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2OSAGEM DE CONCRETOS - I f11 1. DEFINICAQ Estabelecimento das proporcdes da mistura cimento, pedra, areia e gua para a obtengdo de concreto endurecido de qualidade com o maxi- mo de econémia. OBcRTIVO 2.1. Na _maroraa dos casos - Resisténcia a compressio desejdvel (medida em corpos de prova) 2.2. Bm outros casos - Resist@ncia a tragic e cisalhamento - Durabilidade - Resistdncia ao desgaste - Impermeabilidade - Resisténcia a 4guas e gases agressivos - Aderéncia aos acos da armadura ~ Aparéncia 3. AGUA 3.1. Importancia - A areia e a pedra séo nevtras quimicamente. A agua é 0 ele mento ativo que reage com o cimento permitindo a obtengao de concreto endurecido. 3.2. Regra Baésica = Todas as propriedades quentificiveis do concrete endurecido tem seus valores majorados com a redugéo da dgua na mistura, desde / que o adensamento do concreto fresco possa sex bem conduzido. 3.3. Porque? Porque a quantidade de Agua que possibilita a trabalhabilida- de do conereto fresco 6 de no minimo, 40% do peso do cimento, enquan to que a necossdria para a reagio quimica é de 25%. O excesso de Agua se evapora formando canaliculos na massa de concreto, tornando-a mais porosa e fraca. 4. RESISTSNCIA CARACTERISTICA 4.1. Resisténcia a compressdo real A resisténcia a compressdo que o concreto endurecido tem sé pode ser medida, obviamente, na pega de concreto. Isto 6 feito, em geral, por dois métodos. - Esclerometria - Retirada de amostras da prépria peca. © primeiro método, no destrutivo, é feito em primeiro lugar. £1 03 f6rmulas: média = x = X1 + X2 + + Xn B Desvio padrao = 4 = (X-x1) “+ (KK + 7 Coeficiente de variagio = C= A x 100 (em $) Valores das séries x £(x-x1) 7 > c A 35,0 8,5 1,30 3,7 B 35,0 1780,0 18,86 53,9 pPnidade | M Pa - M Pa a x 10 em x 10 en ka/om? kg/em? 4.4, Andlise dos Pardmetros = Segundo a norma americana ACI214 considera-se como padrao de qualidade do concreto os desvios padrdes seguintes: Padrdo Mpa kg/om? fxcerente 2,8 28 Muito bom 2,8 a 3,5 28 a 35 Bon 3,5 a 4,2 35 a 42 Regular 4,2 a 4,9 42 a 49 Fraco > 49 > 49 - Segundo a pratica usual, adota-se Controle nas obras > exemplos Muito bom 4,0 barragens Bom 3,5 prédios, pontes Regular 70 casas - 0 concreto de usina tem controle que varia mito com as circunstancias: > entre 4,0 7,0 c * 158 e258 £1 04 - A Benapar tem conseguido, a custa de um bom controle de qualidade a entre 3,0 5,0 c a 9,58 e 18% - As normas brasileiras nao fazem nenhuma classificagio. Apenas indicam a maneira de calcular 4.5. Resist8ncia caracteristica £ calculada por métodos probabilisticos. A Norma Brasileira estabelece que sera a resisténcia caracteristica aquela em que se es pera que apenas 5% dos resultados dos ensaios se situem abaixo do seu valor e, obviamente, 95% acima. Quanto maior for o niimero de ensaios, maior consisténcia / teré esse calculo. A prética, porém limita esse nimero e a norma es tabelece regras quanto a isto. Atravéz da teoria das probabilidades pode-se ent&o calcular fck pela formula fck = £c28 - 1,65 > Ou, conhecendo-se fck, £c28 deverd ser: fezg = fck + 1,654% Na pratica usua: [controie nas obras Yr 1,65 | Muito bom 4,0 6,5 Bom 5,5 9,0 Regular 710 11,5 5, EXIGENCIAS COM RELAGAO AO CONCRETO FRESCO As propriedades ao concreto endurecido correspondem 4 exigéncias com relago ao concreto fresco nos momentos de sua mistura, transpor te, lancamento, adensamento e cura. Detalhes a propésito da mistura (tipo, tamanhos e tipos de beto- neiras, ordem da mistura), transporte (carrinhos, em caminhdes beto- neira, etc), lancamento (manual, por