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Controladores de Processo
Apostila – Controladores de Processo

Índice

1. TERMINOLOGIA ..................................................................................................................................................... 3

1.1 FAIXA DE MEDIÇÃO (RANGE) ......................................................................................................................... 3


1.2 SET POINT (SP) OU SET VALUE (SV) ............................................................................................................. 3
1.3 VARIÁVEL DO PROCESSO (VP) OU PROCESS VARIABLE (PV)................................................................... 3
1.4 VARIÁVEL MANIPULADA (MV) ......................................................................................................................... 3
1.5 ERRO OU DESVIO ............................................................................................................................................ 3
1.6 ZONA MORTA ................................................................................................................................................... 3
1.7 PROCESSO ....................................................................................................................................................... 3
2. SENSORES ............................................................................................................................................................. 4

2.1 O QUE SÃO SENSORES .................................................................................................................................. 4


2.2 TERMOPARES .................................................................................................................................................. 4
2.3 TERMORESISTÊNCIAS .................................................................................................................................... 4
3. CONTROLE ............................................................................................................................................................. 6

3.1 AÇÕES DE CONTROLE .................................................................................................................................... 6


3.2 CONTROLE ON-OFF (LIGA-DESLIGA) ............................................................................................................ 6
3.3 CONTROLE PID ................................................................................................................................................ 6
3.4 SINTONIA DOS PARÂMETROS PID................................................................................................................. 8
4. CONTROLADOR DE TEMPERATURA N1040...................................................................................................... 11

4.1 DETALHES DO PRODUTO ............................................................................................................................. 11


4.2 CONEXÕES ELÉTRICAS ................................................................................................................................ 11
5. CONTROLADOR UNIVERSAL N1200 .................................................................................................................. 12

5.1 DETALHES DO PRODUTO ............................................................................................................................. 12


5.2 CONEXÕES ELÉTRICAS ................................................................................................................................ 12
5.3 OPERAÇÃO ..................................................................................................................................................... 13
5.4 CONFIGURAÇÃO DO CONTROLADOR ......................................................................................................... 14
5.5 PROGRAMA DE RAMPAS E PATAMARES .................................................................................................... 19
5.6 COMUNICAÇÃO SERIAL ................................................................................................................................ 20
6. ACIONAMENTO DE CARGAS .............................................................................................................................. 22

6.1 SSRS E CHAVES ESTÁTICAS........................................................................................................................ 22


6.2 ACIONAMENTO POR ÂNGULO DE FASE E POR TREM-DE-PULSO ........................................................... 22
6.3 CONTROLADORES DE POTÊNCIA PCW E PCWE ....................................................................................... 25
7. CONTROLE PID DE VÁLVULAS MOTORIZADAS ............................................................................................... 26

7.1 CONTROLADOR DE PROCESSO N2000S ................................................................................................... 27

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1. TERMINOLOGIA

Os instrumentos de controle empregados na indústria de processos (química, siderúrgica, papel etc.) têm sua própria
terminologia. Os termos utilizados definem as características próprias de medida e controle dos diversos instrumentos:
indicadores, registradores, controladores, transmissores e válvulas de controle. A terminologia empregada é unificada
entre fabricantes, usuários e organismos que intervêm direta ou indiretamente no campo da instrumentação industrial.

1.1 FAIXA DE MEDIÇÃO (RANGE)


Conjunto de valores da variável medida, que estão compreendidos dentro dos limites operacionais (inferior e superior)
e da capacidade de medida do sistema de transmissão.

1.2 SET POINT (SP) OU SET VALUE (SV)


É o valor desejado, estabelecido previamente, como referência do ponto de controle. É onde o valor controlado deve
permanecer.

1.3 VARIÁVEL DO PROCESSO (VP) OU PROCESS VARIABLE (PV)


Qualquer quantidade, propriedade ou condição física medida a fim de que se possa efetuar a indicação e/ou controle
do processo (também chamada de variável controlada).

1.4 VARIÁVEL MANIPULADA (MV)


É a grandeza que é operada/manipulada com a finalidade de manter a variável controlada (VP) no valor desejado
(SP).

1.5 ERRO OU DESVIO


É a diferença entre PV e SP. Pode representar um valor positivo ou negativo, dependendo da ação de controle utilizada
durante o regime de controle.

1.6 ZONA MORTA


É a máxima variação que a variável pode ter sem que provoque alteração na indicação ou sinal de saída de um
instrumento.

1.7 PROCESSO
É qualquer operação - ou sequência de operações - envolvendo uma mudança de estado, de composição, de
dimensão ou outras propriedades que possa ser definida relativamente a um padrão. Pode ser contínuo ou em
batelada.

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2. SENSORES

2.1 O QUE SÃO SENSORES


São dispositivos que mudam seu comportamento sob a ação de uma grandeza física, podendo fornecer
diretamente ou indiretamente um sinal que indica esta grandeza. Sua aplicação abrange medição de: Temperatura,
Pressão, Umidade, Aceleração, Direção, Ângulos, Fluxo, Nível, Deslocamento, Presença, Posição, Força, Torque
etc.

2.2 TERMOPARES
De uma forma simplificada, termopar é um dispositivo que converte a energia térmica diretamente em tensão
elétrica quando existe diferença de temperatura entre as duas junções terminais de um par de condutores de metais
diferentes. Em um extremo, os dois condutores são unidos, formando a junção de medição. O outro extremo,
chamado de junta fria ou junta de referência, tem os dois condutores conectados ao circuito de medição. A
temperatura da junta quente (assim denominada pois, usualmente, os termopares são utilizados para medições de
temperaturas acima da ambiente) é determinada pela tensão que aparece na junta fria. A tensão do circuito aberto
é gerada em função do coeficiente de Seebeck em relação à diferença de temperatura entre as juntas quente e fria.
Uma vez que a tensão produzida é função da diferença de temperaturas, a temperatura na junta fria deve ser
conhecida para que se possa determinar a temperatura da junta quente.

Para cada tipo de termopar existe uma tabela que relaciona a temperatura da junta de medição com a tensão medida,
para uma condição de referência na junta fria, tipicamente 0°C. A relação tensão x temperatura é não linear. A tensão
gerada pelos termopares é muito baixa, aproximadamente de 5 à 50µV/°C.

Para garantir que a junta fria se forme nos conectores do instrumento de medição, o cabo que interliga o termopar
ao instrumento deve ter a mesma característica do termopar, sendo este cabo denominado cabo de extensão
(quando é feito do mesmo material do termopar) ou cabo de compensação (quando é feito com outra liga metálica
com característica termoelétrica semelhante). Os cabos de termopares, quando confeccionados em malha, devem
ter a malha aterrada em um único ponto e devem ser instalados em eletrodutos aterrados, de uso exclusivo para
sinais de sensores.

Figura 1 - Termopar e cabo de extensão.

2.3 TERMORESISTÊNCIAS
Uma termorresistência (RTD - do inglês, Resistance Temperature Detector) é um sensor que permite conhecer
a temperatura do meio, recorrendo à relação entre a resistência elétrica de um material e a sua temperatura. A maior
parte das termorresistências são feitas de platina, mas são também utilizados outros materiais como, por exemplo,
o níquel.

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PT100 e PT1000 são sensores do tipo RTD amplamente utilizados em aplicações industriais, contruídos com liga
de Platina com 100Ω ou 1000Ω a 0°C, respectivamente. O coeficiente de variação da resistência com a temperatura
mais usual é 0,385Ω/°C, que resulta em resistência de 138,5Ω e 1385Ω a 100°C.

