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FILOSOFIA

O que significa filosofia?

Filosofia significa: Amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber.


Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos (que viveu no século V
antes de Cristo) a invenção da palavra filosofia.

Pitágoras dizia que três tipos de pessoas compareciam aos jogos


olímpicos (a festa mais importante da Grécia):

1. As pessoas que iam comerciar durante os jogos;


2. As pessoas que iam para competir (atletas e artistas) pois os artistas
também competiam nas artes, músicas, danças, teatro etc.,
3. Os que iam para contemplar os jogos e torneios, para julgar e avaliar o
desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentavam. Esse terceiro
tipo de pessoa, dizia Pitágoras, é como o filósofo.
A reflexão filosófica organiza-se em torno de
três grandes conjuntos de perguntas ou
questões:

1. Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e


fazemos o que fazemos? Isto é, quais os motivos, as razões e as
causas para pensarmos o que pensamos, dizermos o que
dizemos, fazermos o que fazemos?

2. O que queremos pensar quando pensamos, o que queremos


dizer quando falamos, o que queremos fazer quando agimos? Isto
é, qual é o conteúdo ou o sentido do que pensamos, dizemos ou
fazemos?

3. Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos,


fazemos o que fazemos? Isto é, qual é a intenção ou a finalidade
do que pensamos, dizemos e fazemos?
Para que serve
a Filosofia?
A filosofia serve para
melhorar a vida das
pessoas, serve para ir
além daquilo que já está
posto.
O SURGIMENTO DA FILOSOFIA NA GRÉCIA
ANTIGA

A Filosofia nasceu na Grécia por volta do séc ulo VI ou VII


a.C., por meio de um longo processo
his tórico, promovendo a passagem do saber mítico ao
pensamento racional. Nasceu proc urando desenvolver
o logos (saber racional) em contras te com o mito (saber
alegórico).

Como sabemos, os gregos c ultuavam uma série de deuses


(Zeus, Hera, Ares, Atena etc.), além de heróis e
semideuses (Teseu, Hércules, Perseu etc .). Relatando a
vida dos deuses e dos heróis e seu envolvimento com os
homens, criando assim uma rica mitologia.
A origem do mundo e tudo que existia nele era atribuída aos
Deuses.

Mas, como os gregos explicavam a origem do mundo e de todas


as coisas?

Para responder a essa pergunta vamos entender o que é Mito.

A palavra mito vem do grego, mythos e deriva de dois verbos:


mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para os outros) e do
verbo mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear, designar).

Assim, mito são narrativas utilizadas pelos povos gregos


antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da
natureza, as origens do mundo e do homem, que não eram
compreendidos por eles.
Quem narrava o mito? Quem explicava a
origem do mundo e de tudo que existia nele?
O poeta-rapsodo. Acreditava-se que ele era o
escolhido pelos deuses, que lhes mostravam os
acontecimentos passados e permitiam que ele visse
a origem de todos os seres e de todas as coisas para
que pudesse transmitir aos ouvintes. Sua palavra,
era incontestável, sagrada, porque vinha de uma
revelação divina, dos deuses a quem os gregos
cultuavam e respeitavam.
Como o mito narrava a origem do mundo e de tudo que
existia nele?

O mito dizia que tudo que existia no mundo havia surgido de três maneiras:

* Das relações sexuais entre forças divinas.

* Das rivalidades ou alianças entre os deuses que fazia surgir alguma coisa no
mundo.

* Das recompensas ou castigos que os deuses davam a quem os


desobedecesse ou a quem os obedecesse.

Ou seja, o mito narrava a origem do mundo e de tudo que existia nele por
meio de lutas, alianças e relações sexuais entre forças sobrenaturais,
divinas, que governavam o mundo e o destino dos homens e de tudo que
nele existia.
A filosofia surgiu quando alguns gregos, insatisfeitos, com as explicações
que lhes eram dadas, começaram a fazer perguntas e a buscar
respostas, demonstrando que o mundo e os seres humanos, os
acontecimentos, as coisas da natureza, podem ser conhecidas pela
razão humana.

