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E.E.F.

Nossa Senhora da Conceição


Língua Portuguesa - Ensino Fundamental
Professora: Dôra Turno: matutino Turma: A, B, C Série: 8° ano

Nome: ______________________________________________________________

ROTEIRO DA SEMANA - 8°ano - 06/07/2020 à 11/07/2020

1° dia
Estudo do Capítulo 2 do livro, páginas 48 à 50 (Adolescer).
 "Pra começo de conversa" - resolver questões 1, 2 e 3.
 Prática de leitura - fazer leitura do Texto 1 “Reportagem” - resolver questões 1 e 2 da página 48.
 Resolver Atividade 9 do "Estudo em Casa, vol. 2" (Inferindo informações implícitas).

ATIVIDADE IX

Inferir uma informação implícita em um texto.

Caro aluno, como já dissemos anteriormente, os textos apresentam algumas informações


explícitas, que são facilmente identificadas a partir de uma leitura atenta do texto; outras
informações, porém, necessitam de uma atenção maior, pois estão implícitas, ou seja, não
estão claras, mas podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma leitura
eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler nas entrelinhas. Para compreender
melhor observe a questão seguinte.

Leia o texto a seguir.

Defenestração

Certas palavras têm o significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma
coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A falácia
Amazônica. A misteriosa falácia Negra.
Hermeneutas deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles
chegassem, tudo se complicaria.
- Os hermeneutas estão chegando!
- Xi, agora é que ninguém vai entender mais nada...
Os hemeneutas ocupariam a cidade e paralizariam todas as atividades produtivas com seus
enígmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria
semanas até que as coisa recuperassem o seu sentido óbvio.
Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.
- Alô...
- O que é que você quer dizer com isso?... Traquinagem devia ser uma peça mecânica.
- Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto. Plúmbeo devia ser o barulho que o
corpo faz ao cair na água Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.
A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de
procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas
pessoas. Tinha até um som lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das
mulheres:
-Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas...Ah, algumas defenestravam.
Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a
casa. Haveria assim defenestradores profissionais.
Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos
formais? "Nestes termos, pede defenestração..." Era uma palavra cheia de implicações. Devo tê-la
usado uma ou outra vez, como em:
- Aquele é um defenestrado.
Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada era a
palavra exata.
Um dia finalmente procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir.
"Defenestração" vem do francês defenestration. Substantivo feminino, ato de atirar alguém ou algo pela
janela.
Acabou a minha ignorância, mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome
próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma
palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então,
defenestração?
Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como rapé. Um vício como o tabagismo ou
as drogas, suprimido a tempo. [...]
Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante
foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes
externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana,
nunca totalmente dominada. [...]
Em outra ocasião, uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada.
Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:
– Fui defenestrado… Alguém comenta:
– Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela?
Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e
defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.

Luís Fernando Veríssimo. O Analista de Bagé. 6ª ed. Porto Alegre.L&PM ed. 1981. p. 29-31.

GLOSSÁRIO
Falácia: erro, engano, falsidade.
Hermeneuta: pessoa que se especializou na leitura e na interpretação de livros sagrados e antigos, geralmente
de teor religioso ou filosófico; quem se especializou em hermenêutica.
Andarilho: alguém que anda muito, percorre muitas terras ou anda sem destino certo.
Prostrada: sem ânimo, sem forças; derrubada, desanimada.
Lúbrico: caracterizado pela luxúria; lascivo, sensual.
Rapé: pó resultante de folhas de tabaco torradas e moídas, por vezes misturadas a outros componentes.
Basculante: janela que se abre com sistema de báscula, levantando uma parte e baixando a outra: janela
basculante.
Balbuciar: pronunciar imperfeitamente e com hesitação; gaguejar.

1) Depois de descobrir o real significado de defenestração, o narrador continua


fascinado pela palavra porque
a) fica imaginando as razões da existência de tal palavra.
b) vê pouca utilidade na palavra na língua portuguesa.
c) pensou na possibilidade do significado real.
d) remete a uma ação impraticada em nossa cultura.

