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Título: BRINCANDO, BRINCANDO APRENDI A TABUADA

Autor: Jussara Aparecida Rentz de Anhaia


Disciplina/Área: Educação Especial
Escola de Implementação do Colégio Estadual “Prof. Leandro Manoel da
Projeto e sua localização: Costa”

Município da escola: Piraí do Sul

Núcleo Regional de Educação: Ponta Grossa


Professor Orientador: Daiana Camargo
Instituição de Ensino Superior: UEPG - Universidade Estadual de Ponta
Grossa

Relação Interdisciplinar: Matemática, Língua Portuguesa, Geografia.


A motivação para a pesquisa/intervenção tem
Resumo:
origem na dificuldade dos alunos com necessi-
dades educacionais especiais de sala de re-
cursos do Colégio Est. Prof. Leandro Manoel
da Costa em compreender, aprender e memo-
rizar a tabuada, instrumento fundamental ao
avanço das operações matemáticas. Entende-
mos que as dificuldades de aprendizagem são
marcas na vida de muitas crianças, causando
problemas no processo ensino-aprendizagem,
podendo desencadear bloqueios para a vida
toda. Desta forma, pensamos que as ativida-
des educacionais lúdicas favorecem o desen-
volvimento físico, intelectual, emocional e con-
tribuem de maneira significativa para o desen-
volvimento dos educandos especiais, devendo
ser aplicado como estratégia metodológica di-
ante de um planejamento preparado e ade-
quado. Diante desses aspectos, justificamos a
necessidade de se estudar o lúdico como es-
tratégica metodológica para ensino de mate-
mática.

Palavras-chave: Inclusão; tabuada; jogos; lúdicos; apren-


dizagem.

Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico


Público: alunos com necessidades educacionais espe-
ciais de Sala de Recursos Multifuncional tipo I

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BRINCANDO, BRINCANDO
APRENDI A TABUADA

PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA


Autora: JUSSARA A. RENTZ DE ANHAIA

Orientadora: DAIANA CAMARGO

Colégio: Prof. LEANDRO MANOEL DA COSTA


Município: PIRAÍ DO SUL
N.R.E: PONTA GROSSA
Instituição de Ensino Superior: UEPG - UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE PONTA GROSSA
Disciplina/Área: EDUCAÇÃO ESPECIAL

- Trilha da multiplica- educacionais especiais


Unidade Didática: de Sala de Recursos
ção
Brincando, brincando Multifuncional tipo I
Sugestões:
aprendi a tabuada
- Tabuada dos dedos
Localização :
- Vídeos
Material concreto para a Colégio Estadual Pro-
multiplicação: - Textos para funda-
fessor Leandro Manoel
mentação teórica
- Dobrando a tabuada da Costa, situada a
- Tabuada de tampinhas Avenida 5 de março,
Relação Interdisciplinar número 170, na cidade
- Tabuada das linhas
Geografia – Língua Por- de Piraí do Sul – PR
tuguesa - Matemática
Jogos:
- Tabela de Pitágoras Público Alvo :
- Bingo da multiplicação alunos com necessidades

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RESUMO
A motivação para a pesquisa/intervenção tem origem na dificuldade
dos alunos com necessidades educacionais especiais de sala de re-
cursos do Colégio Est. Prof. Leandro Manoel da Costa em compreen-
der, aprender e memorizar a tabuada, instrumento fundamental ao
avanço das operações matemáticas. Entendemos que as dificuldades
de aprendizagem são marcas na vida de muitas crianças, causando
problemas no processo ensino-aprendizagem, podendo desencadear
bloqueios para a vida toda. Desta forma, pensamos que as atividades
educacionais lúdicas favorecem o desenvolvimento físico, intelectual,
emocional e contribuem de maneira significativa para o desenvolvi-
mento dos educandos especiais, devendo ser aplicado como estraté-
gia metodológica diante de um planejamento preparado e adequado.
Diante desses aspectos, justificamos a necessidade de se estudar o
lúdico como estratégica metodológica para ensino de matemática.

Palavras chave: Inclusão; tabuada; jogos;


lúdicos; aprendizagem

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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 5

