JUL 1993 NBR 9830

Cim ento Portland destinado à

cim entação de poços petrolíferos -
ABNT-Associação
Brasileira de Determ inação das propriedades
Normas Técnicas
reológicas
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Rio de Janeiro
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Origem: Projeto MB-2664/1992
CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
CE-18:102.01 - Comissão de Estudo de Cimentos para Cimentação de Poços de
Petróleo
NBR 9830 - Oil well cements - Determination of rheological properties - Method of
test
Descriptors: Portland cement. Oil well
Esta Norma substitui a NBR 9830/1987
Copyright © 1990,
ABNT–Associação Brasileira
Válida a partir de 30.08.1993
de Normas Técnicas
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Impresso no Brasil Palavras-chave: Cimento Portland. Poço petrolífero 2 páginas
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1 Objetivo - comprimento útil ................. (58,40 ± 0,05) mm.

Esta Norma prescreve os métodos para determinação das Nota: Duas fileiras de furos de 3,18 mm de diâmetro,
propriedades reológicas das pastas de cimento Portland espaçadas com intervalos de 120 graus, devem
destinado à cimentação de poços petrolíferos, como vis- ser feitas no rotor, imediatamente abaixo da li-
nha que delimita o comprimento útil deste.
cosidade plástica, limite de escoamento, gel inicial, gel fi-
nal e consistências a 1 min e a 5 min.
b) cilindro:
2 Documento complementar
- diâmetro ............................. (34,49 ± 0,05) mm;
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
- comprimento ...................... (38,00 ± 0,05 )mm.

NBR 9826 - Preparação e homogeneização das pas- c) mola:

tas de cimento Portland destinado à cimentação de
poços petrolíferos - Procedimento
- fator ............................................................... 1;

