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Controladores de Processo
Apostila – Controladores de Processo
Índice
1. TERMINOLOGIA ..................................................................................................................................................... 3
1. TERMINOLOGIA
Os instrumentos de controle empregados na indústria de processos (química, siderúrgica, papel etc.) têm sua própria
terminologia. Os termos utilizados definem as características próprias de medida e controle dos diversos instrumentos:
indicadores, registradores, controladores, transmissores e válvulas de controle. A terminologia empregada é unificada
entre fabricantes, usuários e organismos que intervêm direta ou indiretamente no campo da instrumentação industrial.
1.7 PROCESSO
É qualquer operação - ou sequência de operações - envolvendo uma mudança de estado, de composição, de
dimensão ou outras propriedades que possa ser definida relativamente a um padrão. Pode ser contínuo ou em
batelada.
2. SENSORES
2.2 TERMOPARES
De uma forma simplificada, termopar é um dispositivo que converte a energia térmica diretamente em tensão
elétrica quando existe diferença de temperatura entre as duas junções terminais de um par de condutores de metais
diferentes. Em um extremo, os dois condutores são unidos, formando a junção de medição. O outro extremo,
chamado de junta fria ou junta de referência, tem os dois condutores conectados ao circuito de medição. A
temperatura da junta quente (assim denominada pois, usualmente, os termopares são utilizados para medições de
temperaturas acima da ambiente) é determinada pela tensão que aparece na junta fria. A tensão do circuito aberto
é gerada em função do coeficiente de Seebeck em relação à diferença de temperatura entre as juntas quente e fria.
Uma vez que a tensão produzida é função da diferença de temperaturas, a temperatura na junta fria deve ser
conhecida para que se possa determinar a temperatura da junta quente.
Para cada tipo de termopar existe uma tabela que relaciona a temperatura da junta de medição com a tensão medida,
para uma condição de referência na junta fria, tipicamente 0°C. A relação tensão x temperatura é não linear. A tensão
gerada pelos termopares é muito baixa, aproximadamente de 5 à 50µV/°C.
Para garantir que a junta fria se forme nos conectores do instrumento de medição, o cabo que interliga o termopar
ao instrumento deve ter a mesma característica do termopar, sendo este cabo denominado cabo de extensão
(quando é feito do mesmo material do termopar) ou cabo de compensação (quando é feito com outra liga metálica
com característica termoelétrica semelhante). Os cabos de termopares, quando confeccionados em malha, devem
ter a malha aterrada em um único ponto e devem ser instalados em eletrodutos aterrados, de uso exclusivo para
sinais de sensores.
2.3 TERMORESISTÊNCIAS
Uma termorresistência (RTD - do inglês, Resistance Temperature Detector) é um sensor que permite conhecer
a temperatura do meio, recorrendo à relação entre a resistência elétrica de um material e a sua temperatura. A maior
parte das termorresistências são feitas de platina, mas são também utilizados outros materiais como, por exemplo,
o níquel.
PT100 e PT1000 são sensores do tipo RTD amplamente utilizados em aplicações industriais, contruídos com liga
de Platina com 100Ω ou 1000Ω a 0°C, respectivamente. O coeficiente de variação da resistência com a temperatura
mais usual é 0,385Ω/°C, que resulta em resistência de 138,5Ω e 1385Ω a 100°C.
São tipicamente aplicados na medição de temperatura entre -200°C e 600°C, tendo precisão superior aos
termopares. A relação resistência x temperatura é definida pela norma NBR13773, sendo também não linear.
Por serem sensores resistivos, em sua instalação, a resistência dos cabos de ligação pode induzir a um erro de
medição, especialmente para o PT100 que tem menor variação da resistência com a temperatura. Para contornar esta
limitação, usualmente são aplicados circuitos a 3 fios, que permitem a eliminação do efeito da resistência dos cabos
dentro de certas condições. Circuitos a 4 fios podem ser utilizados, tipicamente, em aplicações de laboratório, que
permitem total eliminação do efeito da resistência dos cabos
O cabo recomendado para instalação de PT100 é um cabo blindado de 4x26AWG + Malha. A malha deve ser
ligada em um único ponto do aterramento da instalação. O cabo dever ser instalado em eletroduto metálico aterrado,
exclusivo para sinais de sensores.
