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Ministério da Defesa

Comando da Aeronáutica
Ten Cel Av Alessandro Sorgini D’AMATO
Estado-Maior da Aeronáutica

09 de maio de 2019
Quando começou o
Programa Espacial
Brasileiro?
Histórico
PNAE
GOCNAE CNAE GETEPE CLBI COBAE MECB CLA AEB PNAE PNAE PNAE END GTI CDPEB

1964 PESE

1965

1970

2015

2018
1983

2005
1996

2008
1979

1994

1998
1961

1963

2012
GOCNAE – Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais
CNAE – Comissão Nacional de Atividades Espaciais
GETEPE – Grupo Executivo de Trabalho e Estudos de Projetos Espaciais
CLBI – Centro de Lançamento da Barreira do Inferno
COBAE – Comissão Brasileira de Atividades Espaciais
MECB – Missão Espacial Completa Brasileira
PNAE – Programa Nacional de Atividades Espaciais
PESE – Programa Estratégico de Sistemas Espaciais
GTI – Grupo de Trabalho Interministerial (MD/MCTIC)
CDPEB – Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro
Quais as principais
realizações do Programa
Espacial Brasileiro?
Principais Realizações

SONDA SONDA INPE SONDA SONDA SCD SCD CBERS CBERS CBERS CBERS SGDC
CLBI CLA
I II III IV I II I II II B IV I

1993

1998

1999

2005

2007

2014

2017
1983
1971

1976

1984
1969
1965

1967

CLBI – Centro de Lançamento da Barreira do Inferno


SONDA – Foguete de Sondagem para missões suborbitais
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
SCD – Satélite de Coleta de Dados
CBERS – Satélites sino-brasileiros de recursos terrestres
SGDC – Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas
Realizações - infraestrutura
• Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI)
• Criado em 1965 em Natal (RN)
• Nike Apache (US sounding rocket) – primeiro lançamento (DEZ 1965).
Realizações - infraestrutura
• Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI)
• Mais de 3000 operações de lançamento/200 operações de rastreio
• Atualmente opera como campo de testes de sistemas aeroespaciais
e rastreia foguetes lançados de Kourou (Guiana Francesa) e do CLA.

Sonda I, II, III & IV Fonte: ESA


Realizações - foguetes

Sonda II Sonda III Sonda IV


(Apogeu de 50 a 100 km) (Apogeu de 200 a 650 km) (Apogeu de 700 a 1000 km)
Realizações - infraestrutura
• Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
• Criado in 1983. Primeiro lançamento em 1990
• Uma das melhores localizações para lançamentos de foguetes
(economia de combustível, condições meteororógicas favoráveis,
disponibilidade para instalação de novos sítios)
Realizações - infraestrutura
• Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
• Em torno de 475 foguetes lançados
• Opera lançamentos de foguetes suborbitais
• Adequando-se para o lancamento do Veículo Lançador de
Microssatélites (VLM)
Realizações - foguetes

VS-30 VSB-30 VS-40


(Apogeu de 120 a 160 km) (Apogeu de 240 a 260 km) (Apogeu de 650 km)
Realizações - infraestrutura
• Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
• Missão: produzir ciência e tecnologia nas áreas espacial e do
ambiente terrestre e oferecer produtos e serviços singulares em
benefício do Brasil (ênfase em desenvolvimento de satélites).
• Subordinado ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC).
• Laboratório de Integração e Testes (LIT) para satélites.
Realizações - satélites
• Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
• SCD 1 and 2: Satélites de Coleta de Dados (lançados em 1993 e 1998)
• Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellites): iniciado em
1999 (quatro satélites de sensoriamento remoto lançados)
Realizações - infraestrutura
• Centro de Operações Espaciais (COPE), em Brasília-DF
• Centro de Operações Espaciais Secundário no Rio de Janeiro – RJ
• Operação dual
• Defesa (Banda X)
• Telebras (Banda Ka)
Representação gráfica do COPE
Realizações - satélites

Centro de Operações Espaciais (COPE)

SGDC

Centro de Controle para o Satélite Geoestacionário de Defesa e


Comunicações Estratégicas (SGDC): lançado em 4 de maio de 2017
de Kourou, na Guina Francesa
Como o Setor Espacial está
organizado atualmente?
Governança atual

PNDAE/PNAE

A Política Nacional de Desenvolvimento


das Atividades Espaciais (PNDAE), instituída pelo
Decreto n.º 1.332, de 8 de dezembro de 1994,
estabelece objetivos e diretrizes para os
programas e projetos nacionais relativos à área
espacial e tem o Programa Nacional de
Atividades Espaciais (PNAE) como seu principal
instrumento de planejamento e programação por
períodos decenais. A responsabilidade pelas
suas atualizações é da Agência Espacial
Brasileira (AEB), criada em 1994.
Governança atual
Governança atual

END
Decreto nº 6.703, de 18 de
dezembro de 2008, aprova a Estratégia
Nacional de Defesa. Revisado em 2013.
Pauta-se a END pelas seguintes diretrizes:

- Fortalecer três setores de


importância estratégica: o espacial, o
cibernético e o nuclear.
Como decorrência de sua própria
natureza, esse setores transcendem a
divisão entre desenvolvimento e defesa,
entre o civil e o militar.
Governança atual
PESE

Diretriz Ministerial n° 14/2009 – determina que os


programas e ações que digam respeito ao setor
espacial ficam sob responsabilidade do
Comando da Aeronáutica.

