação de serviço que se apresenta. Para isto, pressupõe-se que ele teve um treinamento adequado com
acompanhamento do seu aprendizado, de forma a reciclar os seus conhecimentos.
Características Básicas do Operador

Atenção: O operador deve possuir um aguçado espírito de observação, estando sempre alerta para o que se passa na
sua área de trabalho e para as condições de funcionamento do equipamento que opera.

Previsão: É a capacidade de prever situações adversas, valendo-se, sobretudo, da sua posição de visualização das
áreas de movimentação da carga (dependendo da tarefa) e da experiência do operador.

Decisão: É a capacidade de ação do operador no momento exato da ocorrência de uma situação adversa.

Responsabilidade do Operador

Advertência: O comando de uma ponte rolante para ser seguro e eficiente


requer perícia, extremo cuidado, vigilância, concentração bem como observância das normas e instruções
comprovadas de segurança.

De forma geral não deverão operar Ponte Rolante

 Quem não souber ler e escrever;


 Quem for menor de 18 (dezoito anos);
 Quem tiver visão e / ou audição deficientes, “sem a devida correção indicada” por médico credenciado
pela empresa;
 Quem possuir doença cardíaca;
 Quem estiver fazendo uso de medicamentos controlados (Temporariamente ou não);
 O operador que estiver fisicamente ou mentalmente indisposto;
 Quem não for adequadamente instruído para operar a ponte;
 Quem não estiver habituado com equipamentos de elevação e transporte de carga;

Equipamentos de Elevação Movimentação de Materiais

Na indústria moderna o uso de equipamentos para ERGUER, BAIXAR, TRANSPORTAR pesadas cargas a
distâncias limitadas vem sendo cada vez mais difundido. Embora esses equipamentos estejam-se sofisticando dia-a-dia,
a sua operação está baseada nos princípios clássicos da Física, de onde se tira toda aplicação prática para atender
às necessidades de transporte industrial de nossos dias. Juntamente com a sofisticação técnica, surgem novos riscos
que precisam ser bem conhecidos com o objetivo de se prevenirem possíveis acidentes.
Equipamentos

Uma das grandes necessidades da indústria, é o manuseio e a movimentação de peças de grande porte em
grandes áreas, sem prejudicar o trânsito de veículos, estocagem de materiais e posicionamento de máquinas e
equipamentos. Isto coloca em destaque a Ponte Rolante, pois ela permite o aproveitamento de toda área útil para
transporte, com rapidez, segurança e versatilidade.
Trata-se de um equipamento de elevação e transporte de cargas que se move sobre trilhos elevados, sendo que
sua movimentação se faz através de redutores de velocidades acionados por motores elétricos. Os redutores transmitem
o torque para as rodas motrizes localizadas nos truques da ponte. A ponte permite movimentos

Tipos de equipamentos

Talha
O conjunto Gancho / Moitão é montado sobre rolamento de encosto, conferindo maior facilidade no giro de
carga. Possui fim de curso na elevação. Neste modelo pode-se compor dupla ou multi-velocidades na elevação e/ou
translação.
O cabo de aço é alojado no corpo do
tambor (usinado), não remontando um
sobre o outro.

Tem duplo sistema de frenagem


(mecânico / anti-recuo / eletromagnético
(velocidade única)) garantindo paradas
precisas, aumentando a segurança do
equipamento. No corte de energia, freia a
carga automaticamente.

Pórtico Rolante

Equipamentos desenvolvido para trabalhar totalmente sobre Pistas de Rolamento apoiadas normalmente ao
nível do piso. Basicamente, suas formas construtivas constituem tração dupla e individual nas duas extremidades
(Truck’s ou Cabeceiras) com mecanismo dos redutores imerso em óleo, possui frenagem mecânica automática livre de
manutenções, rodas confeccionadas em ferro Nodular com duas bordas guias, ângulos de assentamento, mancais e
rolamentos com graxeiras
Acionamento através de Botoeira pendente
móvel independente da carga, interligada ao
quadro de comando elétrico, o qual aciona os
motores simultaneamente, Sirene
intermitente a qual avisa quando o
equipamento está em uso

Guindaste Giratório

Construído em Aço Carbono, Coluna Tubular e Viga tipo I reforçada com Tirante, dimensionada para ter peso
próprio reduzido com alta eficiência contra deflexões.

Aplicado para movimentação em células de montagens, linhas de


produção, deck náutico, fundição, usinagem, big-bag e todo tipo de
movimentação que necessite de agilidade, segurança e
confiabilidade no processo. Ambiente coberto ou não.

Ponte Rolante

Equipamento desenvolvido para trabalhar totalmente sobre a produção ou estoque, pois suas pistas e vigas de
rolamento são suspensas por pilares e/ou consoles, conforme o local a ser instalado. Basicamente, suas formas
construtivas constituem tração dupla e individual nas duas extremidades (Truck’s ou Cabeceiras) com mecanismo dos
redutores imerso em óleo, possui frenagem mecânica automática livre de manutenções, rodas confeccionadas em ferro
Nodular com duas bordas guias, ângulos de assentamento, mancais e rolamentos com graxeiras.
Acionamento através de Botoeira pendente móvel
independente da carga, interligada ao quadro de
comando elétrico, o qual aciona os motores
simultaneamente, Sirene intermitente a qual avisa
quando o equipamento está em uso.

Movimento

É um equipamento de elevação e transporte de carga, que se movimenta assentando sobre trilhos fixados
normalmente nas vigas laterais do edifício.
Os três movimentos da ponte rolante são obtidos através de seus componentes fundamentais, que são: pontes,
trole ou carro e guincho.

Dispõe de sistema de:

Freio mecânico e servofreio automático e hidráulico, que são acionados pelo operador para fazê-la parar.
Pára-choques. Os quatro cantos da ponte são dotados de pára-choques molas, borrachas, madeira, que são
equipamentos de segurança para proteger as extremidades dos edifícios ou outras ponte que esteja nas mesmas vigas
de rolantes. Esses pára-choques não devem ser usados para parar a ponte, e sim como segurança.

Componentes Básicos

Carro Trolley

Componente responsável pela translação e suporte da Talha, tanto elétrica quanto manual, sendo o trole movido
por arraste manual, motorizado ou por corrente para modelo Univiga, já no modelo Duplaviga a translação normalmente
é motorizada e suporta talha elétrica de cabo de aço. Sua tecnologia também pode ser utilizada para Carro de
Transferência ou Vagonete.
Trole Manual - Sistema Uni-viga

Construído em aço carbono, rodas com rolamentos de esfera blindados. Eixos distanciadores fixados nas
chapas laterais para acoplamento na viga de translação. O movimento (deslocamento) do carro é feito pelo operador, por
arraste manual.
Trole Motorizado (Sistema Univiga)

Construído em aço carbono, rodas com rolamentos de esfera blindados. Eixos distanciadores fixados nas
chapas laterais para ajuste de acoplamento na viga.

Compacto conjunto do redutor (alto frenante)


estando seu mecanismo imerso em banho de óleo

Trole Motorizado (Sistema Duplaviga)

É um componente motorizado que sustenta o mecanismo de elevação e se desloca longitudinalmente sobre as


traves ate o limite de segurança fixado nas extremidades dos trilhos, nas vigas da ponte. É composto de motor, redutor,
freio, acoplamento, mancais, suportes, etc.
Trole, assim como a ponte, se movimenta livremente e deve possuir chave- limite nas extremidades dos trilhos para
fazê-lo parar. Os trilhos são equipados com batentes protetores, que são equipamentos de segurança e não devem ser
usados papa frear o trolley.
Guincho

É um componente motorizado fixado no trole que exerce a força necessária para elevar ou baixar a carga até os
limites de segurança, através do mecanismo de elevação composta de: motor, freio de motor, redutor, eixo, freio de
carga, tambor (dromo), cabos de aço, polias, suporte, caixa de gancho, mancais e gancho.