Para estabelecer esta relação, os equipamentos NOVUS têm tipicamente 03 parâmetros: Limite Inferior, Limite
Superior e Posição do ponto decimal. Os ajustes destes parâmetros devem ser realizados de acordo com a
especificação do equipamento que mede a grandeza física e a converte para o sinal de tensão ou corrente, como no
exemplo a seguir:
- Programação: Limite Inferior = 0; Limite Superior = 400; Posição do ponto decimal: No dígito das dezenas
Se neste mesmo exemplo é desejada a indicação em outra grandeza relacionada, como psi (1 bar = 14,5 psi):
- Programação: Limite Inferior = 0; Limite Superior = 580; Posição do ponto decimal: No dígito das unidades.
Para aplicação de sinais não usuais, alguns modelos dispõem de entrada 0-50mV que, com a adoção de um
circuito divisor de tensão externo, permite a medição de outros níveis de tensão. Nesta situação, é importante
considerar o erro do divisor de tensão externo, fazendo a calibração da escala 0-50mV utilizando o sinal a ser medido
aplicado ao divisor, compensando assim o seu erro na calibração do instrumento.
3. CONTROLE
O controle ON-OFF se caracteriza por sempre apresentar oscilação de PV ao redor de SV, com amplitude
dependente da histerese e de características do processo. A escolha de um valor muito alto para a histerese resulta
em uma amplitude de oscilação muito grande. A escolha de um valor muito baixo de histerese pode causar
acionamentos muito rápidos e frequentes da saída, podendo resultar em danos ao elemento de chaveamento (relés,
contatoras, válvulas).
A implementação do controle ON-OFF é de fácil configuração, uma vez que demanda apenas configuração de
dois parâmetros (setpoint e histerese), porém, na prática, muitos processos não conseguem ser sintonizados a partir
desta técnica. Logo, é necessário adotar outra estratégia para o controle. Esta outra estratégia é o PID!
CORREÇÃO PROPORCIONAL A TAXA Se o erro está variando muito rápido, o termo D atua com
D DE VARIAÇÃO DE ERRO maior intensidade, a fim de evitar oscilações.
No controle Proporcional, o valor de MV é proporcional ao valor do desvio (SV-PV, para ação reversa de controle),
ou seja, para desvio zero (SV=PV), MV=0; à medida que o desvio cresce, MV aumenta até o máximo de 100%. O
valor de desvio que provoca MV=100% define a Banda Proporcional (Pb). Com Pb alta, a saída MV só irá assumir um
valor alto para corrigir o processo se o desvio for alto. Com Pb baixa, a saída MV assume valores altos de correção
para o processo, mesmo para pequenos desvios. Em resumo, quanto menor o valor de Pb, mais forte é a ação
proporcional de controle, conforme é possível observar nas figuras 2(A) e 2(B)
Contudo, somente a ação proporcional não permite a perfeita sintonia do processo, pois sua redução em
demasiado pode levar o processo a apresentar grandes níveis de oscilações como visto na figura 2(C). Por esse
motivo, controladores puramente com a ação proporcional não demonstram ótima performance de controle. Para
minizar esse erro, que surge no instante que a PV é igual ao SP, é introduzido no controlador um valor constante para
saída de controle, tipicamente considera-se a MV em 50%. Esse valor constante é definido pelo parâmetro Bias que
tem por objetivo estabilizar a PV o quão mais próxima ela se aproxime de SP. Para atingir uma melhor estabilidade
no processo devemos fazer uso de outros componentes do controle.
