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Tecnologias - História
Ensino Fundamental, 9º Ano
Governos Militares no Brasil
História, 9º Ano do Ensino Fundamental
Governos Militares no Brasil
• As lutas operárias chegam ao auge com a criação de uma única frente de luta
sindical (em 1961, foram 180 greves, em 1962 foram 184, só no estado de São
Paulo);
• Em 1962, é aprovado o Estatuto do Trabalhador Rural;
• Cogitava-se, cada vez mais, a necessidade por Reforma Agrária, principalmente
entre os setores ligados ao presidente João Goulart;
• João Goulart apresenta à nação o PLANO TRIENAL que pretendia, por meio de
corte de gastos públicos e da realização de reformas de base, reduzir a inflação e
as desigualdades sociais;
• A sociedade se aproxima do modelo americano de vida através do consumo,
enquanto o governo mostra tendências cada vez mais socialistas;
• Em 1963, é realizado um plebiscito popular que vota a favor da volta ao
presidencialismo. Aumenta a oposição ao governo, a população exige que Jango
faça as reformas, mas, sem apoio político, o presidente não consegue levá-las
adiante.
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Charges
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O GOLPE MILITAR DE
1964 NO BRASIL
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O mundo passava pela Guerra Fria (disputa entre os blocos comunista X capitalista), e
muitos temiam que João Goulart se alinhasse com o comunismo soviético ou chinês
(inclusive ele acabara de voltar da China poucos dias antes de sua posse). Muitos de
seus aliados eram, de fato, progressistas de esquerda e isso ameaçava o projeto de
desenvolvimento almejado pelos setores conservadores. A luta de classes estava se
acirrando. Ao anunciar suas reformas de base, de cunho social (envolvendo reforma
agrária, salário-mínimo, etc.), seus opositores aproveitaram o ensejo e incitaram o
golpe, sob o pretexto de estar combatendo o "inimigo vermelho" que visava, segundo
os golpistas, abolir a propriedade privada, estimular a degeneração moral, a anarquia,
etc.
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OS GOVERNOS MILITARES
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Imagem: Stayfree / McNEIL-PCC, inc /
pg
Nesse período áureo do desenvolvimento brasileiro em que, paradoxalmente,
houve aumento da concentração de renda e da pobreza, instaurou-se um
pensamento ufanista de "Brasil potência“.
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Este milagre econômico, cujo auge se deu entre 1969 a 1973, era sustentado por
três tripés:
• A concentração de renda: marcado pela redução do poder aquisitivo do salário, e
criação de novos impostos. Foi criado o IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), que na prática não adiantou em nenhum benefício para a
população.
• Expansão de crédito ao consumidor: servia para ampliar a demanda de bens
duráveis (casas, automóveis, eletrodomésticos, etc), possibilitando a participação da
classe média nesse patamar de consumo. Porém, com o aumento do dinheiro em
circulação, a taxa de juros e a inflação tendiam a aumentar constantemente.
• Abertura externa da economia brasileira: englobava tanto os incentivos às
exportações como os atrativos para investimentos estrangeiros no Brasil. Foi
extraordinário o número de pequenas e médias empresas nacionais que entraram
em falência nesse período.
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história do país.
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VLADIMIR HERZOG
Usar a arte como instrumento de agitação política - caminho apontado pelo Centro
Popular de Cultura da UNE no início dos anos 60 - acaba tendo vários seguidores.
Os festivais de música do final dessa década revelam compositores e intérpretes
das chamadas canções de protesto, como Geraldo Vandré, Chico Buarque de
Holanda e Elis Regina. O cinema traz para as telas a miséria de um povo sem
direitos mínimos, como nos trabalhos de Cacá Diegues e Glauber Rocha. No
teatro, grupos como o Oficina e o Arena procuram dar ênfase aos autores
nacionais e denunciar a situação do país. Com o AI-5, as manifestações artísticas
são reprimidas e seus protagonistas, na grande maioria, empurrados para o exílio.
Na primeira metade dos anos 70, são poucas as manifestações culturais
expressivas, inclusive na imprensa, submetida à censura prévia.
O império do terror no governo Médici (1969/74), com censura acirrada, invasões
a domicílios, assassinatos e “desaparecimento” de presos políticos, através da ação
dos DOI-CODIS, visando à extinção de qualquer tipo de oposição ao governo
militar, foi o principal causador da destruição de muitas das atividades culturais
nos anos de 1970.
