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Superexploração

Superexploração significa: colher espécies da natureza em taxas mais


rápidas do que as populações naturais podem se recuperar.
• A sobrepesca e a caça excessiva são exemplos.

Atualmente, cerca de um terço dos vertebrados ameaçados de


extinção do mundo estão ameaçados pela exploração excessiva.

Dois pássaros que foram vítimas de caça excessiva são pombos-


passageiros e grandes auks (um tipo de pássaro). Ambos foram caçados até a
extinção.

Bisão americano chegou perto da extinção quando foram caçados por suas
peles na 19 ª século, mas se recuperaram.

A caça excessiva ainda representa uma grande ameaça para os


animais nas regiões em desenvolvimento, especialmente os primatas na
África.

A maioria dos animais terrestres que comemos são criados em fazendas,


não são caçados na selva. Os peixes, por outro lado, muitas vezes ainda são
pescados na natureza.
• Os humanos precisam comer, mas estamos pegando peixes
para se alimentar mais rápido do que eles podem reabastecer suas
populações selvagens. Estima-se que 63% da pesca comercial são
sobrepesca até certo ponto

A pesca excessiva acontece principalmente porque os humanos se


tornaram realmente bons na pesca. Temos grandes barcos, sofisticados
sistemas GPS e linhas de pesca mecanizadas.

• As técnicas de pesca chamadas de arrasto de fundo e dragagem


envolvem arrastar enormes redes pesadas pelo fundo do oceano,
recolhendo tudo ao longo do caminho. Isso inclui plantas e animais que
não são os peixes-alvo.
• Essas coisas indesejadas geralmente são jogadas fora. Todas
essas outras capturas não direcionadas são chamadas de capturas
acessórias.
• A captura acidental pode incluir tartarugas marinhas, tubarões,
corais e muitos outros animais. Esses métodos de pesca são super
destrutivos para os habitats no fundo do oceano, especialmente os corais
de crescimento lento, tanto em água quente quanto fria.
A pesca do atum, bacalhau, alabote e arinca no Oceano Atlântico Norte
diminuiu para um terço do que costumava ser.

A superexploração da pesca é um exemplo de tragédia dos


comuns - as pessoas tomam cada vez mais de um recurso comum
até que ele não esteja mais disponível.

A superexploração de espécies é bastante difundida.


Um recurso é identificado um mercado comercial é desenvolvido para aquele
recurso e a população humana local se mobiliza para extrair e vender este
recurso.
⎯ O recurso é extraído de modo tão extensivo que ele se torna raro, e até
mesmo extinto.
⎯ O mercado então vai em busca de outra espécie ou região para explorar.
A pesca comercial se enquadra nesse padrão

Muitos animais e plantas são coletados para serem animais de


estimação, lembranças ou troféus em uma coleção de espécies exóticas.
• Muitos desses esforços de coleta são ilegais e também são
conhecidos como caça furtiva, que é a captura ilegal de organismos
protegidos.

Os caçadores furtivos coletam chifres de rinoceronte, papagaios, orquídeas


e muitos outros seres vivos ilegalmente em florestas tropicais e também coletam
peixes ou corais de ecossistemas marinhos.
O problema é que coletar esses animais é ruim para suas populações
e habitats, principalmente quando se trata de uma espécie que forma um
habitat, como os recifes de coral. Sem mencionar o que faz ao próprio
organismo - muitos animais morrem enquanto são contrabandeados para o
comércio de animais de estimação e corais são mortos para fazer bugigangas
para lojas de souvenirs.

CONSERVATION BIOLOGY - THREATS TO BIODIVERSITY: Overexploitation. Shmoop.


https://www.shmoop.com/study-guides/biology/conservation-biology/threats-
overexploitation
A superexploração comercial é o principal motor do declínio
populacional da vida selvagem, de acordo com um levantamento publicado na
revista Nature.
Ao avaliar os fatores que impactam diretamente as 8.688 espécies da
Lista Vermelha, um compêndio de animais ameaçados de extinção
organizado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN),
pesquisadores de diversas instituições do mundo concluíram que 72% delas são
vítimas da caça desenfreada, seja para abastecer o mercado de carnes
exóticas, o comércio de ornamentos (como marfim) ou a indústria clandestina de
medicinas tradicionais que usam órgãos e ossos, sem comprovação científica,
para a fabricação de elixires. A caça recreativa também entra na conta.

