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Luiz Fernando
Aula 01
Sumário
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SUMÁRIO 2
APRESENTAÇÃO DO CURSO 4
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 8
Execução das medidas privativas de liberdade, restritivas de direito, manutenção e a custódia do preso provisório (art. 1º) 9
Reeducação do sentenciado e à sua reintegração na sociedade (Art. 2º) 10
Garantia dos direitos não atingidos pela sentença ou decisão criminal (art. 3º) 11
O respeito e a proteção aos direitos do homem (art.4º) 12
Estímulo no tratamento reeducativo do preso e responsabilidade do Estado e da comunidade durante a execução da pena
(art. 5º e art.6º) 13
Princípios da isonomia, individualização da pena e da não discriminação durante a execução da pena (art. 7º) 13
DO TRATAMENTO REEDUCATIVO 15
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QUESTÕES INÉDITAS 67
RESUMO DIRECIONADO 71
RESUMO 71
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Apresentação do Curso
Com o propósito de que você gabarite as questões da NEP na sua prova, instituímos um PPD que
destrinchou e organizou a norma em blocos.
Esta divisão pedagógica e sistemática aqui do Direção Concursos permitirá que a NEP seja estudada
em sua plenitude e em um formato mais didático e producente.
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Nesta aula inicial, bloco I, faremos uma exposição topográfica geral de como a NEP será ministrada.
Vejamos:
O nosso Plano Pedagógico Direcionado (PPD) faz uma explanação sistêmica do conteúdo que
concatena os assuntos interligando-os com outros tópicos cobrados no seu edital, tais como outras leis,
jurisprudências e súmulas dos tribunais superiores etc.
Além disso, o nosso PPD oferece algumas ferramentas importantes para a compreensão e fixação
do conteúdo explorado como, por exemplo, as notas Lei Seca Direcionada (com grifos de destaque),
Direcione a Sua Atenção e Aquecimento Direcionado. Essas notas de destaque de cada tópico
permitirão que você domine o conteúdo da matéria estudada e gabarite as possíveis questões extraídas
de cada tema.
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Feitas as devidas apresentações e considerações, passaremos aos estudos efetivos de umas das
normas mais relevantes para a sua prova, a saber, a Lei nº 11.404/1994 – Norma de Execução Penal de
Minas Gerais que passaremos a denominar de NEP.
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Vale lembrar que, como em todos os nossos cursos no DIREÇÃO CONCURSOS, você poderá
baixar todas as videoaulas e as aulas em PDF para o seu computador, tablet, celular etc. Desta forma
você pode estudar onde, quando e como quiser!
O grande diferencial desse curso consiste no fato de que o seu material é totalmente direcionado
para o perfil profissiográfico do cargo almejado, qual seja, Policial Penal de MG. Portanto, utilizem todas
as ferramentas disponíveis na sua plataforma e mesa de estudos e esclareçam as dúvidas no nosso fórum
de dúvidas. Agora, vamos começar a nossa jornada rumo à sua nomeação no Departamento
Penitenciário de Minas Gerais.
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Introdução
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.
Nesse sentido, a própria Lei 7.210/1984 – Lei de Execução Penal (LEP), mesmo sendo uma lei
especial que trata da execução da pena e da matéria penitenciária em geral, transfere para as Unidades
Federativas algumas incumbências específicas para que esses entes legislem sobre determinados temas
relacionados a execução penal.
Vejamos abaixo o que determina o legislador federal de 1984 na LEP em alguns dos seus
dispositivos sobre as competências legislativas dos Estados concernentes a determinadas matérias do
direito penitenciário:
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A LEGISLAÇÃO LOCAL
especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.
Art. 73. A LEGISLAÇÃO LOCAL poderá criar Departamento Penitenciário ou órgão similar, com as
atribuições que estabelecer.
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Dos Regimes
Art. 119. A LEGISLAÇÃO LOCAL poderá estabelecer normas complementares para o cumprimento da
pena privativa de liberdade em regime aberto (artigo 36, § 1º, do Código Penal);
Como você deve ter percebido, tanto a CF/88 quanto a lei federal especial (LEP) criam a
possibilidade de o legislador estadual tratar de forma específica sobre determinados assuntos
envolvendo o direito penitenciário.
Desta feita, cada Estado possui a sua própria norma específica que rege à execução penal local.
Lembrado que essas normas estaduais deverão estar em perfeita harmonia com a CF/88 e todas as outras
normas nacionais e internacionais que tratam dessa temática, sob pena de serem consideradas
inconstitucionais.
Portanto, tendo construído esse conhecimento, podemos agora nos debruçar sobre os estudos
da norma estadual, qual seja, a Lei nº 11.404/1994 – Norma de Execução Penal (NEP) do Estado de Minas
Gerais que tratará especificamente dos pormenores da execução da pena do preso sentenciado e
provisório ou que sofre medida de segurança e que se encontra custodiado no sistema penitenciário
mineiro.
Disposições Preliminares
Disposições Preliminares
Art. 1º – Esta lei regula a EXECUÇÃO das medidas privativas de liberdade e restritivas de
direito, bem como a MANUTENÇÃO e a CUSTÓDIA do preso provisório.
Art. 2º – A execução penal destina-se à REEDUCAÇÃO do sentenciado e à sua REINTEGRAÇÃO
NA SOCIEDADE.
§ 1º – A execução penal visa, ainda, a PREVENIR A REINCIDÊNCIA, para proteção e defesa da
sociedade.
(Parágrafo renumerado pelo art. 1º da Lei nº 19.478, de 12/1/2011.)
§ 2º O controle da execução penal será realizado com o auxílio de programas eletrônicos de
computador.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Lei nº 19.478, de 12/1/2011.)
Art. 3º – Ao sentenciado é garantido o exercício de seus DIREITOS civis, políticos, sociais e
econômicos, exceto os que forem incompatíveis com a detenção ou com a condenação.
Art. 4º – No regime e no tratamento penitenciário serão observados o respeito e a proteção aos
direitos do homem.
Art. 5º – O sentenciado deve ser estimulado a colaborar voluntariamente na execução de seu tratamento
reeducativo.
Art. 6º – O Estado e a comunidade são co-responsáveis na realização das atividades de execução
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penal.
Art. 7º – Na execução penal não haverá distinção de caráter racial, religioso ou político.
Inicialmente, é de suma importância que o estudante possa discernir que no nosso ordenamento
jurídico pátrio (conjunto de leis brasileiras) existem basicamente dois tipos de prisões. Não adentraremos
nos pormenores dos estudos da temática sob a ótica processual penal, pois você enfrentará este tópico
nos estudos do Direito Processual Penal (DPP).
Contudo, nesse momento faremos uma distinção basilar que te ajudará a acertar questões sobre
a NEP e até mesmo de DPP.
Prisão Pena
Prisão Cautelar/Provisória
Já a prisão cautelar/provisória é aquela segregação social (privação da liberdade) que não tem
caráter punitivo, pois nesse momento da persecução penal (fase de investigação e processo criminal) não
há sentença penal transitada em julgado em desfavor do investigado ou do acusado.
As prisões provisórias serão medidas excepcionais impostas pelo Estado, com natureza de cautela
sempre que forem necessárias para:
As legislações pátrias que determinam as regras das prisões cautelares se encontram no Código
de Processo Penal (CPP) e na Legislação Processual Penal Especial.
No art. 1º da NEP o legislador estadual deixa claro que a norma regulará os termos e aplicações
tanto das Prisões-Penas, quanto das Prisões-Cautelares/Provisórias impostas aos presos que se
encontram sob custódia em TODOS os estabelecimentos penais do Estado de Minas Gerais que
compõem o sistema penitenciário mineiro. Importante ressaltar que, no que couber, a NEP também
servirá como norma reguladora das medidas de segurança (aos inimputáveis ou semi-imputáveis)
determinadas pela justiça.
Portanto, para a sua prova você deve lembrar que ao preso sentenciado (condenado), provisório
(sem sentença penal condenatória transitada em julgado), nacional (com qualquer naturalidade
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interestadual) e estrangeiro que estejam sob custódia em qualquer estabelecimento penal mineiro serão
alcançados pelas determinações desta NEP.
Você sabia que cada Estado – Membro e a União possuem o seu próprio regulamento
penitenciário local em conformidade e obediência a CF/88, a LEP e aos intrumentos
internacionais?
À exemplo, podemos citar o Regulamento Penitenciário Federal (RPF), aprovado pelo Decreto
nº 6.049/2007 que regulamenta o Sistema Penitenciário Federal (SPF). Veja o que preconiza os art. 1º
e 2º do Anexo do Decreto nº 6.049/2007:
Neste ponto, destacamos que o Brasil adotou o sistema progressivo e polifuncional da pena, isto
é, a penalidade tem tríplice função, quais sejam:
I – retributiva;
II – preventiva; e
III – reeducativa.
