DICAS “Zona nebulosa” entre a tabela e a carga que tomba o guindaste

CRANE
ANO X Nº 77 R$ 25,00 manuseio, movimenTAÇÃo e TRANSPORTE de cargas e materiais

UM GUIA PARA
Nº 6 IÇAMENTOS
SEGUROS

BRASIL SEGURANÇA
INSPEÇÃO EM
ACESSÓRIOS DE
PENDENTES

IÇAMENTO DE CARGAS

Capa_Crosby_06.indd 1
TENDÊNCIAS

SINTÉTICOS
PARA

D E S T A Q U E S
GUINDASTES

DICAS
ZONA NEBULOSA ENTRE
A TABELA DE CARGA E O
TOMBAMENTO
EQUIPAMENTOS
INVESTIMENTOS
NOS BONS
VENTOS EÓLICOS
ACESSÓRIOS
CHEGOU A HORA DA
REVOLUÇÃO DAS
CORRENTES
OFFSHORE
OPERAÇÕES EM
FUNÇÃO DO TIPO DE
EMBARCAÇÃO (I)

14/06/21 17:39

IMPORTAÇÃO
Quais as principais
vantagens em se
utilizar uma trading?

ELEVAÇÃO
Darcy Pacheco realiza o
içamento do Cristo Protetor
do Encantado

PERFIL MERCADO LOGÍSTICA

Novos investimentos e Sinal de alerta no setor Hansa Meyer Global
os principais diferenciais com a escalada progressiva completa 15 anos de
da Transremoção dos custos nas operações atividades no Brasil
 CRANE
BRASIL
OPERAÇÕES ESPECIAIS
A capa desta edição é uma obra hu-
mana, uma escultura, uma estátua,
como se diz. Haverá de ser vista de
modo diverso, mesmo entre os cris- Nesta edição
tãos. Não importa. É uma obra de arte
e, como tal, plena de significados. Seu 4 TELESCÓPIO
apelo turístico é inegável, mas nem por isso deixa de ser US$ 8 bilhões confirmados no
Pré-Sal de Santos
um ato de fé comunitário, de uma pequena cidade do Rio
Grande do Sul, com o sugestivo nome de Encantado. 6 SEGUROS
A previsão é que fique pronta em dezembro e até lá, Vamos para a obra. Está tudo seguro?
quem sabe, os brasileiros já estejam melhor protegidos 8 CASE
da pandemia. O Cristo Protetor de Encantado, pelo me- Darcy Pacheco eleva
nos, já ganhou em abril formas definitivas no alto do Cristo do Encantado
Vale do Taquari. Nossa capa trata dessa elevação, feita 10 MERCADO
pela Darcy Pacheco, uma importante e delicada etapa de Elevação de custos na
uma obra muito maior. movimentação de cargas
Destacamos também nesta edição, a Transremoção, 14 PERFIL
que entra em nova fase, depois da divisão societária, Os diferenciais da Transremoção
com novos investimentos. E esperamos ser convidados
a falar em breve da segunda empresa criada nesse pro- 16 IMPORTAÇÃO
Quais as vantagens em
cesso – a Nova Trans – que também compartilha o legado se utilizar uma trading?
dessa grande tradição em remoções técnicas industriais.
Outra empresa, com um foco particular de atuação, é re-
17 REVISTA HD
Hansa Meyer:
tratada em nosso Caderno HD. Trata-se da Hansa Meyer, porta a porta em nível global
multinacional, que sempre priorizou o trabalho de equipes
brasileiras e que completa 15 anos de atividades no país.
22 PLATAFORMAS CRANEBRASIL.COM.BR

Uma nova Genie e o e-commerce

Por fim, há o testemunho de alguns empresários da JLG-NestRental
sobre um tema preocupante no setor, que é a escala-
da dos custos nas operações. Já no Caderno Rig Safe, a
23 RIG SAFE
24 SEGURANÇA
Nº 54 – ANO VIII – R$ 25,00

grande novidade são as lingas de corrente e pendentes

feitos com materiais sintéticos. Inspeção em acessórios de
içamento de cargas
Boa Leitura. Wilson Bigarelli,
editor@cranebrasil.com.br 26 ACESSÓRIOS
A hora da revolução das correntes
?

CRANE Brasil & R evis ta HD E S P E C I A L

São publicações da Editora Facto dirigidas aos 28 ACESSÓRIOS II HANSA MEYER

PORTA A PORTA
profissionais da área de movimentação e manuseio de cargas, Pendentes de guindastes sintéticos EM

construtoras, indústrias, projetistas, órgãos públicos, transportadoras, NÍVEL GLOBAL

30 FROTA
Credenciais e diferenciais em 15 anos de atividades no mercado brasileiro

locadoras, distribuidores e usuários de equipamentos.

Redação: Rua Pereira Stéfano, 114, conjunto 911, Investimentos nos
CEP 04144-070 - Brasil – São Paulo (SP), (11) 3477-6768 bons ventos eólicos
Editor-Chefe: Wilson Bigarelli (MTB 20.183)
editor@cranebrasil.com.br
31 DICAS
Não quebre a regra do jogo HD54.indd 17 14/06/21 17:39

Redação: Tébis Oliveira (Editora), Fernando Rezende e Marisa Santos

Editor de Arte(Crane Brasil): Moacyr MW 34 OFFSHORE
Editor de Arte(Revista HD): Ari Maia Operações em função do
Fotografia: Gildo Mendes tipo de embarcação (I)
Publicidade:
Taís Malta (gerente comercial)
tais@cranebrasil.com.br Foto de Capa:
(11) 3477-6768 Divulgação Liebherr Brasil

ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR

 Por R edação Crane Brasil

US$ 8 bilhões Nova opção

no PRÉ-SAL
DE SANTOS
C onfirmado o investimento no primeiro empreendimen-
to desenvolvido por uma operadora internacional na
área do pré-sal. O consórcio da operadora Equinor com a
? ExxonMobil, Petrogal Brasil e Pré-sal Petróleo AS irá aportar
cerca de US$ 8 bilhões na fase 1 do campo de Bacalhau, a
Telescópio
NA CLASSE DE 40 T
A Liebherr anunciou um novo guindaste telescópi-
co sobre esteiras com capacidade para 40 t. O LTR
1040 é uma versão 20 t mais leve em relação ao LTR 1060,
de 60 t. Suas principais especificações são as seguintes:
capacidade de carga máxima (42 t), lança telescópica
(40m); altura máxima de içamento (55 m) e raio máximo

185 km do litoral de Ilha Bela, na Bacia de Santos. Serão 19
poços submarinos, em profundidade de 2.050 m ligados ao
FPSO, já em construção pela Modec, com produção prevista
de 220.000 barris/dia já a partir de 2024. O plano de desen-
volvimento foi aprovado pela Agência Nacional do Petró-
leo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em março deste
ano. A Equinor, que também atua no campo de Peregrino,
já é operadora desde 2016.
ZOOMLION
monta fábrica na Itália
A lguns locadores já foram notificados por represen-
BRASIL
de 38 m. A lança é cerca de 30% mais longa que o padrão
nessa classe, portanto a maioria dos trabalhos pode ser
realizada sem o jib dobrável. Seu projeto prevê a movi-
mentação com carga (pick and carry), operação em ter-
renos com inclinação de até 4°, e gradientes de até 46%.
Com largura de 3 m e um peso de transporte de 38,5 t,
outra particularidade do LTR 1040 é a facilidade de mobi-
lização. Além disso, se necessário, o novo modelo pode
ser adaptado e configurado para 60 t.

tantes da Zoomlion que a fabricante chinesa decidiu

reinvestir no Brasil para aumentar sua presença no mer-
cado sul-americano. Na Europa, a empresa já deu um im-
4 portante passo, inaugurando uma nova fábrica de última
geração em Solferino, no norte da Itália. A unidade passou
CRANE

a fabricar guindastes móveis, montar guindastes de torre e

atuar como um centro de distribuição de empilhadeiras e
plataformas aéreas de trabalho. O empreendimento foi fi-
nanciado em grande parte por uma linha de financiamento
do governo italiano para ajudar empresas locais a se recu-
perarem das perdas decorrentes da pandemia de coronaví-
rus. E a Zoomlion ganhou acesso ao crédito através da CIFA,
fabricante italiana de equipamentos de concretagem, con-
trolada pela Zoomlion Europe desde 2008.

Perspectivas para o EÓLICO OFFSHORE Fotos: Divulgação

“O
Brasil tem um potencial de 700 gigawatts para eólicas
offshore, que é 10 vezes maior do que o da Holanda”,
afirmou Niels Veenis, consul desse país, no webinar “Novas
Energias − desenvolvimento de eólicas offshore no Brasil e
a experiência holandesa”, promovido pela Federação das In-
dústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN), no dia 1º de junho. Elbia
Gannoum, presidente executiva da ABEEólica, que partici-
pou do encontro online, lembrou que o país tem um desafio
diferente dos demais. “Nós temos que fazer gestão não da
escassez, e sim da abundância. Nós temos muitos recursos
e, por isso, vamos trilhar nesse caminho”. Aeck, da Van Oord,
disse que o “calcanhar de Aquiles” para instalação de um par-
que offshore é a cadeia de suprimentos. “É extremamente
importante, porque não seria preciso contar com importa-
ção de equipamentos”. Para Rafael Torres, da SBM Offshore,
primeiro é preciso tratar das eólicas offshore fixas, para de-
pois, dominando a tecnologia e a manufatura dos compo-
nentes, partir para parques grandes e flutuantes.

MAIO-JUNHO 2021 ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR

 O AC 300-6
© Tadano Demag GmbH 2019. Demag é uma marca comercial da Demag IP Holdings GmbH.

Mais alto e para além.

Eleve seus negócios a um nível mais alto com o Demag AC 300-6. Ele é capaz de
atingir alcance e força inigualáveis, como levantar 15 t até a ponta da sua
lança de 80 m. Para quem deseja versatilidade, o AC 300-6 pode ser adaptado
para as mais variadas necessidades e tarefas, sendo o menor dos guindastes da
linha Demag AC com uma lança auxiliar articulada. A lança auxiliar articulada
HAV e muitos dos seus componentes são intercambiáveis com os guindastes
Demag de 5 eixos – otimizando o seu investimento e reduzindo a quantidade
de sobressalentes que você precisa manter à mão.

Above. Ahead. Always.

 ?

VAMOS PARA A OBRA.

Seguros

Por A lberto Garufi *

Está tudo seguro?

P
rezado leitor, nesta edição
da revista Crane Brasil
vamos abordar um tema Saiba quais são os diversos
que pode parecer de pouca impor-
tância, mas que precisa ser tratado fatores que determinarão a cobertura,
com muita cautela e atenção. Trata- ou não, durante a mobilização dos
-se da operação de deslocamento
de seus equipamentos para a obra, equipamentos
rodando por meios próprios ou en-
carretados no todo ou em partes.

Assim, vou abordar primeiro o

que diz a sua apólice de seguro, que
garante os danos de seu equipamen- locais acima mencionados, através de
BRASIL

to, e, na sequência, a importância vias públicas, por qualquer meio de

de uma operação bem planejada e
com todo o aparato de segurança,
que garantirá que seu equipamento
6
chegará na obra, intacto e pronto
para trabalhar.
CRANE
transporte adequado, ou autopropul-
são, condicionado, neste último caso, “Planejar o
a que possua a devida licença para
este fim, expedida por autoridade transporte é
competente.{2} tão importante

A cobertura de sua apólice para
Riscos Diversos, na modalidade
de equipamentos móveis, tem por
objetivo garantir danos de causa
externa {1}, bem como, os danos
decorrentes do deslocamento do
equipamento para o trabalho.
Esta cobertura abrange os bens
nos locais de propriedade do segu-
rado, ou por ele alugado, arrendado
ou utilizado para fins de guarda, ex-
clusivamente, e ainda, em canteiros
de obras para os quais tenha sido
contratado de forma expressa para
execução de quaisquer trabalhos.
A cobertura também se estende à
transladação dos bens para fora dos
No caso de trânsito por estradas
ou caminhos proibidos, não abertos
ao tráfego, os bens somente poderão
estar quando forem as únicas vias de
acesso para a chegada ou saída do lo-
cal de operações
Embora a seguradora tenha em seu
clausulado os dizeres “por qualquer
meio de transporte adequado”, pro-
cure entender se há exclusões especi-
ficadas em sua apólice, ou seja, se por
acaso a seguradora restringe algum
meio de transporte, o qual precisaria
ser solicitado de forma específica.
A título de exemplo, está claro na
apólice que o transporte de equipa-
mentos içados por helicópteros está
quanto o Plano
de Rigging”
excluído de cobertura, mas, menos ra-
dical, será que o transporte em balsas,
trens, navios, embarcações particulares
e aviões estão previstos em sua apólice?
Peça para seu consultor fazer uma ve-
rificação em suas condições de cobertu-
ra para saber se não há alguma restrição
e informe sua área de planejamento e
logística da necessidade de avisar a se-
guradora quando houver algum tipo de
modal não previsto na apólice.

