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Ecologia do Saber: o caso da análise combinatória em livros didáticos do

ensino básico.

Marcos André Pereira de Melo1

GD3 – Educação Matemática no Ensino Médio


Resumo do trabalho. Essa pesquisa de doutorado em andamento tem por objetivo analisar a ecologia do saber
análise combinatória em livros didáticos do ensino básico antes e após os PCN. Pra responder nossas
indagações faremos uma análise dos fenômenos didáticos que emergem sobre o saber Análise Combinatória
no ecossistema noosferiano tomando como aporte teórico a teoria da transposição didática e teoria
antropológica do didático de Yves Chevallard.

Palavras-chave: Ecologia do Saber. Teoria Antropológica do Didático. Análise Combinatória.

1. Justificativa

O interesse em pesquisar o saber análise combinatória emergiu pelas discussões que


vem se tendo em torno desse saber no âmbito da educação matemática e a escolha de focar
os livros didáticos nasceu por esse ainda ter um olhar mais tímido do que os outros focos
de pesquisas realizadas a nível acadêmico.

Nos trabalhos escritos sobre esse saber é inquestionável, entre os educadores


matemáticos, que ele seja bem tratado na educação básica, pois é de grande relevância em
diversas áreas, tais como: Geologia, Química, Gestão Empresarial, Informática e
Engenharia. Além disso, esse saber se constitui também como ferramental em outros ramos
da Matemática e chamam atenção que se o aluno não entende a Análise Combinatória,
provavelmente terá dificuldade para resolver determinados problemas em probabilidade,
pois muitos modelos de distribuição de probabilidade são expressos por meio de operações
combinatórias, por exemplo, a distribuição binomial.

A importância desse conteúdo é também reforçada pelos Parâmetros Curriculares


Nacionais (PCN) ao sugerirem o estudo da Análise Combinatória em todo o Ensino
Básico, por meio de exploração dos diferentes tipos de problemas de contagem desde os
anos iniciais do Ensino Fundamental.

1
Universidade Federal de Pernambuco, e-mail: marcosmelo2003@gmail.com, orientador: Marcelo Câmara
dos Santos.
Por outro lado o estudo da Análise Combinatória ainda se constitui como um
desafio tanto para aquele que ensina quanto para aquele que aprende como mostram as
pesquisas levantadas por nós nesse campo do saber relacionadas ao processo de ensino-
aprendizagem, ao raciocínio combinatório dos alunos, à formação/saberes docente e ao
Livro Didático.

As pesquisas que levantamos desenvolvidas em Pós-graduação revela para nós que


ainda há muito por fazer a respeito do saber Análise Combinatória principalmente sobre o
Livro Didático (LD), pois como diz Carvalho, Lima, Gitirana e Mandarino (2007), não se
pode negar que este se constitui ainda na mais forte referência para a prática docente, como
ressaltado por Mansutti (1993).

Vale ressaltar ainda que diante do que os PCN têm provocado nos educadores e
instituições de ensino básico no que tange às orientações dadas no sentido de defender uma
proposta de currículo em espiral, isto é, não linear, ou seja, tais orientações sugerem alguns
ajustes na seleção e distribuição dos conteúdos ao longo dos anos da Educação Básica
como é o caso da análise combinatória e isso vieram a se reverberar nos livros didáticos.

Esse fato nos impulsiona a questionar: como está sendo tratado o conjunto de
transformações que vêm sofrendo o saber “análise combinatória” após os PCN nos LD de
matemática? Pois para que certo saber seja distribuído ao longo de toda Educação Básica é
preciso que ele passe por um conjunto de transformações adaptativas.

Para responder a esse questionamento recorremos a Teoria da Transposição


Didática (TTD) de Yves Chevallard (1991), que trata do estudo das modificações que se
fazem nos saberes desde o momento que é produzido pela comunidade científica até o
momento que tais saberes chegam à sala de aula como saberes ensinados.