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"O Bêbado e a Equilibrista" é uma das mais famosas músicas que berraram nos
ouvidos da covarde ditadura - mesmo "covarde ditadura" sendo redundante, vale
destacar - militar que assolou - e assombrou - o Brasil de 1964 a 1985. A música foi
composta por Aldir Blanc e João Bosco e lançada no LP "Linha de Passe", em 1979
é gravada por Elis Regina, voz que deu forma à música e ficou conhecidíssima.
Imagens da esquerda para a direita: (A) TV Brasil / Creative Commons Attribution 3.0 Brazil. (B) Rei Momo / GNU Free Documentation License
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AS DIRETAS JÁ!
‘Não celebramos, hoje, uma vitória política. Esta solenidade não é a do júbilo de
uma facção que tenha submetido a outra, mas festa da conciliação nacional, em
torno de um programa político amplo, destinado a abrir novo e fecundo tempo ao
nosso País. A adesão aos princípios que defendemos não significa,
necessariamente, a adesão ao governo que vamos chefiar. Ela se manifestará
também no exercício da oposição. Não chegamos ao poder com o propósito de
submeter a Nação a um projeto, mas com o de lutar para que ela reassuma, pela
soberania do povo, o pleno controle sobre o Estado. A isso chamamos democracia.
É tempo, portanto, de edificar um Estado que sirva à plenitude de nosso povo. Não
deve ser um Estado que as elites outorguem à Nação, em orgulhoso ato de poder,
mas que se erga, da consciência coletiva, como resposta a anseios e necessidades.
Ele deve ser construído para promover a ordem e a justiça. Ordem e justiça se
fazem com a lei. E a lei deve ser a organização social da liberdade.’
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ATIVIDADES
1. “...Meu Brasil... que sonha com a volta do irmão do Henfil com tanta gente que
partiu num rabo de foguete chora a nossa pátria mãe gentil choram Marias e
Clarices no solo do Brasil..." Esse trecho de O BÊBADO E A EQUILIBRISTA, de João
Bosco e Aldir Blanc, expressa qual momento político brasileiro? Analise o
panorama cultural do período retratado.
2. Sobre o fim do período militar no Brasil (1964-1985), pode-se afirmar que ocorreu
de forma
a) conflituosa, resultando em um rompimento entre as forças armadas e os
partidos políticos.
b) abrupta e inesperada, como na Argentina do General Galtieri.
c) negociada, como no Chile, entre o ditador e os partidos na ilegalidade.
d) lenta e gradual, como desejavam setores das forças armadas.
e) sigilosa, entre o presidente Geisel e Tancredo Neves, à revelia do exército e dos
partidos.
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GABARITO
1. Fase de intensa repressão cultural e política que abrange o governo Médici e parte
do governo Geisel (1969-1977). Perseguição aos opositores do regime e censura
dos meios de comunicação são os principais temas abordados no plano cultural da
época.
2. D
3. C
4. Vários problemas estruturais na politica brasileira não foram resolvidos pelos
governantes militares como: pobreza,dívida externa, reforma agrária, distribuição
de renda mais justa, inflação, etc.
5. "Diretas Já" foi um movimento de reinvindicações por eleições diretas no Brasil,
com amplo incentivo de políticos, artistas e intelectuais, porém a Emenda
Constitucional foi derrotada e as eleições continuaram ocorrendo de forma
indireta.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Luís César Amad e MELLO, Leonel Itaussu Almeida. História do Brasil. 11ª ed.
São Paulo, Ed. Scipione, 1999
VICENTINO, Claúdio. História Geral e do Brasil. Vol.2. 1ª ed. São Paulo, Ed. Scipione,
2010
FERREIRA, João Paulo Hidalgo e FERNANDES, Luiz Estevam de Oliveira. Nova História
Integrada: ensino médio, vol. Único. 1ª ed. São Paulo, Ed. Companhia da Escola,
2005
BARBEIRO, Heródoto; CANTELLE, Bruna Renata e SCHNEEBERGER, Alberto. História: de
olho no mundo do trabalho. Vol. Único. 1ª ed. São Paulo, Ed. Scipione, 2004
AZEVEDO, Gislaine Campos e SERIACOPI, Reinaldo. História em movimento: ensino
médio, vol. 3. São Paulo, Ed. Ática, 2010