1 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS PARA APRENDIZAGEM DA 7


MULTIPLICAÇÃO NA SRM - TIPO I

1.1 Educação especial: a especificidade das salas de recurso 8

1.2 A matemática e o lúdico: reflexões na prática pedagógica 11

2 CURIOSIDADES SOBRE A MATEMÁTICA 14

3 MATERIAL CONCRETO 14

3.1 Dobrando a Tabuada 16

3.2 Tabuada de Tampinhas 19

3.3 Tabuada das Linhas 22

4 JOGOS 22

4.1 Tabela de Pitágoras 24

4.2 Bingo da Multiplicação 26

4.3 Trilha da Multiplicação 28

4.4 Jogo Quebra –cabeça 30

4.5 Jogo Dodecaedro 31

5 SUGESTÕES 33

5.1 Tabuada dos Dedos 33


5.2 Outras atividades e material complementar para aulas de matemática: 35

5.3 Sugestões de textos para aprofundamento teórico: 35

5.4 Vídeos 36
REFERÊNCIAS 36

APÊNDICE 37

4
APRESENTAÇÃO
As dificuldades de aprendizagem são realidade na vida de muitas crianças, causando
problemas no processo global ensino-aprendizagem, podendo desencadear bloqueios
para a vida toda. Desta forma, entendemos que as atividades educacionais lúdicas
favorecem o desenvolvimento físico, intelectual, emocional e contribuem de maneira
significativa para o desenvolvimento dos educandos especiais, devendo ser aplicado
como estratégia metodológica diante de um planejamento preparado e adequado.
Os alunos de Sala de Recursos Multifuncional – SRM, tipo I, apresentam mui-
tas dificuldades na aprendizagem, principalmente no que se refere a disciplina de
matemática. Durante a experiência como professora de sala de recursos foi possível
observar que a tabuada é um dos conteúdos da matemática no qual são apresentados
inconsistências no entendimento dos processos, a maioria dos alunos chegam sem a
compreensão necessária das operações básicas que antecedem o multiplicar, fragili-
zando a aprendizagem desta operação. Identificamos que não há aprendizagem da
ação de multiplicar nem tão pouco a memorização, consequentemente terá dificulda-
des nas resoluções das operações de maior complexidade, divisões, problemas e cál-
culos avançados envolvendo fórmulas mais complexas. Portanto, se faz necessário
uma pesquisa aprofundada sobre a tabuada, para inovar em metodologias e jogos en-
volvendo a ludicidade para que o aluno aproprie-se da compreensão, aprendizagem e
memorização da tabuada.
Diante desses aspectos, justificamos a necessidade de se estudar o lúdico co-
mo estratégica metodológica para ensino de matemática (em específico a tabuada)
na mediação pedagógica do processo ensino-aprendizagem de alunos com necessida-
des especiais que frequentam a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I.

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Apresentamos como ponto de partida para a proposta de pesquisa e in-
tervenção a dificuldade dos alunos com necessidades educacionais especiais de sala
de recursos do Colégio Est. Prof. Leandro Manoel da Costa em compreender, apren-
der e memorizar a tabuada, instrumento fundamental ao avanço das operações ma-
temáticas. Diante disso, o que os alunos revelam sobre seu processo de aprendiza-
gem da tabuada quando são inseridos em situações que envolvem o jogo como recur-
so metodológico? Como o jogo pode contribuir com a aprendizagem da tabuada dos
alunos em sala de recurso?
Apresentamos como objetivo, construir o conceito da multiplicação a partir de
um cenário que privilegie o contato com material concreto e o uso de jogos, minimi-
zando as dificuldades no processo de ensino-aprendizagem dos alunos em Sala de
Recursos Multifuncional tipo I.
Deste objetivo geral decorrem os seguintes objetivos específicos: apresentar
o conceito da multiplicação por meio dos jogos; proporcionar o reconhecimento da
tabuada como organização de um múltiplo grupamento de valores; sistematizar os
dados utilizando a linguagem matemática adequada a situação de multiplicação.

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A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS PARA APRENDIZAGEM DA
MULTIPLICAÇÃO NA SRM - TIPO I
Tendo em vista a problemática apresentada e a necessidade de um movimento
formativo teórico-prático para a superação das dificuldades apontadas no âmbito da
aprendizagem da matemática, buscamos referenciais teóricos que nos auxiliem a
pensar tal temática. Apresentamos uma breve contextualização da SRM tipo I, tra-
tamos das dificuldades de aprendizagem relacionadas a matemática amparados na
perspectiva de construção conceitual do número e da organização do raciocínio ma-
temático, para o qual optamos pelos escritos de Jean Piaget (1972/1973) e as dis-
cussões apresentadas por Constance Kamii (1990) quanto ao lúdico e aos jogos na
aprendizagem.

Educação especial: a especificidade das salas de recurso

As discussões sobre os direitos das pessoas com algum tipo de deficiência foi
se intensificando a partir da década de 70, quando pessoas interessadas em um
atendimento mais digno a essas pessoas, mobilizaram-se e organizaram instituições
como as APAEs, que surgiram a fim de atender esse público.
A LDB n. 4024/61 - inovou destinando um espaço para a educação especial,
onde ofertava serviços educacionais aos portadores de deficiência, com o termo
“educação de excepcionais”, mais tarde na LDB nº 5.692/71 o público alvo atendido
na educação especial foi definido com maior clareza em seus termos. Na atual legis-
lação educacional (LDB nº9394/96), aparecem termos ora como “educandos com ne-
cessidades especiais”, ora como "educandos portadores de necessidades especiais”.
No Paraná o grande passo sobre a educação especial se deu no ano de 2004,
quando foi ofertado no concurso público a modalidade “Educação Especial”, na opor-
tunidade foram nomeados 4.555 professores especializados ao Quadro próprio do
Magistério. Isso contribuiu para promover o atendimento especializado em dois as-
pectos: na extensão de apoios na rede pública e na melhor qualificação dos profes-
sores da rede pública. (Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Cons-
trução de Currículos inclusivos p. 34).

¹SRM – de acordo com a instrução n. 16/11 do Estado do Paraná a nomenclatura refere-se a Sala de Recursos
Multifuncional.

7
Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica é um aten-
dimento educacional especializado, de natureza pedagógica que comple-
menta a escolarização de alunos que apresentam deficiência Intelectu-
al, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvi-
mento e transtornos funcionais específicos, matriculados na Rede Públi-
ca de Ensino. (INSTRUÇÃO N° 016/2011 – SEED/SUED p.1)

Portanto as SRM tipo I, é extremante importante para a inclusão dos alunos


com necessidades educacionais especiais, esses que amargavam várias reprovações
por não ter um atendimento especializado, passaram a ser atendidos nestes espa-
ços em contra turno, possibilitando um melhor aproveitamento educacional ensino
aprendizagem, as salas deixaram para trás a visão de segregação e discriminação
trazendo um trabalho compartilhado e multidisciplinar envolvendo toda a comunida-
de escolar, promovendo a socialização e contribuição de todos, ao alunos frequentam
a SRM tipo I em contra turno, sem deixar de frequentar o ensino regular, esse
apoio com o professor especializado é necessário para aprimorar seu conhecimento,
aja visto que por uma dificuldade seja ela qual for, o aluno necessita de atenção es-
pecífica e direcionada, vale ressaltar a interação do professor da sala de recursos
com os demais professores é essencial para um bom desenvolvimento do trabalho em
questão, pois o professor especializado precisa estar bem informado sobre o de-
sempenho de seus alunos em sala com os demais professores, para que juntos pos-
sam ajudá-lo no que for preciso, buscando sempre a valorização e enriquecimento
educacional dos alunos.

