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Cabeçalho/Nome: Guilherme Miranda/E-mail:guimiranda7369@gmail.

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Minha chegada ao Brasil

Lembro-me de quando ainda era uma menininha emigrante Saracena, me deparei com este
enorme país, depois que o navio Barcelona tinha ancorado no porto de Santos. Era de manhã
em que pisei pela primeira vez em solo brasileiro, meu irmãozinho estava de mãos dadas ao
meu braço de repente avistou nosso padrasto, que nos guiou até a nossa casa. No caminho de
saída do porto, vi vários negros carregando enormes caixas com bananas, café e etc. Vicenzo,
como se chamava nosso padrasto, disse-nos que eles eram escravos que tinham conquistado a
liberdade recentemente e que também os donos de lavouras não gostavam muito deles, por
conta disso eles eram mal empregados pela população. Pegamos um trem para chegar até São
Paulo, não gostei muito do trem, ele parecia estar endemoniado igual cavalo brabo, mas no
caminho vi as enormes lavouras de café cheias de imigrantes de italianos trabalhando nela.
Logo depois que saímos do trem pegamos um bondinho movido a cavalo e chagamos em casa,
fiquei surpresa ao ver mamãe, ela estava bem gordinha e conheci meus amáveis irmãos
brasileiros. Estava no Brasil e passei a reconhecer como os indígenas e negros eram
desprezados pela população brasileira.

Cresci no Brasil, sou adulta e cá estou hoje, onde finalmente consigo entender a discrepância
racial que existe no Brasil, depois de tudo que eu vi e presenciei. Os negros e indígenas eram
vistos como animais pela população branca que infelizmente não conseguia ser empáticas e
entender como vivia a população negra e indígena, enfim existia e ainda existe muito racismo
no Brasil, mesmo as pessoas estando consciente de que o Brasil é um país misto e
diversificado. Meu irmão Caetaninho cresceu e se torno um marinheiro muito experiente e eu
me tornei uma excelente arquiteta que tem 2 filhos e se casou com um afrodescendente
chamado Caio e que hoje somos uma família muito feliz .

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