bombas, etc), adensamento (ti- pos de vibradores, frequéncias, etc) e cura (com agua, a vapor) sao posteriormente considerados. Mas, essencialmente, o concreto deve ser trabalnavel,isto é, poder preencher totalmente as formas uniformemente, sem vazios sem segregacdo do agregado graudo. A propésito, é Gtil recordar-se / as prescrigées de um dos grandes pioneiros do concreto no Brasil, / Ary Torres: £1 05 devera apresentar @ mobilidade adequada, sem prejufzo da jo necessiria, e suficiente para evitar demasiada aspereza ou sep: Ho dos elementos component: b tendo em vista a econdaia, a massa deverd sex o menos fluida pos a a mat sfvel, cufdando-se, por outro lado, para que néo seja o bom rendimento da obra prejudicado por dificuldade excessiva na operacao; jentarem caracter{sticas muito dife- ° ee 49 pecas a concretar apr rentes en diversas a consisténcia da mietura fresca devera, nor= 08 x adequada & eituacio mais diffeil. Para as partes mais fé- malmente, ceis, a massa seré, neseas condicée: mais fluida do que o necessario asim, de certo modo, antiecondmica, mas isto, em parte, & compensado por moir rendimento da execu a. wassas mais fluidas séo recoundaveis para pecas cujas superfi- cies de moldagem sejem muito grandes em relaco ac volume do conreto; pa ra aquelas em que haja grande concentracéo de armadura, sobretudo supe- rior a 3/4 do espacamenco das barrag; e também para as que apresentam muitas arestas vivas ou partes de diffcil acesso; uisturas podem ser Canto mais rijas quanto mais enérgico 0 ndo-se a vibracdo, deven ser reletivanen processo de adensemento: emprt te accas e, condo o socamento manual, de conoteténcta nitidanente plist ea. 6. CARACTERISTICAS E PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECID\ Diversos tipos de concreto, com diversos tipos de cimento, de agregados, sem ou com incorporacéo de ar e aditivos podem ser elaborados para Tem uma ampla gama de requisitos. Consideremos aqui somente o concreto feito com cimento tipo Portland(CPS 25,CPS 32 e:CPS segundo as Normas Brasileiras), com agregado niddo de areia grossa lavada de cava ou de rio ou de areia de brita e agregado graudo de brita de rochas como o granito e o gneiss de pedregulhos naturais, Os agre tisfaze sedoa serdo alidos se seus diamecros nominate forem inferiores a 4,8m sraudoa se superiores @ este valor. Os agregados graudos so encontrades no conércio com as deeignasdes brite 0 (4,8 4 9,5am), brite 1 (9,5 419m), bri- ta 2 (19 & 25mm), brita 3 ( 25 38mm), brite 4 (38 § 50mm) ¢ acima deste leimo valor como pedra de mio e raché Entre os requisites (ja elencados no item 2 deste) o bisico é @ resis- eda a compressao. Este requisito, ¢ , de maneira geral todos os outros dependem da relacio agua/cimento na elaborasie do conceto tem seus valores exescentes como decréscino desta relacio. No que toca a resist@ncia a com Preasao ela é funcdo da relacio a/e(fator —agua/cimento indicado por x, x = a/e)e esta funcdo gera uma curva chamada de Abram 7. METODOS DE DOSAGEN 71 Fundamentos © concreto é uma mistura de cimento, pedra, areia e agua (agua eficaz + ar) Para que 0 concreto seja econdmico é evidente que a mistura pedra areia deva ser a nats densa possfvel, procurando-se dosar os agregados de waneira que os vazios dos mais grossos sejam preenchides pelos mais finos. Alem de densa, a mistura deve priorizar 0 emprego dos _agregados 05 mais grossos visto que estes ten maior superffeie especifica e por is to exigen menos paste cimento e agua para envolvé-los ¢ cimenta-los. Para que seja bon é necessdrio que satisfaca, basicamente os requisi- tos de resisténcia a compressdo durabilidade e trabalhabilidade. 