Na figura 3(A) é observado que somente a ação proporcional não foi capaz fazer o processo alcançar o valor desejado
(PV = SP), contudo, o processo se manteve estável. A essa diferença existente entre PV e SP damos o nome Erro
Estacionário ou Erro em Regime Permanente. Com a adição da componente integrativa ao controle na figura 3(B), é
possível perceber que houve um aumento da MV. Acionando a saída do controle, a fim se se eliminar tal erro, esse
aumento da MV acontece graduamente em intervalos de tempos regulares. A ação integral adciona ao valor da MV o
valor de devio observado (SV-PV). Esse intervalo de atuação se chama de Tempo Integral, que também pode ser
expresso por seu inverso denominado de Taxa de Integração (ir). O aumento desse parâmetro no controlador faz com
que ocorra um número maior de intervações na MV com o intuito de corrigir o erro estacionário.
No controle puramente proporcional vimos que, conforme reduzimos o valor de Pb, podemos chegar ao nível de
causar estabilidades ao processo. Quando o valor de PV ultrapassa o valor SP, temos os ditos overshoots, que
ocorrerão algumas vezes até que o processo se estabilize, Figura 4(A). A componente derivativa do controle atua em
intervalos regulares. Observando se há uma redução do erro e PV continua se aproximando de SP, ocorrerá uma
redução do valor da MV de certa forma “freiando” a brusca elevação de PV, Figura 4(B). A intensidade da ação
deritivativa é ajustada variando o intervalo de tempo do cálculo da diferença, sendo esse parâmetro chamado de
Tempo Derivativo (dt).
A sintonia automática do controlador tem, inicialmente, o mesmo comportamento de um controle sob regime
ON/OFF, aplicando atuação mínima e máxima ao processo. Contudo, ao longo do processo de sintonia, a atuação do
controlador é refinada até a sua conclusão, já sob controle PID otimizado. Este processo é iniciado imediatamente
após a seleção de uma das opções disponíveis (FAST, FULL, SELF, RSLF ou TGHT) de acordo com o modelo do
controlador, através do parâmetro ATUN.
O operador deve selecionar através do parâmetro ATUN (Ciclo de sintonia), o tipo de sintonia desejada dentre
as seguintes opções:
FAST: O controlador realiza o processo de sintonia automática uma única vez, retornando ao modo OFF quando
concluída. A sintonia neste modo é concluída em menor tempo, mas não é tão precisa quanto no modo FULL.
FULL: O mesmo que o modo FAST, porém, a sintonia é mais precisa e demorada, resultando em melhor desempenho
do controle PID.
rSLF: Realiza a sintonia automática e retorna para o modo SELF. Tipicamente utilizado para forçar uma sintonia
automática imediata de um controlador que estava operando no modo SELF, retornando a este modo no final.
TGHT: Semelhante ao modo SELF, mas além da sintonia auto-adaptativa, executa também a sintonia automática
sempre que o controlador é colocado em RUN = Yes ou o controlador é ligado.
− Desligar a função de Rampas e Patamares, no Ciclo de Operação: E Pr = 0 e programar SP para um valor diferente do
atual valor da PV e próximo ao valor em que operará o processo após sintonizado;
Recomenda-se não desligar o equipamento e não alterar o valor de setpoint durante o processo de sintonia
PID.
No caso de saída PWM ou pulso, a qualidade da sintonia dependerá também do tempo de ciclo previamente
ajustado pelo usuário.
Se a sintonia não resultar em controle satisfatório, a Tabela 3 apresenta orientação em como corrigir o
comportamento do processo.
Este controlador PID aceita termorresistência Pt100 e termopares J, K e T. Possui sintonia automática dos
parâmetros PID. Todos os modelos desta família possuem uma saída de pulso para acionamento de relés de estado
sólido, e as saídas do tipo a relé podem variar de 01 até 03 saída de acordo com o modelo, o que faz dele um
controlador de processos sofisticado e de baixo custo.
Existe ainda o modelo N1040T, com controle de temperatura e tempo no mesmo equipamento, disponível em
versão única com quatro saídas configuráveis para controle de processo, alarme ou temporização. Possui dois
temporizadores independentes e diversos modos de atuação que direcionam para uma das saídas do controlador ou
para uma atuação conjunta com o controle de temperatura.