Porém, fazer uso da TTD é olhar para a noosfera onde ocorre a primeira etapa da
Transposição Didática (TD), chamada de transposição didática externa. É na noosfera, que
envolve a comunidade responsável por estabelecer o que deve ser ensinado na escola, que
focaremos nossa pesquisa, mais precisamente nos documentos oficiais e em livros
didáticos.

Surge então uma segunda questão: como estudar a transformação por que passa o
saber análise combinatória no processo de transposição didática?
Para responder essa questão e aprofundar nossa análise em relação ao saber "análise
combinatória" recorreremos à Teoria Antropológica do Didático (TAD) que, segundo
Chevallard (apud Araujo, 2009) permite descrever e estudar as condições de existência dos
objetos dos saberes nas instituições de ensino, em nossa pesquisa, nos documentos oficiais
e em livros didáticos.

Segundo Bosch e Chevallard (apud Araujo, 2009), a TAD foi construída para
ampliar o campo de análise decorrente da TD, ao permitir analisar as transformações que
se fazem nos objetos de saberes a ensinar no interior de determinada instituição.
Chevallard (1999) desenvolveu a noção de praxeologia que se ancora nos conceitos de
tipos de tarefas a realizar, de técnicas mobilizadas para realizar os tipos de tarefas, de
tecnologias que explicam ou justificam as técnicas e de teorias que fundamentam as
tecnologias (propriedade matemática). Chevallard (1999) considera que esses quatro
elementos fornecem uma grade que permite analisar e “modelizar” as atividades
matemáticas.

Desse modo surge um terceiro questionamento: como estão caracterizadas as


praxeologias nos livros didáticos de matemática da Educação Básica antes e após os PCN
sobre o objeto do saber Análise Combinatória?

Isso nos remete a um olhar minucioso para a ecologia do saber: o caso da Análise
Combinatória na educação básica, pois a problemática ecológica se apresenta de imediato,
como um meio de questionar o real. O que existe, e por quê? Mas, também, o que não
existe, e por quê? E o que poderá existir? Sob que condições? Inversamente, sendo dado
um conjunto de condições, quais objetos foram conduzidos a viver? Ou, ao contrário, quais
foram impedidos de viver nestas condições? (Artaud, 1997, apud Bosch; Chevallard,
1999).

Nosso estudo estará voltado para o ecossistema noosferiano, mais precisamente


para análise dos PCN, LD, Guia de LD, entre outros, instituições que podem revelar as
possíveis transformações que sofre o saber Análise Combinatória no processo de
transposição didática.

Desse modo, tomando por hipótese que os documentos oficiais influenciam os


autores de LD, surgem nossas últimas indagações: como "sobrevivia" o saber Análise
Combinatória antes dos PCN? Como esses documentos oficiais influenciam os autores de
LD quanto ao saber Análise Combinatória?
Por entendermos que é no LD onde se encontra o saber escolar e que por muitas
vezes é a verdadeira fonte para o professor e para o aluno, acreditamos que analisar o
conteúdo de Análise Combinatória nos LD da Educação Básica é de suma importância
para a compreensão do processo de ensino e aprendizagem desse saber.

3. Fundamentação Teórico-metodológica.

Como já dissemos, essa pesquisa em andamento nasceu a partir do levantamento de


alguns trabalhos acadêmicos que investigaram o saber escolar Análise Combinatória em
diferentes focos: processo de ensino-aprendizagem, formação docente, raciocínio
combinatório dos alunos e Livro Didático.

Nesse estudo estamos fazendo a opção de analisar livros didáticos de matemática da


Educação Básica produzidos antes e depois da publicação dos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN), pois antes dos PCN esse saber habitava de forma declarativa no Ensino
Médio e com o surgimento dos PCN passou a habitar toda Educação Básica.

