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Indicadores IBGE

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua


Quarto Trimestre de 2020

OUT. - DEZ. 2020

Publicado em 10/03/2021 às 9 horas


PNAD Contínua

4º trimestre de 2020
Introdução
Serão apresentados a seguir os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua,
referentes ao quarto trimestre de 2020.

Salienta-se que os indicadores aqui apresentados foram desenvolvidos utilizando os novos conceitos,
definições e nomenclaturas de acordo com as recomendações da Organização Internacional do Trabalho -
OIT, discutidas na última Conferência Internacional dos Estatísticos do Trabalho - 19ª CIET, realizada em
Genebra, em outubro de 20131.

As análises apresentadas têm como objetivo principal traçar o perfil das populações: em idade de
trabalhar, na força de trabalho, ocupada, desocupada e fora da força de trabalho. Para tanto, foram
inseridas algumas características importantes para o melhor entendimento do mercado de trabalho
brasileiro, tais como: sexo, idade e nível de instrução. Especificamente para a população ocupada, foram
incluídas a posição na ocupação e a categoria do emprego. Constam também deste estudo análises
referentes ao nível da ocupação e à taxa de desocupação. Todas as análises foram construídas para Brasil e
Grandes Regiões.

Conceitos e Definições
Pessoas em idade de trabalhar

Pessoas de 14 anos ou mais de idade na data de referência.

Condição de Ocupação

As pessoas em idade de trabalhar são classificadas, quanto à condição de ocupação na semana de


referência, em ocupadas e desocupadas.

Pessoas Ocupadas

São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período,
trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias
ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento etc.), ou em trabalho sem remuneração direta em
ajuda à atividade econômica de membro do domicílio ou parente que reside em outro domicílio, ou, ainda,
as que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.

Consideram-se como ocupadas temporariamente afastadas de trabalho remunerado as pessoas que


não trabalharam durante pelo menos uma hora completa na semana de referência por motivo de férias,
folga, jornada variável ou licença remunerada (em decorrência de maternidade, paternidade, saúde ou
acidente da própria pessoa, estudo, casamento, licença-prêmio etc.). Além disso, também foram
consideradas ocupadas as pessoas afastadas por motivo diferente dos já citados, desde que o período
transcorrido do afastamento fosse inferior a quatro meses, contados até o último dia da semana de
referência.

1 http://www.ilo.org/global/statistics-and-databases/meetings-and-events/international-conference-of-labour-
statisticians/lang--en/index.htm
Este conceito de pessoas ocupadas, adotado a partir do quarto trimestre de 2015, já está ajustado à
Resolução I da 19ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho - CIET. Os ajustes ocorreram nos
aspectos referentes ao trabalho sem remuneração direta ao trabalhador e à caracterização como ocupadas
das pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas na semana de
referência2.

Pessoas Desocupadas

São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas sem trabalho em ocupação
nessa semana que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30
dias, e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência. Consideram-se, também, como
desocupadas as pessoas sem trabalho em ocupação na semana de referência que não tomaram providência
efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias porque já o haviam conseguido e iriam começá-
lo em menos de quatro meses após o último dia da semana de referência.

Este conceito de pessoas desocupadas, adotado a partir do segundo trimestre de 2016, já está
ajustado à Resolução I da 19ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho - CIET. Anteriormente,
no que se refere às pessoas que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período de
referência de 30 dias porque já o haviam conseguido para começar após a semana de referência, não havia
limite de tempo fixado para assumir o trabalho3.

Condição em relação à força de trabalho

As pessoas são classificadas, quanto à condição em relação à força de trabalho na semana de


referência, como na força de trabalho e fora da força de trabalho.

Pessoas na força de trabalho

As pessoas na força de trabalho na semana de referência compreendem as pessoas ocupadas e as


pessoas desocupadas nesse período.

Pessoas fora da força de trabalho

São classificadas como fora da força de trabalho na semana de referência as pessoas que não
estavam ocupadas nem desocupadas nessa semana.

Taxa de participação da força de trabalho

Percentual de pessoas na força de trabalho em relação às pessoas em idade de trabalhar: [Força de


trabalho / pessoas em idade de trabalhar] x 100

2 O conceito anterior era: São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período, trabalharam
pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia,
alimentação, roupas, treinamento etc.), ou em trabalho sem remuneração direta em ajuda à atividade econômica de membro do
domicílio, ou, ainda, as que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.
Consideram-se como ocupadas temporariamente afastadas de trabalho remunerado as pessoas que não trabalharam durante
pelo menos uma hora completa na semana de referência por motivo de férias, folga, jornada de trabalho variável, licença-
maternidade, ou fatores ocasionais. Incluem-se, ainda, como ocupadas as pessoas que, na data de referência, estavam, por
período inferior a quatro meses: afastadas do trabalho em licença remunerada por motivo de doença ou acidente da própria
pessoa ou outro tipo de licença remunerada; afastadas do próprio empreendimento sem serem remuneradas por instituto de
previdência; ou em greve ou paralisação. Além disso, também são consideradas ocupadas as pessoas afastadas por motivos
diferentes dos já citados, desde que tivessem continuado a receber ao menos uma parte do pagamento e o período transcorrido
do afastamento fosse inferior a quatro meses.
3 A definição anteriormente adotada relativamente a esse aspecto era: Consideram-se, também, como desocupadas as pessoas

sem trabalho na semana de referência que não tomaram providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias
porque já o haviam conseguido e iriam começá-lo após a semana de referência.
Nível da ocupação

Percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas em idade de


trabalhar: [Ocupados / pessoas em idade de trabalhar] x 100

Taxa de ocupação

Percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas na força de


trabalho: [Ocupados / força de trabalho] x 100

Nível da desocupação

Percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar: [Desocupados /


pessoas em idade de trabalhar] x 100

Taxa de desocupação

Percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho: [Desocupados /


força de trabalho] x 100

Classificação da população em idade de trabalhar.

Rendimento Médio Real Habitual das Pessoas Ocupadas em Todos os Trabalhos

É o rendimento bruto real médio habitualmente recebido em todos os trabalhos que as pessoas
ocupadas com rendimento tinham na semana referência, a preços do mês do meio do trimestre mais
recente que está sendo divulgado. O deflator utilizado para isso é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo -
IPCA.

Massa de Rendimento Real Habitual das Pessoas Ocupadas em Todos os Trabalhos

É a soma dos rendimentos brutos habitualmente recebidos de todas as pessoas ocupadas em todos
os trabalhos que tinham na semana de referência, a preços do mês do meio do trimestre mais recente que
está sendo divulgado. O deflator utilizado para isso é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.
Classificação da população ocupada, de acordo com a posição na ocupação e a
categoria do emprego.
RESUMO
No 4º trimestre de 2020, a taxa de desocupação, no Brasil, foi estimada em
13,9%. Esta estimativa apresentou redução de -0,7 ponto percentual em comparação
com o 3º trimestre de 2020 (14,6%), e aumento de 3,0 pontos percentuais frente ao 4º
trimestre de 2019 (11,0%). No confronto trimestral por Regiões, esse indicador
apresentou o seguinte comportamento: Norte (estabilidade), Nordeste (estabilidade),
Sudeste (estabilidade), Sul (redução de 9,4% para 8,2%) e Centro-Oeste (redução de
12,7% para 11,8%). A Região Nordeste permaneceu registrando a maior taxa de
desocupação entre todas as regiões (17,2%).
A distribuição das pessoas desocupadas, na semana de referência, dos grupos
de pessoas de 25 a 39 (35,3%) e de 18 a 24 anos (29,4%) anos de idade, continuou a
apresentar patamar superior ao estimado nos outros grupos etários.
O indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à
população em idade de trabalhar (nível da ocupação) foi estimado em 48,9% no 4º
trimestre de 2020 no Brasil, apresentando expansão de 1,8 pontos percentuais na
comparação com o trimestre anterior e queda de -6,2 pontos percentuais frente ao
mesmo trimestre do ano anterior. No confronto com o 4º trimestre de 2019, todas as
Grandes Regiões apresentaram queda desse indicador.
A população ocupada, no 4º trimestre de 2020, estimada em 86,2 milhões de
pessoas, era composta por 66,1% de empregados (incluindo empregados domésticos),
4,6% de empregadores, 27,0% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,4%
de trabalhadores familiares auxiliares. Nas Regiões Norte (32,3%) e Nordeste
(31,0%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado
nas demais regiões.
No 4º trimestre de 2020, 75,0% dos empregados do setor privado tinham
carteira de trabalho assinada. As Regiões Nordeste (59,6%) e Norte (58,2%)
apresentaram as menores estimativas desse indicador. Entre os trabalhadores
domésticos, a pesquisa mostrou que 26,1% deles tinham carteira de trabalho
assinada. As Regiões Sudeste (30,5%) e Centro-Oeste (30,0%) apresentaram as
maiores estimativas desse indicador.
O grupamento de atividade de Administração pública, defesa, seguridade
social, educação, saúde humana e serviços sociais possuía a maior proporção de
trabalhadores no 4º trimestre de 2020, com 19,3%, seguido do grupamento de
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (18,6%) e de Indústria
geral (12,7%). Os grupamentos com as menores participações foram: Transporte,
armazenagem e correio (5,0%); Outro serviço (4,9%) e Alojamento e alimentação
(4,8%).
Do quarto trimestre de 2012 para o mesmo período de 2020, a Indústria
geral, a Construção e a Indústria de transformação foram as que apresentaram as
maiores reduções em sua participação na população ocupada (registrando queda de
1,8, 1,6 e 1,6 p.p., respectivamente). Os grupamentos que tiveram o maior aumento de
participação foram a Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde
humana e serviços sociais e a Informação, comunicação e atividades financeiras,
imobiliárias, profissionais e administrativas, com elevação de 3,3 e 1,5 p.p.,
respectivamente, nesse período.
O rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por
mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência,
com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2 507. Este resultado apresentou
redução em relação ao trimestre anterior (R$ 2 616) e aumento em relação ao mesmo
trimestre do ano anterior (R$ 2 440).
A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de
referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 210,7 bilhões de reais,
registrando estabilidade em relação ao trimestre anterior (R$ 210,3 bilhões de reais)
e redução em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 225,5 bilhões de reais).
Comentários
POPULAÇÃO EM IDADE DE TRABALHAR (14 ANOS OU MAIS DE
IDADE)
A população em idade de trabalhar representava 83,2% da população total no
4º trimestre de 2020. Nas Regiões Sudeste (85,1%) e Sul (85,1%) estes percentuais
eram superiores aos verificados nas demais regiões, conforme mostra a tabela a
seguir. A Região Norte foi a que apresentou o menor percentual (78,6%).

Tabela 1 -Taxa de participação na população total, na semana de referência, das


pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões – 4º
Trimestre/2012-2020
Grandes 4º Trim.2012 4º Trim.2013 4º Trim.2014 4º Trim.2015 4º Trim.2016 4º Trim.2017 4º Trim.2018 4º Trim.2019 4º Trim.2020
Regiões
Brasil 79,4 79,8 80,4 80,7 81,1 81,4 81,6 81,7 83,3
Norte 72,5 73,4 74,3 74,5 75,3 76,4 76,9 77,0 78,6
Nordeste 77,1 77,5 78,2 78,6 79,4 79,7 79,8 80,2 81,6
Sudeste 81,6 81,9 82,7 82,8 83,0 83,1 83,2 83,3 85,1
Sul 81,5 81,8 82,3 82,5 82,8 83,0 83,2 83,0 84,9
Centro-Oeste 78,7 79,3 79,4 79,5 80,2 80,9 80,6 80,7 82,2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Sexo
Os dados da pesquisa mostraram que as mulheres continuavam sendo
maioria entre as pessoas em idade de trabalhar. No 4º trimestre de 2020, elas
representavam 53,2% dessa população, enquanto no 4º trimestre de 2019
representavam 52,6%.
Gráfico 1 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
sexo – Brasil - 4º trimestre de 2015-2020

Idade
No País, no 4º trimestre de 2020, as pessoas de 14 a 17 anos de idade
representavam 7,0% das pessoas em idade de trabalhar. Os jovens de 18 a 24 anos
correspondiam a 12,0%. As maiores parcelas eram formadas pelos grupos de 25 a 39
anos (25,4%) e de 40 a 59 anos (33,5%). Os considerados idosos pela Organização
Mundial da Saúde para países em desenvolvimento, 60 anos ou mais de idade,
representavam 22,1%.
Gráfico 2 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
grupos de idade – Brasil - 4º trimestre de 2020

Nível de Instrução
A pesquisa mostrou que no Brasil, no 4º trimestre de 2020, entre as pessoas
em idade de trabalhar, 33,2% não tinham completado o ensino fundamental e 50,5%
haviam concluído pelo menos o ensino médio. A análise permitiu mostrar ainda que
16,5% da população em idade de trabalhar havia concluído o nível superior.
Gráfico 3 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
nível de instrução – Brasil - 4º trimestre de 2020

Cor ou raça
A população em idade de trabalhar, classificada como as pessoas de 14 anos
ou mais de idade na semana de referência, foi estimada no 4º trimestre de 2020 em
176,4 milhões de pessoas, sendo que, 44,8% se declararam de cor parda; 44,9% de cor
branca e 9,1% de cor preta.
Gráfico 4 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
cor ou raça - Brasil - 4º trimestre de 2015-2020

CONDIÇÃO EM RELAÇÃO À FORÇA DE TRABALHO (PESSOAS NA


FORÇA E FORA DA FORÇA DE TRABALHO)
A distribuição da população em idade de trabalhar, composta pelas pessoas
que estavam na força de trabalho (total de pessoas ocupadas e desocupadas) e pelas
pessoas fora da força de trabalho registrou, no 4º trimestre de 2020, 56,8% e 43,2%,
respectivamente. Se comparada ao 4º trimestre de 2019, a proporção da população
em idade de trabalhar que estava na força de trabalho sofreu uma redução de -5,1
pontos percentuais.
Gráfico 5 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
segundo a condição na força de trabalho, na semana de referência - Brasil -
2012-2020

Regionalmente, verificou-se que na Região Nordeste a taxa de participação na


força de trabalho (percentual de pessoas na força de trabalho da população de 14 anos
ou mais de idade), no 4º trimestre de 2020, foi de 50,2%, inferior à taxa observada nas
demais regiões. Por outro lado, a Região Centro-Oeste apresentou a maior taxa, 61,7%,
conforme tabela a seguir apresentada.
Tabela 2 -Taxa de participação na força de trabalho, na semana de referência,
das pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-
2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T
Brasil 61,5 61,3 61,3 61,0 60,9 60,9 61,4 61,4 61,2 61,4 61,8 61,8 61,7 61,7 62,1 61,9 55,1 56,8
Norte 61,8 62,6 61,0 61,1 61,2 60,7 61,7 61,3 60,3 60,5 60,2 60,4 59,7 60,0 60,4 59,8 55,5 57,3
Nordeste 57,0 56,3 55,9 56,6 56,8 56,8 57,4 56,5 55,0 55,0 54,7 54,9 54,8 54,8 54,7 54,5 47,3 50,2
Sudeste 62,9 62,6 63,1 62,1 61,7 61,8 62,5 62,8 63,6 63,8 64,9 64,8 65,1 64,7 65,4 65,1 57,7 58,9
Sul 64,1 64,0 64,2 64,1 63,8 63,6 63,8 64,5 63,9 64,3 64,5 64,6 63,8 64,1 64,4 64,7 58,7 59,6
Centro-Oeste 64,8 64,8 65,7 64,9 65,1 65,0 64,7 64,8 64,9 65,6 65,7 65,1 65,7 65,9 67,0 66,3 60,8 61,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

FORÇA DE TRABALHO (CONTINGENTE DE PESSOAS OCUPADAS OU


PESSOAS DESOCUPADAS)
No 4º trimestre de 2020, 56,8% da população em idade de trabalhar estava na
força de trabalho (taxa de participação). Deste contingente, 86,1% se encontravam
ocupados e 13,9% desocupados. Esta última estimativa, denominada taxa de
desocupação, mostrou patamares diferenciados entre as regiões. A taxa de
desocupação será mais detalhada em um capítulo específico desse relatório intitulado
“taxa de desocupação”.

Tabela 3 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, na


força de trabalho, por condição de ocupação na semana de referência, segundo
as Grandes Regiões - 2012-2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 3ºT 4ºT 3ºT 4ºT 3ºT 4ºT 3ºT 4ºT 3ºT 4ºT 3ºT 4ºT 3ºT 4ºT 3ºT 4ºT 3ºT 4ºT
Ocupadas
Brasil 92,9 93,1 93,1 93,8 93,2 93,5 91,1 91,1 88,2 88,0 87,6 88,2 88,1 88,4 88,2 89,0 85,4 86,1
Norte 92,2 92,7 92,4 93,5 93,1 93,2 91,2 91,4 88,5 87,3 87,8 88,7 88,4 88,3 88,3 89,4 86,9 87,6
Nordeste 90,7 90,7 91,1 92,1 91,4 91,8 89,2 89,6 85,9 85,7 85,2 86,2 85,6 85,7 85,6 86,4 82,1 82,8
Sudeste 93,1 93,4 93,0 93,8 93,1 93,4 91,0 90,4 87,7 87,7 86,8 87,4 87,5 87,9 88,1 88,6 84,6 85,2
Sul 95,7 96,0 95,9 96,2 95,8 96,2 94,0 94,3 92,1 92,3 92,1 92,3 92,1 92,7 91,9 93,2 90,6 91,8
Centro-Oeste 94,3 94,3 94,5 95,1 94,6 94,7 92,5 92,6 90,0 89,1 90,4 90,7 91,1 91,5 89,9 90,7 87,3 88,2
Desocupadas
Brasil 7,1 6,9 6,9 6,2 6,8 6,5 8,9 8,9 11,8 12,0 12,4 11,8 11,9 11,6 11,8 11,0 14,6 13,9
Norte 7,8 7,3 7,6 6,5 6,9 6,8 8,8 8,6 11,5 12,7 12,2 11,3 11,6 11,7 11,7 10,6 13,1 12,4
Nordeste 9,3 9,3 8,9 7,9 8,6 8,2 10,8 10,4 14,1 14,3 14,8 13,8 14,4 14,3 14,4 13,6 17,9 17,2
Sudeste 6,9 6,6 7,0 6,2 6,9 6,6 9,0 9,6 12,3 12,3 13,2 12,6 12,5 12,1 11,9 11,4 15,4 14,8
Sul 4,3 4,0 4,1 3,8 4,2 3,8 6,0 5,7 7,9 7,7 7,9 7,7 7,9 7,3 8,1 6,8 9,4 8,2
Centro-Oeste 5,7 5,7 5,5 4,9 5,4 5,3 7,5 7,4 10,0 10,9 9,6 9,3 8,9 8,5 10,1 9,3 12,7 11,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
POPULAÇÃO OCUPADA
Sexo
Como já foi mencionado, as mulheres eram maioria na população em idade de
trabalhar, todavia, entre as pessoas ocupadas, verificou-se a predominância de
homens (56,5%). Esta tendência ocorreu em todos os anos da pesquisa.

Gráfico 6 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


ocupadas na semana de referência, por sexo – Brasil - 4º trimestre de 2015-
2020

Idade
A análise do contingente de ocupados no 4º trimestre de 2020, por grupos de
idade, mostrou que 11,2% deles eram jovens de 18 a 24 anos, que os adultos, aqueles
nas faixas de 25 a 39 anos e 40 a 59 anos de idade, representavam 78,9% e que os
idosos correspondiam a 8,6%.
Gráfico 7 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por grupos de idade – Brasil - 4º trimestre
de 2020

A tabela, a seguir, mostra a evolução da distribuição das pessoas ocupadas


por grupos de idade, o que permite observar que entre os mais velhos houve expansão
entre 2019 e 2020: 40 a 59 anos de idade (de 40,5% para 43,6%) e 60 anos ou mais de
idade (8,2% para 8,6%). Nos demais grupos de idade houve redução da participação.
Tabela 4 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas, na semana de referência, por grupos de idade – Brasil – 4º trimestre
de 2012-2020
4°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

14 a 17 anos 3,0 2,6 2,4 2,2 1,7 1,7 1,6 1,5 1,3
18 a 24 anos 14,8 14,4 13,8 13,3 12,7 12,9 12,6 12,4 11,2

25 a 39 anos 38,7 39,0 38,7 38,2 38,5 37,9 37,5 37,4 35,3

40 a 59 anos 37,1 37,5 38,3 39,4 39,7 39,8 40,3 40,5 43,6

60 anos ou mais 6,5 6,5 6,8 6,9 7,3 7,7 8,1 8,2 8,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
No 4º trimestre de 2020, a pesquisa mostrou que, no Brasil, entre as pessoas
ocupadas, 21,9% não tinham concluído o ensino fundamental, 64,6% tinham
concluído pelo menos o ensino médio e 24,5% tinham concluído o nível superior.
Gráfico 8 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por nível de instrução – Brasil - 4º trimestre
de 2020

Posição na ocupação
No 4º trimestre de 2020, a população ocupada era composta por 66,1% de
empregados, 4,6% de empregadores, 27,0% de pessoas que trabalharam por conta
própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares.
Gráfico 9 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, segundo a posição na ocupação do trabalho
principal - Brasil - 2012-2020

A pesquisa apontou diferenças regionais com relação à forma de inserção do


trabalhador no mercado de trabalho. Nas Regiões Norte (32,3%) e Nordeste (31,0%) o
percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado
nas demais regiões. Em contrapartida, na categoria dos empregados foi constatado
que as Regiões Sudeste (69,2%) e Centro-Oeste (68,6%) apresentaram participação
maior destes trabalhadores.
Gráfico 10 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por posição na ocupação no trabalho
principal, segundo as Grandes Regiões - 4º trimestre de 2020

No 4º trimestre de 2020, a maior proporção dos empregados estava ocupada


no setor privado (70,0%), 21,4% no setor público e os demais no serviço doméstico
(8,6%). No gráfico, a seguir, é possível verificar a desagregação em cada uma das
Grandes Regiões e fazer a comparação com o 3º trimestre de 2020 e 4º trimestre de
2019.
Gráfico 11 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
empregadas no trabalho principal da semana de referência, segundo as Grandes
Regiões – 2019-2020

Categoria do emprego
No 4º trimestre de 2020, 75,0% dos empregados no setor privado tinham
carteira de trabalho assinada. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou
que 26,1% tinham carteira de trabalho assinada. Os militares e servidores estatutários
correspondiam a 71,2% dos empregados do setor público no 4º trimestre de 2020.
Gráfico 12 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
empregadas no trabalho principal da semana de referência, por setor e
categoria do emprego no trabalho principal - Brasil - 4º trimestre de 2012-2020

O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor


privado mostrou cenários distintos: As Regiões Norte (58,2%) e Nordeste (59,6%)
apresentaram-se em patamares inferiores aos das demais regiões. Em contrapartida, a
Região Sul (85,5%) atingiu patamar superior, conforme mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 13 - Percentual de pessoas com carteira de trabalho assinada na
população de 14 anos ou mais de idade, empregadas no setor privado no
trabalho principal, segundo as Grandes Regiões - 4º trimestre de 2012-2020

Nível da ocupação
O nível da ocupação no Brasil, no 4º trimestre de 2020, foi estimado em
48,9%, o que representou queda de -6,2 pontos percentuais em relação a igual
trimestre de 2019. No cenário regional foram verificadas diferenças de patamar no
nível da ocupação. As Regiões Sul (54,7%) e Centro-Oeste (54,4%) foram as que
apresentaram os maiores percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas em idade
de trabalhar. A Região Nordeste apresentou o menor nível da ocupação (41,6%).
Gráfico 14 - Nível da ocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos
ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2020

Sexo
As análises apontaram diferenças no nível da ocupação entre homens e
mulheres, ou seja, a proporção de homens com 14 anos ou mais de idade trabalhando
era superior ao de mulheres deste mesmo grupo etário também trabalhando. No 4º
trimestre de 2020, o nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 59,0%
e o das mulheres, em 40,0%.
Gráfico 15 - Nível da ocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos
ou mais de idade, por sexo - Brasil - 4º trimestre de 2020

Idade
No Brasil, no 4º trimestre de 2020, o grupo etário de 25 a 39 anos foi
estimado com o mais alto nível da ocupação, 68,1%, seguido pelo grupo etário de 40 a
59 anos, 63,7%. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a estimativa era de 45,3%; entre os
menores de idade, de 14 a 17 anos, a estimativa foi de 9,0%, enquanto entre os idosos
(60 anos ou mais), 18,9%.
Gráfico 16 - Nível da ocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos
ou mais de idade, por grupos de idade – Brasil - 4º trimestre de 2020

A tabela, a seguir, mostra a evolução do nível da ocupação por grupos de


idade desde 2012. Os resultados revelaram perceptível redução da participação dos
trabalhadores menores de idade na população ocupada (de 18,7% para 9,0%). Para o
grupo de 18 a 24 anos, o nível da ocupação passou de 59,7% em 2012 para 45,3% em
2020. No grupo etário de 25 a 39 anos, também se verificou tendência de queda nesse
período (de 75,1% para 68,1%). Para o grupo de trabalhadores de 40 a 59 anos, foi
observada variação de 68,8% para 63,7% no nível Brasil, enquanto o grupo de idosos
foi de 22,2% para 18,9%.
Tabela 5 - Nível da ocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos
ou mais de idade, por idade – Brasil - 2012-2020
4°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
14 a 17 anos 18,7 17,0 15,9 14,8 11,3 11,7 11,4 11,3 9,0
18 a 24 anos 59,7 58,8 57,9 54,8 50,9 51,7 51,6 53,0 45,3
25 a 39 anos 75,1 76,0 75,8 74,7 72,8 73,5 73,7 74,3 68,1
40 a 59 anos 68,8 69,5 70,0 69,5 67,7 68,0 68,5 69,1 63,7
60 anos ou mais 22,2 22,1 22,1 21,9 22,0 22,5 22,7 22,9 18,9

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
No 4º trimestre de 2020, 17,9% das pessoas sem instrução e menos de um
ano de estudo estavam trabalhando. No grupo das pessoas com nível superior
completo, o nível da ocupação chegou a 72,5%, como mostra o gráfico seguinte.

