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RESENHA

Sara Brandão do Amaral (8101B, 30)

No documentário “José de Alencar”, produzido pela TV O Povo da série Os


Cearenses de 2010, com direção de Paulo Maranfon e produção de Roberto
Santos, é traçada a história de José de Alencar, o qual foi jornalista, advogado,
político, orador, teatrólogo e romancista. Nasceu em Fortaleza, CE, em 1 de
maio de 1829, e faleceu no Rio de Janeiro, em 12 de dezembro de 1877.

Sua família era muito influente na época, sendo seus pais o padre e depois
senador, José Martiniano de Alencar e sua mãe, Ana Josefina de Alencar. Ele
era neto do comerciante português José Gonçalves dos Santos e de D.
Bárbara de Alencar, matrona pernambucana que se consagraria heroína da
revolução de 1817.

Em sua infância, foi alfabetizado em casa e lia romances para sua irmã e mãe.
Ele vivia em contato com cenas da vida sertaneja e da natureza brasileira. De
1837 a 1838, viajou do Ceará á Bahia, o que acabou sendo bem crucial para
sua obra de ficção, uma vez que grande parte do seu amor pela natureza
brasileira veio dessa viagem.

Mais tarde, ele se mudou para o Rio de Janeiro com a família e frequentou o
Colégio de Instrução Elementar, até, em 1844, quando vai à São Paulo estudar
Direito. Já formado, começa a advogar no Rio e colaborar no Correio Mercantil.
Em 1857, inicia sua publicação de “O Guarani”, em formato de folhetins, o que
o fez ganhar grande notoriedade. Ele provocava comoções públicas, leituras
em praças públicas e dominava a técnica de prender o leitor.

Depois desse marco, começou a escrever os mais variados romances


indianistas, urbanos, regionais, históricos, crônicas, ensaios, obras teatrais
poesias, além de artigos polêmicos envolvendo questões políticas, como a
Guerra do Paraguai. Para ele, a política era tão relevante quanto a literatura e,
em ambos, ele trabalhava por uma única causa: a nacionalidade do Brasil.
José de Alencar fez parte do movimento Indianismo na literatura brasileira do
século XIX. Nele, os costumes indígenas são o foco literário. Considerado uma
autêntica expressão da nacionalidade, os mesmos eram altamente idealizados
e exaltados. Além disso, há a celebração da pureza do indígena e da formação
mestiça do povo brasileiro. Essas características podem ser observadas em
seu romance “Iracema” (1865), o qual conta o amor de um branco, Martim
Soares Moreno, pela índia Iracema, a virgem dos lábios de mel. 

José de Alencar teve um papel de extrema importância para a literatura


brasileira, sendo nomeado de “o patriarca da literatura brasileira”. Ele
Possibilitou um espaço de crítica literária e criou um passado heroico para o
Brasil. O conceito de nacionalidade é um legado inegável de José de Alencar, o
qual constrói um espaço de prestígio por meio de suas referências brasileiras,
criando o mais próximo possível de brasilidade.

REFERÊNCIAS

Para realizar essa resenha, tomei como base o documentário “José de


Alencar”, produzido pela TV O Povo da série Os Cearenses de 2010, com
direção de Paulo Maranfon e produção de Roberto Santos, além das
explicações e conteúdos passados na aula da professora Maria Regina
Momesso.

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