Princípios de funcionamentos e limitações


O que é a Chave Limite

É um dispositivo que limita a altura da carga manuseada, sendo que ao


entrar em contato com a mesma, o movimento de subida e descida da
carga é interrompido.
Equipamentos fundamentais da Ponte Rolante

Sistema de
transmissão.

Eixo de Translação do
Carro Eixo, mancais,
rolamentos, retentores,
engrenagem,
acoplamentos e
parafusos de fixação

Batente do carro

Sistema de Translação da Ponte

Trilho de Translação da Ponte Trilhos, suportes, chapa de base, presilhas, batentes e parafusos de fixação.
Freios

Cada unidade do guincho de um guindaste deverá ser equipada com pelo menos um freio automático, referido
como freio de retenção, aplicado diretamente ao eixo do motor ou alguma parte no conjunto de engrenagem.
Cada guincho de um guindaste, será equipado com um sistema de freios para evitar excesso de velocidade,
além do freio de retenção, exceto os guinchos com engrenagem helicoidal, onde o ângulo da rosca helicoidal impede a
carga de acelerar na direção de descida.
Os freios de retenção para motores do guincho, não deverão ter sua capacidade de carga menor do que a
seguinte porcentagem:
_ 125% quando usada com um meio de freio de controle que não seja mecânico.
_ 100% quando usado em conjunto com um sistema de freio de controle mecânico.
_ 100% cada se dois freios de retenção são fornecidos.
Freios de retenção em guinchos deverão ter uma ampla capacidade térmica para a freqüência de
operação exigida pelo serviço.
Freios de retenção em guinchos deverão ser aplicados automaticamente quando a energia é retirada. Quando
necessário, os freios deverão ser providos com um meio de ajuste para compensar desgaste. A superfície de desgaste
de todos os tambores ou discos de freios de retenção deverá
ser lisa.

SISTEMA DE FREIO DE CONTROLE


O sistema de controle de energia regenerativo, dinâmico, contra-torque, ou o sistema mecânico, deverão ser
capazes de manter velocidades seguras de descida das cargas nominais.
O sistema de controle de freio deverá ter ampla capacidade térmica para a freqüência de operação exigida pelo
serviço.

Operação - Içamento e Manuseio de Carga

Para movimentar cargas com meios de elevação são utilizados lingas e dispositivos de movimentação.
As Lingas são, por exemplo: cabos, correntes, cintas e laços sintéticos. Por meio delas é que fazemos o
acoplamento da carga ao meio de elevação. Dispositivos de movimentação são aqueles que fazem um acoplamento
direto ou mesmo através de uma Linga à carga.
São considerados dispositivos de movimentação: ganchos e garras especiais, suportes para eletroímãs,
travessões, etc. A escolha da Linga deveria ser feita pela engenharia de produção ou pelo planejamento, mas na maioria
das vezes, quem tem de escolher é o próprio movimentador.

A escolha da linga adequada para a movimentação deve ser feita por uma pessoa devidamente qualificada
para este fim. Neste manual indicaremos alguns critérios que devem ser seguidos para uma decisão correta,

Operação e Manuseio de Cargas Aplicáveis são:

Cabos de Aço: para cargas com superfície lisa, oleosa ou escorregadia, assim como laços de cabo de aço com
ganchos para aplicação nos olhais da carga.
Correntes: para materiais em altas temperaturas e cargas que não tenham chapas ou perfis. Lingas de corrente com
gancho podem ser acoplados aos olhais da carga.
Cintas e Laços Sintéticos: para cargas com superfícies extremamente escorregadias ou sensíveis, como por exemplo,
cilindros de calandragem, eixos, peças prontas e pintadas.
Cordas de Sisal e Sintéticas: para cargas com superfície sensível, de baixo peso, como tubos, peças de aquecimento
e refrigeração ou outras peças passíveis de amassamento.
Combinação Cabo e corrente: para o transporte de perfis e trefilados. Neste caso a corrente deve ficar na área de
desgaste onde possivelmente existam cantos vivos e o cabo fica nas extremidades exercendo função de suporte e
facilitando a passagem da Linga por baixo das cargas.

Não aplicáveis são:

Cabos de Aço: para materiais com cantos vivos ou em altas temperaturas.

Correntes: para cargas com superfície lisa ou escorregadia.

Cintas e Laços Sintéticos: para cantos vivos e cargas em altas temperaturas.

Operação da Ponte Rolante

O bom operador de ponte rolante usa os controles de maneira a aplicar corretamente a aceleração e a frenagem,
sem danificar seus componentes. Neste capítulo serão fornecidas informações básicas sobre operações com a ponte
rolante.
Ao se operar a ponte para pegar cargas próximas ás extremidades das vigas deve-se, antes de atingi-las, parar
completamente a ponte e depois, com movimentos curtos e lentos, completar-se o trajeto até que os pára-choques da
ponte e das vigas se toquem levemente.
Quando a ponte é equipada com controles manuais, deve ser acelerada movendo-se a manipula gradativamente
na direção desejada. A aceleração correta elimina a patinação das rodas da ponte, permite á
carga perdurada adquirir impulso quase na mesma proporção que a ponte e evita, a ela e ao motor, esforços
desnecessários.
Quando o controle é magnético, a manipula pode ser levada de uma só vez até o fim, pois a aceleração é
automática e se processa por meio de relés adequados.
Os calos nas rodas da ponte são originários de patinação e freadas bruscas. Não se deve operar a ponte a
longas distâncias pelas vigas de rolamento com a manípula de comando mal ajustada entre as posições neutra e toda
força.

Talhas
A capacidade de carga das talhas deve estar claramente posicionada no corpo da talha, bem como o trilho
também deve ter assinalada sua capacidade de carga;
As talhas devem estar seguramente presas aos seus suportes através de travas ou manilhas;
Talhas podem ser sustentadas em estrutura rígida (trilhos) ou por ganchos. Quando suspensas por ganchos,
estes devem ser providos com trava que não permitam o escape da talha;
As talhas elétricas devem ser providas com limite de fim de curso que não permita ao cabo de aço sobre enrolar
no tambor e romper-se;
Os trilhos por onde correm as talhas devem ter batente de fim de curso para evitar a queda da talha;
O tambor das talhas com entalhe simples para acomodação do cabo deve ser livre de projeções que possam
danificar o cabo;
Só utilizar talhas que apresentem cabos, correntes, ganchos e demais componentes em adequadas condições
de uso;
Manter mãos e dedos distantes de pontos de pinçamento;
Não permanecer sob cargas suspensas;

Talhas Elétricas

O botão de subida da talha deve ser projetado de forma que requeira permanente pressão para levantar ou
abaixar a carga;
O cabo elétrico da caixa de comando deve ser sustentado por um cabo ou corrente paralela protegendo o cabo
de possíveis esforços e danificações;
A talha deve ser aterrada de maneira a evitar possível choque elétrico no operador em caso de falha do circuito;
Um mínimo de duas voltas de cabo deve permanecer no tambor quando o bloco do gancho estiver no piso mais
baixo do edifício onde a talha opera.

Talhas manuais

As talhas manuais podem ser portáteis para uso em serviços de montagem ou manutenção. É recomendável
que sejam de corrente em função da sua resistência;
Devem ser equipadas com freio de carga mecânico que permita controlar a velocidade de subida e descida da
carga.
Cronograma Ideal para uma Movimentação

Preparação:

1. Conhecer o peso e centro de gravidade de carga;


2. Determinar qual linga e se necessário preparar proteção para os cantos vivos;
3. Preparar o local de destino com caibros e cunhas se necessário.
4. Informar ao operador o peso da carga.
5. Colocar o gancho do meio de elevação perpendicularmente sobre o centro de gravidade da carga.
6. Acoplar a Linga à carga.
7. Se não for utilizar uma das pernas da Linga, acoplá-la ao elo de sustentação para que não possa se
prender a outros objetos ou cargas.
8. Quando necessário, pegar a Linga por fora e deixar esticar lentamente.
9. Sair da área de risco.
10. Avisar a todos os envolvidos no processo de movimentação e a todos que estiverem nas áreas de risco.