MAIO-JUNHO 2021 ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR

 Outro aspecto importante a ser
observado é que na sua apólice de
seguro a cobertura é oferecida para
seu equipamento, mas não deixa
claro se a cobertura também se dá
quando o equipamento é transpor-
tado em partes, ou seja: é impor-
tante tomar ciência de como a sua
seguradora está garantindo o equi-
pamento.
Quando for transportar seu equipa-
mento, através de uma transportado-
ra, informe o valor correto do bem,
lembrando que a transportadora está
obrigada a fazer o seguro por força
de lei (o RCTRC) e a seguradora, da
transportadora, será responsável tão
somente pelo valor declarado.
No caso de uso de transporte pró-
prio, lembre-se que a franquia de sua
apólice, normalmente, tem um per-
centual mínimo baseado no valor do
equipamento como um todo, ou seja,
pode ser que o valor de seu bem trans-
portado, em partes, esteja abaixo do
valor mínimo da franquia, daí é preciso
verificar se vale a pena, ou não, contra-
tar seguro específico para o transporte
como proprietário embarcador.
Planejar o transporte é tão impor-
tante quanto o Plano de “Rigging”.
Por experiência própria, posso dizer
que boa parte dos sinistros que tive-
mos que indenizar decorreu de danos
ao equipamento durante o desloca-
mento. O tombamento em acosta-
mento ou a queda de sobre a pran-
(1) Quaisquer acidentes de causa externa: aqueles cujo fato gerador é externo ao bem atingido. (2) Texto de apólice da Tókio Marine Seguradora
rifique se eles têm limite suficiente e
compatível com o valor de seu equi-
pamento. Declare os valores a serem
segurados de acordo com valor de
“O tombamento reposição do bem;
e queda é mais 3 Se for rodando, certifique-se
que a seguradora cobrirá em caso
frequente, mas de trânsito em vias não oficiais e/ou
o incêndio não abertas especificamente para acesso
ao local da obra;
fica muito atrás” 4 Que os modais estejam dentro das
normas e legislação vigente para o setor.
Nunca transporte seus equipamen-
BRASIL
tos em modais não autorizados pe-
cha, tem maior frequência, porém, o las autoridades, piratas ou similares.
incêndio não fica muito atrás. Abordadas as coberturas da apólice,
na próxima edição vamos conversar 7
RECAPITULANDO: sobre a importância da prevenção
e segurança no transporte de seus
CRANE
1 Verifique os modais a serem equipamentos. Quais são os princi-
utilizados para o transporte e certi- pais aspectos em que a seguradora se
fique-se que estão previstos em sua apega para rejeitar solicitações de in-
apólice de seguro; denização em caso de acidentes.
2 E m caso de contratar transpor-
tadora, peça a apólice de seguro e ve- Se o leitor tiver algum comen-
tário, ou dúvida, escreva para nós
ou entre em contato com a Revista
Crane Brasil.
“Nunca * Alberto Garufi é
transporte engenheiro mecânico
e consultor de seguros
equipamentos especializado em
máquinas e equipa-
em modais não mentos. Trabalhou
autorizados” nas multinacionais
Marsh e Zurich.
Sugestões e comentários enviar para
alberto@garufiseguros.com.br

DARCY PACHECO eleva
Case
Cristo do Encantado
BRASIL
Dois guindastes LTM 1220-5.2 em
8 tandem içam o novo e maior monumento
brasileiro dedicado a Jesus Cristo
CRANE
N
o Vale do Taquari, a co-
munidade de Encantado,
cidade na serra gaúcha,
com cerca de 22 mil habitantes,
a 145 Km de Porto Alegre (RS),
vem se cotizando há mais de dois
anos para bancar um projeto com
um inegável apelo turístico, mas
que não deixa de ser também um
ato de fé. Neste ano de 2021, a
obra, com orçamento de R$ 2 mi-
lhões, ainda pendente de doações
e empréstimos para ser inteirado
pela Associação Amigos do Cristo
Encantado, ganhou sua face mais
importante. Uma imagem do ros-
to representativo de Cristo come-
çou a ser manuseada, em direção a
uma estrutura de concreto, onde a
MAIO-JUNHO 2021
Por R edação Crane Brasil
aguardavam dois braços abertos.
A previsão é que, ao final do ano,
Fotos: Divulgação
o “Cristo Protetor”, com 43 m de
altura, incluindo o pedestal, esteja
pronto e à vista de todos. A com-
paração com o Cristo Redentor e
outros ao redor do mundo, embora
pouco cristã, é inevitável. O cartão-
-postal do Rio de Janeiro, também
construído com doações, tem 38 m
(oito de pedestal). Sua envergadura
nos braços também é menor: 28m,
contra 36 m do Cristo de Encan-
tado. Um aspecto importante, que
também diferencia os dois monu-
mentos, é a solução encontrada
para execução do projeto.
A obra do Redendor, que come-
çou efetivamente em 1926 e foi
ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR
concluída em outubro de 1931,
ganhou forma com a montagem de
várias peças feitas na França, e leva-
das ao alto do Corcovado pelo trem
turístico que existe até hoje. No
caso de Encantado, uma estrutura
de concreto armado, com compo-
nentes metálicos nos braços e cabe-
ça, o içamento da estátua foi feito
por guindastes – tanto que não há
trem: os futuros turistas e peregri-
nos subirão ao mirante por meio de
um elevador interno.
Içamento do Cristo Protetor
Coube ao Grupo Darcy Pacheco a
glória de ter elevado o novo cristo aos
céus. Sediada em Nova Santa Rita, a
120 Km por via rodoviária de Encan-
tado, a Darcy Pacheco formou uma
equipe multidisciplinar “para enten-
der o conceito da obra e elaborar uma
maneira eficaz de executá-la”. Foram
considerados diversos fatores do pro-
jeto: trajeto, as possíveis interferên-
cias, o terreno, a capacidade máxima
de peso e os pontos de içamento.
A solução encontrada, discutida
e apresentada aos responsáveis pela
obra, a Parecy Construções, e aos
projetistas e demais fornecedores
(como os escultores Genesio Gomes
Moura e seu filho Markus Moura),
envolveu o uso de dois guindastes
móveis Liebherr LTM 1220-5.2 em
uma operação tandem para elevar, a
BRASIL
mais de 35 m de altura, os enormes
braços. Com capacidade para 220 t
e lança telescópica de 60m, o LTM
1220-5.2, e seu antecessor, o LTM 9
1220-5.1, teve grande popularidade
ao longo dos anos, principalmente
CRANE
no Brasil, com cerca de 150 unidades
entregues pela Liebherr. O guindas-
te móvel de cinco eixos pode atingir
alturas de até 101m e 88 m de raio
utilizando extensões treliçadas
A própria Darcy Pacheco pos-
sui muitas unidades desse modelo,
perfeitamente dimensionado para a
operação. No último dia 6 de abril,
todo o canteiro de obras e uma
equipe de 12 pessoas da Darcy Pa-
checo pôde testemunhar e registrar
no Facebook mais um feito notável
no histórico de içamentos de carga
da empresa: “Em uma operação sin-
cronizada que levou cerca de 30 mi-
nutos, o Cristo já abraçava a cidade
de Encantado. Cerca de 2 horas de-
pois, sua face também já agraciava o
município”.

?
ELEVAÇÃO DE CUSTOS
na movimentação
Mercado
de cargas
T
ayguara Helou, presidente
do SETCESP - Sindicato
das Empresas de Transpor-
tes de Carga de São Paulo e Região,
Júlio Simões e Fabio Gaeta, respecti-
vamente, presidente e vice-presidente
do SINDIPESA - Sindicato Nacional
das Empresas de Transporte e Movi-
mentação de Cargas Pesadas e Excep-
cionais, falam da escalada de custos e
do impacto da pandemia de coronaví-
rus no setor.
CRANEBRASIL: É possível iden-
tificar uma escalada no aumento dos
BRASIL
custos no setor?
Tayguara Helou: Sim, os custos
no TRC (Transporte Rodoviário de
10
Cargas) subiram substancialmente.
Novamente combustíveis, pneus,
CRANE
autopeças, caminhões, tecnologia
e, em breve, possivelmente mão de
obra, com a conclusão das negocia-
ções coletivas na maioria das locali-
dades no Brasil.
CRANEBRASIL: Quais os itens
mais preocupantes (diesel, pneus, mão
de obra)?
Tayguara Helou: Na ordem, os
itens mais preocupantes são: mão de
obra, combustível, pneus, caminhões
e equipamentos e tecnologia.
CRANEBRASIL: É possível fa-
zer um comparativo desses custos em
três momentos diferentes (Pré-pande-
mia, há um ano atrás e hoje)?
Tayguara Helou: Sim, mas antes
disso é sempre muito importante des-
tacar que o setor vive um forte, desde
sempre, desequilíbrio econômico.
CRANEBRASIL: O que isso sig-
nifica?
Tayguara Helou: Compramos os prin-
cipais insumos de setores e fornecedores
MAIO-JUNHO 2021
Por R edação Crane Brasil
muito fechados, com poucas opções.
São poucos fornecedores de caminhões,
das principais peças, de combustíveis, e
de pneus. E a mão de obra é controlada
via convenção coletiva do trabalho, ne-
gociada pelas entidades. Por outro lado,
competimos em um mercado super pul-
verizado, de empresas e autônomos, um
setor que é muito difícil de se fiscalizar.
A Agência Nacional de Transportes Ter-
restres (ANTT) não tem infraestrutura
suficiente e não consegue fiscalizar o setor
da forma que precisaria ser feito.
CRANEBRASIL: E a pandemia
agravou essa situação?
Tayguara Helou:
elevação de
custos, novos
insumos
e o problema de
sempre: poucas
opções de
fornecimento
Tayguara Helou: A pandemia trou-
xe um problema ainda maior, pois os
fornecedores também sofreram falta
de insumos e por causa de medidas
protetivas reduziram muito as suas
produções. Só que o transporte não
parou, ou seja, caiu a oferta mas a de-
manda continuou, elevando substan-
cialmente os custos, os fretes, e para
aqueles que não conseguiram repassar,
aumentou então o prejuízo.
CRANEBRASIL: E também de-
vem ser considerados os custos da pan-
demia nas operações...
Tayguara Helou: Além de todo
este cenário complicado, novos insu-
mos foram criados com a pandemia,
como a compra de álcool em gel, len-
ço umedecido, álcool para higienizar
cabines e smartphones, cabines de
sanitização nas instalações das em-
presas, serviços de sanitização nos
escritórios, compra de testes para Co-
vid-19, equipes e controles internos
de acompanhamento de suspeitas e
colaboradores infectados.
Júlio Eduardo Simões,
diretor da Locar e presidente do
“
SINDIPESA
O aumento do custo nesses últi-
mos meses foi assustador. Todos nos-
sos equipamentos são comprados em
dólar e a manutenção segue a mesma
moeda. Então, o câmbio pra gente é
algo muito relevante. Fora isso, nós
estamos tendo o impacto do aço, já
que todas as peças são feitas com essa
matéria-prima.
Automaticamente, o locador foi
obrigado a rever seus preços. O se-
tor ficou muito tempo com o preço
deficitário, porque houve sobra de
equipamento, falta de serviço, e todo
mundo foi convivendo. Só que os
equipamentos ficaram velhos e hoje,
ou se investe em um equipamento
novo ou a manutenção é pesadíssima,
muito mais pesada do que no passado.
A idade da frota nacional hoje deve
ser acima de 10 anos, então não tem
muita alternativa. Tem que se mudar
a tabela de preços, tem que pensar no
custo real do equipamento pra sobre-
viver. 70/80% das empresas locadoras
passaram por dificuldades, então hoje
tem uma atualização de preço que ain-
da está muito abaixo da necessidade
pra se investir, mas podemos dizer que
teve uma mudança de preço substan-
cial nos últimos 8/10 meses.
O mais preocupante é o custo de
peças de manutenção. Combustível
é um índice pequeno. Pneu também
não é um índice grande, apesar de ter
subido muito. Eu calculo que pneu,
no último ano, dobrou de preço – e os
ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR

Fotos: Divulgação
Júlio Simões:
custos elevados
de manutenção,
falta de
disponiblidade
de peças
e burocracia
nossos são todos importados, não tem
alternativa.
Mas o mais preocupante são as peças.
Algumas delas chegaram a subir mais
de 150%. E tem peça que não tem dis-
ponibilidade. O custo dos contêineres
que vêm da China subiu absurdamente
e a disponibilidade caiu.
Na Locar, nós chamamos os custos
relacionados com a pandemia de cus-
to Covid: transporte é diferenciado, os
treinamentos são constantes, são vários
itens de segurança que mudaram os
processos – horário do almoço ficou
mais espaçado. Tudo isso são custos
que vêm pra conta direto. Para no-
vos trabalhos grandes nós estamos até
apresentando ao cliente o custo Covid
separado. Porque pelo menos 10% do
custo vai ser relacionado a isso: ônibus
que transportava 40, agora só pode 20.
Dormitório que alojava 3, agora só
pode 1 e assim por diante.
A gente tem assumido parte dos
custos e negociado com cada cliente
e a maioria tem aceitado – a situação
pegou todo mundo desprevenido, não
tem como contestar. Contratos novos a
gente repassa, não tem como negociar.
O volume também diminuiu bastante,
houve uma retração de serviço. Muitas
obras pararam, principalmente manu-
tenção. Mas este ano começaram a vol-
tar aos poucos.
A tecnologia dos guindastes, das
carretas de transporte pesado, plata-
formas não mudou muito. A questão
é que, nos últimos 10 anos, entraram
muito poucos equipamentos no Brasil.
Ou seja, não tivemos alternativa. As
máquinas ficaram velhas, meio aban-
donadas. O setor canibalizou algumas
máquinas para não gastar e sobrevi-
ver. A Locar já conseguiu recompor a
maioria deles. Isso é o que está pesado.
As revisões e manutenção são caras e
isso pesa bastante.
Com relação à falta de pneus, a
gente vem fazendo grandes estoques.
Antes a gente comprava pneu men-
salmente. Agora compramos pensan-
do em 90 dias para frente, porque o
pneu importado tem momentos que
não se acha no mercado.
Além de soluções no plano macroe-
conômico, o que ajudaria muito seria
ter menos burocracia nas operações de
transporte. O SINDIPESA tem se mo-
vimentado para mudar algumas coisas
no Estado de São Paulo. Estamos sen-
do bem recebidos. Nossas normas são
muito antigas. Tivemos reunião com o
Tarcísio (Ministro da Infraestrutura) e
ele colocou a equipe técnica para olhar
pra isso. A parte de financiamento seria
importante, mas hoje o governo não
tem caixa por conta da baixa nos juros.
O ambiente no setor é bastante ani-
mador. Os projetos estão voltando
“
e aos poucos as empresas estão reto-
mando suas atividades.
Fábio Gaeta,
diretor executivo da Transdata e
vice-presidente de Guindastes
do SINDIPESA
“
O mercado de máquinas e equi-
pamentos está sofrendo desde 2015.
Em 2020 e 2021 nos deparamos com
um cenário de variação brutal do
câmbio e dos insumos que vêm afe-
tando principalmente a capacidade
de renovação da frota.
Antes da pandemia tínhamos um
custo operacional nas operações de
transporte de 30% direto, hoje estes
custos passam dos 50%, o que torna as
operações perto do inviável. É necessá-
rio rever imediatamente os parâmetros
de venda. Na divisão de guindastes, o
câmbio é o maior custo, pois afeta a
manutenção e reposição de máquinas.
De uma forma geral, estamos en-
frentando perda de competitivida-
de e um aumento de controles e de
procedimentos que elevam os custos
diretos em 3 a 5%, sem contar cus-
tos de insumos. É impossível absorver
estes custos, o mercado é de CAPEX
intensivo, o desafio é repassar os cus-
tos. Veja o mercado de caminhões,
onde o valor de um veículo dobrou
em três anos. Isso só ocorreu porque
apesar dos fabricantes terem fábricas
no Brasil os insumos são importados;
esse é o nosso caso.
O mercado de guindastes, no ano
passado, com o aumento do câmbio,
chegou a ser o mais barato do mundo.
O de transportes está de 200 a 300%
abaixo do ideal. Não é uma questão
de repassar custos e sim de voltarmos
a preços internacionais mais o custo
BRASIL
local. Quem não fizer isso não vai con-
seguir seguir investindo e haverá uma
troca grande de players no mercado.
O novo programa do governo fede- 11
ral “Gigantes da Estrada” não impacta
nosso segmento, que é muito espe-
CRANE
cífico e depende muito mais de uma
profissionalização do empresário do
que de medidas governamentais. Este
governo está empenhado em resolver
as situações mais críticas.
Hoje há evidências de falta de pneus,
assim como de peças, insumos, etc. Até
falta de navios existe hoje e o resultado
é direto em nossas operações.
“
O setor precisa fazer a “lição de casa”
antes de pedir algo para o Governo.
Fábio Gaeta:
“Câmbio é o
maior custo,
pois afeta a
manutenção e
reposição
de máquinas”
 INDICADORES ECONÔMICOS
? do transporte rodoviário
Mercado
Neste estudo, feito especialmente para a CRANE BRASIL, economista mostra a
evolução dos custos, o impacto da pandemia, e os novos desafios para o setor
PRÉ-PANDEMIA
Antes da crise sanitária, causada pela
Covid-19, o setor rodoviário de transporte
de cargas já apresentava insatisfação com
os altos custos de combustíveis, um dos
principais motivos para a paralisação dos
caminhoneiros, em 2017 e 2018. Sem con-
tar que em geral o combustível pesa, em
média, nas operações de veículos rodovi-
ários entre 30 e 35%, justificando a preo-
cupação dos empresários com tal insumo.
Mas que naquela época não apresentava
bruscas variações de preços.
NA PANDEMIA
BRASIL
Durante a pandemia, a queda na deman-
da de transporte de carga no Brasil passou
de 40%, devido às medidas de combate
12 ao COVID-19. Em maio e junho, no entan-
to, houve uma retomada e o setor de fretes
CRANE
viu a demanda crescer um pouco.
INFLAÇÃO DOS ÚLTIMOS 12 MESES
INCT – LOTAÇÃO (Distâncias Médias 800 Km)
Forte oscilação em fev/21, pela alta dos
preços dos combustíveis. Só neste mês o
diesel apresentou variação de 13,53%. Para
o mês de mai/21 há uma nova tendência de
alta devido ao dissidio da categoria.
IPCA
A inflação oficial ficou 0,62 pontos per-
centuais abaixo do índice de mar/21. O
maior impacto e a maior variação (1,19%)
vieram da saúde e cuidados pessoais.
MAIO-JUNHO 2021
Por R aquel Serini (*)
Veículo + Implemento
SCANIA G 400 LA
No início do primeiro trimestre de 2021 já
apresenta retomada de crescimento e deve
permanecer assim nos próximos meses.
SEMI REBOQUE - 3 EIXOS
Já o preço do equipamento, apresentou
uma oscilação mais linear nos últimos 12
meses. Com exceção de uma variação de pre-
ço expressiva em nov/20 com alta de 8,73%.
Pneus
O modelo de pneu - 275/80 R 22,5 apre-
sentou uma variação acumulada em 12
meses de 17,94%; E variação acumulada
de 20,25% para o modelo 295/80 R22 mais
utilizado nas operações de carga lotação.
Logo no início deste ano, comparando
jan/21 contra fev/2021, o segmento pneu-
mático apresentou uma alta de 10,37% na
carga fracionada. O desempenho na compa-
ração com jan/20 contra fev/20, no entanto,
foi menor com alta de apenas 1,18%.
Combustível
DIESEL S10
Registrou aumento de 2,05% no mês de
mar/21, quando comparado com o mês an-
terior, sendo comercializado a R$ 4,337 p/
litro. No período de 12 meses, a variação
acumulada é de 20,81%.
DIESEL S500
Já o diesel comum, S500, atingiu seu
auge no mês de fev/21 quando apresentou
variação de 13,23%. Acumulando em 12
meses uma alta de 22,25%.
Seguro
LOTAÇÃO
As oscilações de preço não foram expres-
sivas ao longo dos últimos 12 meses. Apre-
sentando uma tendência de alta a partir
de fev/21. Acumulado só no primeiro tri-
mestre de 2021 uma variação de 6,39%.
FRACIONADO
O seguro do casco do veículo de trans-
porte de carga fracionada vem apresen-
tando variação positiva ao longo dos
meses, acumulando uma alta de 18,90%.
Apresentando seu maior aumento em
out/2020, onde atingiu a casa dos 10,10%.
Manutenção
Os gastos com manutenção da frota,
principalmente a preventiva, são essen-
ciais para o dia a dia das operações e
desde mai/20 tal item não apresenta uma
variação mensal negativa.
Mas a partir do final do ano passa-
do apresentou uma tendência de alta
que se manteve até os dias atuais. Tanto
para carga fracionada, como para car-
ga lotação os percentuais de variação de
preços são similares, acumulando em 12
meses, 6,48% e 6,22% respectivamente.
O QUE ESPERAR DO FUTURO?
A expectativa é que a retomada no trans-
porte de cargas rodoviário mantenha-se
nos próximos anos. Apesar da infraestru-
tura deficitária das rodovias, altos custos
com pedágios, impostos e combustíveis.
Dentro da estrutura de custos do transpor-
te, hoje, o que está sendo e será absorvido
daqui pra frente:
• A lém dos insumos que já fazem parte
do dia a dia das operações;
• Custos com tecnologia de ponta: aten-
dimento ao cliente e teletrabalho;
• Custos com roteirização e rastreamento
de entregas;
• R econtratação da mão de obra, caso a
demanda mantenha uma crescente.
Alternativas:
Compartilhamento de carga e veículos:
cooperação entre empresas;
Compras coletivas de insumos e materiais.
* Raquel Serini é
economista do IPTC
(Instituto Paulista do
Transporte de Cargas)
ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR
 VENDAS,
LOCAÇÕES, PEÇAS
E MANUTENÇÕES
GUINDASTE
TIPO ARANHA
SS 8.0
Capacidade: 8 ton
Lança telescópica: 16,40 m
Radio controlado
Motor diesel e elétrico
DIMENSÕES
Largura: 1560 mm
Comprimento: 5033 mm
Altura: 2278 mm
Peso: 7.200 Kg

ESTEIRA DE BORRACHA
TOTALMENTE

BRASIL
COMPUTADORIZADO COM
SISTEMA ANTITOMBAMENTO

13

CRANE

Mario Tundisi
(Lift Equipamentos)
com Pedro José Gaia
(Transremoção)

LIFT EQUIPAMENTOS - REPRESENTANTE EXCLUSIVO

e-mail: mario@liftequipamentos.com.br
Tel.: 55 11 966240914
 ?