A Filosofia percebendo as contradições e limitações dos mitos, foi


reformulando e racionalizando as narrativas míticas, transformando-as
numa outra coisa, numa explicação inteiramente nova e diferente. Por
exemplo:

• O mito narrava como as coisas eram ou tinham sido em um passado


imemorial, fabuloso. A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar
como e porque, no passado, no presente e no futuro, as coisas são
como são.

• O mito narrava a origem do mundo e de tudo que existe nele através de


relações sexuais, rivalidades ou alianças, entre os deuses. A Filosofia
explica a produção natural das coisas por elementos e causas naturais
e impessoais.

• O mito não se importava com contradições. A Filosofia não admite


contradições, exige uma explicação lógica, coerente e racional.
Condições históricas que favoreceram o surgimento da Filosofia

• As viagens marítimas, que permitiram aos gregos descobrir que as terras que os mitos
diziam habitadas por deuses, na verdade, eram habitadas por outros seres humanos.

• A invenção do calendário, que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações


do ano, as horas do dia. Assim, foi possível perceber o tempo como algo natural e não
como um poder divino.

• O surgimento da vida urbana, com predomínio do comércio e do artesanato, dando


desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, o que fez também com que
surgisse uma nova classe social – de comerciantes ricos – que precisavam encontrar
pontos de poder e prestígio e, para tanto começaram a patrocinar e a estimular as
artes, as técnicas e os conhecimentos, criando um ambiente favorável à Filosofia.

• A invenção da política, que introduz três aspectos decisivos para o nascimento da


Filosofia: a ideia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que
decide por si mesma o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas;
o surgimento de um espaço público, que faz parecer um novo tipo de palavra ou de
discurso, diferente do que era proferido pelo mito e, a política estimula um pensamento
e um discurso que não são formulados por seitas secretas, ao contrário, são públicos,
ensinados, discutidos e comunicados.

• Entre outras.
As condições históricas que levam para o surgimento da filosofia são
condições que mudam muito o arranjo universal. Mas, o que leva a filosofia a
surgir é algo que é inerente a nós seres humanos, que é a sensação de
descontentamento com algumas coisas às vezes. Por mais que nós tenhamos
algumas respostas para as nossas dúvidas, a gente fica com uma sensação de
incompletude. Essa sensação levou os primeiros pensadores a questionarem
as explicações teogônicas, que são explicações que atribuem origem do
cosmo somente a responsabilidade dos Deuses. Isso os levou a fazerem algo
que pra nós hoje é óbvio, que é observar o entorno. Ao fazer essa observação
eles conseguiam ter noções sobre o que eram as coisas, de onde vinham as
coisas, e ai eles começaram a traçar modelos explicativos com base naquela
coisa que eles viam. Por isso essa preocupação dos primeiros pensadores
com as questões da natureza. Isso condicionou a filosofia a surgir, esse
descontentamento com o modelo teogônico. (PROFESSOR)
Qual a importância da cultura oriental e de civilizações que
antecederam os gregos, no nascimento da Filosofia?

Os gregos eram comerciantes e navegantes, e através das viagens


descobriram:

• A agrimensura dos egípcios, usada para medir as terras após as


cheias do Nilo.

• A astrologia dos caldeus e babilônios, usada para prever grandes


guerras, subida e queda dos reis, catástrofes como peste, fome e
furacões.

• As genealogias dos persas, usadas para dar continuidade às


linhagens e dinastia dos governantes.

• Os mistérios religiosos orientais referentes aos rituais de purificação


da alma, para livrá-la de reencarnações contínuas e garantir-lhes o
descanso eterno.

• Entre outros.
Transformações que os gregos impuseram a esses
conhecimentos:

• Da agrimensura, os gregos fizeram nascer duas ciências:


a aritmética e a geometria.

• Da astrologia, fizeram surgir a astronomia e a


meteorologia.

• Das genealogias, fizeram surgir a história.

• Dos mistérios religiosos de purificação da alma, fizeram


surgir a psicologia e as teorias filosóficas sobre a natureza
e o destino da alma humana.

• Entre outros.

Assim, para Aristóteles e Platão, todos esses


conhecimentos teriam o facilitado surgimento da Filosofia.
Atitude Filosófica
Imagine se alguém:

1. Em vez de perguntar: Que horas são?


Perguntasse: O que é o tempo?