72 Procedimentos iniciais 7.21 Fixagao da resisténcia fc28 £c28 = feck + 1,65 0 desvio padrio = & fungio do tipo de controle na elaboracio do con= ereto. Se pedo estind-lo como muito bor na pri Eebricagdo e £c28 serd £028 = fck + 6,5 (MPa) Em obras correntes convem estimi-lo como bon e entao £c28 = fck + 9,0 (MPa) 7.22 Determinagao do fator agua/cinento fc28 tem relacdo biunivoca com 0 fator x = a/c para cada tipo de ci- mento, Esta relacdo é dada pela curva de Abrans, do tipo fc28 = ab No anexo 1 encontran-se tabelados resultados obtidos por diferentes instituicSes em diferentes circunstdncias. Recomenda-se o emprego da co- luna onde, para CPS 32,em MPa £028 = 160432 * Assim sendo, x = a/c é definido em funcdo da resisténcia de dosagem. E- ventualmente, em concretos submetidos a exposico’s severas, afetando a sua durabilidade ha de se considerar uma redusdo de x. Se este for o ca 90 consultar na bibliografia os fatores a/c maxinos pernissfveis. 7.23 Escolha da dimensio néxima do agregeds Quento maior a dimenedo mixina do agregado graudo numa mistura bem graduada, menor seré seu indfce de vazios © sua oxigéneia de arganassa por unidade de volume do concreto. Assim condo, convem empregar agregado de maiores dimensdes possiveis desde que adequadc as dimensées da estrutura. A restrigio mais importan te 6 a do que 6 diametro maximo do agregado nfo deve ul trapasear 3/4 da menor distGncia entre as barras da armadura ou seja. Brita Diametro maximo da brita 38mm} 5Onn Menor distancia entre as barras de armadura 1,2cm |2,5em [3,3em|5,1em| 6, 7em £1 06 /.£4 vetermanagas da composicao geanulonetrica ¢ do modulo de finura do agregado miiido. Para o ensaio de determinagao da composigao granulonétrica do agregado middo se em pregan pelo menos 1 kg desse agregado @ peneiras de abertura de malhas a saber, en mm 4,8 - 2,4 - 1,2 = 0,6 ~ 0,3 @ 0,15 © médulo de finura é dado pela soma das porcentagens acumuladas retidas nessas pe neiras, dividida por 100. Quanto ao modulo de finura, a areia se classifica Areia fina MPK2,4 Areia nédia 2,42 MFC 3,9 Areia grossa MF> 3,9 A importancia do nddulo de finura reside no fato, mostrado pela experiéncia, de que agregados de médulo de finura idéntico exigem a mesma relacdo a/c pera produzir concreto de mesma consisténcia. 7.25 Massas especificas aparentes, 40 mesmo volume do agregado (p-ex. 0 volume da padiola) podem corresponder pesos (e portanto massas) diferentes, dependendo da intensidade de compactacio e da unidade do agregado. Por isto 2 determinasdo das massas especificas aparentes devem ser fel- tas dentro de condicofs bem definidas. Para nosso uso determinarenos as massas especfficas dos materiais nas condisoés reais de lancamento nas padiolas ¢ com umidade nedida nde menor do que 2% nem maior do que 6% para a areia e sem controle de unidade na pedra. Certos métodos de docagem medem a umidade dos agregados compactados a seco no 1a boratério, que resultam, cbviamente naiores que as citadas. Nio empregarenos esses mé todos e por isso nio ha necessidade desse tipo de medida 7.26 Nassas especfficas absolutas Do cimento é 3,1 kg/1. Dos agregados graniticos 2,65 kg/l. Para outros agregados deve ser determinada. 7.27 Outros ensaios. Outros ensaios como o determinacdo de materiais pulverulentos e matéria organica deverao ser feitos, se for o caso. 0 ideal é escolherem-se agregados que tenhan seus teores abaixo dos admissiveis pelas nornas. 