São tipicamente aplicados na medição de temperatura entre -200°C e 600°C, tendo precisão superior aos
termopares. A relação resistência x temperatura é definida pela norma NBR13773, sendo também não linear.

Por serem sensores resistivos, em sua instalação, a resistência dos cabos de ligação pode induzir a um erro de
medição, especialmente para o PT100 que tem menor variação da resistência com a temperatura. Para contornar esta
limitação, usualmente são aplicados circuitos a 3 fios, que permitem a eliminação do efeito da resistência dos cabos
dentro de certas condições. Circuitos a 4 fios podem ser utilizados, tipicamente, em aplicações de laboratório, que
permitem total eliminação do efeito da resistência dos cabos

O cabo recomendado para instalação de PT100 é um cabo blindado de 4x26AWG + Malha. A malha deve ser
ligada em um único ponto do aterramento da instalação. O cabo dever ser instalado em eletroduto metálico aterrado,
exclusivo para sinais de sensores.

2.4 SINAIS EM TENSÃO E CORRENTE


São usuais em automação os sinais 0-5Vcc, 0-10Vcc, 0-20mA e 4-20mA. Os instrumentos que aceitam estes sinais
como entrada devem oferecer recurso para programação da escala de medição, que estabelece a relação entre o
valor do sinal e o valor real da grandeza correspondente.

Para estabelecer esta relação, os equipamentos NOVUS têm tipicamente 03 parâmetros: Limite Inferior, Limite
Superior e Posição do ponto decimal. Os ajustes destes parâmetros devem ser realizados de acordo com a
especificação do equipamento que mede a grandeza física e a converte para o sinal de tensão ou corrente, como no
exemplo a seguir:

- Transmissor de Pressão 0 – 40 bar / 4-20mA

- Indicação desejada: 0 – 40,0 bar

- Programação: Limite Inferior = 0; Limite Superior = 400; Posição do ponto decimal: No dígito das dezenas

Se neste mesmo exemplo é desejada a indicação em outra grandeza relacionada, como psi (1 bar = 14,5 psi):

- Indicação desejada: 0 – 580 psi

- Programação: Limite Inferior = 0; Limite Superior = 580; Posição do ponto decimal: No dígito das unidades.

Para aplicação de sinais não usuais, alguns modelos dispõem de entrada 0-50mV que, com a adoção de um
circuito divisor de tensão externo, permite a medição de outros níveis de tensão. Nesta situação, é importante
considerar o erro do divisor de tensão externo, fazendo a calibração da escala 0-50mV utilizando o sinal a ser medido
aplicado ao divisor, compensando assim o seu erro na calibração do instrumento.

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3. CONTROLE

3.1 AÇÕES DE CONTROLE


Pode ser reversa ou direta. Define genericamente a atuação aplicada à MV na ocorrência de variações da PV.

Ação Reversa: Se PV aumenta, MV diminui. Tipicamente utilizada em controles de aquecimento.

Ação Direta: Se PV aumenta, MV aumenta. Tipicamente utilizada em controles de refrigeração.

3.2 CONTROLE ON-OFF (LIGA-DESLIGA)


É o regime pelo qual se permite controlar um processo qualquer, a partir da atuação em 0 ou 100% da sua saída
de controle, onde a variável manipulada (MV) é rapidamente mudada do seu valor mínimo (0%), para o seu valor
máximo (100%). Para evitar acionamentos muito frequentes da saída, existe a Histerese, que define uma diferença
entre o valor de PV em que a saída liga e desliga:

Para ação de controle reversa: Para ação de controle direta:

Se PV >= SV, MV = 0% Se PV >= SV + Histerese, MV = 100%

Se PV <= SV – Histerese, MV = 100% Se PV <= SV, MV = 0%

Tabela 1- Ação do controle ON-OFF

O controle ON-OFF se caracteriza por sempre apresentar oscilação de PV ao redor de SV, com amplitude
dependente da histerese e de características do processo. A escolha de um valor muito alto para a histerese resulta
em uma amplitude de oscilação muito grande. A escolha de um valor muito baixo de histerese pode causar
acionamentos muito rápidos e frequentes da saída, podendo resultar em danos ao elemento de chaveamento (relés,
contatoras, válvulas).

A implementação do controle ON-OFF é de fácil configuração, uma vez que demanda apenas configuração de
dois parâmetros (setpoint e histerese), porém, na prática, muitos processos não conseguem ser sintonizados a partir
desta técnica. Logo, é necessário adotar outra estratégia para o controle. Esta outra estratégia é o PID!

3.3 CONTROLE PID


A técnica de controle PID consiste em calcular um valor de atuação sobre o processo a partir das informações do
valor desejado e do valor atual da variável do processo. Este valor de atuação sobre o processo é transformado em
um sinal adequado ao atuador utilizado (válvula, motor, relé), a fim de garantir um controle estável e preciso.

O PID é a composição de 3 ações, conforme apresentado na tabela abaixo:

CORREÇÃO PROPORCIONAL AO A correção que é aplicada ao processo é proporcional ao


P ERRO erro.

CORREÇÃO PROPORCIONAL AO Pequenos erros que existem há muito tempo requerem


I PRODUTO ERRO x TEMPO correção mais intensa.

CORREÇÃO PROPORCIONAL A TAXA Se o erro está variando muito rápido, o termo D atua com
D DE VARIAÇÃO DE ERRO maior intensidade, a fim de evitar oscilações.

Tabela 2 - Ação do controle PID

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3.3.1 CONTROLE PROPORCIONAL

No controle Proporcional, o valor de MV é proporcional ao valor do desvio (SV-PV, para ação reversa de controle),
ou seja, para desvio zero (SV=PV), MV=0; à medida que o desvio cresce, MV aumenta até o máximo de 100%. O
valor de desvio que provoca MV=100% define a Banda Proporcional (Pb). Com Pb alta, a saída MV só irá assumir um
valor alto para corrigir o processo se o desvio for alto. Com Pb baixa, a saída MV assume valores altos de correção
para o processo, mesmo para pequenos desvios. Em resumo, quanto menor o valor de Pb, mais forte é a ação
proporcional de controle, conforme é possível observar nas figuras 2(A) e 2(B)

Figura 2 - Controle Proporcional

Contudo, somente a ação proporcional não permite a perfeita sintonia do processo, pois sua redução em
demasiado pode levar o processo a apresentar grandes níveis de oscilações como visto na figura 2(C). Por esse
motivo, controladores puramente com a ação proporcional não demonstram ótima performance de controle. Para
minizar esse erro, que surge no instante que a PV é igual ao SP, é introduzido no controlador um valor constante para
saída de controle, tipicamente considera-se a MV em 50%. Esse valor constante é definido pelo parâmetro Bias que
tem por objetivo estabilizar a PV o quão mais próxima ela se aproxime de SP. Para atingir uma melhor estabilidade
no processo devemos fazer uso de outros componentes do controle.

3.3.2 CONTROLE INTEGRAL


O integral não é, isoladamente, uma técnica de controle, pois não pode ser empregado separadamente de uma
ação proporcional. A ação integral consiste em uma resposta na saída do controlador (MV) que é proporcional à
amplitude e duração do desvio. A ação integral tem o efeito de eliminar o desvio característico de um controle
puramente proporcional.