− Saídas: 01 saída pulso lógico 5 Vcc (ideal para acionar relés de estado sólido) e até 03 saídas do tipo relé
− Funções de alarme: mínimo, máximo, diferencial, diferencial mínimo, diferencial máximo, sensor aberto.
− Função saída segura que permite ao usuário estabelecer a condição da saída de controle em caso de falha no sensor.
− Disparo do temporizador por entrada digital, SP, teclado ou ao habilitar o controle de temperatura (Somente N1040T)
O controlador possui canais de entrada e saída (I/O) que podem assumir múltiplas funções: saída de controle, entrada
digital, saída digital, saída de alarme, retransmissão de PV e SP. Esses canais são identificados como I/O 1, I/O 2, I/O 3,
I/O 4 e I/O 5.
A função a ser utilizada em cada canal de I/O é definida no Ciclo de configuração dos I/Os.
5.3 OPERAÇÃO
A configuração do controlador N1200 é realizada através de teclas de navegação disponíveis no visor frontal, conforme
figura abaixo:
Tecla P (Prog): Tecla utilizada para avançar aos sucessivos parâmetros do controlador.
Tecla Back + Tecla Prog: para a navegação entre os ciclos de programação (devem ser pressionadas
simultaneamente).
Display de PV (Programação): Apresenta o valor atual da PV (Variável do Processo). Quando em configuração, mostra
os mnemônicos dos diversos parâmetros que devem ser definidos.
Display de SP (Parâmetros): Apresenta o valor de SP (Setpoint). Quando em configuração, mostra os valores definidos
para os diversos parâmetros.
Sinalizador COM: Pisca toda vez que o controlador troca dados com o exterior via RS485.
Sinalizador RUN: Indica que o controlador está ativo, com a saída de controle e alarmes habilitados.
Sinalizador OUT: Para saída de controle Relé ou Pulso, o sinalizador OUT representa o estado instantâneo desta saída.
Para saída de controle analógica (0-20 mA ou 4-20 mA) este sinalizador permanece constantemente acesso.
Para operar adequadamente, o controlador necessita de uma configuração inicial mínima, que compreende dos seguintes
passos:
1º) Configurar o tipo de entrada: termopar, Pt100, 4-20 mA, 0-50 mV ou 0-5 Vcc;
2º) Configurar o tipo de saída de controle: relé, 0-20 mA, 4-20 mA ou pulso PWM;
3º) Definição do Tipo de Controle que deverá ser aplicado: PID ou histerese;
Lbd.t Rsp
Bias Rsll
ouLL Rshl
ouHL Spll
SFST Sphl
Rthl
Ieou
Baud
Prty
Addr
Indicação de
PV
Tela Indicação de PV e SP - O visor Tela apenas indicativa. Quando um programa
(Visor
superior indica o valor atual da PV. O visor
P.SEG está em execução, mostra o número do
Vermelho)
inferior indica o valor do SP de controle Program segmento em execução deste mesmo
Indicação de adotado. Segment programa. De 1 a 9.
SP
(Visor Verde)
Modo de Controle:
Auto - Significa modo de controle Tela apenas indicativa. Quando um programa
está em execução, mostra o tempo restante
Ctrl automático. t.SEG para o fim do segmento em execução. Na
Control Man - Significa modo de controle manual. Segment Time unidade de tempo adotada na Base de
Transferência bumpless entre automático e Tempo dos Programas - Pr.tb
manual.
Dt Tempo Derivativo - Valor do termo D do ouHl Limite Superior para a saída de controle -
Valor porcentual máximo possível assumido
Derivative time modo de controle PID, em segundos. Out High Limit pela saída de controle quando em modo
Ajustável entre 0 e 300 segundos.
SPA1
SP de Alarme: Valor que define o ponto de
Histerese de controle - Valor da histerese SPA2 atuação dos alarmes com funções Lo ou ki.
Hyst para controle ON/OFF. Ajustável entre 0 e a Para os alarmes programados com funções
Histeresis
largura da faixa de medição do tipo de APA3 tipo Diferencial, este parâmetro define desvio.
entrada selecionado. Para as demais funções de alarme não é
SPA4 utilizado.