Gráfico 17 - Nível da ocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos


ou mais de idade, por níveis de instrução – Brasil - 4º trimestre de 2020
Cor ou raça
O nível da ocupação apresentou redução do quarto trimestre de 2019 para o
mesmo período de 2020, para as pessoas brancas, pretas e pardas. As pessoas de cor
branca permaneceram registrando a maior estimativa (50,4%) e as de cor parda, a
menor (47,1%).

Gráfico 18 - Nível da ocupação, na semana de referência, segundo a cor ou raça -


Brasil - 4º trimestre de 2014-2020

Grupamentos de Atividade Econômica


O grupamento de atividade da Administração pública, defesa, seguridade
social, educação, saúde humana e serviços sociais possuía a maior proporção de
trabalhadores no 4º trimestre de 2020, com 19,3%, seguido do grupamento do
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (18,6%) e da Indústria
Geral (12,7%). Os grupamentos com as menores participações foram: Outros serviços
(4,9%); Transporte, armazenagem e correio (5,0%); e Alojamento e alimentação (4,8%).
Do quarto trimestre de 2012 para o mesmo período de 2020, a Indústria
geral, a Indústria de transformação e a Construção foram as que apresentaram as
maiores reduções em sua participação na população ocupada (registrando queda de
1,8, 1,8 e 1,6 p.p., respectivamente). O grupamento que teve o maior aumento de
participação foi a Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde
humana e serviços sociais, com elevação de 3,3 p.p. no período.

Gráfico 19 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais, ocupadas


na semana de referência, por grupamentos de atividade econômica, Brasil - 4º
trimestre de 2012-2020
Gráfico 20 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por grupamentos de atividade econômica,
segundo as Grandes Regiões - 4º trimestre de 2020
POPULAÇÃO DESOCUPADA
Sexo
Diferente do que foi observado para as pessoas ocupadas, o percentual de
mulheres na população desocupada foi superior ao de homens. No 4º trimestre de
2020 elas representavam 52,9% dessa população.

Gráfico 21 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


desocupadas na semana de referência, por sexo – Brasil - 4º trimestre de 2015-
2020
Idade
No 4º trimestre de 2020, o grupo de 14 a 17 anos de idade representava 6,0%
das pessoas desocupadas do País. Os jovens de 18 a 24 anos eram 29,4% das pessoas
desocupadas. A maior parcela era representada pelos adultos de 25 a 39 anos de idade
(35,3%).

Gráfico 22 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


desocupadas na semana de referência, por grupos de idade – Brasil - 4º
trimestre de 2020

Entre o 4º trimestre de 2012 e o 4º trimestre de 2020, houve aumento da


participação das pessoas desocupadas com idade entre 40 e 59 anos (de 17,6% para
26,6%) e dos idosos (de 1,8% para 2,8%).
Tabela 6 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
desocupadas na semana de referência, por grupos de idade - Brasil - 2012-2020
4°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

14 a 17 anos 9,8 9,0 9,4 9,2 8,3 8,1 8,0 7,8 6,0
18 a 24 anos 33,3 33,0 32,6 32,4 32,5 32,7 32,4 31,3 29,4

25 a 39 anos 37,5 37,8 37,3 36,1 35,6 34,4 34,4 34,8 35,3

40 a 59 anos 17,6 18,6 18,7 20,5 21,7 22,3 22,7 23,1 26,6

60 anos ou mais 1,8 1,6 2,0 1,8 1,9 2,5 2,6 2,9 2,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
No 4º trimestre de 2020, 59,3% das pessoas desocupadas tinham concluído
pelo menos o ensino médio, enquanto 20,3% não tinham concluído o ensino
fundamental. Aquelas com nível superior completo representavam 11,2%.

Gráfico 23 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


desocupadas na semana de referência, por nível de instrução – Brasil - 4º
trimestre de 2020
Cor ou raça
O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 foi
estimado em 7,6 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 48,9% dessa
população; seguido dos brancos, 40,2% e dos pretos 10,2%. No 4º trimestre de 2020,
esse contingente subiu para 13,9 milhões de pessoas e a participação dos pardos
passou a ser de 50,1%; a dos brancos reduziu para 37,1% e dos pretos subiu para
11,9%.

Gráfico 24 - Pessoas de 14 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de


referência, segundo cor ou raça - Brasil - 2012-2020

TAXA DE DESOCUPAÇÃO
A taxa de desocupação, no Brasil, no 4º trimestre de 2020, foi estimada em
13,9%. Este indicador apresentou redução de -0,7 p.p. em relação ao 3º trimestre de
2020 (14,6%). Quando comparada com o 4º trimestre de 2019 (11,0%), a taxa
apresentou aumento de 3,0 p.p..
No enfoque regional foram verificadas diferenças de patamares relativos à
taxa de desocupação ao longo de todos os trimestres analisados. A Região Nordeste
permaneceu apresentando as maiores taxas de desocupação ao longo de toda série,
tendo registrado, no 4º trimestre de 2020, uma taxa de 17,2%; enquanto a Região Sul
teve a menor, 8,2%.
As Regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram redução estatisticamente
significativa da taxa de desocupação frente ao 3º trimestre de 2020, enquanto as
demais Grandes Regiões apresentaram estabilidade. O gráfico a seguir, mostra o
comportamento da taxa de desocupação entre 2012 e 2020.

Gráfico 25 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas


com 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2020
Sexo
As análises apontaram diferenças na taxa de desocupação entre homens e
mulheres. No 4º trimestre de 2020, a taxa foi estimada em 11,9% para os homens e
16,4% para as mulheres. Lembrando que a taxa total para este período ficou em
13,9%.

Gráfico 26 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas com 14


anos ou mais de idade, por sexo – Brasil - 4º trimestre de 2020.

Idade
A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade, 29,8%,
apresentou patamar elevado em relação à taxa média total (13,9%). O gráfico a seguir
ilustra as diferenças existentes entre as taxas de desocupação nos diversos grupos
etários.
Gráfico 27 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, por grupos de idade – Brasil - 4º trimestre de 2020

Entre o 4º trimestre de 2012 e o 4º trimestre de 2020 houve aumento da taxa


de desocupação em todos os grupos de idade, como pode ser observado na tabela a
seguir.

Tabela 7 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas com 14


anos ou mais de idade, por grupos de idade – Brasil - 4º trimestre de 2012-2020
4°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
14 a 17 anos 19,6 18,5 21,0 28,8 39,7 39,1 40,3 39,2 42,7
18 a 24 anos 14,2 13,1 14,1 19,4 25,9 25,3 25,2 23,8 29,8
25 a 39 anos 6,7 6,0 6,3 8,5 11,2 10,8 10,7 10,3 13,9
40 a 59 anos 3,4 3,2 3,3 4,9 6,9 7,0 6,9 6,6 9,0
60 anos ou mais 2,0 1,6 2,0 2,5 3,4 4,2 4,0 4,2 5,0

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio
incompleto, 23,7%, era superior à verificada para os demais níveis de instrução. Para
o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 16,9%, mais
que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo, 6,9%.

Gráfico 28 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas de 14


anos ou mais de idade, por nível de instrução – Brasil - 4º trimestre de 2020

Cor ou raça
A taxa de desocupação desagregada por cor ou raça mostrou que a taxa dos
que se declararam brancos (11,5%) ficou abaixo da média nacional. Porém a dos
pretos (17,2%) e a dos pardos (15,8%) ficou acima. No 1º trimestre de 2012, quando a
taxa média foi estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,6%; a dos pardos a
9,1% e a dos brancos era 6,6%.
Gráfico 29 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, segundo a cor ou raça - Brasil - 2012-2020

POPULAÇÃO FORA DA FORÇA DE TRABALHO


No Brasil, no 4º trimestre de 2020, 43,2% das pessoas em idade de trabalhar
foram classificadas como fora da força de trabalho (76,3 milhões), ou seja, aquelas que
não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa.
A Região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da
força de trabalho, 49,8%. As Regiões Sudeste (41,1%), Sul (40,4%) e Centro-Oeste
(38,3%) tiveram os menores percentuais. Importante destacar que esta configuração
não se alterou significativamente ao longo da série histórica disponível, conforme
pode ser conferido na tabela a seguir.
Tabela 8 - Percentual das pessoas fora da força de trabalho, na semana de
referência, da população de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes
Regiões - 2012-2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T
Brasil 38,5 38,7 38,7 39,0 39,1 39,1 38,6 38,6 38,8 38,6 38,2 38,2 38,3 38,3 37,9 38,1 44,9 43,2
Norte 38,2 37,4 39,0 38,9 38,8 39,3 38,3 38,7 39,7 39,5 39,8 39,6 40,3 40,0 39,6 40,2 44,5 42,7
Nordeste 43,0 43,7 44,1 43,4 43,2 43,2 42,6 43,5 45,0 45,0 45,3 45,1 45,2 45,2 45,3 45,5 52,7 49,8
Sudeste 37,1 37,4 36,9 37,9 38,3 38,2 37,5 37,2 36,4 36,2 35,1 35,2 34,9 35,3 34,6 34,9 42,3 41,1
Sul 35,9 36,0 35,8 35,9 36,2 36,4 36,2 35,5 36,1 35,7 35,5 35,4 36,2 35,9 35,6 35,3 41,3 40,4
Centro-Oeste 35,2 35,2 34,3 35,1 34,9 35,0 35,3 35,2 35,1 34,4 34,3 34,9 34,3 34,1 33,0 33,7 39,2 38,3

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Sexo
A população fora da força de trabalho era composta em sua maioria por
mulheres. No 4º trimestre de 2020, elas representavam 64,2%. Ressalta-se que esta
configuração não se alterou significativamente ao longo da série histórica disponível.
Gráfico 30 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
fora da força de trabalho, na semana de referência, por sexo – Brasil - 4º
trimestre de 2015-2020

Idade
No 4º trimestre de 2020, no Brasil, 40,9% da população fora da força de
trabalho era composta por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade). Aqueles
com menos de 25 anos de idade somavam 23,6% e os adultos, com idade de 25 a 59
anos, representavam 35,5%.
Gráfico 31- Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade
fora da força de trabalho, na semana de referência, por grupos de idade – Brasil
- 4º trimestre de 2020

O gráfico, a seguir, mostra o percentual de pessoas fora da força de trabalho


em cada um dos grupos de idade analisados, no total das pessoas em idade de
trabalhar. Como esperado, os percentuais são maiores entre os menores de idade (14
a 17 anos) e entre os idosos (60 anos ou mais).
Gráfico 32 - Percentual de pessoas fora da força de trabalho, na semana de
referência, na população de 14 anos ou mais de idade, por grupos de idade –
Brasil - 4º trimestre de 2020

Nível de instrução
No 4º trimestre de 2020, 48,3% da população fora da força de trabalho não
tinham concluído o ensino fundamental e cerca de um terço tinha concluído pelo
menos o ensino médio (33,1%).
Gráfico 33 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
fora da força de trabalho, na semana de referência, por nível de instrução –
Brasil - 4º trimestre de 2020

Cor ou raça
A população fora da força de trabalho (formada pelas pessoas que não
estavam ocupadas e nem desocupadas na semana de referência da pesquisa) foi
estimada 76,3 milhões de pessoas no 4º trimestre de 2020. Neste período, os pardos
representavam 45,6% da população fora da força, seguidos pelos brancos (44,7%) e
pelos pretos (8,5%).
Gráfico 34 – Distribuição percentual da população fora da força de trabalho
segundo a cor ou raça - Brasil - 2015-2020

RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUALMENTE RECEBIDO PELAS


PESSOAS OCUPADAS EM TODOS OS TRABALHOS
No 4º trimestre de 2020, o rendimento médio real de todos os trabalhos,
habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas
na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2 507. Este
resultado apresentou redução de -4,2% em relação ao trimestre imediatamente
anterior (R$ 2 616) e aumento de 2,8% em relação ao mesmo trimestre do ano
anterior (R$ 2 240).
Gráfico 35 - Rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas de
14 anos ou mais de idade, ocupadas em todos os trabalhos - Brasil - 2012 a 2020
-(em R$)

Na comparação entre o 3º e o 4º trimestre de 2020, as Regiões Nordeste (R$ 1


683) e Sudeste (R$ 2 903) apresentaram redução estatisticamente significativa do
rendimento (-3,7% e -5,3%, respectivamente), enquanto as demais permaneceram
estáveis. Em relação ao 4º trimestre de 2019, apenas a Região Sudeste apresentou
variação estatisticamente significativa (aumento de 4,0%).
Tabela 9 - Rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as
Grandes Regiões - 2012-2020 -(em R$)

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T

Brasil 2 313 2 305 2 403 2 382 2 434 2 429 2 387 2 348 2 343 2 363 2 378 2 394 2 413 2 431 2 416 2 440 2 616 2 507
Norte 1 888 1 885 1 898 1 898 1 915 1 895 1 835 1 788 1 768 1 763 1 853 1 862 1 855 1 822 1 834 1 848 1 914 1 876

Nordeste 1 566 1 556 1 650 1 638 1 664 1 670 1 628 1 582 1 565 1 596 1 620 1 663 1 671 1 687 1 659 1 682 1 748 1 683

Sudeste 2 617 2 609 2 715 2 686 2 806 2 787 2 772 2 740 2 713 2 730 2 712 2 721 2 762 2 777 2 766 2 792 3 066 2 903

Sul 2 539 2 513 2 643 2 638 2 629 2 665 2 561 2 518 2 541 2 570 2 598 2 609 2 600 2 642 2 654 2 665 2 773 2 745

Centro-Oeste 2 722 2 740 2 790 2 815 2 734 2 730 2 681 2 624 2 647 2 633 2 684 2 710 2 697 2 732 2 628 2 680 2 808 2 751

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

No 4º trimestre de 2020, a massa de rendimento médio real de todos os


trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de
idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimada
em R$ 210,7 bilhões de reais, registrando estabilidade estatística em relação ao
trimestre anterior (R$ 210,3 bilhões de reais), e redução de -6,5% frente ao 4º
trimestre de 2019 (R$ 225,5 bilhões de reais). O gráfico, a seguir, apresenta a série da
massa de rendimento médio real e nominal habitualmente recebido pelas pessoas
ocupadas, segundo os trimestres de 2012 a 2020.
Gráfico 36 - Massa de rendimento de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, com rendimento de trabalho - Brasil - 2012 a 2020 - (em
R$ milhões)

Regionalmente, a Região Sudeste apresentou a maior massa de rendimento


real ao longo da série histórica, tendo registrado R$ 108,8 bilhões de reais no 4º
trimestre de 2020. Na comparação entre o 3º e o 4º trimestre de 2020, somente a
Região Nordeste teve variação estatisticamente significativa da massa de rendimento,
com aumento de 3,9%.
Tabela 10 - Massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, com rendimento de trabalho, por Grandes Regiões -
2012-2020 - (em R$ bilhões)

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T 3°T 4°T
Brasil 199,7 199,8 210,5 210,2 216,3 217,5 211,9 209,4 204,6 207,2 210,8 214,2 217,3 220,1 221,3 225,5 210,3 210,7
Norte 11,8 12,1 12,2 12,4 12,7 12,6 12,2 12,1 11,6 11,5 12,3 12,6 12,7 12,6 12,8 13,0 12,4 12,8
Nordeste 31,8 31,6 33,6 34,2 35,3 35,8 34,7 33,6 31,8 32,4 32,7 34,2 34,3 34,7 34,3 35,2 30,6 31,8
Sudeste 102,9 102,8 108,2 106,7 111,8 111,9 110,3 109,2 107,0 108,4 109,0 110,1 113,0 114,0 115,6 117,3 111,1 108,8
Sul 34,3 34,2 36,5 36,6 36,7 37,3 35,5 35,6 35,2 36,0 36,7 37,1 36,7 37,8 38,2 39,1 36,5 37,4
Centro-Oeste 18,8 19,1 20,0 20,3 19,8 19,9 19,2 19,0 19,0 19,0 20,0 20,2 20,6 21,0 20,4 20,9 19,8 20,0

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Rio de Janeiro, 10 de março de 2021.


Indicadores IBGE

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua


Primeiro Trimestre de 2020

JAN.-MAR. 2020

Publicado em 15/05/2020 às 9 horas


Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro Indicadores IBGE
Plano de divulgação:
Ministro da Economia
Trabalho e rendimento
Paulo Roberto Nunes Guedes
Pesquisa mensal de emprego*
Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua
Secretário Especial de Fazenda
Agropecuária
Waldery Rodrigues Junior
Estatística da produção agrícola **
Estatística da produção pecuária **
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E Indústria
Pesquisa industrial mensal: emprego e salário ***
ESTATÍSTICA - IBGE
Pesquisa industrial mensal: produção física Brasil
Pesquisa industrial mensal: produção física regional
Presidente Comércio
Susana Cordeiro Guerra Pesquisa mensal de comércio
Serviços
Diretor-Executivo Pesquisa mensal de serviços
Fernando José de Araújo Abrantes Índices, preços e custos
Índice de preços ao produtor – indústrias extrativas e
ORGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES de transformação
Sistema nacional de índices de preços ao consumidor:
Diretoria de Pesquisas IPCA-E
Eduardo Luiz G. Rios Neto Sistema nacional de índices de preços ao consumidor:
INPC - IPCA
Diretoria de Geociências Sistema nacional de pesquisa de custos e índices da
João Bosco de Azevedo construção civil
Contas nacionais trimestrais
Diretoria de Informática Contas nacionais trimestrais: indicadores de volume e
David Wu Tai (in memoriam) valores correntes

Centro de Documentação e Disseminação de * O último fascículo divulgado corresponde a


Informações fevereiro de 2016.
Marise Maria Ferreira
** Continuação de: Estatística da produção
Escola Nacional de Ciências Estatísticas agropecuária, a partir de janeiro de 2006. A produção
Maysa Sacramento de Magalhães agrícola é composta do Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola. A produção pecuária é composta
UNIDADE RESPONSÁVEL da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, da
Pesquisa Trimestral do Leite, da Pesquisa Trimestral
Diretoria de Pesquisas do Couro e da Produção de Ovos de Galinha.

Coordenação de Trabalho e Rendimento *** O último fascículo divulgado corresponde a


Maria Lucia França Pontes Vieira dezembro de 2015.

Iniciado em 1982, com a divulgação de indicadores


Equipe de Análise de Resultados sobre trabalho e rendimento, indústria e preços, o
Adriana Araujo Beringuy periódico Indicadores IBGE passou a incorporar, no
Alessandra Scalioni Brito decorrer das décadas seguintes, informações sobre
Cimar Azeredo Pereira agropecuária, contas nacionais trimestrais e serviços,
Lino Eduardo Rodrigues Pereira visando contemplar as variadas demandas por
Ricardo da Silva Lopes estatísticas conjunturais para o País. Outros temas
poderão ser abarcados futuramente, de acordo com as
necessidades de informação identificadas. O
periódico é subdividido em fascículos por temas
específicos, que incluem tabelas de resultados,
comentários e notas metodológicas. As informações
apresentadas estão disponíveis em diferentes níveis
geográficos: nacional, regional e metropolitano,
variando por fascículo
PNAD Contínua

1º trimestre de 2020
Introdução
Serão apresentados a seguir os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua,
referentes ao primeiro trimestre de 2020.

Salienta-se que os indicadores aqui apresentados foram desenvolvidos utilizando os novos conceitos,
definições e nomenclaturas de acordo com as recomendações da Organização Internacional do Trabalho - OIT,
discutidas na última Conferência Internacional dos Estatísticos do Trabalho - 19ª CIET, realizada em Genebra,
em outubro de 20131.

As análises apresentadas têm como objetivo principal traçar o perfil das populações: em idade de
trabalhar, na força de trabalho, ocupada, desocupada e fora da força de trabalho. Para tanto, foram inseridas
algumas características importantes para o melhor entendimento do mercado de trabalho brasileiro, tais
como: sexo, idade e nível de instrução. Especificamente para a população ocupada, foram incluídas a posição
na ocupação e a categoria do emprego. Constam também deste estudo análises referentes ao nível da
ocupação e à taxa de desocupação. Todas as análises foram construídas para Brasil e Grandes Regiões.

Conceitos e Definições
Pessoas em idade de trabalhar

Pessoas de 14 anos ou mais de idade na data de referência.

Condição de Ocupação

As pessoas em idade de trabalhar são classificadas, quanto à condição de ocupação na semana de


referência, em ocupadas e desocupadas.

Pessoas Ocupadas

São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período, trabalharam
pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios
(moradia, alimentação, roupas, treinamento etc.), ou em trabalho sem remuneração direta em ajuda à
atividade econômica de membro do domicílio ou parente que reside em outro domicílio, ou, ainda, as que
tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.

Consideram-se como ocupadas temporariamente afastadas de trabalho remunerado as pessoas que


não trabalharam durante pelo menos uma hora completa na semana de referência por motivo de férias, folga,
jornada variável ou licença remunerada (em decorrência de maternidade, paternidade, saúde ou acidente da
própria pessoa, estudo, casamento, licença-prêmio etc.). Além disso, também foram consideradas ocupadas
as pessoas afastadas por motivo diferente dos já citados, desde que o período transcorrido do afastamento
fosse inferior a quatro meses, contados até o último dia da semana de referência.

1 http://www.ilo.org/global/statistics-and-databases/meetings-and-events/international-conference-of-labour-
statisticians/lang--en/index.htm
Este conceito de pessoas ocupadas, adotado a partir do quarto trimestre de 2015, já está ajustado à
Resolução I da 19ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho - CIET. Os ajustes ocorreram nos
aspectos referentes ao trabalho sem remuneração direta ao trabalhador e à caracterização como ocupadas
das pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas na semana de
referência2.

Pessoas Desocupadas

São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas sem trabalho em ocupação
nessa semana que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias,
e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência. Consideram-se, também, como
desocupadas as pessoas sem trabalho em ocupação na semana de referência que não tomaram providência
efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias porque já o haviam conseguido e iriam começá-
lo em menos de quatro meses após o último dia da semana de referência.

Este conceito de pessoas desocupadas, adotado a partir do segundo trimestre 2016, já está ajustado à
Resolução I da 19ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho - CIET. Anteriormente, no que se
refere às pessoas que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de
30 dias porque já o haviam conseguido para começar após a semana de referência, não havia limite de tempo
fixado para assumir o trabalho3.

Condição em relação à força de trabalho

As pessoas são classificadas, quanto à condição em relação à força de trabalho na semana de


referência, como na força de trabalho e fora da força de trabalho.

Pessoas na força de trabalho

As pessoas na força de trabalho na semana de referência compreendem as pessoas ocupadas e as


pessoas desocupadas nesse período.

Pessoas fora da força de trabalho

São classificadas como fora da força de trabalho na semana de referência as pessoas que não estavam
ocupadas nem desocupadas nessa semana.

Taxa de participação da força de trabalho

Percentual de pessoas na força de trabalho em relação às pessoas em idade de trabalhar: [Força de


trabalho / pessoas em idade de trabalhar] x 100

2 O conceito anterior era: São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período, trabalharam
pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação,
roupas, treinamento etc.), ou em trabalho sem remuneração direta em ajuda à atividade econômica de membro do domicílio, ou,
ainda, as que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana. Consideram-se como
ocupadas temporariamente afastadas de trabalho remunerado as pessoas que não trabalharam durante pelo menos uma hora
completa na semana de referência por motivo de férias, folga, jornada de trabalho variável, licença-maternidade, ou fatores
ocasionais. Incluem-se, ainda, como ocupadas as pessoas que, na data de referência, estavam, por período inferior a quatro meses:
afastadas do trabalho em licença remunerada por motivo de doença ou acidente da própria pessoa ou outro tipo de licença
remunerada; afastadas do próprio empreendimento sem serem remuneradas por instituto de previdência; ou em greve ou
paralisação. Além disso, também são consideradas ocupadas as pessoas afastadas por motivos diferentes dos já citados, desde que
tivessem continuado a receber ao menos uma parte do pagamento e o período transcorrido do afastamento fosse inferior a quatro
meses.
3 A definição anteriormente adotada relativamente a esse aspecto era: Consideram-se, também, como desocupadas as pessoas sem

trabalho na semana de referência que não tomaram providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias
porque já o haviam conseguido e iriam começá-lo após a semana de referência.
Nível da ocupação

Percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas em idade de trabalhar:


[Ocupados / pessoas em idade de trabalhar] x 100

Taxa de ocupação

Percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas na força de trabalho:


[Ocupados / força de trabalho] x 100

Nível da desocupação

Percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar: [Desocupados /


pessoas em idade de trabalhar] x 100

Taxa de desocupação

Percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho: [Desocupados / força


de trabalho] x 100

Classificação da população em idade de trabalhar.