Figura 3 - Controle P e Controle PI

Na figura 3(A) é observado que somente a ação proporcional não foi capaz fazer o processo alcançar o valor desejado
(PV = SP), contudo, o processo se manteve estável. A essa diferença existente entre PV e SP damos o nome Erro
Estacionário ou Erro em Regime Permanente. Com a adição da componente integrativa ao controle na figura 3(B), é
possível perceber que houve um aumento da MV. Acionando a saída do controle, a fim se se eliminar tal erro, esse
aumento da MV acontece graduamente em intervalos de tempos regulares. A ação integral adciona ao valor da MV o

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valor de devio observado (SV-PV). Esse intervalo de atuação se chama de Tempo Integral, que também pode ser
expresso por seu inverso denominado de Taxa de Integração (ir). O aumento desse parâmetro no controlador faz com
que ocorra um número maior de intervações na MV com o intuito de corrigir o erro estacionário.

3.3.3 CONTROLE DERIVATIVO


O derivativo também não é, isoladamente, uma técnica de controle, pois não pode ser empregado separadamente
de uma ação proporcional. A ação derivativa consiste em uma resposta na saída do controlador (MV) que é
proporcional à velocidade de variação do desvio. A ação derivativa tem o efeito de reduzir a velocidade das variações
de PV, evitando que se eleve ou reduza muito rapidamente. O derivativo só atua quando há variação no erro. Se o
processo está estável, seu efeito é nulo. Durante perturbações ou na partida do processo, quando o erro está variando,
o derivativo sempre atua no sentido de atenuar as variações, sendo, portanto, sua principal função melhorar o
desempenho do processo durante a ocorrência de transitórios.

Figura 4 - Controle P e Controle PD

No controle puramente proporcional vimos que, conforme reduzimos o valor de Pb, podemos chegar ao nível de
causar estabilidades ao processo. Quando o valor de PV ultrapassa o valor SP, temos os ditos overshoots, que
ocorrerão algumas vezes até que o processo se estabilize, Figura 4(A). A componente derivativa do controle atua em
intervalos regulares. Observando se há uma redução do erro e PV continua se aproximando de SP, ocorrerá uma
redução do valor da MV de certa forma “freiando” a brusca elevação de PV, Figura 4(B). A intensidade da ação
deritivativa é ajustada variando o intervalo de tempo do cálculo da diferença, sendo esse parâmetro chamado de
Tempo Derivativo (dt).

3.3.4 AÇÃO PROPORCIONAL + INTEGRAL + DERIVATIVA (PID)


A associação das três ações de controle permite obter um tipo de controle que reúne todas as vantagens individuais
de cada um deles e, por isso, pode ser utilizada para controle de qualquer condição do processo. A proporcional
elimina as oscilações, a integral elimina o desvio de off-set e a derivativa fornece ao sistema uma ação antecipativa,
evitando previamente grandes desvios no processo.

3.4 SINTONIA DOS PARÂMETROS PID


A sintonia dos parâmetros de controle PID no controlador pode ser realizada de forma automática e auto-
adaptativa. A sintonia automática é iniciada sempre por requisição do operador, enquanto a sintonia auto-adaptativa
é iniciada pelo próprio controlador sempre que o desempenho do controle piora.

3.4.1 SINTONIA AUTOMÁTICA

A sintonia automática do controlador tem, inicialmente, o mesmo comportamento de um controle sob regime
ON/OFF, aplicando atuação mínima e máxima ao processo. Contudo, ao longo do processo de sintonia, a atuação do

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controlador é refinada até a sua conclusão, já sob controle PID otimizado. Este processo é iniciado imediatamente
após a seleção de uma das opções disponíveis (FAST, FULL, SELF, RSLF ou TGHT) de acordo com o modelo do
controlador, através do parâmetro ATUN.

3.4.2 SINTONIA AUTO-ADAPTATIVA


A sintonia auto-adaptativa é iniciada pelo controlador sempre que o desempenho do controle é pior que o
encontrado após a sintonia anterior. Em outras palavras, significa dizer que o controlador atua continuamente
avaliando métricas de desempenho do processo; e inicia automaticamente um novo processo de auto-sintonia se
identificado uma piora no desempenho deste processo. A esta característica de sintonia de processos é o que
chamamos de PID Auto-Adaptativo.

O operador deve selecionar através do parâmetro ATUN (Ciclo de sintonia), o tipo de sintonia desejada dentre
as seguintes opções:

OFF: Modos de sintonia do controlador desabilitado.

FAST: O controlador realiza o processo de sintonia automática uma única vez, retornando ao modo OFF quando
concluída. A sintonia neste modo é concluída em menor tempo, mas não é tão precisa quanto no modo FULL.

FULL: O mesmo que o modo FAST, porém, a sintonia é mais precisa e demorada, resultando em melhor desempenho
do controle PID.

SELF: O desempenho do processo é monitorado e a sintonia auto-adaptativa é automaticamente iniciada pelo


controlador sempre que o desempenho piora.

rSLF: Realiza a sintonia automática e retorna para o modo SELF. Tipicamente utilizado para forçar uma sintonia
automática imediata de um controlador que estava operando no modo SELF, retornando a este modo no final.

TGHT: Semelhante ao modo SELF, mas além da sintonia auto-adaptativa, executa também a sintonia automática
sempre que o controlador é colocado em RUN = Yes ou o controlador é ligado.

Abaixo, os exemplos de sintonia automática (Figura 5) e sintonia auto-adaptativa (Figura 6)

Figura 5 - Sintonia PID Figura 6 - Sintonia PID Auto-Adaptativa

3.4.3 PROCEDIMENTO PARA A SINTONIA AUTOMÁTICA DO PID


Durante a sintonia automática, o processo é controlado sob regime ON-OFF no Set Point (SP) configurado.
Dependendo das características do processo, além de grandes oscilações, podem-se levar muitos minutos para a
conclusão da sintonia.

O procedimento recomendado para a execução é o seguinte:

− Inibir o controle do processo no Ciclo de operação: run = no;

− Programar operação em modo automático na tela Ciclo de operação: Ctrl = Auto;

− Programar valor diferente de zero para Pb (Banda Proporcional) no Ciclo de sintonia;

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− Desabilitar a Função de Soft Start, no Ciclo de sintonia: SFST = 0;

− Desligar a função de Rampas e Patamares, no Ciclo de Operação: E Pr = 0 e programar SP para um valor diferente do
atual valor da PV e próximo ao valor em que operará o processo após sintonizado;

− Habilitar a sintonia automática, no Ciclo de sintonia: Atun = FAST;

− Habilitar o controle do processo no Ciclo de operação: run = Yes.

Recomenda-se não desligar o equipamento e não alterar o valor de setpoint durante o processo de sintonia
PID.

O sinalizador “TUNE” permanecerá ligado durante o processo de sintonia.

No caso de saída PWM ou pulso, a qualidade da sintonia dependerá também do tempo de ciclo previamente
ajustado pelo usuário.

Se a sintonia não resultar em controle satisfatório, a Tabela 3 apresenta orientação em como corrigir o
comportamento do processo.

PARÂMETRO PROBLEMA VERIFICADO SOLUÇÃO

Resposta Lenta Diminuir


Banda Proporcional (Pb)
Grande Oscilação Aumentar

Resposta Lenta Aumentar


Taxa de Integração (Ir)
Grande Oscilação Diminuir

Resposta Lenta ou Instabilidade Diminuir


Tempo Derivativo (dT)
Grande Oscilação Aumentar

Tabela 3 - Ajuste Fino dos Parâmetros PID

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4. CONTROLADOR DE TEMPERATURA N1040


O controlador de temperatura microprocessado N1040 foi desenvolvido para aplicações onde se deseja reunir
baixo custo e alta precisão. Possui sistema de conexão elétrica removível que possibilita maior agilidade na etapa de
instalação.