Sinalizar ao operador. A sinalização deve ser feita por uma única pessoa.

Ao iniciar a movimentação devemos verificar:


1. se a carga não se ganchou ou prendeu;
2. se a carga está nivelada ou corretamente suspensa;
3. se as pernas têm uma carga semelhante.
Se a carga pender mais para um lado, abaixá-la para prendê-la corretamente.

Movimentação da carga
No transporte de cargas assimétricas ou onde haja influência de ventos deve-se usar um cabo de condução que
seja longo o suficiente para que se fique fora da área de risco.

 Abaixar a carga conforme indicação do movimentador.


 Certificar-se de que a carga não pode se espalhar ou tombar.
 Desacoplar a Linga.
 Prender os ganchos da Linga no elo de sustentação.
 Ao levantar a Linga verificar se ela não pode se prender a nada.
Modos de movimentação
A pessoa responsável pela movimentação de carga deve se certificar de que:

 A carga, laço ou acessório de carga, esteja devidamente apoiada na base do gancho;


 A carga esteja segura, equilibrada e devidamente posicionada no gancho, laço ou acessório de carga, logo após o
levantamento de poucos centímetros;
 O cabo de elevação não possui dobramento;
 As diversas linhas do cabo do moitão não estejam torcidas entre si; 5- O gancho esteja colocado na carga de forma a
minimizar balanços;
 Caso o cabo esteja devidamente posicionado nos canais dos tambores e polias, mesmo que o cabo esteja sem carga ou
tenha ficado sem carga anteriormente.

Durante a operação de levantamento de carga, deve-se tomar cuidado para que:

Não ocorra a aceleração ou desaceleração repentina da carga; 2- A carga fique livre de quaisquer obstruções.

Os equipamentos não podem ser usados para movimentações laterais, a não ser quando especificamente
autorizado por uma pessoa qualificada, que tenha se certificado de que:

 Nenhuma parte do equipamento será sobrecarregada;


 O cabo de elevação não irá se encostar ou se atritar com nenhuma parte da estrutura do equipamento,
que não tenha função especifica de apoiar o cabo;
 A puxada lateral não provocará a saída do cabo das polias ou canais do tambor;
 A puxada lateral não provocará balanço excessivo do bloco ou da carga.

O operador não pode levantar abaixar ou movimentar o equipamento, caso haja alguma
pessoa sobre a carga ou no gancho.

Modos de movimentação e quanto a carga pode pesar em cada modo de operação.

A movimentação com Lingas de uma perna é mais simples. A carga pode ser igual a capacidade de carga da
perna
A movimentação com Lingas de duas pernas. Quanto maior a angulação menor a capacidade de carga da Linga
pois as forças resultantes são crescentes

Linga em cesto perpendicular à carga pode ter o peso igual a capacidade de quatro pernas independentes
somadas. Mas isso somente se o diâmetro da peça for grande o suficiente e não houver cantos vivos. Só pode ser usada
quando não houver risco de a carga escorregar

Dois laços em perpendicular, por causa da força aplicada no lançamento. Devemos contar com apenas 80% da
capacidade da carga.
Se utilizarmos uma Linga em cesto onde as extremidades estão presas a um único elo de sustentação onde a
corrente trabalhe sem dobras ao redor da carga e com uma angulação inexpressiva. Podemos calcular com a
capacidade de cada perna como cheia

Se utilizarmos uma Linga em cesto ou em laço devemos contar com apenas 80% de sua capacidade de carga
por causa da dobra que é feita no lançamento.

Se utilizarmos uma Linga em cesto sem fim onde a corrente trabalhe sem dobras ao redor da carga e com uma
angulação inexpressiva. Devemos contar com 80% da capacidade da carga de suas pernas uma vez que ela trabalha
dobrada sobre o gancho.
Se utilizarmos uma Linga sem fim em laço, devemos contar também com apenas 80% da capacidade de suas
pernas uma vez que ela sofre dobramentos no laço e no gancho.

Balanço da Carga

O balanço da carga é o resultado da conexão flexível entre a ponte e a carga (cabo de aço da ponte). Quando se
liga o motor da ponte, ela imediatamente se movimenta, porém a carga fica ligeiramente para trás, com o cabo de aço
formando um ângulo com a perpendicular. O mesmo acontece quando se diminui a marcha; nesse caso o impulso da
carga traciona a ponte. O operador experiente tira vantagem desse movimento (balanço avançado da carga) para evitar
que a carga balance quando a ponte estiver totalmente parada.
Em lugar de deixar que a carga passe de ponte e depois voltar atrás ate atingir o prumo, o operador deve: parar
a ponte antes do lugar de descarga; quando a carga balançar, acelerar a ponte rapidamente para frente acompanhando
o balanço da carga, de maneira que tanto a ponte como a carga possa ter seus movimentos simultaneamente
interrompidos quando atingirem o local de descarga.

O trole
Assim como a ponte, o trole possui chave-limite para desligar a força e fazê-lo parar. Os trilhos do trole
têm batentes nas extremidades. Não se deve permitir que o trole atinja esses batentes em grande velocidade

Movimentação com Travessões


Com travessões podemos fazer movimentações mesmo com pouca altura de elevação, evitando total ou
parcialmente a angulação das pernas.
As cargas abaixo do Travessão devem ser presas de tal forma que não possam se dobrar e cair (carga ou peças
individuais). Devemos considerar como única desvantagem do Travessão o seu próprio peso, pois quanto maior seu
peso menor o peso que poderemos transportar, devido a limitação do meio de elevação.
Se utilizarmos Travessões e a carga não for alinhada em seu centro a carga pende e pode escorregar e cair

Movimentação com angulação invertida, as Lingas podem escorregar por baixo da carga
Em Travessões com dois pontos de fixação superior, se a carga é alocada mais para um lado, esta carga só
estará sendo suportada em uma das fixações superiores do Travessão.

Como se Assegurar que a Carga não se Solte

Possibilidades de acidentes nunca podem ser descartadas. A Linga pode se soltar do gancho do meio de
elevação, ou mesmo o gancho da Linga, pode se soltar da carga.
Travas adequadas nos ganchos do meio de elevação e do Travessão impedem que a carga possa se soltar

Estocagem da Carga

Armazenamento de materiais
O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso.
O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra
incêndio, saídas de emergências, etc.
Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo menos 0,50m
(cinqüenta centímetros).
A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas de emergência.
O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material.Os perfis
devem ser mantidos preferencialmente amarrados e alinhados.Evitar balanços ou distorções que possam causar
amassamento ou torções nos perfis.Perfis menores sempre apoiados sobre perfis maiores.
Finalização da movimentação
O movimentador só pode sinalizar, para que a carga seja depositada, após ter verificado se todos os envolvidos
(ou não) estejam fora da área de risco. Acidentes sempre acontecem quando o movimentador tenta rapidamente,
enquanto a carga desce, preparar ou limpar a área de destino, e acaba tendo o dedo esmagado ou pior.
Quando temos que ajeitar a carga ou estabilizá-la, não devemos fazê-lo com as mãos, mas sim, por meio de
acessórios como ganchos e engates ou cabos.
Se a carga ao ser depositada deve ser ajeitada manualmente, não podemos ficar entre ela e obstáculos fixos,
pois mesmo quando movimentada com a mão, ela tem uma energia potencial tão grande que, depois de movimentada,
não podemos pará-la com nossa força.
Ao depositar a carga devemos observar, para que tenhamos uma base que facilite a retirada da Linga por baixo
da carga, utilizando caibros por exemplo. Se o material for redondo, devemos nos assegurar de que ele não possa rolar.