Rendimento Médio Real Habitual das Pessoas Ocupadas em Todos os Trabalhos

É o rendimento bruto real médio habitualmente recebido em todos os trabalhos que as pessoas
ocupadas com rendimento tinham na semana referência, a preços do mês do meio do trimestre mais recente
que está sendo divulgado. O deflator utilizado para isso é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.

Massa de Rendimento Real Habitual das Pessoas Ocupadas em Todos os Trabalhos

É a soma dos rendimentos brutos habitualmente recebidos de todas as pessoas ocupadas em todos os
trabalhos que tinham na semana de referência, a preços do mês do meio do trimestre mais recente que está
sendo divulgado. O deflator utilizado para isso é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.
Classificação da população ocupada, de acordo com a posição na ocupação e a
categoria do emprego.
RESUMO
No 1º trimestre de 2020, a taxa de desocupação, no Brasil, foi estimada em
12,2%. Esta estimativa apresentou aumento de 1,3 pontos percentuais em comparação
com o 4º trimestre de 2019 (11,0%), e redução de 0,5 ponto percentual frente ao 1º
trimestre de 2019 (12,7%). No confronto trimestral, todas as regiões apresentaram
aumento da taxa de desocupação. A Região Nordeste permaneceu registrando a maior
taxa de desocupação entre todas as regiões (15,6%).
A distribuição das pessoas desocupadas, na semana de referência, dos grupos
de pessoas de 25 a 39 (33,7%) e de 18 a 24 anos (32,0%) anos de idade, continuou a
apresentar patamar superior ao estimado nos outros grupos etários. Nas Grandes
Regiões, a composição dos dois grupos etários oscilou de 31,2% no Sudeste a 33,3% no
Norte e Centro-Oeste para o grupo de 18 a 24 anos e de 31,1% no Centro-Oeste a 39,0%
no Norte para o grupo de 25 a 39 anos.
O indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população
em idade de trabalhar (nível da ocupação) foi estimado em 53,5% no 1º trimestre de
2020 no Brasil, apresentando queda de -1,6 pontos percentuais na comparação com o
trimestre anterior e queda de -0,4 ponto percentual frente ao 1º trimestre de 2019. No
confronto com o 1º trimestre de 2019, foi registrado o seguinte comportamento: Norte
(estabilidade), Nordeste (redução), Sudeste (estabilidade), Sul (estabilidade) e Centro-
Oeste (estabilidade). Na comparação trimestral, contudo, todas as Grandes Regiões
apresentaram queda do nível da ocupação.
A população ocupada, no 1º trimestre de 2020, estimada em 92,2 milhões de
pessoas, era composta por 66,9% de empregados (incluindo empregados domésticos),
4,8% de empregadores, 26,2% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,1%
de trabalhadores familiares auxiliares. Nas Regiões Norte (33,6%) e Nordeste (29,8%),
o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais
regiões.
No 1º trimestre de 2020, 75,0% dos empregados do setor privado tinham
carteira de trabalho assinada. As Regiões Norte (60,5%) e Nordeste (60,0%)
apresentaram as menores estimativas desse indicador. Entre os trabalhadores
domésticos, a pesquisa mostrou que 27,5% deles tinham carteira de trabalho assinada.
No mesmo trimestre de 2019, essa proporção havia sido de 30,0%.
O grupamento de atividade de Comércio, reparação de veículos automotores e
motocicletas possuía a maior proporção de trabalhadores no 1º trimestre de 2020, com
18,8%, seguido do grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social,
educação, saúde humana e serviços sociais (17,9%) e de Indústria geral (12,8%). Os
grupamentos com as menores participações, foram: Alojamento e alimentação (5,8%);
Outro serviço (5,4%); e Transporte, armazenagem e correio (5,3%).
Do primeiro trimestre de 2012 para o mesmo período de 2020, a Agricultura,
pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, a Indústria geral e a Indústria de
transformação foram as que apresentaram as maiores reduções em sua participação na
população ocupada (registrando queda de 2,7, 1,9 e 1,6 p.p., respectivamente). Os
grupamentos que tiveram o maior aumento de participação foram a Administração
pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais e o
Alojamento e alimentação, com elevação de 1,9 e 1,4 p.p. respectivamente nesse
período.
O rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por
mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com
rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2 398. Este resultado apresentou
estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2 371) quanto
em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2 378). Apenas a região Sudeste
(R$ 2 776) teve crescimento do rendimento médio real (2,2%) na comparação
trimestral, enquanto as demais permaneceram estáveis.
A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de
referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 216,3 milhões de reais,
registrando redução em relação ao trimestre anterior (R$ 219,2 milhões de reais) e
estabilidade em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 213,1 milhões de
reais). Regionalmente, o Sul registrou queda (-3,1%) desse indicador no confronto
trimestral. Frente ao 1º trimestre de 2019, o Sudeste foi a única região que apresentou
crescimento (3,4%) da massa.
Comentários
POPULAÇÃO EM IDADE DE TRABALHAR (14 ANOS OU MAIS DE
IDADE)
A população em idade de trabalhar representava 82,0% da população total no
1º trimestre de 2020. Nas Regiões Sudeste (83,6%) e Sul (83,0%) estes percentuais
eram superiores aos verificados nas demais regiões, conforme mostra a tabela a seguir.
A Região Norte foi a que apresentou o menor percentual (77,1%).

Tabela 1 -Taxa de participação na população total, na semana de referência, das


pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões – 1º
Trimestre/2012-2020
Grandes 1º Trim. 2012 1º Trim. 2013 1º Trim. 2014 1º Trim. 2015 1º Trim. 2016 1º Trim. 2017 1º Trim. 2018 1º Trim. 2019 1º Trim. 2020
Regiões
Brasil 79,0 79,5 79,7 80,6 80,9 81,2 81,4 81,6 82,0
Norte 72,1 72,9 73,6 74,1 74,7 75,5 76,5 76,9 77,1
Nordeste 76,8 77,2 77,6 78,4 78,7 79,7 79,6 80,1 80,4
Sudeste 81,4 81,8 82,0 82,9 82,9 82,8 82,8 83,3 83,6
Sul 81,0 81,7 81,7 82,5 82,7 83,0 82,9 83,1 83,0
Centro-Oeste 78,1 78,8 79,0 79,7 79,9 80,3 81,1 80,9 80,9

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Sexo
Os dados da pesquisa mostraram que as mulheres continuavam sendo maioria
entre as pessoas em idade de trabalhar. No 1º trimestre de 2020, elas representavam
52,6% dessa população. Acrescenta-se que este resultado foi similar nos demais
trimestres observados. A análise dos dados confirmou, no 1º trimestre de 2020, uma
proporção maior de mulheres em idade de trabalhar em todas as Grandes Regiões,
conforme mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 1 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
sexo, segundo as Grandes Regiões - 1º trimestre de 2020

Idade
No País, no 1º trimestre de 2020, as pessoas de 14 a 17 anos de idade
representavam 7,2% das pessoas em idade de trabalhar. Os jovens de 18 a 24 anos
correspondiam a 12,8%. As maiores parcelas eram formadas pelos grupos de 25 a 39
anos (27,4%) e de 40 a 59 anos (32,6%). Os considerados idosos pela Organização
Mundial da Saúde para países em desenvolvimento, 60 anos ou mais de idade,
representavam 20,1%. É importante observar que a composição etária era diferente
entre as cinco Grandes Regiões, característica importante para o entendimento do
mercado de trabalho regional. A Região Norte apresentou o maior percentual de
pessoas de 14 a 17 anos de idade (9,5%). Outro destaque, também observado na Região
Norte, é o fato da participação da população de 18 a 24 anos (16,0%) ser superior à de
idosos (14,5%). Ressalta-se ainda que as Regiões Sudeste (21,7%) e Sul (22,1%)
apresentaram os maiores percentuais de idosos.
Gráfico 2 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
grupos de idade, segundo as Grandes Regiões - 1º trimestre de 2020

Nível de Instrução
A pesquisa mostrou que no Brasil, no 1º trimestre de 2020, entre as pessoas
em idade de trabalhar, 33,9% não tinham completado o ensino fundamental e 49,5%
haviam concluído pelo menos o ensino médio. Regionalmente, verificou-se um quadro
diferenciado. Nas Regiões Nordeste (42,4%) e Norte (36,9%), parte expressiva da
população de 14 anos ou mais de idade não tinha concluído o ensino fundamental,
enquanto que, nas Regiões Sul (33,1%), Centro-Oeste (31,5%) e Sudeste (28,7%) esses
percentuais eram menores. Completando a análise, observou-se que na Região Sudeste
(55,0%) o percentual dos que tinham concluído pelo menos o ensino médio era maior
do que o verificado nas Regiões Norte (45,3%), Nordeste (41,9%), Sul (48,6%) e Centro-
Oeste (51,2%). A análise permitiu mostrar ainda que, no País, 15,2% da população em
idade de trabalhar havia concluído o nível superior. Nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste
este percentual era de 18,1% e de 17,3%, respectivamente; bastante superior ao
observado nas Regiões Nordeste e Norte, 10,5% e 11,2%, respectivamente.
Gráfico 3 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
nível de instrução, segundo as Grandes Regiões - 1º trimestre de 2020

Cor ou raça
A população em idade de trabalhar, classificada como as pessoas de 14 anos ou
mais de idade na semana de referência, foi estimada no 1º trimestre de 2020 em 172,4
milhões de pessoas, sendo que, 46,1% se declararam de cor parda; 43,2% de cor branca
e 9,7% de cor preta.
Gráfico 4 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
segundo a cor ou raça - Brasil - 1º trimestre

CONDIÇÃO EM RELAÇÃO À FORÇA DE TRABALHO (PESSOAS NA


FORÇA E FORA DA FORÇA DE TRABALHO)
A distribuição da população em idade de trabalhar, composta pelas pessoas que
estavam na força de trabalho (total de pessoas ocupadas e desocupadas) e pelas
pessoas fora da força de trabalho praticamente não apresentou variação significativa
ao longo dos 33 trimestres observados - registrando no 1º trimestre de 2020, 61,0% e
39,0%, respectivamente, como mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 5 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
segundo a condição na força de trabalho, na semana de referência - Brasil -
2012-2020

Regionalmente, verificou-se que no Nordeste, a taxa de participação na força


de trabalho (percentual de pessoas na força de trabalho da população de 14 anos ou
mais de idade), no 1º trimestre de 2020, foi de 53,8%, inferior à taxa observada nas
demais regiões; por outro lado, a Região Centro-Oeste apresentou a maior taxa, 65,4%,
conforme tabela a seguir apresentada. Com exceção do Norte, as demais regiões tiveram
queda significative da taxa de participação na comparação com 4º trimestre de 2019.
Tabela 2 -Taxa de participação (%) da força de trabalho, na semana de
referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes
Regiões - 2012-2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T
Brasil 61,1 61,3 61,2 61,0 61,1 60,9 61,0 61,4 61,4 61,4 61,6 61,8 61,7 61,7 61,7 61,9 61,0
Norte 61,1 62,6 62,3 61,1 61,2 60,7 61,3 61,3 61,4 60,5 59,9 60,4 59,6 60,0 59,7 59,8 59,6
Nordeste 56,8 56,3 56,0 56,6 56,9 56,8 56,8 56,5 56,1 55,0 54,7 54,9 54,6 54,8 54,5 54,5 53,8
Sudeste 62,3 62,6 62,5 62,1 62,1 61,8 61,9 62,8 63,1 63,8 64,4 64,8 65,0 64,7 64,9 65,1 64,0
Sul 63,8 64,0 64,2 64,1 64,2 63,6 63,8 64,5 64,6 64,3 64,8 64,6 64,0 64,1 64,3 64,7 63,6
Centro-Oeste 64,9 64,8 65,1 64,9 64,8 65,0 65,1 64,8 64,8 65,6 65,2 65,1 65,1 65,9 66,2 66,3 65,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

FORÇA DE TRABALHO (CONTINGENTE DE PESSOAS OCUPADAS OU


PESSOAS DESOCUPADAS)
No 1º trimestre de 2020, 61,0% da população em idade de trabalhar estava na
força de trabalho (taxa de participação). Deste contingente, 87,8% se encontravam
ocupados e 12,2% desocupados. Esta última estimativa, denominada taxa de
desocupação, mostrou patamares diferenciados entre as regiões. A taxa de desocupação
será mais detalhada em um capítulo específico desse relatório intitulado “taxa de
desocupação”.

Tabela 3 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, na


força de trabalho, por condição de ocupação na semana de referência, segundo
as Grandes Regiões - 1° Trimestre - 2012-2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T
Ocupadas
Brasil 92,0 93,2 92,0 93,8 92,8 93,5 92,2 91,1 89,1 88,0 86,3 88,2 86,9 88,4 87,3 89,0 87,8
Norte 90,3 93,3 92,0 93,3 92,1 92,2 91,0 91,1 89,9 87,3 85,8 88,7 87,2 88,3 86,9 89,5 88,1
Nordeste 90,3 90,8 89,0 92,1 90,6 91,5 90,7 89,5 87,4 85,7 83,8 86,2 84,1 85,7 84,7 86,4 84,4
Sudeste 92,2 93,5 92,5 93,7 93,0 93,6 92,0 90,4 88,7 87,7 85,8 87,4 86,2 87,9 86,8 88,6 87,6
Sul 94,5 95,9 95,3 96,0 96,0 96,0 94,7 94,2 92,3 92,3 90,7 92,3 91,6 92,7 91,9 93,2 92,5
Centro-Oeste 93,2 94,7 93,4 94,8 93,5 94,9 92,4 93,7 90,0 89,1 88,0 90,7 89,5 91,5 89,2 90,7 89,4
Desocupadas
Brasil 8,0 6,8 8,0 6,2 7,2 6,5 7,8 8,9 10,9 12,0 13,7 11,8 13,1 11,6 12,7 11,0 12,2
Norte 9,7 6,7 8,0 6,7 7,9 7,8 9,0 8,9 10,1 12,7 14,2 11,3 12,8 11,7 13,1 10,5 11,9
Nordeste 9,7 9,2 11,0 7,9 9,4 8,5 9,3 10,5 12,6 14,3 16,2 13,8 15,9 14,3 15,3 13,6 15,6
Sudeste 7,8 6,5 7,5 6,3 7,0 6,4 8,0 9,6 11,3 12,3 14,2 12,6 13,8 12,1 13,2 11,4 12,4
Sul 5,5 4,1 4,7 4,0 4,0 4,0 5,3 5,8 7,7 7,7 9,3 7,7 8,4 7,3 8,1 6,8 7,5
Centro-Oeste 6,8 5,3 6,6 5,2 6,5 5,1 7,6 6,3 10,0 10,9 12,0 9,3 10,5 8,5 10,8 9,3 10,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
POPULAÇÃO OCUPADA
Sexo
Como já foi mencionado, as mulheres eram maioria na população em idade de
trabalhar, todavia, entre as pessoas ocupadas, verificou-se a predominância de homens
(56,2%). Este fato foi confirmado em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os
homens representavam 59,9% dos trabalhadores no 1º trimestre de 2020.

Gráfico 6 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


ocupadas na semana de referência, por sexo, segundo as Grandes Regiões - 1º
trimestre de 2020

Idade
A análise do contingente de ocupados no 1º trimestre de 2020, por grupos de
idade, mostrou que: 12,0% deles eram jovens de 18 a 24 anos; que os adultos, aqueles
nas faixas de 25 a 39 anos e 40 a 59 anos de idade, representavam 78,3% e que os idosos
correspondiam a 8,3%.
Gráfico 7 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por grupos de idade, segundo as Grandes
Regiões - 1º trimestre de 2020

A tabela, a seguir, mostra a evolução da distribuição das pessoas ocupadas por


grupos de idade nas Grandes Regiões, o que permite observar que a participação dos
grupo de idade compreendido entre 14 e 17 anos apresentou pequena retração do 1o
trimestre de 2019 para o mesmo trimestre de 2020. Entre os mais velhos houve
expansão: 40 a 59 anos de idade (de 40,4% para 41,1%) e 60 anos ou mais de idade
(8,2% para 8,3%).
Tabela 4 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas, na semana de referência, por grupos de idade e Grandes Regiões -
2012-2020
1°Trimestre
Grandes Regiões
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

14 a 17 anos
Brasil 3,0 2,8 2,6 2,4 2,0 1,7 1,7 1,5 1,4

Norte 4,0 3,9 3,6 3,5 2,9 3,0 2,5 2,4 2,3

Nordeste 3,4 3,4 3,0 2,9 2,3 2,0 1,8 1,6 1,3

Sudeste 2,5 2,2 2,0 1,6 1,5 1,3 1,4 1,2 1,1

Sul 3,6 3,0 2,9 2,7 2,3 1,9 2,0 1,7 1,6

Centro-Oeste 3,0 3,1 2,9 2,6 2,2 1,9 1,9 1,8 1,5

18 a 24 anos

Brasil 14,9 14,5 14,0 13,5 12,8 12,5 12,5 12,4 12,0

Norte 15,8 15,3 15,4 14,7 14,1 13,7 13,9 13,6 13,1

Nordeste 15,1 14,8 14,3 13,7 13,2 12,7 12,6 12,5 11,7

Sudeste 14,4 14,1 13,4 12,9 12,0 11,9 11,7 11,8 11,6

Sul 15,4 14,8 14,3 14,0 13,5 13,3 13,5 12,9 12,7

Centro-Oeste 15,0 14,4 14,4 13,5 12,9 12,8 13,0 12,9 12,5

25 a 39 anos

Brasil 39,2 38,8 39,3 38,5 38,5 38,4 38,0 37,5 37,2

Norte 42,6 41,2 41,3 40,2 40,3 39,8 39,5 38,7 38,1

Nordeste 40,1 39,8 40,4 39,9 40,2 39,9 39,8 39,1 39,0

Sudeste 38,8 38,4 38,7 37,9 37,7 37,6 37,3 37,0 36,4

Sul 36,4 36,3 37,6 36,5 36,8 37,1 36,5 36,1 36,6

Centro-Oeste 41,1 40,3 40,6 39,4 39,8 39,5 38,6 37,5 36,7

40 a 59 anos

Brasil 36,6 37,5 37,6 38,8 39,6 40,0 40,0 40,4 41,1

Norte 32,4 34,0 33,9 35,5 36,7 37,2 37,6 38,2 39,3

Nordeste 35,0 35,5 36,0 36,9 38,0 38,9 38,9 39,6 40,5

Sudeste 37,7 38,6 39,0 40,1 40,9 41,2 41,0 41,0 41,9

Sul 38,5 39,4 38,7 40,0 40,2 40,0 40,4 41,2 40,8

Centro-Oeste 35,2 36,3 36,3 38,4 38,6 39,3 39,1 39,9 41,3

60 anos ou mais

Brasil 6,3 6,5 6,5 6,9 7,2 7,3 7,8 8,2 8,3

Norte 5,1 5,5 5,7 6,1 6,0 6,2 6,5 7,2 7,2

Nordeste 6,4 6,4 6,3 6,5 6,4 6,5 6,9 7,3 7,6

Sudeste 6,6 6,8 6,8 7,4 7,9 7,9 8,6 9,0 9,0

Sul 6,1 6,5 6,5 6,8 7,2 7,7 7,6 8,1 8,3

Centro-Oeste 5,7 5,9 5,8 6,1 6,5 6,5 7,4 7,8 7,9

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Nível de Instrução
No 1º trimestre de 2020, a pesquisa mostrou que, no Brasil, entre as pessoas
ocupadas, 23,7% não tinham concluído o ensino fundamental, 62,2% tinham concluído
pelo menos o ensino médio e 21,7% tinham concluído o nível superior.
Regionalmente, a análise destacou um quadro diferenciado. Nas Regiões Norte (30,4%)
e Nordeste (31,1%), o percentual de pessoas nos níveis de instrução mais baixos (não
tinham concluído o ensino fundamental) era superior ao observado nas demais regiões.
Nas Regiões Sudeste (67,2%) e Centro-Oeste (61,5%) o percentual das pessoas em
idade de trabalhar que tinham completado pelo menos o ensino médio era superior ao
das demais regiões. A Região Sudeste (24,6%) foi a que apresentou o maior percentual
de pessoas com nível superior completo, enquanto a Região Norte teve o menor
(16,5%).

Gráfico 8 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


ocupadas na semana de referência, por nível de instrução, segundo as Grandes
Regiões - 1º trimestre de 2020
Posição na ocupação
No 1º trimestre de 2020, a população ocupada era composta por 66,9% de
empregados (soma de empregados no setor publico e no setor privado mais
trabalhador doméstico), 4,8% de empregadores, 26,2% de pessoas que trabalharam
por conta própria e 2,1% de trabalhadores familiares auxiliares.

Gráfico 9 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


ocupadas na semana de referência, segundo a posição na ocupação do trabalho
principal - Brasil - 2012-2020

A pesquisa apontou diferenças regionais com relação à forma de inserção do


trabalhador no mercado de trabalho. Nas Regiões Norte (33,6%) e Nordeste (29,8%) o
percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado
nas demais regiões. Em contrapartida, na categoria dos empregados foi constatado que
as Regiões Sudeste (69,8%) e Centro-Oeste (68,9%) apresentaram participação maior
destes trabalhadores.
Gráfico 10 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por posição na ocupação no trabalho
principal, segundo as Grandes Regiões - 1º trimestre de 2020

A maior proporção dos empregados estava ocupada no setor privado (71,5%),


18,9% no setor público e os demais no serviço doméstico (9,7%). No gráfico, a seguir, é
possível verificar a desagregação em cada uma das Grandes Regiões e fazer a
comparação com o 1º e 4º trimestre de 2019.
Gráfico 11 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
empregadas no trabalho principal da semana de referência, segundo as Grandes
Regiões - 2019 - 2020

Categoria do emprego
No 1º trimestre de 2020, 75,0% dos empregados no setor privado tinham
carteira de trabalho assinada. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou
que 27,5% tinham carteira de trabalho assinada. Os militares e servidores estatutários
correspondiam a 69,6% dos empregados do setor público no 1º trimestre de 2020.
Gráfico 12 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
empregadas no trabalho principal da semana de referência, por setor e
categoria do emprego no trabalho principal - Brasil - 1º trimestre de 2012-2020

O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor


privado mostrou cenários distintos: As Regiões Norte (60,5%) e Nordeste (60,0%)
apresentaram-se em patamares inferiores aos das demais regiões; em contrapartida, a
Região Sul (83,4%) atingiu patamar superior, conforme mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 13 - Percentual de pessoas com carteira de trabalho assinada na
população de 14 anos ou mais de idade, empregadas no setor privado no
trabalho principal, segundo as Grandes Regiões - 1º trimestre de 2012-2020

Nível da ocupação
O nível da ocupação no Brasil, no 1º trimestre de 2020, foi estimado em 53,5%,
o que representou queda de 1,6 ponto percentual frente ao trimestre anterior. No
cenário regional foram verificadas diferenças de patamar no nível da ocupação. As
Regiões Sul (58,9%) e Centro-Oeste (58,5%) foram as que apresentaram os maiores
percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar. A Região
Nordeste apresentou o menor nível da ocupação (45,4%). Na comparação com o 4º
trimetre de 2019, todas as regiões tiveram queda significativa do nível da ocupação.
Gráfico 14 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2020

Sexo
As análises apontaram diferenças no nível da ocupação entre homens e
mulheres, ou seja, a proporção de homens com 14 anos ou mais de idade trabalhando
era superior ao de mulheres deste mesmo grupo etário também trabalhando. No 1º
trimestre de 2020, o nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 63,5% e
o das mulheres, em 44,5%. O comportamento diferenciado deste indicador entre
homens e mulheres foi verificado nas cinco Grandes Regiões, com destaque para a
Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (23,6 pontos percentuais),
e Sul, com a menor diferença (17,6 pontos percentuais).
Gráfico 15 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, por sexo, segundo Brasil e Grandes Regiões - 1º trimestre
de 2020

Idade
No Brasil, no 1º trimestre de 2020, o grupo etário de 25 a 39 anos foi estimado
com o mais alto nível da ocupação, 72,7%. Seguido do grupo etário de 40 a 59 anos,
67,6%. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a estimativa era de 50,2%; entre os menores de
idade, de 14 a 17 anos, de 10,2%; enquanto entre os idosos (60 anos ou mais), o valor
chegava a 22,1%.
As Regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste apresentaram resultados acima da média
nacional para todos os grupos etários, com exceção daquele de 14 a 17 anos na Região
Sudeste. A Região Nordeste apresentou resultados abaixo da média nacional para todos
os grupos de idade.
Gráfico 16 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, por grupos de idade, segundo as Grandes Regiões - 1º
trimestre de 2012-2020

