Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PRODUÇÃO TEXTUAL
Parintins-AM
2021
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................06
EMENTA ................................................................................................................................07
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................89
LISTA DE QUADROS
APRESENTAÇÃO
É com muita satisfação que entregamos em vossas mãos esse pequeno texto-base da
disciplina Produção Textual do Curso de História mediado por tecnologia. Nele estão as
temáticas principais que nortearão os acadêmicos na busca pelo aprimoramento de duas
tarefas essenciais em qualquer curso de graduação: o ler e o escrever.
O caminho pela busca do conhecimento científico perpassa pela leitura. E esta será
apresentada nesta disciplina em forma de conceitos, definições e importância, buscando
mostrar a necessidade de uso da leitura como ferramenta essencial em quaisquer níveis de
educação. A leitura precisa chamar a atenção dos estudantes até mesmo daqueles que estão
iniciando na graduação, porque disso depende o sucesso em outras disciplinas no decorrer do
curso escolhido.
Assim como a prática de leitura é elemento essencial na formação do ser humano, a
prática de escrita também o é. Não podemos entender tal atividade como dom, pois há
técnicas que contribuem para o desenvolvimento dessa habilidade tão necessária em nossa
vida em sociedade. Infelizmente, é no contexto universitário, às vezes, que se tornam notórias
as lacunas que possamos ter nessas habilidades: leitura e escrita.
Ao entrar na universidade e a cada período estudado é que o acadêmico percebe o
quão necessário se faz a prática da leitura e da escrita. Por isso trazemos neste livro conteúdos
e atividades que proporcionem o desenvolvimento de tais habilidades. Haverá momentos em
que será necessário ler livros ou capítulos deles para escrever um resumo, uma resenha, ou
ainda, ler muitas outras obras para formar um referencial teórico que auxilie na pesquisa de
determinada temática, bem como escrever um artigo para participar de eventos acadêmicos e
divulgar suas pesquisas. E para a produção dos gêneros textuais apresentados será necessário
algo fundamental que é a compreensão de um parágrafo-padrão como ponto de partida para a
escrita de textos completos reconhecendo-o como estrutura básica e essencial para uma boa e
eficiente produção de quaisquer textos.
Enfim, estaremos durante vários dias em uma caminhada pelas alamedas da leitura,
compreensão, interpretação e produção de textos acadêmicos, dos gêneros textuais e tipologia
textual, dos gêneros literários e, principalmente, dos textos dissertativo-argumentativos.
Esperamos contribuir para com a formação de cada um de vocês.
Katriana Jacaúna Farias
Maria Celeste de Souza Cardoso
7
EMENTA DA DISCIPLINA
EMENTA
Texto e textualidade. Noção de tipologia e gênero textual. Estruturação de períodos
compostos. Estrutura interna e organização de parágrafos. Etapas de produção do texto
escrito. Leitura e análise de gêneros acadêmicos. Produção de gêneros acadêmicos.
Tópicos de gramática aplicados ao texto.
OBJETIVO
Desenvolver habilidades de escrita dos acadêmicos, ampliando sua capacidade de
empregar a língua em diversas situações formais de comunicação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 50.ed.
São Paulo: Cortez, 2009.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.
São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 2006.
MOTTA-ROTH, Desirée; HENDGES, Graciela Rabuske. Produção Textual na
Universidade. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
SENA, Odenildo. A engenharia do texto: um caminho rumo à prática da boa redação.
3.ed. Manaus: Valer, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola
Editorial, 2009.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48.
ed. São Paulo: Companhia da Editora Nacional, 2008.
FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e
redação. São Paulo: Ática, 2001.
MACHADO, Anna Rachel. Planejar gêneros acadêmicos. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Linguística de texto: o que é e como se faz? São Paulo:
Parábola Editorial, 2012.
8
.......................................................................................................................................................
A partir das inúmeras concepções vigentes sobre leitura apresentadas em sua obra,
Martins (2006, p. 31) as sintetiza em duas caracterizações:
1. Como decodificação mecânica de signos linguísticos, por meio de aprendizado
estabelecido a partir do condicionamento estímulo-resposta (perspectiva
behaviorista-skinneriana);
2. Como processo de compreensão abrangente, cuja dinâmica envolve componentes
sensoriais, emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, tanto quanto
culturais, econômicos e políticos (perspectiva cognitivo-sociológica).
Evidenciamos também outros conceitos, como o apresentado por Silva (2005), o qual
trata a leitura como uma forma de consciência que leva o indivíduo à reflexão através da
compreensão e interpretação do que foi lido assim como associa o ato de ler ao de escrever. E
também os PCN (1997) enfatizam a leitura como um processo no qual o leitor realiza um
trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu
conhecimento sobre o assunto, sobre o autor e tudo que diz respeito à língua. No quadro
abaixo apresentamos mais dois conceitos sobre leitura.
Neste contexto, o trabalho com a leitura tem como finalidade a formação de leitores e
também de escritores, porque para produzir textos eficazes é necessário prática de leitura. É a
leitura que fornece a matéria-prima para a escrita e contribui para a constituição de modelos, é
o que escrever e como escrever. (PCN, 1997). Ainda neste sentido, Martins (2006), nos
apresenta três níveis de leitura: sensorial, emocional e racional.
1. SENSORIAL: a visão, o tato, a audição, o olfato e o gosto são os referenciais
elementares nesse nível. A leitura sensorial começa muito cedo e nos acompanha por
11
toda a vida. Não é uma leitura elaborada, é uma resposta imediata ao que o mundo nos
apresenta.
2. EMOCIONAL: Lida com os sentimentos, o que necessariamente implica falta de
objetividade, subjetivismo. Caracteriza-se por um processo de participação afetiva
numa realidade alheia, fora de nós. Essa é a leitura mais comum de quem diz gostar de
ler, talvez a que dê mais prazer, porque envolve as emoções e os sentimentos.
3. RACIONAL: Essa leitura enfatiza o intelectualismo, doutrina que afirma a
preeminência e anterioridade dos fenômenos intelectuais sobre os sentimentos e a
vontade. É unívoca, porque o leitor se debruça sobre o texto, para vê-lo isolado do
contexto e sem envolvimento pessoal, orientando-se por certas normas existentes. A
leitura racional acrescenta à sensorial e à emocional o fato de estabelecer uma ponte
entre o leitor e o conhecimento. Não é importante por ser racional, mas por aquilo que
o seu processo permite, alargando os horizontes de expectativa do leitor e ampliando
as possibilidades de leitura do texto e da própria realidade social.
O ato de ler, de acordo com Martins (2006), se refere tanto à escrita quanto a outros
tipos de expressão do fazer humano, caracterizando-se também como acontecimento histórico
14
que estabelece relação histórica entre o leitor e o que é lido. Já Freire (2009, p. 11) discorre
sobre o ato de ler como um processo que envolve a compreensão crítica da realidade. Nesse
contexto, o autor diz que esse ato não se esgota somente na “decodificação da palavra escrita
ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo”.
“Ler é, em última instância, não só uma ponte para a tomada de consciência, mas
também um modo de existir no qual o indivíduo compreende e interpreta a expressão
registrada pela escrita e passa a compreender-se no mundo”. (SILVA, 2005, p. 45).