A matemática e o lúdico: reflexões na prática pedagógica

Tendo como ponto de partida as dificuldades de aprendizagem vivenciadas ao


tratarmos do ensino da tabuada, buscamos elementos teóricos que associem a mate-
mática e a ludicidade, que venham a nos fundamentar para o aprimoramento das prá-
ticas pedagógicas na SRM tipo I
Segundo o dicionário etimológico: a palavra Lúdico, vem do latim ludus, que significa:
exercício, drama, teatro, circo e também possui o significado de escola onde exista
muitos exercícios (militar, de gladiadores, primária, de ler e escrever), significa
também exercício escolar (magister ludi).
Portanto, o lúdico quer dizer prazer, alegria, brincadeira, esse conceito nos
remete a uma aprendizagem diferenciada onde o aprender relacionado ao brincar,
porém sem deixar de ser uma tarefa extremamente séria e comprometida.

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Luckesi (1998) ao tratar ludicidade destaca que a atividade lúdica é aquela que
propicia a “plenitude da experiência”, podendo ser divertida ou não, o que realmente
caracteriza a ludicidade é a experiência plena que proporcionou ao indivíduo que a
vivenciou, Ele ainda exemplifica sobre as experiências pessoais, o quanto ficariam
mais ricas e agradáveis para se compreender se fossem envolvidas em ludicidade,
preparando para a vida. Toda e qualquer situação da vida pessoal quando encarada
com ludicidade de forma prazerosa, livre, sem limites ou restrições transforma-se
em puro prazer, isso traz ao indivíduo a plenitude nas experiências vividas.
Ao tratarmos da aprendizagem da matemática pelo viés lúdico, encontramos impor-
tantes contribuições nos escritos de Piaget (1972), nos quais o autor destaca que os
jogos e as brincadeiras não são apenas atividades lúdicas que servem para alegrar e
entreter as crianças, mas é também uma importante arma para o desenvolvimento
intelectual e cognitivo. Esses tornam-se cada vez mais significativos de acordo com
o seu desenvolvimento natural. Enfatiza também a grande importância da autonomia,
onde a criança manipula diferentes materiais buscando o seu conhecimento de modo
autônomo, assim a própria criança alcança novos níveis saindo do concreto para o
abstrato aperfeiçoando a linguagem escrita.

O jogo é, portanto sob as suas duas formas essenciais de exercício


sensoriomotor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade
própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o
real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso os métodos
ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crian-
ças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a
assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteri-
ores à inteligência infantil. (PIAGET, 1972 p. 158)

Partindo do pressuposto que a criança aprende com a intercessão do lúdico,


por meio dos estímulos oferecidos através dos brinquedos, faz com que aguce seus
sentidos, explore o ambiente e consequentemente a leve ao aprendizado. Assim
compreendemos que o lúdico deve acompanhar as ações de ensino e aprendizagem
ao longo da vida do indivíduo auxiliando-o na aquisição de novos conhecimentos.
Infelizmente as brincadeiras vão se perdendo com o tempo e jogos que poderiam
estimular para aprender e compreender é deixado de lado, dando ênfase apenas ao
conteúdo puro e simples nas escolas, portanto pretende-se com este projeto estu-
dar o ensino da matemática a “vilã” entre os alunos, mais especificamente ao estudo
da tabuada.

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Sobre o ensino da matemática, Kamii (1990) traz reflexões importantes sobre
as teorias de Piaget, no que diz respeito ao número, ela defende aspectos como:
igualdade; conservação; contra-argumentação; quotidade (significa quantidade). Es-
ses aspectos são amplamente defendidos baseando-se nas provas piagetianos, os
quais possibilita ao pesquisador observar a reação da criança quando apresentada ao
teste.
Kamii (1990) sugere que a criança quantifique objetos na escola, pois este
exercício ajuda a construir a ideia de número, a criança precisa ter contato com
quantidades mesmo que ainda não tenha esse conceito totalmente interiorizado, ela
precisa de experiências e vivencias para que este processo possa acontecer, por isso
defende que o simples fato de ir comprar pão por exemplo, mesmo que ela ainda não
saiba contar o dinheiro, esta experiência vai trazer o aprendizado prático e concre-
to, assim como em qualquer outra situação vivenciada por ela que envolva ou não o
dinheiro.
Assim como Piaget, Kamii (1990) acredita na evolução e interação da criança, a
aprendizagem pode ocorrer de modo crescente saindo do concreto para o abstrato
de forma natural e progressiva, com responsabilidade e principalmente respeitando
as especificidades de cada criança.
As crianças não aprendem conceitos numéricos com desenhos tampou-
co aprendem conceitos numéricos meramente pela manipulação de ob-
jetos. Elas constroem esses conceitos pela abstração reflexiva à medi-
da que atuam (mentalmente) sobre os objetos. (KAMII 1990 p.55)

Portanto a criança necessita de situações reflexivas para que possam apropri-


ar-se da aprendizagem, num processo gradativo do concreto para o abstrato, viven-
ciando diferentes realidades na construção desse raciocínio.
As crianças não aprendem conceitos numéricos com desenhos tampou-
co aprendem conceitos numéricos meramente pela manipulação de ob-
jetos. Elas constroem esses conceitos pela abstração reflexiva à medi-
da que atuam (mentalmente) sobre os objetos. (KAMII 1990 p.55)

Outro aspecto abordado por Kamii segundo Piaget é a heteronomia (significa


ser governado por outrem) e a autonomia (significa ser governado por si próprio).
Piaget (1948) afirma que o bloqueio emocional que muitos estudantes desenvolvem
em relação à matemática é completamente evitável. Uma vez que o professor ofe-
reça a oportunidade de discussão entre as crianças, levando-os ao conhecimento
através experimentação e comprovação dos dados, proporcionando assim a autono-
mia. Já a heteronomia se dá justamente ao contrário, quando a criança não tem a
liberdade de pensar, agir e discutir, aceitando que o professor é o detento do sa-
ber, aprendo a se conformar com a autoridade.
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Considerando a importância do uso de jogos/material concreto para a aprendi-
zagem, no decorrer deste estudo buscaremos ampliar a compreensão do conceito de
número e multiplicação pautados nos escritos de Jean Piaget e nas discussões de
Constance Kamii para fundamentarmos a aprendizagem das operações matemáticas,
em específico a multiplicação.