A tabela, a seguir, mostra a evolução do nível da ocupação por grupos de idade


nas Grandes Regiões, desde 2012. Os resultados revelaram perceptível redução da
participação dos trabalhadores menores de idade na população ocupada. Para o grupo
de 18 a 24 anos, o nível da ocupação passou de 57,8% para 50,2% no Brasil, em 2020,
e nas Regiões Norte e Nordeste, onde esse indicador foi o mais baixo constatado, passou
de 50,5% e 50,0%, para 43,0% e 38,6%, respectivamente, na comparação com o
primeiro trimestre de 2012. No grupo etário de 25 a 39 anos, também verificou-se
tendência de queda nesse período, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste. Para
o grupo de trabalhadores de 40 a 59 anos, foi observada variação de 67,3% para 67,6%
no nível Brasil, enquanto o grupo de idosos foi de 22,2% para 22,1%.
Tabela 5 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, por idade, segundo as Grandes Regiões – 2012-2020
1°Trimestre
Grandes Regiões
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Total
Brasil 56,3 56,3 56,8 56,2 54,8 53,1 53,6 53,9 53,5
Norte 55,7 56,9 56,5 56,0 55,0 51,4 52,0 51,9 52,5
Nordeste 51,3 49,9 51,6 51,4 48,9 45,8 45,9 46,1 45,4
Sudeste 57,4 57,8 57,7 56,9 55,9 55,3 56,1 56,4 56,0
Sul 60,6 61,2 61,4 60,6 59,8 58,8 58,6 59,1 58,9
Centro-Oeste 60,4 60,7 61,0 60,3 58,6 57,3 58,3 59,1 58,5
14 a 17 anos
Brasil 18,5 17,6 16,7 15,4 13,0 11,1 11,7 11,1 10,2
Norte 18,3 19,0 17,6 17,1 15,2 14,2 12,7 12,6 12,9
Nordeste 17,1 16,8 15,5 15,4 12,0 9,7 9,5 8,8 7,2
Sudeste 16,9 15,6 14,8 12,3 11,1 9,6 10,9 10,5 9,7
Sul 25,2 22,9 22,4 21,0 18,0 15,3 17,0 15,1 15,4
Centro-Oeste 20,1 20,7 19,7 18,6 15,5 12,9 14,4 14,2 12,0
18 a 24 anos
Brasil 57,8 57,7 57,4 56,0 51,9 49,3 49,6 50,5 50,2
Norte 50,5 50,7 51,1 50,4 46,8 42,4 42,8 42,3 43,0
Nordeste 50,0 48,4 49,5 48,9 44,5 40,4 40,6 40,8 38,6
Sudeste 60,9 61,7 60,3 58,3 54,1 52,1 52,2 54,1 54,7
Sul 68,4 68,6 67,7 66,9 63,7 62,0 63,0 62,5 64,1
Centro-Oeste 60,9 60,9 60,8 57,7 54,3 53,9 54,7 57,1 55,2
25 a 39 anos
Brasil 74,2 74,3 75,3 74,9 73,6 71,5 72,3 72,6 72,7
Norte 71,1 72,3 71,9 71,1 69,6 66,3 67,7 66,5 66,3
Nordeste 67,7 66,0 68,6 68,3 66,6 63,1 63,1 63,4 63,1
Sudeste 76,7 77,2 77,7 77,4 76,1 74,6 75,8 76,4 76,7
Sul 79,9 81,5 81,9 81,5 81,5 79,7 80,2 80,4 81,2
Centro-Oeste 76,8 77,1 78,0 77,0 75,7 74,8 76,6 76,7 76,7
40 a 59 anos
Brasil 67,3 68,5 69,1 69,3 68,5 66,9 67,1 67,8 67,6
Norte 68,8 71,9 70,8 71,1 70,7 66,4 66,9 67,5 69,1
Nordeste 63,4 62,1 64,2 64,6 62,5 59,1 58,8 59,8 59,1
Sudeste 67,8 69,8 70,1 70,1 70,0 69,3 69,9 70,3 70,2
Sul 70,2 71,8 72,1 72,2 71,9 71,3 71,4 72,5 71,6
Centro-Oeste 70,3 71,4 72,0 72,7 70,6 70,2 70,4 71,5 71,3
60 anos ou mais
Brasil 22,2 21,8 21,9 22,0 21,9 21,6 22,3 22,7 22,1
Norte 26,5 26,9 27,5 27,4 26,5 25,1 25,2 26,6 25,8
Nordeste 21,1 20,0 20,3 20,4 18,6 17,4 17,9 18,2 18,2
Sudeste 22,1 21,6 21,4 21,9 22,5 22,8 24,1 24,1 23,1
Sul 21,7 22,1 22,3 21,8 22,4 22,9 21,4 22,7 22,2
Centro-Oeste 25,4 25,3 25,1 25,2 25,4 23,6 25,9 27,1 26,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Nível de Instrução
No 1º trimestre de 2020, 20,7% das pessoas sem instrução e menos de um ano
de estudo estava trabalhando. No grupo das pessoas com nível superior completo, o
nível da ocupação chegou a 76,4%. O gráfico, a seguir, mostra os resultados distintos
entre as regiões.

Gráfico 17 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14


anos ou mais de idade, por níveis de instrução, segundo as Grandes Regiões - 1º
trimestre de 2012-2020

Cor ou raça
O nível da ocupação mostrou uma pequena variação do primeiro trimestre de
2019 para o mesmo período de 2020, para as pessoas brancas, pretas e pardas. As
pessoas de cor branca permaneceram registrando a maior estimativa (55,7%) e as de
cor parda, a menor (51,2%).
Gráfico 18 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, segundo a cor ou
raça - Brasil - 1º trimestre

Grupamentos de Atividade Econômica


O grupamento de atividade do Comércio, reparação de veículos automotores e
motocicletas possuía a maior proporção de trabalhadores no 1º trimestre de 2020, com
18,8%, seguido do grupamento da Administração pública, defesa, seguridade social,
educação, saúde humana e serviços sociais (17,9%) e da Indústria Geral (12,8%). Os
grupamentos com as menores participações, foram: Outros serviços (5,4%); Transporte,
armazenagem e correio (5,3%); e Alojamento e alimentação (5,8%).
Do primeiro trimestre de 2012 para o mesmo período de 2020, a Agricultura,
pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, a Indústria geral e a Indústria de
transformação foram as que apresentaram as maiores reduções em sua participação na
população ocupada (registrando queda de 2,7, 1,9 e 1,6 p.p., respectivamente). Os
grupamentos que tiveram o maior aumento de participação foram o Alojamento e
alimentação e a Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde
humana e serviços sociais, com elevação de 1,4 e 1,9 p.p. respectivamente nesse período.
Gráfico 19 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais, ocupadas
na semana de referência, por grupamentos de atividade econômica, Brasil - 1º
trimestre de 2012-2020
Gráfico 20 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por grupamentos de atividade econômica,
segundo as Grandes Regiões - 1º trimestre de 2020
POPULAÇÃO DESOCUPADA
Sexo
Diferente do que foi observado para as pessoas ocupadas, o percentual de
mulheres na população desocupada foi superior ao de homens. No 1º trimestre de 2020
elas representavam 53,4% dessa população.
Em quase todas as regiões, o percentual de mulheres na população desocupada era
superior ao de homens, a exceção foi a Região Nordeste, na qual este percentual
representava 49,9%. As Regiões Centro-Oeste e Sul, o percentual das mulheres foi o
maior, elas representavam 56,3% das pessoas desocupadas.

Gráfico 21 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


desocupadas na semana de referência, por sexo, segundo as Grandes Regiões -
1º trimestre de 2020
Idade
No 1º trimestre de 2020, o grupo de 14 a 17 anos de idade representava 7,7%
das pessoas desocupadas do País. Os jovens de 18 a 24 anos eram 32,0% das pessoas
desocupadas. A maior parcela era representada pelos adultos de 25 a 39 anos de idade
(33,7%).

Gráfico 22 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


desocupadas na semana de referência, por grupos de idade, segundo as Grandes
Regiões - 1º trimestre de 2020
Tabela 6 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
desocupadas na semana de referência, por grupos de idade e as Grandes
Regiões - 2012-2020
1°Trimestre
Grandes Regiões
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

14 a 17 anos
Brasil 11,6 10,7 9,6 9,7 10,0 8,9 8,7 8,3 7,7

Norte 10,7 9,7 9,7 9,7 8,1 7,6 6,0 5,9 6,1

Nordeste 9,2 7,7 7,8 8,1 7,6 6,5 6,1 6,3 5,6

Sudeste 12,0 12,0 9,4 9,1 11,0 9,2 9,8 8,8 8,4

Sul 16,9 14,4 14,0 15,0 13,8 13,6 11,3 11,9 10,3

Centro-Oeste 13,2 13,4 13,3 13,1 9,5 11,4 11,5 11,5 10,2

18 a 24 anos

Brasil 33,9 32,9 34,0 33,4 33,2 31,8 32,3 31,8 32,0

Norte 35,9 38,5 35,8 36,9 36,2 34,5 35,6 34,1 33,3

Nordeste 35,4 34,1 35,3 33,7 33,8 32,1 32,6 32,4 32,7

Sudeste 32,7 30,9 33,4 32,1 32,1 31,4 31,4 30,9 31,2

Sul 32,9 33,6 32,2 35,6 35,4 30,8 32,6 33,7 31,3

Centro-Oeste 33,1 31,9 31,6 33,2 31,3 31,0 33,2 30,5 33,3

25 a 39 anos

Brasil 35,4 36,8 36,1 36,4 34,6 35,5 34,1 34,7 33,7

Norte 38,8 36,6 37,2 36,4 38,1 38,1 36,8 39,0 39,0

Nordeste 37,6 38,9 37,4 38,4 38,3 38,2 37,8 38,5 35,3

Sudeste 34,0 36,7 35,5 36,4 32,8 34,6 32,3 32,6 32,4

Sul 31,1 31,0 33,8 31,8 29,5 31,0 31,6 30,6 32,6

Centro-Oeste 36,2 35,5 36,1 34,5 36,2 33,9 32,3 33,6 31,1

40 a 59 anos

Brasil 17,6 18,1 18,5 18,7 20,2 21,6 22,4 22,5 23,9

Norte 13,6 14,1 16,3 15,9 16,2 18,5 19,9 19,5 19,8

Nordeste 16,7 18,1 17,9 18,7 19,1 21,6 21,6 21,2 24,3

Sudeste 19,4 18,8 19,5 20,1 21,5 22,0 23,6 24,2 24,8

Sul 17,5 18,3 18,6 15,8 19,7 22,3 21,9 21,2 23,0

Centro-Oeste 15,7 18,1 17,8 17,7 21,1 21,7 21,0 21,9 22,4

60 anos ou mais

Brasil 1,5 1,6 1,8 1,7 2,0 2,2 2,5 2,6 2,7

Norte 1,0 1,0 0,9 1,1 1,4 1,4 1,7 1,6 1,8

Nordeste 1,1 1,3 1,5 1,1 1,3 1,5 1,8 1,7 2,1

Sudeste 1,9 1,7 2,3 2,3 2,6 2,8 3,0 3,4 3,3

Sul 1,7 2,7 1,5 1,9 1,6 2,3 2,7 2,6 2,8

Centro-Oeste 1,8 1,1 1,2 1,6 1,8 2,1 2,0 2,5 3,0

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Nível de Instrução
No 1º trimestre de 2020, 58,1% das pessoas desocupadas tinham concluído
pelo menos o ensino médio. Cerca de 21,4% não tinham concluído o ensino
fundamental. Aquelas com nível superior completo representavam 10,5%. A Região
Centro-Oeste apresentava a maior proporção de pessoas desocupadas com Ensino
superior completo (13,0%), seguida da Sudeste (11,7%).

Gráfico 23 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


desocupadas na semana de referência, por nível de instrução, segundo as
Grandes Regiões - 1º trimestre de 2020

Cor ou raça
O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 foi estimado
em 7,6 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 48,9% dessa população;
seguido dos brancos, 40,2% e dos pretos 10,2%. No 1º trimestre de 2020, esse
contingente subiu para 12,9 milhões de pessoas e a participação dos pardos passou a
ser de 51,4%; a dos brancos reduziu para 34,9% e dos pretos subiu para 12,8%.
Gráfico 24 - Pessoas de 14 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de
referência, segundo cor ou raça - Brasil - 2012-2020

TAXA DE DESOCUPAÇÃO
A taxa de desocupação, no Brasil, no 1º trimestre de 2020, foi estimada em
12,2%. Este indicador apresentou aumento de 1,3 p.p. em relação ao 4º trimestre de
2019 (11,0%). Quando comparada com o 1º trimestre de 2019 (12,7%), a taxa
apresentou redução de 0,5 ponto percentual.
No enfoque regional foram verificadas diferenças de patamares relativos à taxa
de desocupação ao longo de todos os trimestres analisados. A Região Nordeste
permaneceu apresentando as maiores taxas de desocupação ao longo de toda série,
tendo registrado, no 1º trimestre de 2020, uma taxa de 15,6%; enquanto a Região Sul
teve a menor, 7,5%.
Todas as Grandes Regiões apresentaram aumento estatisticamente
significativo da taxa de desocupação frente ao 4º trimestre de 2019. O gráfico a seguir,
mostra o comportamento da taxa de desocupação entre 2012 e 2020.
Gráfico 25 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das
pessoas com 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2020

Sexo
As análises apontaram diferenças na taxa de desocupação entre homens e
mulheres. Este comportamento foi verificado nas cinco Grandes Regiões. No 1º
trimestre de 2020, a taxa foi estimada em 10,4% para os homens e 14,5% para as
mulheres. Lembrando que a taxa total para este período ficou em 12,2%.
Gráfico 26 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas com 14
anos ou mais de idade, por sexo, segundo as Grandes Regiões - 1º trimestre de
2020.

Idade
A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade, (27,1%),
apresentou patamar elevado em relação à taxa média total (12,2%). Este
comportamento foi verificado, tanto para o Brasil, quanto para as cinco Grandes
Regiões, com destaque para o Nordeste, onde a estimativa foi de 34,1%. O gráfico a
seguir ilustra as diferenças existentes entre as taxas de desocupação nos diversos
grupos etários.
Gráfico 27 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas de
14 anos ou mais de idade, por grupos de idade, segundo as Grandes Regiões - 1º
trimestre de 2020
Tabela 7 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas com
14 anos ou mais de idade, por grupos de idade, segundo as Grandes Regiões - 1º
trimestre de 2012-2020
1°Trimestre
Grandes Regiões
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Total
Brasil 7,9 8,0 7,2 7,9 10,9 13,7 13,1 12,7 12,2
Norte 8,9 8,6 7,7 8,7 10,5 14,2 12,8 13,1 11,9
Nordeste 9,7 10,9 9,3 9,5 12,8 16,2 15,9 15,3 15,6
Sudeste 7,9 7,6 7,0 8,0 11,4 14,2 13,8 13,2 12,4
Sul 5,1 4,8 4,4 5,1 7,3 9,3 8,4 8,1 7,5
Centro-Oeste 7,0 6,8 5,9 7,3 9,7 12,0 10,5 10,8 10,6
14 a 17 anos
Brasil 24,8 24,7 22,1 26,2 37,9 45,2 43,7 44,5 44,0
Norte 20,6 18,9 18,3 20,9 24,4 29,2 26,3 27,2 26,2
Nordeste 22,3 21,5 21,2 22,6 32,4 39,0 38,8 41,2 44,8
Sudeste 29,7 31,1 26,0 32,4 48,4 54,3 53,5 52,6 51,8
Sul 20,4 19,3 17,8 22,9 32,0 42,0 34,7 38,8 33,8
Centro-Oeste 24,7 24,1 22,3 28,0 31,8 45,7 41,0 43,0 43,7
18 a 24 anos
Brasil 16,4 16,4 15,7 17,6 24,1 28,7 28,1 27,3 27,1
Norte 18,1 19,1 16,3 19,2 23,2 29,4 27,3 27,4 25,5
Nordeste 20,2 22,0 20,2 20,6 27,3 32,9 32,8 31,9 34,1
Sudeste 16,4 15,2 15,9 17,7 25,6 30,3 30,0 28,5 27,5
Sul 10,3 10,2 9,3 12,0 17,2 19,2 18,2 18,8 16,8
Centro-Oeste 14,3 13,9 12,1 16,1 20,7 24,8 23,0 22,2 23,9
25 a 39 anos
Brasil 7,2 7,6 6,6 7,5 9,9 12,8 11,9 11,9 11,2
Norte 8,2 7,7 7,0 7,9 10,0 13,7 12,0 13,2 12,2
Nordeste 9,1 10,7 8,7 9,2 12,2 15,6 15,2 15,1 14,3
Sudeste 7,0 7,3 6,5 7,7 10,0 13,2 12,1 11,8 11,2
Sul 4,4 4,1 3,9 4,5 6,0 7,9 7,4 7,0 6,8
Centro-Oeste 6,2 6,0 5,3 6,4 8,9 10,5 8,9 9,8 9,1
40 a 59 anos
Brasil 4,0 4,0 3,7 4,0 5,9 7,9 7,8 7,5 7,5
Norte 3,9 3,7 3,9 4,1 4,9 7,6 7,2 7,1 6,4
Nordeste 4,9 5,9 4,9 5,1 6,9 9,7 9,5 8,8 10,0
Sudeste 4,2 3,8 3,7 4,2 6,3 8,1 8,4 8,3 7,7
Sul 2,4 2,3 2,1 2,1 3,7 5,4 4,8 4,4 4,4
Centro-Oeste 3,2 3,5 3,0 3,5 5,5 7,0 5,9 6,2 6,0
60 anos ou mais
Brasil 2,0 2,1 2,1 2,1 3,3 4,6 4,6 4,5 4,4
Norte 1,8 1,7 1,3 1,7 2,6 3,5 3,7 3,2 3,2
Nordeste 1,8 2,4 2,5 1,8 2,8 4,2 4,8 4,0 4,8
Sudeste 2,4 2,1 2,5 2,6 4,1 5,5 5,2 5,5 4,9
Sul 1,5 2,0 1,0 1,4 1,7 2,9 3,2 2,8 2,7
Centro-Oeste 2,4 1,4 1,3 2,0 2,9 4,2 3,0 3,8 4,2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
Nível de Instrução
A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio
incompleto, 20,4%, era superior à verificada para os demais níveis de instrução. Para o
grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 14,0%, mais
que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo, 6,3%.

Gráfico 28 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas de


14 anos ou mais de idade, por nível de instrução, segundo as Grandes Regiões -
1º trimestre de 2020

Cor ou raça
A taxa de desocupação desagregada por cor ou raça mostrou que a taxa dos que
se declararam brancos (9,8%) ficou abaixo da média nacional; porém a dos pretos
(15,2%) e a dos pardos (14,0%) ficou acima. No 1º trimestre de 2012, quando a taxa
média foi estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,6%; a dos pardos a 9,1% e
a dos brancos era 6,6%.
Gráfico 29 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas de
14 anos ou mais de idade, segundo a cor ou raça - Brasil - 2012-2020

POPULAÇÃO FORA DA FORÇA DE TRABALHO


No Brasil, no 1º trimestre de 2020, 39,0% das pessoas em idade de trabalhar
foram classificadas como fora da força de trabalho (67,3 milhões), ou seja, aquelas que
não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa.
A Região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da
força de trabalho, 46,2%. As Regiões Sudeste (36,0%), Sul (36,4%) e Centro-Oeste
(34,6%) tiveram os menores percentuais. Importante destacar que esta configuração
não se alterou significativamente ao longo da série histórica disponível, conforme pode
ser conferido na tabela a seguir.
Tabela 8 - Percentual das pessoas fora da força de trabalho, na semana de
referência, da população de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes
Regiões - 2012-2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T
Brasil 38,9 38,7 38,8 39,0 38,9 39,1 39,0 38,6 38,6 38,6 38,4 38,2 38,3 38,3 38,3 38,1 39,0
Norte 38,9 37,4 37,7 38,9 38,8 39,3 38,7 38,7 38,6 39,5 40,1 39,6 40,4 40,0 40,3 40,2 40,4
Nordeste 43,2 43,7 44,0 43,4 43,1 43,2 43,2 43,5 43,9 45,0 45,3 45,1 45,4 45,2 45,5 45,5 46,2
Sudeste 37,7 37,4 37,5 37,9 37,9 38,2 38,1 37,2 36,9 36,2 35,6 35,2 35,0 35,3 35,1 34,9 36,0
Sul 36,2 36,0 35,8 35,9 35,8 36,4 36,2 35,5 35,4 35,7 35,2 35,4 36,0 35,9 35,7 35,3 36,4
Centro-Oeste 35,1 35,2 34,9 35,1 35,2 35,0 34,9 35,2 35,2 34,4 34,8 34,9 34,9 34,1 33,8 33,7 34,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Sexo
A população fora da força de trabalho era composta em sua maioria por
mulheres. No 1º trimestre de 2020, elas representavam 64,5%. Em todas as regiões o
comportamento foi similar. Ressalta-se que esta configuração não se alterou
significativamente ao longo da série histórica disponível.
Gráfico 30 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
fora da força de trabalho, na semana de referência, por sexo, segundo as
Grandes Regiões - 1º trimestre de 2020

Idade
No 1º trimestre de 2020, no Brasil, cerca de 39,6% da população fora da força
de trabalho era composta por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade). Aqueles
com menos de 25 anos de idade somavam 25,2% e os adultos, com idade de 25 a 59
anos, representavam 35,2%.
As Regiões Sul (46,9%) e Sudeste (45,5%) apresentaram os maiores
percentuais de idosos fora da força de trabalho. Por outro lado, nas Regiões Norte e
Nordeste, o percentual de pessoas idosas fora da força eram os menores (26,3% e
33,3% respectivamente), conforme mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 31- Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade
fora da força de trabalho, na semana de referência, por grupos de idade,
segundo as Grandes Regiões - 1º trimestre de 2020

O gráfico, a seguir, mostra o percentual de pessoas fora da força de trabalho em


cada um dos grupos de idade analisados, no total das pessoas em idade de trabalhar.
Destaca-se que as Regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram o menor percentual de
pessoas de 60 anos ou mais fora da força de trabalho (73,3% e 72,1%); enquanto o
maior percentual foi verificado na Região Nordeste (80,9%).
Gráfico 32 - Percentual de pessoas fora da força de trabalho, na semana de
referência, na população de 14 anos ou mais de idade, por grupos de idade,
segundo as Grandes Regiões - 1º trimestre de 2020

Nível de instrução
No 1º trimestre de 2020, aproximadamente a metade desta população (50,1%)
não tinha concluído o ensino fundamental e 30,5% não possuía pelo menos o ensino
médio.
Gráfico 33 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
fora da força de trabalho, na semana de referência, por nível de instrução,
segundo as Grandes Regiões - 1º trimestre de 2020

Cor ou raça
A população fora da força de trabalho (formada pelas pessoas que não estavam
ocupadas e nem desocupadas na semana de referência da pesquisa) foi estimada 67,3
milhões de pessoas no 1º trimestre de 2020. Neste período, os pardos representavam
47,8% da população fora da força, seguidos pelos brancos (42,4%) e pelos pretos
(8,8%).
Gráfico 34 – Distribuição percentual da população fora da força de trabalho
segundo a cor ou raça - Brasil - 2012-2020

RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUALMENTE RECEBIDO PELAS


PESSOAS OCUPADAS EM TODOS OS TRABALHOS
No 1º trimestre de 2020 o rendimento médio real de todos os trabalhos,
habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas
na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2 398. Este
resultado apresentou estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente
anterior (R$ 2 371) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior
(R$ 2 378).
Gráfico 35 - Rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas de
14 anos ou mais de idade, ocupadas em todos os trabalhos - Brasil - 2012 a 2020
-(em R$)

Na comparação entre o 4º trimestre de 2019 e o 1º trimestre de 2020, a Região


Sudeste (R$ 2.776) foi a única a presentar expansão estatisticamente significante do
rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Em relação ao 1º trimestre
de 2019, foi observada estabilidade estatística do rendimento médio em todas as
regiões.
Tabela 9 - Rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as
Grandes Regiões - 2012-2020 -(em R$)

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T

Brasil 2 224 2 240 2 277 2 316 2 360 2 361 2 362 2 282 2 292 2 297 2 324 2 327 2 346 2 363 2 378 2 371 2 398
Norte 1 835 1 829 1 789 1 841 1 839 1 838 1 852 1 734 1 712 1 710 1 759 1 806 1 811 1 768 1 770 1 793 1 776

Nordeste 1 507 1 507 1 544 1 586 1 635 1 617 1 608 1 532 1 538 1 545 1 594 1 610 1 618 1 633 1 641 1 629 1 648

Sudeste 2 515 2 538 2 584 2 613 2 699 2 711 2 718 2 665 2 693 2 656 2 663 2 647 2 671 2 702 2 704 2 716 2 776

Sul 2 434 2 451 2 492 2 572 2 585 2 599 2 583 2 456 2 425 2 506 2 532 2 545 2 539 2 577 2 624 2 599 2 574

Centro-Oeste 2 665 2 656 2 664 2 729 2 633 2 646 2 648 2 544 2 535 2 552 2 585 2 626 2 663 2 648 2 676 2 598 2 586

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

No 1º trimestre de 2020, a massa de rendimento médio real de todos os


trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$
216.290 milhões de reais, registrando queda de 1,3% em relação ao trimestre anterior
(R$ 219.172 milhões de reais) e estabilidade em relação ao 1º trimestre de 2019 (R$
213.079 milhões de reais). O gráfico, a seguir, apresenta a série da massa de rendimento
médio real e nominal habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas, segundo os
trimestres de 2012 a 2020.
Gráfico 36 - Massa de rendimento de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, com rendimento de trabalho - Brasil - 2012 a 2020 - (em
R$ milhões)

Regionalmente, a Região Sudeste apresentou a maior massa de rendimento


real ao longo da série histórica, tendo registrado 113.948 milhões de reais no 1º
trimestre de 2020. Na comparação com o trimestre anterior, somente a Região Sul
apresentou queda estatisticamente significativa da massa de rendimento; já em relação
ao 1º trimestre de 2019, somente a Região Sudeste teve elevação. Nas demais, foi
observada uma estabilidade.
Tabela 10 - Massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, com rendimento de trabalho, por Grandes Regiões -
2012-2020 - (em R$ bilhões)

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T 4°T 1°T
Brasil 188,8 194,2 195,5 204,3 207,2 211,4 209,2 203,6 201,3 201,4 200,7 208,2 206,4 213,9 213,1 219,2 216,3
Norte 11,3 11,7 11,4 12,0 11,9 12,2 12,1 11,7 11,4 11,1 11,2 12,3 12,0 12,2 12,0 12,6 12,3
Nordeste 30,5 30,6 30,6 33,1 34,0 34,6 34,0 32,5 31,7 31,3 31,5 33,1 32,3 33,6 33,3 34,1 33,4
Sudeste 96,5 100,0 101,1 103,8 106,7 108,8 108,1 106,2 106,1 105,5 104,4 107,1 106,9 110,9 110,2 114,1 113,9
Sul 32,4 33,4 33,9 35,7 35,9 36,4 36,0 34,7 33,9 35,1 35,2 36,2 35,5 36,9 37,4 38,2 37,0
Centro-Oeste 18,1 18,5 18,5 19,6 18,8 19,3 19,1 18,4 18,1 18,4 18,4 19,6 19,7 20,3 20,3 20,2 19,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Rio de Janeiro, 15 de maio de 2020.


