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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Grupo: Lucas Rhyan Formiga Caminha - 11218718


Douglas de Farias Medeiros - 11221960
Thomas Mateus Santana Nunes - 11228311

EXPERIÊNCIA Nº 2.

21 de novembro de 2014
JOÃO PESSOA
1

Sumá rio

Objetivos 2
Introdução teórica 3
Materiais utilizados 4
Procedimento experimental 5
Resultados 6
Referências bibliográficas 11
2

Objetivos
 Estudar o movimento de uma esfera descendo um plano inclinado

 Representar graficamente os valores experimentais x = f (t);

 Determinar a velocidade média do movimento;

 Determinar a velocidade instantânea do movimento em vários instantes e


construir o gráfico de v=f(t);

 Obter o valor da aceleração do movimento.


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Introduçã o teó rica


O plano inclinado trata-se de uma superfície plana cujos pontos de início e fim
estão a alturas diferentes e ocorre quando a direção da superfície plana forma um ângulo
com a direção horizontal. Ao mover um objeto sobre um plano inclinado em vez de
movê-lo sobre um plano completamente vertical, o total de força F a ser aplicada é
reduzido, ao custo de um aumento na distância pela qual o objeto tem de ser deslocado.
Acredita-se que o princípio do plano inclinado foi usado pelos egípcios ao
construírem suas pirâmides há 4.000 anos atrás. Durante a metade do século XVIII,
Galileu utilizando-se do plano inclinado, pêndulos e fluidos pode analisar
experimentalmente a partir do conceito de aceleração e chegar a um de seus objetivos da
época, que no momento era aprender mais sobre objetos em queda livre. A utilização do
plano inclinado é muito comum em nosso dia-a-dia, o exemplo mais característico de
um plano na vida diária seria uma rampa, uma estrada em caracol ou em desníveis.
Para obter uma melhor noção sobre tal assunto, foi feito um experimento utilizando
plano inclinado com a finalidade de medir o tempo de passagem de uma esfera de aço
por determinados pontos da rampa a fim de determinar posteriormente a aceleração do
sistema.
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Materiais utilizados
 Trilho constituído por dois canos de alumínio;
 Uma esfera em aço inox;
 Cronômetro (no caso, do celular);
 Trena ou régua.
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Procedimento experimental
Foram realizados dois testes no plano inclinado com a esfera de aço de forma
que seus ângulos fossem diferentes, ou seja, dois ângulos distintos foram utilizados para
realização deste experimento. Em um primeiro momento, o trilho de alumínio foi
apoiado em um pedaço de madeira, o qual teve sua altura medida com o auxílio de uma
trena, dessa forma, a altura encontrada foi de 2,85 cm. Sabendo dessa altura, vamos
encontrar qual foi o ângulo através de algumas relações trigonométricas:

De acordo com o triângulo acima, o seno do ângulo ϴ é dado pela relação


trigonométrica:
H
sen ( ϴ )=
L

Onde H1 = 2,85cm e L = 100cm. Aplicando nossos dados experimentais na equação


acima, teremos:
2,85
sen ( ϴ 1 )= ≈ 0,0285=¿ ϴ 1 ≈ 1,633 º
100

De forma análoga, vamos calcular o ângulo 2, utilizado em outro momento dos testes. A
altura medida nesse segundo momento foi de 1,75 cm, sendo assim, teremos:

H 2 1,75
sen ( ϴ 2 )= = ≈ 0,0175=¿ ϴ 2 ≈ 1 , 002º
L 100
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Resultados
Os resultados apresentados aqui correspondem a uma média aritmética das
medições de tempo realizadas em algumas posições do plano inclinado. Na tabela 1 são
apresentadas as médias para as medições realizadas com a inclinação de 1,633º.

Tabela 1 - Média das medições de ϴ1.

CRONÔMETRO VÍDEO
X(cm) t́ (s) t́ ² (s) X(cm) t (s) t² (s)
20,0 00:00:01:63 00:00:02:64 20,0 00:00:01:97 00:00:03:88
40,0 00:00:02:69 00:00:07:25 40,0 00:00:03:03 00:00:09:18
60,0 00:00:03:62 00:00:13:13 60,0 00:00:04:00 00:00:16:00
80,0 00:00:04:42 00:00:19:57 80,0 00:00:04:77 00:00:22:75
100,0 00:00:05:10 00:00:25:96 100,0 00:00:05:43 00:00:29:48

Na tabela 2 é apresentado um resumo das médias das medições realizadas para a


inclinação de 1,002º.

Tabela 2 - Média das medições de ϴ2.

CRONÔMETRO VÍDEO
X(cm) t́ (s) t́ ² (s) X(cm) t (s) t² (s)
20,0 00:00:01:83 00:00:03:33 20,0 00:00:01:75 00:00:03:06
40,0 00:00:03:01 00:00:09:08 40,0 00:00:02:85 00:00:08:12
60,0 00:00:03:96 00:00:15:64 60,0 00:00:03:72 00:00:13:83
80,0 00:00:04:80 00:00:23:06 80,0 00:00:04:62 00:00:21:34
100,0 00:00:05:53 00:00:30:54 100,0 00:00:05:30 00:00:28:09

Temos no caso desse experimento um movimento uniformemente variado, sendo assim,


podemos utilizar as seguintes expressões para calcular as acelerações e velocidades em
cada posição individualmente:

V = Vo+at

V² = Vo² + 2a∆s

S = So+Vot+ at²/2

Como a posição inicial e a velocidade inicial são zero, podemos encontrar a aceleração
em cada instante através da expressão:

S = at²/2 => a = 2S/t²


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Sendo assim, temos na tabela abaixo um resumo das acelerações calculadas através da
expressão acima para os tempos verificados com o auxílio do cronômetro e do vídeo.
Ângulo de 1,633º
CRONÔMETRO VÍDEO
A1 = 15,15 cm/s² A1 = 10,30 cm/s²
A2 = 11,03 cm/s² A2 = 8,71 cm/s²
A3 = 9,13 cm/s² A3 = 7,50 cm/s²
A4 = 8,17 cm/s² A4 = 7,03 cm/s²
A5 = 7,70 cm/s² A5 = 6,78 cm/s²
AMÉDIA = 10,23 cm/s² AMÉDIA = 8,06 cm/s²

Ângulo de 1,002º
CRONÔMETRO VÍDEO
A1 = 12,01 cm/s² A1 = 13,07 cm/s²
A2 = 8,81 cm/s² A2 = 9,85 cm/s²
A3 = 7,67 cm/s² A3 = 8,67 cm/s²
A4 = 6,93 cm/s² A4 = 7,49 cm/s²
A5 = 6,54 cm/s² A5 = 7,11 cm/s²
AMÉDIA = 8,39 cm/s² AMÉDIA = 9,23 cm/s²

É importante salientar que existe uma diferença entre os valores das acelerações obtidas
a partir do cronômetro e do vídeo devido aos problemas de manuseio, aos erros
humanos e além disso, pelo fato do sistema não ser ideal, existe uma diminuição no
valor das acelerações, proveniente do atrito entre outros fatores.
Para encontrar a expressão que descreve a posição em função do tempo, vamos utilizar
a equação horária do movimento uniformemente variado:

X = Xo + Vot + at²/2

Como Xo = 0 e Vo = 0, teremos:

X = at²/2

Assim, pegando nossa posição final, vamos descobrir a aceleração. Para evitar
problemas oriundos do manuseio do cronômetro, vamos utilizar uma média aritmética
entre o tempo obtido a partir do vídeo e do cronômetro. Assim, teremos:

100 = a(5,26)²/2 => a = 7,22 cm/s²


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Sabendo qual a aceleração, podemos escrever a equação que descreve a posição em


função do tempo:

X(t) = 7,22t²/2 = 3,61t²

Sabendo dessa equação, podemos obter as equações da velocidade e da aceleração


derivando-a, assim:

V(t) = 7,22t e a(t) = 7,22 (constante).

Analogamente, podemos fazer o mesmo procedimento para o ângulo de 1,002º e


obteremos as seguintes equações:

100 = a(5,41)²/2 => a = 6,83 cm/s²


X(t) = 6,83²/2 = 3,41t², V(t) = 6,83t e a(t) = 6,83 (constante).

Então, de forma resumida teremos:


 Para o ângulo de 1,633º
X(t) = 3,61t² V(t) = 7,22t e a(t) = 7,22 (constante).
 Para o ângulo de 1,002º
X(t) = 3,41t², V(t) = 6,83t e a(t) = 6,83 (constante).

Observe que nesses casos, a aceleração manteve-se constate. Vamos comparar as


acelerações médias obtidas teoricamente com os valores obtidos a partir das derivações
das equações. Faremos uma média entre a aceleração média do cronômetro com a
aceleração média do vídeo. Observe que no caso do ângulo 1, temos:

(AMÉDIA(cronômetro) + AMÉDIA(vídeo) ) / 2 = 9,14 cm/s² e A(t) = 7,22 cm/s²

Assim, o erro será de:

E = |7,22-9,14| / 7,22 = 26,59%

De forma semelhante, teremos para o ângulo de 1,002%:


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(AMÉDIA(cronômetro) + AMÉDIA(vídeo) ) / 2 = 8,81 cm/s² e A(t) = 6,83 cm/s²

Assim, teremos um erro de:

E = |6,83-8,81|/6,83 = 28,98%

Sabemos que a tangente de qualquer ponto do gráfico X versus T é por definição a


inclinação da reta tangente a curva, ou seja, é a derivada, isso nos dará a velocidade em
termos do tempo. De forma semelhante, a tangente de qualquer ponto do gráfico de V
versus T nos dará a aceleração em função do tempo, enquanto que a área sobre a curva
nos indicará a variação de espaço.

Os erros de medição podem ocorrer devido ao mal manuseio dos equipamentos de


medição, como cronômetro, por exemplo e também pelo fato do nosso sistema não ser
ideal, o que torna a aceleração ligeiramente variada e não constante como deveria se
comportar.

Pudemos verificar através dos experimentos que o ângulo de inclinação influencia sim
na aceleração da esfera, pode-se observar através dos dados que conforme diminuímos o
ângulo de inclinação houve uma redução no valor da aceleração.

Sabemos que a equação horária do MUV é X = Xo + Vot + at²/2 e que a


equação de velocidade é V = Vo + at.

Vamos isolar T nessa ultima equação e obteremos:

Assim, substituindo T na equação horária do MUV, temos:


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(Equação de Torricelli).
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Referê ncias bibliográ ficas


ALONSO,M.;FINN,E.J. Física um curso universitário. 6ª edição. São Paulo: Edgar
Blucher, 1992 v.1.

http://ricardocasarino.files.wordpress.com/2008/06/densidades.pdf Acesso em: 06/11/14


às 11h20min.

http://www.brasilescola.com/fisica/movimento-uniformemente-variado.htm Acesso em:


19/11/14.

http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/cinematica_graficos/velocidade/ Acesso em:


19/11/14

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