GABARITO: alternativa A.
Inicie esta atividade lendo o texto com bastante atenção. Se sentir dificuldade em compreender algumas das
palavras do texto, consulte o glossário logo abaixo dele. Em seguida, leia o comando da questão. Observe que ela
solicita que você identifique uma informação que não está explícita no texto, mas que é possível de ser
identificada a partir de seu contexto. Leia, então, as alternativas. Você perceberá que a alternativa ( a) é a correta,
pois o narrador continua fascinado pela palavra mesmo depois de descobrir seu significado porque remete-se a
um ato pouco comum, o que o leva a imaginar o porquê da existência de tal palavra. A alternativa (b) não é
correta, pois em momento algum o autor afirma que a palavra tem pouca utilidade na língua portuguesa. A
alternativa (c) também não está correta, pois antes de consultar o dicionário, o autor não pensou no significado
real da palavra defenestração. A alternativa (d) não é correta pois não se trata de uma ação que não é praticada
em nossa cultura.
Agora é a sua vez! Resolva as questões a seguir e exercite a sua habilidade de inferir
uma informação implícita em um texto.

Observe a tirinha.

Fonte: http://peruibenastrevas.blogspot.com/2018/08/tirinha-como-descobrir-um-et-em-peruibe.html.
Acessado em 03 de abril de 2019.

2. Por que o policial segue desconfiando do homem mesmo depois de ter todas as
perguntas respondidas?

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Leia o texto a seguir.

O conto da mentira

Todo dia Felipe inventava uma mentira. “Mãe, a vovó tá no telefone!”. A mãe largava a
louça na pia e corria até a sala. Encontrava o telefone mudo.
O garoto havia inventado morte do cachorro, nota dez em matemática, gol de cabeça em
campeonato de rua. A mãe tentava assustá-lo: “Seu nariz vai ficar igual ao do Pinóquio!”. Felipe
ria na cara dela: “Quem tá mentindo é você! Não existe ninguém de madeira!”.
O pai de Felipe também conversava com ele: “Um dia você contará uma verdade e
ninguém acreditará!”. Felipe ficava pensativo. Mas no dia seguinte...
Então, aconteceu o que seu pai alertara. Felipe assistia a um programa na TV. A
apresentadora ligou para o número do telefone da casa dele. Felipe tinha sido sorteado. O prêmio
era uma bicicleta: “É verdade, mãe! Amoça quer falar com você no telefone pra combinar a
entrega da bicicleta. É verdade!”.
A mãe de Felipe fingiu não ouvir. Continuou preparando o jantar em silêncio. Resultado:
Felipe deixou de ganhar o prêmio. Então, ele começou a reduzir suas mentiras. Até que um dia
deixou de contá-las. Bem, Felipe cresceu e tornou-se um escritor. Voltou a criar histórias. Agora,
sem culpa e sem medo. No momento está escrevendo um conto. É a história de um menino que
deixa de ganhar uma bicicleta porquementia…

AUGUSTO, Rogério. FOLHA DE SÃO PAULO. São Paulo. Miniconto. Folhinha 14 jun. 2003.

3. Releia: “Voltou a criar histórias. Agora, sem culpa e sem medo.”. Explique por
que, agora, Felipe não se sente culpado e com medo de criar histórias.

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ROTEIRO DA SEMANA - 8°ano - 06/07/2020 à 11/07/2020

2° dia
Páginas 50 à 53
 Por dentro do texto - resolver questões 1, 3, 4, 6, 7, 8 e 9.
 Resolver questões 1 e 2 - linguagem do texto.
 Exercício do Card 16.

Para reforçar:
 Linguagem verbal: uso da palavra na comunicação.
 Linguagem não verbal: o não uso da palavra na comunicação.
 Linguagem mista: a união da linguagem verbal e da linguagem não verbal na
comunicação.