A pena é retributiva, porque se materializa numa resposta dada pelo Estado por meio da sanção
penal imposta ao indivíduo que transgrediu a norma penal (ius puniendi), a qual impõe a execução de uma
penalidade por via do aparelho repressivo do Estado em sede de execução penal. Mas o art.2º da NEP
omite essa propositura, portanto, cuidado com as assertivas na sua prova.
E, por fim, o propósito mais latente da execução da pena estampado no caput do art. 2º da NEP é
o REEDUCATIVO. Fique atento e este desígnio do caput do art. 2º, pois ele regerá todos os outros
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dispositivos da NEP e, sem dúvida, é um dos artigos de maior relevância para a sua prova. Isso porque
no campo da execução penal brasileiro, além do fiel cumprimento das disposições da sentença ou da
decisão criminal (art.1º da Lei 7.210/194 da LEP – objetivos da execução penal), busca-se de forma
preponderante a ressocialização do condenado, a fim de reintegrá-lo ao futuro convívio social após o
cumprimento da pena.
O § 2º do dispositivo em comento determina que o controle da execução penal será realizado com
o auxílio de programas eletrônicos de computador, isto é, contará com as modernizações e inovações
tecnológicas com o fito de alcançar serviços e fiscalizações penais eficientes.
Garantia dos direitos não atingidos pela sentença ou decisão criminal (art. 3º)
No art. 3º da NEP o legislador estadual buscou inspiração no art.3º da LEP. Vejamos a literalidade
do caput da referida da lei federal:
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou
pela lei.
E por que o legislador estadual replica essa mesma determinação consignada na LEP? Fique
atento a esta remissão, aluno.
Essa repetição das normas ocorre porque todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela
lei ficarão preservados durante a execução da pena, ou seja, serão garantidos ao condenado e ao
internado, vedada qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política (vide o art. 5º da
Constituição Federal de 1988 – CF/88).
No que tange aos direitos polítcos do preso, vale lembrar que as pessoas presas em razão de
decisões cautelares não foram condenadas, motivo pelo qual NÃO têm os seus direitos políticos
suspensos.
O TSE, inclusive, já determinou a instalação de Seções Eleitorais em estabelecimentos penais e
unidades de internação de adolescentes a fim de que essas pessoas possam exercer seu direito a voto.
Cumpre ressaltar que os condenados, em geral, têm seus direitos políticos SUSPENSOS.
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Aquecimento direcionado
Questão INÉDITA
O preso condenado por crime hediondo ou equiparado terá o seu direito político cassado, mas
preservará os seus direitos civis, sociais e econômicos durante o cumprimento da pena, exceto os que
forem incompatíveis com a detenção ou com a condenação.
O art. 4º da NEP faz uma clara remissão a um documento internacional de Direitos Humanos, qual
seja, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que delineia os direitos humanos básicos e que foi
adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 10 de dezembro de 1948.
Além da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 da ONU, o Brasil é signatário de
outros documentos internacionais de Direitos Humanos que foram internalizados no nosso
ordenamento pátrio (conjunto de leis) e que exercem forte influência na execução penal nacional.
Nessa seara podemos citar as Regras de Mandela que tem como propósito ampliar o respeito à
dignidade dos presos, garantir o acesso à saúde e o direito de defesa, regulando punições disciplinares,
tais como o isolamento solitário e a redução de alimentação (Assembleia Geral da ONU em outubro de
2015).
Lembremos também das Regras de Bangkok também da ONU, que foi o primeiro marco
normativo internacional a abordar a problemática da mulher infratora privada da liberdade. Esse
documento traça diretrizes para o tratamento de mulheres presas e de medidas não privativas de
liberdade para mulheres que praticaram infração penal.
E, por último e não menos importante, citamos o Pacto de São José da Costa Rica de 1969 da
Organização dos Estados Americanos (OEA), que há cinco décadas fora assinado pelos países-
membros da OEA durante a Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH) – na cidade de San
José da Costa Rica. Esse documento entrou em vigor no Brasil em 25 de setembro de 1992, com a
promulgação do Decreto Federal nº 678/1992, e se tornou um dos pilares da proteção dos direitos
humanos no país ao consagrar direitos políticos e civis, bem como os relacionados à integridade pessoal,
à liberdade e à proteção judicial.
Aqui no Direção você sabe mais, você sabe tudo.
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O Estado e a própria comunidade, lugar para onde o preso retornará após o cumprimento da
pena, são responsáveis pela elaboração, efetivação e controle das atividades da execução da pena.
O princípio de isonomia está implícito, isto é, subentendido e tácito no art.7º da NEP e, por essa
razão, falaremos um pouco sobre ele e seus desdobramentos na execução da pena. Cumpre destacar que
o conhecimento do princípio da isonomia é muito cobrado em provas de concursos públicos, por isso não
podemos negligenciá-lo.
Este princípio está consagrado no caput do art. 5º, CF/88. A isonomia quer dizer igualdade — de
acordo com a morfologia "iso" é igual e "nomia" lei.
Para o Direito, grosso modo, a isonomia significa igualdade de todos perante a lei. Nesse mesmo
sentido, há também o princípio da igualdade.
Podemos conceituar a isonomia prevista na CF/88 como um mecanismo garantidor de que todos
os cidadãos são iguais perante a lei, sendo que, no mesmo sentido, os iguais devem ser tratados de
maneira igualitária e os desiguais devem receber o tratamento desigual na medida da sua
desigualdade.
Nesse esteira de raciocínio, o art. 7º da NEP, em concordância com o preceito constitucional,
determina que o tratamento do preso no sistema penal mineiro deverá obedecer ao princípio da
isonomia.
Existem outros princípios constitucionais norteadores da execução da pena. Como exemplo
temos o princípio constitucional da individualização da pena, o qual preconiza que os presos devem ser
classificados de acordo como os seus antecedentes e personalidade, a fim de orientar o devido
programa individualizador da pena (vide o inciso XLVI do art. 5º da CF/88 c/c o art. 5º da LEP).
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Art. 5º TODOS são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
Art. 3º (...)
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou política.
Art. 5º (...)
[...]
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
[...]
Nesse sentido, a “lei” que “regulará a individualização da pena”, coforme prevê o constituinte
de 1988, é própria LEP, lei federal e especial que cuida da fase da execução da pena, dentre outras que
estabelecem regras pormenorizadas do programa individualizador da sentença. Veja o texto do art.5º da
LEP que deixa expresso o princípio da individualização da pena que deverá ser observado pelo Estado:
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E sob o prisma administrativo, vimos a classificação dos presos realizada pelos servidores da
execução penal buscando entender as razões do condenado para a prática do delito (p.ex.:
personalidades, perfil psicológico etc) e na leboração do devido programa de tratamento penitenciário.
Prezado aluno, atente-se a este princípio regente da execução da pena, pois nas provas para as
carreiras da execução penal ele aperece com muita frequêcia.
Do Tratamento Reeducativo
Do Tratamento Reeducativo
Da Individualização do Tratamento
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Nos art. 1º ao 7º da NEP vimos os propósitos de alguns princípios e direitos regentes da execução
penal mineira. Aqueles fundamentos garantem a lisura de uma execução penal eficiente que tem como
objetivo finalístico recuperar o delinquente e reintegrá-lo ao convívio social.
Agora, veremos a partir do art. 8º da NEP e nos artigos subsequentes (do art.9º ao art.67), o tema
Tratamento Reeducativo do preso e como ele se desenvolverá efetivamente no sistema penitenciário
mineiro. Isto é, com quais instrumentos, concessões de direitos, medidas e mecanismos o Estado de
Minas Gerais tornará possível, prático e alcançável o devido Tratamento Reeducativo dispensado ao
apenado, permitindo assim a chamada ressocialização do reeducando.
Cumpre destacar que o princípio da individualização da pena também abarcará, no que couber,
o preso provisório. Como exemplo de aplicação desse princípio ao preso que cumpre medida cautelar
podemos citar as criações de programas que separarão os custodiados provisórios do convívio com os
presos condenados. Sobre isso veja o que determina o art. 84 da LEP:
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado.
Personalidade do infrator
Nos ensinos do renomado jurista Guilherme de Souza Nucci, a personalidade do apenado pode
ser classificada da seguinte maneira:
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Exame criminológico, classificação e o programa de tratamento do sentenciado (art. 10, 11, 12 e 13)
Os artigos 10 e 11 da NEP buscaram fundamento no art. 8º da LEP, o qual versa sobre a relação
entre o exame criminológico e a classificação do preso para a elaboração do programa individualizador
da pena. Sendo assim, passemos a leitura do art. 8º da lei federal:
Prezado aluno, nesse momento você já sabe para que serve o exame criminológico. Mas, afinal,
o que é e qual é a base desse tipo de exame? Pois bem, vejamos abaixo o que é o exame criminológico e
quais são os seus crivos de avaliação, porque o nosso propósito é que você gabarite as questões de NEP.