Os PCN (1997) apontam a leitura como prática social, sempre como um meio e nunca
como um fim. Ler é resposta a um objetivo, a uma necessidade pessoal. Fora da escola não se
lê só para aprender a ler, para decodificar, para desenhar ou para responder perguntas sobre a
leitura. Lê-se para compreender, buscar e entender informações. Lê-se para interpretar,
encontrar algo desafiante e interessante. Lê-se, enfim, para compreender melhor o mundo em
que se vive e atuar ativamente como sujeito participativo da sociedade.
Os conceitos aqui apresentados apontam para a necessidade que os acadêmicos têm
em se apropriarem de uma leitura mais crítica e consciente. Uma leitura que envolva a
compreensão crítica do mundo vivenciado por cada um deles, uma leitura que desperte a
apreensão do conhecimento científico, principalmente a busca pela pesquisa científica.
DIEGUES, Antonio Carlos. O mito moderno da natureza intocada. 3.ed. São Paulo: Hucitec,
2000.
O mito moderno da natureza intocada trata das relações entre o ser humano e mundo
natural no final do milênio, marcado por processos que têm levado a uma crescente degradação
ambiental.
OLIVEIRA, Walter Oliveira de. Educação social de rua: o que é e como surgiu. Porto
Alegre: Artmed, 2004.
Atividades de Aprendizagem
1.11 Síntese
Nesta primeira unidade conhecemos os conceitos, as concepções e os níveis de leitura
apresentados por Maria Helena Martins. Também discorremos sobre a importância do ato de
ler, sobre a alfabetização de adultos e bibliotecas populares e as experiências de alfabetização
de Paulo Freire em São Tomé e Príncipe. Apresentamos os tipos de fichamentos com alguns
exemplos importantes; e finalizamos com os conceitos de texto e textualidade, suas
diferenças, dimensões e implicações pedagógicas.
• Exercício 03: Leia a obra “A importância do ato de ler: em três artigos que se
completam”, de Paulo Freire e aplique ao texto da obra algumas técnicas de leitura
apresentadas na aula 2 da Unidade I.
1.12.2 Questão para reflexão
• A partir das leituras das obras utilizadas nesta unidade, reflita sobre as seguintes
questões: O que é leitura? O que é texto? E a textualidade?
1.12.3 Leituras indicadas
• Do mundo da leitura para a leitura do mundo, de Marisa Lajolo. Essa obra nos traz
uma reflexão sobre a leitura na escola, mostrando tudo que essa atividade implica
dentro da realidade brasileira. A autora, a partir de exemplos concretos, questiona uma
série de valores e funções atribuídos à literatura na escola.
• Letramento: um tema em três gêneros, de Magda Soares. Essa obra nos traz alguns
aspectos interessantes e importantes sobre alfabetização e letramento, habilidades e
práticas sociais de leitura e escrita.
......................................................................................................................................................
reportagens ao vivo, cartas eletrônicas (e-mails), bate-papos virtuais (chats), aulas virtuais
(aulas chats) e assim por diante. (MARCUSCHI, 2010).
Construtos teóricos definidos por propriedades Realizações linguísticas concretas definidas por
linguísticas intrínsecas. propriedades sociocomunicativas.
Sua nomeação abrange um conjunto limitado de Sua nomeação abrange um conjunto aberto e
categorias teóricas determinadas por aspectos praticamente ilimitado de designações concretas
lexicais, sintáticos, relações lógicas, tempo verbal. determinadas pelo canal, estilo, conteúdo,
composição e função.
Designações teóricas dos tipos: narração, descrição, Exemplos de gêneros: telefonema, sermão, carta
injunção e exposição. comercial, carta pessoal, bilhete, aula expositiva,
bula de remédio, resenha, piada, etc.
Fonte: MARCUSCHI/2010.
2.3.1 Tipo Textual: designa uma espécie de construção teórica definida pela natureza
linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas,
estilo). Caracteriza-se muito mais como sequências linguísticas do que como textos
materializados; a rigor, são modos textuais. Abrangem cerca de meia dúzia de categorias
conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção.
2.3.2 Gênero Textual: são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam
padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos
enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais,
institucionais e técnicas. Em contraposição aos tipos textuais, os gêneros são entidades
empíricas em situações comunicativas e se expressam em designações diversas, constituindo
em princípio listagens abertas. Alguns exemplos: telefonema, sermão, carta comercial, carta
pessoal, romance, bilhete, reportagem, notícia, horóscopo, receita culinária, etc.
2.3.3 Domínio Discursivo: constitui muito mais uma “esfera da atividade humana” no
sentido bakhtiniano do termo do que um princípio de classificação de textos e indica
instâncias discursivas (por exemplo: discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso
religioso, etc.). não abrange um gênero em particular, mas dá origem a vários deles, já que os
gêneros são institucionalmente marcados. Constituem práticas discursivas nas quais podemos
identificar um conjunto de gêneros textuais que às vezes lhe são próprios ou específicos como
rotinas comunicativas institucionalizadas e instauradoras de relações de poder.
As distinções entre um gênero e outro não são predominantemente linguísticas e sim
funcionais. Já os critérios para distinguir os tipos textuais seriam linguísticos e estruturais, de
modo que os gêneros são designações sociorretóricas e os tipos são designações teóricas.
É bom salientar que embora os gêneros textuais não se caracterizem nem se definam
por aspectos formais, sejam eles estruturais ou linguísticos, e sim por aspectos
sociocomunicativos e funcionais, isso não quer dizer que a forma possa ser desprezada. Em
muitos casos, são as formas que determinam o gênero e, em outros tantos, serão as funções.
Em muitos casos será o próprio suporte ou ambiente em que os textos aparecem que
determinam o gênero presente.
De acordo com Marcuschi (2008), o suporte de um gênero é um lócus físico ou virtual
com formato específico que serve de base ou ambiente de fixação do gênero materializado
como texto. O suporte de um gênero é uma superfície física em formato específico que
suporta, fixa e mostra um texto. Essa ideia comporta três aspectos:
27
O estudo da classificação das interações verbais orais é bem mais recente e menos
sistemático que a classificação dos textos escritos. A relevância da investigação dos gêneros
textuais reside, segundo Gulich (1986, p. 18, apud Marcuschi, 2008)), no fato de serem
usados pelos participantes da comunicação linguística como parte integrante de seu
conhecimento comum. Nesse sentido, um gênero seria uma noção cotidiana usada pelos
falantes que se apoiam em características gerais e situações rotineiras para identificá-lo. Tudo
indica que existe um saber social comum pelo qual os falantes se orientam em suas decisões
acerca do gênero de texto que estão produzindo ou que devem produzir em cada contexto
comunicativo.
Marcuschi nos apresenta também o conceito proposto por Heinemann & Viehweger
(1991, p. 111) de que “os falantes lançam mão de conhecimentos de três grandes sistemas
cognitivos para processar seus textos. Essas três esferas do saber são: saber linguístico; saber
enciclopédico; saber interacional”. (apud MARCUSCHI, 2008).