CURIOSIDADES SOBRE A MATEMÁTICA

História da matemática
Em minhas pesquisas descobri que existem relatos de que em alguns livros an-
tigos referem-se à tabuada como tabuada de Pitágoras. Esse termo teve origem
porque os cálculos eram registrados em tábuas para facilitar a contagem de grandes
quantidades, servindo como um gabarito para as transações comercias, portanto, tá-
buas, logo tabuada. Essa prática agilizava o trabalho dos responsáveis pelas conta-
gens. Em matemática, a Tabuada de multiplicar ou tabuada de multiplicação é usada
para definir uma operação de multiplicação e divisão, tornando-se indispensável para
a execução dessas operações.
Quem foi Pitágoras:

Pitágoras foi um filósofo e um matemático grego que nasceu em 570 a.C. ou em


571 a.C. na cidade de Samos e morreu em 497 a.C. Ou 496 a.C. em Metaponto. Pitá-
goras inaugurou uma escola que se chamava “Pitagórica” que tinha um símbolo que
era o “Pentagrama” Pitágoras ale de matemático e filosofo foi astrónomo, músico e
místico grego. Foi Pitágoras que inventou a palavra filósofo. Pitágoras também des-
cobriu os NÚMEROS irracionais, o teorema de Pitágoras, a tabuada, o estudo de
propriedades dos números, a construção dos primeiros três sólidos platónicos e a
relação existente entre a altura de um som e o comprimento da cor da vibrante que
produz. A escola pitagórica, de natureza científica e religiosa, desenvolvia estudos
de matemática, filosofia e astronomia. (Wikipédia)
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É fascinante saber o quanto a tabuada é importante para a matemática, ela surgiu
como facilitador e tornou-se indispensável nas operações matemáticas.
Ao longo dos tempos a evolução foi notória em todo e qualquer seguimento da
sociedade, inclusive no que se refere a matemática, as tecnologias e inovações trou-
xeram avanços significativos, porém não vemos muitas inovações no que tange a
aprendizagem da tabuada.
Em uma análise mais recente sobre o aprendizado da tabuada não vejo avanços
ou novas estratégias de como compreender, aprender e memorizar a tabuada, veja-
mos:
No século XIV a tabuada era ensinada em circunstâncias bastante rigorosas e
autoritária, em um método totalmente tradicional. O aprendizado acontecia em meio
a castigos físicos e constrangimentos morais, o aluno deveria decorar a tabuada e
era obrigado a responder corretamente a qualquer fator que lhe fosse perguntado
pela professora, caso não respondesse de pronto, era hostilizado e remetido a deno-
minação de: “burro”, “atrasado”, “retardado”, “ignorante” e muitos outros termos,
isso quando não tinha que pagar por sua ignorância de não saber com castigos físi-
cos, como: ficar ajoelhado no milho, tampinhas de garrafas, estender a mão para ser
impiedosamente agredida por palmatória (peça circular de madeira com cinco orifí-
cios, formando uma cruz e provida de um cabo, us. para bater na palma da mão de
pessoa castigada), ou por réguas enormes de madeira. Folgo em saber que a educa-
ção evoluiu neste sentido, abolindo esses castigos físicos, porém as agressões e hu-
milhações morais infelizmente passou por um processo mais lento e gradual.
Nos anos 70 a 80 década em que estudei o antigo primário a tabuada era ensi-
nada no mesmo processo tradicional o famoso “decoreba”, felizmente os castigos fí-
sicos já não eram permitidos, mas a tortura psicológica pairava sobre nós, a profes-
sora marcava o dia “D”, para tomar a tabuada, era preciso estudar com afinco para
estar apto a responder sem hesitar, para evitar a retaliações.
O processo de avaliação geralmente não era assim tão justo, pois ao perguntar
3x2 a aluna “A” e a mesma responder corretamente, isso queria dizer que estava ap-
ta para receber elogios e ficar na fila dos adiantados e inteligen-
tes, todavia ao interrogar o aluno “B” com a consigna 8x7 e a res-
posta não for a correta, isso significaria estar na fila dos atrasa-
dos, aqueles que precisariam estudar mais, para se apropriar do
conhecimento da tabuada.

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A inclusão veio para amenizar desigualdades, a partir da década de 90 já se
fomentava o tema “inclusão”, com a Declaração de Salamanca (Salamanca - 1994) é
uma resolução das Nações Unidas que trata dos princípios, política e prática em edu-
cação especial.)

Metodologia da implementação do projeto


Os oito jogos serão divididos em oito encontros com quatro horas cada, totalizando
32 horas aula. No primeiro será reservada uma aula para uma avaliação diagnóstica
com o objetivo de apresentar gráfico comparativo dos resultados obtidos na avalia-
ção final no último encontro.
A avaliação será o preenchimento da tabela de Pitágoras.

OBS: os alunos terão 15 minutos


para preencher o quadro.