Este controlador PID aceita termorresistência Pt100 e termopares J, K e T. Possui sintonia automática dos
parâmetros PID. Todos os modelos desta família possuem uma saída de pulso para acionamento de relés de estado
sólido, e as saídas do tipo a relé podem variar de 01 até 03 saída de acordo com o modelo, o que faz dele um
controlador de processos sofisticado e de baixo custo.

Existe ainda o modelo N1040T, com controle de temperatura e tempo no mesmo equipamento, disponível em
versão única com quatro saídas configuráveis para controle de processo, alarme ou temporização. Possui dois
temporizadores independentes e diversos modos de atuação que direcionam para uma das saídas do controlador ou
para uma atuação conjunta com o controle de temperatura.

4.1 DETALHES DO PRODUTO


− Entrada para Pt100 e termopares J/K/T, sem qualquer alteração de hardware ou recalibração.

− Auto-sintonia dos parâmetros PID.

− Saídas: 01 saída pulso lógico 5 Vcc (ideal para acionar relés de estado sólido) e até 03 saídas do tipo relé

− As saídas possuem 2 funções programáveis: controle ou alarme.

− Funções de alarme: mínimo, máximo, diferencial, diferencial mínimo, diferencial máximo, sensor aberto.

− Duas funções de alarme direcionadas para uma mesma saída.

− Função saída segura que permite ao usuário estabelecer a condição da saída de controle em caso de falha no sensor.

− Função LBD (Loop Break Detection). Percebe falhas na malha de controle.

− Entrada digital (Somente modelo N1040T)

− Disparo do temporizador por entrada digital, SP, teclado ou ao habilitar o controle de temperatura (Somente N1040T)

− Saída vinculada ao temporizador pode ligar ou desligar ao final do intervalo de temporização.

− Fonte de alimentação chaveada 100~240 Vca, opcionalmente 24 Vcc.

4.2 CONEXÕES ELÉTRICAS

Figura 7 - Conexões N1040-PRRR Figura 8 - Conexões N1040T-PRRR

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5. CONTROLADOR UNIVERSAL N1200


O N1200 é um avançado controlador de processos. Seu algoritmo de controle PID autoadaptativo monitora
constantemente o desempenho do processo e ajusta os parâmetros PID de forma a obter sempre a melhor resposta
possível para o controle. Aceita em um único modelo a maioria dos sensores e sinais utilizados na indústria, e proporciona
todos os tipos de saída necessários à atuação em diversos processos.

5.1 DETALHES DO PRODUTO


− Entrada universal multissensor, sem alteração de hardware;

− Proteção para sensor aberto em qualquer condição;

− Saídas de controle do tipo relé, 4-20 mA e pulso, todas disponíveis;

− Auto-sintonia dos parâmetros PID;

− Três saídas de alarme na versão básica (Relés de 3A / 250 Vca);

− Temporização para todos os alarmes;

− Retransmissão de PV ou SP em 0-20 mA ou 4-20 mA;

− Entrada para Setpoint remoto;

− Entrada digital com 5 funções;

− Rampas e patamares com 20 programas de 9 segmentos;

− Senha para proteção do teclado;

− Função LBD (Loop Break Detector);

− Alimentação bivolt: 100 a 240 Vac/dc (Opcionalmente: 24 Vac/dc).

5.2 CONEXÕES ELÉTRICAS

Figura 9 - Conexões Painel Traseiro

5.2.1 SELEÇÃO DE SAÍDAS, ALARMES E ENTRADAS DIGITAIS

O controlador possui canais de entrada e saída (I/O) que podem assumir múltiplas funções: saída de controle, entrada
digital, saída digital, saída de alarme, retransmissão de PV e SP. Esses canais são identificados como I/O 1, I/O 2, I/O 3,
I/O 4 e I/O 5.

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O controlador básico vem equipado com os seguintes recursos:

I/O 1: saída a Relé SPST-NA.

I/O 2: saída a Relé SPST-NA.

I/O 5: saída de corrente, saída digital ou entrada digital.

Opcionalmente, pode ser fornecido com os seguintes recursos:

3R: I/O3 com saída a relé SPDT.

DIO: I/O3 e I/O4 como canais de entrada e saída digital.

485: Comunicação Serial.

A função a ser utilizada em cada canal de I/O é definida no Ciclo de configuração dos I/Os.

5.3 OPERAÇÃO
A configuração do controlador N1200 é realizada através de teclas de navegação disponíveis no visor frontal, conforme
figura abaixo:

Figura 10 - Visor Frontal

Tecla P (Prog): Tecla utilizada para avançar aos sucessivos parâmetros do controlador.

Tecla Back: Tecla utilizada para retroceder parâmetros.

Tecla de Incremento: Permite incrementar o valor do parâmetro selecionado.

Tecla Decremento: Permite decrementar o valor do parâmetro selecionado.

Tecla Back + Tecla Prog: para a navegação entre os ciclos de programação (devem ser pressionadas
simultaneamente).

Display de PV (Programação): Apresenta o valor atual da PV (Variável do Processo). Quando em configuração, mostra
os mnemônicos dos diversos parâmetros que devem ser definidos.

Display de SP (Parâmetros): Apresenta o valor de SP (Setpoint). Quando em configuração, mostra os valores definidos
para os diversos parâmetros.

Sinalizador COM: Pisca toda vez que o controlador troca dados com o exterior via RS485.

Sinalizador TUNE: Permanece ligado enquanto o controlador estiver em processo de sintonia.

Sinalizador MAN: Sinaliza que o controlador está no modo de controle manual.

Sinalizador RUN: Indica que o controlador está ativo, com a saída de controle e alarmes habilitados.

Sinalizador OUT: Para saída de controle Relé ou Pulso, o sinalizador OUT representa o estado instantâneo desta saída.
Para saída de controle analógica (0-20 mA ou 4-20 mA) este sinalizador permanece constantemente acesso.

Sinalizadores A1, A2, A3 e A4: sinalizam a ocorrência de situação de alarme.

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Para operar adequadamente, o controlador necessita de uma configuração inicial mínima, que compreende dos seguintes
passos:

1º) Configurar o tipo de entrada: termopar, Pt100, 4-20 mA, 0-50 mV ou 0-5 Vcc;

2º) Configurar o tipo de saída de controle: relé, 0-20 mA, 4-20 mA ou pulso PWM;

3º) Definição do Tipo de Controle que deverá ser aplicado: PID ou histerese;

4º) Configuração do Valor do Setpoint (SP) de controle.