Portaria EMAER Nº 31/3SC3, de 31 de agosto de


2012 - Aprova o PCA 358-1 – Programa Estratégico
de Sistemas Espaciais (PESE/complementar ao
PNAE).

Portaria Normativa Nº 41/MD, de 30 de julho de


2018 – Aprova o PESE (MD20-S-01).
Governança atual

Programa Nacional de Atividades Espaciais Programa Estratégico de Sistemas Espaciais

CCISE

NuCOPE
Telebrás SISDACTA

NuCOPE
Governança atual

Programa Nacional de Atividades Espaciais Programa Estratégico de Sistemas Espaciais

PROGRAMAS NÃO HARMONIZADOS


CCISE

NuCOPE
Telebrás SISDACTA

NuCOPE
Como está o Programa
Espacial Brasileiro em
relação a outros no mundo?
Países na América do Sul estão superando o Brasil

Opera satélite SR, resolução de


2,50m e satélite COM, desde 2012.

Lançou satélite SR em
SET 2016, resolução de
0,70 m, aplicações duais.

Opera satélite COM,


desde 2014.

Desenvolvimento e lançamento de
satélites GEO COM (ARSAT 1 e 2) e de
satélites SAR (SAOCOM 1A e 1B).
Opera Esquadrão Espacial Revigoramento do seu programa de
que controla satélite SR veículos lançadores. Parceria com
próprio, resolução de 1,45 m, Itália para satélites.
há 4 anos.
Programas Espaciais - Investimentos
ORÇAMENTO PROGRAMA
PAÍS % PIB
ESPACIAL (Bilhões US$)

EUA 40,0 0,21

RÚSSIA 3,0 0,15

CHINA 3,0 0,03

ÍNDIA 1,2 0,06

ARGENTINA 1,2 0,20

BRASIL 0,1 0,006

Fonte: vários (Internet), 2017.


Por que é importante e
estratégico investir no
Programa Espacial
Brasileiro?
Mercado Espacial

Fonte: MCTIC, 2019.


Serviços Satelitais
Favorece a eficiência na Segurança Pública, combate
a evasão de divisas, reprime crimes transnacionais e
contribui para redução da violência urbana

Fonte: EGP PESE, 2012.


Serviços Satelitais
Sistemas integrados e de emprego dual para Defesa,
Segurança nas fronteiras e integração do território nacional
Serviços Satelitais
Suporte ao cumprimento de acordos e tratados internacionais na
área de busca e salvamento sob a responsabilidade do Brasil

GOL 1907 AIR FRANCE 447


Serviços Satelitais
Desenvolvimento da Indústria: novos contratos na
indústria espacial e crescimento econômico

Fonte: EGP PESE, 2012.


Serviços Satelitais
Potencialização do Programa Nacional de Banda Larga
(PNBL), fornecimento de 100 Gbps de capacidade
Internet, comunicações seguras

Fonte: EGP PESE, 2012.


Serviços Satelitais
Monitoramento ambiental de florestas, águas e encostas,
propiciando ações de fiscalização ambiental

Fonte: EGP PESE, 2012.


Serviços Satelitais
Inovações da Agricultura: aumento na velocidade de adoção
da agricultura de precisão

Fonte: EGP PESE, 2012.


Serviços Satelitais
Suporte no processo de tomada de decisão para
prevenção e mitigação de catástrofes naturais

Fonte: EGP PESE, 2012.


Veículos Lançadores

1. Forte tendência de crescimento


do mercado de micro e nano
satélites (3000/ano)
2. Mercado em expansão para
lançadores nacionais de
micro/nano satélites
3. Economia na satelitização e
reposição orbital das
constelações brasileiras
Centro Espacial de Alcântara

1. Um dos Centros de Lançamento mais bem


localizados do mundo → economia aprox 30%
2. Potencial para comercialização de operações
de lançamento
3. Oportunidades para parcerias
internacionais
Por que o Programa Espacial
Brasileiro não desenvolveu
todo o seu potencial?
Grupo de Trabalho Interministerial

 O Grupo de Trabalho Interministerial para o Setor Espacial


(GTI - Espacial) foi instituído pela Portaria Interministerial
n° 2151, de 2 de outubro de 2015, com a finalidade de
assessorar, em caráter temporário, o Ministro de Estado da
Defesa e o Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e
Inovação.
Diagnóstico
PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO – RECURSOS APLICADOS

TOTAL
CENTROS
SATÉLITES

LANÇADORES
ISS

Fonte: VISIONA, AEB, 2017.