73. Consumo de cimento no concreto 73.1 Draco © concreto compoé-se de cimento, agregados mitidos e graudos e agua (agua eficaz + ar incorporado) A relacdo entre estes diversos elementos é chamada de traco e indicada por | x onde 1 indica 1 kg de cimento @ nassa da areia seca em kg no concreto para 1 kg de cimento P nassa da pedra britada seca em kg concreto para 1 kg de cimento x relagio agua/cimento em 1/kg Se mais de un tipo de brita for usada, p seré a sona das massas das diversas britas. 73.2 Composicao do concrete Indicande-se por © = consumo de cimonto por m® de concreto de = massa especffica absoluta do cimento em kg/1 da = massa especffica absoluta da areia em kg/1 d,, = massa especifica absoluta da pedra em kg/1 £1 08 1 m? ou 1000 1 de conereto fresco (no concreto endurecido parte da agua se evapora e é substitufda por ar nos poros do concrete) tero de cimento xc de areia de pedra Hh Ble x x ¢ de dgua resultando 1000 =< + dc de onde se conclue 1000 1 +a+P +X dc da dp A densidade absoluta do cimento tem o valor de 3,1 kg/l como ja foi dito. A densidade dos agregados depende da rocha de que sao oriundos. Nas ais comuns como formadoras dos agregados, 0 granito e 0 gneiss, a densidade é de 2,65 kg/1 (em outras rochas, como 0 basalto pode chegar a 3 ke/1) e este valor é 0 que empregarenos nas férmlas que se seguirio. Assim sendo ce 1000 aay 0,323 + (a + p)/ 2,65 +X que também se escreve ae 2650 (7.2) 0,856 + (a + p) + 2,65 X ou, chamando-se de m massa de agregados por kg massa de cimento ce 2650 (7.3) 0,856 + m+ 2,65 X 8. Dosagen do concreto 81. Objetivo da dosagem Dosagen € a determinasdo das proporceés mais adequadas de cimento, agregados ¢ mii~ dos, agua € eventualmente aditivos para a execugde do conereto, visando, quando fresco ser trabalhavel , quando endurecido apresentar, na idade especificada, ac propriedades requeridas ao seu emprego, especialmente resisténcia a compressio e durabilidade e, sa- tisfeitas estas conicods, ser o mais econdnico possivel. 82. Nétodos de dosagen Sio propostas de roteiros a seren seguidos para a obtencio de misturas tedricas con os caracteres de resisténcia e trabalhabilidade desejados a partir das quais, com pe- quenos ajustes na obra, pode-se chegar ao traco ideal para a producdo do concreto. Instituicoés como o IPT, INT, ABCP, ACI e pesquizadores independentes ou a elas li- gados tem publicado seus métodos, ilustrados com tabelas e graficos para a sua utiliza~ cdo. 85. Dados comuns a todos os netodos fej/fck do projeto f109 x= a/c a partir de fej/fek com o auxflio de tabelas ou graficos experinentais Duax escolhido cono funcdo das dimensoés das pecas e densidade das armaduras M.F determinada em laboratério (da areia e eventualmente da pedra) ou curvas ou tabelas de conposicao granulométricas (no método do INT) dc, da, dp nassas especificas dos conponentes slump ¢ ar incorporado desejaveis nos métodos ACI 84, Roteiros a serem seguidos A partir desses dados comuns a todos os métodos cada um deles propo’ sequéncias diferentes de procedimentos. Basilio (1), analisando os métodos brasileiros sob dois de seus aspectos principais, classifica-os segundo o quadro Relagio Agregado Graiide/Mitdo Consume de Cimento int ]f= fungao de ume composicao gralEm funcdo do fator a/e e da por- nulométrica que se adapte a cur|centagem dgua/mistura seca, que, vas-padrao por sua vez, depdende de Dnax. e do processo adensamento. tet |B fungao dos médulos de finura|Tentativas experimentais em fun- dos agregados so da trabalhabilidade desejada. ABCP |Em funcado das massas espec{fi- |Com auxilio da rota de igual tra-| cas aparentes secas dos agrega-|balhabilidade, relacionando 0 tra dos, determinadas em ensaio pa-|co ao fator