Como os gêneros textuais ancoram na sociedade e nos costumes e ao mesmo tempo
são parte dessa sociedade e organizam os costumes, podem variar de cultura para cultura.
Muitas vezes, refletem situações sociais peculiares com um componente de adequabilidade
estrutural, mas há um forte componente de caráter sociocomunicativo. Assim, deve-se levar
28
em conta o aspecto que diz respeito ao uso comunicativo dos diversos gêneros como
determinante de formas estruturais.
O autor supra citado ainda define que os gêneros são apreendidos no curso de nossas
vidas como membros de alguma comunidade. Nesse caso, os gêneros são padrões
comunicativos socialmente utilizados, que funcionam como uma espécie de modelo
comunicativo global que representa um conhecimento social localizado em situações
concretas. Sociedades tipicamente orais desenvolvem certos gêneros que se perdem em outras
tipicamente escritas e penetradas pelo alto desenvolvimento tecnológico. Os gêneros
observados em sua relação com a fala e a escrita resulta em uma visão antidicotômica ao
sugerir que eles:
a) São históricos e têm origem em práticas sociais;
b) São sociocomunicativos e revelam práticas;
c) Estabilizam determinadas rotinas de realização;
d) Tendem a ter uma forma característica;
e) Nem tudo neles pode ser definido sob o aspecto formal;
f) Sua funcionalidade lhes dá maleabilidade e definição;
g) São eventos com contrapartes tanto orais como escritas.
O aspecto central nesta questão é a impossibilidade de situar a oralidade e a escrita em
sistemas linguísticos diversos, de modo que ambas fazem parte do mesmo sistema da língua.
São realizações de uma gramática única, mas, do ponto de vista semiológico, podem ter
peculiaridades com diferenças bem acentuadas, de tal modo que a escrita não representa a
fala.
Essas distintas práticas sociais desenvolvidas nos diversos domínios discursivos que
sabemos que nosso comportamento discursivo num circo não pode ser o mesmo que numa
igreja e que nossa produção textual na universidade e numa revista de variedades não será a
mesma. Consequentemente, os domínios discursivos operam como enquadres globais e
superordenação comunicativa, subordinando práticas sociodiscursivas orais e escritas que
resultam nos gêneros.
Existe algum gênero ideal para tratamento em sala de aula? Ou será que existem
gêneros que são mais importantes que outros? Não existe uma resposta consensual para essas
questões. Os próprios PCN (1997) têm grande dificuldade quando chegam a este ponto e
parece que há gêneros mais adequados para a produção e outros mais adequados para a
leitura. Essa visão dos PCN é muito redutora no que diz respeito à diversidade de produção
textual; e essa visão se faz presente nos manuais de ensino de língua no ensino fundamental e
médio. Uma análise mais atenta a esses manuais mostra que há uma relativa variedade de
gêneros textuais presentes nessas obras. No entanto, também revela que a essa variedade não
corresponde uma realidade analítica. Pois os gêneros que aparecem nas seções centrais e
básicas são sempre os mesmos. Os demais gêneros figuram apenas para “enfeite” e até para
distração dos alunos. São poucos os casos de tratamento dos gêneros de maneira sistemática.
Atualmente, vêm surgindo novas perspectivas e novas abordagens que incluem até mesmo a
oralidade.
30
Há gêneros textuais ideais para o ensino da língua? A resposta é não. Mas é provável
que se possam identificar gêneros com dificuldades progressivas, do nível menos formal ao
mais formal, do mais privado ao mais público e assim por diante. No quadro abaixo
apresentamos alguns exemplos de Gêneros Textuais:
PROPAGANDA EDITORIAL
REPORTAGEM CHARGE
Os tipos de textos são classificados de acordo com sua estrutura, objetivo e finalidade.
Principais tipos textuais: narrativo; descritivo; dissertativo (expositivo e argumentativo);
instrucional ou injuntivo, preditivo e dialogal ou conversacional.
O texto narrativo é aquele que narra uma história através da sequência de fatos. A
sucessão de acontecimentos é contada por um narrador que apresenta os principais elementos
da narração Modalidade em que se conta um fato, verdadeiro ou não, que ocorreu em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.
Os elementos principais de um texto narrativo são: narrador (1ª pessoa ou 3ª pessoa);
personagens (principais, secundários, figurantes); tempo; cenário; enredo; ação (conflito). A
narrativa predomina nos seguintes gêneros: conto; fábula; romance; lenda; novela; piada;
depoimento; relato; crônica; etc. Apresentamos no quadro abaixo alguns exemplos de texto
narrativo.
Quadro 07: Exemplos de texto narrativo
A Rã e o Boi
Uma rã estava no prado olhando um boi e sentiu tal
inveja do tamanho dele que começou a inflar para
ficar maior.
Então, outra rã chegou e perguntou se o boi era o
maior dos dois.
A primeira respondeu que não – e se esforçou para
inflar mais.
Depois, repetiu a pergunta:
– Quem é maior agora?
A outra rã respondeu:
– O boi.
A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e
mais, até que arrebentou.
(Fábula de Esopo).
32
O texto descritivo é um tipo de texto que apresenta a descrição de algo, seja de uma
pessoa, um objeto, um local, etc. Assim, ele expõe apreciações, impressões e observações de
algo indicando os aspectos, as características, os detalhes singulares e os pormenores. É o
retrato que se faz por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. É criar com
palavras a imagem do objeto descrito.
Alguns recursos linguísticos relevantes na estruturação dos textos descritivos são: a
utilização de adjetivos, verbos de ligações, metáforas e comparações. O texto descritivo
predomina nos seguintes gêneros: cardápio, folheto turístico, anúncio, classificado, etc.
alimentador. A borda deve entrar no mas também de seriedade. As - O Antônio já saiu para o trabalho.
fax primeiro e depois aperte o botão e solteiras devem aceitar - Tudo bem. Obrigada.
o documento estará pronto para ser convites para festas, grupos de - Até logo.
enviado. estudo e reuniões de amigos, - Tchau!
pois nessas ocasiões poderão
conhecer alguém jovem e
comunicativo. As
comprometidas deverão
aproveitar a boa energia para
traçarem com o par o futuro do
casal. (Horóscopo).
Atividades de Aprendizagem
2.10 Síntese
Nesta segunda unidade discorremos sobre os gêneros textuais, a tipologia textual e os
gêneros literários. Em relação aos gêneros textuais partimos dos conceitos postulados por
Marcuschi (2008; 2010), o qual além de conceituar vai diferenciar gênero, tipologia e domínio
discursivo. Esses termos são importantes para melhor conhecimento sobre a temática
apresentada nessa unidade. Além dos conceitos, importância e diferenças, apresentamos
exemplos de gêneros textuais, tipologia textual e acrescentamos conceitos e exemplos de
gêneros literários.
2.11 Aprofundando o Conhecimento
2.11.1 Exercícios de Aplicação
• Exercício 01: Pesquise e organize conceitos, características e estrutura de 3 (três)
gêneros textuais apresentados como exemplos na aula 05.
• Exercício 02: Ler, estudar e revisar as aulas 05 e 06 para realização da prova objetiva.