Para tanto, fundamentaremos nossa análise na Teoria da Transposição Didática


(TTD) de Yves Chevallard (1991), que trata do estudo das modificações que se fazem nos
saberes desde o momento que é produzido pela comunidade científica até o momento que
tais saberes chegam à sala de aula como saberes ensinados.

Chevallard (1989b, apud Araujo (2009)) afirma que um saber não existe “num
vácuo”. Todo saber aparece em determinado momento e em uma determinada sociedade, e
mais: Todo saber é saber de uma instituição; Um mesmo objeto do saber pode viver em
instituições diferentes; Para que um saber possa viver em uma instituição, é necessário que
ele se submeta a certo número de exigências, o que implica necessariamente que ele se
modifique, senão ele não pode se manter na instituição.

Nossa pesquisa focará na Transposição Didática Externa (TDe), que segundo


Chevallard (1991, apud Brito Menezes 2006), consiste na transformação do saber sábio a
um segundo nível do saber, o saber a ensinar. Esta por sua vez, consiste basicamente em
transpor o saber sábio, designado pela “noosfera” (“escondida”, “não-visível”), segundo
Brito Menezes (2006), recorrendo a Chevallard (1991), onde ocorre passagem dos saberes
científicos em saberes a ensinar, apresentados em livros e manuais didáticos, de maneira a
torná-lo acessível aos alunos.

Por tudo que discorremos até o momento e pela importância do livro didático tem
tanto para o aluno quanto para o professor é que avaliamos a pertinência dessa pesquisa em
analisar a ecologia do saber Análise Combinatória no ecossistema noosferiano acima
definido.

Em nossa pesquisa recorremos também a uma outra teoria, a Teoria Antropológica


do Didático (TAD) que está relacionada à ecologia dos saberes. Nesse sentido, a TAD se
interessa pelas condições sob as quais determinado saber vive em uma instituição, que
segundo Chevallard pode ser um país, uma escola, um livro didático, etc.

Essa teoria parte do postulado que qualquer atividade humana põe em prática uma
organização, denominada por Chevallard (1998), de praxeologia, ou organização
praxeológica, simbolizada pela notação [T, t, θ, Θ].

Chevallard (1990) define dois tipos de praxeologia ou organização praxeológica. A


organização matemática ou praxeologia matemática que é uma praxeologia relativa às
atividades matemáticas, que é construída em torno de tipo de tarefa (T), de técnica (t), de
tecnologia (θ) e de teoria (Θ). A outra é definida como organização didática ou praxeologia
didática que busca respostas às questões de como estudar.

Araujo (2009) recorrendo a Chevallard explica que a (re)construção de uma


determinada praxeologia matemática não se realiza de maneira única, na medida em que os
momentos didáticos (distinguidos em seis momentos), podem se realizar de diferentes
maneiras em uma determinada praxeologia didática e numa ordem arbitrária, isso porque
eles são, primeiramente, uma realidade funcional de estudo antes de serem uma realidade
temporal.

Acreditamos que esse referencial teórico é adequado para nos ajudar a responder as
nossas indagações. Isto é, ele nos permite fazer análises das organizações praxeológicas
nos documentos oficiais e nos livros didáticos de matemática da Educação Básica,
instituições que se encontram no ecossistema noosférico, para saber como sobrevivia e
como passou a sobreviver o saber Análise Combinatória, nessas instituições, antes e após a
publicação dos PCN.
4. Revisão da literatura

Como já dissemos, esse projeto nasceu a partir de nosso levantamento de alguns


trabalhos acadêmicos que investigaram o saber Análise Combinatória em diferentes focos:
processo de ensino-aprendizagem, formação docente, raciocínio combinatório dos alunos e
Livro Didático.