Súmula Vinculante 26
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Aquecimento direcionado
Gabarito: D
Do Tratamento Reeducativo
Lei Seca Direcionada
Do Tratamento Reeducativo
Da Observação Psicossocial
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no trabalho;
na sala de aula;
no refeitório;
na praça de esportes; e
em todas as situações da vida cotidiana do sentenciado.
Centro de Observação
O art. 16 dispõe que o Exame Criminológico será realizado no Centro de Observação ou na Seção
de Observação do estabelecimento penitenciário ou por especialista da comunidade.
As características e objetivo dos Centros de Observações se encontram nos art.71 e 102 da NEP,
bloco topográfico da norma que trata da matéria denominada Estabelecimentos Penitenciários.
Vejamos abaixo a literalidade grifada dos referidos dispositivos a fim de apontar os pontos mais
importantes.
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[...]
Art. 102 – O centro de observação, estabelecimento de regime FECHADO, tem por OBJETIVO
estudar a personalidade do delinquente nos planos físico, psíquico e social, para sua afetação ao
estabelecimento adequado ao regime penitenciário, indicando as medidas de ordem escolar,
profissional, terapêutica e moral que fundamentarão a elaboração do programa de tratamento
reeducativo.
Esse Relatório Social de Síntese possui caráter interdisciplinar, isto é, conterá opiniões técnicas
e científicas das áreas médico-psicossociais – físico, biológico, psicológico, complementares e social.
O Relatório Social de Síntese conterá ainda, dados que permitam a descrição da personalidade
do apenado, a fim de determinar o estabelecimento adequado ao regime penitenciário exarado na
sentença, indicando as medidas de ordem escolar, profissional, terapêutica e moral que
fundamentarão a elaboração de um programa individualizador da pena que atenda a necessidade
do reeducando.
O documento descrito acima será levado à Comissão Técnica de Classificação (CTC), que
elaborará um programa de tratamento específico para cada preso.
O surgimento da CTC se encontra nos art. 6º e 7º da LEP que tratam da classificação do apenado
e do preso provisório.
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Art. 6o A CLASSIFICAÇÃO será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o
programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso
provisório. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida
pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um)
psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada
por fiscais do serviço social.
O papel da CTC e a sua composição é um tema recorrente em provas de concursos para as
carreiras que envolvem a execução penal. Adiante trataremos do funcionamento da CTC segundo a NEP.
Aquecimento Direcionado
Caiu prova!
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de Segurança
Penitenciária
Segundo a Lei Estadual nº 11.404/1994, que contém normas de execução penal, a colaboração do
sentenciado no processo de sua observação psicossocial e de seu tratamento é:
a) Obrigatória.
b) Essencial.
c) Imprescindível.
d) Voluntária.
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Incumbência da CTC
O art. 7º da LEP determina que haverá uma CTC em cada estabelecimento prisional para tratar
dos condenados à pena PRIVATIVA DE LIBERDADE.
No mesmo dispositivo acima, a LEP cria a composição da CTC que será presidida pelo diretor do
estabelecimento e contará com, no mínimo, 2 chefes de serviço, 1 psiquiatra, 1 psicólogo e 1
assistente social. Nos demais casos (pena não privativa de liberdade), a Comissão atuará perante o Juízo
da Execução e será integrada por fiscais do serviço social.
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Para cumprir suas atribuições, o Colegiado poderá, além de examinar o condenado, entrevistar
pessoas, requisitar dados e informações sobre o condenado de repartições ou estabelecimentos
privados, bem como realizar outras diligências e exames necessários.
Ocorre que essa composição da CTC estabelecida na NEP está em DESACORDO com o que
preconiza o caput, do já estudado, art. 7º da LEP, onde dispõe que na formação da CTC devem ser
reservadas, no mínimo, 2 (duas) cadeiras para os chefes de serviço do estabelecimento penal.
Nesse aparente conflito entre as normas a solução é bem simples para o aluno acertar questões.
Basta que o candidato fique atento ao BLOCO da prova (topografia da prova subdividida por
disciplinas) e ao COMANDO da questão. Por exemplo, se o examinador exigir o conhecimento da NEP
estará certa a assertiva que apontar que na composição da CTC é exigido, no mínimo, “01 (um) chefe de
seção”.
O art. 21 da NEP trata de uma das competências da CTC. Além da elaboração do programa
individualizador da pena, a Comissão OPINARÁ sobre a concessão dos benefícios da progressão do
regime de cumprimento da pena (ou mesmo sobre a regressão), da remição, do monitoramento
eletrônico, do livramento condicional e do indulto.
O destaque se dá ao fato deste dispositivo ser relativamente recente no corpo da norma, com a
redação dada pela Lei nº 19.478, de 12/1/2011. O examinador tem preferência em cobrar dispositivos
recém alterados ou que mudaram a norma.
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Observe que o parágrafo único do artigo em apreço dispõe que no caso de progressão ou
regressão de regime, as reuniões da CTC serão presididas pelo Juiz da Execução, NÃO pelo diretor do
estabelecimento penal. Cuidado com esse detalhe na prova. Nessa reunião que tratará da progressão ou
regressão de regime estará presente o Ministério Público. Numa atecnia da NEP, o legislador estadual
esqueceu de elencar a defesa do acusado; mero detalhe. Mas, nesse ponto vale a pena lembrar da súmula
523 do STF que determina:
“No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se
houver prova de prejuízo para o réu.”
Sendo assim, um processo penal que possa ensejar a regressão ou progressão de regime sem a
participação da defesa do acusado será passível de anulação absoluta.
O Pacote Anticrime alterou substancialmente o art. 112 da LEP e revogou o artigo 2º, §2º da Lei
nº 8.072/90 que tratam das regras para a progressão de regime do preso condenado por crime hediondo.
Com o advento da nova lei foram instituídos novos parâmetros para a progressão de regime que
passa agora a ser calculada por meio de percentuais.
Antes do Pacote, a sistemática estabelecida era a fração de 1/6 (um sexto) da pena para os crimes
comuns, sejam os apenados reincidentes ou não e, em se tratando dos condenados por crimes
hediondos, as frações estabelecidas passariam para 2/5 (dois quintos) da pena, se primário, e 3/5 (três
quintos) da pena, na hipótese de reincidência. Esses parâmetros cairam por terra.
A nova redação dada ao art. 112 da LEP estabeleceu percentuais gradativos — de acordo com a
condição pessoal dos condenados, natureza do delito, primariedade etc - para fins de cálculo do requisito
objetivo para o direito à progressão.
Nos casos em que os delitos cometidos não são considerados hediondos, conforme o novo artigo
112 da lei especial, os percentuais são os seguintes: (inciso I) 16% da pena, se o apenado for primário e o
crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; (inciso II) 20% da pena, se o apenado
for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; (inciso III) 25% da pena, se
o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; (inciso IV)
30% da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça.
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Fique muito atento a essa temática e novidade porque ela poderá ser cobrada na sua prova.
Livramento Condicional
O livramento condicional é um instituto previsto na legislação penal pátria que, grosso modo,
serve para que o apenado possa cumprir uma parcela de sua condenação em liberdade sob algumas
condições impostas pelo juízo.
Este benefício encontra previsão no art. 83 do Código Penal (CP) e permitirá que o preso receba
uma espécie de antecipação de liberdade, desde que cumpridas as exigências estabelecidas no código.
Cumpre destacar que este dispositivo do CP sofreu alterações impostas pela Lei 13.964/2019 –
Pacote Anticrime. Vejamos abaixo o dispositivo do CP que elenca os requisitos para a concessão do
livramento condicional.
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V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática
de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado
não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça
à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais
que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
O art. 112 da LEP que trata das regras para a concessão da progressão de regime e para o
livramento condicional ao apenado também sofreu mudanças provocadas pelo Pacote Anticrime,
conforme visto anteriormente (vide a ferramenta Direcione a sua atenção anterior). Os art. 131 e 132
da LEP também tratam do referido benefício e estabelecem as condições e obrigações que serão
impostas ao apenado.
Cumpre ressaltar que após a concessão da benesse penal o preso passará a ser considerado
egresso (art. 26 da LEP). Vejamos abaixo os art.131 e art.132 da LEP:
Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido pelo Juiz da execução, presentes os
requisitos do artigo 83, incisos e parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o Ministério Público e
Conselho Penitenciário.
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento.
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho;
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste.
§ 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes:
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação
cautelar e de proteção;
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
c) não frequentar determinados lugares.
Tema importantíssimo para o seu concurso, futuro servidor. Abrace essa dica!
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Remição da pena
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Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por
trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011).
§ 1o A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de: (Redação dada pela Lei nº
12.433, de 2011)
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino
fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional -
divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 2o As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma
presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades
educacionais competentes dos cursos frequentados. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão
definidas de forma a se compatibilizarem. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará
a beneficiar-se com a remição .(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de
conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que
certificada pelo órgão competente do sistema de educação. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade
condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte
do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1 o deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 7o O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar. (Incluído pela Lei nº 12.433,
de 2011)
§ 8o A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa.