3 Aparelhagem - constante, KS ..................... 386 dinas.cm/grau.

3.1 Viscosímetro 3.2 Cronômetro

Deve ser utilizado um viscosímetro rotativo de leitura dire-
ta, para determinação das propriedades reológicas.
3.1.1 Um motor acoplado ao viscosímetro deve submeter
o rotor a seis velocidades rotacionais: 10 rps, 5 rps,
3,3 rps, 1,7 rps, 0,10 rps e 0,05 rps (600 rpm, 300 rpm,
200 rpm, 100 rpm, 6rpm, 3 rpm). Esta aparelhagem deve
obedecer às seguintes especificações:
a) rotor:
- diâmetro interno ................. (36,83 ± 0,05) mm;
Deve ser utilizado um cronômetro com resolução de 1 s.
3.3 Copo térmico
Deve ser utilizado um copo térmico que disponha de um
sistema que permita manter a temperatura constante ao
longo de todo o ensaio.
3.4 Termômetro
Deve ser utilizado um termômetro metálico com resolu-
ção de 1°C.
2 NBR 9830/1993
4 Execução do ensaio
4.1 Calibração do viscosímetro
4.1.1 Sendo o viscosímetro rotativo do tipo leitura direta,
seu bom funcionamento depende da manutenção correta
da tensão da mola. Os procedimentos indicados para ve-
rificar a tensão da mola utilizam um método simples de pe-
so morto (equação a seguir) ou da medida de um fluido
newtoniano, de viscosidade conhecida, a uma dada tem-
peratura.
Ggr
KS =
ø
Onde:
G - carga, em g
g - aceleração da gravidade = 981 cm/s2
r - raio do braço = 1 cm
ø - leitura, em graus
4.1.2 Dada a influência significativa que a geometria de
escoamento exerce sobre os valores dos parâmetros reo-
lógicos das pastas, deve-se assegurar, antes de cada en-
saio, a centralização do conjunto rotor-cilindro, mediante
a colocação de um espelho abaixo do rotor.
4.2 Determinação dos parâmetros reológicos
Deve ser realizada conforme a seqüência de operações
descritas em 4.2.1 a 4.2.7.
4.2.1 Aquecer o copo térmico na posição de ensaio de
modo que o conjunto rotor-cilindro fique posicionado no
interior deste.
4.2.2 Baixar o copo térmico e, imediatamente, verter a pas-
ta de cimento preparada e homogeneizada conforme a
NBR 9826.
4.2.3 Durante o ensaio, o copo térmico deve ser mantido à
temperatura de ensaio com tolerância de ± 1°C, com o
rotor ligado a 5 rps (300 rpm); levantar o copo preaqueci-
do, contendo a pasta, até que o nível do líquido coincida
com a linha indicada no rotor. Esta etapa deve ser reali-
zada o mais rapidamente possível em, no máximo, 1 min.
Imediatamente após, iniciam-se as leituras em ordem de-
crescente.
Nota: Não devem ser efetuadas leituras a 10 rps, 0,10 rps e
0,05 rps (600 rpm, 6 rpm e 3 rpm), visto que estas não
devem ser utilizadas na determinação dos parâmetros
reológicos.
4.2.4 A leitura inicial, correspondente a 5 rps (300 rpm),
deve ser feita após 60 s de rotação contínua. Registra-se
as leituras do mostrador em folhas de dados a 5 rps,
3,3 rps e 1,7 rps (300 rpm, 200 rpm e 100 rpm). A velo-
cidade do rotor deve ser reduzida a intervalos de 20 s.
Cada leitura do mostrador deve ser feita imediatamente
antes de cada redução de velocidade.
4.2.5 Após a leitura a 1,7 rps (100 rpm), aumentar a velo-
cidade do rotor para 10 rps (600 rpm), mantendo-a por
60 s. Desligar o motor por 10 s, no fim dos quais o motor
é novamente ligado a 0,05 rps (3 rpm). Registrar a defle-
xão máxima observada.
4.2.6 Desligar, mais uma vez, o motor por 10 min, no fim
dos quais o motor é religado a 0,05 rps (3 rpm). Registrar
a deflexão máxima observada.
4.2.7 Manter a velocidade rotacional a 0,05 rps (3 rpm) e
registrar as deflexões da mola a 1 min e a 5 min, respec-
tivamente.
5 Resultados
5.1 Os parâmetros reológicos devem ser definidos utili-
zando-se o modelo matemático de Bingham que possui a
seguinte expressão:
S = So + ηγ
Onde:
S - tensão atuante na parede do cilindro, em Pa
So - limite de escoamento (L.E.), em Pa
η - viscosidade plástica (V.P.), em Pa.s
γ - taxa de deformação, em s-1
5.2 Para simplificação dos cálculos, deve-se considerar
que as taxas de deformação sofridas pela pasta, no es-
paço entre o rotor e o cilindro, sejam iguais às obtidas ca-
so as pastas de cimento se comportassem como um flui-
do newtoniano. Face a esta aproximação, as taxas de de-
formação conseqüentes das rotações de 5 rps, 3,3 rps e
1,7 rps (300 rpm, 200 rpm e 100 rpm) assumem os valores
de 511 s-1, 340 s-1 e 170 s-1, respectivamente.
5.3 De posse das leituras (tensões de cisalhamento), mul-
tiplicadas por 0,511, correspondentes às velocidades de
5 rps, 3,3 rps e 1,7 rps (300 rpm, 200 rpm e 100 rpm) e das
taxas de deformação definidas em 5.2, aplicar o método
de regressão linear, registrando, na folha de resultados, o
índice de correlação, o limite de escoamento e a viscosi-
dade plástica; estes últimos valores devem ser expressos
em Pa e Pa.s, respectivamente.
5.4 Para se obterem os valores de gel inicial e gel final, em
Pa, multiplicar as leituras obtidas conforme 4.2.5 e
4.2.6, respectivamente, por 0,511.
5.5 Para se obterem os valores de consistência a 1 min e
a 5 min, em Pa, multiplicar as leituras obtidas conforme
4.2.7 por 0,511.