Os diferenciais da
Perfil

TRANSREMOÇÃO
Por R edação Crane Brasil

Investimentos garantem principal credencial

da empresa: capacitação técnica e soluções
inovadoras em remoção técnica industrial

A
Transremoção, empresa se-
diada em São Paulo (SP),
especializada em remoção
técnica industrial e transporte de
cargas especiais, no início de 2020,
com a pandemia e a desaceleração
da economia, decidiu iniciar um
processo de atualização de sua fro-
ta, bem como a reforma dos equi-
BRASIL
capacidade para 8 t. Complemen-
tando o programa de investimento,
a equipe de remoção técnica da em-
presa passou a contar com mais três
empilhadeiras Hyster (ano 2014):
H360 (16 t), H155 FT (7 t) e S1
55FT Compact (7 t).
O objetivo, segundo seu diretor-
-proprietário, Pedro José Gaia, é

pamentos mais antigos. Para tanto, manter a tradição da empresa no mer-

realizou um importante programa
de investimentos entre 2020 e este
14 ano, de 2021.
Um dos mais significativos foi o
CRANE
cado, principalmente junto a gran-
des empresas e multinacionais. “A
Transremoção sempre é escolhida por
apresentar soluções inovadoras, com

upgrade em seus pórticos hidráulicos os mais modernos equipamentos do

Lift Systems (um dos diferenciais da mercado, obedecendo sempre todas as
Transremoção no mercado). Também normas de segurança e qualidade”.
instalou a “linha de vida” nas vigas Um aspecto importante são os
dos pórticos, conforme estabelecido equipamentos diferenciados e, muitas
pela Norma NR35. Outro aporte vezes, únicos e exclusivos da Transre-
envolveu a frota de transportes, com
a aquisição de seis cavalos mecâni-
cos Iveco (2021), quatro caminhões
da mesma marca, com carroceria
(2021), e um outro, também Iveco,
equipado com plataforma para 18 t,
e três carros de apoio Daily (2021).
No período, a Transremoção também
incorporou em sua operação dez car-
retas Jamanta Randon (2021).
Para elevação de cargas, nestes
últimos dois anos, a Transremoção
investiu em dois guindastes articu-
lados Luna sobre caminhão Iveco
2020, um guindaste Sany para 80 t
(2020), um guindaste Compact
Industrial Brodeson (8 t) - e tam-
bém em uma grande novidade: um
guindaste tipo aranha Seven com

MAIO-JUNHO 2021 ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR

 moção, para atender às diferentes de-
mandas dos clientes – e perfeitamente
dimensionados para o principal foco
operacional da empresa: as remoções
técnicas e transporte porta a porta de
máquinas de grande porte.
A linha de pórticos hidráulicos
autopropelidos Lift Systems, fabri-
cados nos Estados Unidos, com ca-
pacidades variando entre 40 e 500 t,
é uma das faces mais visíveis da ca-
pacitação técnica da empresa. Com
eles, a Transremoção já realizou
grandes projetos de remoção indus-
trial. Recentemente, por exemplo,
desmontou, transportou e remontou
a maior prensa do setor automobilís-
tico da América Latina, uma máqui-
na Komatsu de 3.000 t.
Outro destaque nas operações da
Transremoção é a mesa hidráulica
tipo tartaruga da marca Hilman Rol-
ler de 80 t. Existem poucos equipa-
mentos como esse, utilizado para
deslocamento interno em instalações
que não podem ter o piso danificado.
“É super moderno e útil para remo-
ção de máquinas nas grandes fábricas
por ser todo hidráulico e autoprope-
lido”, explica Pedro Gaia.
Uma aquisição recente também
promete se tornar uma nova creden-
Pedro Gaia:
“Os mais fortes
são aqueles que
mais rápido se
adaptam”.
cial da Transremoção no mercado.
Trata-se de um guindaste tipo aranha
da marca chinesa Seven, representada
no Brasil pela Lift Equipamentos. Pe-
dro Gaia diz que, por ser compacto,
se mover sobre esteiras de borracha
e ter motorização elétrica, ele torna-
-se ideal para trabalhos internos em
grandes fábricas onde o espaco para
mobilização é reduzido. “É um equi-
pamento com capacidade bruta de 8 t
e super moderno, sendo totalmente
computadorizado e contando com
sistema anti-tombamento”.
Com a frota renovada e ampliada, e
realizando importantes operações em
vários segmentos da indústria, Pedro
José Gaia está otimista. Em relação
à pandemia de Covid-19, de grande
impacto em uma atividade que é so-
bretudo presencial, ele diz: “Os mais
BRASIL
fortes são aqueles que mais rápido se
adaptam”. O que se traduz, nas ope-
rações da empresa, em medidas práti-
cas e objetivas. 15
“Em função disso, para não deixar
CRANE
de atender às demandas de nossos
clientes, temos realizado exames de
Covid-19 para o envio de equipes
para suas instalações, sempre com
medidas preventivas, de acordo com
o protocolo de cada empresa”.
 ?
QUAIS AS VANTAGENS
Importação
em se utilizar uma trading?
“ I
mportar máquinas e equi-
pamentos utilizando uma
trading vai além de simplifi-
car e agilizar a aquisição do bem. Essa
escolha evita o risco de que a carga
fique retida em alguma das etapas do
processo por falta de certificados, do-
cumentos ou pagamento de tributos.
A importação de um bem requer
habilitação prévia na Receita Federal
BRASIL
(o RADAR) e conhecimento técnico
das questões logísticas, tributárias,
operacionais, sistêmicas, regulatórias
16 e aduaneiras. Além da experiência,
as tradings ainda contam com be-
CRANE
nefícios fiscais que reduzem o custo
tributário.
A Sertrading é uma das principais
importadoras do país e foi a vence-
dora do prêmio Melhores e Maiores
2020, da revista Exame, no setor Ata-
cado. Desde a fundação em 2001, a
empresa cresceu rápido, colecionan-
do casos de sucesso. Alfredo de Go-
eye, um dos fundadores e presidente
da companhia, acredita que os resul-
tados advêm da postura colaborativa.
“Nunca nos vimos só como uma em-
presa eficaz na administração logísti-
ca; somos consultores que orientam e
apoiam o cliente desde o planejamen-
to”, define o executivo.
Em muitos casos, a Sertrading atua
como financiadora da compra da má-
quina. Atuando junto aos bancos, ela
propicia ao cliente o leasing importa-
ção, uma das opções de financiamen-
MAIO-JUNHO 2021
Por R edação Crane Brasil
to mais utilizadas. São dois modelos
de operação regulamentados pela Re-
ceita Federal: a importação ‘por en-
comenda’ e a importação ‘por conta e
ordem’. No modelo ‘por encomenda’,
a Sertrading adquire o bem, faz a im-
portação e o desembaraço, para de-
pois vendê-lo ao cliente. No modelo
‘compra e ordem’, a Sertrading cuida
de todo o processo, mas é o cliente
quem compra e paga o exportador.
O exemplo
da Sertrading
mostra como é
possível agilizar,
reduzir custos
e evitar riscos
na compra de
máquinas e
equipamentos
do exterior
Modelo definido e compra feita,
a importação começa. O cliente
acompanha todo o processo utili-
zando a Sertrading Vista, uma pla-
taforma digital online que rastreia
cada etapa em tempo real. “Somos
muito ligados em tecnologia e,
desde 2014, percebemos que in-
teligência artificial no comércio
exterior era uma questão de tem-
po”, explica Luciano Sapata, vice-
-presidente. “A plataforma atual é a
primeira de uma nova geração que
utiliza aprendizado de máquina. É
uma ferramenta estratégica”. A Ser-
trading Vista é totalmente online e,
além da visibilidade, ela automati-
za processos, exibe KPIs, digitaliza
documentos, gera dezenas de grá-
ficos personalizáveis, entre outras
funcionalidades, que calibram as
análises preditivas.
Embora a relação da trading com
o segmento de máquinas já tenha
quase uma década, a implemen-
tação de energias renováveis cria
uma perspectiva nova. “Parques
eólicos e solares já são uma reali-
dade e o Brasil é um dos maiores
potenciais energéticos do planeta”,
lembra Rodrigo Borges, gerente
comercial recém contratado. Bor-
ges é um especialista com passa-
gem pela Genie e Terex, fabricante
norte-americano de plataformas
aéreas e guindastes para constru-
ção, manutenção e instalação de
equipamentos. “Temos um mundo
de possibilidades”.
ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR
 CRANEBRASIL.COM.BR

Nº 54 – ANO VIII – R$ 25,00

E S P E C I A L

HANSA MEYER

EM PORTA A PORTA
NÍVEL GLOBAL Credenciais e diferenciais em 15 anos de atividades no mercado brasileiro
 Perfi
Perfi
l l por»Redação CraneCrane
por»Redação BrasilBrasil
por»Redação Crane Brasil

TA PORTA
PORTA AAPORTA
PORTA
EM
BALEMNÍVEL
NÍVELGLOBAL
GLOBAL
Os Os
fatores
fatores
de competitividade
de competitividade
da Hansa
da HansaMeyer
Meyer
ao completar
ao completar
15 15
ompletar anos
15 anos
de atividades
de atividades
no mercado
no mercado
brasileiro
brasileiro
»Divulgação

»Divulgação

GlobalGlobal
BrasilBrasil
teve quetevese quereinventar
se reinventare e
Global Brasil teve que se reinventar e se adaptar”, diz Zillmann
se adaptar”, diz Zillmann. “Hoje. “Hoje
nos- nos-
se adaptar”, diz Zillmann . “Hoje nos- sos clientes contam
sos clientes com uma
contam com empre-
uma empre-
sos clientes contam com uma empre- sa completa e experiente
sa completa em todos
e experiente os os
em todos
sa completa e experiente em todos os ramosramos
da logística, nacional
da logística, ou inter-
nacional ou inter-
ramos da logística, nacional ou inter- nacional. Com isso,
nacional. agregamos
Com isso, agregamos valor valor
nacional. Com isso, agregamos valor aos nossos serviços
aos nossos e otimizamos
serviços e otimizamos os os
aos nossos serviços e otimizamos os riscosriscos
aos nossos clientes”.
aos nossos clientes”.
riscos aos nossos clientes”. O maior diferencial
O maior da Hansa
diferencial da HansaMeyer,Meyer,
O maior diferencial da Hansa Meyer, segundo ele, é ele,
segundo o fato
é odefato
poder atender,
de poder atender,
segundo ele, é o fato de poder atender, de porta a porta,
de porta no mercado
a porta, no mercado interno interno
de porta a porta, no mercado interno ou internacional, as diferentes
ou internacional, deman-
as diferentes deman-
ou internacional, as diferentes deman- das dedas
transporte, “com “com
de transporte, profissionalis-
profissionalis-
das de transporte, “com profissionalis- mo, dedicação
mo, dedicaçãoe sob emedida às neces-
sob medida às neces-
mo, dedicação e sob medida às neces- sidades de cada
sidades de projeto”. O escopo
cada projeto”. de de
O escopo
sidades de cada projeto”. O escopo de serviços que aque
serviços empresa
a empresadisponibiliza
disponibiliza
serviços queanos para para
seus seus
clientes realmente
clientes realmenteé bemé bem
35 anos
35 dea empresa
atuação disponibiliza
em
de atuação nível geral,geral,
global,global,
em nível mas mastambémtambémstakeholder, ou ou
stakeholder,
para seus clientes realmente amploamplo
e abrangente.
e abrangente.
dos quais 15 anos
dos quais deé atividades
bem no seja,
de atividades
15 anos alguém
no seja, totalmente
alguém comprome-
totalmente comprome-
amplo e abrangente. A começar pelo agenciamento
A começar pelo agenciamento de cargade carga
mercado brasileiro.
mercado NessaNessa
brasileiro. trajetória, a tido
trajetória, a com
tido ocom
sucesso das operações
o sucesso da da
das operações
A começar pelo agenciamento internacional (aéreo,
internacional FCL/LCL,
(aéreo, BBulk,BBulk,
FCL/LCL,
HansaHansa
Meyer tem se
Meyer sededestacado
temdestacado cargapela pela
HansaHansa
MeyerMeyer
GlobalGlobal
do Brasil Transpor-
do Brasil Transpor-
internacional (aéreo, FCL/LCL, BBulk, RORO), tanto tanto
RORO), de carga geral,geral,
de carga quanto quanto
estruturação de equipes
estruturação de locais
equipes em to-em tes
locais to- Internacionais Ltda. Ltda.
tes Internacionais
RORO), tanto de carga geral, quanto embarques de correias
embarques em bobinas
de correias ou ou
em bobinas
dos osdos
países onde atua,
os países onde conseguindo,
atua, conseguindo, No decorrer de sua
No decorrer dehistória, a Hansa
sua história, a Hansa
embarques de correias em bobinas ou padrões veículos autopropelidos,
veículos autopropelidos,por exemplo.
por exemplo.
dessedesse
modo, aliar os
modo, elevados
aliar os padrões
elevados Meyer,Meyer,
de operador logístico
de operador globalglobal
logístico de de
veículos autopropelidos, A Hansa
A HansaMeyerMeyerGlobalGlobal
representa
representao o
internacionais
internacionaiscom comopor exemplo.
conhecimento
o conhecimento bens de
benscapital se desdobrou
de capital em umem
se desdobrou le-um le-
A Hansa Meyer Global representa armador HansaHansa
armador Shipping Line Ltd.
Shipping LineUm Ltd. Um
das particularidades
das e desafi
particularidades os opró-
e desafi que de
os pró- queatividades de transportes
de atividades inte- inte-
de transportes
armador Hansa NVOCCNVOCCdevidamente
devidamente registrado em em
registrado
prios de cada
prios deShipping
região. Line Ltd. Um
cada região. grados. “O mundo
grados. mudou
“O mundo e o perfi
mudou e ol perfi
dos l dos
NVOCC devidamente registrado emestá está Londres, com seguro
Londres, P&I (assim
com seguro comocomo
P&I (assim
No Brasil, o comando
No Brasil, da operação
o comando da operação nossos clientes,
nossos cada vez
clientes, cadamais
vez exigen-
mais exigen-
Londres, todo etodo
qualquer outro outro
e qualquer armador) e res-e res-
armador)
acom
a cargo deseguro
cargo RudolfoP&IZillmann,
de Rudolfo(assim como tes, também.
diretordiretor
Zillmann, Com isso,
tes, também. Comaisso,
Hansa MeyerMeyer
a Hansa
todo e qualquer outro armador) e res- ponsabilidades
ponsabilidadescomocomo tal. tal.
A expertise em cargas
A expertise projeto
em cargas fica mais
projeto fica mais
»Divulgação

»Divulgação

ponsabilidades como tal.