(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
A Lei nº 12.433/2011 alterou o art. 126 da LEP e acrescentou a possibilidade de remição da pena
pela estudo (educação/instrução), além do trabalho como já era previsto. Esse instituto permite que por
meio do trabalho ou do estudo, os dois principais instrumentos de ressocialização da execução penal,
o reeducando diminua parte da pena aplicada.
Em suma, a remição constitui o direito do preso de reduzir o tempo de duração da pena privativa
de liberdade, por meio do trabalho prisional ou do estudo nos termos e razões estabelecidos no art. 126.
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Questão INÉDITA
✓ Será elaborado e proposto pela CTC que usará como parâmetro o Relatório Social de
Síntese e a sentença condenatória do apenado (art. 18; art. 22); e
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Para te robustecer de conhecimento para a prova, vejamos dois dispositivos da LEP que se
relacionam com o tema Elementos do Tratamento Penitenciário na NEP.
LEP
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e
orientar o retorno à convivência em sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.
Art. 11. A assistência será:
I - material;
II - à saúde;
III -jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.
A assistência durante a execução penal tem duplo propósito, a saber: evitar a reincidência
(caráter preventivo) e garantir a dignidade da pessoa humana presa (caráter ressocializador).
É dever do Estado a prestação de assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e
religiosa ao preso e ao internado, estendendo-se também ao egresso (liberado definitivo ou
condicional, nos termos do art. 26 da LEP).
O programa aplicado ao campo das assistências prestadas ao preso e ao internado também é
baseado em padrões e documentos internacionais sobre prevenção ao crime e justiça criminal
desenvolvidos pela Comissão de Prevenção ao Crime e Justiça Criminal adotados e/ou recomendados
pela Assembleia Geral da ONU.
A LEP é considerada um instrumento moderno no campo da execução penal, porque o legislador
de 1984 teve como fonte inspiradora os preceitos adotados pelo Congresso das Nações Unidas sobre
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a) instrução e trabalho.
b) religião e disciplina.
c) cultura e recreação.
d) esporte e contato com o mundo exterior.
e) relações com a família e expedição de documentos.
Da Instrução
Da Instrução
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No campo da educação, o art. 205 da CF/88 preceitua que a instrução escolar e a qualificação
profissional são um direito constitucional. Vejamos a literalidade do dispositivo da nossa Carta Maior:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
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A assistência educacional ou instrução está em harmonia com a CF/88 e com as Regras Mínimas
da ONU (Regras de Mandela), as quais recomendam que nos estabelecimentos prisionais sejam
adotadas medidas para a melhoria da educação de reclusos (preceito 92.1).
O art. 25 cria e organiza nas estruturas das penitenciárias mineiras cursos de formação cultural
e profissional que serão coordenadas juntamente com o sistema de instrução pública regular do Estado
de Minas Gerais.
O art. 18 da LEP cria a obrigatoriedade do ensino fundamental que será oferecido aos presos em
todos os sistemas penitenciários nacionais. Veja a letra da lei federal:
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade
Federativa.
Em cada estabelecimento penitenciário haverá uma classe especial para os infratores que dará
ênfase à escolarização fundamental obrigatória (art. 27). O efetivo dessa classe especial NÃO excederá
a 15 (quinze) presos, vez que as classes normais e regulares não excederão 30 (trinta) alunos. Cuidado
com essa divisão de classes na sua prova, meu caro aluno (art. 28).
As penitenciárias poderão ter em suas estruturas físicas a instituição de uma escola de ensino
MÉDIO (art. 31). Fique atento, pois o examinador pode substituir o termo “ensino médio” por ensino
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universitário ou superior. Porém, você deve se lembrar para a prova que serão oferecidos facilidades e
estímulos ao sentenciado para que ele faça o curso universitário (art. 32). E que para isso a direção da
penitenciária, não o assistente social, manterá contato com as autoridades acadêmicas para a admissão
do sentenciado no curso de nível superior.
A NEP garante ao preso o direito à isenção de taxa de inscrição nos exames supletivos aplicados
pelo Estado. Esses cursos supletivos poderão ser ministrados por voluntário cadastrado pela Secretaria
de Estado da Educação e autorizado pela Secretaria de Estado da Justiça.
As expressões de aptidão dos presos e suas habilidades também serão valorizadas e reconhecidas
por meio da articulação de programas cuja atividades favoreça a cultura, o lazer o desporto (art. 37).
E, por fim, a NEP prevê que serão ministradas nas penitenciárias a instrução musical e a
educação física. No que se refere a parte prática do ensino musical, a norma estadual dispõe que a
atividade será realizada por meio de participação em banda, fanfarra, conjunto instrumental e grupo
coral (art. 38).
A LEP dispõe sobre várias modalidades de ensino que deverão ser oferecidas aos presos em todo
território nacional. Vejamos o que dispõe o art. 18 – A da LEP:
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação profissional de
nível médio, será implantado nos presídios, em obediência ao preceito constitucional de sua
universalização. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
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O efetivo da classe normal e especial de instrução aos presos não excederá, respectivamente:
Do Trabalho
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Do Trabalho
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Usando como paradigma as premissas do Art. 31 da LEP, o art. 39 na norma estadual também
ordena que o preso condenado (sentenciado) à pena privativa de liberdade esteja OBRIGADO ao
trabalho, na medida de suas aptidões e capacidade.
Caro aluno, não confunda o instituto da OBRIGAÇÃO AO TRABALHO do preso condenado com
a PENA DE TRABALHOS FORÇADOS que é expressamente vedada pela CF/88. É importante você
discernir essa diferença para a realização da sua prova. Portanto, prossigamos em esclarecer o assunto.
A alínea “c”, inc. XLII do art. 5º da CF/88 proíbe taxativamente a PENA de trabalhos forçados e
outras que não poderão ser adotadas pela República Federativa do Brasil. Vejamos o texto
constitucional:
Art. 5º (...)
[...]
XLVII - NÃO HAVERÁ PENAS:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
No inciso anterior, a Carta Cidadã elenca as penas que poderão ser impostas nos limites da lei,
pois vejamos:
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o ônus por essa desídia ficando sujeito a investigação por cometimento de falta disciplinar (vide o art.5º
da LEP).
Saber determinar essa diferenciação é primordial para a sua prova, estimado aluno.
Cumpre ressaltar que o preso provisório NÃO está obrigado ao trabalho e que a atividade laboral
penitenciária será voluntária e facultativa a esses detentos. O detalhe é que a laborterapia de presos
cautelares só poderá ser exercida no interior do estabelecimento prisional, conforme os termos do
parágrafo único do supracitado art. 31 da LEP.
Fica evidente na LEP que a laborterapia prisional do apenado é tanto um DEVER SOCIAL
quanto um DIREITO inerente a dignidade da pessoa humana, cuja finalidade é educativa e produtiva
ao mesmo tempo.
O trabalho do preso visto como dever tem implicações no decorrer da execução da pena (art. 39,
V da LEP). Por exemplo, o preso que se recusar injustificadamente ao efetivo exercício do labor prisional
poderá ser responsabilizado pelo cometimento de falta grave (art. 50, VI da LEP). Portanto, o trabalho
é apresentado como um dever imposto ao reeducando.
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Leve esses dois conceitos a respeito do trabalho do preso para a sua prova, futuro servidor da
execução penal.
Uma outra exceção sobre a obrigação do preso em relação ao trabalho é a isenção do cumprimento
dessa determinação legal aos presos condenados maiores de 70 (setenta) anos, os que sofram enfermidade
que os impossibilite para o trabalho e a mulher antes e após o parto (art. 57 da NEP).
Nesse ponto, chamamos a atenção para a dissonância entre a NEP e a LEP quanto a isenção da
obrigação ao trabalho que usufrui o preso condenado idoso. Vejamos.
Na NEP é apontado como isento da obrigação ao trabalho o preso idoso MAIOR DE 70 ANOS. Já
a LEP concede essa isenção de obrigação ao preso idoso MAIOR DE 60 ANOS, além dos doentes ou
deficientes físicos (§ 2º e 3º do art. 32 da LEP). A banca examinadora poderá usar essa diferença de idade
da norma estadual para a federal para confundir os canditados. Então preste atenção ao bloco e ao
comando das questões.
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Uma alteração trazida pela Lei estadual nº 18.725/2010 reserva para os apenados mineiros até
10% (dez por cento) das vagas existentes da contratação para obras e serviços da administração pública
direta ou indireta do Estado. Para isso, será dada preferência aos sentenciados:
A NEP também disciplina a desobediência ao dever do trabalho. A norma estadual dispõe que a
resistência ao trabalho ou a falta voluntária em sua execução constituem INFRAÇÃO DISCIPLINAR,
cuja punição será anotada no prontuário do sentenciado (inc. III, art. 142 da NEP).