agua/cimento. dronizado. ITERS |Experimentalmente em ensaios Tentativas tendo em vista a tra- realizados com aprelhe Powers |balhabilidade desejada ou veBe 84.1 Método do INT Prefixa-se inicialmente o faor agua/mistura seca AZ a partir de dados tais ou atravéz da tabela de Lobo Carneiro (Tab...) Como sa mistura por unidade , de massa do cimento e,como x é a massa de égua por da massa de cimento, entéo a relacao lim sera o fator A procurade, ou om porcentagem az= + =4— / 100 100 1 +m mn = 100%) A oxpressio que permite ter os valores de m= a +p experinen- 1 +mé a massa total des- unidade As tabelas Tab 3 e Tab 4 derivadas da tabela de Lobo Carneiro fornecem diretamen~ te o valor dem eate Me SeaewAe OY KvnoUUY we RLUCULY PUL WE Ue KUILEEU pur ° 1000 0,323 + m/2,65 +x se dg = da = dy = 2,65 kg/L 0 desdobramento dos agregados a partir de m,em seus diversos tipos é calculado por tentativas procurando-se uma mistura cimento/agregado que fique dentro de cer- tas composicoés granulométricas de melhor trabalhabilidade tendo em vista a vibra cdo manual, moderada ou enérgica, dados por curvas experimentais chamadas de 1,1, IIL, sugeridas por Bolomey e Graff e que se encontran na bibliografia. En primeira aproxinacdo Lobo Carneiro apresenta estes dados em tabelas (Tab.5) 8.42 Método da ACT Prefixa-se inicialmente o volume A de dgua por metro cubico de conereto atra- véz de abacos (Tab.6) ou tabelas (Tab.7) em funsdo do slump (abatimento)desejavel. (Tab.8 © 9) © © Dmax escolhido © consumo de cimento em kg, por metro cubico de concreto sera entice A/k e on volume A/X x de. A partir do conhecimento dos volunes de Agua e cimento por m? de concreto, por diferenca tem-se o volume total dos agregados e daf, pelo conheci- mento de suas densidades, o valor de m= a+p . A proporcio de areia na mistura areia e pedra é encontrada em tabela (Tab. 10 e 11) experimentais, funcoés de x e ME. Por diferenca entao calcula-se p 8.43 Outros métodos Outros métodos, do IPT, ABCP, ITERS, ASTM sio encontrados na bibliografia. Ye ANAWU_E_YULUNE mau 9.1 Massas especificas aparentes Nassa especifica aparente do agregado é a massa encontrada na umidade do volu- ne aparente, isto é, incluindo no volume os vazios entre os grios. £ claro que esta massa especffica ird variar com a maneira de se lancar o agre gado no recepiente que ird servir para a sua determinagdo, se compactado ou ado 5 € com a unidade do agregedo na ocesigo de seu lancanento. Em laboratério « determinasdo dessa massa espec{fica é feita como material se com em estufa ov ao sel ¢ Langado (eventualmente compactado) de mancira padroniza da em recepiente também padronizado. 0 valor assim obtido é 0 da massa especffica aparente a seco. No campo interessa mais a massa especffica aparente umida determinada atravéz da operacdo real de concretagem, iste &, como lancamento com pas em padiolas ou carrinhos como habitualmente o fard o pessoal encarregado do enchimento da beto~ neira. 0 valor assim obtido & o da massa especifica aparente umida. Convém deter nind-la em cinco ou mais tentativas e tomar a média das tentativas, excluindo-se as que se afastem demasiado dessa média. 