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FACULDADE DE ENGENHARIA DE
ALIMENTOS
Campinas-SP
Maio/2019
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1. Introdução
A maçã é caracterizada como um pseudo fruto pomáceo vindo da macieira; é
constituída principalmente de água (80%), de 10% de carboidratos (entre eles
frutose, dextrose e sacarose) e de 2 a 3% de vitaminas e minerais (INSA, 2006),
características que variam de acordo com a espécie, clima e estado de maturação.
É possível identificar, que no Brasil, a produção desse fruto consiste em 1.079.525
toneladas nas safras de 2016/2017 (Fochzato, 2017), sendo 80% dessa produção
voltada ao setor in natura e 20% para a fabricação de derivados (Embrapa,2013).
Consequentemente a maçã é um produto de elevado potencial econômico no país,
pois sua produção é alta e a procura do consumidor também.
Neste contexto a indústria de alimentos vem ao longo dos tempos
aprimorando os seus processos na área de produtos de origem vegetal para obter
maior qualidade, durabilidade e praticidade. Cornejo (2003) mostra que algumas
técnicas físico-químicas, surgiram com o intuito de conservar esses alimentos de
maneira eficiente por conta de se deteriorar facilmente, isso devido aos aspectos
físico-químicos dos mesmos, como composição nutricional, alta atividade de água
(AW) e pH.
Segundo Costa, Lobato e Batista (2016), dentro das diversas operações
unitárias existentes uma que ganha grande relevância no cenário industrial tem sido
a secagem. Se dá pela transferência da umidade para a fase gasosa, fazendo com
que o produto sofra um beneficiamento, sendo precificado. De acordo com Cornejo
(2003), outras vantagens da secagem como método de conservação além da
redução do peso do produto é a redução do custo de transporte e do
armazenamento em relação ao alimento; assim o processo de desidratação nos
produtos de origem vegetal diminui sua perecibilidade além de trazer outros
benefícios como o aumento de vida de prateleira, novos aspectos sensoriais (fator
crocância e sabor doce concentrado) e proporciona ao consumidor uma segurança
alimentar, pois inibe o crescimento microbiológico já que a umidade é reduzida e por
consequência a atividade de água também.
Partindo da ideia de que o desenvolvimento de novos produtos precisa
acompanhar as tendências do mercado, alimentos desidratados ganham um grande
valor para indústria pois são obtidos por um processo simples que alcança uma
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criação vida útil longa (Food Ingredientes Brasil, 2013) e atendem os requisitos dos
consumidores. Assim, aliar o processo de secagem a uma matéria prima de grande
consumo no Brasil como a maçã, resulta em um produto de alta aceitabilidade, por
sua praticidade e tantas outras vertentes, como a saudabilidade que está inserida
em aspectos nutricionais de baixo valor calórico e alto teor de fibras, agradando o
público alvo que busca melhor qualidade de vida.
2. Objetivos
2.1 Gerais
Analisar os fenômenos físico-químicos que ocorrem no processo de secagem
da maçã e seus respectivos efeitos para obtenção de um produto desidratado.
2.2 Específicos
Relacionar os parâmetros de massa, umidade e dimensões de área, antes e
após o processamento de secagem, e através de tais dados alegar a viabilidade do
processo segundo o rendimento obtido, de matéria-prima, para produto desidratado.
3. Materiais e Método
3.1 Material:
● Barbante;
● Extrator de miolo;
● Faca;
● Maçã Fuji;
● Paquímetro;
● Régua;
● Tábua de corte.
3.1.1 Equipamentos:
● Balança semi-analitica;
● Secador de alimentos vertical.
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3.2 Método
A maçã foi higienizada com uma solução de Hipoclorito de Sódio 0,02 g/ml.
Mediu-se então o diâmetro e a altura com o paquímetro e o comprimento com
auxílio do barbante e da régua. Foi feito sua pesagem na balança semi-analitica. Em
seguida, com extrator, retirou-se o miolo do fruto, o qual também teve seu diâmetro
medido e novamente pesou-se para análise de massa. A fruta foi cortada
horizontalmente em fatias de 0,5cm de espessura, essas foram distribuídas em
bandejas vazadas e levadas ao secador vertical por 24 horas a 67° C.
4. Resultados
Foram usadas as expressões matemáticas a seguir para o cálculo das
dimensões da maçã, podendo então posteriormente analisar o rendimento do
processo.
Item Massa
4.2 Rendimento :
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Depois foi calculada a porcentagem que 582,38 gramas representam na massa total
(porcentagem de perda de água).
731,79 --- 100%
582,38 ------- x%
x = (582,38*100) / 731,79 = 79,58%
Foi encontrado o rendimento do processo de secagem da maçã sem miolo.
100% - 79,58% = 20,42%
5. Discussão
6. Conclusão
Mediante a este experimento, pode-se concluir os efeitos físico-químicos do
processo de secagem da maçã, assim como a perda de massa e umidade em
função do tempo, o aumento de concentração de frutose (sendo possível observar o
ressaltamento de propriedades organolépticas da fruta). Refletindo sobre o produto
final e como ele se adaptaria no mercado, visto que pela análise de preço estudada,
é evidente que o mesmo abre margem para pequenos e médios empreendedores
iniciarem seus investimentos.
Referente a parte laboratorial, pode-se compreender as normas e vestimentas
ideais para a segurança, as técnicas de utilização dos aparelhos e como os mesmos
funcionam.Como por exemplo, o secador industrial, que foi fundamental para o
entendimento da parte cinético-química.
7. Referências
COSTA, Júlia Navarro Ranzatti; LOBATO, Fran Sérgio; BATISTA, Fabiana Regina X.
Estudo Teórico-Experimental Da Cinética De Secagem De Alimentos. JORNADA DA
ENGENHARIA QUÍMICA XXI, Uberlândia - MG, 2016. Disponível em:
<https://docplayer.com.br/63309019-Xxi-de-22-a-26-de-agosto-de-2016.html>. (ok)
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FOCHZATO, Ivan Cezar. Conforme diretor da ABPM safra brasileira de maçã deverá
superar 1 milhão de toneladas. RBJ: A notícia feita no Paraná, Paraná, 1 jun. 2017.
Economia & Negócios, p. 1-1. Disponível em:
https://rbj.com.br/economia/conforme-diretor-da-abpm-safra-brasileira-de-maca-dev
era-superar-1-milhao-de-toneladas-0439.html. Acesso em: 18 jun. 2019. (ok)
https://drrocha.com.br/maca-%F0%9F%8D%8E/
INSA (Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge). (2006). Tabela da composição
de alimentos (http://www.insa.pt). Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge,
Lisboa, ISBN: 972-8643-19-5, 355 pp. (ok)
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/07373939608917155 nihijius
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/883845/1/doc276.pdf
celestino 2010
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/65529/1/2003-DOC-0054.pdf