O art. 39 da LEP elenca uma série de deveres impostos ao preso condenado. O inciso V do referido
dispositivo não deixa dúvida quanto ao dever do trabalho imposto ao preso sentenciado. Vejamos:
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O trabalho do preso que é dever/direito tem como propósito principal a reintegração social do
apenado. Mas por meio dessa prática digna o preso fará jus a uma remuneração com distribuição
controlada pelo Estado (vide o art. 29 da LEP) e a remição da pena por dia de trabalhado (um dia por
três trabalhados - art. 126 da LEP).
Porém, está cristalino no dispositivo citado da LEP (§ 2º, art. 28) que o trabalho do apenado NÃO
estará sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A Lei estadual nº 18.401/2009 criou as regras para a prestação do trabalho externo dos presos.
O art. 44 da NEP dispõe que serão considerados, segundo parecer da CTC, a personalidade, os
antecedentes e o grau de recuperação do sentenciado, a fim de assegurar a regular e efetiva aplicação
ao trabalho, bem como o respeito à ordem pública.
Antecedentes criminais
“[...] dizem respeito ao histórico criminal do agente que não se preste para efeitos de
reincidência. Entendemos que, em virtude do princípio constitucional da presunção de inocência,
somente as condenações anteriores com trânsito em julgado, que não sirvam para forjar a
reincidência, é que poderão ser consideradas em prejuízo do sentenciado, fazendo com que a sua pena-
base comece a caminhar nos limites estabelecidos pela lei penal." (GRECO, Rogério. Curso de Direito
Penal - Parte Geral. 12. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2010. v. I. p. 537.)
O art. 45 da NEP, que recebeu alteração da Lei estadual nº 19.478/2011, passou a prever que o
sentenciado em regime SEMIABERTO poderá, COM autorização judicial, frequentar estabelecimento
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de ensino ou de formação profissional na comunidade onde cumpre pena, desde que ouvida a CTC e
observado o disposto nos arts. 122 a 125 da LEP.
A NEP usou como paradigma a autorização para a SAÍDA TEMPORÁRIA do preso em regime
semiaberto prevista no art. 122 ao 125 da LEP.
Cumpre destacar que o benefício da saída temporária para visita à família é diferente da
permissão de saída para frequentar curso. Essas são espécies do gênero SAÍDA TEMPORÁRIA.
Observe que para a concessão de ambas as benesses os requisitos para a autorização e regras
para as saídas obedecerão aos mesmos ditames. Vejamos, portanto, o texto do da lei federal:
Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semiaberto poderão obter autorização
para SAÍDA TEMPORÁRIA do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos:
I - visita à família;
II - freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou
superior, na Comarca do Juízo da Execução;
III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
§ 1º A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração
eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. (Redação dada pela Lei nº
13.964, de 2019)
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado que
cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Dois pontos importantes devem nos chamar a atenção após a leitura desse dispositivo da LEP que
inspirou o legislador estadual.
O primeiro, diz respeito ao § 2o do art. 124 da LEP o qual determina que quando se tratar de
frequência a curso profissionalizante, de instrução de ensino médio ou superior, o TEMPO de saída
será o necessário para o cumprimento das atividades discentes.
O segundo ponto, está relacionado a alteração que o Pacote Anticrime trouxe aos § 1º e 2º do
art. 122 da LEP. Fique atento as mudanças provocadas pela Lei 13.964/2019, pois passaram a determinar
novidades quanto as regras para a autorização de saída temporária. Perceba que após a entrada em
vigor do Pacote a saída temporária dos presos condenados no regime semiaberto não impede a
utilização de equipamento de monitoração eletrônica quando da ausência de vigilância direta, se assim
determinar o juiz da execução. Atente-se também que o preso condenado por crime hediondo com
resultado morte passa a não ter mais direito à saída temporária do estabelecimento penal.
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A remuneração do trabalho preso, quando não for fixada pelo órgão competente, será
estabelecida pela CTC.
Essa remuneração será fixada, para o trabalho interno, em quantia NÃO inferior a 3/4 (três quartos)
do salário-mínimo.
O apenado que tiver concluído curso de formação profissional, bem como o que tiver bom
comportamento e progresso na sua recuperação, terá a sua remuneração acrescida de 1/4 (um quarto)
do seu valor.
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Segundo o art. 29 da LEP, a remuneração do preso terá tabela pré-estabelecida e não poderá ser
inferior a 3/4 do salário-mínimo vigente. O dispositivo em tela determina também como será feito o
controle e distribuição dessa remuneração. Veja a disposição da norma federal:
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior
a 3/4 (três quartos) do salário-mínimo.
§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não
reparados por outros meios;
b) à assistência à família;
c) a pequenas despesas pessoais;
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em
proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores.
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do
pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade.
O art. 29 da LEP que fixa como remuneração para o trabalho do preso o valor-base, não inferior,
a três quartos (3/4) do salário-mínimo está sendo questionado no Supremo Tribunal Federal (STF) em
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF nº 336), ajuizada pela Procuradoria
Geral da República.
Como a LEP é anterior à Constituição de 1988, o instrumento cabível para questioná-la é a ADPF,
nos termos do artigo 102, parágrafo 1º, da Constituição Federal, regulamentado pela Lei 9.882/1999.
Segundo o Procurador-Geral da Repúplica à época, Rodrigo Janot, o estabelecimento de
contrapartida monetária pelo trabalho realizado por preso em valor inferior ao salário-mínimo viola os
princípios constitucionais da isonomia e da dignidade da pessoa humana, além do disposto no artigo
7º, inciso IV, que garante a todos os trabalhadores urbanos e rurais o direito ao salário-mínimo.
Na ADPF, pede-se liminar para suspender a aplicação do dispositivo até o julgamento do mérito,
quando a PGR espera que o STF declare a não recepção do dispositivo da LEP pela CF/1988.
Nessa parte topográfica da NEP que trata do trabalho do preso, vimos que a prestação de serviço
pelo condenado será de cunho exclusivamente pedagógico não implicando, em regra, vínculo
empregatício. Isso porque a laborterapia prisional tem como fito finalístico a reintegração social do
preso.
Quanto aos efeitos remuneratórios, além das determinações estudadas acima, existe a previsão
na NEP de que o TRABALHO INDUSTRIAL do condenado que for exercido em fundação, empresa
pública com autonomia administrativa ou entidade privada terá remuneração igual à do trabalhador
livre.
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O contrato de prestação de serviços para o trabalho externo do apenado será celebrado entre
o Diretor do estabelecimento penitenciário, ouvida a CTC, e o estabelecimento tomador do serviço,
a qual para a sua efetivação dependerá do consentimento expresso do preso, nos termos do § 3º do art.
36 da LEP.
Semelhante aos já estudados, § 1º e 2º, do art. 29 da LEP (vide o Direcione a sua atenção acima),
o art. 54 da norma de execução penal mineira dispõe que a remuneração auferida pelo condenado em
virtude da realização de trabalho externo será empregada:
I – na indenização dos danos causados pelo delito, desde que determinados judicialmente e
não reparados por outro meio;
II – na assistência à família do sentenciado, segundo a lei civil;
III – cumprido o disposto nos incisos anteriores e ressalvadas outras aplicações legais, na
constituição de pecúlio, na forma de depósito em caderneta de poupança mantida por
estabelecimento oficial, o qual será entregue ao sentenciado no ato de sua libertação.
Para que isso seja possível, a contabilidade do estabelecimento penitenciário manterá registro
da conta individual do sentenciado (Art. 55 da NEP).
Presos maiores de 70 anos, enfermos e as presas gestantes ou em estado de puerpério (art. 57)
Fazemos referência aos presos condenados maiores de 70 (setenta) anos, os que sofram
enfermidade que os impossibilite para o trabalho e a mulher antes e após o parto (art. 57 da NEP).
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Reafirmamos que a diferença de idade para isenção da obrigação ao trabalho (60 e 70 anos) entre
a norma estadual e a federal é um terreno fértil para a elaboração de uma assertiva escorregadia na
prova. Portanto, fique atento ao bloco, enunciado e comando desse possível tipo de questão. Se o
examinador exigir esse conhecimento à luz da NEP, lembre que a isenção ao trabalho obrigatório é
destinada aos presos maiores de 70 anos.
O preso fará jus ao repouso semanal, de preferência aos domingos. O direito ao repouso
dominical é preferencial e não uma obrigação. Além disso, será concedido descanso de até 1 (um) mês
ao sentenciado:
Lembre-se que, como regra, o preso não possui vínculo empregatício com o empregador, nem
relação trabalhista em conformidade com a CLT. Isso ocorre em virtude do trabalho obrigatório do preso
ter natureza de laborterapia. Portanto, não confunda o direito ao gozo do instituto de descanso de até 1
(um) mês que possui o apenado com os atributos vistos acima com o direito a férias concedido ao
trabalhador livre. O primeiro instituto busca inspiração no segundo, porém são distintos (p.ex.: o preso
trabalhador não receberá o valor de pelo menos 1/3 a mais da sua remuneração quando em gozo do
descanso de até um mês – vide o art. 7º, XVII, da CF/88).