SetPoin Alarm
Lógica de Controle:
re controle com Ação reversa. Própria para
aquecimento. Liga saída de controle
Act quando PV está abaixo de SP.
Action
Dir controle com Ação direta. Própria para
refrigeração. Liga saída de controle quando
PV está acima de SP.
Fua1 A1t1
Fua2 Funções de Alarme. Define as funções dos A2t1 Define intervalo de tempo t1 para a
temporização nos acionamentos dos
alarmes.
Fua3 A3t1 alarmes. Em segundos.
oFF, iErr, rS, rFAil, Lo, xi, DiFL, DiFx, DiF
Fua4 A4t1 O valor 0 (zero) desabilita a função.
Bla1 A1t2
Bloqueio inicial de Alarmes. Função de
Bla2 bloqueio inicial para alarmes 1 a 4.
A2t2 Define intervalo de tempo t2 para a
temporização nos acionamentos dos alarmes.
Bla3 YES - habilita bloqueio inicial A3t2 Em segundos.
Hya1
Histerese de Alarme. Define a diferença
Hya2 entre o valor de PV em que o alarme é Permite sinalizar a ocorrência de condições
ligado e o valor em que ele é desligado. FLSH de alarme fazendo piscar a indicação de PV
Hya3 na tela de indicação. O usuário seleciona os
Um valor de histerese para cada alarme. Flash números dos alarmes que deseja que
Hya4 apresentem esta característica.
Histeresis of
Alarm
Evento Mínimo
Acionado em um segmento Diferencial
rs (ramp and específico de programa. DIFL (diFerential
Soak) Low)
Resist. Máximo
Sinaliza falha na resistência
queimada Diferencial
RFAIL (resistence
de aquecimento. Detecta a DIFH (diFerential
não presença de corrente.
fail) High)
Valor mínimo
LO (Low)
J TC J Faixa: -110 a 950 ºC (-166 a 1742 ºF) Sem Função Off Saída
S TC s Faixa: -50 a 1760 ºC (-58 a 3200 ºF) Saída de Função Lbd Lbd Saída
B TC b Faixa: 400 a 1800 ºC (752 a 3272 ºF) Saída de controle (Relé ou Pulso) Ctrl Saída
E TC e Faixa: -90 a 730 ºC (-130 a 1346 ºF) Alterna Modo Auto/Manual Man Entrada Digital
Pt100 Pt Faixa: -200 a 850 ºC (-328 a 1562 ºF) Alterna Modo Run/Stop Run Entrada Digital
4-20 mA
ln h Sinal Analógico não-Linear Retransmissão da PV em 4-20 mA ln h Saída Analógica
Faixa de indicação de acordo com o sensor
Não Linear
ln t associado. Retransmissão do SP em 0-20 mA ln t Saída Analógica
ln r
ln s
ln b
Ln e
Ln.pt
É a característica que permite criar um perfil de comportamento para o processo. Cada programa é composto por um
conjunto de até 9 segmentos, chamado Programa de Rampas e Patamares, definido por valores de SP e intervalos de
tempo. Podem ser criados até 20 diferentes programas de rampas e patamares. Abaixo, um exemplo de configuração:
Configurar: PSP0 = 25; PSP1 = 150; PSP2 = 150; PSP3 = 300 e PSP4 = 300
Para executar o programa, deve-se acessar o Ciclo de Operação e habilitá-lo através dos parâmetros: E Pr = 1 e Run =
Yes (Para executar o programa 1). A partir deste momento, o controlador passa a gerar automaticamente o SP de acordo
com o programa definido.
Pr.tb base de tempo adotada pelos programas em PT1 Tempo dos segmentos do programa: 1 a 9:
edição e os já elaborados. Define o tempo de duração, em segundo ou
Program Time PT9 minutos, de cada um dos 9 segmentos do
Sec Base de tempo em segundos
Base programa em edição.
