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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

QUIMICA - LICENCIATURA

SÃO PAULO – SP
NOVEMBRO/2021
NATUCHA TAMOARA DE SOUZA

A MULTICULTURALIDADE BRASILEIRA INSERIDA


ATRAVÉS DO ENSINO BÁSICO

SÃO PAULO – SP
NOVEMBRO/2021
INTRODUÇÃO

A charge abaixo fez parte da questão 26 da Prova do Curso de Letras do ENADE


2017 Analise com atenção, pois nos traz muitas reflexões acerca da importância
da Didática.

Ao analisar a charge acima, realize as atividades a seguir:


1. Faça uma breve discussão sobre a importância do conhecimento prévio do aluno
para o processo de ensino e aprendizagem. Utilize como base o texto disponível em
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/39/conhecimentos-previo-
dosdiscentescontribuicoes-para-o-processo-de-ensino-aprendizagem-baseado-em-
projetos

2. Imagine que a professora da charge faltou ao trabalho hoje e você foi solicitado
para assumir a turma e continuar o trabalho do conteúdo que essa professora está
ministrando na charge. Pense em como faria essa aula e responda:

a) Quais atividades faria com os alunos?

b) Como os avaliaria?
c) Como responderia as considerações realizadas pelos alunos, no quadro 2 da
charge?
DESENVOLVIMENTO

No processo de aprendizagem, não deve haver professor que inicie a


abordagem de um conteúdo sem antes descobrir o que sua turma conhece sobre o
que será tratado. Apesar de comum nos dias atuais, a prática estava ausente da rotina
escolar até o início do século passado. Foi Jean Piaget (1896-1980) quem primeiro
chamou a atenção para a importância daquilo que, chamou-se de conhecimento
prévio.

Fazer funcionar essa prática didática, não é apenas uma escolha que reflete
aos professores, é muito mais que isso. O conhecimento prévio possibilita a relação
do aluno com o que será ensinado e deve ser aproveitado pelo docente no decorrer
do processo. E como podemos fazer isso de forma significativa?

É importante reiterar que a aprendizagem significativa se caracteriza pela interação


entre conhecimentos prévios e conhecimentos novos, e que essa interação é não
literal e não arbitrária. Nesse processo, os novos conhecimentos adquirem significado
para o sujeito e os conhecimentos prévios adquirem novos significados ou maior
estabilidade cognitiva.
A aprendizagem é o processo pelo qual se obtém conhecimentos, assimila,
transforma habilidades, comportamentos e valores. Isso ocorre a partir do estudo ou
da experiência própria, de maneira que, pode ser mediado por alguém como acontece
nas instituições de ensino. Professores eventuais capacitados são de extrema
importância na formação dos estudantes, de modo que, começar a integrar o aluno
perguntando seu nome, sua história, fazer com que se sintam parte do ensino através
de temas facilitadores, como o que cada um pensa sobre amor e ouvi-los, é de suma
importância, com o objetivo de desfazer a tensão inicial e propiciar um ambiente
menos frio ou formal, para que a conversa se inicie e avance de forma agradável. Em
seguida, ler algo como o livro “Amor não tem cor”, de Giselda Laporta Nicolelis.

Num segundo momento, buscar identificar os conhecimentos prévios e as


dificuldades de uma forma dialógica, fazendo com que isso possibilite verificar o que
os alunos conhecem sobre um determinado conteúdo e como orientá-los de forma
com que as atividades futuras possam ajudá-los em suas dificuldades. Quando um
aluno se manifesta com uma postura ativa, assim como Mariana e Raimundo na
charge, deve-se ouvi-lo, pois, toda experiência e conhecimento agrega, porém, com
uma abordagem diferente, assim despertaria confiança e motivação para que os
demais possam participar igualmente. É importante que os educadores tenham
responsabilidade e saibam como interagir com seus alunos, deixar que eles participem
das aulas é essencial para despertar a curiosidade e desinibi-los.

Freire (1996 p.39) diz que:

“É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se


pode melhorar a próxima prática”
CONCLUSÃO

Paulo Freire inicia a Pedagogia do oprimido dialogando a respeito do medo da


liberdade, um medo ao qual não tem consciência quem o têm. No caso dos
opressores, há até aqueles que se dizem a favor da liberdade, porém buscam uma
justificativa para negá-la aos que oprimem. Sua temeridade é, em suma verdade,
comprometer seu “prestígio”.
Em relação aos oprimidos, que acabam pensando e se comportando de acordo
com o que lhes preceituam os opressores, a liberdade constituiria na substituição da
prescrição dos opressores por outro conteúdo, de modo que este conteúdo seria
elaborado pelos próprios oprimidos, agora independentes.
Desta forma, o ser teme a liberdade, pois prefere a estabilidade, mesmo
avessa, a uma liberdade arriscada, circunstância à qual não se sente preparado.
Freire deixa uma mensagem importante aos educadores que desejam plantar a
semente de uma proposta pedagógica ética: “A prática de pensar a prática é a única
forma de pensar certo”.
REFERÊNCIAS:

NICOLELIS, Giselda Laporta, Amor Não Tem Cor: FTD. São Paulo, 2002.

FREIRE, Paulo, A Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários a Prática. Paz e


Terra. São Paulo, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

MOREIRA, M. A. O que é aprendizagem significativa? In: MOREIRA, M.A.


Aprendizagem significativa: a teoria e textos complementares. São Paulo: Editora
Livraria da Física, 2011.

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