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05 Tipos de Doenças com maior incidência no período de carnaval

A chegada do Carnaval é esperada com grande entusiasmo durante o ano inteiro por algumas
pessoas. A expectativa de pular atrás dos trios elétricos ou descansar nas praias ou no campo é um
momento apoteótico para muitos. Mas, mesmo nos dias de folga e de folia, é preciso ter atenção com a
saúde.
Nesta época do ano, centenas de pessoas são acometidas por males como viroses respiratórias,
conjuntivites, hepatites e mononucleose - conhecida popularmente como a doença do beijo.
A ocorrência desses males é fruto da combinação entre as costumeiras aglomerações, a
brincadeira dos muitos beijos e a falta de descanso e de alimentação corretos durante a festa, que
provoca a diminuição da imunidade do organismo. A maioria dessas doenças é transmitida pelo contato
entre as pessoas.
Para ajudar na preservação da sua saúde durante os dias de folia, médicos dão dicas para se
proteger das doenças carnavalescas mais comuns. Confira:

1. Viroses respiratórias

Geralmente, acometem os foliões nos primeiros dias pós-festa e chegam a ser tão tradicionais na
folia quanto os blocos de rua.
— Nesses casos, os sintomas costumam ser febre, diarreia, náuseas, tontura e sensação de fraqueza
— diz o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) no Distrito Federal, o
infectologista Dalcy Albuquerque Filho.

2. Conjuntivite

Segundo oftalmologistas, nesse período há um maior número de casos da doença, devido ao


aumento do contato com diversas outras pessoas, muitas das quais previamente infectadas.
Além disso, há o problema das altas temperaturas - os raios ultravioletas baixam a imunidade - e
da falta de cuidado com a higiene das mãos.
— As conjuntivites mais comuns são causadas pelas mãos sujas levadas aos olhos, o que ocorre com
grande frequência durante a folia — explica João Luís Pacini, oftalmologista do Visão Institutos
Oftalmológicos Associados.
Entre os sintomas estão os Olhos vermelhos e lacrimejantes, Pálpebras inchadas, Sensação de
areia ou de ciscos nos olhos, Secreção purulenta (conjuntivite bacteriana), Secreção esbranquiçada
(conjuntivite viral), Coceira, Fotofobia (dor ao olhar para a luz), Visão borrada, Pálpebras
grudadas quando a pessoa acorda.

3. Hepatite A

Segundo os médicos, também é outro mal comum transmitido pelo contato. No Carnaval, umas
das principais formas de contágio é compartilhar utensílios.
— Se a pessoa estiver com o vírus, o indivíduo que beber no mesmo copo, por exemplo, pega — diz o
infectologista Albuquerque Filho.
Outra forma pela qual a hepatite A pode ser transmitida é consumir alimentos e bebidas
contaminados. Albuquerque Filho alerta que nas praias é comum haver comida contaminada pela falta
de saneamento adequado.
— Por isso, é importante saber se a procedência do que será consumido é segura — completa.
Entre os sintomas estão a Fadiga, Náusea e vômitos, Dor ou desconforto abdominal,
especialmente na área próxima ao fígado, Perda de apetite, Febre baixa, Urina escura, Dor
muscular, Amarelamento da pele e olhos (icterícia).

4. Herpes e mononucleose
O surgimento de doenças relacionadas ao beijar, como mononucleose e herpes, não é nenhuma
novidade. Na maioria das vezes, não há como ter certeza de que a pessoa que vai ser beijada tenha a
doença, mas observar os pequenos detalhes é sempre bom.
Feridas e vesículas (bolhas com líquido) são sintomas de algumas delas. É importante ressaltar
que não é sempre que os sintomas aparecem, tornando mais difícil a identificação de problemas. O jeito
é escolher quem vai beijar e ter bom senso.
Sintomas da Herpes: O principal sintoma do herpes labial é, também, sua principal
característica: o surgimento de bolhas pequenas, avermelhadas e doloridas ao redor da boca.
Sintomas da Mononucleose: Fadiga, Sensação geral de mal-estar, Dor de garganta,
Inflamação de garganta que não melhora com o uso de antibióticos, Febre, Inchaço dos gânglios
linfáticos no pescoço e axilas, Amígdalas inchadas, Dor de cabeça, Erupção cutânea, Baço
suavemente inchado.

5. Tétano

Albuquerque Filho destaca ainda o problema do tétano, que é de fácil contágio por meio de
cortes:
— A bactéria está por aí e ninguém está livre de acidentes. Por isso, todos devem estar com o calendário
de vacinas atualizado.
A bactéria é encontrada no solo, em fezes de animais ou humanas que se depositam na areia, ou
na terra sob uma forma resistente (esporos). A infecção se dá pela entrada de esporos por qualquer tipo
de ferimento na pele contaminado com areia ou terra.
Entre os sintomas do tétano estão os Espasmos e rigidez no maxilar, Rigidez nos músculos do
pescoço e da nuca, Rigidez nos músculos do abdômen, Espasmos corporais que provocam dor e
duram por vários minutos, geralmente causados por sons altos, toque físico e sensibilidade à luz,
Febre, Sudorese, Hipertensão, Batimentos cardíacos acelerados.

6. DSTs (Bônus)

A sensação de liberdade típica do carnaval, associada ao consumo excessivo de álcool, também


aumenta as chances de contrair hepatite B e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), dentre elas a
AIDS e o papiloma vírus humano (HPV). Por isso, o uso do preservativo é imprescindível.
No caso do HPV, porém, a camisinha não garante 100% de proteção, pois as lesões podem ser
microscópicas.
— Muitas vezes, as lesões são imperceptíveis ou ficam em locais nos quais o indivíduo não dá muita
atenção, como o períneo — esclarece o infectologista Albuquerque Filho.
Nesse caso, o ideal é diminuir o número de parceiros.

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