A expertise em cargas projeto fica mais evidente na realização
evidente na realização de transporte
de transporte
evidente na realização de transporte rodoviário nacional
rodoviário nacionale internacional
e internacional
rodoviário nacional e internacional (FTL (FTL
e Heavyloads).
e Heavyloads). NesseNesse caso, caso,
o o
(FTL e Heavyloads). Nesse caso, o portfólio da Hansa
portfólio MeyerMeyer
da Hansa incluiinclui
tam- tam-
portfólio da Hansa Meyer inclui tam- bém, bém,
entre entre
outros, o transporte
outros, o transportede de
bém, entre outros, o transporte de turbinas, geradores,
turbinas, filtrosfipara
geradores, ltros aparain- a in-
turbinas, geradores, filtros para a in- dústria de mineração,
dústria de mineração, estruturas me- me-
estruturas
dústria de mineração, estruturas me- tálicas, caldeiras,
tálicas, compressores,
caldeiras, compressores, man- man-
tálicas, caldeiras, compressores, man- drilhadoras, prensas
drilhadoras, e FCLeIG/OOG.
prensas FCL IG/OOG.
drilhadoras, prensas e FCL IG/OOG.

18 |18 | REVISTA
REVISTA HD •HD
MAI/JUN
• MAI/JUN ACESSE CRANEBRASIL.COM.BR
ACESSE CRANEBRASIL.COM.BR

ACESSE CRANEBRASIL.COM.BR
»Divulgação
Por fim, a Hansa Meyer complementa
e agrega aos seus serviços atividades
complementares e típicas de engenha-
ria de movimentação de cargas. Tais
como, o desenvolvimento de soluções
logísticas, projeto e construção de
dispositivos de transportes, acompa-
nhamento de operações de içamentos
e remoções com time próprio de enge-
nharia, além de elaboração e desenvol-
vimento de Planos de Rigging, com su-
pervisão própria em todos os projetos.
Como grupo internacional, em seus
15 anos de atuação no mercado bra-
sileiro de transportes, a Hansa Meyer
implementou um método de trabalho
que permite mobilizar os melhores re-
cursos, em termos de transportes, iça-
mento e remoção técnica, de modo a
apresentar a melhor solução ao cliente
final. Não se trata de simples subcon-
»Divulgação
tratação de serviços, até porque, desde
o primeiro momento, a Hansa Meyer es-
truturou equipes próprias formadas por
profissionais brasileiros com grande
experiência nesse tipo de atividades.
“Para o transporte rodoviário, todo for-
necedor - para ser homologado - rece-
be uma visita de nosso departamento
técnico e todos seus dados são avalia-
dos, inclusive sua situação financeira
e cadastral junto aos órgãos brasilei-
ros responsáveis, antes da validação
de sua contratação”, explica Rudolfo
Zillmann. Mais adiante, todas as ope-
rações de carregamento, transporte e
descarregamento sempre são acom-
panhadas por um profissional da Han-
sa Meyer. “Antes de qualquer carrega-
mento, o equipamento é vistoriado e a
sua capacidade certificada, bem como
as condições de trabalho”.
Rudolfo Zillmann:
“Hoje nossos
clientes podem
contar com
uma empresa
completa e
experiente
em todos
os ramos da
logística, nacional
ou internacional"
»Divulgação
Tanto no Brasil quanto no exterior, diz
Zillmann, o foco é sempre o de buscar
parceiros estratégicos para as opera-
ções, além de trabalhos de prospecção
e ação em conjunto com os demais
escritórios da Hansa Meyer Global dis-
tribuídos nos principais países com
os quais o Brasil possui relações co-
merciais. A inovação é outra prioridade.
“Recentemente inserimos em nossos
projetos o monitoramento online de
nossos transportes através de uma
ferramenta, chamada por nós de Han-
sa Spy, que ajudamos a desenvolver
em parceria com a startup BobTon”.
A Hansa Meyer Global Brasil possui di-
visões especificas para cada área de
atuação e, com essa estrutura, conse-
gue atender clientes em todo território
nacional. A equipe está distribuída por
diferentes departamentos: Operacional
(de Importação e Exportação); Cus-
toms Broker; Trucking & Rigging (jun-
tamente com o time de Engenharia);
Pricing e Comercial.
Esse time da Hansa Meyer Global
Brasil está totalmente integrado com
qualquer outra de suas subsidiarias,
todas com padrões e procedimentos
MAI/JUN • REVISTA HD | 19
 Perfil HD

bastante similares. Além disso, clien-

»Divulgação
tes globais do Grupo possuem uma
pessoa “Key Account” em cada Hansa
Meyer, o que facilita na coordenação e
gerenciamento dos projetos, tratativas
comerciais e operacionais dentro do
grupo e junto ao cliente.
O fato de não ter uma estrutura incha-
da tem sido uma vantagem importan-
te para a empresa frente aos demais
concorrentes, com estruturas maio-
res, durante a pandemia de coronavi-
rus. “Desde março de 2020, estamos
trabalhando sob regime home office,
mas ainda assim nossos colaborado-
res não se sentiram afastados ou de-
sestimulados”, diz Zillmann. Segundo
ele, o empenho e comprometimento “Tivemos muito trabalho e muitos de- entende que “o cenário ainda é bastante
de todos, além do contato e acompa- safios – além daqueles que a própria preocupante e devemos ser cautelosos
nhamento diário do time todo, ainda pandemia nos trouxe, mas concluímos quanto às ações para estarmos prepara-
que virtualmente, não fez com que o o ano passado satisfatoriamente bem”. dos para o crescimento que deve come-
foco se perdesse. Quanto às perspectivas para o futuro, ele çar a mostrar sinais a partir de 2022”.

AS GRANDES OPERAÇÕES DA HANSA MEYER BRASIL

Neste ano de 2021, a Hansa Meyer Global do Brasil tem realizado importantes operações, a despeito das limitações impostas
pela pandemia. Duas delas, certamente terão registro destacado no histórico de realizações da empresa. A primeira, o trans-
porte rodoviário de seis turbogeradores com pesos entre 160 e 200 ton cada, do interior de São Paulo até o Porto de Santos,
destinados à exportação para Industria de Óleo & Gá.
A outra, o transporte rodoviário, com operações de carga e descarga, além de posicionamento na base, de três turbinas
(com pesos entre 160 ton e 200 ton) e três geradores (155 ton cada), desde o Porto de Santos e Jundiai até o interior do
Estado de São Paulo.

EM 15 ANOS DE ATIVIDADES NO BRASIL, OUTROS MARCOS OPERACIONAIS FORAM ALCANÇADOS:

Importação do maior pórtico a ser instalado no Brasil (Estaleiro Enseada em Maragogipe, BA – 2015);
Afretamento AN-124 (2ª maior aeronave cargueira do mundo) para importação de correias em bobinas;
Transportes rodoviários nacionais de turbinas e geradores (de 100 ton a 200 ton cada);
Exportação de transformadores de 70 a 280 ton para diversos países da America do Sul, Central, do Norte e Oriente Médio;
Importação de planta completa de biomassa para unidade fabril em Mato Grosso do Sul;
Exportação de equipamentos (linha amarela) usados para diversos países na Europa e África;
Transporte rodoviário nacional e operações de carga/descarga e posicionamento na base de geradores e turbinas em Lençois
Paulista (SP);
Transporte rodoviário nacional (com desenvolvimento de dispositivo/estrutura especial para transporte) de turbogeradores
(de 160 a 200 ton) do interior de São Paulo até o Porto de Santos.

20 | REVISTA HD • MAI/JUN ACESSE CRANEBRASIL.COM.BR


UMA NOVA GENIE
E O E-COMMERCE
DA JLG-NEST RENTAL
Fabricantes miram o mercado de trabalho em baixa altura,
com equipamentos versáteis e agilidade na locação
Uma tesoura leve e compacta o
suficiente para passar por portas
sem dobrar as defensas, que pode
ser transportada em elevadores pa-
drão e altamente manobrável (tra-
ção dianteira com grau zero dentro
do raio de giro). Essas são as parti-
cularidades das novas tesouras Ge-
nie® GS™-1932m e GS-1432 m. Uma
alternativa mais segura às escadas
e mais produtiva em relação às pla-
taformas pessoais? Sim, mas não
só, segundo a Genie. A ideia é que
sejam equipamentos versáteis,
para duas pessoas, e uso também
em qualquer canteiro de obras em
trabalhos em altura de até 5,8 m.
22 | MAI/JUN
por»Redação Crane Brasil
A alimentação das novas máqui-
nas é feita por motores de tração
elétrica em corrente alternada sem
escovas, totalmente selados e sem
manutenção. Seu grande destaque
Versatilidade tecnológico é o E-drive, que propor-
para trabalhos ciona eficiência quatro vezes maior
em altura de até em relação aos sistemas de acio-
5,8 m
namento hidráulico convencionais.
O projeto da Genie prevê redução
de 35% nos custos de manuten-
ção (em parte pela diminuição de
mangueiras e fixadores) e duração
30% maior em uma única carga –
com redução dos custos de bateria
por toda a vida útil em até 20%. As
novas plataformas são 30% mais
Cotação e leves que modelos anteriores –
locação em 900 kg (GS-1432m) e 1.179 kg (GS-
qualquer hora -1932m) – e com capacidade de
e lugar
rampa de 25%.
Bus siminctum
rehenim in eicit,
nihiliquist aliquid
modipsum
E-COMMERCE PARA
LOCAÇÃO
Já a concorrente JLG, em sua ini-
ciativa mais recente, lançou, junto
com o seu distribuidor de platafor-
mas para trabalhos em baixa altura,
a Nest Rental, um e-commerce para
locação desses equipamentos 24
horas por dia e 7 dias por semana –
agilizando o processo e dispensan-
do transações presenciais.
Depois do Nest Express Totem –
onde o interessado pode alugar
as plataformas usando um aplica-
tivo, computador ou um quiosque
– agora chega o Nest Online, um
site com mais recursos. Nele, os
clientes podem garantir um preço
de locação competitivo durante o
período necessário, além de in-
cluir custos de logística (como en-
trega e devolução) no contrato de
locação. O Nest Online está sendo
oferecido atualmente para clien-
tes da Grande São Paulo, com um
raio de até 120 km. Nos próximos
seis meses, a NestRental expan-
dirá a cobertura para clientes em
mais quatro estados brasileiros:
Rio de Janeiro, Paraná, Minas Ge-
rais e Brasília-DF.
 UM GUIA PARA
Nº 6 IÇAMENTOS
SEGUROS