9.2 Unidade da areia e da pedra A arela, quando entregue nas obras, apresenta-se umida e, quando utilizada con serva-se ainda umida, A umidade € dada em porcentagem e definida por 100 x» peso da areia umida - peso da areia seca peso da areaia seca Yor duas razoés é importante conhecer-se a umidade da areia.A prineira é a de que dado um traco em peso |: a: pi x torna-se necessdrio descontar de x a Agua arrascada pela areia para se manter a mesma relagdo agua-cimento. A segunda ccorre quando se enprega o traco em volume quando imp3e-se a correcio do volume relativa ao inckanento da areia do que se dird a seguir. Quanto brita ou pedregulho a dgua levada por este agregados é insignificante podende ser desprezada na maioria dos casos. A umidade da areia pode ser determinada por diversos métodos, entre eles 0 do frasco de Chapman , do Espaedy, por secagem em estufa, por secagem ao ar livre . ao sol ou com adicao e combustao de alcool. A umidade pode ser também, com relativa aproximacdo, avaliada por técnicos familiarizados com o assunto. Para se adquirir prdtica na apreciacdo dos teores de umidade um método € fazer-se ensaios regulares com areia seca a 0%, a 3%, a 6% € 9%, umidades t{picas com que a areia se encontra nas obras e que podem classifi car-se en Tipo de umidade Umidade em Volume aproxinado em Litres da agus contd porcentagen da em 100 litros de areia umida Seca o ° Pouco umida 3 4 Umida 6 8 Muito umida 9 12 A experiéncia mostra que a umidade da areia provoca un afastamento de seus graos do que resulta o inchamento do conjunto. Desse inchamento resulta que em certos ca sos a areia umida pode apresentar um volume 30% superior ao ocupado quando seca. Assim, se fizernos variar a quantidade de agua contida na areia seu volume “aparente" também variard. Isto significa que o valor da massa especifica aparente umida é valido apenas para a umidade em que ela foi medida. Normalmente o inchamento cresce da umidade zero até teores de umidade de cerca de 3z A 6%, decrescendo depois para anular-se para a areia saturada. 94. Qualidade do concreto no traco em volume Para que o concreto seja o da mais alta qualidade permitido pelas Normas Brasi- leiras, deve preencher, entre outros requisitos, o de que os agregados sejam medi- dos em peso, Tal exigéncla decorre principalmente em virtude da influéneia do fend meno do inchanento da areia. Nas obras correntes, a medida dos agregados é feita em volume, do que poderian resultar incorresdes no emprego dos tragos quando em peso. £ necessério porém pon- derar que a areia, tal como se encontra nas obras, om seu estado natural, pronta para cer usada, nao ce apresenta com teores de umidade extremos, absixe de 3 e a~ cima de 9 por cento. Sabendo-se mais que o fendneno do inchamento entre esses teores de 3 & 9 por cen to costuma acarretar una variacio de massa especffica aparente raranente superior a 5%, parece-nos I{cito considerd-lo constante nesse intervalo, mesmo porque o pro prio erro acidental na sua determinacao nao tem ordem de grandeza menor. f por isto que é valida a aplicacdo de tracos em volume, desde que o seu calculo seja feito com os cuidados requeridos. 95. Calculo de traco em volume 95.1 Dados trago Lia:pix maah = massa especifica aparente, umida, com umidade entre 3 e 9%, empregando o método de enchimento usado na obra, da areta map = massa especifica aparente na pedra, empregando 0 nétodo de enchimento usa~ do na obra 95.2 Formulas 95.21 Dado o traco em peso calcular o traco em volume Sendo h = umidade @ = kg de areia para | kg de cimento p = kg de pedra para | kg de cimento ev = litros de areia para 1 kg de cimento pv = litros de pedra para 1 kg de cimento Tem-se para a areia avxmaah = a+ha=a (1 +h) av= 4 (1 +h) aah E para a pedra py x map = p > pv = p/map Do valor de x deve ser descontada a agua da areia igual ah x a A tabela seguinte é feita para simplificar os calculos ‘Tabela h (z) lth 1/Cith) n/(Q +) 3 1,03 0,971 2,91 4 1,04 0,962 3,85 5 1,05 0,952 4576 6 1,06 0,933 5,65 95.22 Dado o traco em volume calcular o traco em