5.4 CONFIGURAÇÃO DO CONTROLADOR


Todos os parâmetros do controlador estão agrupados em ciclos de programação (grupos), a fim de facilitar a sua
identificação, conforme a tabela abaixo:

CICLO DE CICLO DE CICLO DE CICLO DE CICLO DE


CICLO DE I/OS
OPERAÇÃO SINTONIA PROGRAMAÇÃO ALARME CONFIGURAÇÃO

Pv e SP Atun tBAS Fu.A1 - Fu.A4 Type Io 1

Ctrl Pb Pr n bL.A1 - bL.A4 FLtr Io 2

PV e MV Ir Ptol Hy.A1 - Hy.A4 dPPo Io 3

E Pr dt PSP0 - PSP9 A1t1 Unit Io 4

P.SEG Ct Pt1 - Pt9 A1t2 Root Io 5

t.SEG Hyst PE1 - PE9 A2t2 oFFS

run Act LP A2t2 e.rsp

Lbd.t Rsp

Bias Rsll

ouLL Rshl

ouHL Spll

SFST Sphl

SP.A1 - SP.A4 Rtll

Rthl

Ieou

Baud

Prty

Addr

Tabela 4- Ciclos de Configuração N1200

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5.4.1 CICLO DE OPERAÇÃO

Indicação de
PV
Tela Indicação de PV e SP - O visor Tela apenas indicativa. Quando um programa
(Visor
superior indica o valor atual da PV. O visor
P.SEG está em execução, mostra o número do
Vermelho)
inferior indica o valor do SP de controle Program segmento em execução deste mesmo
Indicação de adotado. Segment programa. De 1 a 9.
SP
(Visor Verde)

Modo de Controle:
Auto - Significa modo de controle Tela apenas indicativa. Quando um programa
está em execução, mostra o tempo restante
Ctrl automático. t.SEG para o fim do segmento em execução. Na
Control Man - Significa modo de controle manual. Segment Time unidade de tempo adotada na Base de
Transferência bumpless entre automático e Tempo dos Programas - Pr.tb
manual.

Valor de MV - Apresenta no visor superior


Indicação de o valor da PV e no visor inferior o valor
PV porcentual aplicado à saída de controle
(MV). Habilita saídas de controle e alarmes.
(Visor
Vermelho) Em modo de controle automático, o valor de Run YES - Saídas habilitadas.
MV só pode ser visualizado. Em modo de Run
Indicação de NO - Saídas não habilitadas.
controle manual, o valor de MV pode ser
MV
alterado pelo usuário. Para diferenciar esta
(Visor Verde) tela da tela de SP, o valor de MV pisca
constantemente.

Execução de Programa - Seleciona o


programa de rampas e patamares a ser
executado.
0 - não executa programa
E Pr
1 a 20 - número do programa a ser
Enable Program executado
Com saídas habilitadas (RvN = YES), o
programa selecionado entra em execução
imediatamente.

5.4.2 CICLO DE SINTONIA

Define a estratégia de controle a ser tomada:


off - Desligado.
Fast - Sintonia automática rápida.
Full - Sintonia automática precisa. Lbd.t Intervalo de tempo da função LBD. Intervalo
Atun self - Sintonia precisa + auto-adaptativa de tempo máximo para a reação de PV a
Loop break
Auto-tune rslf - Força uma nova sintonia automática comandos da saída de controle. Em minutos.
detection time
precisa + auto-adaptativa.
T9kt - Força uma nova sintonia automática
precisa + auto-adaptativa quando Rvn = YES
ou controlador é ligado.

Banda Proporcional - Valor do termo P do


modo de controle PID, em percentual da Função Bias - Permite alterar o valor
Pb faixa máxima do tipo de entrada. Ajusta de porcentual da saída de controle (MV),
Proporcional entre 0 e 500 %. bIAS somando um valor entre - 100 % e +100 %.
Band Quando em 0.0 (zero), determina modo de O valor 0 (zero) desabilita a função.
controle ON/OFF.

Limite Superior para a saída de controle -


Taxa Integral - Valor do termo I do modo de Valor porcentual máximo possível assumido
Ir controle PID, em repetições por minuto
oull pela saída de controle quando em modo
Integral Rate (Reset). Ajustável entre 0 e 99.99. Out Low Limit automático e em PID. Tipicamente
Apresentado se banda proporcional > 0. configurado com 100 %.

Dt Tempo Derivativo - Valor do termo D do ouHl Limite Superior para a saída de controle -
Valor porcentual máximo possível assumido
Derivative time modo de controle PID, em segundos. Out High Limit pela saída de controle quando em modo
Ajustável entre 0 e 300 segundos.

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Apostila – Controladores de Processo

Apresentado se banda proporcional > 0. automático e em PID. Tipicamente


configurado com 100 %.

Função SoftStart – Intervalo de tempo, em


Tempo do Ciclo PWM - Valor em segundos
segundos, durante o qual o controlador limita
ct do período do ciclo PWM do controle PID. SFST a velocidade de subida da saída de controle
Ajustável entre 0.5 e 100.0 segundos.
Cycle Time Softstart (MV).
Apresentado se banda proporcional > 0.
Valor zero (0) desabilita a função Softstart.

SPA1
SP de Alarme: Valor que define o ponto de
Histerese de controle - Valor da histerese SPA2 atuação dos alarmes com funções Lo ou ki.
Hyst para controle ON/OFF. Ajustável entre 0 e a Para os alarmes programados com funções
Histeresis
largura da faixa de medição do tipo de APA3 tipo Diferencial, este parâmetro define desvio.
entrada selecionado. Para as demais funções de alarme não é
SPA4 utilizado.
SetPoin Alarm

Lógica de Controle:
re controle com Ação reversa. Própria para
aquecimento. Liga saída de controle
Act quando PV está abaixo de SP.
Action
Dir controle com Ação direta. Própria para
refrigeração. Liga saída de controle quando
PV está acima de SP.

5.4.3 CICLO DE ALARME

Fua1 A1t1
Fua2 Funções de Alarme. Define as funções dos A2t1 Define intervalo de tempo t1 para a
temporização nos acionamentos dos
alarmes.
Fua3 A3t1 alarmes. Em segundos.
oFF, iErr, rS, rFAil, Lo, xi, DiFL, DiFx, DiF
Fua4 A4t1 O valor 0 (zero) desabilita a função.

Function Alarm Alarm Time t1

Bla1 A1t2
Bloqueio inicial de Alarmes. Função de
Bla2 bloqueio inicial para alarmes 1 a 4.
A2t2 Define intervalo de tempo t2 para a
temporização nos acionamentos dos alarmes.
Bla3 YES - habilita bloqueio inicial A3t2 Em segundos.

Bla4 NO - inibe bloqueio inicial A4t2 O valor 0 (zero) desabilita a função.

Blocking Alarm Alarm Time t2

Hya1
Histerese de Alarme. Define a diferença
Hya2 entre o valor de PV em que o alarme é Permite sinalizar a ocorrência de condições
ligado e o valor em que ele é desligado. FLSH de alarme fazendo piscar a indicação de PV
Hya3 na tela de indicação. O usuário seleciona os
Um valor de histerese para cada alarme. Flash números dos alarmes que deseja que
Hya4 apresentem esta característica.
Histeresis of
Alarm

5.4.4 FUNÇÕES DE ALARME

Tela Tipo Atuação Tela Tipo Atuação

Saída não é utilizada como Valor máximo


off Inoperante
alarme. HI (High)

Acionado quando o sinal de


Sensor aberto entrada da PV é
Diferencial
ierr (input Error)
interrompido, fica fora dos DIF (diFerential)
limites de faixa ou Pt100 em
curto.