TENDÊNCIAS

PENDENTES
SINTÉTICOS
PARA
GUINDASTES
D E S T A Q U E S

SEGURANÇA DICAS EQUIPAMENTOS ACESSÓRIOS OFFSHORE

INSPEÇÃO EM ZONA NEBULOSA ENTRE INVESTIMENTOS CHEGOU A HORA DA OPERAÇÕES EM
ACESSÓRIOS DE A TABELA DE CARGA E O NOS BONS REVOLUÇÃO DAS FUNÇÃO DO TIPO DE
IÇAMENTO DE CARGAS TOMBAMENTO VENTOS EÓLICOS CORRENTES EMBARCAÇÃO (I)
 INSPEÇÃO
EM ACESSÓRIOS
de içamento
de cargas
Por J ohnny Forster

? “Especial atenção será dada aos

cabos de aço, cordas, correntes,
Segurança

roldanas e ganchos que deverão ser

inspecionados, permanentemente,
substituindo-se as suas partes
defeituosas”. (NR-11- item 11.1.3.1)
BRASIL

A
inspeção nos acessórios para
içamento de cargas, além de
cumprir exigência da NR-11,
24
é uma ação fundamental para se garan-
tir a segurança da atividade. Estudos
CRANE
na elaboração e/ou execução do Plano
de Rigging, como também falhas na
inspeção dos acessórios e/ou equipa-
mentos.
Um exemplo de falha durante a
qualquer acessório durante o içamen-
to de cargas de forma segura.
Vamos exemplificar esta situação
dos pré-requisitos normativos para o
caso de uma manilha. Para que a ma-

de especialistas em rigging, juntamente
com recomendações dos fabricantes dos
acessórios indicam que a falta da inspe-
ção pode estar entre as principais causas
de acidentes durante as operações de
movimentação de cargas.
Portanto, fazer a inspeção obrigató-
ria dos acessórios não serve “apenas”
para cumprir as exigências das normas
técnicas. Sejam as NBR’s (e, quando
aplicáveis, as normas internacionais), a
NR-11, ou ainda as orientações dos fa-
bricantes. É a oportunidade que a em-
presa tem para evitar acidentes, salvar
vidas e, ao mesmo tempo, evitar pre-
juízos decorrentes da queda da carga e/
ou da parada da produção ou da obra..
Mas, se existem normas técnicas dos
acessórios definindo como a inspeção
deve ser feita e ainda assim os aciden-
tes acontecem, quais são as causas ra-
ízes deste problema para as empresas
e trabalhadores? Podemos inferir que
são fatores que se somam e, de forma
abrangente, envolvem erros cometidos
inspeção é quando o trabalhador que
fará o içamento, considerando que ele
é o principal responsável pela inspe-
ção visual obrigatória, desconhece as
orientações do fabricante e das normas
técnicas do respectivo acessório. E isso
decorre principalmente do fato de não
ter sido treinado adequadamente nas
técnicas e boas práticas relacionadas à
inspeção. Para agravar a situação, mui-
tas vezes ele não tem meios de acesso
à leitura das normas técnicas aplicáveis
aos respectivos acessórios.
O desconhecimento pode ser refle-
xo de uma deficiência no conteúdo
programático da capacitação obriga-
tória da NR-11 e também de outros
treinamentos relacionados a içamento
de cargas e/ou da qualidade do treina-
mento ministrado. Mas isso poderia
ser minimizado por meio da disponi-
bilização das normas técnicas aos en-
volvidos e a criação de procedimentos
internos atendendo aos pré-requisitos
normativos necessários para o uso de
nilha tenha o seu uso autorizado em
um içamento de cargas é exigência da
NBR 13545 (norma técnica de ma-
nilhas) que ela possua pelo menos as
seguintes informações estampadas de
forma legível no seu corpo: o nome do
fabricante ou a logomarca que permi-
ta a identificação, o grau do aço, o có-
digo de rastreabilidade, a dimensão e
a respectiva CMT (Carga Máxima de
Trabalho) – que pode estar escrito na
manilha com a sigla em inglês WLL (
Working Load Limit).
É comum encontrar em campo ma-
nihas que não atendem a estes requi-
sitos mínimos. Na prática, constata-se
que a observância destes requisitos
nem sempre ocorre, ou seja, o inspe-
tor permite que uma manilha que não
cumpre os pré-requisitos normativos
citados anteriormente seja utilizada
no içamento.
Esta situação pode levar a acidentes
como, por exemplo, um rompimento
da manilha. E a ausência das marca-

MAIO-JUNHO 2021 ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR

ções obrigatórias dificulta o rastre-
amento para análise das possíveis
causas (Qualidade do aço? Grau do
material? Qual o fabricante? Quando
foi fabricado? etc.).
O mesmo ocorre com lingas de cor-
rente, quando os componentes que fo-
ram utilizados em sua montagem (anel
de carga, elo de ligação, corrente, elo
de ligação e elemento final) não pos-
suem estampados no corpo a rastreabi-
lidade e/ou nome do fabricante.
Sem a rastreabilidade se perde o his-
tórico do acessório e não é possível ras-
trear a sua fabricação, a matéria prima
utilizada no seu lote de fabricação, o
registro dos testes realizados, entre ou-
tras informações vitais durante a vida
útil do acessório. Aprovar o uso de
acessórios sem as devidas rastreabilida-
des pode colocar em risco a atividade
de içamento, a integridade da carga e
equipamentos utilizados durante a mo-
vimentação e a vida dos trabalhadores.
Outro exemplo é quando durante a
inspeção o trabalhador/inspetor permite
o uso de uma cinta têxtil para elevação
de cargas que não cumpre a exigência do
fator de segurança 7:1, o qual é uma exi-
gência da NBR 15637, ou se utiliza cin-
tas com cores não previstas em norma.
Estas são algumas situações, entre
diversas outras, comumente encontra-
das nas diferentes aplicações mercado
a fora, não somente no Brasil. Então,
como implementar um processo de
inspeção eficiente de forma a minimi-
zar os riscos indicados?
A inspeção somente será eficiente
e atingirá o seu objetivo maior, que é
evitar acidentes, quando o trabalhador/
inspetor estiver devidamente capaci-
tado nas boas práticas mundiais, co-
nhecer os pré-requisitos mínimos dos
fabricantes e das normas técnicas para
os acessórios – e não permitir que um
acessório que não cumpre as respectivas
normas seja utilizado no içamento. As-
sim, contar com parceiros de qualidade
e fabricantes que atendam as mais exi-
gentes normas mundiais é fundamental
para a segurança da operação.
O Grupo Crosby, além de uma am-
pla gama de soluções em acessórios
de içamento de carga, que atendem as
mais rigorosas normas mundiais, conta
também com um extenso programa de
BRASIL
treinamento, além de parceiros espe-
cialistas com serviços dedicados e trei-
namentos especializados em diferentes
temas relativos a içamento de cargas. 25
CRANE
* Johnny Forster,
é engenheiro Eletricista, pós-
-graduado em Marketing e
mestrando em Administração,
possui vasta experiência na área
industrial no Brasil e no exterior tendo participado
da implantação de inúmeros projetos cujo foco era
a Segurança do trabalhador. Atualmente está res-
ponsável pela gerência técnica e comercial da The
CROSBY Group nas regiões Norte, Sul, Centro-
-Oeste e nos estados de MG e ES. Contatos para
johnny.forster@thecrosbygroup.com
 ?
CHEGOU
Acessórios
A HORA
da revolução das correntes
I
novar na área de correntes
não é mais apenas possí-
vel, é necessário, e pode ser
feito com a Murlink, única produto-
ra totalmente integrada de correntes
sintéticas, do fio ao produto acabado,
BRASIL
e serviços dedicados. Tudo com uma
equipe de profissionais especializados
em corrente sintética pronta para aten-
26 der e fornecer a corrente que melhor se
adapta a cada operação específica.
CRANE
Na Murlink, não queremos apenas
vender uma corrente. Possuímos a
maior linha de produtos do mercado,
com até 176 toneladas de carga míni-
ma de ruptura (44 toneladas no iça-
mento e 88 toneladas na amarração)
e opção de customização da corrente
100% conforme sua necessidade.
Criamos uma experiência em que
o usuário de nossos produtos se sen-
tirá acompanhado. O sucesso ou o
fracasso da implantação pode de-
pender disso. É por isso que estamos
juntos em todo o processo que cha-
mamos de Murlink 360.
Murlink 360 é a nossa proposta
de soluções e serviços integrados
que proporcionam uma experiência
completa em tudo o que se refere à
aquisição e implementação de cor-
rentes sintéticas. Junto com nossa
MAIO-JUNHO 2021
Por X avier Amils *
Diretor da Murlink
fala da linha de
produtos atual e dos
serviços oferecidos
por uma das
empresas pioneiras
no uso de fibras para
içamento
equipe de P&D e aplicação, estamos
ao lado do cliente para atender às
suas necessidades antes, durante e
depois do processo.
Murlink 360 cobre seis necessida-
des importantes:
- Implementação através de pro-
jeto customizado, para atender as
necessidades;
- Registros de fabricação e geren-
ciamento de certificação;
- Apoio na gestão da vida útil;
- Treinamento no uso, supervisão
da instalação e prolongamento da
vida útil;
- Resolução de problemas, manu-
tenção e reparo de correntes em uso;
- Atendimento local para solucionar
quaisquer problemas que possam surgir.
As correntes Murlink® são feitas de
Dyneema®, a fibra mais resistente do
mundo ™. Ultrapassamos as corren-
tes pesadas de aço para oferecer este
novo produto que é oito vezes mais
resistente, 80% mais leve e 35-50%
mais eficiente. É mais produtivo, re-
sistente, sustentável e mais macio do
que você pode encontrar no merca-
do hoje, com todas as vantagens do
QSHE (Qualidade, Segurança, Saú-
de e Meio Ambiente).
A Murlink tem à disposição do
cliente uma equipe técnica e pro-
fissional com larga experiência na
gestão de projetos para que o resul-
tado seja à medida e com a máxima
eficiência.
O objetivo é claro. Queremos ofe-
recer una experiência completa que
transformará a forma de trabalhar
de nossos clientes e tornará a im-
plementação de correntes sintéticas
mais segura, eficiente, moderna,
econômica e durável no dia a dia
das operações. É o momento de efi-
ciência.
* Xavier Amils,
é diretor global para o segmento
de elevação de cargas da Murlink,
fabricante espanhol de correntes
sintéticas.
Contatos: xamils@murlink.com
ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR
 A PARCERIA
DE CONFIANÇA
É A QUE IMPORTA

BRASIL
Estruturação financeira, organização
27
tributária, planejamento logístico e

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gestão operacional: a Sertrading cuida
da importação ‘porta a porta’ de máquinas
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 ?
Pendentes de guindaste
SINTÉTICOS
Acessórios II

Por F ernando Fuertes *

Uma solução inovadora: muito leve,

fácil de instalar e transportar e que
não requer manutenção

N
o mundo dos guindastes,
novas tendências se consoli-
daram: maiores, mais altos,
mais pesados e eficientes. Devido a isso,
os fabricantes de guindastes foram
forçados a investir em pesquisa e
desenvolvimento buscando
formas de atingir estas
novas tendências.
BRASIL

28
CRANE

Alguns dispositivos inovadores de
alta performance, tecnologia e segu-
rança têm sido criados e aplicados em
guindastes sobretudo pelos grandes
fabricantes. Um forte exemplo destas
tendências são os pendentes sintéti-
cos para guindastes.
Estes pendentes sintéticos foram
criados e aplicados na indústria de
guindastes e da mineração nas últimas
duas décadas e vem ganhando espaço
frente aos pendentes metálicos, com
significativas vantagens na manuten-
ção, operação, segurança e vida útil.
Os pendentes sintéticos são muito
robustos e oferecem uma ampla gama
de benefícios aos usuários. São muito
leves, fáceis de instalar, transportar e
não requerem manutenção.
Normalmente os guindastes são
equipados com pendentes de cabos
de aço pesados e terminais especiais
em aço. Uma redução significativa de
peso pode ser alcançada. Como exem-
plo de comparação, um pendente sin-
tético de 60 metros de comprimento
com uma carga de ruptura mínima
1.950 toneladas (16.200 kN) possui
massa aproximada de 1.300 kg en-
quanto um cabo de aço com as mes-
mas características alcançara massa
aproximada de 8.100 kg. Temos uma
grande redução de 84% !
Devido ao reduzido peso dos pen-
dentes sintéticos, estes não danifi-
cam a estrutura da pintura da lança
ou outras partes do guindaste. Além
disso, o uso de pendentes mais leves
permitirá que os fabricantes de guin-
dastes móveis sob esteiras ofereçam
lanças treliçadas mais compridas. Os
pendentes sintéticos não apresentam
alongamento na fabricação, fazendo
com que sejam resistentes, compri-
dos e alcancem longa vida útil.
Longa vida útil:
até 750.000 ciclos de carga
Os pendentes sintéticos apresentam
várias vantagens em comparação com
as soluções de aço em alguns casos já
ultrapassadas. Apresentam alongamen-