peso Para a areia av x maah = a (Ith) L 1th a= av maah E para a pedra P= pv x map Do valor de x deve ser descontada a dgua da areia igual a h+a 96, Galculo das quantidades por m® de concreto cinento 1000 (es) 0,323 + (a + p)/2,65 + x areia = avxe @?) pedra = py xe (3) 97. Calculo das quantidades por saco de cimento cimento = 1 (se) areia = 30x av (m3) pedra = 50 x pv @?) BIBLIOGRAFIA 1, Bauer, L.A.F - Nateriais de construgao 2. Vercoza EJ Materiais de construcdo 3. Alves, 8.D ~ Manual do tecnologia do concreto 4, Tartuce, R e Giovanetti, E - Principios basicos sobre concreto de cdmento Portland 5. Giammusso, SE - Dosagem de concretos ~ Ed.ac construcao janeiro/84 6. Correa, WG ~ Acompanha a dosagem de concreto até o final da obra one/1972 7. Petucci, E.G.R - Concreto de cimento Portland ‘TEOR DE AGREGADOS EM PESO NO TRAGO 1: (a + p) (consumo de cimento prefixado) ce 2650 0,856 + (a+ p) + 2,65 x a + p = 2650 - 0,856 - 2,65 x € x = a/e 0.40 0,42 0,44 0,46 0,48 0,50 0,52 0,54 0,56 0,58 0,60 3B] 7.54 7649724676397 34 728 7523 7,18 7412 7,07 7,02 300 ]6,92 6,86 6,81 6576 6,71 6,65 6,60 6,55 649 6,44 6,39 320 /6,37 6,31 6,26 6521 6,15 6,10 6,05 6,00 5,94 5,89 5,84 340 |5,88 5,83 5,77 5472 5,67 5,61 5456 5551 5445 5440 5435 360 |5,45 5,39 5,34 5,29 5,23 5,18 5,13 5,07 5,02 4,97 4,92 380 |5,06 5,00 4,95 4,90 4,85 4,79 4,74 4467 4,63 4,58 4,53 400 /4.71 4,66 4,60 4,55 4450 4,44 4539 4,34 4429 4423 418 420 |4,39 4,34 4,29 4,23 4,18 4,13 4,08 4,02 3,97 3,92 3,86 440 |4,11 4,05 4,00 3,95 3,89 3,84 3,79 3,74 3,68 3,63 3,58 460 3,84 3,79 3,74 3,69 3,63 3,58 3,53 3,47 3,42 3,37 3,31 480 13,60 3,55 3,50 3,45 3,30 3,36 3,29 3,23 3,18 3,13 3,07 500__|3,38__3,33_ 3,28 3,23 3,17 3,12 3,07 3,01 2,96 2,91 2,85 Tab. 02 TEOR DE AGREGADOS EM PESO NO TRAGO 1 : (a + p) (Método do INT - Vibragdo moderada) AZ = 100 x/(1 +m) = 100 x/AZ - 1 x= ale Brital AZ ne 0.40 0,42 0,44 0,46 0,48 0,50 0,52 0,54 0,56 0,58 __0,60 © [10 [3,00 3,20 3,40 3,60 3,80 4,00 4,20 4,40 4,60 4,80 5,00 1 09 | 3,46 2,67 3,89 4,11 4,33 4,56 4,78 5,00 5,22 5,44 5,67 2 |85| 3,71 3,96 4518 4,41 4,65 4,88 5412 5,35 5,59 5482 6,06 3 os | 4,00 4,25 450 4,75 5,00 5,25 5,50 5,75 6,00 6,25 6,50 4 [7,5 | 4,33 4,60 4,87 5,13 5,40 5,67 5,93 6,20 6,46 6,73 7,00 Tab. 03 TEOR DE AGREGADOS EM PESO NO TRAGO 1 : (a + p) (Vibracdo enérgica) Brita|az x= ale ne 0,40 0,42 0,44 0,46 0,48 0,50 0,52 0,54 0,56 0,58 0,60 O [9 | 3.44 2,67 3,89 4,11 4,33 4,56 4,78 5,00 5,22 5,44. 5,67 1 | 8 | 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00 5,25 5,50 5,75 6,00 6,25 6,50 2 | 7,5] 4,33 4,60 4,87 5,13 5,40 5,67 5,93 6,20 6,46 6,73 7,00 3 | 7 | 4,71 5,00 5,29 5,57 5,86 6,14 6,43 6,71 7,00 7,29 7,57 4 [6.5] 5.15 5,46 5,77 6,08 6,38 6,69 7,00 7,31 7,62 7,92 8,23 Tab. 04 Porcentagens de agregados na misturs secs Oméx= | Omax= | omax= | Omax= | Dmax= somm_ | 38mm | 25mm | 19mm | 95mm epee te pay ry pa Bria25 aso | 26 | 36 | — | — [| —| —f io [-foy— Briageaia | — | — | 26 | 3 | — | —f 2 7-yf_—f_— Bmaesees | 7 | 17 | — | — | 2 | af f—-]{—l— Bria 19046] 17 | 17 | 26 | 33 | 25 | 30 | 35 | as | — | — Brtaasat2| — | — | — | —~ [| [as [4s fas bes (Aroia + emeno) | 40 | 30 | 44 | 38 | 80 | 40 | 50 | a0 | 55 | as TEOR De AGUA 8 ° o a) 10 ABATINENTO pica ne co te syregeten eogone (hielo ‘cto de Serondna redness uands'aehgua ‘pean so ‘eat Sa terea So tee Tab, 06 0 MANUAL DE TECNOLOGIA D0 CONCRETO. 