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Evento Mínimo
Acionado em um segmento Diferencial
rs (ramp and específico de programa. DIFL (diFerential
Soak) Low)

Resist. Máximo
Sinaliza falha na resistência
queimada Diferencial
RFAIL (resistence
de aquecimento. Detecta a DIFH (diFerential
não presença de corrente.
fail) High)

Valor mínimo
LO (Low)

5.4.5 CICLO DE ESCALA


Tipo de Entrada. Seleção do tipo entrada Define escala de valores do SP remoto.
RShL
type utilizado pelo controlador. Determina o valor máximo desta escala.
Obrigatoriamente o primeiro parâmetro a Remote SP Parâmetro apresentado quando o SP remoto
Type
ser configurado. High Limit é habilitado.
Filtro Digital de Entrada - Utilizado para Define o limite inferior para ajuste de SP.
melhorar a estabilidade do sinal medido
spLL Para entradas tipo sinal analógico linear
fltr (PV). Ajustável entre 0 e 20. Em 0 (zero) disponíveis (0-20 mA, 4-20 mA, 0-50 mV, 0-5
significa filtro desligado e 20 significa filtro Set Point V e 0-10 V) define o valor mínimo da faixa de
Filter
máximo. Quanto maior o filtro, mais lenta é a Low Limit indicação de PV, além de limitar o ajuste de
resposta do valor medido. SP.
Define o limite superior para ajuste de SP.
sphL Para entradas tipo sinal analógico linear
dppo Define a apresentação de ponto decimal. disponíveis (0-20 mA, 4-20 mA, 0-50 mV, 0-5
Set Point V e 0-10 V) define o valor máximo da faixa de
Decimal Point
High Limit indicação de PV, além de limitar o ajuste de
SP.
Define a unidade de temperatura a ser
Define o limite mínimo da faixa de
unit
utilizada: Rtll retransmissão analógica do controlador.
Celsius “°(“ ou Farenheit “°f“ Retransmission
Unit Parâmetro apresentado quando a
Parâmetro apresentado quando utilizados Low Limit retransmissão analógica é habilitada.
sensores de temperatura.
Função Raiz Quadrada. Aplica a função
quadrática sobre o sinal de entrada, dentro
dos limites programados em SPLl e spkL.
Define o limite máximo da faixa de
root
YES - habilita a Função Rthl retransmissão analógica do controlador.
no - não habilita a Função Retransmission Parâmetro apresentado quando a
Square root
A indicação assume o valor do limite inferior High Limit retransmissão analógica é habilitada.
quando o sinal de entrada for inferior a 1 %
de sua excursão. Parâmetro disponível para
entradas lineares.
Valor porcentual a ser aplicado a MV quando
offs Parâmetro que permite ao usuário fazer
Ieou função de Saída Segura é adotada. Se 0
correções no valor de PV indicado. Input Error Out (zero) a função é desabilitada e as saídas
Offset
Value desligam quando ocorre falha no sensor.
Habilita SP remoto.
YES - habilita a Função
e.rsp baud Baud Rate da comunicação serial. Em kbps
no - não habilita a Função
Enable Remote 1.2, 2.4, 4.8, 9.6, 19.2, 38.4, 57.6 e 115.2
Parâmetro não apresentado quando a Baud Rate
SP
seleção de SP remoto é definida pelas
Entradas Digitais.
Define o tipo de sinal para SP remoto.
0-20 - Corrente de 0-20 mA Paridade da comunicação serial.
RSP 4-20 - Corrente de 4-20 mA prty none - sem paridade
Remote SP 0-5 - Tensão de 0-5 V Even - Paridade par
Parity
Type
0-10 - Tensão de 0-10 V 0dd - Paridade ímpar
Apresentado quando habilitado o SP remoto.

RSLL Define escala de valores do SP remoto.


Endereço de Comunicação. Número que
Determina o valor mínimo desta escala. Addr identifica o controlador na rede de
Remote SP Parâmetro apresentado quando o SP remoto Address comunicação serial, entre 1 e 247.
Low Limit é habilitado.

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5.4.6 CICLO DE I/OS

Função do canal I/O 1


IO 1
Seleção da função utilizada no canal I/O 1

Função do canal I/O 2


IO 2
Seleção da função utilizada no canal I/O 2

Função do canal I/O 3


IO 3
Seleção da função utilizada no canal I/O 3

Função do canal I/O 4


IO 4
Seleção da função utilizada no canal I/O 4

Função do canal I/O 5


IO 5
Seleção da função utilizada no canal I/O 5

5.4.7 SELEÇÃO DE ENTRADA E SAÍDA

Tipo Código Faixa de Medição Função de I/O Código Tipo de I/O

J TC J Faixa: -110 a 950 ºC (-166 a 1742 ºF) Sem Função Off Saída

K TC h Faixa: -150 a 1370 ºC (-238 a 2498 ºF) Saída de Alarme 1 A1 Saída

T TC t Faixa: -160 a 400 ºC (-256 a 752 ºF) Saída de Alarme 2 A2 Saída

N TC n Faixa: -270 a 1300 ºC (-454 a 2372 ºF) Saída de Alarme 3 A3 Saída

R TC r Faixa: -50 a 1760 ºC (-58 a 3200 ºF) Saída de Alarme 4 A4 Saída

S TC s Faixa: -50 a 1760 ºC (-58 a 3200 ºF) Saída de Função Lbd Lbd Saída

B TC b Faixa: 400 a 1800 ºC (752 a 3272 ºF) Saída de controle (Relé ou Pulso) Ctrl Saída

E TC e Faixa: -90 a 730 ºC (-130 a 1346 ºF) Alterna Modo Auto/Manual Man Entrada Digital

Pt100 Pt Faixa: -200 a 850 ºC (-328 a 1562 ºF) Alterna Modo Run/Stop Run Entrada Digital

0-20 mA L0.20 Seleciona SP Remoto Rsp Entrada Digital

4-20 mA L4.20 Congela o programa Hprg Entrada Digital

Sinal Analógico Linear


0-50 mV L0.50 Seleciona o Programa 1 Pr 1 Entrada Digital
Indicação programável de
-1999 a 9999 Saída de controle analógica 0-20
0-5 Vdc L0.10 L0.10 Saída Analógica
mA

Saída de controle analógica 4-20


0-10 Vdc L0.10 L0.10 Saída Analógica
mA

ln J Retransmissão da PV em 0-20 mA ln J Saída Analógica

4-20 mA
ln h Sinal Analógico não-Linear Retransmissão da PV em 4-20 mA ln h Saída Analógica
Faixa de indicação de acordo com o sensor
Não Linear
ln t associado. Retransmissão do SP em 0-20 mA ln t Saída Analógica

ln n Retransmissão do SP em 4-20 mA ln n Saída Analógica

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Apostila – Controladores de Processo

ln r

ln s

ln b

Ln e

Ln.pt

5.5 PROGRAMA DE RAMPAS E PATAMARES

É a característica que permite criar um perfil de comportamento para o processo. Cada programa é composto por um
conjunto de até 9 segmentos, chamado Programa de Rampas e Patamares, definido por valores de SP e intervalos de
tempo. Podem ser criados até 20 diferentes programas de rampas e patamares. Abaixo, um exemplo de configuração:

Figura 11 - Exemplo Programa de Rampas e Patamares

Manter: Pr.tb = SEC; Pr n = 1 e Ptol = 0

Configurar: PSP0 = 25; PSP1 = 150; PSP2 = 150; PSP3 = 300 e PSP4 = 300

Configurar: Pt1 = 60; Pt2 = 30; Pt3 = 90 e Pt4 = 30

Para executar o programa, deve-se acessar o Ciclo de Operação e habilitá-lo através dos parâmetros: E Pr = 1 e Run =
Yes (Para executar o programa 1). A partir deste momento, o controlador passa a gerar automaticamente o SP de acordo
com o programa definido.