MAIO-JUNHO 2021 ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR

to estrutural praticamente nulo e pos-
suem maior resistência às influências
ambientais e químicas. Isso faz com
que os pendentes sintéticos tenham
maior vida útil e sejam mais fáceis
de se manter ao longo dos anos. Um
guindaste terrestre é geralmente pro-
duzido para durar cerca de vinte anos
com aproximadamente 16.000 ciclos
de carga. Os pendentes sintéticos fei-
tos de aramida, como os da holandesa
FibreMax, foram testados e podem al-
cançar até 750.000 ciclos de carga, fato
que ultrapassa os dados de projeto do
guindaste em 40 vezes.
Com os guindastes cada vez maiores,
o fator peso passa a ter maior relevân-
cia do que anteriormente. Através da
substituição dos pendentes metálicos
pelos sintéticos, os fabricantes de guin-
dastes poderão adicionar outros recur-
sos essenciais tal como baterias ou um
motor elétrico, permitindo desta for-
ma maior eficiência e progressos.
Com o peso reduzido, assim como
as facilidades de transporte e a re-
dução de contrapesos, os pendentes
sintéticos para guindastes são ecologi-
camente corretos durante o uso para
as empresas. Além disso, a longa vida
útil desses equipamentos auxilia na re-
dução do impacto ambiental, uma vez
que não precisam ser substituídos por
muitos anos. Em comparação com os
cabos de aço, os pendentes sintéticos
são 99% recicláveis mesmo após o uso
em um guindaste. Devido a todos es-
ses fatores, os pendentes sintéticos fa-
cultam o desperdício zero e uma ima-
gem mais ecológica para os fabricantes
de guindastes e seus usuários.
A fibra de aramida é o fator chave
Os pendentes sintéticos para guin-
dastes são feitos de aramida (uma das
fibras mais fortes do mundo) e são pro-
jetados sob medida para uma grande
variedade de aplicações. As fibras de
aramida possuem alto nível de resistên-
cia e módulo, além de reciclabilidade
e baixa emissão de carbono. Além dis-
so, são fibras muito robustas com alto
módulo, sem deformação e resistentes
a impactos químicos e ambientais. Já
o HMPE oferece força máxima com
peso mínimo. O aumento da resistên-
cia e a redução de peso proporcionam
vantagens significativas no manuseio
aprimorado e maior segurança.
Os cabos sintéticos também podem
ser produzidos de carbono e são tão for-
tes quanto os cabos de aço, poliéster ou
poliamida em diâmetros notavelmen-
te menores e mais leves com a mesma
carga de ruptura mínima. O aumento
de força e a redução de peso oferecem
BRASIL
notáveis vantagens aos usuários.
Para tornar as fibras mais fortes ain-
da mais fortes, a Fibremax, um dos
29
principais fabricantes de pendentes
sintéticos do mundo, está incorpo-
CRANE
rando terminações customizadas para
eliminar eventuais pontos frágeis com
a máxima eficiência.
Pendentes sintéticos para guin-
dastes constroem o futuro: emissões
mais baixas com peso reduzido,
maior durabilidade do que o próprio
guindaste e são mais fáceis de manu-
sear do que nunca.
* Fernando Fuertes,
é engenheiro, especialista em
projeto, dimensionamento, cál-
culo,, especificação e inspeção
de equipamentos de amarração
e elevação de cargas com a uti-
lização de cabos de aço, cintas
sintéticas, correntes, olhais e seus acessórios com
mais de 20 anos de experiência em operações de
movimentação e transporte de cargas com vários
cursos de especialização e inspeção feitos no Brasil
e no exterior. Atualmente atua como gestor téc-
nico na Amarração Serviços Consultoria e Trei-
namentos e na Fuertes Indústria e Comércio de
Produtos para Movimentação de Cargas.
Sugestões e comentários enviar para
fernando@amarracaodecargas.com.br
 ?
Frota
Investimento nos
BONS VENTOS EÓLICOS
Mammoet converte guindaste para movimentação
em pista estreita e Transnacional
investe em novo LTM 1500 Por R edação Crane Brasil
M
uitos parques eólicos em
vários países, incluindo o
BRASIL
Brasil, têm estradas inter-
nas estreitas de 6 a 7 m de largura.
Isso restringe o uso de guindastes
30 sobre esteiras convencionais, pois as
máquinas convencionais têm gran-
des restrições ao se deslocar entre as
CRANE
turbinas. Os guindastes de esteira es-
treita podem se movimentar entre as
turbinas sem desmontagem ou des-
montagem parcial, economizando
dinheiro em obras civis e tempo de
desmontagem, transporte e subse-
qüente re-montagem do guindaste.
A Mammoet introduziu um guin-
daste CC2800-1 com esteiras estrei-
tas em sua frota no Brasil para apoiar
o setor eólico do país. Esta máquina
atualizada fortalecerá a posição da
Mammoet no mercado eólico local,
que é um dos mercados de crescimen-
to mais rápido na América do Sul.
O guindaste CC2800-1 de 600 t
estava originalmente localizado no
Texas; no entanto, não estava em uso.
As equipes no Brasil e no Texas reco-
nheceram que a conversão da máqui-
na existente para uma configuração
de pista estreita traria vida nova e uma
condição muito necessária à frota bra-
sileira. Ainda no Texas, o guindaste
MAIO-JUNHO 2021
passou por uma conversão completa das
esteiras originais com 9,9 m de largura
para a configuração recém-atualizada
com 5,3 m. O software do guindaste
também foi atualizado e completamen-
te verificado por equipes internas, bem
como por técnicos da fábrica Demag.
A equipe de Mammoet também in-
vestiu em seções de lança adicionais e
uma lança fixa, que completam total-
mente o arranjo necessário para execu-
tar o trabalho eólico. Com essas modifi-
cações, o guindaste tem a capacidade de
levantar componentes de turbinas com
cubos de altura de até 125 metros.
A Transnacional, sediada em For-
taleza (CE), e com forte atuação
no segmento eólico, investiu em
uma segunda unidade do Liebherr
LTM 1500 8.1, com capacidade para
500 t. Mal chegou e, depois de uma
escala rápida na nova sede da empre-
sa para padronização de pintura e
atualização das preventivas e do Lic-
con, já foi mobilizado em uma das
operações da Transnacional.
Da mesma forma que a primeira
LTM 1500, explica Napoleão Luna,
diretor comercial e operacional da em-
presa, “a segunda unidade também foi
adquirida com a configuração comple-
ta (TAY2SN) com 91 m de luffing jib e
165 t de contrapeso, visando operações
em alturas significativas, além de uma
boa capacidade de carga e estabilidade
de lança utilizando o acessório “Y”,
que são características importantes,
nesse modelo de guindaste”.
A venda do equipamento para a
Transnacional foi viabilizada pela
Liebherr Brasil, em parceria com a
Liebherr Iberica, pois o equi-
pamento estava disponível na
Espanha. Napoleão Luna diz
que a ampliação da frota, com
a aquisição do novo Liebherr
LTM 1500 8.1, é parte de um
plano de investimentos em ativos, que
está em andamento na Transnacional.
“Certamente outros investimentos
virão na sequência, todavia obedecen-
do nosso padrão interno de análise
técnica, operacional e de rentabilida-
de por equipamento”. Ele diz que a
empresa está confiante na “retomada
da economia brasileira e de obras rele-
vantes no segmento de infraestrutura
e energia, fundamentais para um novo
ciclo de crescimento”.
ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR
 a
E Agor
Camilo
???
Não quebre a REGRA DO JOGO
A
s tabelas de carga não são
claras no que diz respeito aos
limites estruturais que são
violados quando o guindaste é operado
além da sua capacidade tabelada e se
aproxima do tombamento.
A tabela de carga de um guindaste
móvel explicita parâmetros operacionais
que são críticos para o uso seguro do
equipamento. Enquanto algumas tabe-
las podem ser muito complexas, a maio-
ria dos usuários entende que a tabela de
carga divide as capacidades tabeladas
em duas categorias gerais: (I) aquelas li-
mitadas pelo tombamento (chamada de
área de estabilidade) e (II) aquelas cargas
limitadas por fatores estruturais.
Esta informação está claramente indi-
cada nas tabelas americanas que são ba-
seadas na ANSI B30.5 – o mesmo não
ocorre nas tabelas europeias, que são ba-
seadas na EN 13000. Além do exposto
anteriormente, no entanto, um número
assustador de usuários erroneamente “lê
desinformação muito perigosa na tabe-
la”, como mostrarei a seguir.
Quantas vezes você já ouviu uma
conversa como esta: “Nós tínhamos
uma peça pesada para içar. O peso
estava acima do tabelado, mas nós
estávamos na área de tombamento,
assim eu sabia que eu tinha 15% ‘a
meu favor’ e, além disso, a máquina
primeiro iria levantar as patolas antes
de alguma coisa quebrar.” Parece fa-
miliar? Pois isto não é verdade, e sim
um tremendo erro de interpretação!
Baseando-se no tombamento para
balizar uma capacidade, um opera-
dor pode sobrecarregar enormemente
Por C amilo Filho *
Existe uma “zona
nebulosa” entre
as capacidades
tabeladas pela
estabilidade e a
carga que realmente
tomba o guindaste
os componentes estruturais do guin-
daste. Eu hoje, com mais de 39 anos
trabalhando com guindastes, já escu-
tei a “lógica” acima muitas vezes para
acreditar que se trata de um equívoco
isolado. Em vez disso, parece-me que
muita gente, incluindo-se aí opera-
dores, supervisores e até engenheiros,
consciente ou inconscientemente, são
culpados pelo fato de estarem tentando
adivinhar dados que são unicamente de
conhecimento do fabricante do equi-
pamento. Quando trabalhei na Ma-
nitowoc/Grove, com meu amigo Bob
Ritter, tive a grata oportunidade de ver
e entender a complexidade de se cons-
truir a tabela de carga de um guindaste.
A OSHA (Occupational Safety and
Health Administration) obriga que,
“quando as capacidades são limitadas
pela competência estrutural, tais capa-
cidades devem ser claramente mostra-
das e enfatizadas nas tabelas de carga”.
Não há dúvidas de que a intenção aqui
é alertar os operadores das limitações
estruturais dos seus guindastes. A
OSHA reconhece claramente a impor-
tância dos limites estruturais e, além
disso, também estabelece que: “quando
cargas – que são limitadas pela compe-
tência estrutural da máquina ao invés ?
da estabilidade –, são manuseadas, será
Dicas
estabelecido que o peso da carga foi
determinado dentro de uma variação
de erro máxima de 10% antes de ser
içado.” Isto é bastante claro. Quem não
consegue imaginar o potencial de de-
sastre de uma falha estrutural?
A maioria dos bons operadores, os
caras experientes, concordam que você
não deve se arriscar na área de limitação
estrutural, entretanto, a tabela de carga
BRASIL
não nos diz que é seguro para o guindas-
te aproximar-se do limite de tombamen-
to sem sofrer consequências estruturais.
Somente nos indica que as limitações 31
estruturais não são excedidas pelas capa-
CRANE
cidades de estabilidade mostradas nesta
área da tabela. Não serão estas capacida-
des que irão tombar o guindaste! Elas
são apenas um certo percentual da carga
a qual tombará o guindaste.
Se nós carregarmos o guindaste
acima das capacidades dos fabri-
cantes, mesmo numa área limi-
tada pela estabilidade, nós não
temos a menor ideia de que com-
ponentes estruturais podem estar
sendo sobrecarregados antes do
guindaste realmente mostrar si-
nais de tombamento.
Uma tabela pode mostrar uma carga
de 5.000 kg limitada pela estabilidade.
Na verdade, a resistência da lança pode
ser de apenas 5.100 kg. Sob as normas
regulamentadoras federais americanas
atuais de estabilidade, para um guin-
daste de esteiras seriam necessárias
6.700 kg para tombar este guindaste.
Neste caso, se o operador levantar de-
 a
E Agor