(D16-SPAECE/ D5-SAEB) Interpretar textos não verbais e textos que articulam


elementos verbais e não verbais.

Leia o texto abaixo:


O biscoito

Nesse texto, o gato entende que deveria pegar


A) o biscoito B) o homem C) o rato D) o sofá

Primeiro Passo: Faça uma leitura das imagens e fique atento às expressões das
personagens. Isso ajuda bastante a entender suas emoções, suas reações...

Segundo Passo: Leia completamente a tirinha e o que se pede na questão. Sabemos


que o gato é um predador do rato, mas olhe atentamente para as imagens para não
marcar a alternativa incorreta.

Terceiro Passo: Pela expressão do homem no último quadrinho, entende-se que ele
esperava que o gato tivesse pegue o rato, não o biscoito.
ROTEIRO DA SEMANA - 8°ano - 06/07/2020 à 11/07/2020

3° dia
 Atividade 10 (Identificando o tema).

ATIVIDADE X

Identificar o tema de um texto.

Caro aluno, para estabelecer comunicação, há na sociedade diferentes tipos de textos


que podem ser usados e cada texto pode apresentar um tema específico. Num texto de
uma propaganda, por exemplo, encontramos divulgação de um produto de beleza,
eletrodoméstico, perfumes, uma marca específica; já em um texto de artigo de opinião,
encontramos um tema polêmico, geralmente, de algo que verificamos em grande
destaque na sociedade. Dessa forma, podemos afirmar que o tema de um texto é o
assunto que é abordado nele. Para compreender melhor, observe a questão a seguir.

Leia o texto.

A disciplina do amor

Foi na França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachorro que
todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um
pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e na
maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à casa. A vila inteira já
conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia,
chegava até a correr todo animado atrás dos mais íntimos. Para logo voltar atento ao seu
posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe. Mas eu
avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou
de esperá- lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar naquele único ponto,
a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-
amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro,
até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à
pata, voltava ao posto de espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno
coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em
vão. Quando ia chegando àquela hora ele disparava para o compromisso assumido,
todos os dias. Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!) as
pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com
um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros
amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a
esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está
esperando?…uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor.

1. O tema do texto é
a) a fidelidade de um cão a seu dono.
b) o esquecimento dos que morrem.
c) os horrores da guerra.
d) a tristeza dos animais abandonados.
GABARITO: alternativa A.

Inicie esta atividade lendo o texto com bastante atenção. Em seguida, leia o comando da
questão. Ela pede que você identifique o tema do texto. Ao ler as alternativas, você
perceberá que a alternativa (a) é a correta, pois o tema do texto é a fidelidade do cão, que
continuava esperando por seu dono mesmo depois que este morreu na guerra. As
alternativas (b) e (c) estão incorretas, pois mesmo sendo temas tratados no texto, não
constituem o seu tema central. A alternativa (d) está incorreta pois em nenhum momento
do texto é tratada a situação de abandono dos animais.

Agora é a sua vez! Resolva as questões a seguir e exercite a sua habilidade de identificar
o tema de um texto.

Observe a charge abaixo. Leia o texto a seguir.

Fonte:
https://www.portalodia.com/blogs/jotaa/confira-a-
charge-de-jota-a-publicada-na-edicao-desta-sexta-
no-jornal-o-dia-373907.html.

Acesso em 7 abr 2020.

Fonte:https://www.pensador.com/poemas_de_mar
io_quintana/. Acesso em 7 abr 2020.
2. O tema dessa charge é
3. O tema desse texto é
a) a despreocupação do brasileiro com o a) a certeza da morte.
coronavírus.
b) a chegada da velhice.
b) as maneiras de se combater o
coronavírus. c) a importância do amor.

c) o papel da imprensa no combate ao d) o valor do tempo.


coronavírus.

d) o pavor da população com o coronavírus.

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