5.5.1 CICLO DE PROGRAMA

Base de tempo dos Programas - Define a

Pr.tb base de tempo adotada pelos programas em PT1 Tempo dos segmentos do programa: 1 a 9:
edição e os já elaborados. Define o tempo de duração, em segundo ou
Program Time PT9 minutos, de cada um dos 9 segmentos do
Sec Base de tempo em segundos
Base programa em edição.
Program Time
min Base de tempo em minutos

Alarmes de Evento, 1 a 9: Parâmetros que


Pr n Programa em edição - Seleciona o programa
PE1
definem quais alarmes devem ser acionados
de Rampas e Patamares a ser definido nas durante a execução de um determinado
Program PE9
telas seguintes deste ciclo. 20 programas segmento de programa. Habilitar a Função de
Number
disponíveis. Program Event
Alarme: rS

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Desvio máximo admitido entre a PV e SP. Se


Ligar Programas: Ao final da execução deste
ptol excedido, o programa é suspenso (Hold no
lp programa, um outro programa qualquer pode
tempo) até o desvio ficar dentro desta
Program ter sua execução iniciada imediatamente.
tolerância. O valor 0 (zero) desabilita a Link Program
Tolerance 0 - Não conectar a nenhum outro programa.
função.

Psp0
SP’s de Programa, 0 a 9: Conjunto de 10

Psp9 valores de SP que definem o perfil do


programa de rampas e patamares.
Program SP

5.6 COMUNICAÇÃO SERIAL


O controlador pode ser fornecido, opcionalmente, com interface serial assíncrona RS-485 para comunicação com um
computador supervisor (mestre). A comunicação é sempre iniciada pelo mestre, que transmite um comando para o
endereço do escravo com o qual deseja se comunicar. O escravo endereçado assume o comando e envia a resposta ao
mestre. O controlador atua sempre como escravo.

Abaixo estão relacionadas algumas características do Protocolo de Comunicação, implementado no controlador N1200:

1) Máxima distância de ligação: 1000 metros

2) 8 bits de dados; 1 stop bit e paridade selecionável (sem paridade, par ou ímpar)

3) Tempo de início de transmissão de resposta: máximo 100 ms após receber o comando

4) Taxa de Velocidadade configurável: (baud = 1.2, 2.4, 4.8, 9.6, 19.2, 38.4, 57.6 ou 115.2 kbps)

5) Endereçamento: (Addr = 1... até 247)

Abaixo as tabelas 5 e 6:

D1 D D+ B Linha bidirecional de dados Terminal 16

D0 D/ D- A Linha bidirecional de dados invertida Terminal 17

C Linha opcinal que melhora o


Terminal 18
GND desempenho da comunicação

Tabela 5 - Identificação de Barramento RS485

Holding
Parâmetro Descrição do Registrador
Registers

Leitura: Setpoint de Controle ativo (da


tela principal) do rampas e patamares

0000 SV ativo ou do setpoint remoto). Escrita:


Setpoint de Controle na tela principal.

Faixa máxima: de SPLL até SPxL

Leitura: Variável de Processo.

Escrita: não permitida.

0001 PV Faixa máxima: o mínimo é o valor


setado em SPLL e SPxL. Depende ainda

da posição do ponto decimal DPP0.

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Apostila – Controladores de Processo

Leitura: Potência de Saída ativa


(manual ou automático). Faixa: 0 a 100
0002 MV
%.

Escrita: não permitida

Tabela 6 - Tabela simplificada de registradores retentivos do N1200

NOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA. 21


Apostila – Controladores de Processo

6. ACIONAMENTO DE CARGAS

6.1 SSRS E CHAVES ESTÁTICAS


Os SSRs - Solid State Relay - termo inglês para Relés de Estado Sólido, são dispositivos eletrônicos usados no
chaveamento de cargas resistivas ou indutivas com inúmeras vantagens sobre os relés eletromecânicos
convencionais. Sua vida útil de milhões de operações, a alta velocidade de manobra sem ruído elétrico, faiscamento
ou desgaste mecânico, e a baixa potência necessária para seu disparo, fazem dos relés de estado sólido uma perfeita
opção onde o controle com alta precisão é fundamental.

Já as Chaves Estáticas são uma solução completa para o


acionamento de cargas elétricas. Já incorporam dissipador, ventilador,
proteção de sobreaquecimento, fixação e conexões adequadas à
corrente nominal. Têm como elemento chaveador o SSR, dispositivo
eletrônico com inúmeras vantagens sobre os convencionais relés
eletromecânicos (contactoras). Um sinal de comando (INPUT) determina
o acionamento da carga conectada aos terminais de potência (LOAD).

Figura 12 - SSR e
Chave Estática

A ausência de partes móveis elimina a possibilidade de desgaste e o ruído mecânico de operação. O acionamento
zero-crossing reduz drasticamente o ruído elétrico de chaveamento. O isolamento elétrico entre entrada, saída e
carcaça metálica simplifica e torna mais segura a instalação e manutenção. Apropriadamente instaladas, podem
operar sem falhas por muitos anos. Comando com pulso elétrico de 4 até 32 V., tensão de carga de 480 Vac. nas
correntes de 80 até 300 Ampéres.

6.2 ACIONAMENTO POR ÂNGULO DE FASE E POR TREM-DE-PULSO


Controladores de potência ou módulos de potência são os equipamentos destinados ao controle da quantidade de
energia aplicada diretamente sobre a carga de processos diversos. Essa quantidade de energia a ser aplicada na
carga é definida pelo controlador do processo que, através de seu sinal de saída, repassa a informação ao
controlador de potência. O sinal de saída do controlador de processo é o sinal de entrada do controlador de
potência.

O controlador de potência atua sobre seus tiristores, que são componentes internos de alta capacidade de condução
de corrente elétrica. Eles atuam como chaves elétricas e, como tais, são dispositivos de apenas dois estados: ligado
ou desligado. Como, então, entregar à carga do processo quantidades de energia diferentes de 0 % (tiristor
desligado) e 100 % (tiristor ligado)?

A resposta está na técnica de modulação da tensão elétrica da rede que alimenta a carga. Ligando e desligando os
tiristores em momentos criticamente específicos, é possível obter sobre a carga valores médios de potência
proporcionais ao definido pelo controlador de processo.

Duas técnicas são tradicionalmente utilizadas:

NOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA. 22


Apostila – Controladores de Processo

6.2.1 MODULAÇÃO POR ÂNGULO DE FASE

Cada ciclo da rede elétrica AC é dividido em dois semi-ciclos e esses são sub-divididos em graus, num total de 180°
para cada semi-ciclo.

Figura 13 - Representação da rede elétrica alternada

Na modulação por ângulo de fase o acionamento dos tiristores se dá a cada semi-ciclo da rede. A modulação
acontece ligando o tiristor no ângulo que corresponde ao percentual de potência elétrica definido pelo sinal de
entrada do controlador de potência. O desligamento acontece no próximo cruzamento por zero. É repassada para a
carga apenas parte de cada semi-ciclo.

Por exemplo: para uma potência de 50 %, definida pelo sinal de entrada, o tiristor liga em 90° e desliga em 180°
(cruzamento por zero). Veja o gráfico abaixo:

Figura 14 - Exemplo de modulação de ângulo de fase em 50%.

Abaixo, outros valores de potência aplicados sobre a carga:

NOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA. 23


Apostila – Controladores de Processo

Figura 15 - Exemplo da onda senoidal da rede AC, de acordo com o percentual de potência aplicado na modulação por ângulo de
fase.

Neste tipo de modulação, um controle mais refinado do processo é possível. Valores baixos de sinal de entrada
promovem baixos valores de tensão sobre a carga. Essa característica é importante em processos onde há
necessidade de limitar a corrente elétrica nos primeiros momentos de processo ligado.
É o tipo de acionamento indicado para ser instalado no lado primário de transformadores. Nessas aplicações, para
evitar problemas no desligamento da carga, valores de potência elétrica menores de 25 % devem ser evitados.

