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História
Em 1986, a empresa alemã Robert Bosh desenvolveu o protocolo CAN para aplicação
na indústria automóvel, com o objectivo de simplificar os complexos sistemas de fios em
veículos com sistema de controle compostos por múltiplos
microcontroladores/microcomputadores para gestão do motor, sistema ABS, controle da
suspensão, etc. A sua especificação base anunciava elevada taxa de transmissão, grande
imunidade a interferências eléctricas e capacidade de detectar erros.A aplicação da tecnologia
CAN, para partilha de dados e controlo em tempo real, tem vindo a tornar-se cada vez mais
popular. Ao longo dos anos, o CAN evoluiu de aplicações dedicadas à indústria automóvel
para outras de uso industrial e produtos envolvendo microcontroladores, com ligação por fio,
e não só. Um dos benefícios do CAN é suprimir a necessidade de sistemas complexos de fios
substituindo-os por um simples cabo. É também considerado uma solução para implementar
comunicação em rede de uma forma simples, barata e robusta, nomeadamente ao ruído
electromagnético.
A utilização da electrónica, na melhoria da eficiência e funcionalidade dos sistemas
atuais tornou a multiplexagem uma necessidade para além de uma realidade, atingindo um
nível onde a técnica de ligação ponto-a-ponto, tradicional, não consegue competir,
economicamente, com o crescimento dos sistemas eletrônicos. Atualmente utilizam sistemas
interactivos onde a informação é partilhada através de um barramento comum. Uma vez que
estas ligações aumentaram, a necessidade de interfaces série e de um protocolo de barramento
aberto adquiriu bastante importância. O protocolo de comunicações CAN, descreve o método
como a informação é transferida entre dispositivos e é assunto de standards internacionais
aprovados pela International Standard Organization (ISO). Esta organização aprovou-o como
barramento standard para redes de elevada velocidade (≥125 Kbit/s) na partilha de informação
em tempo real em veículos automóveis e para taxas de transmissão menores (≤ 125 Kbit/s)
,estando em conformidade com o modelo de referência de sete camadas Open Systems
Interconnection (OSI) para os dois níveis inferiores do mesmo: o nível de ligação de
dados (nível 2) e o nível físico (nível 1).
Com a ISO, o CAN foi adotado pela indústria automóvel bem como por outros tipos
de indústrias, devido à sua robustez e flexibilidade. A disponibilidade de circuitos integrados
colocados no mercado por vários fabricantes, de semicondutores, encoraja a sua utilização
devido ao seu baixo custo.
Características
A rede CAN é um sistema de comunicação que não consiste em um módulo a mais, e
sim um sistema dentro da unidade de comando específica que interpreta o sinal e comunica
com as demais centrais, sem precisar de um componente extra.
Módulo de Comando
Pode ser módulo da injeção, módulo do ABS,
entre outros. É construído com dois tipos de
componentes que suportam a rede CAN: o controlador
recebe, acondiciona e envia os dados ao transceptor. O
transceptor é a parte do módulo que transmite e recebe
os dados do controlador e os transforma em sinal
elétrico para envio através do cabo CAN-Bus.
Referências
CALDEIRA, Pedro; FERNANDES, Roberto; SANTOS, Paulo; VIEIRA, Antônio. Protocolo
de comunicações can. Faculdade de Engenharia Universidade do Porto. 2002. Disponível
em: https://web.fe.up.pt/~ee99058/projecto/pdf/Can.pdf. Acesso em: 25 de novembro de
2021.
Controller Area Network. Wikipédia. 2019. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Controller_Area_Network. Acesso em: 25 de novembro de 2021.
MIURA, André. Rede CAN - Sistema de transmissão de dados em rede entre os módulos de
controles veiculares. Grupo Oficina Brasil. 2017. Disponível em:
https://www.oficinabrasil.com.br/noticia/tecnicas/rede-can-sistema-de-transmissao-de-dados-e
m-rede-entre-os-modulos-de-controles-veiculares. Acesso em: 25 de novembro de 2021.