Lingamento e Deslingamento de Cargas

A operação de içamento de carga é a que gera o fator de risco com maior probabilidade de dano ao trabalhador
no setor portuário. É um serviço constante que envolve milhares de trabalhadores utilizando diversos tipos de lingas e
com grande variedade de cargas e embalagens. Como a operação envolve carga suspensa, há grande potencial, em
caso de queda, de resultar em acidentes graves seja de natureza humana ou material.
Assim, as pessoas responsáveis por essas operações, contratadas pelos operadores portuários, devem ser
capacitadas para orientar o serviço e tomar as decisões adequadas no momento de substituir uma linga ou paralisar um
guindaste com problemas mecânicos ou elétricos.

Principais fatores de risco

 . Uso de lingas inadequadas ou sem certificação;


 . Aparelhos auxiliares defeituosos ou não certificados;
 . Cargas desniveladas;
 . Uso de equipamento inadequado para lingamento da carga;
 . Ângulos dos ramais das lingas acima do recomendado;
 . Falta de plataformas nos trabalhos de lingamentos em terra;
 . Má distribuição da carga nos travessões e travessões;
 . Pessoal inabilitado para operação de equipamento;
 . Pessoal inabilitado nos sinais de mão para operação de guindar;
 . Materiais soltos sobre a carga;
 . Falta de procedimentos operacionais e treinamentos da equipe de
Capacidade, Peso e Centro de Cargas

Estabilidade e Centro de Gravidade:


O centro de gravidade de qualquer objeto é o ponto central de equilíbrio do mesmo. Todos os objetos tem centro
de gravidade (CG). Uma máquina carregada têm um novo centro de gravidade combinado.
A estabilidade de uma empilhadeira é determinada pela posição de seu CG ou pela posição do CG combinado
quando a máquina está carregada.
O CG da carga é móvel devido as partes móveis do equipamento. O CG desloca-se para frente e para trás,
conforme o tranlado e deslocando-se para cima e para baixo conforme os movimentos d o guincho de elevação.
O centro da gravidade e por seqüência, a estabilidade da empilhadeira carregada é influenciada por diversos
fatores como: dimensão, peso, forma e posição da carga, altura de elevação da carga, o grau de inclinação para frente e
para trás, a pressão dos pneus e as forças dinâmicas que surgem com a máquina em movimento.
Estas forças dinâmicas são causadas pela aceleração, freadas, curvas e operações em superfícies irregulares ou
em aclives.
Esses fatores também são importantes para uma empilhadeira sem carga que é fácil de tombar lateralmente, em
comparação com uma máquina com carga na posição mais baixa possível.

Dispositivos de Içamento
Lingas
As lingas são dispositivos feitos de cabo de fibra, de arame ou de correntes, com laços e sapatilhas que servem
para fazer a ligação da carga com o aparelho de guindar que irá sustentar as cargas nas manobras de içamento. Assim,
a carga que é içada pelo guindaste ou pau de carga é chamada de lingada.

Linga/Material Uso Adequado Não Utilizar


Para cargas com superfícies lisas, oleosas Em materiais com cantos
ou escorregadias, assim como em laços de vivos ou em altas
cabo de aço com ganchos ara aplicação temperaturas.
nos olhais da carga.
Cabo de aço
Para materiais em altas temperaturas e Para cargas com
cargas que não tenham superfícies superfícies lisas ou
escorregadias como vigas, chapas ou escorregadias
perfis. Lingas de corrente com gancho
podem ser acoplados aos olhais da
Correntes
carga.
Para cargas com superfícies Em cargas com cantos
extremamente escorregadias ou sensíveis, vivos, em altas
Cintas e Laços como exemplo: cilindros de calandragem, temperaturas.
sintéticos eixos, peças prontas e pintadas.
Para cargas com superfície sensível, de Em peças de grande
baixo peso como tubos e outras passíveis peso, com cantos vivos.
Cordas de sisal e de amassamento.
sintéticas
Para o transporte de perfis e trefilados. Para cargas com
Neste caso, a corrente deve ficar na área superfícies lisas ou
Cabos de aço e de desgaste ou cantos vivos e o cabo de escorregadias
correntes aço nas

extremidades.

Especificação dos Dispositivos

Quando temos que ajeitar a carga ou estabilizá-la, não devemos fazê-lo com as mãos, mas sim, por meio de
acessórios como ganchos e engates ou cabos.
Se a carga ao ser depositada deve ser ajeitada manualmente, não podemos ficar entre ela e obstáculos fixos,
pois mesmo quando movimentada com a mão, ela tem uma energia potencial tão grande que, depois de movimentada,
não podemos pará-la com nossa força.
Ao depositar a carga devemos observar, para que tenhamos uma base que facilite a retirada da Linga por baixo
da carga, utilizando caibros por exemplo. Se o material for redondo, devemos nos assegurar de que ele não possa rolar.

Fixação de Cabos de Aço, Correntes e Cordas

Corrente
As correntes são fabricadas em diversas formas e especificações. Devido às suas qualidades, são largamente
utilizadas nas operações de movimentação de cargas. No processo industrial de fabricação das correntes, os elos são
dobrados e depois soldados. A certificação de uma corrente exige uma série de ensaios de dobramentos e de tração,
que testam a solda e o tratamento térmico realizado As correntes são classificadas por classes de qualidade também
chamada de grau, de acordo com sua tensão de ruptura, conforme quadro abaixo.
Lingas simples - em aço forjado usadas em fundições, Pontes rolantes, Empreiteiros de Construção e para
todos os trabalhos onde se tornam necessários Guindastes para remoção de material, como cargas e descargas de
navios e caminhões.

Vantagens e Limitações do Uso de Correntes


Entre as varias vantagens das correntes sobre as outras lingas, citamos:
1. Podem ser encurtadas;
2. Durabilidade;
3. Não precisam ser trocadas totalmente;
4. Possuem alongamento de 25% antes de romper;
5. Possibilidade de combinação com outros tipos de matérias de lingas (cabos de aço e cinta);
6. Sua utilização em cantos vivos (apoio de três pontos).

Demonstração de “canto vivo” utilizando correntes

Canto vivo é a expressão usada nas situações em que o raio no canto da carga a ser movimentada for menor do
que o diâmetro nominal da linga. Quanto a limitações de uso citamos:
1. Não devem ser utilizadas em cargas escorregadias;
2. Só podem ser aplicadas as com passo de 3 vezes o diâmetro;
3. Só podem ser aplicadas as fabricadas conforme a norma DIN 5687-8.

Inspeções e Substituições de lingas de Correntes

Como toda linga as correntes devem ser vistoriadas periodicamente pelos responsáveis pela movimentação das
cargas, devendo verificar se há a presença das seguintes irregularidades que podem exigir a retirada de elos ou de
trechos da linga de correntes:
o Danos mecânicos (entalhamento, amassamento, fissuras e pontos de contato elétrico);
o Deformação por dobra ou torção;
o Redução maior que 10% do seu diâmetro médio;
o Alongamento externo do elo de mais de 3%;
o Alongamento interno do elo de mais de 5%;
o Alongamento da corrente em mais de 5%.

Figura 35: 1) Dobramento; 2)Esmagamento; 3) Alargamento; 4)Rompimento.

Barra de Carga / Movimentação com Travessões

São utilizados vários aparelhos auxiliares para fazer a ligação da carga ao gancho do equipamento de guindar.
Entre estes os mais utilizados são os balancins ou travessões e o quadro posicionador utilizado na movimentação de
contêineres. Os travessões ou balancins são bastante utilizados nas operações de movimentação de carga, por evitarem
a formação de ângulos indesejáveis nos terminais ou pernas das lingas. Eles permitem também diminuir o comprimento
da linga e, conseqüentemente, a altura do guindaste ou pau de carga. O peso bruto desses aparelhos é seu único
inconveniente, já que se soma ao peso da carga no momento do içamento, o que, por vezes, limitando a capacidade de
carga do aparelho de guindar.
Os proprietários ou arrendatários desses aparelhos devem ter consigo a certificação, com a respectiva Anotação
de Responsabilidade Técnica (ART) do CREA, os projetos construtivos e os resultados dos testes e ensaios
recomendados. Quando em operação, esses aparelhos devem trazer em seu corpo a sua capacidade de carga e peso
bruto grafada de forma visível.