2.11.2 Questão para Reflexão
• Leia e reflita a partir do que diz Marcuschi (2010, p. 28), “[...] os gêneros são uma
espécie de armadura comunicativa geral preenchida por sequências tipológicas de base
que podem ser bastante heterogêneas, mas relacionadas entre si. Quando se nomeia
certo texto como ‘narrativo’, ‘descritivo’ ou ‘argumentativo’, não se está nomeando o
gênero e sim o predomínio de um tipo de sequência de base”.
2.11.3 Leituras Indicadas
41
• Gênero, ensino e formação de professores, organizado por Eulália Vera Lúcia Fraga
Leurquin; José de Ribamar Mendes Bezerra e Maria Elias Soares. Essa obra apresenta
14 artigos com resultados de pesquisas realizadas no âmbito da descrição e análise de
gêneros, do ensino de línguas e da formação de professores.
• Língua, texto e ensino: outra escola possível, de Irandé Antunes. Essa obra apresenta
alguns textos que tratam sobre a língua sob novos olhares, o texto, a textualidade e os
gêneros textuais e também mostra o ensino sob novos olhares. É um livro voltado para
professores, pesquisadores, especialistas e professores em formação.
2.11.4 Site Indicado
• Educa mais Brasil: esse é um espaço para que as pessoas interessadas em temas
educativos postem seus textos sobre vários assuntos nesta área. Acesse o site:
www.educamaisbrasil.com.br
42
.......................................................................................................................................................
(1) Como frear o aumento da pobreza – especialmente a pobreza extrema – sem estourar ainda mais as
contas públicas, que já vinham em estado precário antes da pandemia, e que pioraram ainda mais com as
medidas de combate às consequências econômicas do coronavírus? O fim do auxílio emergencial deve jogar
cerca de 3,4 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza extrema, aumentando para 17,3 milhões o
número de pessoas que sobrevivem com menos de US$ 1,90 (pouco mais de R$ 10) por dia. Seria o pior índice
desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, em 2012.
(2) O auxílio emergencial, pago em parcelas que começaram em R$ 600 e terminaram o ano em R$
300, amenizou o sofrimento de milhões de famílias que viram sua renda cair ou desaparecer, à medida que
autoridades estaduais e municipais decretavam a suspensão de diversas atividades econômicas e restrições à
movimentação de pessoas. Foi uma tábua de salvação, assim como os acordos para a preservação de empregos,
com redução de jornada e salário ou suspensão de contrato. E esse pagamento é, provavelmente, o principal
responsável por reduzir as projeções de queda do PIB brasileiro em 2020 – no auge da pandemia, no inverno, o
44
(3) O auxílio custou R$ 322 bilhões, que o governo teve como gastar graças à aprovação de legislação
que dispensou o poder público das regras de controle fiscal. Apesar do custo e das suas consequências sobre os
cofres públicos, não há como argumentar contra o acerto desta medida. Mas a avaliação de que manter os
pagamentos em 2021 seria um grande risco unia até mesmo atores políticos que viviam trocando farpas por
outros motivos – caso da equipe econômica liderada pelo ministro Paulo Guedes e pelo presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que até o fim do ano passado se diziam contrários à prorrogação do
auxílio. Havia a esperança de que, quando os pagamentos terminassem, a pandemia já estivesse em retração e a
economia já estivesse se recuperando, criando emprego e renda.
(4) No entanto, 2021 começa sem boas perspectivas. O desemprego não caiu e os números diários de
novos casos e mortes por Covid-19 voltaram a subir no fim do ano passado. Governadores e prefeitos
retomaram a rotina de decretos restritivos, novamente afetando negócios que ensaiavam uma recuperação. É
este cenário que acena com o aumento da pobreza extrema e pede respostas, das quais a mais rápida seria
justamente o que era rechaçado até pouco tempo atrás. Mesmo o governo já considera a possibilidade de novas
rodadas de auxílio emergencial, preocupado com quedas nos índices de popularidade do presidente Jair
Bolsonaro. Os principais candidatos à presidência da Câmara também já falam abertamente do tema. E, no
Senado, já existem projetos de lei prorrogando tanto o auxílio quando o estado de calamidade pública, o que
daria ao governo uma nova licença para gastar acima dos limites legais.
(5) E isso nos traz de volta à questão inicial: é possível manter o socorro aos brasileiros mais pobres
sem criar ainda mais dívida? É possível remediar o presente sem colocar em risco o futuro e a confiança do
investidor no Brasil? Infelizmente, perdemos tempo precioso nesta discussão. No ano passado, a equipe
econômica havia sugerido a Bolsonaro um projeto de transferência de renda reforçado, bancado pela extinção
de benefícios considerados ineficazes, pagando mais que o Bolsa Família e incluindo mais pessoas – tudo isso
respeitando o teto de gastos, apesar da margem mínima que um orçamento altamente engessado deixa ao
governo. O presidente recusou a ideia e a trocou por uma gambiarra fiscal usando precatórios e dinheiro do
Fundeb. A confusão criada foi tanta que hoje pouco ou nada se fala daquela que seria a “marca social” de
Bolsonaro. E assim o Brasil pula de paliativo em paliativo, sem jamais atingir o objetivo de conciliar uma
política fiscal responsável e uma boa rede de proteção aos brasileiros mais miseráveis.
Observe que o texto apresentado possui vários parágrafos que compõem um texto
completo. Para produzir os textos dissertativos é necessário que se aprenda sobre sua
composição básica: o parágrafo.
“Como frear o aumento da pobreza – especialmente a pobreza extrema – sem estourar ainda mais as contas
públicas, que já vinham em estado precário antes da pandemia, e que pioraram ainda mais com as medidas de
combate às consequências econômicas do coronavírus?”
“é possível manter o socorro aos brasileiros mais pobres sem criar ainda mais dívida?” / “E assim o Brasil
pula de paliativo em paliativo, sem jamais atingir o objetivo de conciliar uma política fiscal responsável e uma
boa rede de proteção aos brasileiros mais miseráveis.”
Squarisi, Dad; Célia Curto. Redação para Concursos e Vestibulares - passo a passo (p. 42). Editora Contexto. Edição do Kindle.
Köche, Vanilda Salton; Boff, Odete Maria Benetti; Pavani, Cinara Ferreira. Prática textual. Editora Vozes.
Edição do Kindle
Nas palavras de Sena (2011), o que vai determinar a forma de elaboração da frase-
resumo estará sempre a depender das circunstâncias, do tema, por exemplo, a ser abordado, a
forma como o autor quer abrir o texto se ele quer prender mais ou menos a atenção do leitor,
se ele quer causar impacto. Enfim, depende de uma série de circunstâncias.
47
inseguranças. A razão: ela se tornou exigente. A qualquer falha, a criatura bota a boca no mundo e o pobre na
desmoralização. Isso sem falar nas delegacias de mulheres, que deixaram os machos desorientados. Basta ver
os processos que se empilham na Justiça.