Program Time
min Base de tempo em minutos
Psp0
SP’s de Programa, 0 a 9: Conjunto de 10
Abaixo estão relacionadas algumas características do Protocolo de Comunicação, implementado no controlador N1200:
2) 8 bits de dados; 1 stop bit e paridade selecionável (sem paridade, par ou ímpar)
4) Taxa de Velocidadade configurável: (baud = 1.2, 2.4, 4.8, 9.6, 19.2, 38.4, 57.6 ou 115.2 kbps)
Abaixo as tabelas 5 e 6:
Holding
Parâmetro Descrição do Registrador
Registers
6. ACIONAMENTO DE CARGAS
Figura 12 - SSR e
Chave Estática
A ausência de partes móveis elimina a possibilidade de desgaste e o ruído mecânico de operação. O acionamento
zero-crossing reduz drasticamente o ruído elétrico de chaveamento. O isolamento elétrico entre entrada, saída e
carcaça metálica simplifica e torna mais segura a instalação e manutenção. Apropriadamente instaladas, podem
operar sem falhas por muitos anos. Comando com pulso elétrico de 4 até 32 V., tensão de carga de 480 Vac. nas
correntes de 80 até 300 Ampéres.
O controlador de potência atua sobre seus tiristores, que são componentes internos de alta capacidade de condução
de corrente elétrica. Eles atuam como chaves elétricas e, como tais, são dispositivos de apenas dois estados: ligado
ou desligado. Como, então, entregar à carga do processo quantidades de energia diferentes de 0 % (tiristor
desligado) e 100 % (tiristor ligado)?
A resposta está na técnica de modulação da tensão elétrica da rede que alimenta a carga. Ligando e desligando os
tiristores em momentos criticamente específicos, é possível obter sobre a carga valores médios de potência
proporcionais ao definido pelo controlador de processo.
Cada ciclo da rede elétrica AC é dividido em dois semi-ciclos e esses são sub-divididos em graus, num total de 180°
para cada semi-ciclo.
Na modulação por ângulo de fase o acionamento dos tiristores se dá a cada semi-ciclo da rede. A modulação
acontece ligando o tiristor no ângulo que corresponde ao percentual de potência elétrica definido pelo sinal de
entrada do controlador de potência. O desligamento acontece no próximo cruzamento por zero. É repassada para a
carga apenas parte de cada semi-ciclo.
Por exemplo: para uma potência de 50 %, definida pelo sinal de entrada, o tiristor liga em 90° e desliga em 180°
(cruzamento por zero). Veja o gráfico abaixo:
Figura 15 - Exemplo da onda senoidal da rede AC, de acordo com o percentual de potência aplicado na modulação por ângulo de
fase.
Neste tipo de modulação, um controle mais refinado do processo é possível. Valores baixos de sinal de entrada
promovem baixos valores de tensão sobre a carga. Essa característica é importante em processos onde há
necessidade de limitar a corrente elétrica nos primeiros momentos de processo ligado.
É o tipo de acionamento indicado para ser instalado no lado primário de transformadores. Nessas aplicações, para
evitar problemas no desligamento da carga, valores de potência elétrica menores de 25 % devem ser evitados.
Neste tipo de modulação, o controle da potência elétrica acontece pela limitação do número de ciclos da rede aplicados
na carga. O controlador de potência determina qual o número de ciclos de rede que serão repassados à carga.
Por exemplo: para 10 % de potência, definidos por seu sinal de entrada, o controlador de potência aplica sobre a carga
1 ciclo a cada 10 ciclos de rede. Para 25 % aplica 1 ciclo a cada 4. Para 50 %, aplica 1 a cada 2. Veja os gráficos
abaixo:
Figura 16 - Exemplo da forma de onde quando empregado o controle por trêm de pulso
Neste modo, a carga é sempre acionada nos cruzamentos de zero da tensão da rede elétrica, e seu desligamento
acontece no cruzamento por zero da corrente elétrica da carga. Esta característica traz vantagens importantes à
instalação, pois não são gerados ruídos nem harmônicos.