Figura Uso de balancins

Na verdade, existem também vários outros tipos de garras utilizadas para a movimentação de cargas, devendo
ser obedecidas às mesmas regras do balancim quanto à sua identificação e capacidade de carga. Todos os elementos
devem também ser certificado e o proprietário dispor dos projetos construtivos.

Cintas
As cintas são fabricadas a partir de fibras sintéticas e possui uma ótima capacidade de carga, se analisarmos
seu peso. São bastante empregadas quando não existem cantos vivos e o material a ser içado não pode sofrer riscos ou
amassamentos. Para serem reconhecidas, as cintas de poliéster devem ter uma etiqueta azul. Por terem boa
elasticidade, resistência à luz, ao calor e aos ácidos solventes, as cintas de poliéster são as mais utilizadas no trabalho
portuário. Entretanto, sua fragilidade se manifesta quando em contato com produtos básicos, motivo pelo qual deve ser
evitado o seu contato com sabões. As cintas de poliamida têm a etiqueta de cor verde e são resistentes às bases. Sua
desvantagem é que absorvem muita umidade, fato que provoca uma redução na sua capacidade de carga. Cintas de
movimentação de polipropileno, de etiqueta marrom, têm uma baixa capacidade de carga e são pouco flexíveis, sendo
empregadas em alguns casos por sua resistência química. Quando utilizadas em terminais metálicos, estes devem ser
construídos de tal forma que seja possível se passar um pelo outro, a fim de fazer uma laçada.

Formas de Levantamento
As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro formas diferentes de levantamento
ilustrado.
Algumas cintas são especificamente designadas para serem utilizadas em somente um tipo de levantamento.
Para reduzir atritos e evitar cortes nas cintas, são utilizados revestimentos de materiais sintéticos resistentes a
elas ajustáveis, em especial os poliuretanos..
As inspeções visuais devem ser feitas periodicamente, com o objetivo de detectar avarias superficiais, tais como
cortes e outros danos. Entretanto, o mais importante é respeitar o tempo de utilização, observando a data de fabricação
que deve constar na etiqueta.

Envelhecimento
Devido ao envelhecimento das fibras, em especial quando usadas ao ar livre ou em banhos químicos, a data de
fabricação das cintas deve estar na etiqueta.
Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos usar revestimentos com materiais sintéticos
resistentes, em especial de poliuretano. Normalmente estes de perfis são ajustáveis à cinta.

1) Cinta movimentando bobina com proteção para canto vivo


2) Cinta de poliéster para elevação de cargas

Para utilização de cintas existem algumas regras especiais:


 Quando se eleva uma carga, o ângulo de abertura entre as pontas da cinta não deve ultrapassar 120º.
 Somente cintas com olhais reforçados podem ser utilizadas em laço.
 Para utilizar diversas cintas num travessão todas devem estar numa perna perpendicular para não haver esforço
maior numa das pernas.
 As cargas não podem ser depositadas sobre as cintas para que não sejam danificadas.
 Não se pode dar nó nas cintas.
 Após utilização em banhos químicos, as cintas devem ser neutralizadas e enxaguadas para que não haja
concentração química.

Segurança também requer Inspeção


As cintas devem ser examinadas em intervalos não superiores a duas semanas, quando usadas em
levantamentos gerais de diferentes tipos de cargas.
1º. Coloque a cinta em uma superfície plana com área apropriada.
2º. Examine os dois lados da cinta.
3º. Cintas tipo Anel devem ser examinadas em todo seu comprimento e perímetro.
4º. As alças dos olhais devem ser examinadas particular e cuidadosamente.
5º. Todo equipamento deve ser examinado somente por uma pessoa, designada para esta inspeção.

Itens para um levantamento seguro

a. Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações de peso e estabilidade.


b. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de elevação.
c. Uma operação suave e balanceada rende muito mais, além de evitar desgaste do equipamento e
acidentes.
d. Nunca use cintas avariadas.
e. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar uma fácil remoção, após o uso.
f. Não deixe a carga em contato direto com o piso. Coloque calços ao descarregá-la para melhor poder
elevá-la.
g. Não posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes.
h. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a “1”, de seção lisa e redonda.
i. Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo gancho.
j. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, verifique se o total do peso está bem
distribuído na tensão dos vértices da cinta.

Ganchos
As principais recomendações para a utilização dos ganchos são:
Todos os ganchos devem dispor de travas de segurança que impeçam a saída acidental do laço, da
linga ou do acessório de ligação durante a movimentação;

Os olhais, manilhas ou anelões com diâmetro estreito para o gancho, não devem ser usados neste caso, pois
provocam a deformação e destruição dos acessórios;
Os esforços devem ficar no assento do gancho, nunca em sua ponta;
Os ganchos devem ser substituídos quando houver deformação em sua abertura superior a 10%.

Diferentes travas de segurança para ganchos de guindar

Figura: Uso do gancho

Substitua os elementos de ligação quando:


 Houver deformação mecânica por amassamento, entalhamento e trincas;
 Houver deformação por abertura, torção ou amassamento.

Marcação de Carga Máximas


As informações sobre cargas máximas definidas nos ensaios do aparelho de içar e dos acessórios devem ser
indicadas de forma clara e visível.
Nos guindastes, a indicação pode ser pintada em seu corpo, com tinta resistente às intempéries, e escritas em
placas afixadas no interior da cabine para que o operador possa consultar quando necessário. Nos paus-de-carga, a
indicação geralmente é fixada junto à base, próxima à articulação.
Os acessórios devem trazer gravadas sua capacidade de carga e a data de fabricação. As lingas de cabo de aço,
correntes, cordas e cintas devem trazer placas indicando sua capacidade, data de fabricação e fabricante.
Os acessórios devem trazer gravadas sua capacidade de carga e a data de fabricação. As lingas de cabo de aço,
correntes, cordas e cintas devem trazer placas indicando sua capacidade, data de fabricação e fabricante

Manilhas
A manilha é um acessório utilizado tanto na movimentação quanto na fixação de cargas. É formada por duas
partes facilmente desmontáveis, que consistem em um corpo e um pino. As manilhas são classificadas quanto ao grau,
forma e tipo de pino.

Segurança e Inspeção de Cintas Condições de segurança


1. Conhecer o peso e o centro da gravidade da carga;
2. Verificar condições de embalagem ou de amarração da carga;
3. Se necessário, preparar proteções para cantos vivos;
4. Preparar local de destino;
5. Colocar o gancho de elevação perpendicularmente sobre o centro de gravidade da carga;
6. Não exceder as especificações técnicas;
7. Não sobrecarregar o sistema ou equipamento de elevação;
8. Posicionar a cinta corretamente na vaga;
9. Verificar se a carga está livre para movimentação;
10. Verificar o balanceamento da carga;
11. Utilizar ganchos com raio de apoio nunca inferior a um ø de 1´ de seção lisa e redonda;
12. Em longos percursos de movimentação ou para cargas assimétricas, utilizar guia não metálica na
condução;
13. Se a carga pender, baixá-la imediatamente;
14. Evitar a colocação de mais um par de cintas no mesmo gancho;
15. Operar a movimentação com suavidade, evitando movimentos bruscos;
16. Nunca utilize cintas avariadas (ver inspeções);
17. Sinalize o local de movimentação;
18. Avise a todos os envolvidos e todos que estiverem na área de risco;
19. Saia da área de risco;

Inspeções
A inspeção preventiva é de fundamental importância para a manutenção dos níveis de segurança e economia. As cintas
devem ser examinadas em intervalos regulares, dependendo da freqüência de uso, por pessoa treinada.