(4) Até assédio sexual dá cadeia. Nada de sutilezas, portas fechadas, falas baixas, olhares maliciosos,
promessas veladas. O velho jogo da sedução ganhou novas regras. O verbo é ficar. Ele é macho soft, de
última geração, com tecnologia de ponta. Ela, fêmea produzida, corpo impecável, cartão de crédito na bolsa e
consciências dos direitos e deveres. Meter-se com a nova Eva? Só Renan e companhia desconectada. Os
sintonizados adotam encontros via internet, com imagens holográficas, sons eróticos e sensações sinestésicas.
Machos e fêmeas high tec não dão chance ao azar. O tempo passou na janela. Mas Calheiros não viu.
Squarisi, Dad; Célia Curto. Redação para Concursos e Vestibulares - passo a passo (pp. 53-54). Editora
Contexto. Edição do Kindle.
O parágrafo é uma composição básica com início, meio e fim. Desse mesmo modo, tal
estrutura de estende a construção de um texto dissertativo composto por um parágrafo de
introdução (início), com parágrafos de desenvolvimento (meio) e um parágrafo de conclusão
(fim). Mas para escrever parágrafos e compõem um texto é necessário que estejamos
conscientes de que há unidade, coerência e coesão como elementos essenciais.
Existem alguns mecanismos de coesão textual que precisamos conhecer, tais como:
• Coesão referencial: Acontece com a repetição diferenciada de elementos do próprio
texto. Refere-se antecipadamente a elementos que surgirão no texto ou que já foram
anteriormente citados, por exemplo, expressões adverbiais de lugar, pronomes
possessivos e demonstrativos.
• Coesão lexical: Mostra como é inevitável a presença da redundância na construção de
um texto como a repetição intencional de elementos anteriormente citados, mediante
uso de sinônimos ou expressões equivalentes.
• Coesão referencial acontece por: substituição, referência, coesão lexical, elipse e
conjunção.
a) Coesão por substituição: utiliza conectivos ou expressões tais como: diante do que
foi exposto, tudo o que foi dito, esse quadro, a partir dessas considerações para
sintetizar e retomar substantivos, verbos, expressões e partes de textos já referidos.
Exemplo: O temporal destruiu o telhado da escola. Em vista disso, as aulas foram
suspensas.
b) Coesão por referência: realiza-se pela referência de elementos do próprio texto. Para
efetivá-la, são usados pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos ou advérbios e
expressões adverbiais que indicam a localização. Exemplos: Ana é uma excelente
funcionária. Ela sempre cumpre as metas propostas.
50
c) Coesão lexical: usada para retomar ideias utilizando sinônimos, hiperônimos, nome
genéricos ou palavras do mesmo campo semântico. Exemplos: Nina adorava violetas,
por isso sempre tinha essas flores em sua casa. (flores hiperônimo)
• Suspeitava que pudesse estar com diabetes, por isso procurou um
endocrinologista. O médico, no entanto, após alguns exames, garantiu que ele
não estava com a doença. (Médico, o hiperônimo retoma endocrinologista),
(doença, o hiperônimo retoma diabetes).
• A escola estava aberta. Dezenas de alunos e professores circulavam nos
corredores. (palavras do mesmo campo semântico)
d) Coesão por elipse: ocorre com omissão de um item lexical que pode ser facilmente
recuperado no contexto. Exemplo: — Meu carro é vermelho. E o teu? - O meu é
cinza. (elipse do substantivo carro).
• Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa com a amiga ao telefone.
Por meio das conjunções, podemos estabelecer diversas relações de sentido entre
segmentos do texto. O emprego adequado dos operadores argumentativos garante a produção
de um texto coeso e coerente, caso contrário pode deixá-lo ilógico.
concentrar um dos vários aspectos que, juntos, formam o todo da composição. Não esquecer a
unidade, coerência e coesão, aspectos importantes em cada parte do texto.
No exemplo que veremos a seguir destacaremos cada parágrafo que compõe o texto e
os elementos de coesão serão destacados:
Estrutura do 1º parágrafo:
A posição da mulher na sociedade pós-moderna
Odete M.B. Boff
(1º) Homens e mulheres desempenham atualmente diferentes papéis nas mais variadas instâncias
sociais. No que se refere a essa questão, a sociedade vem reconhecendo a igualdade de condições entre
homens e mulheres?
Estrutura do 5º parágrafo:
(5º) É por isso que não existe motivo para considerar os homens superiores às mulheres, já que
não se verificam diferenças de caráter intelectual ou de qualquer outro tipo, a não ser na força física.
• Inicia o parágrafo com o operador argumentativo “por isso” para expressar uma
ideia de conclusão que se estende até o 6º parágrafo.
• Apresenta a solução-avaliação, pois responde à questão analisada: “não há motivo
para considerar os homens superiores às mulheres.
• Exemplo de mecanismo de coesão por conjunção: “É por isso [...]”
Estrutura do 6º parágrafo:
(6º) A igualdade de oportunidades, principalmente no mercado de trabalho, ainda não se
concretizou em sua plenitude. Mas, considerando-se o aumento qualitativo da efetiva presença feminina nos
diferentes âmbitos sociais, pode-se afirmar que a obtenção da verdadeira equiparação entre os membros de uma
sociedade, sem distinções de sexo, é apenas uma questão de tempo.
• Afirma que a igualdade ainda não se concretizou, porém é apenas uma questão de
tempo.
53
lobbies ligados à venda de material didático. De resto, vale lembrar um pormenor. É mais que oportuno
reconhecer que, entre as maiores virtudes da LDB, está a de, até onde é possível, deixar que cada comunidade e
não burocratas de Brasília defina o que lhe interessa. Aí, o espanhol ocupa o segundo plano.
(Editorial da Folha de S. Paulo)
Observe que pode não haver expressão de transição para iniciar a conclusão, por
exemplo, o uso de conjunção conclusiva, mas pode haver uma ligação implícita pelas relações
de sentido estabelecidas entres os parágrafos do texto para chegarmos ao o sentido geral dele.
Do ponto de vista gramatical, os textos dissertativo-argumentativos devem ser
redigidos:
• na variedade culta da língua portuguesa.
• devem convencer por meio de argumentos válidos e não por meio da apresentação
de opiniões de natureza subjetiva, por isso é texto em que se deve buscar a
objetividade.
• uma das formas de produzir sentido de objetividade é apagar as marcas linguísticas
do enunciador no enunciado, por isso recomendamos que se evite a 1ª pessoa do
singular (eu), optando pela redação em 3ª pessoa, ou 1ª do plural (nós).
• O uso do nós, embora seja pronome de 1ª pessoa, atenua os efeitos de subjetividade do
texto, na medida em que o autor, ao se denominar por nós, não se mostra como
indivíduo, mas como integrante de um todo, a comunidade a que pertence.
• a 1ª pessoa do plural também produz o efeito de inclusão do enunciatário, trata-se do
chamado nós inclusivo (eu + tu).
Fonte: (TERRA, 2019, p. 185-186)
Do ponto de vista gramatical, as palavras que funcionam como operadores
argumentativos são:
• os conectivos (notadamente as conjunções);
• os advérbios; e
• outras palavras que, dependendo do contexto, não se enquadram em nenhuma
das dez categorias gramaticais (são classificadas como palavras denotativas:
até, inclusive, também, afinal, então, é que, aliás etc.).