Outra vantagem importante desse tipo de modulação é a possibilidade de um acionamento mais linear da carga.
Como esta técnica não necessita de um período de ciclo (cycle time), não há grandes intervalos sem o acionamento
da carga.
Por exemplo: numa modulação por trem-de-pulso com o período de ciclo definido em 1 (um) segundo, quando o
controlador de potência aplica 25 % de potência à carga temos 0,25 segundo de carga ligada e 0,75 segundo de
carga não ligada. Deste modo temos uma espécie de “batimento”. Lâmpadas incandescentes, nestas condições,
permaneceriam piscando. Com a técnica sem o período de ciclo, a carga liga 16,6 ms (1 ciclo) e permanece
desligados por outros 49,8 ms (3 ciclos de rede).
Nos controladores de potência NOVUS das séries PCW e PCWE, o usuário encontra essas duas técnicas de
acionamento de cargas elétricas em um mesmo equipamento. A seleção de qual técnica adotar é feita durante a
configuração do controlador. Além dessa vantagem, os controladores NOVUS apresentam as seguintes
características:
Válvulas motorizadas necessitam acionamento de duas entradas, uma para atuar no sentido de abrir e outra no sentido
de fechamento. Se nenhuma das duas entradas é acionada, a válvula permanece na última posição. Para controle de
processos com este tipo de atuador, o controlador precisa estar preparado para três situações particulares:
1) Para aumentos de MV, o controlador deve atuar em uma saída; para redução de MV deve-se acionar outra saída;
2) Ao contrário de outros atuadores, a ausência de sinal de controle não significa a interrupção de entrega de
energia ao sistema controlado. O atuador permanece na última posição estabelecida, que pode ser qualquer
uma;
3) O controlador geralmente não sabe a posição atual do atuador. Algumas válvulas incorporam um potenciômetro,
mas este não costuma ser confiável, apresentando falhas com certa frequência e não sendo considerado pelo
controlador.
2) Um algoritimo de posicionamento precisa ser incluído entre o PID e os relés de saída, para converter a
informação posicional do PID (que calcula qual o valor desejado para MV, de 0 a 100%) em uma informação
incremental, de quanto o atuador deve ser deslocado de sua posição atual.
3) Para poder estabelecer a posição determinada pelo PID no atuador, o algorítimo de posicionamento precisa
conhecer a velocidade do atuador (tempo para variar de 0 a 100%) e manter uma informação com a posição
estimada para o atuador, baseada nos acionamentos já feitos.
4) Quando o controle é iniciado, o controlador atua por um tempo superior ao tempo SErt para garantir o
posicionamento em 0% do atuador. Neste momento, a informação da posição estimada é também estabelecida
em 0%, garantindo assim o sincroniscmo inicial das posições real e estimada.
5) Sempre que o controlador estima que o atuador está em um de seus extremos, ele aplica pulsos extras em
direção a este extremo, para novamente garantir o sincronismo entre posições real e estimada.
6) Se, por exemplo, o controlador estima que a posição do atuador é de 10% e o PID calcula MV = 20%, a saída
de incremento da posição é acionado por um tempo igual a 10% de SErt.
7) Para evitar acionamentos muito frequentes da válvula, é estabelecida uma banda morta – Serr, que define o valor
mínimo da correção de posição a ser aplicada. Também é definido um intervalo mínimo entre atuações – SerF.
8) A tela de MV indica a posição estimada da válvula. Se a válvula incorpora potenciômetro, pode ser apresentada
na tela de MV a posição medida por este.
Com a inclusão do algoritimo de posicionamento e seus três parâmetros SErt, SErr, SErF é realizada a adaptação do PID
para operação com válvulas motorizadas. Usualmente, processos com este tipo de atuador não apresentam bom
desempenho quando sintonizados pela sintonia automática. Isto não é decorrência da inclusão do algoritimo de
posicionamento e sim das características da própria válvula e do processo, que são consideravelmente diferentes de
processos de aquecimento controlados por resistências, onde o desempenho da sintonia automática é o melhor.