Pessoa (2009) sugere que os tipos de problemas de contagem (produto cartesiano,


arranjo, permutação e combinação), ou seja, que esses tipos de tarefas sejam trabalhados
em todo Ensino Básico envolvendo diferentes técnicas: listagem, árvores de possibilidades,
princípio fundamental da contagem e que as fórmulas sejam sistematizadas no Ensino
Médio, Silva (2010) aponta em seu estudo que crianças pequenas podem mostrar o início
do raciocínio combinatório o que se faz pensar na possibilidade de ensinar esses problemas
desde cedo nas escolas e Lima (2010) ao pesquisar alunos da Educação de Jovens e
Adultos constatou que na medida em que ia avançando a escolaridade dos alunos também
avança nos desempenhos com relação à compreensão dos significados dos problemas de
combinatória.

Os trabalhos desenvolvidos por Sturm (1999), Esteves (2001), Rocha (2002),


Dornelas (2004), Rocha (2006) e Pessoa (2009) destacam a relevância da técnica do
princípio fundamental da contagem para o desenvolvimento do raciocínio combinatório.
Enquanto que Esteves (2001) e Sabo (2010) apontam pra o desenvolvimento do raciocínio
recursivo e indutivo como elementos essenciais para o desenvolvimento do raciocínio
combinatório.

Pinheiro (2008), Vargas (2009), Souza (2010), Almeida (2010) reforçam que o
ensino de análise combinatória, pode ser feito através da Resolução de Problemas, de
Atividades Investigativas, Metodologia de Ensino-Aprendizagem-Avaliação e
Comunicação Matemática com eficiência e, principalmente, com eficácia no processo
ensino-aprendizagem.

Quanto às dificuldades dos professores sobre o saber Análise Combinatória, Costa


(2003) aponta em sua pesquisa que os professores pesquisados não trabalham com seus
alunos o objeto matemático em questão (análise combinatória), pois têm dificuldades de
compreensão para que possam ensiná-lo.
Sabo (2010) concluiu que os professores valorizam o uso de fórmulas como técnica
nas tarefas de contagem, mas não saberiam justificar a origem e a validade das mesmas e
Rocha (2011) verificou que quase todos os professores apresentaram dificuldades na
diferenciação de problemas de arranjo e combinação.

Sabo (2007) analisou três livros didáticos do Ensino Médio sob a ótica da Teoria
Antropológica do Didático em duas etapas: a primeira definiu praxeologicamente as tarefas
e a segunda investigou as técnicas, tecnologias e teorias que envolvem as tarefas propostas.

Segundo esse pesquisador a TAD forneceu instrumentos para analisar como os


conceitos matemáticos estão estruturados e também observar os modelos padrões de
exercícios. Em suas análises verificou que os problemas vinham com técnicas de resolução
repetitivas, que havia alteração nos enunciados dos problemas, o que modifica a tarefa,
mas as técnicas continuam as mesmas o que não contribui para o crescimento do aluno e
que a aplicabilidade de fórmulas são as técnicas exigidas e trabalhadas através de um
modelo pronto a ser seguido. Além disso, foram encontrados nas obras, poucos exercícios,
erros conceituais e linguagem excessivamente formal-matemática.

A pesquisa de Alves (2010) com a proposta de trabalhar o pensamento


combinatório no 9º ano do ensino fundamental através da introdução de ideias relacionadas
às operações de arranjo, combinação e permutação, julgou importante uma análise de como
esse conteúdo é abordado em algumas coleções de livros didáticos do ensino fundamental.
Diante da análise das quatro coleções percebeu que geralmente o pensamento combinatório
é abordado no ensino fundamental associado a outros conteúdos. Seja como ideia de
multiplicação ou como instrumental para o cálculo das possibilidades em probabilidade o
seu desenvolvimento acontece de forma intuitiva priorizando a linguagem natural e o
princípio multiplicativo.

Sobrinho (2010) teve como questão central investigada indagar: Como os alunos
desenvolvem o raciocínio combinatório e probabilístico nas aulas de Matemática? Em suas
análises percebeu que os alunos recorriam, muitas vezes, ao modelo adotado para a
resolução do exemplo do livro. Isso a levou a crer que os alunos não estivessem
acostumados a pensar: queriam resolver os exercícios propostos, comparando-o com os
exercícios que estavam resolvidos no livro.