Cinta gasta por abrasão


Mesmo que os fios externos não cheguem a se romper, podem atingir um ponto de desgaste que diminui o coeficiente
de segurança da cinta, tornando seu uso precário à segurança. Em situações de desgaste excessivo por abrasão,
solicitar proteções.
Não utilizar cintas onde o desgaste por abrasão seja maior que 10% da espessura original da cinta.

Corte no sentido longitudinal


Ocorre geralmente quando a cinta é utilizada em contato com a área não plana da carga. Nunca utilizar cinta sem
proteção em carga que tenha a largura inferior à da cinta. Na ocorrência de corte no sentido longitudi nal, onde o corte
ultrapasse 10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de uso.

Corte no sentido transversal


Ocorre quando a cinta sofre tensão desequilibrada ou contato com cantos vivos, agudos ou abrasivos. Nunca utilizar
sem proteções a cinta em contato com cantos vivos, agudos ou abrasivos. Na ocorrência de corte no sentido transversal,
onde o corte ultrapasse 10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de uso.
Critérios básicos para inspeções de rotina
a. Colocar a cinta em uma superfície plana;
b. Examinar com atenção ambos os lados;
c. Examinar cuidadosamente os olhais;
d. Examinar cuidadosamente as proteções e os acessórios se houver;
e. Todo o pessoal envolvido com o uso e as inspeções deve ser treinado.
Cabos de Aço
O cabo de aço em si é um conjunto de pernas dispostas em forma de hélice, podendo ou não ter um centro ou
alma de material metálico ou de fibra, constituindo-se em um elemento flexível de transmissão de força.
A classificação de um cabo de aço é feita, geralmente, por um número que indica a quantidade de pernas que
compõem o cabo, outro que indica o número de arames existentes em cada perna e de letras que informam o tipo de
alma.

Especificação de Cabos de Aço


O item 29.3.5.23 remete os fabricantes de lingas utilizadas na área portuária à obediência às recomendações técnicas
das NBR 6327/83 – Cabo de Aço Para Usos Gerais; NBR 11900/91 – Extremidade de Laços de Cabo de Aço; NBR
13541/95 Movimentação de Carga – Laço de cabo de Aço; NBR 135442/95 - Movimentação de Carga – Anel de Carga;
NBR 13543/95 – Movimentação de Carga – Laço de Cabo de Aço – Utilização e Inspeção; e NBR 13544/95 –
Movimentação de Carga – Manilhas, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 65

Ex.: 6x37 AF, seria um cabo com 6 pernas de 37 fios e alma de fibra natural
ERRADO

ERRADO

CERTO

ERRADO

Os terminais deverão ser de aço estampado a quente em todos os tamanhos fabricados comercialmente.
Quando um cabo recentemente instalado estiver em operação durante uma hora, todas as porcas nos terminais de cabo
deverão ser apertadas novamente.

Inspeção e Substituição dos Cabos de Aço em Uso


Os cabos de aço devem ser inspecionados periodicamente para que possam ser substituídos antes de
apresentarem risco de ruptura. Os fabricantes recomendam a observação dos seguintes aspectos:

 - Número de arames partidos em um passo do cabo (6 fios partidos em um passo ou 3 fios em uma única
perna.)
Observar se as rupturas estão localizadas uniformemente ao longo do cabo ou se estão concentradas em uma ou duas
pernas. Neste caso há o perigo dessas pernas se romperem antes do cabo. Outro aspecto importante é se as rupturas
estão na parte externa, interna ou no contato entre as pernas. Segundo recomendações da AISI (American Iron and
Steel Institute), ver quadro XV. Ou ainda as recomendações do quadro XVI.

 - Arames gastos por abrasão (Redução de 1/3 do diâmetro do cabo) Observar se existe redução do diâmetro
do cabo pelo desgaste dos fios por abrasão. Este fato reduz o coeficiente de segurança do cabo, tornando perigoso seu
uso. Se este fato estiver associado ao de arames rompidos o cabo deve ser imediatamente retirado do serviço;

 - Corrosão (Oxidação, alma exposta)


Verificar o diâmetro do cabo em toda sua extensão, pois uma redução pode significar decomposição da alma de fibra,
mostrando que pode não haver mais a lubrificação interna. A corrosão interna representa um grande perigo já que suas
evidências podem estar escondidas pelo aspecto externo;
 - Maus tratos e nós
Observar o aparecimento de nós ou outras anomalias que possam acarretar um desgaste ou ruptura prematura do cabo,
principalmente próximo às fixações.

Vale lembrar que a inspeção visual de um cabo se sobrepõe a qualquer norma ou método de substituição das
lingas. Os cabos danificados devem ser destruídos para que não sejam reutilizados. Por exemplo: cabos de 40 toneladas
utilizados em movimentação de cargas de 20 toneladas.

Lubrificação de Cabos de Aço


Para prevenir a corrosão externa dos cabos de aço, recomenda-se a sua lubrificação periódica, bem como dos
laços feitos com cabos de aço. A boa lubrificação protege contra a corrosão e aumenta a durabilidade do cabo. Para
essa operação, nunca use óleo queimado. Prefira os lubrificantes especialmente desenvolvidos para esse fim.

Exemplos de lubrificação:
 Com pincel;
 Com estopa;
 Por gotejamento ou pulverização.

Qual é a hora de substituição do cabo


Se os arames rompidos visíveis atingirem 6 fios em um passo ou 3 fios em uma perna; se aparecer corrosão
acentuada no cabo; se o cabo apresentar um desgaste acentuado na sua medida original; se houver danos por alta
temperatura ou qualquer outra distorção no cabo (como: dobra, amassamento ou "gaiola de passarinho") será
necessário substituí-lo por um novo

OBS: esta deformidade é crítica impedindo desta forma a continuidade do uso do cabo de aço

Manutenção Preventiva Periódica


Os equipamentos e seus componentes foram projetados e fabricados com um fator específico de segurança.
Entretanto, todas as máquinas começam a sofrer desgastes desde o primeiro dia em que entram em operação. Este
processo de desgaste continua, inevitavelmente, até que, em algum momento do futuro, a máquina não será mais capaz
de suportar sua carga de serviço original podendo ocorrer quebras ou falhas. Por isso, é necessário que todas as partes
sujeitas a desgastes ou defeitos sejam regularmente inspecionadas, consertadas ou substituídas, conforme o plano de
manutenção indicado pelas normas técnicas. As Nornas determinam que as máquinas somente devem ser acionadas
para o trabalho, quando estiverem em perfeitas condições de uso .
Os setores de manutenção das empresas que fornecem os equipamentos utilizados nas operações portuárias
devem seguir as recomendações definidas no manual técnico do fabricante.
Para um controle eficiente da manutenção, devem ser anotados em uma ficha específica todos os serviços
realizados em cada equipamento, onde ficará registrado seu histórico. Os agentes de órgãos oficiais terão acesso a
estes documentos que serão comprobatórios da manutenção realizada.

Inspeções
Os equipamentos certificados devem ser inspecionados de doze em doze meses, por técnico competente, que
deve obrigatoriamente verificar: guinchos, cabos, freios, etc.
Nova certificação deve ser realizada a cada quatro anos, quando sondagens a martelo, raspagens de pintura e
controles mais sofisticado, tais como ultra-som, raios-X ou gama, poderão ser empregados para demonstrar a situação
das soldas e das estruturas do aparelho. Os acessórios devem sofrer inspeções freqüentes.