Indicadores IBGE

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua


Segundo Trimestre de 2020

ABR.-JUN. 2020

Publicado em 28/08/2020 às 9 horas


Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro Indicadores IBGE
Plano de divulgação:
Ministro da Economia
Trabalho e rendimento
Paulo Roberto Nunes Guedes
Pesquisa mensal de emprego*
Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua
Secretário Especial de Fazenda
Agropecuária
Waldery Rodrigues Junior
Estatística da produção agrícola **
Estatística da produção pecuária **
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E Indústria
Pesquisa industrial mensal: emprego e salário ***
ESTATÍSTICA - IBGE
Pesquisa industrial mensal: produção física Brasil
Pesquisa industrial mensal: produção física regional
Presidente Comércio
Susana Cordeiro Guerra Pesquisa mensal de comércio
Serviços
Diretor-Executivo Pesquisa mensal de serviços
Fernando José de Araújo Abrantes Índices, preços e custos
Índice de preços ao produtor – indústrias extrativas e
ORGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES de transformação
Sistema nacional de índices de preços ao consumidor:
Diretoria de Pesquisas IPCA-E
Eduardo Luiz G. Rios Neto Sistema nacional de índices de preços ao consumidor:
INPC - IPCA
Diretoria de Geociências Sistema nacional de pesquisa de custos e índices da
João Bosco de Azevedo construção civil
Contas nacionais trimestrais
Diretoria de Informática Contas nacionais trimestrais: indicadores de volume e
Carlos Renato Pereira Cotovio valores correntes

Centro de Documentação e Disseminação de * O último fascículo divulgado corresponde a


Informações fevereiro de 2016.
Marise Maria Ferreira
** Continuação de: Estatística da produção
Escola Nacional de Ciências Estatísticas agropecuária, a partir de janeiro de 2006. A produção
Maysa Sacramento de Magalhães agrícola é composta do Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola. A produção pecuária é composta
UNIDADE RESPONSÁVEL da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, da
Pesquisa Trimestral do Leite, da Pesquisa Trimestral
Diretoria de Pesquisas do Couro e da Produção de Ovos de Galinha.

Coordenação de Trabalho e Rendimento *** O último fascículo divulgado corresponde a


Maria Lucia França Pontes Vieira dezembro de 2015.

Iniciado em 1982, com a divulgação de indicadores


Equipe de Análise de Resultados sobre trabalho e rendimento, indústria e preços, o
Adriana Araujo Beringuy periódico Indicadores IBGE passou a incorporar, no
Alessandra Scalioni Brito decorrer das décadas seguintes, informações sobre
Cimar Azeredo Pereira agropecuária, contas nacionais trimestrais e serviços,
Lino Eduardo Rodrigues Pereira visando contemplar as variadas demandas por
Ricardo da Silva Lopes estatísticas conjunturais para o País. Outros temas
poderão ser abarcados futuramente, de acordo com as
necessidades de informação identificadas. O
periódico é subdividido em fascículos por temas
específicos, que incluem tabelas de resultados,
comentários e notas metodológicas. As informações
apresentadas estão disponíveis em diferentes níveis
geográficos: nacional, regional e metropolitano,
variando por fascículo
PNAD Contínua

2º trimestre de 2020
Introdução
Serão apresentados a seguir os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua,
referentes ao segundo trimestre de 2020.

Salienta-se que os indicadores aqui apresentados foram desenvolvidos utilizando os novos conceitos,
definições e nomenclaturas de acordo com as recomendações da Organização Internacional do Trabalho -
OIT, discutidas na última Conferência Internacional dos Estatísticos do Trabalho - 19ª CIET, realizada em
Genebra, em outubro de 20131.

As análises apresentadas têm como objetivo principal traçar o perfil das populações: em idade de
trabalhar, na força de trabalho, ocupada, desocupada e fora da força de trabalho. Para tanto, foram
inseridas algumas características importantes para o melhor entendimento do mercado de trabalho
brasileiro, tais como: sexo, idade e nível de instrução. Especificamente para a população ocupada, foram
incluídas a posição na ocupação e a categoria do emprego. Constam também deste estudo análises
referentes ao nível da ocupação e à taxa de desocupação. Todas as análises foram construídas para Brasil e
Grandes Regiões.

Conceitos e Definições
Pessoas em idade de trabalhar

Pessoas de 14 anos ou mais de idade na data de referência.

Condição de Ocupação

As pessoas em idade de trabalhar são classificadas, quanto à condição de ocupação na semana de


referência, em ocupadas e desocupadas.

Pessoas Ocupadas

São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período,
trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias
ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento etc.), ou em trabalho sem remuneração direta em
ajuda à atividade econômica de membro do domicílio ou parente que reside em outro domicílio, ou, ainda,
as que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.

Consideram-se como ocupadas temporariamente afastadas de trabalho remunerado as pessoas que


não trabalharam durante pelo menos uma hora completa na semana de referência por motivo de férias,
folga, jornada variável ou licença remunerada (em decorrência de maternidade, paternidade, saúde ou
acidente da própria pessoa, estudo, casamento, licença-prêmio etc.). Além disso, também foram
consideradas ocupadas as pessoas afastadas por motivo diferente dos já citados, desde que o período
transcorrido do afastamento fosse inferior a quatro meses, contados até o último dia da semana de
referência.

1 http://www.ilo.org/global/statistics-and-databases/meetings-and-events/international-conference-of-labour-
statisticians/lang--en/index.htm
Este conceito de pessoas ocupadas, adotado a partir do quarto trimestre de 2015, já está ajustado à
Resolução I da 19ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho - CIET. Os ajustes ocorreram nos
aspectos referentes ao trabalho sem remuneração direta ao trabalhador e à caracterização como ocupadas
das pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas na semana de
referência2.

Pessoas Desocupadas

São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas sem trabalho em ocupação
nessa semana que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30
dias, e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência. Consideram-se, também, como
desocupadas as pessoas sem trabalho em ocupação na semana de referência que não tomaram providência
efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias porque já o haviam conseguido e iriam começá-
lo em menos de quatro meses após o último dia da semana de referência.

Este conceito de pessoas desocupadas, adotado a partir do segundo trimestre de 2016, já está
ajustado à Resolução I da 19ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho - CIET. Anteriormente,
no que se refere às pessoas que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período de
referência de 30 dias porque já o haviam conseguido para começar após a semana de referência, não havia
limite de tempo fixado para assumir o trabalho3.

Condição em relação à força de trabalho

As pessoas são classificadas, quanto à condição em relação à força de trabalho na semana de


referência, como na força de trabalho e fora da força de trabalho.

Pessoas na força de trabalho

As pessoas na força de trabalho na semana de referência compreendem as pessoas ocupadas e as


pessoas desocupadas nesse período.

Pessoas fora da força de trabalho

São classificadas como fora da força de trabalho na semana de referência as pessoas que não
estavam ocupadas nem desocupadas nessa semana.

Taxa de participação da força de trabalho

Percentual de pessoas na força de trabalho em relação às pessoas em idade de trabalhar: [Força de


trabalho / pessoas em idade de trabalhar] x 100

2 O conceito anterior era: São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período, trabalharam
pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia,
alimentação, roupas, treinamento etc.), ou em trabalho sem remuneração direta em ajuda à atividade econômica de membro do
domicílio, ou, ainda, as que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.
Consideram-se como ocupadas temporariamente afastadas de trabalho remunerado as pessoas que não trabalharam durante
pelo menos uma hora completa na semana de referência por motivo de férias, folga, jornada de trabalho variável, licença-
maternidade, ou fatores ocasionais. Incluem-se, ainda, como ocupadas as pessoas que, na data de referência, estavam, por
período inferior a quatro meses: afastadas do trabalho em licença remunerada por motivo de doença ou acidente da própria
pessoa ou outro tipo de licença remunerada; afastadas do próprio empreendimento sem serem remuneradas por instituto de
previdência; ou em greve ou paralisação. Além disso, também são consideradas ocupadas as pessoas afastadas por motivos
diferentes dos já citados, desde que tivessem continuado a receber ao menos uma parte do pagamento e o período transcorrido
do afastamento fosse inferior a quatro meses.
3 A definição anteriormente adotada relativamente a esse aspecto era: Consideram-se, também, como desocupadas as pessoas

sem trabalho na semana de referência que não tomaram providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias
porque já o haviam conseguido e iriam começá-lo após a semana de referência.
Nível da ocupação

Percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas em idade de


trabalhar: [Ocupados / pessoas em idade de trabalhar] x 100

Taxa de ocupação

Percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas na força de


trabalho: [Ocupados / força de trabalho] x 100

Nível da desocupação

Percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar: [Desocupados /


pessoas em idade de trabalhar] x 100

Taxa de desocupação

Percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho: [Desocupados /


força de trabalho] x 100

Classificação da população em idade de trabalhar.

Rendimento Médio Real Habitual das Pessoas Ocupadas em Todos os Trabalhos

É o rendimento bruto real médio habitualmente recebido em todos os trabalhos que as pessoas
ocupadas com rendimento tinham na semana referência, a preços do mês do meio do trimestre mais
recente que está sendo divulgado. O deflator utilizado para isso é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo -
IPCA.

Massa de Rendimento Real Habitual das Pessoas Ocupadas em Todos os Trabalhos

É a soma dos rendimentos brutos habitualmente recebidos de todas as pessoas ocupadas em todos
os trabalhos que tinham na semana de referência, a preços do mês do meio do trimestre mais recente que
está sendo divulgado. O deflator utilizado para isso é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.
Classificação da população ocupada, de acordo com a posição na ocupação e a
categoria do emprego.
RESUMO
No 2º trimestre de 2020, a taxa de desocupação, no Brasil, foi estimada em
13,3%. Esta estimativa apresentou aumento de 1,1 pontos percentuais em
comparação com o 1º trimestre de 2020 (12,2%), e aumento de 1,3 pontos
percentuais frente ao 2º trimestre de 2019 (12,0%). No confronto trimestral por
Regiões, esse indicador apresentou o seguinte comportamento: Norte (estabilidade),
Nordeste (estabilidade), Sudeste (aumento de 12,4 para 13,9), Sul (aumento de 7,5
para 8,9) e Centro-Oeste (aumento de 10,6 para 12,5). A Região Nordeste permaneceu
registrando a maior taxa de desocupação entre todas as regiões (16,1%).
A distribuição das pessoas desocupadas, na semana de referência, dos grupos
de pessoas de 25 a 39 (35,3%) e de 18 a 24 anos (30,0%) anos de idade, continuou a
apresentar patamar superior ao estimado nos outros grupos etários.
O indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à
população em idade de trabalhar (nível da ocupação) foi estimado em 47,9% no 2º
trimestre de 2020 no Brasil, apresentando queda de -5,6 pontos percentuais na
comparação com o trimestre anterior e, também, queda de -6,7 pontos percentuais
frente ao 2º trimestre de 2019. No confronto com o 2º trimestre de 2019, todas as
Grandes Regiões apresentaram redução desse indicador.
A população ocupada, no 2º trimestre de 2020, estimada em 83,3 milhões de
pessoas, era composta por 67,0% de empregados (incluindo empregados domésticos),
4,7% de empregadores, 26,0% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,2%
de trabalhadores familiares auxiliares. Nas Regiões Norte (31,7%) e Nordeste
(29,6%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado
nas demais regiões.
No 2º trimestre de 2020, 77,7% dos empregados do setor privado tinham
carteira de trabalho assinada. As Regiões Norte (65,1%) e Nordeste (63,8%)
apresentaram as menores estimativas desse indicador. Entre os trabalhadores
domésticos, a pesquisa mostrou que 29,9% deles tinham carteira de trabalho
assinada. No mesmo trimestre de 2019, essa proporção havia sido de 28,4%.
O grupamento de atividade de Administração pública, defesa, seguridade
social, educação, saúde humana e serviços sociais possuía a maior proporção de
trabalhadores no 2º trimestre de 2020, com 20,1%, seguido do grupamento de
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (18,3%) e de Indústria
geral (12,9%). Os grupamentos com as menores participações foram: Transporte,
armazenagem e correio (5,2%); Outro serviço (4,9%); e Alojamento e alimentação
(4,8%).
Do 2º trimestre de 2012 para o mesmo período de 2020, a Agricultura,
pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, a Construção e a Indústria geral foram
as que apresentaram as maiores reduções em sua participação na população ocupada
(registrando queda de 2,1, 1,9 e 1,8 p.p., respectivamente). Os grupamentos que
tiveram o maior aumento de participação foram a Administração pública, defesa,
seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais e a Informação,
comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com
elevação de 3,8 e 1,7 p.p. respectivamente nesse período.
O rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por
mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência,
com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2 500. Este resultado apresentou
aumento tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2 389) quanto em
relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2 339).
A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de
referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 203,5 bilhões de reais,
registrando redução tanto em relação ao trimestre anterior (R$ 215,5 bilhões de
reais), quanto frente ao 2º trimestre de 2019 (R$ 212,9 bilhões de reais).
Comentários
POPULAÇÃO EM IDADE DE TRABALHAR (14 ANOS OU MAIS DE
IDADE)
A população em idade de trabalhar representava 82,5% da população total no
2º trimestre de 2020. Nas Regiões Sul (84,1%) e Sudeste (84,0%) estes percentuais
eram superiores aos verificados nas demais regiões, conforme mostra a tabela a
seguir. A Região Norte foi a que apresentou o menor percentual (78,0%).

Tabela 1 -Taxa de participação na população total, na semana de referência, das


pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões – 2º
Trimestre - 2012-2020
Grandes 2º Trim. 2012 2º Trim. 2013 2º Trim. 2014 2º Trim. 2015 2º Trim. 2016 2º Trim. 2017 2º Trim. 2018 2º Trim. 2019 2º Trim. 2020
Regiões
Brasil 79,1 79,4 80,0 80,6 81,1 81,2 81,6 81,6 82,5
Norte 72,0 72,8 73,5 74,0 75,2 75,8 76,7 76,6 78,0
Nordeste 76,7 77,1 77,7 78,5 79,0 79,6 79,9 80,1 80,8
Sudeste 81,5 81,7 82,4 82,9 83,0 83,1 83,1 83,4 84,0
Sul 81,1 81,7 82,0 82,5 82,8 82,9 82,9 83,2 84,1
Centro-Oeste 78,5 78,7 79,1 79,3 79,9 80,2 80,9 80,7 81,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Sexo
Os dados da pesquisa mostraram que as mulheres continuavam sendo
maioria entre as pessoas em idade de trabalhar. No 2º trimestre de 2020, elas
representavam 53,0% dessa população. Acrescenta-se que este resultado foi similar
nos demais trimestres observados.
Gráfico 1 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
sexo - Brasil - 2º trimestre – 2015-2020

Idade
No País, no 2º trimestre de 2020, as pessoas de 14 a 17 anos de idade
representavam 7,1% das pessoas em idade de trabalhar. Os jovens de 18 a 24 anos
correspondiam a 12,4%. As maiores parcelas eram formadas pelos grupos de 25 a 39
anos (26,8%) e de 40 a 59 anos (32,8%). Os considerados idosos pela Organização
Mundial da Saúde para países em desenvolvimento, 60 anos ou mais de idade,
representavam 20,9%.
Gráfico 2 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
grupos de idade - Brasil - 2º trimestre - 2020

Nível de Instrução
A pesquisa mostrou que no Brasil, no 2º trimestre de 2020, entre as pessoas
em idade de trabalhar, 33,1% não tinham completado o ensino fundamental e 50,6%
haviam concluído pelo menos o ensino médio. A análise permitiu mostrar ainda que,
no País, 16,0% da população em idade de trabalhar havia concluído o nível superior.
Gráfico 3 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
nível de instrução - Brasil - 2º trimestre - 2020

Cor ou raça
A população em idade de trabalhar, classificada como as pessoas de 14 anos
ou mais de idade na semana de referência, foi estimada no 2º trimestre de 2020 em
173,9 milhões de pessoas, sendo que, 45,7% se declararam de cor parda; 44,2% de cor
branca e 9,1% de cor preta.
Gráfico 4 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
segundo a cor ou raça - Brasil - 2º trimestre - 2014-2020

CONDIÇÃO EM RELAÇÃO À FORÇA DE TRABALHO (PESSOAS NA


FORÇA E FORA DA FORÇA DE TRABALHO)
A distribuição da população em idade de trabalhar, composta pelas pessoas
que estavam na força de trabalho (total de pessoas ocupadas e desocupadas) e pelas
pessoas fora da força de trabalho, que vinha de uma trajetória estável em torno de
60,0% e 40,0%, respectivamente, registrou, no 2º trimestre de 2020, 55,3% e 44,7%,
respectivamente, como mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 5 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
segundo a condição na força de trabalho, na semana de referência - Brasil -
2012-2020

Regionalmente, verificou-se que no Nordeste, a taxa de participação na força


de trabalho (percentual de pessoas na força de trabalho da população de 14 anos ou
mais de idade), no 2º trimestre de 2020, foi de 46,9%, inferior à taxa observada nas
demais regiões; por outro lado, a Região Centro-Oeste apresentou a maior taxa,
60,8%, conforme tabela a seguir apresentada.
Tabela 2 -Taxa de participação (%) da força de trabalho, na semana de
referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes
Regiões - 2012-2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T
Brasil 61,1 61,7 61,2 61,5 61,1 61,1 61,0 61,3 61,4 61,6 61,6 61,7 61,7 61,4 61,7 62,1 61,0 55,3
Norte 61,1 62,4 62,3 62,0 61,2 61,3 61,3 61,1 61,4 61,2 59,9 60,3 59,6 59,4 59,7 60,1 59,6 54,3
Nordeste 56,8 56,8 56,0 56,0 56,9 56,9 56,8 57,1 56,1 56,0 54,7 54,7 54,6 53,9 54,5 54,7 53,8 46,9
Sudeste 62,3 63,1 62,5 63,2 62,1 62,1 61,9 62,3 63,1 63,5 64,4 64,6 65,0 64,9 64,9 65,4 64,0 57,9
Sul 63,8 64,5 64,2 64,3 64,2 63,8 63,8 64,0 64,6 64,3 64,8 64,6 64,0 63,6 64,3 64,6 63,6 60,3
Centro-Oeste 64,9 65,1 65,1 65,2 64,8 65,2 65,1 65,2 64,8 65,5 65,2 65,7 65,1 65,4 66,2 67,0 65,4 60,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

FORÇA DE TRABALHO (CONTINGENTE DE PESSOAS OCUPADAS OU


PESSOAS DESOCUPADAS)
No 2º trimestre de 2020, 55,3% da população em idade de trabalhar estava na
força de trabalho (taxa de participação). Deste contingente, 86,7% se encontravam
ocupados e 13,3% desocupados. Esta última estimativa, denominada taxa de
desocupação, mostrou patamares diferenciados entre as regiões. A taxa de
desocupação será mais detalhada em um capítulo específico desse relatório intitulado
“taxa de desocupação”.

Tabela 3 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, na


força de trabalho, por condição de ocupação na semana de referência, segundo
as Grandes Regiões - 2° Trimestre - 2012-2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 1ºT 2ºT 1ºT 2ºT 1ºT 2ºT 1ºT 2ºT 1ºT 2ºT 1ºT 2ºT 1ºT 2ºT 1ºT 2ºT 1ºT 2ºT
Ocupadas
Brasil 92,1 92,5 92,0 92,6 92,8 93,2 92,1 91,7 89,1 88,7 86,3 87,0 86,9 87,6 87,3 88,0 87,8 86,7
Norte 91,1 91,8 91,4 91,7 92,3 92,8 91,3 91,5 89,5 88,8 85,8 87,5 87,2 87,9 86,9 88,2 88,1 88,2
Nordeste 90,3 90,4 89,1 90,0 90,7 91,2 90,5 89,8 87,2 86,8 83,8 84,2 84,1 85,2 84,7 85,4 84,4 83,9
Sudeste 92,1 92,6 92,4 92,8 93,0 93,1 92,0 91,7 88,6 88,3 85,8 86,4 86,2 86,8 86,8 87,6 87,6 86,1
Sul 94,9 95,2 95,2 95,7 95,6 95,9 94,9 94,5 92,7 92,0 90,7 91,6 91,6 91,8 91,9 92,0 92,5 91,1
Centro-Oeste 93,0 93,8 93,2 94,0 94,1 94,4 92,7 92,7 90,3 90,3 88,0 89,4 89,5 90,5 89,2 89,7 89,4 87,5
Desocupadas
Brasil 7,9 7,5 8,0 7,4 7,2 6,8 7,9 8,3 10,9 11,3 13,7 13,0 13,1 12,4 12,7 12,0 12,2 13,3
Norte 8,9 8,2 8,6 8,3 7,7 7,2 8,7 8,5 10,5 11,2 14,2 12,5 12,8 12,1 13,1 11,8 11,9 11,8
Nordeste 9,7 9,6 10,9 10,0 9,3 8,8 9,5 10,2 12,8 13,2 16,2 15,8 15,9 14,8 15,3 14,6 15,6 16,1
Sudeste 7,9 7,4 7,6 7,2 7,0 6,9 8,0 8,3 11,4 11,7 14,2 13,6 13,8 13,2 13,2 12,4 12,4 13,9
Sul 5,1 4,8 4,8 4,3 4,4 4,1 5,1 5,5 7,3 8,0 9,3 8,4 8,4 8,2 8,1 8,0 7,5 8,9
Centro-Oeste 7,0 6,2 6,8 6,0 5,9 5,6 7,3 7,3 9,7 9,7 12,0 10,6 10,5 9,5 10,8 10,3 10,6 12,5

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
POPULAÇÃO OCUPADA
Sexo
Como já foi mencionado, as mulheres eram maioria na população em idade de
trabalhar, todavia, entre as pessoas ocupadas, verificou-se a predominância de
homens (56,5%).