Fonte: http://www.revistas.unilab.edu.br/
Vejamos outros exemplos nos quais é importante observar o sentido expresso por eles:
“O governador possivelmente será candidato à reeleição.”
“Ninguém é obrigado a gostar da primazia do inglês. Mas é preciso ser bastante tolo
para não reconhecê-la.”
(2º) O projeto contraria a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). A LDB estipula a
obrigatoriedade do ensino de uma língua estrangeira moderna, cabendo à comunidade defini-la.
Também prevê, no ciclo médio, o ensino de um segundo idioma estrangeiro em caráter optativo. O
projeto que tramita no Congresso, ao tornar o espanhol obrigatório e silenciar sobre o inglês, teria
como resultado a substituição do hoje dominante inglês pelo espanhol, pois são poucas as escolas que
têm condições de ministrar mais de um idioma estrangeiro.
Modalizadores
• São expressões e categorias linguísticas pelas quais o enunciador exprime uma atitude
em relação àquilo que enuncia, se considera o que diz como provável, possível,
duvidoso, certo etc.
Uma das formas de modalizar enunciados é a escolha do modo verbal:
• caso se queira exprimir atitude de certeza, usa-se o indicativo;
• o subjuntivo exprime atitude de dúvida ou possibilidade e
• o imperativo, de ordem, de pedido.
• Além do modo, o emprego de certos verbos auxiliares modaliza o verbo principal.
Exemplo:
Quero concordar.
concordo.
• O uso de modalizadores tem o condão de atenuar certas afirmações, o que é muito útil
quando não se tem a certeza daquilo que se afirma.
Atividades de Aprendizagem
3.7 Síntese
Finalizando, o texto dissertativo:
• constrói uma opinião acerca de uma questão;
• utiliza argumentos consistentes para defender a posição assumida;
• pertence à ordem do argumentar;
• usa a dissertação como tipologia de base;
• é tipologicamente heterogênea;
• vale-se da linguagem comum;
• faz uso de formas usuais para encadear o texto;
• emprega o presente como tempo verbal predominante;
• constitui-se das partes: situação-problema,
• discussão e solução-avaliação;
• apresenta as qualidades discursivas: unidade temática, objetividade, concretude e
questionamento.
Fonte: KÖCHE, Vanilda Salton; BOFF, Odete Maria Benetti; MARINELLO, Adiane Fogali,
2017, p. 96-97.
Exercício 2
1) Construa uma nova versão do texto que segue, utilizando os mecanismos de coesão
que julgar adequados, visando torná-lo mais coeso.
TEXTO A
61
O estresse não só acontece nas grandes cidades, pois nossos antepassados já tinham
estresse, mas é importante salientar que as manifestações do estresse eram espaçadas no
tempo. As pessoas de pequenas cidades também têm estresse por preocupações, tensões do
dia a dia, instabilidade econômica do mercado, desemprego. Por outro lado, o estresse não
vem somente com coisas ruins, o estresse também vem nas situações em que aspiramos a
avançar mais. Ganhar na loto é um estresse do mesmo nível de uma demissão do emprego, só
que é chamado de estresse positivo (BACCARO, Archimedes. Vencendo o estresse.
Petrópolis: Vozes, 1997. p. 17 apud KRÖCHE, BOFF, PAVANI 2017, p. 340) – Adaptação
das autoras.
Exercício 3
TEXTO B
1Leia o texto extraído da Revista Vogue:
......................................................................................................................................................
4.1 Resumo
Segundo Motta-Roth e Hendges (2020), redigir, na Universidade, é produzir textos
acadêmicos com objetivos específicos. Gêneros acadêmicos como um resumo, uma resenha
um projeto de pesquisa ou um artigo científico têm funções diferentes e podem ser
reconhecidos pela forma com que são construídos. A partir desta aula estudaremos os gêneros
acadêmicos: resumo, resenha, projeto de pesquisa e artigo científico. Antes de apresentarmos
as informações sobre o que seja o Resumo Acadêmico, vamos iniciar lembrando que:
a) podemos fazer o resumo de um texto; e
b) podemos escrever um texto como um resumo com fins específicos usando para
isso esquemas textuais.
No resumo de textos:
b) Escrever um texto como um resumo com fins específicos é feito através de esquemas
textuais. Você já deve ter ouvido falar em resumo ou abstract, principalmente, se você
já pensou em se inscrever em eventos ou enviar trabalhos para eles.
• Exemplo de um resumo
64
Informativo: informa suficientemente o leitor para que este possa decidir sobre a
conveniência da leitura do texto na íntegra. Expõe finalidades, metodologia, resultados
e conclusões.
65
Crítico: também chamado de resenha, esse tipo de resumo tem como principal característica
a apreciação crítica da obra, ou seja, o texto é escrito a partir da análise do texto.
Fonte: https://slideplayer.com.br/
A ordem dos elementos textuais no Resumo Expandido são: título, nome dos autores,
resumo, palavras-chave (03 palavras ligadas ao tema), titulação dos autores (rodapé),
introdução, materiais e métodos, resultados e discussão, considerações finais e referências.
4.2 Resenha
69
A resenha crítica deve ser entendida como uma análise interpretativa. É uma
descrição minuciosa que compreende certo número de fatos. É, portanto, a apresentação do
conteúdo de uma obra e consiste na leitura, resumo, crítica e formulação de um conceito de
valor de uma obra, livro, filme, peça teatral. Deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de
pura descrição com momentos de crítica direta.
A resenha descritiva expõe os pormenores do conteúdo. Não pode ter julgamentos de
valor do resenhista; caso contrário, ela se caracteriza como uma resenha crítica. Nela são
apresentados os dados essenciais e mais profundos de uma obra, situando o público acerca do
que ela se trata. Na resenha descritiva não pode haver nenhum tipo de julgamento, apenas
itens como: nome do autor, ou mesmo autores da obra, título completo e exato da obra ou
mesmo artigo, nome da obra e também se for o caso da coleção que fará parte da obra, lugar e
data de publicação do processo e número de volumes e também de páginas.
A resenha temática toma como objeto um dado tema e ele é discutido pelo resenhista
a partir da contribuição de outros autores escolhidos por ele. Portanto, o tema é o foco da
discussão e a ele é trazido as contribuições dos autores escolhidos.
70
Quadro 21: Exemplo de parte do resumo: informações importantes sobre o enredo da obra
Essa é a história do garoto Auggie, que tem uma deformidade facial e está prestes a começar na escola
pela primeira vez. Com 10 anos, ele era ensinado em casa pela mãe, mas ela resolve que é hora de o menino
frequentar uma escola regular. É uma trajetória delicada, que cita inclusive as várias cirurgias pelas quais
Auggie passou, mas o grande diferencial é a linguagem simples. Tanto no livro como no filme, quase tudo é
narrado pelo ponto de vista de Auggie.
É uma atividade de pesquisa que depende de um planejamento prévio para que objetivos sejam
alcaçados. Esse planejamento de concretiza em uma estrutura textual com características próprias que
chamamos de projeto de pesquisa.