O caput do art. 33 da LEP estabelece que a jornada de trabalho do preso não deverá exceder a 8
horas, nem ser inferior a 6 horas, com previsão de descanso preferencialmente aos domingos e
feriados.
O parágrafo único do mesmo artigo dispõe que os presos que exercem alguma espécie de serviços
de conservação e manutenção do estabelecimento penal poderão ter horário especial de trabalho.
Vejamos abaixo algumas recomendações das Regras Mínimas da ONU em relação ao trabalho
dos presos.
Regra 96
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Regra 101
Regra 102
1. As horas diárias e semanais máximas de trabalho dos reclusos devem ser fixadas por lei ou por
regulamento administrativo, tendo em consideração regras ou costumes locais respeitantes ao trabalho
dos trabalhadores em liberdade.
2. As horas devem ser fixadas de modo a deixar um dia de descanso semanal e tempo suficiente
para a educação e para outras atividades necessárias como parte do tratamento e reinserção dos
reclusos.
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Questão INÉDITA
O trabalho não é obrigatório para os presos provisórios que sofram de alguma enfermidade que
os impossibilite de trabalhar, mulheres antes e após o parto e maiores de 70 anos.
Da Religião
Da Religião
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exigidas no estabelecimento.
“Art. 61 – É permitida, nas penitenciárias, nos termos do regulamento desta lei, a PRESENÇA de
representante religioso, com autorização para organizar serviços litúrgicos e fazer visita pastoral aos
adeptos de sua religião.”
Todos os presos têm direito à liberdade de crença e culto nos termos da Constituição e das leis.
A NEP não só garante esse direito ao preso como também permite a manifestação religiosa pelo
aprendizado e pelo exercício do culto religioso, bem como a participação do apenado nos serviços
organizados no estabelecimento penitenciário, a posse de livro de instrução religiosa e a prática da
confissão das religiões.
Cumpre destacar que a NEP impõe determinados limites a prática religiosa para manutenir a
ordem e a disciplina dos estabelecimentos penais. Desta maneira, a manifestação religiosa se dará sem
prejuízo da segurança que é exigida nos estabelecimentos penitenciários. Como exemplo, podemos
citar uma liturgia que faça uso de objetos cortantes; nesses casos os objetos não poderão adentrar as
dependências do estabelecimento penal para a prevenção e proteção da incolumidade física dos presos,
dos servidores e de todos os atores da execução penal.
O art. 3º da LEP está alinhado com o preceito constitucional, ordenamento jurídico pátrio e os
tratados internacionais de direitos do homem quando dispõe que o preso condenado e o internado terão
assegurados TODOS os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei. E por foça desse mandamento
legal, também não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, RELIGIOSA ou política durante
o cumprimento da pena.
Nessa esteira, o art. 24 da LEP predispõe que a assistência religiosa concedida aos presos envolve
a liberdade de culto que será prestada de maneira a permitir-lhes a participação nos serviços
organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de literatura de instrução religiosa. O
dispositivo em tela prevê que o estabelecimento prisional deverá propiciar um local apropriado para a
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realização dos cultos religiosos, e que nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de
atividade religiosa.
A Carta Cidadã de 1988, nos incisos VI, VII e VIII do art. 5º, protege o direito de expressão da
religiosidade de todos os indivíduos que pisam o Território Nacional. Observe que esse direito não é
atingido pela sentença condenatória, mas sim relativisado.
A relativização desse direito constitucional se dará pela limitação imposta pelas normas de
execução penal que controlarão as liturgias e instrumentos de culto para que a ordem e a disciplina
prisional não sejam comprometidas (p.ex.: proibição da entrada ou uso no recinto carcerários de
objetos cortantes pertencentes a cerimônia religiosa). Mas vejamos o que manda a nossa Carta Magna:
Art. 5º [...]
[...]
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis
e militares de internação coletiva;
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-
se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
O direito ao exercício das práticas religiosas no ambiente carcerário será composto de concessão
de local apropriado para o culto, celebração de cultos, leitura de livros sagrados e ensino religioso (Regras
de Mandela – preceito 66), sempre respeitando o regulamento interno do estabelecimento para a
preservação da segurança dos atores que compõem a execução penal (servidores, presos e seus
familiares etc.)
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Questão INÉDITA
O sentenciado tem direito à liberdade de crença e culto, permitida a manifestação religiosa pelo
(a):
a) aprendizado e pelo exercício do culto.
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A fim de buscar o bem-estar físico e mental do preso e o bom convívio da população carcerária,
a NEP determina que serão organizadas atividades culturais, recreativas e esportivas em todos os
estabelecimentos penitenciários do Estado de Minas Gerais. Essas atividades coletivas visão incentivar
o retorno a convivência social dos futuros egressos após o cumprimento da pena.
Esses programas de atividades esportivas destinam-se em particular ao jovem adulto (art. 63).
O apoio profissional, técnico e colaboração para o desenvolvimento desse tipo de assistência ao preso
poderá ser solicitada à Diretoria de Esportes e a outros órgãos da comunidade onde se localize o
estabelecimento penal.
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Na parte topográfica da LEP que trata da assistência social ao preso dispõe o art. 23 da
lei:
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Questão INÉDITA
Art. 65 – Será estimulado o contato do sentenciado com o mundo exterior pela prática das
medidas de semiliberdade e pelo trabalho com pessoas da sociedade, com o objetivo de conscientizá-
lo de sua cidadania e de sua condição de parte da comunidade livre.
Parágrafo único – O contato com o meio exterior será programado pelo SERVIÇO SOCIAL,
ouvida a Comissão Técnica de Classificação.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 4º da Lei nº 19.478, de 12/1/2011.)
Art. 66 – O sentenciado tem direito a manter relações familiares, incluindo visitas periódicas
da família.
§ 1º – Compete ao serviço social assistir e orientar o sentenciado em suas relações familiares.
§ 2º – O direito estabelecido no caput abrange relações oriundas de casamento, união estável,
união homoafetiva e parentesco.
(Artigo com redação dada pelo art. 5º da Lei nº 19.478, de 12/1/2011.)
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Art. 67 – O sentenciado e o preso provisório têm direito a VISITA ÍNTIMA, com periodicidade
duração, horários e procedimentos definidos pela autoridade competente.
§ 1º – A visita ocorrerá em local específico, adequado à sua finalidade e compatível com a
dignidade humana.
§ 2º – O sentenciado indicará cônjuge ou companheiro, para fins de registro e controle pelo
estabelecimento prisional, e fornecerá a devida documentação comprobatória do casamento, união
estável ou união homoafetiva.
§ 3º – A indicação realizada nos termos do § 2º poderá ser cancelada a qualquer tempo, mediante
comprovação de rompimento do vínculo.
§ 4º – Na hipótese do § 3º, somente seis meses após o cancelamento poderá ocorrer nova
indicação de cônjuge ou companheiro para fins de visita íntima.
§ 5º – Poderá ser atribuído ao visitante documento de identificação específico, exigível para a
realização da visita íntima.
§ 6º – Somente se admitirá visitante menor de dezoito anos quando legalmente casado e, nos
demais casos, quando devidamente autorizado pelo juízo competente.
§ 7º – O sentenciado receberá atendimento médico e informações com o objetivo de evitar
contato sexual de risco.
§ 8º – A VISITA ÍNTIMA poderá ser suspensa ou restringida, por tempo determinado, por ato
motivado da autoridade competente, nas seguintes hipóteses:
I – sanção disciplinar, nos termos do inciso VII do art. 143;
II – registro de ato de indisciplina ou atitude inconveniente praticados pelo visitante,
apurados em procedimento administrativo;
III – risco à segurança do sentenciado, de preso provisório ou de terceiros, ou à disciplina do
estabelecimento prisional provocado pela visita;
IV – solicitação do preso.
(Artigo com redação dada pelo art. 5º da Lei nº 19.478, de 12/1/2011.)
O preso tem direito a manter relações familiares, incluindo visitas periódicas da família. E para
isso, caberá ao serviço social assistir e orientar o reeducando em suas relações familiares.
Esse direito abrange relações oriundas de casamento, união estável, união homoafetiva e
parentesco.
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Aula 01
[...]
Desde que comprovado o vínculo familiar de qualquer natureza, grau e gênero, o preso terá
direito a receber periodicamente a visita social dos seus companheiros, parentes e amigos com o fito de
preservar os laços familiares e sociais.
Para efeitos do exercício desse direito, a NEP dispõe que a visita íntima ocorrerá em local
específico, adequado à sua finalidade e compatível com a dignidade humana.
A norma estadual deixa claro que é o próprio preso que indicará cônjuge ou companheiro, para
fins de registro e controle pelo estabelecimento prisional, e fornecerá a devida documentação
comprobatória do casamento, união estável ou união homoafetiva.
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“a visita íntima não tem previsão formal em lei, sendo interpretada como um direito com base
em resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária(...)”