Gráfico 6 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


ocupadas na semana de referência, por sexo - Brasil - 2º trimestre - 2015-2020

Idade
A análise do contingente de ocupados no 2º trimestre de 2020, por grupos de
idade, mostrou que: 10,9% deles eram jovens de 18 a 24 anos, que os adultos, aqueles
nas faixas de 25 a 39 anos e 40 a 59 anos de idade, representavam 79,4% e que os
idosos correspondiam a 8,6%.
Gráfico 7 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por grupos de idade - Brasil - 2º trimestre -
2020

A tabela, a seguir, mostra a evolução da distribuição das pessoas ocupadas


por grupos de idade, o que permite observar que a participação do grupo de idade
compreendido entre 14 e 17 anos variou do 2o trimestre de 2019 para o mesmo
trimestre de 2020 de 1,6% para 1,1%. Entre os mais velhos houve expansão: 40 a 59
anos de idade (de 40,3% para 42,7%) e 60 anos ou mais de idade (8,1% para 8,6%).
Tabela 4 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas, na semana de referência, por grupos de idade - Brasil - 2º trimestre -
2012-2020
2°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

14 a 17 anos 3,0 2,7 2,5 2,3 1,9 1,7 1,5 1,6 1,1

18 a 24 anos 14,9 14,3 13,8 13,3 12,8 12,8 12,5 12,5 10,9

25 a 39 anos 39,0 39,1 39,4 38,5 38,5 38,4 37,9 37,5 36,7

40 a 59 anos 36,8 37,3 37,7 38,9 39,7 39,8 40,1 40,3 42,7

60 anos ou mais 6,2 6,5 6,5 7,0 7,1 7,4 7,9 8,1 8,6

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
No 2º trimestre de 2020, a pesquisa mostrou que, no Brasil, entre as pessoas
ocupadas, 22,1% não tinham concluído o ensino fundamental, 64,6% tinham
concluído pelo menos o ensino médio e 24,1% tinham concluído o nível superior.
Gráfico 8 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por nível de instrução - Brasil - 2º trimestre
de 2020

Posição na ocupação
No 2º trimestre de 2020, a população ocupada era composta por 67,0% de
empregados, 4,7% de empregadores, 26,0% de pessoas que trabalharam por conta
própria e 2,2% de trabalhadores familiares auxiliares.
Gráfico 9 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, segundo a posição na ocupação do trabalho
principal - Brasil - 2012-2020

A pesquisa apontou diferenças regionais com relação à forma de inserção do


trabalhador no mercado de trabalho. Nas Regiões Norte (31,7%) e Nordeste (29,6%) o
percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado
nas demais regiões. Em contrapartida, na categoria dos empregados foi constatado
que as Regiões Sudeste (70,0%) e Centro-Oeste (69,1%) apresentaram participação
maior destes trabalhadores.
Gráfico 10 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por posição na ocupação no trabalho
principal, segundo as Grandes Regiões - 2º trimestre - 2020

A maior proporção dos empregados estava ocupada no setor privado


(69,4%), 22,1% no setor público e os demais no serviço doméstico (8,4%). No gráfico,
a seguir, é possível verificar a desagregação em cada uma das Grandes Regiões e fazer
a comparação com o 1º trimestre de 2020 e 2º trimestre de 2019.
Gráfico 11 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
empregadas no trabalho principal da semana de referência, segundo as Grandes
Regiões - 2019-2020

Categoria do emprego
No 2º trimestre de 2020, 77,7% dos empregados no setor privado tinham
carteira de trabalho assinada. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou
que 29,9% tinham carteira de trabalho assinada. Os militares e servidores estatutários
correspondiam a 70,0% dos empregados do setor público no 2º trimestre de 2020.
Gráfico 12 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
empregadas no trabalho principal da semana de referência, por setor e
categoria do emprego no trabalho principal - Brasil - 2º trimestre - 2012-2020

O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor


privado mostrou cenários distintos: As Regiões Norte (65,1%) e Nordeste (63,8%)
apresentaram-se em patamares inferiores aos das demais regiões; em contrapartida, a
Região Sul (85,5%) atingiu patamar superior, conforme mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 13 - Percentual de pessoas com carteira de trabalho assinada na
população de 14 anos ou mais de idade, empregadas no setor privado no
trabalho principal, segundo as Grandes Regiões - 2º trimestre - 2012-2020

Nível da ocupação
O nível da ocupação no Brasil, no 2º trimestre de 2020, foi estimado em
47,9%, o que representou queda tanto na comparação trimestral (5,6 p.p.) quanto na
comparação com igual trimestre de 2019 (queda de 6,7 p.p.). No cenário regional
foram verificadas diferenças de patamar no nível da ocupação. As Regiões Sul (54,9%)
e Centro-Oeste (53,2%) foram as que apresentaram os maiores percentuais de
pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar. A Região Nordeste
apresentou o menor nível da ocupação (39,4%).
Gráfico 14 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2020

Sexo
As análises apontaram diferenças no nível da ocupação entre homens e
mulheres, ou seja, a proporção de homens com 14 anos ou mais de idade trabalhando
era superior ao de mulheres deste mesmo grupo etário também trabalhando. No 2º
trimestre de 2020, o nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 57,6%
e o das mulheres, em 39,4%.
Gráfico 15 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, por sexo - Brasil - 2º trimestre - 2020

Idade
No Brasil, no 2º trimestre de 2020, o grupo etário de 25 a 39 anos foi
estimado com o mais alto nível da ocupação, 65,7%. Seguido do grupo etário de 40 a
59 anos, 62,3%. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a estimativa era de 42,2%; entre os
menores de idade, de 14 a 17 anos, a estimativa foi de 7,7%, enquanto entre os idosos
(60 anos ou mais), 19,7%.
Gráfico 16 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, por grupos de idade - Brasil - 2º trimestre - 2020

A tabela, a seguir, mostra a evolução do nível da ocupação por grupos de


idade, desde 2012. Os resultados revelaram perceptível redução da participação dos
trabalhadores menores de idade na população ocupada. Para o grupo de 18 a 24 anos,
o nível da ocupação passou de 59,3% para 42,2%, na comparação com o 2º trimestre
de 2012. No grupo etário de 25 a 39 anos, também verificou-se tendência de queda
nesse período. Para o grupo de trabalhadores de 40 a 59 anos, foi observada variação
de 68,4% para 62,3% no nível Brasil, enquanto o grupo de idosos foi de 21,9% para
19,7%.
Tabela 5 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, por idade - Brasil - 2º trimestre - 2012-2020
2°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Total 57,1 56,9 56,9 56,2 54,6 53,7 53,7 54,6 47,9

14 a 17 anos 18,9 17,4 16,3 15,4 12,6 11,1 10,9 11,6 7,7

18 a 24 anos 59,3 58,2 57,5 55,3 51,9 50,5 50,2 51,8 42,2

25 a 39 anos 75,1 75,1 75,8 74,9 73,4 72,4 72,6 73,5 65,7

40 a 59 anos 68,4 69,0 69,4 69,5 68,4 67,2 67,4 68,6 62,3

60 anos ou mais 21,9 22,3 21,9 22,3 21,7 21,9 22,4 22,8 19,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
No 2º trimestre de 2020, 16,6% das pessoas sem instrução e menos de um
ano de estudo estava trabalhando. No grupo das pessoas com nível superior completo,
o nível da ocupação chegou a 72,2%. Em relação ao 2º trimestre de 2019, houve
redução do nível da ocupação em todos os níveis de instrução. No entanto a menor
redução ocorreu entre as pessoas com superior completo (5,3 p.p.)
Gráfico 17 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, por níveis de instrução - Brasil - 2º trimestre - 2020

Cor ou raça
O nível da ocupação reduziu-se no 2º trimestre de 2020 em relação ao mesmo
período de 2019, para as pessoas brancas, pretas e pardas. As pessoas de cor branca
permaneceram registrando a maior estimativa (50,8%) e as de cor parda, a menor
(45,1%).
Gráfico 18 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, segundo a cor ou
raça - Brasil - 2º trimestre - 2013-2020

Grupamentos de Atividade Econômica


O grupamento de atividade da Administração pública, defesa, seguridade
social, educação, saúde humana e serviços sociais possuía a maior proporção de
trabalhadores no 2º trimestre de 2020, com 20,1%, seguido do grupamento do
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (18,3%) e da Indústria
Geral (12,9%). Os grupamentos com as menores participações foram: Alojamento e
alimentação (4,8%), Outros serviços (4,9%); e Transporte, armazenagem e correio
(5,2%).
Do 2º trimestre de 2012 para o mesmo período de 2020, a Agricultura,
pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, a Construção e a Indústria geral foram
as que apresentaram as maiores reduções em sua participação na população ocupada
(registrando queda de 2,1, 1,9 e 1,8 p.p., respectivamente). Os grupamentos que
tiveram o maior aumento de participação foram a Administração pública, defesa,
seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais e Informação,
comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com
elevação de 3,8 e 1,7 p.p. respectivamente nesse período.
Gráfico 19 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais, ocupadas
na semana de referência, por grupamentos de atividade econômica, Brasil - 2º
trimestre - 2012-2020
Gráfico 20 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por grupamentos de atividade econômica,
segundo as Grandes Regiões - 2º trimestre - 2020
POPULAÇÃO DESOCUPADA
Sexo
Diferente do que foi observado para as pessoas ocupadas, o percentual de
mulheres na população desocupada foi superior ao de homens até o 2º trimestre de
2019. No 2º trimestre de 2020, no entanto, elas representavam 49,8% dessa
população.

Gráfico 21 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


desocupadas na semana de referência, por sexo - Brasil - 2º trimestre - 2015-
2020
Idade
No 2º trimestre de 2020, o grupo de 14 a 17 anos de idade representava 5,5%
das pessoas desocupadas do País. Os jovens de 18 a 24 anos eram 30,0% das pessoas
desocupadas. A maior parcela era representada pelos adultos de 25 a 39 anos de idade
(35,3%).

Gráfico 22 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


desocupadas na semana de referência, por grupos de idade - Brasil - 2º
trimestre - 2020
Tabela 6 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
desocupadas na semana de referência, por grupos de idade – 2º trimestre -
2012-2020
2°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

14 a 17 anos 10,7 10,0 9,0 8,3 9,5 8,5 8,1 8,3 5,5

18 a 24 anos 34,1 32,6 34,1 33,5 32,5 32,0 32,0 31,6 30,0

25 a 39 anos 36,6 37,7 36,3 36,5 35,0 35,1 34,6 34,2 35,3

40 a 59 anos 17,0 18,2 18,9 19,7 20,8 22,0 22,8 22,8 26,4

60 anos ou mais 1,7 1,5 1,7 2,1 2,2 2,3 2,6 3,0 2,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
No 2º trimestre de 2020, 58,6% das pessoas desocupadas tinham concluído
pelo menos o ensino médio e 21,3% não tinham concluído o ensino fundamental.
Aquelas com nível superior completo representavam 10,7%.
Gráfico 23 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
desocupadas na semana de referência, por nível de instrução - Brasil - 2º
trimestre - 2020

Cor ou raça
O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 foi
estimado em 7,6 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 48,9% dessa
população; seguido dos brancos, 40,2% e dos pretos 10,2%. No 2º trimestre de 2020,
esse contingente subiu para 12,8 milhões de pessoas e a participação dos pardos
passou a ser de 51,1%; a dos brancos reduziu para 35,3% e dos pretos subiu para
12,8%.
Gráfico 24 - Pessoas de 14 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de
referência, segundo cor ou raça - Brasil - 2012-2020

TAXA DE DESOCUPAÇÃO
A taxa de desocupação, no Brasil, no 2º trimestre de 2020, foi estimada em
13,3%. Este indicador apresentou aumento de 1,1 p.p. em relação ao 1º trimestre de
2020 (12,2%). Quando comparada com o 2º trimestre de 2019 (12,0%), a taxa
apresentou aumento de 1,3 ponto percentual.
No enfoque regional foram verificadas diferenças de patamares relativos à
taxa de desocupação ao longo de todos os trimestres analisados. A Região Nordeste
permaneceu apresentando as maiores taxas de desocupação ao longo de toda série,
tendo registrado, no 2º trimestre de 2020, uma taxa de 16,1%; enquanto a Região Sul
teve a menor, 8,9%.
Todas as Grandes Regiões apresentaram aumento na taxa de desocupação em
relação ao 1º trimestre de 2020, exceto a Região Norte que apresentou estabilidade
estatística. O gráfico a seguir, mostra o comportamento da taxa de desocupação entre
2012 e 2020.
Gráfico 25 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das
pessoas com 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2020

Sexo
As análises apontaram diferenças na taxa de desocupação entre homens e
mulheres. No 2º trimestre de 2020, a taxa foi estimada em 12,0% para os homens e
14,9% para as mulheres. Lembrando que a taxa total para este período ficou em
13,3%.
Gráfico 26 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas com 14
anos ou mais de idade, por sexo - Brasil - 2º trimestre - 2020.

Idade
A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade (29,7%),
apresentou patamar elevado em relação à taxa média total (13,3%). A maior taxa de
desocupação ocorreu entre os menores de idade (42,8%). O gráfico a seguir ilustra as
diferenças existentes entre as taxas de desocupação nos diversos grupos etários.
Gráfico 27 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas de
14 anos ou mais de idade, por grupos de idade – Brasil - 2º trimestre - 2020
Tabela 7 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas com
14 anos ou mais de idade, por grupos de idade - Brasil - 2º trimestre - 2012-
2020
2°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Total 7,5 7,4 6,8 8,3 11,3 13,0 12,4 12,0 13,3

14 a 17 anos 22,2 22,8 20,8 24,4 38,7 43,1 42,7 42,2 42,8

18 a 24 anos 15,7 15,4 15,3 18,5 24,5 27,3 26,6 25,8 29,7

25 a 39 anos 7,1 7,2 6,3 7,9 10,4 12,0 11,5 11,1 12,9

40 a 59 anos 3,6 3,8 3,5 4,4 6,3 7,6 7,5 7,2 8,7

60 anos ou mais 2,2 1,8 1,9 2,6 3,8 4,5 4,4 4,8 4,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio
incompleto, 22,4%, era superior à verificada para os demais níveis de instrução. Para
o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 15,8%, mais
que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo, 6,4%.
Gráfico 28 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas de
14 anos ou mais de idade, por nível de instrução - Brasil - 2º trimestre - 2020

Cor ou raça
A taxa de desocupação desagregada por cor ou raça mostrou que a taxa dos
que se declararam brancos (10,4%) ficou abaixo da média nacional; porém a dos
pretos (17,8%) e a dos pardos (15,4%) ficou acima. No 1º trimestre de 2012, quando a
taxa média foi estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,6%; a dos pardos a
9,1% e a dos brancos era 6,6%.
Gráfico 29 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas de
14 anos ou mais de idade, segundo a cor ou raça - Brasil - 2012-2020

POPULAÇÃO FORA DA FORÇA DE TRABALHO


No Brasil, no 2º trimestre de 2020, 44,7% das pessoas em idade de trabalhar
foram classificadas como fora da força de trabalho (77,8 milhões), ou seja, aquelas que
não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa.
A Região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da
força de trabalho, 53,1%. As Regiões Sul (39,7%) e Centro-Oeste (39,2%) tiveram os
menores percentuais. Importante destacar que esta configuração não se alterou
significativamente ao longo da série histórica disponível, conforme pode ser conferido
na tabela a seguir.
Tabela 8 - Percentual das pessoas fora da força de trabalho, na semana de
referência, da população de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes
Regiões - 2012-2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T
Brasil 38,9 38,3 38,8 38,5 38,9 38,9 39,0 38,7 38,6 38,4 38,4 38,3 38,3 38,6 38,3 37,9 39,0 44,7
Norte 38,9 37,6 37,7 38,0 38,8 38,7 38,7 38,9 38,6 38,8 40,1 39,7 40,4 40,6 40,3 39,9 40,4 45,7
Nordeste 43,2 43,2 44,0 44,0 43,1 43,1 43,2 42,9 43,9 44,0 45,3 45,3 45,4 46,1 45,5 45,3 46,2 53,1
Sudeste 37,7 36,9 37,5 36,8 37,9 37,9 38,1 37,7 36,9 36,5 35,6 35,4 35,0 35,1 35,1 34,6 36,0 42,1
Sul 36,2 35,5 35,8 35,7 35,8 36,2 36,2 36,0 35,4 35,7 35,2 35,4 36,0 36,4 35,7 35,4 36,4 39,7
Centro-Oeste 35,1 34,9 34,9 34,8 35,2 34,8 34,9 34,8 35,2 34,5 34,8 34,3 34,9 34,6 33,8 33,0 34,6 39,2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Sexo
A população fora da força de trabalho era composta em sua maioria por
mulheres. No 2º trimestre de 2020, elas representavam 63,7%. Ressalta-se que esta
configuração não se alterou significativamente ao longo da série histórica disponível.

Gráfico 30 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


fora da força de trabalho, na semana de referência, por sexo – Brasil – 2º
trimestre – 2015-2020
Idade
No 2º trimestre de 2020, no Brasil, 37,1% da população fora da força de
trabalho era composta por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade). Aqueles
com menos de 25 anos de idade somavam 24,8% e os adultos, com idade de 25 a 59
anos, representavam 38,1%.

Gráfico 31- Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade


fora da força de trabalho, na semana de referência, por grupos de idade -
Brasil - 2º trimestre - 2020

O gráfico, a seguir, mostra o percentual de pessoas fora da força de trabalho


em cada um dos grupos de idade analisados, no total das pessoas em idade de
trabalhar.
Gráfico 32 - Percentual de pessoas fora da força de trabalho, na semana de
referência, na população de 14 anos ou mais de idade, por grupos de idade -
Brasil - 2º trimestre - 2020

Nível de instrução
No 2º trimestre de 2020, 46,6% desta população não tinham concluído o
ensino fundamental e 34,3% tinham concluído pelo menos o ensino médio.
Gráfico 33 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
fora da força de trabalho, na semana de referência, por nível de instrução -
Brasil - 2º trimestre - 2020

Cor ou raça
A população fora da força de trabalho (formada pelas pessoas que não
estavam ocupadas e nem desocupadas na semana de referência da pesquisa) foi
estimada 77,8 milhões de pessoas no 2º trimestre de 2020. Neste período, os pardos
representavam 47,7% da população fora da força, seguidos pelos brancos (42,8%) e
pelos pretos (8,5%).
Gráfico 34 – Distribuição percentual da população fora da força de trabalho
segundo a cor ou raça - Brasil – 2º trimestre - 2014-2020

RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUALMENTE RECEBIDO PELAS


PESSOAS OCUPADAS EM TODOS OS TRABALHOS
No 2º trimestre de 2020, o rendimento médio real de todos os trabalhos,
habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas
na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2500. Este
resultado apresentou aumento tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior
(R$ 2389) quanto em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2339).
Gráfico 35 - Rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas de
14 anos ou mais de idade, ocupadas em todos os trabalhos - Brasil - 2012 a 2020
-(em R$)

Na comparação entre o 1º trimestre de 2020 e o 2º trimestre de 2020, todas


as Grandes Regiões apresentaram aumento do rendimento médio real de todos os
trabalhos. Em relação ao 2º trimestre de 2019, foi observada estabilidade estatística
do rendimento médio apenas na Região Centro-Oeste.
Tabela 9 - Rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as
Grandes Regiões - 2012-2020 -(em R$)

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T

Brasil 2 217 2 225 2 269 2 297 2 352 2 339 2 354 2 342 2 284 2 250 2 316 2 294 2 338 2 345 2 369 2 339 2 389 2 500
Norte 1 826 1 836 1 781 1 807 1 830 1 850 1 843 1 756 1 704 1 731 1 750 1 757 1 802 1 781 1 761 1 740 1 767 1 961

Nordeste 1 507 1 528 1 544 1 578 1 635 1 626 1 608 1 592 1 538 1 522 1 593 1 592 1 618 1 618 1 641 1 625 1 648 1 738

Sudeste 2 510 2 528 2 579 2 608 2 693 2 679 2 712 2 727 2 687 2 617 2 657 2 613 2 666 2 697 2 698 2 677 2 770 2 885

Sul 2 414 2 381 2 471 2 483 2 564 2 524 2 562 2 505 2 405 2 397 2 511 2 491 2 518 2 506 2 602 2 547 2 553 2 628

Centro-Oeste 2 644 2 595 2 643 2 673 2 613 2 619 2 628 2 622 2 515 2 514 2 565 2 574 2 643 2 597 2 655 2 575 2 566 2 642

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

No 2º trimestre de 2020, a massa de rendimento médio real de todos os


trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de
idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimada
em R$ 203.519 milhões de reais, registrando redução, tanto em relação ao trimestre
anterior (R$ 215.537 milhões de reais), quanto frente ao 2º trimestre de 2019 (R$
212.911 milhões de reais). O gráfico, a seguir, apresenta a série da massa de
rendimento médio real e nominal habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas,
segundo os trimestres de 2012 a 2020.
Gráfico 36 - Massa de rendimento de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, com rendimento de trabalho - Brasil - 2012 a 2020 - (em
R$ milhões)

Regionalmente, a Região Sudeste apresentou a maior massa de rendimento


real ao longo da série histórica, tendo registrado 106.046 milhões de reais no 2º
trimestre de 2020. Na comparação com o 1º trimestre de 2020, todas as Grandes
Regiões tiveram redução da massa de rendimento, exceto a Região Norte onde foi
observada estabilidade estatística.
Tabela 10 - Massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, com rendimento de trabalho, por Grandes Regiões -
2012-2020 - (em R$ bilhões)

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T 1°T 2°T
Brasil 188,1 190,9 194,8 199,6 206,5 207,2 208,5 207,9 200,6 198,3 200,0 201,1 205,7 208,0 212,3 212,9 215,5 203,5
Norte 11,2 11,5 11,3 11,6 11,9 12,1 12,1 11,5 11,3 11,5 11,1 11,5 11,9 12,0 11,9 12,0 12,3 12,5
Nordeste 30,5 30,7 30,6 31,6 34,0 34,2 34,0 33,6 31,7 31,6 31,5 31,7 32,3 32,5 33,3 33,4 33,4 30,8
Sudeste 96,3 98,7 100,9 103,4 106,5 106,8 107,8 108,9 105,9 103,8 104,2 104,0 106,7 108,9 110,0 111,0 113,7 106,0
Sul 32,1 32,0 33,7 34,2 35,6 35,1 35,7 35,0 33,7 33,3 34,9 35,0 35,2 35,1 37,0 36,6 36,7 35,7
Centro-Oeste 17,9 17,9 18,3 18,8 18,6 18,9 18,9 18,9 18,0 18,2 18,3 18,8 19,5 19,5 20,1 19,9 19,5 18,5

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Rio de Janeiro, 28 de agosto de 2020.


Indicadores IBGE

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua


Terceiro Trimestre de 2020

JUL.-SET. 2020
Publicado em 27/11/2020 às 9 horas
PNAD Contínua

3º trimestre de 2020
Introdução
Serão apresentados a seguir os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua,
referentes ao terceiro trimestre de 2020.

Salienta-se que os indicadores aqui apresentados foram desenvolvidos utilizando os novos conceitos,
definições e nomenclaturas de acordo com as recomendações da Organização Internacional do Trabalho -
OIT, discutidas na última Conferência Internacional dos Estatísticos do Trabalho - 19ª CIET, realizada em
Genebra, em outubro de 20131.

As análises apresentadas têm como objetivo principal traçar o perfil das populações: em idade de
trabalhar, na força de trabalho, ocupada, desocupada e fora da força de trabalho. Para tanto, foram
inseridas algumas características importantes para o melhor entendimento do mercado de trabalho
brasileiro, tais como: sexo, idade e nível de instrução. Especificamente para a população ocupada, foram
incluídas a posição na ocupação e a categoria do emprego. Constam também deste estudo análises
referentes ao nível da ocupação e à taxa de desocupação. Todas as análises foram construídas para Brasil e
Grandes Regiões.

Conceitos e Definições
Pessoas em idade de trabalhar

Pessoas de 14 anos ou mais de idade na data de referência.

Condição de Ocupação

As pessoas em idade de trabalhar são classificadas, quanto à condição de ocupação na semana de


referência, em ocupadas e desocupadas.

Pessoas Ocupadas

São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período,
trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias
ou benefícios (moradia, alimentação, roupas, treinamento etc.), ou em trabalho sem remuneração direta em
ajuda à atividade econômica de membro do domicílio ou parente que reside em outro domicílio, ou, ainda,
as que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.

Consideram-se como ocupadas temporariamente afastadas de trabalho remunerado as pessoas que


não trabalharam durante pelo menos uma hora completa na semana de referência por motivo de férias,
folga, jornada variável ou licença remunerada (em decorrência de maternidade, paternidade, saúde ou
acidente da própria pessoa, estudo, casamento, licença-prêmio etc.). Além disso, também foram
consideradas ocupadas as pessoas afastadas por motivo diferente dos já citados, desde que o período
transcorrido do afastamento fosse inferior a quatro meses, contados até o último dia da semana de
referência.

1 http://www.ilo.org/global/statistics-and-databases/meetings-and-events/international-conference-of-labour-
statisticians/lang--en/index.htm
Este conceito de pessoas ocupadas, adotado a partir do quarto trimestre de 2015, já está ajustado à
Resolução I da 19ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho - CIET. Os ajustes ocorreram nos
aspectos referentes ao trabalho sem remuneração direta ao trabalhador e à caracterização como ocupadas
das pessoas que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas na semana de
referência2.

Pessoas Desocupadas

São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas sem trabalho em ocupação
nessa semana que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30
dias, e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência. Consideram-se, também, como
desocupadas as pessoas sem trabalho em ocupação na semana de referência que não tomaram providência
efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias porque já o haviam conseguido e iriam começá-
lo em menos de quatro meses após o último dia da semana de referência.

Este conceito de pessoas desocupadas, adotado a partir do segundo trimestre de 2016, já está
ajustado à Resolução I da 19ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho - CIET. Anteriormente,
no que se refere às pessoas que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período de
referência de 30 dias porque já o haviam conseguido para começar após a semana de referência, não havia
limite de tempo fixado para assumir o trabalho3.

Condição em relação à força de trabalho

As pessoas são classificadas, quanto à condição em relação à força de trabalho na semana de


referência, como na força de trabalho e fora da força de trabalho.

Pessoas na força de trabalho

As pessoas na força de trabalho na semana de referência compreendem as pessoas ocupadas e as


pessoas desocupadas nesse período.

Pessoas fora da força de trabalho

São classificadas como fora da força de trabalho na semana de referência as pessoas que não
estavam ocupadas nem desocupadas nessa semana.