De modo geral, de acordo com Motta-Roth; Hendges (2020), é possível reconhecer um
projeto por algumas características tais sejam:
• Conteúdo de referência ao campo da ciência (itens lexicais que identificam conceitos,
objetos e atores sociais relativos a uma determinada área de conhecimento), por
exemplo, em história oral.
• Tom formal da linguagem, geralmente contendo termos técnicos e/ou abstratos e suas
definições.
• A estrutura do texto, geralmente organizado em partes que compõem a proposta da
pesquisa.
Essas questões são importantes e devem ser consideradas para auxiliarão na escolha e
delimitação de tema para a pesquisa e a traçar um roteiro de trabalho. Então, para elaborar o
texto de um projeto são necessárias as seguintes etapas:
Introdução: apresenta o objeto de estudo, o tema, o problema e seu contexto que
permita situá-lo em sua inter-relação com a sociedade, destaque a pergunta a ser respondida
pela pesquisa. (OBS: Nem todo projeto de pesquisa apresenta uma introdução, geralmente
depende do tipo de projeto e a que ele se destina).
Justificativa: apresenta a explicação para o desenvolvimento da pesquisa, conexões
do seu tema a outras pesquisas, bibliografias, descobertas recentes.
Problema de pesquisa: apresenta o problema de pesquisa que terá formato de uma
pergunta que deverá ser respondida no decorrer da pesquisa.
Exemplo:
Tema: O perfil da mãe que deixa o filho recém-nascido para a adoção.
Problema: Quais condições exercem mais influência na decisão das mães em dar os
filhos recém-nascidos para a adoção?
Hipótese - é uma possível explicação, resposta para sua pergunta. A busca pela
resposta a questão ajuda a definir o cronograma de pesquisa e a importância do projeto de
pesquisa.
Objetivos: apresentam-se duas partes que são:
• objetivo geral, é a definição do que será feito: explicar, entender, analisar, realizar
uma coleta de dados.
• objetivos específicos, estão diretamente relacionados com a justificativa, são aqueles
que buscam demonstrar exatamente o que se pretende com o assunto. Os verbos
indicados para iniciar esses objetivos são:
• Exploratórios (conhecer, identificar, levantar, descobrir)
• Descritivos (caracterizar, descrever, traçar, determinar)
74
Fundamentação teórica: apresenta uma breve pesquisa em outros autores que tem
estudos ou publicações sobre o tema que se pretende pesquisar, essas obras são chamadas de
referencial teórico. Situa-se nessas fontes, documentais ou bibliográficas e é necessária e
importante para a pesquisa. Traz citação das principais conclusões a que outros autores
chegaram. Permite destacar a contribuição da pesquisa realizada, além das contradições ou
reafirmar comportamentos e atitudes.
Metodologia: é a etapa em que será explicada como será desenvolvida a pesquisa com
seus métodos e materiais. É a apresentação das técnicas que serão usadas para coletar os
dados: entrevistas, uso de ferramentas de laboratório, se as informações serão retiradas de
livros, quais serão os gastos gerais, entre outras opções.
Resultados e/ou impactos esperados: é a etapa mais argumentativa do projeto, pois é
nela que você visa convencer de que a pesquisa é benéfica, relevante para determinado
seguimento ou para avanço da ciência em determinada área. É onde você cria as expectativas
de publicações que resultarão do projeto, patentes ou produtos.
Cronograma: é a forma de explicar em qual data se espera começar e terminar o
estudo. Apresentam-se as etapas dos trabalhos com meses e metas a serem alcançadas.
Referências bibliográficas: na maioria dos trabalhos acadêmicos apresentar-se-
ão citações de obras em sua fundamentação teórica, por isso as referências bibliográficas são
feitas como nos demais trabalhos acadêmicos, sempre respeitando as regras de catalogação
bibliotecária. As referências seguem uma ordem lógica, de acordo com as regras e normas da
ABNT.
A seguir vamos acompanhar as etapas de um projeto de pesquisa, tomando como
exemplo:
Título do projeto: OS CONFLITOS PELA POSSE DE TERRAS NO ACRE: o surgimento da Estrada
Transacreana.
Julho de 2011
Esta pesquisa pretende mostrar análise de pesquisas bibliográficas e fontes que trabalham o tema sobre os
conflitos no Acre, procurando mostrar que no caso específico da Estrada Transacreana, se formulou um conflito
pela posse da terra (que antes _ por uma política governamental_ havia sido cedida para fazendeiros, que
pretendiam expulsar todos os seringueiros desse local para a implantação da pecuária), onde os seringueiros, em
nome da causa comum organizaram-se para fazer valer seus direitos de posseiros. Mas por que escolheram a
luta armada em vez da luta judicial? E por que não brigavam para a permanência dos seringais, como em
Xapuri e Brasiléia? Qual a reação do governo da época com relação a essas lutas? O que resultou desses
conflitos? Veremos que a luta pela defesa de um bem comum, que nesse caso era a terra para trabalhar, é capaz
de mudar o tipo de organização social de uma região.
Justifica-se ainda pela necessidade da compreensão teórica do que são conflitos e qual as suas
consequências na sociedade. Compreende-se também como importante pesquisar este conflito, porque
não há nenhuma bibliografia que descreva historicamente tais acontecimento que culminaram na
formação da Estrada Transacreana.
Objetivos Específicos
• Identificar os períodos e locais onde ocorreram os auges dos conflitos pela posse da terra no Estado do
76
Acre;
• Especificar os aspectos que diferiram o conflito ou levante popular ocorrido na área que hoje
corresponde a região da Estrada Transacreana das outras áreas acreanas e contextualizar como esses
conflitos por terra resultaram na Reforma Agrária em nossa.
Quadro 25: Exemplo de Fundamentação Teórica (apenas um trecho da fundamentação do projeto citado)
A História faz-se da elaboração de uma tese que segue determinada teoria. Por isso é preciso saber para
que serve a história. Segundo Loiva Felix (1998.p.63) “ela contribui para formar pessoas cujas opiniões
sejam mais livres, que sejam capazes de submeter informações com que são bombardeadas a uma análise
lúcidas, mais capazes de agir com conhecimento da causa, menos enredados nas malhas de uma
ideologia”. A palavra História é de origem indo-europeia e tem como significado o verbo ver. Em grego e em
latim possui um significado mais amplo tomando um sentido que relaciona a raiz da palavra história a ideia,
pensamento. Segundo Félix, a história é construída a partir do olhar do historiador, podendo este tornar um
objeto velho em uma nova história a partir da utilização de novos procedimentos (técnicas, métodos e suporte
documentais) e novos pressupostos (tema e teoria). Neste sentido a história é sempre um dado novo. A
memória é a matéria-prima da construção histórica, que sendo manuseada pelo historiador, transforma-a em
história-conhecimento, moldando-a a seu tempo, por isso, o historiador tem que desaprender-se do olhar
positivista e compreender a história a partir de um processo sempre em construção.
procedimentos e pressupostos que devem ser seguidos para a formulação da pesquisa, não só histórica, mas de
todos aqueles que desejam realizar algum trabalho que contenha uma finalidade.