O visitante menor de dezoito anos só poderá visitar o familiar preso com a devida autorização da
autoridade competente.
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Aula 01
Em caso de menores que sejam companheiros ou cônjuges dos presos, para fins de concessão de
visita, será necessária a comprovação documental de que possuam união estável ou sejam
legalmente casados.
A visita íntima poderá ser suspensa ou restringida, por tempo determinado, por ato motivado
da autoridade competente, nas seguintes hipóteses:
A suspensão ou a restrição à visita íntima possui natureza disciplinar nos termos do inc. VII, do
art. 143 desta NEP, conforme veremos na Aula 03 deste curso.
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Questão INÉDITA
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AULA 01
Art. 1º ao art. 67
1) A Lei nº 11.404/2019 – Norma de Execuções Penais regulará a execução das penas e medidas cautelares de
segregação do convívio social no Estado de Minas Gerais, exceto:
b) privativas de liberdade.
c) restritivas de direito.
e) multa.
Comentário do professor
Nos termos do art. 1º da NEP será objeto de regulamentação da norma estadual a execução das medidas privativas
de liberdade e restritivas de direito, bem como a manutenção e a custódia do preso provisório. Sendo assim, a
pena de multa não foi contemplada pelo legislador estadual.
Gabarito: E
2) Segundo a Lei nº 11.404/2019, a execução penal tem como propósito, exceto a (o):
a) reeducação do sentenciado.
b) reintegração na sociedade.
c) prevenção da reincidência.
e) punição do infrator.
Comentário do professor
O art. 2º da NEP dispõe que a execução penal se destina à reeducação do sentenciado e à sua reintegração na
sociedade, prevenção da reincidência, a proteção e defesa da sociedade. O legislador omitiu o propósito
retributivo (punitivo) da pena. Portanto, segundo a literalidade da NEP, a alternativa “e” é a exceção.
Gabarito: E
3) O Estado, a família e a comunidade são responsáveis pela realização das atividades de execução penal.
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Aula 01
Comentário do professor
No art. 6º da NEP vimos que são co-responsáveis pela realização das atividades de execução penal o Estado e a
comunidade. Em que pese a família tenha o seu papel fundamental na recuperação do reeducando, ela não
exercerá responsabilidade quanto as atividades da execução da pena.
Gabarito: ERRADO
c) exame criminológico.
Comentário do professor
O Art. 8º da NEP dispõe que o tratamento reeducativo consiste na adoção de um conjunto de medidas médico-
psicológicas e sociais, com vistas à reeducação do sentenciado e à sua reintegração na sociedade.
E o art. 9º determina que esse tratamento será individualizado e levará em conta a personalidade de cada
sentenciado que ficará sujeito ao exame criminológico para verificação de carência físico-psíquica e outras causas
de inadaptação social (art. 10).
O art. 13 da norma preconiza que a observação do sentenciado se fará do início ao fim da execução da pena, isto
é, de natureza permanente. Lembre-se que a colaboração do sentenciado no processo de sua observação
psicossocial e de seu tratamento é voluntária. A norma não possui a previsão terapêutica da regressão psicológica
para tratamento dos presos.
Gabarito: E
a) biológicos.
b) psicológicos
c) complementares.
d) de estudo social.
e) toxicológicos.
Comentário do professor
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Embora seja pertinente e proveitoso para a elaboração de um eficiente programa individualizador da pena, o
exame toxicológico não se encontra no texto do art. 14 da NEP que dispõe:
Gabarito: E
a) no trabalho.
b) na sala de aula.
c) no refeitório.
d) na praça de esportes.
e) no interior da cela.
Comentário do professor
Nos termos do art. 15 da NEP a observação empírica se realizará no trabalho, na sala de aula, no refeitório, na
praça de esportes e em todas as situações da vida cotidiana do sentenciado. Deste modo, não está previsto a
observação no interior da cela onde o apenado ficará alocado.
Gabarito: E
7) Todas as penitenciárias contarão com duas Comissões Técnicas de Classificação, às quais incumbem a
elaboração do programa de tratamento reeducativo e o acompanhamento da evolução da execução da pena.
Comentário do professor
A NEP determina no seu art. 19 que cada estabelecimento penitenciário contará com UMA Comissão Técnica de
Classificação, à qual incumbe elaborar o programa de tratamento reeducativo e acompanhar a evolução da
execução da pena. Veja que a letra da norma estadual não consigna duas CTC como propõe a assertiva. Portanto,
a assertiva está errada.
Gabarito: ERRADO
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a) um psiquiatra, dois psicólogos, um assistente social, dois chefes da Seção de Educação e Disciplina e um
representante de obras sociais da comunidade.
Comentário do professor
Terreno fértil para a elaboração de questão, o art. 20 traz a estrutura mínima para o funcionamento da CTC que
será presidida pelo Diretor do estabelecimento e composta de, no mínimo,
• um psiquiatra;
• um psicólogo;
• um assistente social;
Gabarito: E
Comentário do professor
Na concessão do benefício da anistia a CTC não terá nenhum tipo de participação, emissão de opinião ou
ingerência. Sobre isso vejamos o que está positivado no art. 21 da NEP:
Art. 21. Compete à Comissão Técnica de Classificação opinar sobre a progressão ou a regressão do regime de
cumprimento da pena, a remição da pena, o monitoramento eletrônico, o livramento condicional e o indulto.
Gabarito: ERRADO
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10) No caso de progressão ou regressão de regime, as reuniões da Comissão Técnica de Classificação serão
presididas pelo (a):
a) Ministério Público.
b) Defensoria Pública.
d) Polícia Penal.
e) Juiz da Execução.
Comentário do professor
No caso de progressão ou regressão de regime, as reuniões da Comissão Técnica de Classificação serão presididas
pelo Juiz da Execução, presente o Ministério Público e, obviamente, a defesa do apenado. Mas o texto da NEP
omite a presença da defesa. Fique ligado!
Gabarito: E
11) O ensino médio é obrigatório para todos os detentos do sistema penitenciário do Estado de Minas Gerais.
Comentário do Professor
Segundo o art. 26 da NEP o ensino fundamental é obrigatório para todos os detentos que não o tiverem concluído.
Portanto, a assertiva está errada.
Gabarito: ERRADO.
12) O estabelecimento penitenciário disporá de classe especial para os infratores, dando-se ênfase à
instrução:
a) técnica.
b) profissionalizante.
c) de ensino médio.
d) de ensino superior.
e) de ensino fundamental.
Comentário do professor
Os estabelecimentos penitenciários mineiros disporão de classe especial para os infratores, dando-se ênfase à
escolarização fundamental, é o manda o art. 27 da norma estadual. Portanto, a alternativa “e” é o nosso gabarito.
Gabarito: E
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13) Os presos condenados trabalharão em oficina de aprendizagem industrial e artesanato rural ou em serviço
agrícola do estabelecimento, conforme suas preferências,
d) educação e competência.
Comentário do professor
No campo do trabalho do preso, os presos trabalharão em oficina de aprendizagem industrial e artesanato rural
ou em serviço agrícola do estabelecimento, conforme suas preferências, origem urbana ou rural, aptidão física,
habilidade manual, inteligência e nível de escolaridade. Portanto, a única alternativa correta é a “e”.
Gabarito: E
14) A Comissão Técnica de Classificação da penitenciária manterá contato com as autoridades acadêmicas
para a admissão do sentenciado em cursos universitários.
Comentário do professor
Cuidado, aluno! É a direção da penitenciária e não a CTC que deverá manter contato com as autoridades
acadêmicas para a admissão do sentenciado em curso universitário (p.ú. do art. 32 da NEP).
Gabarito: ERRADO
15) É permitido ao sentenciado participar de curso de Ensino à Distância, mesmo que em casos excepcionais
haja um pequeno risco a disciplina e a segurança, pois a ressocialização pelo ensino é primordial.
Comentário do professor
O EAD concedido ao preso encontra previsão no art. 33 da NEP. Porém, a norma impõe uma ressalva quanto ao
direito ao ensino à distância, determinando que será permitido ao sentenciado participar de curso por
correspondência, rádio e televisão, desde que não haja prejuízo da disciplina e da segurança do estabelecimento
prisional. Portanto, a assertiva está errada.
Gabarito: ERRADO
16) A penitenciária estadual poderá celebrar convênio com entidades públicas ou privadas a fim de realizar
cursos profissionalizantes ou supletivos.
Comentário do professor
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A assertiva está amoldada as disposições do art. 34 da NEP. Vejamos abaixo a literalidade da norma:
Art. 34. A penitenciária pode firmar convênio com entidade pública ou privada para a realização de curso
profissional ou supletivo.
Portanto, a assertiva está certa.
Gabarito: CERTO
17) O trabalho é obrigatório para todos os presos, exceto os maiores de 70 (setenta) anos, os que sofram
enfermidade que os impossibilite para o trabalho e a mulher antes e após o parto.
