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ITAPERUNA
2020
COVID E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
1- INTRODUÇÃO
A epidemiologia é uma área que visa a compreensão das causas que determinam a
frequência e a distribuição das doenças na sociedade. A clínica médica tem como foco a
compreensão da doença única e exclusivamente no indivíduo. Já a epidemiologia abrange os
problemas de saúde em um grupo de pessoas. Portanto, pode-se perceber a grande influência
que a demografia exerce sob a epidemiologia, uma vez que analisa populações. Segundo a
Associação Internacional de Epidemiologia (1973), a epidemiologia possui três objetivos
principais. O primeiro objetivo implica no detalhamento da distribuição e da magnitude dos
problemas de saúde de uma determinada população. O segundo objetivo explicita a
necessidade da geração de dados essenciais para planejamento e execução das ações de
controle, prevenção e tratamento das enfermidades. Já o terceiro objetivo tem por finalidade a
identificação dos fatores etiológicos na gênese das doenças (PEREIRA, 2001).
A vigilância epidemiológica é uma vertente da epidemiologia prevista pela lei nº
8080/90 como uma soma de ações que geram o conhecimento indispensável sobre a história
natural da doença, além da detecção de qualquer alteração nas causas que determinam a
qualidade da saúde individual ou coletiva. Ela possui a função de adotar medidas que visam a
prevenção e o controle de doenças. Dessa forma, esse estudo é de extrema importância para o
fornecimento de uma orientação técnica para os profissionais de saúde, que por sua vez,
possuem a responsabilidade da decisão sobre a execução das medidas estabelecidas pelo
estudo. Para que esse fluxo de informações entre a vigilância epidemiológica e os
profissionais de saúde ocorra com qualidade, é de suma importância a notificação das
doenças e agravos, além dos fatores determinantes em uma população definida. Dessa
maneira, o treinamento da equipe de saúde, baseado na importância da notificação de
doenças, gerará uma coleta de dados cada vez mais efetiva. Esse é um ponto crítico, uma vez
que a qualidade da assistência epidemiológica em um determinado local é baseada nos dados
coletados anteriormente da forma mais fidedigna possível (WALDMAN, 1991).
Os estudos referentes a epidemiologia são fatores fundamentais no monitoramento de
qualquer doença, como já foi explicado. Todavia, torna- se ainda mais evidente em casos de
pandemia, como a do Covid-19. Um exemplo claro da urgência necessária é que de de 11 de
fevereiro de 2020, data do primeiro caso de COVID-19 confirmado, a 5 de maio de 2020
houveram cerca de 100 mil casos reportados e 9897 mortes pelo vírus. Portanto, pode-se
perceber que detecção e notificação dos indivíduos infectados deve ser feita o mais rápido
possível é um fator primordial para o monitoramento e controle da pandemia. É nesse
contexto que as ações de vigilância epidemiológica apresentam o papel de fornecer os dados
aos gestores para a tomadas de decisões, como a avaliação do fechamento do comércio.
Porém, a grande desigualdade social, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde e o difícil
acesso aos testes geram um enorme sub-registro de casos da doença. Esses fatores impactam
na qualidade do monitoramento da pandemia, e contribuem para a continuação da
transmissão do vírus, que possui altos índices de morbimortalidade para a população
(CORREA, 2020).
2- OBJETIVOS
O presente artigo visa auxiliar o público-alvo - população brasileira - em relação à
importância da vigilância epidemiológica no enfrentamento da Covid-19 e na prevenção de
agravos da doença. Pretende-se evidenciar a relação benéfica e recíproca entre a divulgação
dos boletins epidemiológicos e as consequentes mudanças no cenário caótico de saúde
pública brasileira, provocadas pelo agravamento da infecção pelo SARS-CoV-2.
3- METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida com base em pesquisas
secundárias em plataformas digitais, tais como PUBMED e SciELO. Procurou-se utilizar
textos contemporâneos e bem recentes acerca da relação entre a vigilância epidemiológica e a
doença Covid-19.
4- DESENVOLVIMENTO
Aeroporto 19 194
Boa Vista 0 32
Bom Pastor 1 21
Caiçara 4 15
Capelinha 0 9
Carulas 0 128
Castelo 1 35
Cehab 17 512
Centro 8 205
Costa e Silva 1 37
Fiteiro 5 211
Frigorífico 2 111
Guaritá 0 42
Horto 3 55
Florestal
Lions 3 110
Marca Tempo 2 20
Matadouro 0 65
Matinada 0 7
Niterói 6 184
Pque. Colibri 0 21
Primavera 0 10
São Manoel 0 60
Surubi 10 148
1º Distrito 0 19
N. Sra Penha 0 45
Itajara 1 6
Venâncio 8 99
Ret. Muriaé 3 98
Boa Ventura 4 79
Raposo 2 90
Histórico de 4.251
Positivos
Óbitos por 87
COVID-19
5- CONCLUSÃO
Diante desse cenário, percebe-se que a vigilância epidemiológica aliada às ciências
humanas e sociais, visa às ações de prevenção de saúde, identificando, analisando e
divulgando informações da doença. Sendo assim, tem como objetivo levar a população o
conhecimento da doença para que ela possa ser erradicada.
Por meio dessa ciência, é possível saber dos dados das doenças na cidade promovido
pelas notificações compulsórias que permitem a realização de boletins epidemiológicos
diários. Com base nisso, sabe-se que, até o dia 30 de Outubro de 2020, o Covid-19 no
município de Itaperuna-RJ teve um total de 4.251 casos, com 105 óbitos.
Para chegar a esses dados são coletadas informações de diversos distintivos de saúde,
dentre eles laboratórios e ambulatórios de saúde tanto públicos quanto privados. Isso permite
que estratégias especiais de saúde sejam traçadas para, assim, reduzir a disseminação da
doença, como o Covid-19. Todavia essa doença ainda é um desafio para o sistema de
vigilância de saúde.
6- REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde. Painel Interativo Situação do COVID no Brasil. Brasil. 30 out, 2020.
Disponível em: https://susanalitico.saude.gov.br/extensions/covid-19_html/covid-19_html.html
CARVALHO, Magna Maria de. Vigilância Epidemiológica. Goiás: Secretaria de Estado de Saúde,
2020. Disponível em: https://www.saude.go.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia-epidemiologica.
Acesso em: 02 nov. 2020.
CORRÊA, Paulo Roberto Lopes et al. A importância da vigilância de casos e óbitos e a epidemia da
COVID-19 em Belo Horizonte, 2020. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 23, p. e200061, 2020.
ROUQUAYROL, Maria Zélia; ALMEIDA FILHO, Naomar. Epidemiologia e Saúde. 6ed. Rio de
Janeiro: MEDSI, 2003.
TEIXEIRA, Maria Glória et al. Reorganização da atenção primária à saúde para vigilância universal e
contenção da COVID-19. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 29, p. e2020494, 2020.