Portanto, elaborar um projeto de pesquisa é dar um norte de como preparar a organização daquilo que se deseja
alcançar.
Título e subtítulo, se houver, separados por dois-pontos (:); nome (s) do (s) autor (es); filiação
científica do (s) autor (es), em nota de rodapé.
Elementos Textuais:
• Introdução: Início do artigo, onde devem constar: a delimitação do assunto tratado, os
objetivos e outros elementos necessários para situar o tema do artigo.
• Desenvolvimento: Parte do artigo, que contém a exposição ordenada e detalhada do
assunto tratado. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da
abordagem do tema e do método. No desenvolvimento podem aparecer as seções
como metodologia (materiais e métodos) e resultados ou ainda aparecer seções de
conteúdos relacionados a temática da pesquisa.
• Conclusão: Parte final do artigo, na qual se apresentam as conclusões correspondentes
aos objetivos e hipóteses.
RESUMINDO:
A estrutura do artigo científico, de maneira geral, apresenta:
• resumo, palavras-chave;
• introdução;
• metodologia/materiais e métodos;
• resultados/discussão;
• considerações finais;
• referências.
Algumas dicas são importantes. Esteja atento em assimilar todo vocabulário possível
referente a sua área de saber, pois ele será importante na produção textual dos gêneros
acadêmicos. Isso você pode adquirir com leituras. Para a aquisição de vocabulário é bom criar
um caderno de anotações em que você registra cada palavra aprendida, em particular, a
especificidade vocabular da sua área. Além disso, esteja atento a questões ortográficas, por
exemplo. É importante revisar o texto antes de entregar uma versão final.
Há de se dizer que não se recomenda que textos técnico-acadêmicos sejam escritos em
1ª pessoa (eu), pois o texto deve ter a marca da impessoalidade. Então, vamos passar a
questões de gramática aplicadas ao texto.
• (Eu) reconheço...,
• Minha conclusão...,
• Procurei demonstrar...
Observe o exemplo:
“A violência escolar é um problema que envolve toda a comunidade. Do núcleo familiar ao convívio em
sociedade, é o Estado, contudo, o responsável por oferecer as condições necessárias para a redução do
problema até a sua quase eliminação.”
Certo: “Maria chegou atrasada, falou com Alice, e Pedro não disse nada.”
Errado: “Maria chegou atrasada falou com Alice e Pedro não disse nada.”
85
Certo: “Os professores da rede pública trabalham muito, mas recebem pouco no Brasil.”
Errado: “Os professores da rede pública trabalham muito, mais recebem pouco no Brasil.”
Acentuação: Acento agudo: Ditongos abertos (ei e oi) não são mais acentuados em palavras
paroxítonas, ou seja, as palavras que têm ditongo aberto na penúltima sílaba (quando ela for a
mais forte) perderam o acento.
Hífen: com o novo acordo, não ocorrerá o uso do hífen em compostos que perderam a noção
de composição.
• Como era: manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista.
• Como ficou: mandachuva, paraquedas, paraquedista.
Além disso, quando o prefixo de uma palavra termina em vogal e possui o segundo
elemento começado por “r” ou “s”, as consoantes dobram e o hífen desaparece.
Porém, quando são utilizados os prefixos “hiper”, “inter” e “super”, o hífen deve ser
mantido. Por exemplo: inter-racial, super-resistente, hiper-realista e super-racional.
Quando o prefixo de uma palavra termina em vogal e o seu segundo elemento começa
com uma vogal diferente, a escrita dela não possuirá hífen.
86
4.5.8 Campo lexical é formado pelas palavras que derivam de um mesmo radical. Assim, o
campo lexical ou a família da palavra “pedra”, seria: pedregulho, pedraria, pedreira,
pedrinha, dentre outros. Campo lexical compreende ainda as palavras que pertencem à
mesma área de conhecimento:
a) Escola: professor, caderno, aula, livro, apostila, material escolar, diretor, etc.
b) Internet: web, página, link, internauta, portal, blog, site, etc.
c) Informática: pen drive, software, hardware, programas, gigabite, memória
RAM, etc.
d) Linguagem bíblica: mandamentos, Jesus, Novo Testamento, Apocalipse, Céus,
Inferno, discípulos, etc.
87
4.5.9 Campo semântico é o conjunto dos significados, dos conceitos, que uma palavra
possui. Um mesmo termo tem ou pode ter vários sentidos, os quais são escolhidos de
acordo com o contexto abordado. Assim, são exemplos de campos semânticos:
a) levar: transportar, carregar, retirar, guiar, transmitir, passar, receber.
b) natureza: seres que constituem o universo, temperamento, espécie, qualidade.
c) nota: anotação, breve comunicação escrita, comunicação escrita e oficial do
governo, cédula, som musical, atenção.
d) breve: de pouca duração, ligeiro, resumido.
Atividades de Aprendizagem
4.6 Síntese
Nessa unidade estudamos:
Exercício 2
88
1) Procure periódicos que tenham seção de resenhas e analise esses textos para ter uma
ideia de como se resenha livros na sua área: História. Compare esses textos identifique
neles o esquema de resenha acadêmica mostrada na aula de hoje.
Exercício 3
1) Reflita e escreva um tema de seu interesse dentro da área do conhecimento de seu curso
de graduação.
2) Depois pesquise e anote três autores/obras que tratem do tema de seu interesse. Guarde
essa anotação que em momento oportuno você poderá recorrer a ela.
3) Pesquise um artigo científico dentro da sua área de saber e de acordo com ele:
a) Selecione, ao menos, 10 palavras e organize campos lexicais para cada uma delas,
conforme exemplos dados no slide 25.
b) Identifique as partes que compõem um artigo científico.
REFERÊNCIAS
COSSON, Rildo. Círculos de leitura e letramento literário. São Paulo: Contexto, 2017.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 50.ed. São
Paulo: Cortez, 2009.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática docente. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
KÖCHE, Vanilda Salton; BOFF, Odete Maria Benetti; PAVANI, Cinara Ferreira. Prática
textual: atividades de leitura e escrita. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. E-Book Kindle.
KÖCHE, Vanilda Salton; BOFF, Odete Maria Benetti; PAVANI, Cinara Ferreira. Leitura e
produção textual: gêneros textuais do argumentar e expor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. E-
Book Kindle.
KÖCHE, Vanilda Salton; MARINELLO, Adiane Fogali. Ler, escrever e analisar a língua a
partir de gêneros textuais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019. E-Book Kindle.
OLIVEIRA, Maria Marly. Como fazer pesquisa qualitativa. 5.ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2013.
SENA, Odenildo. A engenharia do texto: um caminho rumo à prática da boa redação. 4.ed.
Manaus: Editora Valer, 2011.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova
pedagogia da leitura. 10.ed. São Paulo: Cortez, 2005.
SQUARISI, Dad; CURTO, Célia. Redação para concursos e vestibulares: passo a passo.
São Paulo: Contexto, 2013. E-Book Kindle.
TERRA, Ernani. Práticas de leitura e escrita. São Paulo: Contexto, 2019. E-Book Kindle