Comentário do professor
O preso provisório NÃO está obrigado ao trabalho (art. 39). Para os presos cautelares a atividade laboral
penitenciária será voluntária e facultativa. O detalhe é que a laborterapia de presos cautelares só poderá ser
exercida no interior do estabelecimento prisional, conforme os termos do parágrafo único do art. 31 da LEP.
Ressaltamos que os presos provisórios que, facultativamente, aderirem a laborterapia também usufruirão do
direito à remição da pena pelo trabalho, nos termos do § 7º do art. 126 da LEP, em caso de futura condenação.
A exceção da obrigação ao trabalho também alcança um grupo penitenciário vulnerável composto por maiores de
70 (setenta) anos, os que sofram enfermidade que os impossibilite para o trabalho e a mulher antes e após o parto
(art. 57). Portanto, a assertiva está errada.
Gabarito: ERRADO.
18) A jornada de trabalho do sentenciado no sistema penitenciário de Minas Gerais não excederá a:
a) 12 (doze) horas.
Comentário do professor
Nos termos do Art. 40 da NEP, a jornada diária de trabalho do sentenciado não excederá 8 (oito) horas.
Gabarito: E
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19) Para a concessão de saída do estabelecimento penal com o propósito de prestação do trabalho externo,
serão considerados requisitos para a análise em relação ao preso beneficiado,
e) a personalidade e os antecedentes.
Comentário do professor
O art. 44 da NEP determina que para a prestação do trabalho externo do preso serão considerados, segundo
parecer da Comissão Técnica de Classificação, a personalidade, os antecedentes e o grau de recuperação do
sentenciado que assegurem sua regular e efetiva aplicação ao trabalho, bem como o respeito à ordem pública.
Portanto, a alternativa “e” é a única correta.
Gabarito: E
20) O sentenciado em regime fechado poderá, com autorização judicial, frequentar, na comunidade,
estabelecimento de ensino ou de formação profissional, ouvida a Comissão Técnica de Classificação.
Comentário do professor
A Lei nº 19.478/2011 que alterou o art. 45 da NEP prevê que o sentenciado em regime SEMIABERTO poderá, com
autorização judicial, frequentar, na comunidade, estabelecimento de ensino ou de formação profissional, ouvida
a Comissão Técnica de Classificação, observado o disposto nos arts. 122 a 125 da LEP. Portanto, a assertiva está
errada.
Gabarito: ERRADO
Comentário do professor
A Lei nº 18.401/2009 que alterou o art. 46 da NEP passou a dispor que o trabalho externo será
supervisionado pelo serviço social penitenciário mediante inspeção in loco (no local).
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Gabarito: E
22) O reeducando tem direito à liberdade de crença e culto, permitida a manifestação religiosa pelo
aprendizado e pelo exercício do culto. Contudo, é proibida a presença de representante religioso no interior
do estabelecimento penal, a fim de que a ordem e a disciplina sejam mantidas.
Comentário do professor
Por mandamento constitucional e legal, o sentenciado tem direito à liberdade de crença e culto,
permitida a manifestação religiosa pelo aprendizado e pelo exercício do culto, bem como a participação
nos serviços organizados no estabelecimento penitenciário, a posse de livro de instrução religiosa e a
prática da confissão, sem prejuízo da ordem e da disciplina (art. 60).
Para atendimento aos fiéis presos das diversas religiões, a NEP permite a entrada de ministros
religiosos nos interiores das penitenciárias, com a devida autorização, para organizarem os serviços
litúrgicos e fazerem visitas pastorais aos adeptos de sua religião (art. 61). A segunda parte da assertiva
está errada.
Gabarito: ERRADA.
Comentário do professor
O art. 65 da NEP dispõe que será estimulado o contato do sentenciado com o mundo exterior pela prática das
medidas de semiliberdade e pelo trabalho com pessoas da sociedade, com o objetivo de conscientizá-lo de sua
cidadania e de sua condição de parte da comunidade livre.
No parágrafo único do dispositivo em comento está expresso que o contato com o meio exterior será programado
pelo serviço social, ouvida a Comissão Técnica de Classificação (Lei nº 19.478, de 12/1/2011 que alterou o
dispositivo).
Gabarito: E
24) O reeducando tem direito a manter relações familiares, incluindo visitas periódicas
a) da família e do advogado.
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Aula 01
e) da família e de parentes.
Comentário de professor
Visando a manutenção dos laços familiares e a reintegração social do preso, a NEP preconiza que o sentenciado
tem direito a manter relações familiares, incluindo visitas periódicas da família, incluindo as relações oriundas
de casamento, união estável, união homoafetiva e parentesco (art. 66). Portanto, a única alternativa correta é
a “e”.
Gabarito: E
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Questões INÉDITAS
AULA 01
Art. 1º ao art. 67
1. A Lei nº 11.404/2019 – Norma de Execuções Penais regulará a execução das penas e medidas
cautelares de segregação do convívio social no Estado de Minas Gerais, exceto:
2. Segundo a Lei nº 11.404/2019, a execução penal tem como propósito, exceto a (o):
a) reeducação do sentenciado.
b) reintegração na sociedade.
c) prevenção da reincidência.
d) proteção e defesa da sociedade.
e) punição do infrator.
3. O Estado, a família e a comunidade são responsáveis pela realização das atividades de execução
penal.
a) biológicos.
b) psicológicos
c) complementares.
d) de estudo social.
e) toxicológicos.
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Aula 01
a) no trabalho.
b) na sala de aula.
c) no refeitório.
d) na praça de esportes.
e) no interior da cela.
7. Todas as penitenciárias contarão com duas Comissões Técnicas de Classificação, às quais incumbem
a elaboração do programa de tratamento reeducativo e o acompanhamento da evolução da execução
da pena.
a) um psiquiatra, dois psicólogos, um assistente social, dois chefes da Seção de Educação e Disciplina
e um representante de obras sociais da comunidade.
b) dois psiquiatras, um psicólogo, um assistente social, um chefe da Seção de Educação e Disciplina e
um representante de obras sociais da comunidade.
c) um psiquiatra, um psicólogo, dois assistentes sociais, um chefe da Seção de Educação e Disciplina
e um representante de obras sociais da comunidade.
d) um psiquiatra, um psicólogo, um assistente social, um chefe da Seção de Educação e Disciplina e
dois representantes de obras sociais da comunidade.
e) um psiquiatra, um psicólogo, um assistente social, um chefe da Seção de Educação e Disciplina e
um representante de obras sociais da comunidade.
a) Ministério Público.
b) Defensoria Pública.
c) Diretor do estabelecimento penal.
d) Polícia Penal.
e) Juiz da Execução.
11. O ensino médio é obrigatório para todos os detentos do sistema penitenciário do Estado de Minas
Gerais.
12. O estabelecimento penitenciário disporá de classe especial para os infratores, dando-se ênfase
à instrução:
a) técnca.
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Aula 01
b) profissionalizante.
c) de ensino médio.
d) de ensino superior.
e) de ensino fundamental.
15. É permitido ao sentenciado participar de curso de Ensino à Distância, mesmo que em casos
excepcionais haja um pequeno risco a disciplina e a segurança, pois a ressocialização pelo ensino é
primordial.
16. A penitenciária estadual poderá celebrar convênio com entidades públicas ou privadas a fim
de realizar cursos profissionalizantes ou supletivos.
17. O trabalho é obrigatório para todos os presos, exceto os maiores de 70 (setenta) anos, os que sofram
enfermidade que os impossibilite para o trabalho e a mulher antes e após o parto.
18. A jornada de trabalho do sentenciado no sistema penitenciário de Minas Gerais não excederá
a) 12 (doze) horas.
b) 12 (doze) horas divididas em 4 (quatro) horas a cada 3 (três) dias.
c) 12 (doze) horas divididas em 3 (três) horas a cada 4 (dias) dias.
d) 12 (doze) horas divididas em 6 (seis) horas a cada 2 (três) dias.
e) 8 (oito) horas diárias.
19. Para a concessão de saída do estabelecimento penal com o propósito de prestação do trabalho
externo, serão considerados requisitos para a análise em relação ao preso beneficiado,
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22. O reeducando tem direito à liberdade de crença e culto, permitida a manifestação religiosa
pelo aprendizado e pelo exercício do culto. Contudo, é proibida a presença de representante religioso
no interior do estabelecimento penal, a fim de que a ordem e a disciplina sejam mantidas.
24. O reeducando tem direito a manter relações familiares, incluindo visitas periódicas
a) da família e do advogado.
b) da família e organismos de direitos humanos.
c) da família, exceto de uniões estáveis.
d) da família, exceto de uniões homoafetivas.
e) da família e de parentes.
Gabarito
01 – E 02 – E 03 – E 04 - E 05 -E 06 - E 07 - E 08 - E 09 -E 10 – E
11 – E 12 – E 13 – E 14 - E 15 – E 16 - C 17 – E 18 - E 19 – E 20 - E
21 – E 22 – E 23 – E 24 - E
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