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MATERIAL CONCRETO

Dobrando a tabuada

Objetivo:
- Agrupar as quantidades facilitando a visualização dos resultados
- Possibilitar resolução de fatores que envolvem as tabuadas de 1 a 10

Material necessário:
- Tecido medindo 50 cm por 50 cm;
- Viés para acabamento;
- E.V.A. colorido – de preferência 10 cores diferentes;
- Cola quente;
- Máquina de costura ou fio e agulha, caso queira costurar à mão;
A quantidade é representada por quadrinhos de E.V.A. medindo 2 cm X 2 cm, cola-
dos em um quadrado de tecido, assim a criança terá a referência concreta dos valo-
res. A montagem do material corresponde a 10 colunas costuradas medindo 3 cm
por 3 cm, cada uma delas com 10 pequenos quadrados de EVA, preferencialmente
com 10 cores diferentes.

* Todas as imagens contidas


neste trabalho são de responsa-
bilidade da autora, as imagens
são decorrentes da construção
do material didático.

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OPÇÃO 1
O aluno terá que dobrar o tecido deixando visível o resultado correspondente a mul-
tiplicação pedida, Exemplo: 5 x 6 = 30

 Cada quadrado equivale a uma unidade, somando todos os pedacinhos o produto


será 30, então: 5 x 6 = 30
OPÇÃO 2
Colar os números correspondentes a tabela de Pitágoras em tampinhas.

O aluno deverá colocar a tampinha com o valor correto em cima do quadradinho de


E.V.A. que corresponder ao fator específico que sortear ou que for solicitado pela
professora.

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OPÇÃO 3
Usar um cadarço ou um cordão, fita ou elástico para circular o fator sorteado ou so-
licitado pela professora.

Tabuada de Tampinhas

Objetivo:
- Agrupar as quantidades facilitando a visualização dos resultados
- Possibilitar resolução de fatores que envolvem as tabuadas de 1 a 10

Material necessário:
- 100 tampinhas, sendo 10 de cada cor;
- Barbante ou linha de pesca;
- Prego, furadeira ou outro objeto que sirva para furar as tampinhas;
- Elástico;
- retângulos de MDF ou qualquer outro material de base sólida, medindo 30 cm por
40 cm;

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Passo a passo
1 – Fure todas as tampinhas com o prego quente ou com a furadeira utilizando uma
broca fina;

2 – Corte 10 pedaços de barbante com aproximadamente 70 cm de comprimento;


3 – Coloque 10 tampinhas, (mesma cor) em cada barbante;

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4 – Dê um nó em cada extremidade;
5 – Fixe uma das extremidades de cada uma das 10 linhas de barbante na base supe-
rior traseira da placa de MDF com cola, use um fita de E.V.A. para acabamento;
6 – Circule a placa de E.V.A. com o elástico para poder separar as tampinhas que vai
trabalhar.

Como trabalhar esse material


 Explique aos alunos que cada barbante representa uma tabuada, se preferir po-
de numerar cada barbante;
 Peça que os alunos que separem as linhas correspondente a tabuada que vão
trabalhar com uma régua ou com outro objeto qualquer, (exemplo 5x5);

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 Separe 5 tampinhas de cada linha com o elástico;

 Pedir que os alunos contem a quantidade separada, irão observar que será a
quantidade correspondente à tabuada pedida, 25 tampinhas. (5x5= 25)

Tabuada das Linhas

Toda a tabuada é feita em linhas, cada linha corresponde a uma unidade, que
serão representadas nos sentidos horizontal e vertical, a som do encontro de cada
linha será o produto dos fatores apresentados. Exemplo 3 x 2 = 6
O fator 3, está representado pelas três linhas horizontais.
O fator 2, está representado pelas linhas verticais.

Objetivo:
Fortalecer noção espacial – horizontal- vertical
Compreender conceito de linha
Identificar intercessões das linhas como resultado da tabuada
Possibilitar construção dos fatores com linhas, visualizando resultados

Material necessário:
- Tirinhas coloridos de feltro, de preferência 2 cores diferentes;
- Papelão grosso ou outro material resistente como E.V.A., papel paraná, papel car-

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Passo a passo
1 – Corte o papelão, E.V.A. ou outro material escolhido na medida de: 17 cm por 17
cm;

2 – Corte 10 tirinhas de cada cor do feltro com aproximadamente 25 cm cada;

3 – Cole as 10 tirinhas de cada cor em dois lados do quadrado;

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OBS: a criatividade fica livre para enfeitar o material como quiser, assim como a
utilização de materiais alternativos.

Como trabalhar o material


 Pedir que o aluno cruze as linhas de feltro correspondente a tabuada pedida,
exemplo 7x5 ;

 Contar o cruzamento dessas linhas na parte frontal do suporte, este será o re-
sultado correto.
OBS: este material poderá ser utilizado como jogo desafiador para dois ou mais alu-
nos.

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JOGOS
Tabuada de Pitágoras

A tabela de Pitágoras, esta tabela foi criada por Pitágoras, filósofo e mate-
mático grego, do século VI a.C., com ela é possível efetuar todas as operações de
multiplicação existentes na tabuada tradicional.

Objetivo:
- Compreender a construção da tabuada e seus resultados
- Aperfeiçoar habilidade visual/localização por meio do uso de quadro
- Retomar contagem um a um dos campos do quadro, como elemento de construção
da tabuada.

Material necessário
- Tecido ou TNT;
- E.V.A, de preferência 10 cores diferentes;
- Cola quente;
- Sacolinha escura ou uma caixinha.
Obs: Se preferir pode mandar imprimir a tabela.

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Passo a passo
1 – Corte o tecido ou TNT na medida: 100 cm por 80 cm, faça quadriculado de 10
cm, utilizando canetas, costuras ou qualquer outro material que queira utilizar para
fazer essa marcação;
2 – Cole ou costure um pedacinho de velcro ou ima dentro de cada espaço do quadri-
culado ou pedacinhos de papel imantado.
3 – Enumere cada linha de quadrados de 1 a 10, tanto na vertical quanto na horizon-
tal, para identificar a tabuada.
4 – Faça 100 quadradinhos de E.V.A. de 9 cm por 9 cm, sendo 10 de cada cor, escre-
va o resultado de cada tabuada em uma cor específica e cole o outro pedaço de
velcro ou ima correspondente.
OBS: Se preferir poderá montar a tabela no computador e imprimir em lona, além
de ficar mais resistente também fica mais fácil.

