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Universidade de São Paulo

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto

Departamento de Música

Tópicos em História da Música II

Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro

Discente: Carmem Ribeiro Costa 6438124

Fichamento Raynor, capítulo 17

Os compositores palacianos do século XVIII eram criados superiores. Deveriam compôr uma
grande quantidade de obras que agradassem seu empregador e que, em geral, eram cheias de
clichês. Os Kapellmeister eram superiores socialmente, mas seu trabalho seguia igual, sendo
responsável por fazer as músicas, mas também cuidar dos instrumentos, garantir o
comportamento e aparência de seus subordinados e não eram proprietários de suas próprias
composições. Além disso, sair do emprego era algo que dependia da permissão do
empregador.

Dresden foi o centro da ópera palaciana em seu apogeu. Na guerra dos sete anos, com o
teatro de ópera foi bombardeado em seus músicos acabaram aceitando trabalho em outros
lugares, espalhando excelentes executantes por vários lugares da Europa.

Muitos palacianos gastavam muito dinheiro com música e teatro, contraindo dívidas e tendo
que reorganizar os gastos, demitindo os artistas. Outros eram menos interessados ou
exigentes, aceitando a mediocridade de compositores e montagens apressadas e mal
ensaiadas.

Viena tornou-se grande centro musical, depois de ser regida por dois compositores em
seguida. A principal influência era da música italiana - algo que se manteve até o século
XIX. José II foi um imperador que incentivou produções em estilo nacional, mas esse
entusiamo não era compartilhado pela corte e a nobreza em geral. Graças às inovações
trazidas por Gluck, Mozart pôde "encenar e obter aclamação por suas três óperas italianas
amadurecidas" (p. 350), sendo Don Giovanni adaptada - por ter sido criada em Praga - mas
Cosi fan tutte e As bodas de Fígaro atendendo a encomendas do Imperador.

Os músicos palacianos que trabalhavam nas óperas, eram também responsáveis por música
religiosa, concertos de câmara, sinfonias, etc. Até metade do século, a música existia
principalmente a serviço da religião. Conforme foi se tornando em evento social, a música
religiosa tornou-se um subproduto.
Também nessa época, o desenvolvimento da afinação de instrumentos como clarinete, flauta
e oboé começou a se fazer mais expressivo, tornando possível que, pouco a pouco, tivessem
mais identidade na música escrita para orquestras. Até então, quando usados, em geral
dobravam.

Haydn viveu durante muitos anos como Kapellmeister num lugar isolado, sendo responsável
por uma enorme quantidade de composições nas quais se sentiu livre para criar,
experimentar e descobrir.

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