A caça ilegal, de acordo com os pesquisadores, está dizimando todas as


espécies de rinocerontes e elefantes, além do gorila do ocidente e do pangolim
chinês; eles são perseguidos como resultado de uma demanda enorme por
partes de seu corpo e pela caça.
É importante lembrar que estamos falando de apenas três de mais de 2,7
mil espécies de animais terrestres e peixes afetadas pelos mesmos motivos ou
porque as pessoas querem tê-los em casa, como pets de estimação.

A história nos ensinou que minimizar o impacto da superexploração e da


agricultura requer uma série de ações de conservação, mas esse é um objetivo
que pode ser atingido. Garante James Watson, coautor do estudo e pesquisador
da União Internacional para a Conservação da Natureza, embora reconheça que
seja um trabalho hercúleo(árduo).
• Ações como manejo adequado de áreas protegidas, fiscalização
da caça e manejo dos sistemas agrícolas de forma que as
espécies ameaçadas possam conviver com eles são muito
importantes para reduzir a crise da biodiversidade. Elas precisam
ser priorizadas, observa.

De <https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-
saude/2016/08/11/interna_ciencia_saude,544006/exploracao-de-animais-e-plantas-ameaca-
8-mil-especies-no-planeta.shtml>

A tragédia dos comuns


Quando um recurso natural ou econômico está aberto para todos que desejem
desfrutá-lo, o resultado costuma ser implacável: ele será usado até o seu
esgotamento.

A impossibilidade de controlar os excessos dos outros participantes faz com que,


individualmente, seja racional ser esbanjador ou abusivo. Embora, como um
todo, o grupo saia perdendo.
Gardin identificou uma classe de situações que está por trás de grande parte dos
problemas ambientais que vivemos. Toda vez que um recurso natural é aberto,
a competição pelo mesmo leva a um final sinistro: o seu esgotamento.

A imagem que ele usa é a de um pasto público.


- Os donos dos animais que ali se alimentam têm o interesse comum de
preservá-lo. Mas como a entrada é totalmente livre, individualmente, estão
impedidos de barrar os outros.
- O benefício de cada animal a mais no pasto é do seu dono, mas o custo que
ele gera é dividido por todos. De forma suicida, todos os usuários do pasto são
levados a trazer o maior número de animais possível. E deixam que comam sem
limite, até que o pasto acabe.

O efeito estufa não passa do “excesso de uso” da atmosfera como depósito de


gases que provocam aquecimento, além da sua capacidade de dissipação.
Encaixa-se perfeitamente na tragédia dos comuns. A pesca em excesso, idem.
E muitos outros, como o desmatamento de florestas públicas, ou o lixo que as
pessoas jogam na areia da praia, coisa que não repetem em casa.

Existem algumas soluções para a tragédia dos comuns.


- As duas melhores são limitar o acesso a uma comunidade pequena de
usuários, que se autogoverna, ou privatizar o recurso. Nessa última, a
conservação passa a ser do interesse do dono, cujo incentivo é maximizar o
valor dos seus bens.
- Uma terceira é criar uma agência regulatória. Mas, em geral, a agência acaba
distante do problema e, por isso, cria um excesso de regras e burocracia. Isso,
se não for frequentemente teleguiada pelos lobistas da indústria que
supervisiona.

Mais próximas dessa versão minimalista estão as pequenas armadilhas do dia a


dia. Nos prédios e condomínios, onde o serviço de água é cobrado numa conta
comum, ninguém presta muita atenção às torneiras. Por que economizar, se
você não sabe o que está acontecendo na casa do vizinho? Se a luz do hall de
cada andar também for comum, o problema se repetirá. Ela estará sempre
acesa. E, no fim do ano, a conta daquela mesa enorme, que reúne amigos que
pouco se veem, será altíssima. Por que ser comedido e escolher com cuidado
se, na outra ponta, o amigo de um amigo parece estar bebendo do fino e
comendo camarão?

https://oeco.org.br/colunas/17160-oeco-15406/

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