Como trabalhar o material


 Divida a turma em duas equipes A e B, (os alunos podem designar nomes para
cada equipe ou o professor);
 Fixe a tabela no quadro negro ou em uma parede qualquer.
 Misture e distribua os 100 quadradinhos com os resultados em uma mesa gran-
de na frente das equipes;
 Faça um sorteio para indicar a equipe que começará o jogo;
 Prepare fichas da multiplicação envolvendo 2 fatores do 1 a 10, ex; 3x4; 5x6...
e coloque em uma sacolinha para fazer o sorteio.
 Sorteie uma ficha e a equipe terá alguns segundos para
achar a resposta e colar no quadro, (utilizar uma ampu-
lheta ou um cronometro para marcar o tempo), caso não
consiga responder dentro do tempo, a equipe não marca
ponto.

Está em anexo o passo a passo


para fazer esta ampulheta.

23
 Seguir a ordem em que os alunos da equipe se organizarem, um aluno de cada
vez, alternando as equipes.
 Ganha a equipe que obtiver maior número de pontos.
OBS: Pode-se variar a dinâmica do jogo fazendo que todos os integrantes da equipe
possam interagir para achar os resultados.
Tabela de Pitágoras
Para se calcular, por meio desta tabela, o produto de dois números, 3 x 4 por exem-
plo, basta localizar o multiplicando (3) na primeira linha e o multiplicador (4) na pri-
meira coluna. O resultado do produto está no encontro da linha com a coluna, no caso
o produto é 12, também é possível observar que mesmo invertendo-se a ordem dos
fatores o produto não é alterado, (representado com a mesma cor laranja), outros
exemplos; 3 x 7 representado pela cor roxa; 9 x 4 representado pela cor amarela e
9 x 7 representado pela cor azul.

Bingo da Multiplicação

Objetivo:
- Possibilitar aprendizagem da tabuada
por meio do jogo;
- Relacionar fatores e resultados.

Material necessário
- Cartolina;
- Pincel atômico;
- Sacolinha escura ou caixinha de papelão.
- Tampinhas de cores variadas;
- Tesoura
24
Passo a passo
1 – Corte cartelas na cartolina em retângulos medindo 14 cm por 9 cm, passe linhas
com o pincel atômico formando pequenos retângulos de 3,5 cm por 3 cm.
2 – Escreva as opções da tabuada de forma aleatória nos retângulos formado pelas
linhas;
3 – Faça as fichas com os resultados em pequenos quadrados de cartolina.
Obs: Também é possível montar as cartelas do Bingo no computador e imprimir.

Como trabalhar o material


 Distribua as cartelas para os alunos ou deixe que cada aluno escolha a sua car-
tela.
 Coloque as fichas com os resultados na sacolinha e sorteie um de cada vez;
 O aluno marca a operação, correspondente, na sua cartela, com tampinhas;
 Ganha quem preencher a cartela primeiro, porém o jogo pode continuar com 2º.
e 3º. Lugar.

Variação:
Pode-se fazer a cartela com os resultados e sortear as fichas com as operações.

25
Trilha da Multiplicação

Material necessário Objetivos:


- Incentivar a ludicidade por meio de atividade re-
- Cartolinas e E.V.A.;
creativa
- Pincel atômico;
- Possibilitar a resolução da tabuada por meio de
- Cola, cola quente;
jogos
- Tampinhas coloridas;
- Retomar o calculo mental
- Tecido ou TNT;
- 1 dado.

Passo a passo
1 – Corte o tecido ou TNT em forma de círculo com 150 cm de diâmetro formando
uma toalha de mesa, faça o acabamento com viés ou como preferir;

2 – Recorte 47 hexágonos de E.V.A. em alguns deles escreva desafios como preferir

3 - Recorte pequenas fichas, de mais ou menos 4cm por 4 cm. Nestas fichas cole
desafios para serem sorteados de acordo com o número que tirou no dado.

26
4 - Com a cola quente fixe os hexágonos na toalha formando uma trilha, deixe uns
20 cm de sobra ou o necessário para que a trilha fique apenas na superfície da me-
sa;

Como trabalhar o material


 O número de participante pode variar de 2 a 6 alunos, para não se tornar muito
demorado;
 Use tampinhas coloridas como marcador para cada jogador;
 Organize a ordem de participação por sorteio ou acordo entre os participantes;
 O participante joga o dado e terá que sortear uma ficha de acordo com o núme-
ro correspondente que tirou no dado, ele terá que responder corretamente o
que estiver indicado na ficha, se acertar andará o número de casas sorteado no
dado, caso contrário fica no mesmo lugar até a próxima jogada. O participante
terá um minuto para responder. (o tempo poderá ser controlado por cronome-
tro, relógio ou por uma ampulheta, veja confecção passo a passo no item suges-
tões).
 Ganha o jogo quem chegar no final primeiro.

27
Jogo Quebra-cabeça da Tabuada

Objetivos:
- Incentivar a competitividade
- Valorizar a agilidade de cálculo mental
- Relacionar áreas de conhecimento ( matemática-geografia)

Material necessário
- Caixa de papelão tamanho médio, ou caixa de sapato;

- Fichas com todos os fatores da tabuada;

- Mapa do Brasil para fazer o contorno e também para usar como gabarito.

28
Passo a passo
1 – Faça um recorte circular na tampa da caixa, certifique-se que a abertura seja
suficiente para passar a mão. Cole pedaços de E.V.A. para que a abertura fique dis-
cretamente fechada;

2 – Faça o contorno de 2 mapas do Brasil em tamanho grande, para facilitar a visua-


lização, utilize contornos fortes.