Souza (2010) analisou treze livros dispostos em ordem cronológica: livros das
décadas de 40, 50, 60, 70, 90 e anos 2000. Ao analisar percebeu que a maioria deles
apresenta o conteúdo de Análise Combinatória, dando ênfase à utilização de fórmulas, sem
a preocupação da dedução das mesmas, entretanto há alguns livros que procuram trabalhar
na dedução das fórmulas, tornando o trabalho do professor mais significativo.

Sabo (2010) em sua pesquisa levantou a hipótese que os professores não leem as
propostas dos programas para elaborar suas aulas e os mesmos recorrem aos livros
didáticos como fonte de estudo e isso o impulsionou a dar como sugestão de pesquisa:
Como os livros didáticos e os materiais apostilados usualmente utilizados por professores
do Ensino Médio apresentam essa organização matemática, permitindo ao aluno o
desenvolvimento do raciocínio combinatório?

Esse pequeno recorte da revisão da literatura foi o que nos motivou a fazer uma
análise da ecologia do saber Análise Combinatória nos documentos oficiais e nos livros
didáticos procurando responder de como sobrevivia o saber Análise Combinatória antes
dos PCN e como passou a sobreviver depois.

5. Objetivos da pesquisa

Tomando como referência as indagações, apresentaremos, a seguir, os principais


objetivos deste estudo.

5.1 Objetivo geral

Analisar a influencia dos documentos oficiais no estudo de análise combinatório


propostos em livros didáticos de matemática da educação básica.

5.2 Objetivos específicos

• Identificar elementos das praxeologias matemáticas e didáticas existentes nos


documentos oficiais de ensino básico, sobre o ensino de análise combinatória;
• Caracterizar as praxeologias matemáticas e didáticas existentes nos livros didáticos de
matemática do ensino básico, sobre o ensino de análise combinatória;

• Comparar as praxeologias existentes nos Livros Didáticos de matemática do Ensino


Básico, sobre o ensino de análise combinatória antes, próximo ao surgimento e os mais
contemporâneos tomando por base os PCN e os demais documentos oficiais.

6. Metodologia

O objetivo geral deste projeto consiste em analisar a influencia dos documentos


oficiais em livros didáticos de matemática da Educação Básica no estudo de análise
combinatória, tomando como referencial teórico-metodológico a teria das transposições
didáticas e a teoria antropológica do didático. Para esse fim desenvolveremos as seguintes
etapas:

1ª etapa: analisaremos os seguintes documentos: PCN, PCN +, PCNEM, OCEM e os Guias


de Livros Didáticos, à luz da TAD procurando identificar e caracterizar as praxeologias
matemáticas e didática sobre o saber Análise Combinatória existentes nesses documentos.

2ª etapa: faremos análise de algumas coleções de livros didáticos de matemática da


Educação Básica sobre o ensino da análise combinatória antes e após os PCN a fim de
analisar a ecologia desse saber.

3ª etapa: faremos um estudo comparativo das paxeologias matemática e didática


identificadas nos documentos oficiais e nos livros didáticos a fim de verificar se e como os
documentos oficiais influenciam os autores de livros didáticos no processo de transposição
didática do saber da análise combinatória.

Nas análises realizadas procuraremos verificar se o tipo de tarefa está bem


identificada, se sua razão de ser está explicitada, se respeita a maturidade dos alunos; no que
concerne a técnica, procuraremos verificar se ela é construída ou simplesmente apresentada
nos livros didáticos; finalmente, quanto ao bloco teórico/tecnologia, examinaremos se as
técnicas construídas ou apresentadas são justificativas, ao menos no manual do professor.

Acreditamos que a análise praxeológica matemática e a análise praxeológica


didática nos fornecerão elementos de respostas às nossas questões de pesquisa.
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