Risco Ambientais

As Causas dos Acidentes


As situações que podem provocar um acidente são as mais variadas possíveis. Em geral, podem contribuir para
a ocorrência dos acidentes mais de uma situação ou fator de risco, veja definição em 2.5.3. Daí a necessidade de que a
comissão investigadora saiba fazer as perguntas certas para obter as respostas adequadas para as possíveis causas de
um acidente.
Geralmente as investigações param em seu início, quando se identifica a causa final de uma falha que causou o
acidente. No entanto, esta é uma solução simplista para se detectar as causas dos acidentes, que na verdade se
encadeiam numa série de fatores interligados que também devem ser estudados, a fim de eliminar as falhas geradoras
do fator de risco.
Como exemplo, podemos imaginar a seguinte situação: um trabalhador elevando uma carga e sofre uma queda
e quebra um braço. Quais poderiam ser as causas deste acidente? O trabalhador tropeçou em algo ou escorregou no
piso por que havia óleo derramado? Ele estava calçado adequadamente? Estava caminhando normalmente ou corria?
Há quantas horas estava trabalhando? Fazia hora extra? O trabalho é fatigante? Qual era o ritmo de trabalho? A
produção do terno estava dentro da media normal? Qual foi a última vez que o trabalhador se alimentou?
A investigação não pode terminar somente com o levantamento das situações que contribuíram para que o
acidente ocorresse. É necessário estudar também por que estas falhas ocorreram. Por que o serviço continuou após o
derrame do óleo? Quem é o responsável por providenciar a limpeza? Por que o trabalhador não utilizava o calçado de
segurança? Quem faz a escalação ou o programa de horas extras? Sem estas perguntas, as recomendações de
segurança não poderão ser feitas com maiores detalhes.
Em vez de somente dizer que o trabalhador deve ter mais cuidado ou uma situação deve ser corrigida, a
comissão poderá detectar problemas no gerenciamento do programa de prevenção de acidentes, indicando quais os
procedimentos falhos ou ausentes.
Antigamente, era muito comum o uso dos conceitos de Condição Insegura ou Ato Inseguro para definir as
causas de acidentes. Estes conceitos estão ultrapassados do ponto de vista técnico e não devem ser mais utilizados.
Modernamente, se utiliza o conceito de fator de risco presente no ambiente de trabalho.

Normas de segurança nas operações com ponte rolante


São muitas as situações de risco nas operações com a ponte rolante, que devem ser do conhecimento de todas
as pessoas envolvidas na área. As normas de segurança devem ser seguidas pelo bom operador e copiadas pelos seus
auxiliares, supervisores e todas as pessoas envolvidas.

Comunicação entre Operador e Movimentador


A movimentação de carga é normalmente uma operação que envolve mais de uma pessoa, ou seja, é um
trabalho de equipe. Quando temos mais de um movimentador, que está envolvido no processo de movimentação, um
deles deverá ser eleito para sinalizar ao operador. Ele será responsável pela operação e somente ele pode sinalizar
após verificar se os outros movimentadores deixaram a área de risco e se a Linga está bem colocada
Ambos os movimentadores sinalizam ao
operador, porém com

diferentes intenções.
Neste caso o operador não deve fazer nada

Este é o procedimento correto, penas um movimentador


sinaliza ao operador. Apenas aquele escolhido antes do
processo de
movimentação em conjunto com o operador

Normas de Segurança nas operações com ponte rolante


As normas de segurança devem ser seguidas pelo bom operador e copiadas pelos seus auxiliares, supervisores e
todas as pessoas envolvidas.
a. - Procure chegar à área pouco antes do início de seu turno;
b. - O primeiro operador do turno deve fazer uma rápida inspeção visual das situações gerais;
c. - Informe-se sobre as condições da máquina que irá operar;
d. - O primeiro operador do turno deve verificar o checklist;
e. - Qualquer dúvida contate seu supervisor;
1. - Faça uma inspeção visual ao longo do barramento, certificando-se da inexistência de algo ou alguém na área
de movimentação da ponte e do carro;
2. - Inspecionem os acessórios dispostos na máquina (cabos, correntes, cintas, etc.);
3. - Inspecione as condições gerais de limpeza; 9 - Teste o sistema de freios;
4. - Conscientize-se da localização para içamento e arriamento de cargas em movimento;
5. - Analise a maneira melhor e mais segura para mover as cargas;
6. - Antes de efetuar o içamento da carga, faça uma verificação confirmando se o sistema de guincho comporta tal
peso;
7. - Procurem deslocar a carga, sempre que possível, o mais próximo do piso (aproximadamente 50 cm);
8. - Todas as cargas devem ser acomodadas no local determinado e de modo suave, fácil de serem removidas,
com segurança, sem risco de quedas;
9. - Só faça o içamento da carga se o gancho e o cabo de aço estiverem no prumo com o sistema de guincho;
10. - Ao levantar uma carga, por mais leve que seja, faça-o de modo suave, sem brusquidão;
11. - Não pratique reversão no mecanismo tracionário da ponte, mesmo que seja para teste;
12. - Não pratique qualquer movimento da ponte se houver alguma pessoa na sua faixa operacional;
13. - Caso o sistema de alimentação elétrica do barramento esteja bloqueado por algum motivo, só o energize
depois de informar-se da razão;
14. - Para acomodar cargas sobre carrocerias, mezaninos, cavalete, dispositivos, faça operações lentas e seguras;
15. - Pare totalmente de operar a máquina se alguém do piso estiver gritando para lhe chamar a atenção;
16. - Acompanhe as revisões ou manutenções da máquina; 23 - Evite conflitos com o pessoal do piso;
17. - Não pratique, não aceite, não permita, não acompanhe outras pessoas leigas ou não autorizadas ao trabalho
na ponte;
18. - Acompanhe, alerte e insista na programação prevista para revisões coordenadas da máquina. Cobre a
manutenção da assessoria técnica ou da supervisão;
19. - Cabos, correntes, cordas, cintas, argolas com problemas ou suspeitas exigem manutenção e testes indicados
pelo fabricante;
20. - Todos os acessórios intermediários entre a ponte e a carga são obrigatoriamente inspecionados e testados
periodicamente;
21. - Nunca exceda o peso máximo indicado na própria unidade;
22. - Devido ao risco de acidentes fatais e grandes perdas na movimentação de carga com ponte rolante, não altere
as condições do equipamento, fornecidas após testes técnicos e de segurança;
23. - Nunca improvise nas operações da ponte rolante;
24. - Procure a colaboração da supervisão e colabore com ela;
25. - Mantenha seu supervisor informado das condições reais da máquina;
26. - É responsabilidade que o operador responder pela máquina em uso durante seu turno de trabalho;
27. - Mesmo que seja do conhecimento do operador, a manutenção da máquina só poderá ser realizada pela
assistência técnica responsável;
28. - Se a máquina não oferecer condições de trabalho, não assuma responsabilidades, a não ser autorizado por
escrito pelo superior de maior hierarquia e depois de tomadas as devidas medidas de segurança para evitar
acidentes pessoais;
29. - Só eleve a carga quando a mesma estiver pendurada de forma bem presa ao sistema de guincho e em total
segurança;
30. - Nunca deixem a carga suspensa pela ponte ao sair (troca de turno, almoço ou outras situações);
31. - Evite saídas e paradas bruscas, pois causam danos as rodas, trilhos, redutores, estruturas, alinhamento e
edificação;
32. - Em trabalhos em áreas abertas, esteja atento para as intempéries: proteja a carga e a si próprio;
33. - O operador deve ser elemento conhecedor, preparado e autorizado para avaliar operacionalmente o
profissional, a área a máquina e a carga. Evitem saídas e paradas bruscas, pois causam danos às rodas, trilhos,
redutores, estruturas, alinhamento e edificação;
34. - Poderá haver o bloqueio dos botões de comando nas guias de contato. Fique atento à chave geral.
35. Ex: Pontes 1 e 2 - as chaves se encontram na coluna B-03. Pontes 3 e 4 - as chaves se encontram na coluna C-
03. Pontes 5, 6, 7 e 8 - as chaves se encontram na coluna E-03.
36. - Ao mover cargas, utilize equipamentos de segurança adequados;
37. - A ponte rolante deve receber lubrificação geral semanalmente;
38. - Observe sempre as normas de segurança, para sua proteção e a do equipamento.

Recomendações de Segurança.