3 – Recorte em E.V.A os Estados dos dois mapas do Brasil, de preferência em cores


diferentes para cada região, para posteriormente montarem o quebra cabeça;

29
Como trabalhar o material
 O jogo pode ter dois de participantes, caso vários alunos queiram participar di-
vida a turma em duas equipes.
 Cada jogador, sorteia uma ficha da caixa surpresa, se acertar o resultado tem
direito a uma peça do quebra cabeça no caso um Estado. Casos contrário passa
a vez para o próximo competidor ou próxima equipe.
 Ganha o jogador ou a equipe que montar o quebra cabeça Mapa do Brasil primei-
ro.
 O gabarito do mapa deverá ficar bem visível aos alunos para que eles possam
consultar sempre que achar necessário.

Variações de trabalho:
O professor poderá explorar conceitos da área de Geografia como: Estados e Capi-
tais, Siglas dos Estados, as Regiões, Relevos, Climas etc...
Pode colocar plaquinhas com o nome dos Estados e Capitais para que o aluno depois
de colocar a peça às nomeie.

30
Jogo Dodecaedro

Objetivos:
- Incentivar a aprendizagem da multiplicação;
- Tabuada por meio de jogos.

Material necessário
- Papel paraná ou outro papel grosso;
- Tinta ou pincel atômico;
- Cola ou cola quente.

Passo a passo
1 – Recorte o molde dos 2 dodecaedros, dobre nas marcações e cole;

2 - Enumere os lados de 1 a 10 e nas duas bases oposta coloque um ponto o sinal da


multiplicação;

31
Como trabalhar o material
 O número de participante pode variar de 2 até 6, ou divida a turma em duas
equipes.
 Cada jogador, lança os dois dodecaedros e os números correspondentes será a
multiplicação que deverá ser resolvida, com o resultado correto o jogador ou a
equipe ganha um ponto.
 Quando um dos dodecaedros ou os dois caírem com o sinal da multiplicação o jo-
gador poderá escolher o número que para multiplicar;
 Ganha o jogador ou a equipe que tiver maior número de pontos ao final de 20
rodadas, ou quantas o professor estipular.

Molde:

32
SUGESTÕES
Tabuada dos Dedos

Objetivos:
Propiciar o uso de diferentes recursos para compreensão da tabuada
Relacionar o cálculo com elementos concretos que facilitem acesso ao resultado

Tabuada com as mãos


Para fazer esta tabuada é necessário já ter se apropriado das tabuadas 1, 2, 3, 4 e
5. A tabuada dos dedinhos é a partir do 6 até ao 10, é necessário ter conhecimento
prévio em dezenas e com um pouco de atenção é possível perfeitamente ter sucesso
na aprendizagem.

O primeiro passo é escrever na ponta dos dedos os números de 6 a 10 iniciando com


o 10 no polegar e terminar com o 6 no dedo mínimo, como pode ver na imagem.

Vamos pegar como exemplo 7 x 8, encontra os dedos com os números respectivos.


Observe a imagem

33
Depois você deve contar os dedos que estão da junção para baixo no caso do nosso
exemplo, 5 dedos, cada dedo terá o valor de uma dezena, correspondendo a 50 uni-
dades. Observe a imagem

Em seguida multiplica os dedos de uma mão pela outra, os quais estão acima da jun-
ção, o resultado dessa multiplicação é 6. Observe a imagem.

Agora soma-se os resultados 50 + 6 = 56, portanto 7 x 8 = 56. Observe a imagem.

34
Outras atividades e material complementar para aulas de
matemática:

Matematicando: a gente aprende brincando


http://www.ufrgs.br/matematicando
Blog: Ensino Fundamental I
https://ensfundamental1.wordpress.com/407-2/415-2/
Recursos educacionais multimídia para a matemática do ensino médio.
http://m3.ime.unicamp.br/

Sugestão de textos para aprofundamento teórico:

Três Jogos para o Ensino e Aprendizagem de Números e Operações no Ensino Fundamental -


José Ricardo de Rezende Zeni
http://www.feg.unesp.br/~jrzeni/pesquisa/2007/3Jogos/3Jogos-Zeni.pdf

Formação Inicial de Professores de Matemática na Educação Básica: um trabalho em imersão


via tarefas investigativas e resolução de problemas – Willian Beline (org)
http://www.pibidunespar.com.br/index.php/livros

Jogando com as quatro operações e outros conteúdos – Maria Ivete Basniak (org)
http://www.pibidunespar.com.br/index.php/livros

Construindo com a Matemática: uma coletânea de atividades desenvolvidas por bolsistas do


PIBID – Fabio Luis Baccarin e Diego Aparecido Maronese (org)
http://www.pibidunespar.com.br/index.php/livros

O ensino de multiplicação mediado pelo recurso didático de Jogo “argolas da multiplicação” -


Paulo José dos Santos Pereira - José Ronaldo Melo
http://sbempe.cpanel0179.hospedagemdesites.ws/enem2016/anais/pdf/5232_3572_ID.pdf

Ensino de ciências e matemática IV: temas de investigação. Nelson Antonio Pirola (org.)
http://books.scielo.org/id/bpkng

35
VÍDEOS

Labirinto da multiplicação
http://acervo.novaescola.org.br/matematica/pratica-pedagogica/jogo-tabuada-428051.shtml
Multiplicação com dominó
https://www.youtube.com/watch?v=LB5i5_1Bt-k
Multiplicação usando linhas
https://www.youtube.com/watch?v=L_VeYHv4j_A
Tabuada: método simples e rápido
https://www.youtube.com/watch?v=gW-4VHuTCWU
Tabuada: Tábua de Pitágoras
https://www.youtube.com/watch?v=vTduRszGz0w
Tabuada com as mãos
https://www.youtube.com/watch?v=8X5hzSlUO10

36
REFERÊNCIAS

BRASIL, LDB 4.024/61. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1961. Disponível em
http://wwwp.fc.unesp.br/~lizanata/LDB%20402 4-61.pdf. Acesso em 10 maio de 2016.