Taxa de participação da força de trabalho

Percentual de pessoas na força de trabalho em relação às pessoas em idade de trabalhar: [Força de


trabalho / pessoas em idade de trabalhar] x 100

2 O conceito anterior era: São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que, nesse período, trabalharam
pelo menos uma hora completa em trabalho remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia,
alimentação, roupas, treinamento etc.), ou em trabalho sem remuneração direta em ajuda à atividade econômica de membro do
domicílio, ou, ainda, as que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa semana.
Consideram-se como ocupadas temporariamente afastadas de trabalho remunerado as pessoas que não trabalharam durante
pelo menos uma hora completa na semana de referência por motivo de férias, folga, jornada de trabalho variável, licença-
maternidade, ou fatores ocasionais. Incluem-se, ainda, como ocupadas as pessoas que, na data de referência, estavam, por
período inferior a quatro meses: afastadas do trabalho em licença remunerada por motivo de doença ou acidente da própria
pessoa ou outro tipo de licença remunerada; afastadas do próprio empreendimento sem serem remuneradas por instituto de
previdência; ou em greve ou paralisação. Além disso, também são consideradas ocupadas as pessoas afastadas por motivos
diferentes dos já citados, desde que tivessem continuado a receber ao menos uma parte do pagamento e o período transcorrido
do afastamento fosse inferior a quatro meses.
3 A definição anteriormente adotada relativamente a esse aspecto era: Consideram-se, também, como desocupadas as pessoas

sem trabalho na semana de referência que não tomaram providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias
porque já o haviam conseguido e iriam começá-lo após a semana de referência.
Nível da ocupação

Percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas em idade de


trabalhar: [Ocupados / pessoas em idade de trabalhar] x 100

Taxa de ocupação

Percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas na força de


trabalho: [Ocupados / força de trabalho] x 100

Nível da desocupação

Percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar: [Desocupados /


pessoas em idade de trabalhar] x 100

Taxa de desocupação

Percentual de pessoas desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho: [Desocupados /


força de trabalho] x 100

Classificação da população em idade de trabalhar.

Rendimento Médio Real Habitual das Pessoas Ocupadas em Todos os Trabalhos

É o rendimento bruto real médio habitualmente recebido em todos os trabalhos que as pessoas
ocupadas com rendimento tinham na semana referência, a preços do mês do meio do trimestre mais
recente que está sendo divulgado. O deflator utilizado para isso é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo -
IPCA.

Massa de Rendimento Real Habitual das Pessoas Ocupadas em Todos os Trabalhos

É a soma dos rendimentos brutos habitualmente recebidos de todas as pessoas ocupadas em todos
os trabalhos que tinham na semana de referência, a preços do mês do meio do trimestre mais recente que
está sendo divulgado. O deflator utilizado para isso é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.
Classificação da população ocupada, de acordo com a posição na ocupação e a
categoria do emprego.
RESUMO
No 3º trimestre de 2020, a taxa de desocupação, no Brasil, foi estimada em
14,6%. Esta estimativa apresentou aumento de 1,3 pontos percentuais em
comparação com o 2º trimestre de 2020 (13,3%), e aumento de 2,8 pontos
percentuais frente ao 3º trimestre de 2019 (11,8%). No confronto trimestral por
Regiões, esse indicador apresentou o seguinte comportamento: Norte (aumento de
11,8 para 13,1), Nordeste (aumento de 16,1 para 17,9), Sudeste (aumento de 13,9
para 15,4), Sul (estabilidade) e Centro-Oeste (estabilidade). A Região Nordeste
permaneceu registrando a maior taxa de desocupação entre todas as regiões (17,9%).
A distribuição das pessoas desocupadas, na semana de referência, dos grupos
de pessoas de 25 a 39 (35,4%) e de 18 a 24 anos (29,3%) anos de idade, continuou a
apresentar patamar superior ao estimado nos outros grupos etários.
O indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à
população em idade de trabalhar (nível da ocupação) foi estimado em 47,1% no 3º
trimestre de 2020 no Brasil, apresentando queda de -0,8 ponto percentual na
comparação com o trimestre anterior e, também, queda de -7,7 pontos percentuais
frente ao 3º trimestre de 2019. No confronto com o 3º trimestre de 2019, todas as
Grandes Regiões apresentaram redução desse indicador.
A população ocupada, no 3º trimestre de 2020, estimada em 82,5 milhões de
pessoas, era composta por 66,5% de empregados (incluindo empregados domésticos),
4,7% de empregadores, 26,4% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,4%
de trabalhadores familiares auxiliares. Nas Regiões Norte (32,1%) e Nordeste
(30,0%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado
nas demais regiões.
No 3º trimestre de 2020, 76,5% dos empregados do setor privado tinham
carteira de trabalho assinada. As Regiões Nordeste (62,0%) e Norte (61,0%)
apresentaram as menores estimativas desse indicador. Entre os trabalhadores
domésticos, a pesquisa mostrou que 28,4% deles tinham carteira de trabalho
assinada. No mesmo trimestre de 2019, essa proporção havia sido de 27,7%.
O grupamento de atividade de Administração pública, defesa, seguridade
social, educação, saúde humana e serviços sociais possuía a maior proporção de
trabalhadores no 3º trimestre de 2020, com 19,6%, seguido do grupamento de
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (18,5%) e de Indústria
geral (12,8%). Os grupamentos com as menores participações foram: Transporte,
armazenagem e correio (5,0%); Outro serviço (4,8%); e Alojamento e alimentação
(4,7%).
Do terceiro trimestre de 2012 para o mesmo período de 2020, a Indústria
geral, a Construção e a Indústria de transformação foram as que apresentaram as
maiores reduções em sua participação na população ocupada (registrando queda de
1,8, 1,6 e 1,6 p.p., respectivamente). Os grupamentos que tiveram o maior aumento de
participação foram a Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde
humana e serviços sociais e a Informação, comunicação e atividades financeiras,
imobiliárias, profissionais e administrativas, com elevação de 3,1 e 1,3 p.p.
respectivamente nesse período.
O rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por
mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência,
com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2 554. Este resultado apresentou
estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2 519) e aumento
em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2 359).
A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de
referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 205,3 milhões de reais,
registrando estabilidade em relação ao trimestre anterior (R$ 205,1 milhões de reais)
e redução em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 216,0 milhões de
reais).
Comentários
POPULAÇÃO EM IDADE DE TRABALHAR (14 ANOS OU MAIS DE
IDADE)
A população em idade de trabalhar representava 82,9% da população total no
3º trimestre de 2019. Nas Regiões Sudeste (84,7%) e Sul (84,3%) estes percentuais
eram superiores aos verificados nas demais regiões, conforme mostra a tabela a
seguir. A Região Norte foi a que apresentou o menor percentual (78,2%).

Tabela 1 -Taxa de participação na população total, na semana de referência, das


pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões – 3º
Trimestre de 2012-2020
Grandes 3º Trim. 2012 3º Trim. 2013 3º Trim. 2014 3º Trim. 2015 3º Trim. 2016 3º Trim. 2017 3º Trim. 2018 3º Trim. 2019 3º Trim. 2020
Regiões
Brasil 79,2 79,6 80,2 80,7 81,0 81,4 81,7 81,6 82,9
Norte 72,2 73,2 74,2 74,2 74,9 76,3 76,9 76,8 78,2
Nordeste 76,9 77,3 77,8 78,6 79,3 79,7 80,0 80,2 81,2
Sudeste 81,5 81,8 82,4 82,7 82,8 83,1 83,2 83,3 84,7
Sul 81,3 81,7 82,1 82,3 82,9 83,0 83,0 83,0 84,3
Centro-Oeste 78,4 78,8 79,2 79,5 80,0 80,7 80,9 80,8 81,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Sexo
Os dados da pesquisa mostraram que as mulheres continuavam sendo
maioria entre as pessoas em idade de trabalhar. No 3º trimestre de 2020, elas
representavam 53,2% dessa população. Acrescenta-se que este resultado foi similar
nos demais trimestres observados.
Gráfico 1 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
sexo - Brasil - 3º trimestre de 2015-2020

Idade
No País, no 3º trimestre de 2020, as pessoas de 14 a 17 anos de idade
representavam 7,0% das pessoas em idade de trabalhar. Os jovens de 18 a 24 anos
correspondiam a 12,2%. As maiores parcelas eram formadas pelos grupos de 25 a 39
anos (26,0%) e de 40 a 59 anos (33,2%). Os considerados idosos pela Organização
Mundial da Saúde para países em desenvolvimento, 60 anos ou mais de idade,
representavam 21,5%.
Gráfico 2 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
grupos de idade – Brasil - 3º trimestre de 2020

Nível de Instrução
A pesquisa mostrou que no Brasil, no 3º trimestre de 2020, entre as pessoas
em idade de trabalhar, 33,4% não tinham completado o ensino fundamental e 50,4%
haviam concluído pelo menos o ensino médio. A análise permitiu mostrar ainda que,
no País, 16,1% da população em idade de trabalhar havia concluído o nível superior.
Gráfico 3 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por
nível de instrução - Brasil - 3º trimestre de 2020

Cor ou raça
A população em idade de trabalhar, classificada como as pessoas de 14 anos
ou mais de idade na semana de referência, foi estimada no 3º trimestre de 2020 em
175,1 milhões de pessoas, sendo que, 45,5% se declararam de cor parda; 44,4% de cor
branca e 9,1% de cor preta.
Gráfico 4 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
segundo a cor ou raça - Brasil - 3º trimestre - 2014-2020

CONDIÇÃO EM RELAÇÃO À FORÇA DE TRABALHO (PESSOAS NA


FORÇA E FORA DA FORÇA DE TRABALHO)
A distribuição da população em idade de trabalhar, composta pelas pessoas
que estavam na força de trabalho (total de pessoas ocupadas e desocupadas) e pelas
pessoas fora da força de trabalho praticamente não apresentou variação significativa
ao longo dos 35 trimestres observados - registrando no 3º trimestre de 2020, 55,1% e
44,9%, respectivamente, como mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 5 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
segundo a condição na força de trabalho, na semana de referência - Brasil -
2012-2020

Regionalmente, verificou-se que no Nordeste, a taxa de participação na força


de trabalho (percentual de pessoas na força de trabalho da população de 14 anos ou
mais de idade), no 3º trimestre de 2020, foi de 47,3%, inferior à taxa observada nas
demais regiões; por outro lado, a Região Centro-Oeste apresentou a maior taxa,
60,8%, conforme tabela a seguir apresentada.
Tabela 2 -Taxa de participação (%) da força de trabalho, na semana de
referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes
Regiões - 2012-2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T
Brasil 61,7 61,5 61,5 61,3 61,1 60,9 61,3 61,4 61,6 61,2 61,7 61,8 61,4 61,7 62,1 62,1 55,3 55,1
Norte 62,4 61,8 62,0 61,0 61,3 61,2 61,1 61,7 61,2 60,3 60,3 60,2 59,4 59,7 60,1 60,4 54,3 55,5
Nordeste 56,8 57,0 56,0 55,9 56,9 56,8 57,1 57,4 56,0 55,0 54,7 54,7 53,9 54,8 54,7 54,7 46,9 47,3
Sudeste 63,1 62,9 63,2 63,1 62,1 61,7 62,3 62,5 63,5 63,6 64,6 64,9 64,9 65,1 65,4 65,4 57,9 57,7
Sul 64,5 64,1 64,3 64,2 63,8 63,8 64,0 63,8 64,3 63,9 64,6 64,5 63,6 63,8 64,6 64,4 60,3 58,7
Centro-Oeste 65,1 64,8 65,2 65,7 65,2 65,1 65,2 64,7 65,5 64,9 65,7 65,7 65,4 65,7 67,0 67,0 60,8 60,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

FORÇA DE TRABALHO (CONTINGENTE DE PESSOAS OCUPADAS OU


PESSOAS DESOCUPADAS)
No 3º trimestre de 2020, 55,1% da população em idade de trabalhar estava na
força de trabalho (taxa de participação). Deste contingente, 85,4% se encontravam
ocupados e 14,6% desocupados. Esta última estimativa, denominada taxa de
desocupação, mostrou patamares diferenciados entre as regiões. A taxa de
desocupação será mais detalhada em um capítulo específico desse relatório intitulado
“taxa de desocupação”.

Tabela 3 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade, na


força de trabalho, por condição de ocupação na semana de referência, segundo
as Grandes Regiões - 2012-2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 2ºT 3ºT 2ºT 3ºT 2ºT 3ºT 2ºT 3ºT 2ºT 3ºT 2ºT 3ºT 2ºT 3ºT 2ºT 3ºT 2ºT 3ºT

Ocupadas
Brasil 92,5 92,9 92,6 93,1 93,2 93,2 91,7 91,1 88,7 88,2 87,0 87,6 87,6 88,1 88,0 88,2 86,7 85,4
Norte 91,8 92,2 91,7 92,4 92,8 93,1 91,5 91,2 88,8 88,5 87,5 87,8 87,9 88,4 88,2 88,3 88,2 86,9
Nordeste 90,4 90,7 90,0 91,1 91,2 91,4 89,8 89,2 86,8 85,9 84,2 85,2 85,2 85,6 85,4 85,6 83,9 82,1
Sudeste 92,6 93,1 92,8 93,0 93,1 93,1 91,7 91,0 88,3 87,7 86,4 86,8 86,8 87,5 87,6 88,1 86,1 84,6
Sul 95,2 95,7 95,7 95,9 95,9 95,8 94,5 94,0 92,0 92,1 91,6 92,1 91,8 92,1 92,0 91,9 91,1 90,6
Centro-Oeste 93,8 94,3 94,0 94,5 94,4 94,6 92,7 92,5 90,3 90,0 89,4 90,4 90,5 91,1 89,7 89,9 87,5 87,3
Desocupadas
Brasil 7,5 7,1 7,4 6,9 6,8 6,8 8,3 8,9 11,3 11,8 13,0 12,4 12,4 11,9 12,0 11,8 13,3 14,6
Norte 8,2 7,8 8,3 7,6 7,2 6,9 8,5 8,8 11,2 11,5 12,5 12,2 12,1 11,6 11,8 11,7 11,8 13,1
Nordeste 9,6 9,3 10,0 8,9 8,8 8,6 10,2 10,8 13,2 14,1 15,8 14,8 14,8 14,4 14,6 14,4 16,1 17,9
Sudeste 7,4 6,9 7,2 7,0 6,9 6,9 8,3 9,0 11,7 12,3 13,6 13,2 13,2 12,5 12,4 11,9 13,9 15,4
Sul 4,8 4,3 4,3 4,1 4,1 4,2 5,5 6,0 8,0 7,9 8,4 7,9 8,2 7,9 8,0 8,1 8,9 9,4
Centro-Oeste 6,2 5,7 6,0 5,5 5,6 5,4 7,3 7,5 9,7 10,0 10,6 9,6 9,5 8,9 10,3 10,1 12,5 12,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
POPULAÇÃO OCUPADA
Sexo
Como já foi mencionado, as mulheres eram maioria na população em idade de
trabalhar, todavia, entre as pessoas ocupadas, verificou-se a predominância de
homens (57,0%).

Gráfico 6 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


ocupadas na semana de referência, por sexo – Brasil - 3º trimestre de 2015-
2020

Idade
A análise do contingente de ocupados no 3º trimestre de 2020, por grupos de
idade, mostrou que: 10,9% deles eram jovens de 18 a 24 anos, que os adultos, aqueles
nas faixas de 25 a 39 anos e 40 a 59 anos de idade, representavam 79,5% e que os
idosos correspondiam a 8,5%.
Gráfico 7 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por grupos de idade – Brasil - 3º trimestre
de 2020

A tabela, a seguir, mostra a evolução da distribuição das pessoas ocupadas


por grupos de idade no Brasil, o que permite observar que a participação dos grupos
de idade compreendidos entre 14 e 39 anos se reduziu do 3º trimestre de 2019 para o
mesmo trimestre de 2020. Entre os mais velhos houve expansão: 40 a 59 anos de
idade (de 40,4% para 43,0%) e 60 anos ou mais de idade (8,3% para 8,5%).
Tabela 4 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas, na semana de referência, por grupos de idade – Brasil – 3º trimestre
de 2012-2020
3°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

14 a 17 anos 3,0 2,6 2,4 2,3 1,8 1,6 1,6 1,6 1,1
18 a 24 anos 15,0 14,4 13,8 13,2 12,6 12,8 12,7 12,3 10,9

25 a 39 anos 38,9 39,1 39,1 38,3 38,6 38,1 37,6 37,4 36,5

40 a 59 anos 36,8 37,5 37,9 39,2 39,9 39,9 40,1 40,4 43,0

60 anos ou mais 6,3 6,4 6,7 7,1 7,1 7,6 8,1 8,3 8,5

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
No 3º trimestre de 2020, a pesquisa mostrou que, no Brasil, entre as pessoas
ocupadas, 22,1% não tinham concluído o ensino fundamental, 64,7% tinham
concluído pelo menos o ensino médio e 24,4% tinham concluído o nível superior.

Gráfico 8 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


ocupadas na semana de referência, por nível de instrução - Brasil - 3º trimestre
de 2020
Posição na ocupação
No 3º trimestre de 2020, a população ocupada era composta por 66,5% de
empregados, 4,7% de empregadores, 26,4% de pessoas que trabalharam por conta
própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares.

Gráfico 9 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


ocupadas na semana de referência, segundo a posição na ocupação do trabalho
principal - Brasil - 2012-2020

A pesquisa apontou diferenças regionais com relação à forma de inserção do


trabalhador no mercado de trabalho. Nas Regiões Norte (32,1%) e Nordeste (30,0%) o
percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado
nas demais regiões. Em contrapartida, na categoria dos empregados foi constatado
que as Regiões Sudeste (69,6%) e Centro-Oeste (68,6%) apresentaram participação
maior destes trabalhadores.
Gráfico 10 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por posição na ocupação no trabalho
principal, segundo as Grandes Regiões - 3º trimestre de 2020

A maior proporção dos empregados estava ocupada no setor privado


(70,0%), 21,6% no setor público e os demais no serviço doméstico (8,4%). No gráfico,
a seguir, é possível verificar a desagregação em cada uma das Grandes Regiões e fazer
a comparação com o 2º trimestre de 2020 e 3º trimestre de 2019.
Gráfico 11 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
empregadas no trabalho principal da semana de referência, segundo as Grandes
Regiões - 2019 - 2020

Categoria do emprego
No 3º trimestre de 2020, 76,5% dos empregados no setor privado tinham
carteira de trabalho assinada. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou
que 28,4% tinham carteira de trabalho assinada. Os militares e servidores estatutários
correspondiam a 71,1% dos empregados do setor público no 3º trimestre de 2020.
Gráfico 12 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
empregadas no trabalho principal da semana de referência, por setor e
categoria do emprego no trabalho principal - Brasil - 3º trimestre de 2012-2020

O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor


privado mostrou cenários distintos: As Regiões Norte (61,0%) e Nordeste (62,0%)
apresentaram-se em patamares inferiores aos das demais regiões; em contrapartida, a
Região Sul (86,3%) atingiu patamar superior, conforme mostra o gráfico a seguir.
Gráfico 13 - Percentual de pessoas com carteira de trabalho assinada na
população de 14 anos ou mais de idade, empregadas no setor privado no
trabalho principal, segundo as Grandes Regiões - 3º trimestre de 2012-2020

Nível da ocupação
O nível da ocupação no Brasil, no 3º trimestre de 2020, foi estimado em
47,1%, o que representou uma redução de 7,7 p.p. em relação a igual trimestre de
2019. No cenário regional foram verificadas diferenças de patamar no nível da
ocupação. As Regiões Sul (53,2%) e Centro-Oeste (53,1%) foram as que apresentaram
os maiores percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar. A
Região Nordeste apresentou o menor nível da ocupação (38,9%). Na comparação
anual, todas as Grandes Regiões apresentaram redução no nível da ocupação.
Gráfico 14 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2020

Sexo
As análises apontaram diferenças no nível da ocupação entre homens e
mulheres, ou seja, a proporção de homens com 14 anos ou mais de idade trabalhando
era superior ao de mulheres deste mesmo grupo etário também trabalhando. No 3º
trimestre de 2020, o nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 57,3%
e o das mulheres, em 38,1%.
Gráfico 15 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, por sexo - Brasil - 3º trimestre de 2020

Idade
No Brasil, no 3º trimestre de 2020, o grupo etário de 25 a 39 anos foi
estimado com o mais alto nível da ocupação, 66,0%. Seguido do grupo etário de 40 a
59 anos, 61,0%. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a estimativa era de 42,3%; entre os
menores de idade, de 14 a 17 anos, a estimativa foi de 7,3%, enquanto entre os idosos
(60 anos ou mais), 18,5%.
Gráfico 16 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, por grupos de idade – Brasil - 3º trimestre de 2020

A tabela, a seguir, mostra a evolução do nível da ocupação por grupos de


idade no Brasil, desde 2012. Os resultados revelaram perceptível redução da
participação dos trabalhadores em todos os grupos de idade entre 2019 e 2020,
sobretudo entre aqueles com idade entre 18 e 24 anos (redução de 9,8 p.p.)
Tabela 5 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14
anos ou mais de idade, por idade – Brasil – 3º trimestre de 2012-2020
3°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Total 57,2 57,1 56,8 56,0 54,0 54,1 54,4 54,8 47,1
14 a 17 anos 18,8 17,1 15,7 14,9 11,3 11,2 11,5 11,5 7,3
18 a 24 anos 60,0 58,4 57,7 54,7 50,5 51,2 51,2 52,1 42,3
25 a 39 anos 75,4 75,6 75,8 74,6 72,8 73,0 73,4 73,9 66,0
40 a 59 anos 68,5 69,3 69,6 69,5 67,9 67,6 68,2 68,7 61,0
60 anos ou mais 22,1 21,9 21,9 22,3 21,4 22,4 22,8 23,2 18,5

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
No 3º trimestre de 2020, 16,6% das pessoas sem instrução e menos de um
ano de estudo estava trabalhando. No grupo das pessoas com ensino médio completo
e ensino superior completo, o nível da ocupação chegou a 55,4% e 71,4%,
respectivamente.

Gráfico 17 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14


anos ou mais de idade, por níveis de instrução – Brasil - 3º trimestre de 2020
Cor ou raça
O nível da ocupação mostrou redução do 3º trimestre de 2019 para o mesmo
período de 2020, para as pessoas brancas, pretas e pardas. As pessoas de cor branca
permaneceram registrando a maior estimativa (49,0%) e as de cor parda, a menor
(45,1%).

Gráfico 18 - Nível da ocupação (%), na semana de referência, segundo a cor ou


raça - Brasil - 3º trimestre de 2013-2020

Grupamentos de Atividade Econômica


O grupamento de atividade da Administração pública, defesa, seguridade
social, educação, saúde humana e serviços sociais possuía a maior proporção de
trabalhadores no 3º trimestre de 2020, com 19,6%, seguido do grupamento do
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (18,5%) e da Indústria
Geral (12,8%). Os grupamentos com as menores participações foram: Alojamento e
alimentação (4,7%); Outros serviços (4,8%); Transporte, armazenagem e correio
(5,0%).
Do 3º trimestre de 2012 para o mesmo período de 2020, a Indústria geral, a
Indústria de transformação e a Construção foram as que apresentaram as maiores
reduções em sua participação na população ocupada (registrando queda de 1,8, 1,6 e
1,6 p.p., respectivamente). O grupamento que teve o maior aumento de participação
foi a Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e
serviços sociais, com elevação de 3,1 p.p. nesse período.

Gráfico 19 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais, ocupadas


na semana de referência, por grupamentos de atividade econômica, Brasil - 3º
trimestre de 2012-2020

As diferenças regionais na distribuição da população ocupada por


grupamentos de atividade podem ser vistas no gráfico abaixo.
Gráfico 20 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência, por grupamentos de atividade econômica,
segundo as Grandes Regiões - 3º trimestre de 2020
POPULAÇÃO DESOCUPADA
Sexo
Diferente do que foi observado para as pessoas ocupadas, o percentual de
mulheres na população desocupada foi superior ao de homens. No 3º trimestre de
2020 elas representavam 50,9% dessa população.

Gráfico 21 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


desocupadas na semana de referência, por sexo – Brasil - 3º trimestre de 2015-
2020
Idade
No 3º trimestre de 2020, o grupo de 14 a 17 anos de idade representava 5,1%
das pessoas desocupadas do País, enquanto os jovens de 18 a 24 anos eram 29,3% das
pessoas desocupadas. A maior parcela era representada pelos adultos de 25 a 39 anos
de idade (35,4%). A evolução da distribuição das pessoas desocupadas por grupos de
idade entre 2012 e 2020 pode ser vista na tabela 6.

Gráfico 22 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


desocupadas na semana de referência, por grupos de idade – Brasil - 3º
trimestre de 2020
Tabela 6 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
desocupadas na semana de referência, por grupos de idade - Brasil – 3º
trimestre de 2012-2020
3°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

14 a 17 anos 10,1 9,3 8,9 8,4 8,6 8,3 7,8 8,0 5,1
18 a 24 anos 33,2 34,2 34,3 33,1 32,6 32,6 32,6 31,9 29,3

25 a 39 anos 36,8 37,0 37,0 37,0 35,2 34,2 34,6 33,9 35,4

40 a 59 anos 18,4 17,9 18,1 19,5 21,6 22,5 22,2 23,2 27,5

60 anos ou mais 1,5 1,6 1,7 2,0 2,0 2,4 2,8 3,0 2,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
No 3º trimestre de 2020, 59,2% das pessoas desocupadas tinham concluído
pelo menos o ensino médio. 21,1% não tinham concluído o ensino fundamental e
aquelas com nível superior completo representavam 10,7%.