Camilo
??? terminada carga até
sentir que o guindaste
está “leve”, ou seja, próximo do seu li-
mite de tombamento, a lança terá sido
sobrecarregada com 1.600 kg ou 32%.
Existe uma “zona nebulosa” entre as
capacidades tabeladas pela estabilidade
mostradas na tabela e a carga que real-
mente tomba o guindaste.
? um problema, ele pode estar procurando
Uma tabela de carga não nos diz que
Dicas
limites estruturais são violados quando
o guindaste é levado além da tabela e se
aproxima do tombamento.
Num guindaste montado sobre es-
teiras, a regulamentação da OSHA
nos diz que só podemos classificar a
máquina a 75% da carga que irá fazer
com que ocorra o tombamento. São
feitos cálculos e testes no computador
para desenvolver uma tabela de carga.
BRASIL
Também são feitos testes no campo, no
“Test Pad” para verificar se a tabela e os
dados do cálculo estavam batendo com
32
32 o real em campo. No teste o guindaste
começa a tombar com 20m de raio e
uma carga de 100.000kg.
CRANE
Com uma matemática simples, rapi-
damente mostramos que se o guindas-
te tomba com uma carga de 100.000
kg, nossa capacidade para o guindaste
(lembrando que é um guindaste sobre
esteiras) não poderá ser mais do que
75 % x 100.000 kg ou 75.000 kg, se
o tombamento é o fator determinante
da capacidade. Foram feitos inúmeros
testes no computador para predizer as
tensões em nosso guindaste e desco-
brimos que somente dois componen-
tes estão próximos dos seus limites de
resistência para este comprimento de
lança e raio. No caso nossa lança pode
suportar 76.000kg a 20m de raio.
A resistência do cabo de aço limita a
capacidade do guindaste a 85.000 kg. A
capacidade de tombamento de 75.000
kg é, entretanto, o menor de todos os
fatores, assim a tabela de carga é libera-
da mostrando 75.000 kg a 20m de raio
MAIO-JUNHO 2021
e obviamente não é colocado asterisco
nesta capacidade porque ela é limitada
pela estabilidade e não estrutural.
Imaginemos agora que num trabalho
de montagem de uma ponte, o rigger
amarra o gancho em uma imensa viga
de concreto para retirá-la de sua base
de fabricação. Pintado na lateral da viga
está o seu peso: 97.000 kg.
O raio medido é 20m e como o
rigger não tem a tabela de carga nas
mãos, ele não sabe que sua capacidade
é 75.000 kg. O correto neste caso é
o operador aproximar-se da viga antes
de iça-la. Mas eis que o rigger amarra a
viga e a rotação do motor sobe rapida-
mente indicando que o cabo começa
a ser tensionado. Imagine que neste
momento, você que é o supervisor res-
ponsável grita para o operador que ele
vai tombar o guindaste!
Com um ar misto de superioridade
e desdém (já que ele é um profundo
conhecedor da tabela de carga), o ope-
rador calmamente explica: sim, eu sei
que a carga está além da capacidade
do guindaste. Presunçosamente ressal-
ta que ele está trabalhando na área de
tombamento da tabela, assim logica-
mente, é seguro sobrecarregar o guin-
daste “até que ele fique leve.” E ele con-
tinua sua explicação dizendo que “nesta
parte da tabela o guindaste deve tom-
bar antes que qualquer coisa quebre”.
Coitado, está completamente errado e
aí é que mora o perigo!
O problema é que no projeto e tes-
tes do guindaste, foi constatado que a
lança resiste somente a 76.000 kg e o
cabo de aço da carga 85.000 kg. Ambos
serão extremamente sobrecarregados ao
se tentar içar a viga com 97.000 kg a
20m de raio, contando apenas com a
sensação de tombamento para verificar
a carga máxima nesta configuração.
A razão aqui é que a capacidade que ele
enxerga na tabela não é a capacidade de
tombamento, é somente um certo per-
centual da carga de tombamento (neste
caso 75%) conforme determina a lei.
Existe uma área “nebulosa” entre a capa-
cidade que consta da tabela e a carga que
realmente irá tombar o guindaste. Mui-
tas limitações estruturais existem nesta
área “nebulosa”. Se o operador se baseia
apenas no tombamento para avisa-lo de
por um grande problema futuro, pois ele
irá sobrecarregar substancialmente com-
ponentes estruturais do guindaste.
Quando você está se baseando so-
mente “no sensor do seu traseiro” para
avisa-lo do tombamento; somente Je-
sus Cristo e o projetista do guindaste
sabem o que está sendo sobrecarregado.
Alguns argumentarão que existe uma
margem de segurança embutida na lan-
ça e outros componentes estruturais os
quais devem proteger estes componen-
tes durante a sobrecarga. Sim, existe
uma margem. Entretanto esta margem
não pertence ao usuário. Ela está lá para
proteger a operação contra problemas
imprevistos que estão fora do controle
do usuário tais como: recalque do solo,
carga dinâmica, rajadas de vento, etc. Se
esta margem é deliberadamente usada
logo de início, não sobra nada para pre-
venir uma catástrofe quando o Sr. Mur-
phy e sua lei vierem visitar nossa obra.
Acho que todos concordam com isto.
Um guindaste certamente não en-
trará em colapso sob cada sobrecarga
sofrida, mas não se enganem a sobre-
carga danifica a máquina. No meu
tempo de Manitowoc conversando
com algumas pessoas na fábrica, eles
me diziam que consideravam o ope-
rador como um “aventureiro” (não
posso colocar a real tradução do que
me disseram) quando ele faz um iça-
mento fora da tabela.
Seis meses depois, quando a lança
deste mesmo guindaste colapsa com
uma carga dentro da tabela, ninguém
ACESSE WWW.CRANE BRASIL .COM.BR
 consegue imaginar o porquê e quase
sempre tendem a culpar o fabricante,
uma vez que a referida carga estava
dentro da capacidade da máquina!
Pensem sobre isto. Será que o ope-
rador, rigger, a gerência ajudaram
a causar este acidente, forçando o
guindaste até quase o seu limite de
tombamento no passado? Nesta
mesma conversa na engenharia da
fabrica da Manitowoc eu ouvi uma
abordagem muito interessante do
que é a sobrecarga no guindaste, e
que agora compartilho com vocês:
Cada sobrecarga imputada ao
guindaste deve ser vista como se
cortando um arame do cabo de
aço. Provoca um dano cumulativo
e é somente uma questão de tem-
po até que o cabo se rompa!
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A norma americana determina,
“nenhum guindaste deve ser car-
regado além de sua capacidade
tabelada.” A mim me parece uma
afirmação muito clara, difícil é
não entende-la, mas muitos usuá-
rios de guindastes se acham esper-
tos e pensam que sabem mais do
que os próprios fabricantes e em
consequência estão constantemen-
te “quebrando as regras do jogo.”
Da próxima vez que você esti-
ver tentado a fazer isto, ou pedir
a alguém que o faça, lembre-se
do que exemplificamos acima.
Quando você estiver trabalhando
na área de tombamento da tabe-
la, uma limitação estrutural pode
estar a apenas alguns quilos de
diferença e infelizmente você não
sabe disto.
Sempre respeite a tabela de car-
ga. Como eu costumo dizer em
meus treinamentos: ela é a bíblia
do operador!
* Camilo Filho é
engenheiro mecâni-
co, especialista em
içamentos pesados,
com mais de 39
anos de experiência
em operações com guindastes e mo-
vimentação de carga. Com vários
cursos na área feitos no exterior, é
responsável por vários trabalhos de
BRASIL
grande envergadura no Brasil e no
exterior. Atualmente é consultor da
IPS Engenharia de Rigging e mem-
bro da ACRP (Association of Cra- 33
ne & Rigging Professionals-USA).
CRANE
Sugestões e comentários enviar para
camilofilho@hotmail.com.
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 ?
OPERAÇÕES em função do tipo de embarcação
Offshore
Por L eonardo Roncetti *
Qual a tecnologia a bordo para atender
a alta demanda de serviços de
içamento offshore nos
próximos anos
A
s operações de içamento e movimentação de car-
gas nas atividades offshore são contínuas, intensas e
fundamentais tanto para construção, manutenção
e operação da infraestrutura de exploração e produção de
BRASIL
óleo e gás.
Com a perspectiva de aceleração da exploração e produ-
ção petrolífera no pré-sal brasileiro, há firme expectativa de
34 alta demanda de serviços de içamento offshore nos próxi-
mos anos, além de uma nova fronteira para a engenharia de
içamento brasileira, que é a construção de parques eólicos
CRANE
offshore no litoral do Brasil.
Acompanhado esse crescimento, há cada vez mais embar-
cações especializadas, com tecnologia em evolução crescente,
que realizam içamentos offshore. Do ponto de vista das em-
barcações e seus guindastes, trazem-se dois exemplos.
FPSO - São plataformas flutuantes em formato de na-
vio, que produzem, estocam e transferem o petróleo pro-
duzido. O Brasil possui a maior quantidade em operação
no mundo, cerca de 50 FPSO, número que vai aumentar
nos próximos anos com várias encomendas já efetivadas
pelas operadoras.
Possuem entre dois e cinco guindastes para içamentos
rotineiros, que envolvem retirada e colocação de cargas a
bordo da plataforma e dos barcos de apoio (PSV). Essas
cargas incluem contêineres, cestas, tanques, caçambas,
mangotes para transferência de água e combustível, entre
outros, com itens essenciais para a operação da platafor-
ma, incluindo alimentação.
Os guindastes possuem capacidade de 25 a 70 t, sendo do
tipo “sobre pedestal”, com lança treliçada ou articulada. A
lança treliçada pode ter comprimento de até 60 metros.
Esses guindastes também são utilizados para atividades de
manutenção, construção e modificação a bordo, içando tu-
bulações, estruturas e equipamentos.
MAIO-JUNHO 2021
(parte 7)
PLSV atracado
na Baia de
Vitória (ES)
Foto do autor
PLSV - São navios lançadores dos dutos que transportam
fluidos dos poços para a plataforma e vice-versa.Os PLSV
executam também diversas operações acessórias na constru-
ção e manutenção da infraestrutura submarina.
Possuem diversos equipamentos de içamento e movimen-
tação, com guindastes entre 50 e 400 toneladas, que podem
possuir compensador ativo de afundamento (AHC), que
estabiliza a posição da carga durante o içamento submari-
no, independente do movimento do navio.
Também possuem uma abertura central de acesso ao mar,
chamada “moon pool”, menos afetada pelas ondas, por
onde pode-se içar cargas com menores esforços dinâmicos,
evitando que elas sejam içadas pelo costado da embarcação.
Uma grande quantidade de içamentos auxiliares é condu-
zida a bordo para apoio ao lançamento das linhas, com uso
de acessórios especiais como conectores de aços de ultra alta
resistência, lingas de fibra de HMPE, manilhas com des-
conexão remota,além dos convencionais, como guinchos,
patescas, manilhas de grande capacidade, lingas de corrente
e cintas têxteis. A quantidade desses itens pode chegar a
dois mil em um único navio.
Devido à complexidade e quantidade de içamentos nes-
sas embarcações, são fundamentais o projeto do içamento,
treinamento de todos os envolvidos e inspeção contínua
dos acessórios e equipamentos, preservando vidas, meio
ambiente e propriedade.
Abreviações:
AHC: Active Heave Compensation, compensação de movimento
vertical.
FPSO: Floating Production Storage and Offloading, unidade flutuante
de produção, armazenagem e transferência (do óleo).
PLSV: Pipelaying Support Ves-
sel, navio lançador de linhas. * Leonardo Roncetti, é
PSV: Platform SupplyVessel, engenheiro doutorando
navio de apoio à plataforma. em içamento offshore pela
COPPE-UFRJ, mestre em
estruturas offshore pela
COPPE-UFRJ, e diretor da
TechCon Engenharia e Consultoria.
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