_____ Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1971. Disponível em http://


www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5692. htm. Acesso em 10 maio de 2016

_____. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996. Disponível em http://


www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394. htm. Acesso em 10 maio de 2016

_____.Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em: http://


www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituica o/constituicao.htm. Acesso em 10 maio de 2016.

PARANÁ, Leis, decretos, portarias, etc. Instrução n. 16/11: Estabelece normas para o funciona-
mento da Sala de Recursos Multifuncional, na Educação Básica, na área da deficiência intelec-
tual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos fun-
cionais específicos. Curitiba SEED/SUED, 2011.

KAMII C. A criança e o número 11. ed. Campinas SP, Papirus, 1990.


PIAGET, J. Psicologia e Pedagogia 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1972.

_____ Estudos Sociológicos 1 ed. Rio de Janeiro: Forense, 1973.


PIAGET, J. e SZEMINSKA, A. (1952) A gênese do número na criança 2 ed. Rio de Janeiro,
Zahar, Brasília.

LUCKESI, C. C. Desenvolvimento dos estados de consciência e ludicidade. v. 2, n.21, 1998, p.


9-25. Disponível em: http://www.luckesi.com.br/artigoseducacaoludicidade.htm . Acesso em: 21
jun. 2016

37
APÊNDICE
Jogo Dobrando a Tabuada

1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 2 4
6 8 10 12 14 16
18 20 3 6 9 12
15 18 21 24 27 30
4 8 12 16 20 24
28 32 36 40 5 10
15 20 25 30 35 40
38
45 50 6 12 18 24
30 36 42 48 54 60
7 14 21 28 35 42
49 56 63 70 8 16
24 32 40 48 56 64
72 80 9 18 27 36
45 54 63 72 81 90
10 20 30 40 50 60
70 80 90 100 1 2
3 4 5 6 7 8
39
Jogo DO Bingo

5x3 5x1 2x5

6x4 3x8

9x4 4x6 3x9

5x2 8x2 2x4

6x3 3x7

9x3 4x5 3x8

5x5 8x4 2x6

6x5 7x7

9x5 4x7 3x9

40
2x2 8x2 2x7

6x6 3x6

9x3 4x1 3x4

5x6 8x6 2x8

6x7 3x3

9x3 4x5 3x8

5x6 8x6 2x8

6x7 3x3

9x3 4x5 3x8

41
5x7 8x9 2x3

6x9 4x3

9x7 4x2 3x1

5x2 7x3 4x9

7x4 9x9

2x1 5x9 6x2

7x5 8x1 4x1

2x10 5x1

9x8 4x10 7x7

42
9x10 7x3 6x10

5x4 10x5

4x1 3x3 3x9

10x8 9x6 5x2

4x4 8x4

4x6 8x8 5x2

10x7 6x1 4x3

2x2 3x1

7x5 8x1 5x10

43
80 54 10 16 32
24 64 45 4 9
27 50 20 90 21
60 72 40 49 5
12 35 8 6 2
48 32 81 28 36
30 48 63 40 3
18 42 16 14 25
24 15 70 6

44
Jogo Trilha da Multiplicação

2X1 2X2 2X3 2X4 2X5

2X6 2X7 2X8 2X9 2X10

3X1 3X2 3X3 3X4 3X5

3X6 3X7 3X8 3X9 3X10

4X1 4X2 4X3 4X4 4X5

4X6 4X7 4X8 4X9 4X10

45
5X1 5X2 5X3 5X4 5X5

5X6 5X7 5X8 5X9 5X10

6X1 6X2 6X3 6X4 6X5

6X6 6X7 6X8 6X9 6X10

7X1 7X2 7X3 7X4 7X5

7X6 7X7 7X8 7X9 7X10

46
8X1 8X2 8X3 8X4 8X5

8X6 8X7 8X8 8X9 8X10

9X1 9X2 9X3 9X4 9X5

9X6 9X7 9X8 9X9 9X10

10X1 10X2 10X3 10X4 10X5

10X6 10X7 10X8 10X9 10X10

47
OPS!! VOCÊ OPS!! VOCÊ
CAIU NUM BU- CAIU NUM BU-
RACO NEGRO, RACO NEGRO,
FIQUE UMA FIQUE UMA
RODADA SEM RODADA SEM
JOGAR. JOGAR.

SINAL VERDE! SINAL VERDE!


VOCÊ TEM VOCÊ TEM
DIREITO A DIREITO A
MAIS UMA MAIS UMA
JOGADA JOGADA

LARGADA CHEGADA

48
PARABÉNS!!! PARABÉNS!!! PARABÉNS!!!
VOCÊ VOCÊ VOCÊ
GANHOU GANHOU GANHOU
BÔNUS... BÔNUS... BÔNUS...
AVANCE 2 AVANCE 2 AVANCE 2
CASAS. CASAS. CASAS.
SINAL O TEMPO O TEMPO
VERDE! VOCÊ ESTÁ ESTÁ
TEM DIREITO
A MAIS UMA NUBLADO! NUBLADO!
JOGADA VOLTE 1 VOLTE 1
CASA CASA

INÍCIO FIM

49
50
AMPULHETA

PASSO A PASSO
 Dois recipientes de iogurte fermentado;
 Coloque areia colorida em um deles, não precisa encher muito;

 No recipiente vazio cole na abertura um pedacinho de E.V.A. com um peueno


orifício no centro;

 Cole o recipiente vazio em cima do cheio de areia e faça o acabamento como


preferir.

51

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