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Métodos científicos

Luís Pedro Miranda


David Roque Filipe

Turma ESG
18/10/2021
Métodos científicos
Método científico é o conjunto das normas básicas que devem
ser seguidas para a produção de conhecimentos que têm o rigor
da ciência, ou seja, é um método usado para a pesquisa e
comprovação de um determinado conteúdo.
A palavra “método” vem do grego méthodos, que significa “caminho para
chegar a um fim”.

O método científico parte da observação sistemática de fatos,


seguido da realização de experiências, das deduções lógicas e
da comprovação científica dos resultados obtidos. Para diversos
autores o método científico é a lógica aplicada à ciência.
O método científico pode variar de acordo com a ciência, mas o
que é atualmente usado, principalmente pelas ciências da
natureza, foi derivado do trabalho de vários filósofos, como
Francis Bacon e René Descartes, e de cientistas como Galileu
Galilei, Robert Boyle e Antoine Laurent Lavoisier.
As principais etapas do método científico seguidas em geral
pelas equipes de cientistas em institutos de pesquisas e
universidades em todo o mundo são:
* Observação: Leva o observador ao colocar questões que
precisam ser estudadas. Essa observação pode ser a olho nu ou
com a utilização de instrumentos de maior precisão.
(microscópios).

* Hipótese: Na tentativa de responder às questões levantadas


na observação, o cientista propõe hipóteses, isto é, afirmações
prévias para explicar os fenômenos. Essas hipóteses podem ser
comprovadas ou descartadas na próxima etapa.
(covid)

* Experiências: Consistem em vários testes realizados para


comprovar a hipótese. As experimentações são realizadas de
forma bem criteriosa, envolvendo aspetos qualitativos e
quantitativos. Todos os dados obtidos e etapas do experimento
são anotados e repetidos. Aspetos que possam interferir e levar
a novas hipóteses são incluídos.

* Lei: Com os testes repetidamente realizados e comprovados,


o cientista pode chegar a conclusões. Se os resultados levam a
alguma generalização, ou seja, se eles se repetem, o cientista
formula uma lei científica. A lei descreve uma sequência de
eventos que ocorrem de forma uniforme e invariável, ou seja, é
um enunciado que explica o fenômeno, mas não explica por que
ele ocorre.

* Teoria: É o conjunto de afirmações consideradas válidas pela


comunidade científica para explicar a lei, é o porquê do
fenômeno descrito pela lei.
Em conjunto com a teoria, geralmente temos também o modelo,
que é uma representação da realidade. O modelo não é a própria
realidade, mas serve para explicar suas propriedades. Por
exemplo, o modelo atômico serve para representar o átomo,
suas propriedades e características, mas não é o próprio átomo.

Podem ser criados também outros símbolos e equações que


representem os fatos observados. Por exemplo, a combustão da
parafina pode ser representada pela seguinte equação química:

C23H48(s) + 35 O2(g) → 23 CO2(g) + 24 H2O(V)


parafina + gás oxigênio → dióxido de carbono + água

Esquema representativo das etapas do método científico

Vale realssar que esse método não é rígido, outras etapas e


métodos podem ser incluídos. Além disso, ele repete-se de
forma contínua e indefinida, levando à evolução das ciências.
Caso Covid-19
Com mais de 25 milhões de casos e de 859 mil mortes ao redor do mundo,
a COVID-19 passou a ser considerada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) como uma pandemia no início de 2020. A partir disso, a indústria
farmacêutica e os centros de pesquisa de todo o planeta entraram em uma
grande corrida para descobrir uma forma de proteger as pessoas. Porém,
os processos que envolvem a elaboração de uma vacina são rigorosos,
principalmente porque existem várias etapas de testes antes que ela
chegue ao cidadão. Isso ocorre para se certificar de que a imunização é
eficaz e segura, e torna todo o seu desenvolvimento mais lento, o que,
muitas vezes, não combina com a urgência de uma pandemia.

Etapa 1: Laboratorial
É restrita aos laboratórios e é composta pelas pesquisas iniciais e análises
de possibilidades. O agente responsável pela doença é identificado e são
ponderadas até centenas de moléculas e métodos para se definir a melhor
composição da vacina.
Duração de pesquisa e produção do imunizador
É importante ressaltar que em relação aos processos de pesquisa para a
vacina da COVID-19, não há demora. A comunidade científica está a todo
vapor para achar resultados eficazes no desenvolvimento dessa
imunização. A verdade é que essas pesquisas costumam levar anos, sem
nem considerar o tempo de produção.
No caso da Sars-CoV-2, o que acontece é que muitos processos foram
radicalmente encurtados, graças a pesquisas prévias em estágio avançado
sobre doenças como Sars e Mers – causadas por outras versões do
coronavírus. Para as fases clínicas, em especial a 3, tem sido primordial a
aplicação em ambientes com grande incidência da doença, para resultados
mais rápidos e eficientes. É por isso que o Brasil tem sido um país escolhido
para testes.
Além disso, segundo o epidemiologista e supervisor do Programa de
Residência em Medicina de Família e Comunidade da UFSM, Ricardo
Heinzelmann, um fato importante tem sido a prioridade dos investimentos
governamentais e privados no âmbito da saúde: “O ritmo de alocação de
recursos públicos e privados de diversos países para desenvolvimento da
vacina para COVID-19 impressiona. Orçamentos foram rapidamente
revisados para que equipes de pesquisadores em diversas partes do mundo
se dedicassem ao desenvolvimento desta vacina. Também o ritmo de
celebração de acordos de cooperação técnicas internacionais entre
instituições governamentais e não governamentais, com assinaturas
praticamente imediatas de acordos ao passo de cada nova fase das
vacinas”. Porém, os especialistas alertam que o rigor científico precisa ser
mantido para que os processos não sejam atropelados em nome das
demandas mundiais.
Apesar de grande repercussão e expectativas mundiais, recentemente o
diretor executivo da OMS, Michael Ryan, afirmou que o fato de uma
candidata à vacina para a COVID-19 chegar à fase 3 não significa que ela
esteja “quase lá” para ser utilizada. “A fase 3 não significa ‘quase lá’.
Significa que é a primeira vez que a vacina será aplicada na população em
geral, em indivíduos saudáveis, para ver se ela os protegerá”, enfatizou.
“Agora, é uma corrida para a vacina comprovar que é eficaz em um grande
número de pessoas ao longo do tempo”, complementou.
Vacinas para Sars-CoV-2 e seus métodos
No contexto de acelerada busca pela vacina do novo coronavírus, são
exigidos determinação e esforços internacionais. Isso promove uniões entre
pesquisadores, laboratórios e nações – o que resulta em uma superação de
obstáculos em conjunto. O fato é algo extremamente positivo na medida
que proporciona diferentes análises acerca do problema. No sentido das
pesquisas ao redor do globo, isso se representa de uma maneira mais
concreta com a diversificação de metodologias utilizadas nas vacinas.
Cada laboratório tem sua aposta, baseada em conceitos como eficiência,
segurança, dosagem e velocidade. O último, porém, é o mais desafiador
nessa conjuntura de pandemia, que demanda uma rapidez sem
precedentes na busca de uma vacina. A consequência é o uso de métodos
não tão convencionais e, muitas vezes, inovadores. Entenda sobre como
podem ser classificados:

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