Antes do içamento:
1. O peso da carga a ser levantada deve ser verificado. Se o peso não estiver marcado no corpo da carga, esse
deve ser confirmado pela pessoa responsável pela operação;
2. Conhecendo-se o peso da carga e do aparelho auxiliar (spreader, cambão, etc.) verificar se o equipamento de
guindar e a linga são compatíveis com o peso a ser movimentado;
3. Assegurar que o laço a ser utilizado esteja adequado à carga a ser içada. Este cuidado deve ser tomado para
que não haja danos à carga e a linga;
4. As lingas devem ser inspecionadas para ter assegurado suas boas condições, sendo descartadas e substituídas
imediatamente em caso de danos, conforme recomendações indicadas no capítulo sobre lingas;
5. Não permitir que haja materiais soltos sobre a carga a ser içada;
6. Assegurar que a carga fique balanceada com a colocação dos laços nos pontos indicados previamente. Caso os
pontos não estejam marcados na carga, deve-se utilizar a posição do centro de gravidade;
7. O método escolhido para içamento deve impedir que haja escorregamentos. Convém que os acessórios de
ligação com a carga (ganchos ou manilhas) sejam posicionados acima do centro de gravidade;
8. Caso a carga seja composta por várias peças ou elementos, como tubos e palanquilhas, deve-se procurar juntá-
las através de cintamento;
9. O laço não deve ser fixado no elemento de amarração de carga, exceto quando este for certificado para este fim.

Durante a fixação do laço:


1. Os laços devem estar livres de qualquer tendência de formar nós;
2. Os olhais devem estar adequadamente assentados na cela do gancho, sem excessos;
3. O ângulo entre laços, no conjunto de laços, não deve exceder aquele para o qual o conjunto de laços foi
projetado e marcado;
4. O laço não deve ser dobrado através de cantos vivos que possam danificá-lo ou reduzir a sua resistência.
Quando necessário, devem ser utilizadas calhas ou outros acessórios para arredondar os cantos vivos.
Figura: Os ramais e os ângulos

- Durante a movimentação:
1. . Não deve haver nada que impeça o livre movimento da carga. Por exemplo: parafusos ou juntas segurando a
carga;
2. . Não deve haver obstáculos, como cabos ou tubos que possam ser abalroados. A altura deve ser suficiente para
o levantamento;
3. . Todas as pessoas envolvidas na operação devem poder se ver e se comunicar;
4. . Todo o pessoal deve estar afastado da carga. Caso contrário, cuidados especiais devem ser tomados antes de
ser iniciado o levantamento e o controle dos movimentos da carga;
5. . Quando o içamento for realizado de sobre a carroceria de um veículo, deve ser disponibilizada.uma plataforma
de trabalho contra o fluxo de carga para que os trabalhadores se posicionem.antes do içamento;
6. . Não deve haver exposição de pessoas às cargas suspensas;
7. . A carga deve estar balanceada;
8. . A carga deve ser levantada ou abaixada uniformemente;
9. . O laço não deve ficar preso sob a carga; devem ser utilizados calços para não danificar os laços;
10. . Os laços não devem ser arrastados;
11. . O guindaste deve ser utilizado para içar sempre na vertical; não deve ser utilizado para puxar a linga ou cargas
dos cantos (fora de boca);
12. . Toda a operação de guindar deve ser feita através de comunicação entre o pessoal de terra e o operador do
aparelho de guindar, seja através de rádio ou por sinais de mão;
13. . O sinaleiro, o operador do guindaste e o responsável pela operação devem ser capacitados no código de sinais
de mão para içamento de cargas.

EPI’s - Equipamento de Proteção Individual

Equipamento de proteção é toda medida ou dispositivo que pode reduzir ou eliminar uma condição insegura de trabalho.
Pode ser:
Coletivo (EPC) - permite uma ambiente de trabalho seguro para todos indistintamente.

Exemplos: exaltares de gases e vapores, proteção em escadas, corredores, esteiras, esmeril,


máquinas, etc.

Individual (EPI) - protege apenas a pessoa que opera o equipamento ou utiliza o EPI.
Exemplos: máscara, capacetes, etc.
Tipos de EPI’s
Proteção para:
Ouvidos: em trabalhos em que o ruído é intenso.
Mãos e Braços: em trabalhos com produtos químicos; materiais cortantes, pesados, quentes, ásperos, com eletricidade;
solda elétrica, etc.
Pernas e Pés: em operações de soldagem; com líquidos corrosivos; em ambientes úmidos; onde haja risco de cortes,
escoriações, choques, etc.
Prevenir Quedas: em lugares altos ou com risco de queda por desequilíbrio.
1. Exercício- Movimentação de materias
Ponte Rolante ( ) Pré Teste ( ) Pós Teste
Nome - Data - / /

1. – Cabo de aço é um conjunto de arames torcidos e estirados?


a. ( ) Verdadeiro
b. ( ) Falso
2. – A parte central do cabo de aço é chamada de perna
a. ( ) Verdadeiro
b. ( ) Falso
3. – Se uma peça que vai ser transportada tiver cantos vivos, devemos colocar proteção para não danificar
os cabos ou as cintas de sustentação?
a. ( ) Verdadeiro
b. ( ) Falso
4. – Ao transportar uma peça devemos erguer o mais alto possível do piso?
a. ( ) SIM, porquê senão a peça pode bater em outros equipamentos.
b. ( ) Não, só o suficiente para não bater em outros equipamentos.
5. – Todos os ganchos para elevação de peças devem possuir trava?
a. ( ) Verdadeiro
b. ( ) Falso
6. – A alma de um cabo de aço pode ser de aço, de fibra, e de nylon?
a. ( ) Verdadeiro
b. ( ) Falso
7. - Quais os movimentos de uma ponte rolante.
a. ( ) vertical, transversal e longitudinal.
b. ( ) vertical, lateral e longitudinal.
c. ( ) vertical, transversal e lateral.
8. -Para que serve o carrinho ou o trole da ponte rolante?
a. ( ) Movimentar a carga no sentido vertical.
b. ( ) Movimentar a carga no sentido transversal.
c. ( ) Movimentar a carga no sentido longitudinal.
9. - A pessoa que vai engatar uma carga tem que ter uma boa comunicação com o operador da ponte
rolante?
a. ( ) Verdadeiro
b. ( ) Falso
10. – Devemos assobiar no momento em que fazemos sinais para o operador da ponte ou guincho?
a. ( ) Verdadeiro
b. ( ) Falso
MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAS
Ponte Rolante ( ) Pré Teste ( ) Pós Teste
Nome - Data - / /

1. Na sua opinião, como deverá agir um operador da ponte quando surge um defeito mecânico ou elétrico?
a. Avisar o seu supervisor
b. Solicitar auxilio de qualquer outro colega
c. Tentar resolver o problema sozinho
2. Todo e qualquer reparo da ponte deverá ser efetuado
a. Pelo próprio operador
b. Por qualquer mecânico
c. Somente pela oficina de manutenção
3. Para o operador de ponte, a “Atenção” é um fator:
a. Muito importante
b. Importante em algumas situações
c. De pouca importância
4. Qual a precaução que o operador deve tomar quando tiver que transportar uma carga, acima da
capacidade da máquina?
a. Tentar transportar assim mesmo
b. Adicionar contra o peso na máquina e transportar
c. Não transportar
5. A capacidade de carga da ponte é reconhecida em virtude de:
a. Orientação da chefia
b. Ter capacidade de carregar um enorme fardo
c. Estar maçado no próprio equipamento
6. Os cabos de aço aplicado em uma carga, oferecerão mais resistência quando:
a. Em ângulo de 30º
b. Em ângulo de 45º
c. Em ângulo de 60º
7. Os avisos de segurança servem para:
a. Atrapalhar o serviço do operador
b. Confundir a operação
c. Orientar o operador
8. O cabo de aço 6x19 a sua estrutura e constituído por:
a. 6 arames e 19 pernas
b. 6 almas de fibra e 19 pernas
c. 6 pernas e 19 arames
9. Quais são as principais observações que o operador deve fazer numa inspeção dos cabos de aço.

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