Diagnóstico
VEÍCULOS LANÇADORES – RECURSOS APLICADOS
Diagnóstico
CANCELAMENTO DOS PROJETOS DE VEÍCULOS LANÇADORES
Projetos impossíveis
de serem recuperados
face à defasagem
tecnológica.

Fonte: IAE.
Diagnóstico
Modelo incompatível de gestão das atividades espaciais;

Falta de direcionamento estratégico (dispersão de esforços);

Ações descentralizadas nas demandas por produtos espaciais;

Falta de prioridade resulta em orçamento inconstante e insuficiente; e

Deficiência de recursos humanos especializados no setor espacial.


Diagnóstico

QUAL O PROBLEMA?

MODELO DE GOVERNANÇA

QUAL A PROPOSTA?

MUDANÇA DO MODELO ATUAL


Diagnóstico

CEE ASSESSORIA CNE Conselho Nacional de Espaço

Programas

Políticas
AEB COMAER INPE OUTROS

Orçamento
Execução

Execução
Acordos

Orçamento
Interno
Acordos Orçamento Programas

Fonte: GTI Espaço, 2015.


Estratégia

Comitê de Desenvolvimento do PEB –


Criação

Decreto nº 9.279, de 6 de fevereiro de 2018.


DOU nº 27, de 7 de fevereiro de 2018.
Objetivo
Fixar, por meio de resoluções, diretrizes e
metas para a potencialização do PEB e
supervisionar a execução das medidas
propostas para essa finalidade
Estratégia
Membros Titulares
I - Ministro Chefe do GSI/PR - Coordenador
II - Ministro Chefe da Casa Civil
III - Ministro da Defesa
IV - Ministro das Relações Exteriores
V - Ministro do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão
VI - Ministro da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações
Estratégia

Art. 4º O CDPEB poderá constituir grupos técnicos com a finalidade de


assessorar seus membros em temas específicos relevantes para o
Programa Espacial Brasileiro.
Foram criados 13 GTs por meio de Resoluções específicas do CDPEB.

GT1 Governança GT7 Questão Fundiária em Alcântara


GT2 Salvaguardas Tecnológicas GT8 Plano de Comunicação Social
GT3 Liquidação da ACS GT9 Pessoal do DCTA;AEB;INPE
GT4 Empresa Pública (ALADA) GT10 Políticas Públicas em Alcântara-MA
GT5 Projeto Mobilizador GT 11 Financiamento do Projeto Mobilizador
GT6 VL-X GT 12 Lei Geral do Espaço
GT 13 Políticas Públicas em Alcântara-MA
Qual a estratégia do PESE
para o fortalecimento do
Programa Espacial Brasileiro?
Uso Integrado do Espaço - PESE

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028

COPE

Centro de Operações Espaciais

Concepção artística do prédio do COPE (Brasília).


Uso Integrado do Espaço - PESE

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028

SGDC-1

SGDC-2

Comunicações Estratégicas Aplicações Militares


Avançadas

PNBL
Uso Integrado do Espaço - PESE

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028

Óptico
Óptico
Nacionalizado

Sensoriamento
remoto óptico

Foto: Rompimento da Barragem de Foto: Transposição do Rio São


Mariana, 2016. Francisco.
Uso Integrado do Espaço - PESE

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028

Comunicações
Táticas

Comunicações Táticas

Foto: Militar em operação de GLO. Foto: Operação na Amazônia.


Uso Integrado do Espaço - PESE

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028

Radar

Sensoriamento
remoto radar

Foto: aeródromos clandestinos em Foto: Deteção automática de


região de fronteira. mudanças na Vila Olímpica.
Autonomia e Nacionalização crescentes

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028

SGDC-1

Óptico Óptico Radar


Nacionalizado
SGDC-2
VS-50 Comunicações
COPE 50kg/300km Táticas

VLM VLX-1 VLX-2


Veículos Lançadores (50/150)kg/300km 150kg/700km 500kg-700km

Consolidação do Centro Espacial de


Alcântara
Quais ações são fundamentais
para potencializar o Programa
Espacial Brasileiro?
AST - CEA

Fonte: MCTIC, 2019.


AST - CEA

Fonte: MCTIC, 2019.


Harmonização PNAE/PESE

PNDAE

ENCTI

END

Fonte: AEB, 2019.


Ações fundamentais para o fortalecimento do
Programa Espacial Brasileiro

• Aprovação de Acordos de Salvaguardas Tecnológicas (AST)


com EUA/Consolidação do Centro Espacial de Alcântara
(CEA);
• Harmonização do PNAE/PESE;
• Criação do Comitê Executivo e do Conselho Nacional de
Espaço (CEE e CNE); e
• Priorização de recursos orçamentários (Programa de
Estado).
Ministério da Defesa
Comando da Aeronáutica
Ten Cel Av Alessandro Sorgini D’AMATO
Estado-Maior da Aeronáutica

09 de maio de 2019

damatoasd@fab.mil.br

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