8 QUADRO VILS ~ Volume de sgua 00 concreto, em funcfo do Dinix ¢ Slum ‘gua em ittos por m? de conereto para sue ssropidor de Ding indiadon om 95 12,7 19 25 38 $0 76 150 ‘concreto sem ar incorporado TT 25- 50 208 198 183 178 163 153 143 124 6-109 228 218 203 193 178 168 158 139 1580-175 242 228 213 203 188 178 168 149 4% do ur no conceeto no ‘qual se incorporou ar 325 2 15 1 OS 03 o2 as ee ‘concreto com ar incorporado eS 25- 50 183 178 163 153 143 134 124 109 15-10 203 193 178 168 158 149 139 119 1s -175 213 203 188 178 168 158 149 129 % mbdia de ar incorpomdo 8 7 6 5 45 4 35 3 ~ Estes volumes de dgua de mistura so pari uso no cflculo da dosagem de simento na dosagem experimental. — Se for necessério aumentar 1 quantidade de igus, devese sumentar o ‘gonsumo de cimento para manter fixo 0 mesmo fator A/C, exceto se hhouver indlcagSes contrdrias de enssios de laboratério. — Se for necessirio reduzir a quantidade de dgua no trago, 0 consumo de " cimento a partir dos dados do quadro acima nfo deverd ser reduzido, ‘exceto w oF testes de InboratGrio comprovarem a resisténcia prevista com ‘consumo menor ¢ xe nfo houver indicagBes de consumo m{nimo de cimento 1a especificago da obra. Tab. 07 Slumps de acordo com o tipo de obra Obra Stump (en) _ Fundagoés, pisos, ete 1,5 to,5 = Pavimentos de estradas Estruturas macicas, concreto massa 2,5 * 1,5 “(turos de arrimo de’ gra~ vidade, blocos de fun- dacio, ete.) _ Estruturas pouco armadas at, = Prefabricacao 7 Lajes, vigas, pilares de at, seccogs transversais mé- dias a grandes sti _ Estruturas muito armadas (paredes, ptlares esbeltos, + silos, etc) 741 _ Estruturas exageradamente armadas (vigas de pontes ,etc) ote _ Estruturas a serem concentra- : das abaixo:do nivel d'agua ists Tab.08 te 70 p———_i} Const Flow on ® Tennes to = ‘Ader om mato webalto 6 eto enone alba Pron = ee oracle Piste ide worao | Adem bem quaco word, cere worgete risen ‘mee 10-180 Aan a: erage 0 inconponacho oF an: ‘Nos tiimos 20 anot tem sido prance © ‘do do problema de incorpereclo ce e180 concrete, © gu tom leedo © concustes de ance importincla ‘Ao te preparer © cenerete mituemse ‘paquanas quantidedes de en forme Ge mine ude both de dimetro de 07 0 2 men, spe “nedae tanto mola unitermemente gear Ow incorporate diminui A madi eve surenta 1 proporto ce cimanio. ou & mudide 0 0 cimento 4 mai ina. O amattamanto tom > MF 0m betonirt: © amenementa meneal Tab. 09 Relaco’s agua~cimento funcoés dos agregados Brita (9 max) | Brita 1 (19mm) Brita 2 (25mm) Brita 3 (38mm) z Areia sobre areta + Brita ‘MODULO DE FINURA MODULO _DE_FINURA MODULO DE FINURA 2,20/2,6-2,6/2,9-2,9 32|2,20/2, 6-2,6/2,9-2,9/3,2|2,20/2,6-2, 6/2,9-2,9/3)! | 32 0,43 | 33 0,48 34 0,51 0,43 35 0,56 0,48 36 0,43 0,60 © 0,51 0,43 37 0,48 0,65 0,56 0,48 38 0,51 0.43 0,37 [0,69 0,600, 51 39 0,56 0,48 0, 40 0,65 0,56 | 40 0,60 051 0,43. 0,69 0,60 a 0,43 0,65 0,56 0,48 0.65 | 42 0, 48 0,69 0,600, 51. 0,69 143 0,51 0,43 0,65 0,56 44 0,56 0,48 0,69 0,60 145 0.60 0,51 0,43 0.65 | 46 0,65 0,56 0,48 0,69 | ow 0,69 0,60 0,51 | 48 0,69 0,56 | 4s 0,60 | 50 0,65 51 0,69 Tab. 10 ‘Tobote 25.2 — % de erela no concreto em fungéie do Dmx de mistura Omiximm) 9,5 1925, sao 78150 ‘com or imcorparedo 8 a © 7 BD mom am oe of Inoorperede 61 “64 oe Oe 294 Tab. 11 Ctantusso WeCorreal Bauer Aineida e |tartuce | xisturas sucessivas act-211 INT int Péntogor | rwr TERS ~ ABP fej/fck : : xe al, Daax : Me Eves granulondtrtcas| + : : : me, a, ap ar incorporado : sluap agua p/a? ci Fig 2_| cL vies a a ‘eonsuno ae a ry 2 (férmula do ¢) einenco ous? : eos a 3 Fig 3 ch tab 2 | Cl Tab 7.4 ce a cage — lcs 3 3 3 e cove | cH ca 3 etate cz Método E Giamusso (ACI 211) aa fe3 x ale | \ \ Figura 3 >—_ y areia et Quadro 2 ] abaco durabitsaade slump : ‘quadro Agua em Ws Figura 3 Figura 2 .

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