7.2.2 MODULAÇÃO POR CICLO INTEGRAL (EQUIVALENTE AO TREM-DE-PULSO)

Neste tipo de modulação, o controle da potência elétrica acontece pela limitação do número de ciclos da rede aplicados
na carga. O controlador de potência determina qual o número de ciclos de rede que serão repassados à carga.
Por exemplo: para 10 % de potência, definidos por seu sinal de entrada, o controlador de potência aplica sobre a carga
1 ciclo a cada 10 ciclos de rede. Para 25 % aplica 1 ciclo a cada 4. Para 50 %, aplica 1 a cada 2. Veja os gráficos
abaixo:

Figura 16 - Exemplo da forma de onde quando empregado o controle por trêm de pulso

Neste modo, a carga é sempre acionada nos cruzamentos de zero da tensão da rede elétrica, e seu desligamento
acontece no cruzamento por zero da corrente elétrica da carga. Esta característica traz vantagens importantes à
instalação, pois não são gerados ruídos nem harmônicos.

Outra vantagem importante desse tipo de modulação é a possibilidade de um acionamento mais linear da carga.
Como esta técnica não necessita de um período de ciclo (cycle time), não há grandes intervalos sem o acionamento
da carga.
Por exemplo: numa modulação por trem-de-pulso com o período de ciclo definido em 1 (um) segundo, quando o
controlador de potência aplica 25 % de potência à carga temos 0,25 segundo de carga ligada e 0,75 segundo de
carga não ligada. Deste modo temos uma espécie de “batimento”. Lâmpadas incandescentes, nestas condições,

NOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA. 24


Apostila – Controladores de Processo

permaneceriam piscando. Com a técnica sem o período de ciclo, a carga liga 16,6 ms (1 ciclo) e permanece
desligados por outros 49,8 ms (3 ciclos de rede).

6.3 CONTROLADORES DE POTÊNCIA PCW E PCWE

Nos controladores de potência NOVUS das séries PCW e PCWE, o usuário encontra essas duas técnicas de
acionamento de cargas elétricas em um mesmo equipamento. A seleção de qual técnica adotar é feita durante a
configuração do controlador. Além dessa vantagem, os controladores NOVUS apresentam as seguintes
características:

• Tensão de carga: 180~440 Vca; 50/60 Hz


• Sinal de comando: 0-20 mA, 4-20 mA, 0-5 V, 1-5 V, 0-10 V, 2-10 V e Potenciômetro de 10 k
• Alimentação de controle: 220 Vac; 50/60 Hz
• Alarme com relé SPST; 3 A / 250 Vca
• Rigidez dielétrica entre partes: 2500 V
• Temperatura de Operação: -10 a 60 ºC
• Gabinete plástico: ABS+PC / UL-94V0
• Para redes de 220/380V
• Gabinete compatível com as normas NR10
• Trem-de-pulso e Ângulo de fase em um mesmo modelo
• Múltiplos sinais de comando
• Fusíveis incorporados

Figura 17 - Controladores PCW e PCWE

6.3.1 CONTROLE MANUAL


Recurso que permite ao usuário estabelecer manualmente o valor percentual de potência entregue à carga.

6.3.2 LIMITE DE CARGA (APENAS PARA O MODELO PCWE)


Recurso que determina um limite máximo de potência a ser entregue a carga, independentemente do valor apontado
pelo sinal de controle.

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7. CONTROLE PID DE VÁLVULAS MOTORIZADAS

Válvulas motorizadas necessitam acionamento de duas entradas, uma para atuar no sentido de abrir e outra no sentido
de fechamento. Se nenhuma das duas entradas é acionada, a válvula permanece na última posição. Para controle de
processos com este tipo de atuador, o controlador precisa estar preparado para três situações particulares:

1) Para aumentos de MV, o controlador deve atuar em uma saída; para redução de MV deve-se acionar outra saída;

2) Ao contrário de outros atuadores, a ausência de sinal de controle não significa a interrupção de entrega de
energia ao sistema controlado. O atuador permanece na última posição estabelecida, que pode ser qualquer
uma;

3) O controlador geralmente não sabe a posição atual do atuador. Algumas válvulas incorporam um potenciômetro,
mas este não costuma ser confiável, apresentando falhas com certa frequência e não sendo considerado pelo
controlador.

Para contornar estas três situações, o controlador precisa de algumas adaptações:

1) Incorporar 02 saídas a relé para atuar sobre a válvula

2) Um algoritimo de posicionamento precisa ser incluído entre o PID e os relés de saída, para converter a
informação posicional do PID (que calcula qual o valor desejado para MV, de 0 a 100%) em uma informação
incremental, de quanto o atuador deve ser deslocado de sua posição atual.

3) Para poder estabelecer a posição determinada pelo PID no atuador, o algorítimo de posicionamento precisa
conhecer a velocidade do atuador (tempo para variar de 0 a 100%) e manter uma informação com a posição
estimada para o atuador, baseada nos acionamentos já feitos.

Para otimizar o controle, mais algumas medidas são necessárias:

4) Quando o controle é iniciado, o controlador atua por um tempo superior ao tempo SErt para garantir o
posicionamento em 0% do atuador. Neste momento, a informação da posição estimada é também estabelecida
em 0%, garantindo assim o sincroniscmo inicial das posições real e estimada.

5) Sempre que o controlador estima que o atuador está em um de seus extremos, ele aplica pulsos extras em
direção a este extremo, para novamente garantir o sincronismo entre posições real e estimada.

6) Se, por exemplo, o controlador estima que a posição do atuador é de 10% e o PID calcula MV = 20%, a saída
de incremento da posição é acionado por um tempo igual a 10% de SErt.

7) Para evitar acionamentos muito frequentes da válvula, é estabelecida uma banda morta – Serr, que define o valor
mínimo da correção de posição a ser aplicada. Também é definido um intervalo mínimo entre atuações – SerF.

8) A tela de MV indica a posição estimada da válvula. Se a válvula incorpora potenciômetro, pode ser apresentada
na tela de MV a posição medida por este.

Com a inclusão do algoritimo de posicionamento e seus três parâmetros SErt, SErr, SErF é realizada a adaptação do PID
para operação com válvulas motorizadas. Usualmente, processos com este tipo de atuador não apresentam bom
desempenho quando sintonizados pela sintonia automática. Isto não é decorrência da inclusão do algoritimo de
posicionamento e sim das características da própria válvula e do processo, que são consideravelmente diferentes de
processos de aquecimento controlados por resistências, onde o desempenho da sintonia automática é o melhor.

NOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA. 26


Apostila – Controladores de Processo

7.1 CONTROLADOR DE PROCESSO N2000S


O N2000S é um controlador para servo posicionadores, com 2 relés de controle, um
para abrir e outro para fechar a válvula (ou damper). Adicionalmente, possui saída
analógica que pode ser programada para atuar como controle ou como retransmissão
do sinal de entrada ou do setpoint. A entrada dos sensores é universal, aceitando, em
um único modelo, a maioria dos sensores e sinais utilizados na indústria.

Toda a configuração do controlador é feita através do teclado, sem qualquer alteração


no circuito. Assim, a seleção do tipo de entrada e de saída, da forma de atuação dos
alarmes, além de outras funções especiais, são todas acessadas e programadas via
teclado frontal.

Figura 18 - Visor frontal N2000S

Figura 19 - Conexões painel traseiro N2000S

NOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA. 27

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