Gráfico 23 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


desocupadas na semana de referência, por nível de instrução - Brasil - 3º
trimestre de 2020
Cor ou raça
O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 foi
estimado em 7,6 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 48,9% dessa
população; seguido dos brancos, 40,2% e dos pretos 10,2%. No 3º trimestre de 2020,
esse contingente subiu para 14,1 milhões de pessoas e a participação dos pardos
passou a ser de 50,5%; a dos brancos reduziu para 36,3% e dos pretos subiu para
12,6%.

Gráfico 24 - Pessoas de 14 anos ou mais de idade, desocupadas na semana de


referência, segundo cor ou raça - Brasil - 2012-2020

TAXA DE DESOCUPAÇÃO
A taxa de desocupação, no Brasil, no 3º trimestre de 2020, foi estimada em
14,6%. Este indicador apresentou aumento de 1,3 p.p. em relação ao 2º trimestre de
2020 (13,3%). Quando comparada com o 3º trimestre de 2019 (11,8%), a taxa
apresentou aumento de 2,8 ponto percentual.
No enfoque regional foram verificadas diferenças de patamares relativos à
taxa de desocupação ao longo de todos os trimestres analisados. A Região Nordeste
permaneceu apresentando as maiores taxas de desocupação ao longo de toda série,
tendo registrado, no 3º trimestre de 2020, uma taxa de 17,9%; enquanto a Região Sul
teve a menor, 9,4%.
As Regiões Norte, Nordeste e Sudeste apresentaram aumento
estatisticamente significativo da taxa de desocupação frente ao 2º trimestre de 2020,
enquanto as demais Grandes Regiões apresentaram estabilidade. O gráfico a seguir,
mostra o comportamento da taxa de desocupação entre 2012 e 2020.

Gráfico 25 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das


pessoas com 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes Regiões - 2012-2020

Sexo
As análises apontaram diferenças na taxa de desocupação entre homens e
mulheres. No 3º trimestre de 2020, a taxa foi estimada em 12,8% para os homens e
16,8% para as mulheres. Lembrando que a taxa total para este período ficou em
14,6%.
Gráfico 26 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas com 14
anos ou mais de idade, por sexo - Brasil - 3º trimestre de 2020.

Idade
As taxas de desocupação dos jovens de 14 a 17 (44,2%) e de 18 a 24 anos de
idade (31,4%) apresentaram patamar elevado em relação à taxa média total (14,6%)
para o 3º trimestre de 2020. O gráfico a seguir ilustra as diferenças existentes entre as
taxas de desocupação nos diversos grupos etários.
Gráfico 27 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas de
14 anos ou mais de idade, por grupos de idade - Brasil - 3º trimestre de 2020
Entre o 3º trimestre de 2019 e o mesmo período de 2020, houve aumento na
taxa de desocupação em todos os grupos etários.

Tabela 7 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas com


14 anos ou mais de idade, por grupos de idade – Brasil - 3º trimestre de 2012-
2020
3°Trimestre
Grupos de idade
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Total 7,1 6,9 6,8 8,9 11,8 12,4 11,9 11,8 14,6
14 a 17 anos 20,4 20,8 21,0 26,5 39,7 41,7 40,0 40,6 44,2
18 a 24 anos 14,4 15,0 15,2 19,7 25,7 26,5 25,8 25,7 31,4
25 a 39 anos 6,7 6,6 6,4 8,6 10,9 11,3 11,0 10,8 14,2
40 a 59 anos 3,7 3,4 3,4 4,6 6,7 7,4 6,9 7,1 9,9
60 anos ou mais 1,7 1,8 1,9 2,7 3,6 4,3 4,5 4,6 5,1

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Nível de Instrução
A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio
incompleto, 24,3%, era superior à verificada para os demais níveis de instrução. Para
o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 17,1%, mais
que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo, 7,0%.
Gráfico 28 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas de
14 anos ou mais de idade, por nível de instrução – Brasil - 3º trimestre de 2020

Cor ou raça
A taxa de desocupação desagregada por cor ou raça mostrou que a taxa dos
que se declararam brancos (11,8%) ficou abaixo da média nacional; porém a dos
pretos (19,1%) e a dos pardos (16,5%) ficou acima. No 1º trimestre de 2012, quando a
taxa média foi estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,6%; a dos pardos a
9,1% e a dos brancos era 6,6%.
Gráfico 29 - Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas de
14 anos ou mais de idade, segundo a cor ou raça - Brasil - 2012-2020

POPULAÇÃO FORA DA FORÇA DE TRABALHO


No Brasil, no 3º trimestre de 2020, 44,9% das pessoas em idade de trabalhar
foram classificadas como fora da força de trabalho (78,6 milhões), ou seja, aquelas que
não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa.
A Região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da
força de trabalho, 52,7%. A Região Centro-Oeste (39,2%) teve o menor percentual.
Importante destacar que esta configuração não se alterou significativamente ao longo
da série histórica disponível, conforme pode ser conferido na tabela a seguir.
Tabela 8 - Percentual das pessoas fora da força de trabalho, na semana de
referência, da população de 14 anos ou mais de idade, segundo as Grandes
Regiões - 2012-2020

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T
Brasil 38,3 38,5 38,5 38,7 38,9 39,1 38,7 38,6 38,4 38,8 38,3 38,2 38,6 38,3 37,9 37,9 44,7 44,9
Norte 37,6 38,2 38,0 39,0 38,7 38,8 38,9 38,3 38,8 39,7 39,7 39,8 40,6 40,3 39,9 39,6 45,7 44,5
Nordeste 43,2 43,0 44,0 44,1 43,1 43,2 42,9 42,6 44,0 45,0 45,3 45,3 46,1 45,2 45,3 45,3 53,1 52,7
Sudeste 36,9 37,1 36,8 36,9 37,9 38,3 37,7 37,5 36,5 36,4 35,4 35,1 35,1 34,9 34,6 34,6 42,1 42,3
Sul 35,5 35,9 35,7 35,8 36,2 36,2 36,0 36,2 35,7 36,1 35,4 35,5 36,4 36,2 35,4 35,6 39,7 41,3
Centro-Oeste 34,9 35,2 34,8 34,3 34,8 34,9 34,8 35,3 34,5 35,1 34,3 34,3 34,6 34,3 33,0 33,0 39,2 39,2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Sexo
A população fora da força de trabalho era composta em sua maioria por
mulheres. No 3º trimestre de 2020, elas representavam 64,2%. Ressalta-se que esta
configuração não se alterou significativamente ao longo da série histórica disponível.

Gráfico 30 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,


fora da força de trabalho, na semana de referência, por sexo – Brasil - 3º
trimestre de 2020
Idade
No 3º trimestre de 2020, no Brasil, 38,7% da população fora da força de
trabalho era composta por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade). Aqueles
com menos de 25 anos de idade somavam 24,0% e os adultos, com idade de 25 a 59
anos, representavam 37,3%.

Gráfico 31- Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade


fora da força de trabalho, na semana de referência, por grupos de idade – Brasil
- 3º trimestre de 2020

O gráfico, a seguir, mostra o percentual de pessoas fora da força de trabalho


em cada um dos grupos de idade analisados, no total das pessoas em idade de
trabalhar. Destacam-se os percentuais acima de 80% para os jovens de 14 a 17 anos e
para os idosos.
Gráfico 32 - Percentual de pessoas fora da força de trabalho, na semana de
referência, na população de 14 anos ou mais de idade, por grupos de idade –
Brasil - 3º trimestre de 2020

Nível de instrução
No 3º trimestre de 2020, quase metade desta população (47,5%) não tinha
concluído o ensino fundamental e cerca de um terço tinha concluído pelo menos o
ensino médio (33,8%).
Gráfico 33 – Distribuição percentual das pessoas de 14 anos ou mais de idade,
fora da força de trabalho, na semana de referência, por nível de instrução –
Brasil - 3º trimestre de 2020

Cor ou raça
A população fora da força de trabalho (formada pelas pessoas que não
estavam ocupadas e nem desocupadas na semana de referência da pesquisa) foi
estimada 78,6 milhões de pessoas no 3º trimestre de 2020. Neste período, os pardos
representavam 46,6% da população fora da força, seguidos pelos brancos (44,0%) e
pelos pretos (8,4%).
Gráfico 34 – Distribuição percentual da população fora da força de trabalho
segundo a cor ou raça - Brasil - 2014-2020

RENDIMENTO MÉDIO REAL HABITUALMENTE RECEBIDO PELAS


PESSOAS OCUPADAS EM TODOS OS TRABALHOS
No 3º trimestre de 2020, o rendimento médio real de todos os trabalhos,
habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas
na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2554. Este
resultado apresentou estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior
(R$ 2519) e aumento de 1,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$
2359).
Gráfico 35 - Rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas de
14 anos ou mais de idade, ocupadas em todos os trabalhos - Brasil - 2012 a 2020
-(em R$)

Na comparação entre o 2º trimestre de 2020 e o 3º trimestre de 2020, a


Região Norte (R$ 1.863) foi a única a apresentar queda estatisticamente significativa
do rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Em relação ao 3º
trimestre de 2020, foi observada elevação do rendimento médio em todas as regiões.
Tabela 9 - Rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as
Grandes Regiões - 2012-2020 -(em R$)

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T

Brasil 2 243 2 258 2 315 2 345 2 357 2 376 2 360 2 330 2 267 2 287 2 312 2 321 2 363 2 356 2 357 2 359 2 519 2 554
Norte 1 851 1 837 1 822 1 847 1 865 1 864 1 770 1 787 1 746 1 721 1 772 1 804 1 796 1 805 1 754 1 785 1 977 1 863

Nordeste 1 544 1 532 1 594 1 614 1 642 1 628 1 608 1 592 1 538 1 530 1 608 1 584 1 634 1 635 1 642 1 623 1 756 1 709

Sudeste 2 543 2 556 2 624 2 652 2 695 2 740 2 744 2 707 2 633 2 650 2 629 2 649 2 714 2 698 2 693 2 701 2 903 2 995

Sul 2 402 2 477 2 504 2 578 2 546 2 565 2 527 2 498 2 418 2 480 2 513 2 535 2 528 2 536 2 569 2 590 2 651 2 706

Centro-Oeste 2 626 2 649 2 705 2 715 2 650 2 660 2 653 2 609 2 544 2 576 2 605 2 611 2 627 2 624 2 606 2 557 2 673 2 732

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

No 3º trimestre de 2020, a massa de rendimento médio real de todos os


trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de
idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimada
em R$ 205.305 milhões de reais, registrando estabilidade estatística em relação ao
trimestre anterior (R$ 205.102 milhões de reais), e redução de 4,9% frente ao 3º
trimestre de 2019 (R$ 215.986 milhões de reais). O gráfico, a seguir, apresenta a série
da massa de rendimento médio real e nominal habitualmente recebido pelas pessoas
ocupadas, segundo os trimestres de 2012 a 2020.
Gráfico 36 - Massa de rendimento de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, com rendimento de trabalho - Brasil - 2012 a 2020 - (em
R$ milhões)

Regionalmente, a Região Sudeste apresentou a maior massa de rendimento


real ao longo da série histórica, tendo registrado 108.550 milhões de reais no 3º
trimestre de 2020.
Tabela 10 - Massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, com rendimento de trabalho, por Grandes Regiões -
2012-2020 - (em R$ bilhões)

Grandes 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Regiões 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T 2°T 3°T
Brasil 192,4 195,0 201,2 205,5 208,8 211,1 209,5 206,9 199,9 199,7 202,6 205,7 209,6 212,1 214,6 216,0 205,1 205,3
Norte 11,6 11,5 11,7 11,9 12,2 12,3 11,6 11,9 11,6 11,2 11,6 12,0 12,1 12,4 12,1 12,4 12,6 12,1
Nordeste 31,1 31,1 31,9 32,8 34,5 34,5 34,0 33,9 31,9 31,1 32,0 32,0 32,8 33,6 33,8 33,5 31,1 29,9
Sudeste 99,3 100,5 104,1 105,7 107,5 109,2 109,6 107,7 104,4 104,5 104,6 106,4 109,6 110,3 111,7 112,9 106,7 108,5
Sul 32,3 33,5 34,5 35,6 35,4 35,8 35,3 34,7 33,6 34,4 35,3 35,8 35,4 35,8 36,9 37,3 36,0 35,6
Centro-Oeste 18,1 18,3 19,0 19,5 19,2 19,3 19,1 18,7 18,5 18,5 19,1 19,5 19,7 20,0 20,1 19,9 18,7 19,2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.

Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2020


Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

Indicadores IBGE

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua


Divulgação Especial
Medidas de Subutilização da Força de Trabalho no Brasil

4º trimestre de 2020

Publicado em 10/03/2021 às 9 horas


Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro Indicadores IBGE
Plano de divulgação:
Ministro da Economia
Trabalho e rendimento
Paulo Roberto Nunes Guedes
Pesquisa mensal de emprego*
Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua
Secretário Especial de Fazenda
Agropecuária
Waldery Rodrigues Junior
Estatística da produção agrícola **
Estatística da produção pecuária **
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E Indústria
Pesquisa industrial mensal: emprego e salário ***
ESTATÍSTICA - IBGE
Pesquisa industrial mensal: produção física Brasil
Pesquisa industrial mensal: produção física regional
Presidente Comércio
Susana Cordeiro Guerra Pesquisa mensal de comércio
Serviços
Diretor-Executivo Pesquisa mensal de serviços
Fernando José de Araújo Abrantes Índices, preços e custos
Índice de preços ao produtor – indústrias extrativas e
ORGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES de transformação
Sistema nacional de índices de preços ao consumidor:
Diretoria de Pesquisas IPCA-E
Eduardo Luiz G. Rios Neto Sistema nacional de índices de preços ao consumidor:
INPC - IPCA
Diretoria de Geociências Sistema nacional de pesquisa de custos e índices da
João Bosco de Azevedo construção civil
Contas nacionais trimestrais
Diretoria de Informática Contas nacionais trimestrais: indicadores de volume e
Carlos Renato Pereira Cotovio valores correntes

Centro de Documentação e Disseminação de * O último fascículo divulgado corresponde a


Informações fevereiro de 2016.
Marise Maria Ferreira
** Continuação de: Estatística da produção
Escola Nacional de Ciências Estatísticas agropecuária, a partir de janeiro de 2006. A produção
Maysa Sacramento de Magalhães agrícola é composta do Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola. A produção pecuária é composta
UNIDADE RESPONSÁVEL da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, da
Pesquisa Trimestral do Leite, da Pesquisa Trimestral
Diretoria de Pesquisas do Couro e da Produção de Ovos de Galinha.

Coordenação de Trabalho e Rendimento *** O último fascículo divulgado corresponde a


Maria Lucia França Pontes Vieira dezembro de 2015.

Iniciado em 1982, com a divulgação de indicadores


Equipe de Análise de Resultados sobre trabalho e rendimento, indústria e preços, o
Adriana Araujo Beringuy periódico Indicadores IBGE passou a incorporar, no
Alessandra Scalioni Brito decorrer das décadas seguintes, informações sobre
Cimar Azeredo Pereira agropecuária, contas nacionais trimestrais e serviços,
Lino Eduardo Rodrigues Pereira visando contemplar as variadas demandas por
Ricardo da Silva Lopes estatísticas conjunturais para o País. Outros temas
poderão ser abarcados futuramente, de acordo com as
necessidades de informação identificadas. O
periódico é subdividido em fascículos por temas
específicos, que incluem tabelas de resultados,
comentários e notas metodológicas. As informações
apresentadas estão disponíveis em diferentes níveis
geográficos: nacional, regional e metropolitano,
variando por fascículo
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

Medidas de Subutilização da Força de Trabalho


PNAD Contínua - 4º Trimestre de 2020

Introdução:

A Subutilização da Força de trabalho (labour underutilization) é um conceito construído para


complementar o monitoramento do mercado de trabalho, além da medida de desocupação
(unemployment), que tem como objetivo fornecer a melhor estimativa possível da demanda por
trabalho em ocupação (employment).

São identificados três componentes mutuamente exclusivos, sendo que dois componentes
integram a força de trabalho1: i) os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e os ii)
desocupados; a eles se somam os que integram a iii) força de trabalho potencial.

Segundo a OIT - Organização Internacional do Trabalho - OIT2., é recomendado que os


países adotem esses indicadores principais visando propiciar um quadro mais completo da
subutilização da força de trabalho. A fim de melhor esclarecer, seguem os conceitos e principais
indicadores.

Conceitos:

I) Pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas:

São as pessoas que, na semana de referência, atendem as quatro condições abaixo:


1. tinham 14 anos ou mais de idade;
2. trabalhavam habitualmente menos de 40 horas no seu único trabalho ou no conjunto
de todos os seus trabalhos;
3. gostariam de trabalhar mais horas que as habitualmente trabalhadas; e
4. estavam disponíveis para trabalhar mais horas no período de 30 dias, contados a
partir do primeiro dia da semana de referência.

A Força de trabalho é composta pelas pessoas ocupadas e as desocupadas na semana de referência.


2
http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---dgreports/---stat/documents/normativeinstrument/wcms_234036.pdf
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

II) Pessoas desocupadas:

São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas sem trabalho em


ocupação nessa semana que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de
referência de 30 dias, e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência.
Consideram-se, também, como desocupadas as pessoas sem trabalho em ocupação na semana de
referência que não tomaram providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30
dias porque já o haviam conseguido e iriam começá-lo em menos de quatro meses após o último dia
da semana de referência.
Este conceito de pessoas desocupadas, adotado a partir do segundo trimestre 2016, já está
ajustado à Resolução I da 19ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho - CIET.
Anteriormente, no que se refere às pessoas que não tomaram providência efetiva para conseguir
trabalho no período de referência de 30 dias porque já o haviam conseguido para começar após a
semana de referência, não havia limite de tempo fixado para assumir o trabalho3.

III) Força de trabalho potencial:

A força de trabalho potencial é definida como o conjunto de pessoas de 14 anos ou mais de


idade que não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência, mas que possuíam
um potencial de se transformarem em força de trabalho.
Este contingente é formado por dois grupos:
I. pessoas que realizaram busca efetiva por trabalho, mas não se encontravam disponíveis

para trabalhar na semana de referência;


II. pessoas que não realizaram busca efetiva por trabalho, mas gostariam de ter um trabalho

e estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência.


a) pessoas desalentadas: pessoas fora da força de trabalho na semana de referência
que estavam disponíveis para assumir um trabalho na semana de referência, mas
não tomaram providência para conseguir trabalho no período de referência de 30

3
A definição anteriormente adotada relativamente a esse aspecto era:
Consideram-se, também, como desocupadas as pessoas sem trabalho na semana de referência que não tomaram
providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias porque já o haviam conseguido e iriam começá-lo
após a semana de referência.
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

dias por não ter conseguido trabalho adequado, não ter experiência profissional
ou qualificação, não haver trabalho na localidade em que residia ou não conseguir
trabalho por ser considerado muito jovem ou muito idoso.

Indicadores:

População:
• Pessoas de 14 anos ou mais de idade Desocupadas, na semana de referência;
• Pessoas de 14 anos ou mais de idade Subocupadas por Insuficiência de Horas
Trabalhadas, na semana de referência;
• Pessoas de 14 anos ou mais de idade Desocupadas ou Subocupadas por Insuficiência
de Horas Trabalhadas, na semana de referência;
• Pessoas de 14 anos ou mais de idade na Força de Trabalho Potencial, na semana de
referência;
• Pessoas de 14 anos ou mais de idade Desocupadas ou na Força de Trabalho
Potencial, na semana de referência;
• Pessoas de 14 anos ou mais de idade Desocupadas ou Subocupadas por Insuficiência
de Horas Trabalhadas ou na Força de Trabalho Potencial, na semana de referência;
• Pessoas de 14 anos ou mais de idade na Força de Trabalho Ampliada (Força de
Trabalho + Força de Trabalho Potencial), na semana de referência.
• Pessoas de 14 anos ou mais de idade desalentadas, na semana de referência.

Taxas:

• Taxa de desocupação

Numerador - Desocupados
Denominador - Força de Trabalho

• Taxa combinada da desocupação e subocupação por insuficiência de horas


trabalhadas

Numerador - Subocupados por insuficiência de horas + desocupados


Denominador - Força de Trabalho

• Taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial


Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

Numerador - Desocupados + Força de Trabalho Potencial


Denominador - Força de Trabalho Ampliada

• Taxa composta da subutilização da força de trabalho

Numerador - Subocupados por insuficiência de horas + desocupados + força de


trabalho potencial
Denominador - Força de Trabalho ampliada

• Taxa de desalento na força de trabalho ampliada

Numerador – Pessoas desalentadas


Denominador - Força de Trabalho ampliada

• Percentual de desalentados na população fora da força de trabalho

Numerador – Pessoas desalentadas


Denominador - População fora da força de trabalho

• Percentual de desalentados na força de trabalho potencial

Numerador – Pessoas desalentadas


Denominador - Força de Trabalho potencial
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

O esquema a seguir ilustra como está classificada a população de 14 anos ou mais de idade
levando em consideração a condição de atividade.

Brasil – 4º trimestre de 2020


Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

Comentários

Medidas de Subutilização da Força de Trabalho

I) Introdução

Na divulgação da PNAD Contínua, as informações regionais referentes às medidas de


subutilização da força de trabalho no Brasil passaram a ser disponibilizadas trimestralmente desde
2016. Estas medidas foram incorporadas e são divulgadas trimestralmente. Estão sendo
disponibilizadas também desagregações por unidades da federação.
O gráfico a seguir apresenta a série completa das quatro taxas de subutilização da força de
trabalho no Brasil. Para as quatro medidas observadas no País verifica-se que, no 4º trimestre de
2020, as estimativas ainda se mantêm num patamar elevado.
Gráfico 1 - Taxa de desocupação e taxas combinadas (%) de subutilização da força de trabalho no Brasil,
das pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência - Brasil 2012 – 2020

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua.


Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

No Brasil, no 4º trimestre de 2020, a taxa de desocupação foi de 13,9%, enquanto que a taxa
composta da subutilização da força de trabalho atingiu 28,7%. O resultado consolidado dessas
medidas por Grandes Regiões aponta o Nordeste como a região onde foram observadas as maiores
medidas de subutilização da força de trabalho e, na Região Sul, as menores.

Gráfico 2 - Medidas de subutilização (%) da força de trabalho no Brasil, das pessoas de 14 anos ou
mais de idade, ocupadas na semana de referência, segundo Brasil e as Grandes Regiões – 4º
trimestre 2020

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua.


Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

II) Taxa de desocupação

Em geral, as maiores taxas de desocupação foram observadas nos estados da Região


Nordeste, e as menores nos da Região Sul, conforme mostra o gráfico a seguir. No 4º trimestre de
2020, as unidades da federação que apresentaram as maiores taxas de desocupação foram Bahia
(20,0%), Alagoas (20,0%) e Rio de Janeiro (19,4%). As menores taxas de desocupação foram
observadas em Santa Catarina (5,3%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso do Sul (9,3%).

Tabela 1 – Taxa de desocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14 anos ou mais de
idade, segundo as unidades da federação – 4º trimestre – 2020
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

III) Taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação, na


semana de referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade

Também foram registradas as maiores taxas de subocupação por insuficiência de horas


trabalhadas e desocupação nos estados da Região Nordeste, e as menores nos da Região Sul e
Centro-Oeste, de acordo com a tabela a seguir.
No 4º trimestre de 2020, essa estimativa era de 20,7% no País. As maiores taxas foram
verificadas nas seguintes unidades da federação: Bahia (33,3%), Piauí (33,3%) e Sergipe (32,2%). As
menores taxas de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação ocorreram em
Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (14,1%), Mato Grosso do Sul (14,1%) e Mato Grosso
(14,1%).

Tabela 2 – Taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e


desocupação (%), na semana de referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as
unidades da federação – 4º trimestre - 2020
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

IV) Taxa combinada de desocupação e força de trabalho potencial, na semana de referência,


das pessoas de 14 anos ou mais de idade

Como nas outras taxas apresentadas, no 4º trimestre de 2020, os maiores valores da força de
trabalho potencial também foram observados nos estados da Região Nordeste, e as menores na
Região Sul e Centro-Oeste, conforme mostra o gráfico, a seguir.
Alagoas (38,5%), Maranhão (36,7%) e Bahia (33,6%) foram os estados com as maiores taxas
combinadas de desocupação e força de trabalho potencial. As menores taxas foram observadas em
Santa Catarina (8,7%), Rio Grande do Sul (13,3%) e Mato Grosso (13,8%).

Tabela 3 – Taxa combinada de desocupação e força de trabalho potencial (%), na semana


de referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as unidades da federação -
4º trimestre – 2020
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua

V) Taxa composta de subutilização da força de trabalho, na semana de referência, das pessoas


de 14 anos ou mais de idade

Com relação às taxas compostas da força de trabalho, no 4º Trimestre de 2020, Piauí (46,7%),
Alagoas (46,6%), Maranhão (44,7%), Bahia (44,6%), Sergipe (42,4%) e Rio Grande do Norte (40,3%)
apresentaram estimativa acima de 40%. Por outro lado, os estados onde foram observadas as
menores taxas foram: Santa Catarina (10,8%), Mato Grosso (17,5%), Rio Grande do Sul (18,7%) e
Paraná (19,3%).

Tabela 4 – Taxa composta da subutilização da força de trabalho (%), na semana de


referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade, segundo as unidades da federação -
4º trimestre – 2020

Rio de Janeiro, 10 de março de 2021.


Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua
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