2. Em vez de dizer: Você está sonhando.


Perguntasse: O que é o sonho?

3. Em vez de dizer: Você é um mentiroso.


Questionasse: O que é a verdade?

Alguém que tomasse essa decisão, estaria


tomando distância da vida cotidiana e de si
mesmo, estaria indagando o que são as crenças e
os sentimentos que alimentam nossa existência.
Estaria tomando distância do senso comum.
Ao tomar essa distância da vida cotidiana, do
senso comum, estaria interrogando a si mesmo,
desejando conhecer por que cremos, por que
sentimos o que sentimos e o que são nossas
crenças e nossos sentimentos. Esse alguém
estaria começando a adotar o que chamamos
de “atitude filosófica”.

Ao adotarmos o que chamamos de “atitude


filosófica”, estamos tomando a decisão de não
aceitar como óbvias, evidentes, as coisas, as
ideias, os fatos, os valores, sem antes havê-los
questionados, investigado e compreendido.
Características da Atitude Filosófica

A atitude filosófica tem duas características, a


primeira é a negativa e a segunda é a positiva.

• Negativa: é um dizer não ao senso comum, ao


que todo mundo pensa, aos pré-conceitos, aos
pré-juízos, aos fatos, às ideias da experiência
cotidiana ao que tudo mundo pensa e diz, ao que
está estabelecido. A característica negativa,
constitui o que chamamos de atitude crítica.
• Positiva: é uma interrogação sobre o que são as
coisas, as ideias, os fatos, as situações, os
comportamentos, os valores, nós mesmos. É
também uma interrogação sobre como tudo isso é
assim e não de uma outra maneira. A
característica positiva, constitui o que chamamos
de pensamento crítico.
E a Filosofia? Qual a utilidade prática da Filosofia em nossas
vidas?
Com a Filosofia, somos capazes de explorar conceitos como o significado da
vida, conhecimento, moralidade, realidade, Deus, consciência, política,
religião, entre outros.
• A Filosofia não tem limites, abrange qualquer assunto em que se for
capaz de pensar.
• A Filosofia, nos ensina a pensar, ilumina os nossos caminhos para um
novo mundo. Um mundo onde seremos capazes de fazermos as nossas
próprias escolhas, onde não aceitaremos como verdades os fatos sem
antes havermos nos questionados e pesquisado a respeito.
• Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil;
se não se deixar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos
poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do
mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações
humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um
de nós e à nossa sociedade os meios para ser conscientes de si e de
suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos
for útil, então podemos dizer que a filosofia é o mais útil de todos os
saberes de que o seres humanos são capazes”

(Chaui, (2012, p.29))


A Physis: Natureza. O objetivo de investigação dos primeiros
filósofos-cientistas é o mundo natural, buscando explicação para as
coisas que fogem das perspectivas divinas. Eles queriam pensar
sobre coisas que estavam no poder de suas visões (naquilo que a
natureza mostrava), que pudesse ser explicável. Os quatro
conceitos que constituem esse pensamento:

Cosmos: Um todo articulado entre significados e sentido que busca se


equilibrar harmoniosamente a partir de tensões. O cosmo é a ordem,
ele se opõe ao caos. Tudo está dentro do cosmos, tudo faz parte dele
(deuses, almas, tempo, tudo), nada está externo. Ele se auto procria, se
autogera, a sua organização se mantém a partir de equilíbrio, reduzindo
as tensões (tensões podem ser desde terremotos, tsunamis, incêndios,
doenças, pestes, mudança de sistema de pensamento que reflete em
como se compreendem as divindades, etc) todas essas movimentações
que os cosmos tem vão ser os responsáveis por fazer o movimento
para o cosmos se reequilibrar, pra que tudo esteja de acordo, para que
a realidade possa funcionar de uma forma articulada, para que todas as
coisas possam ter seu devido espaço é preciso que essas tensões e
equilíbrios aconteçam (para os gregos isso é esperado).
Cosmologia: é o estudo na busca de uma explicação do porquê as coisas
funcionam da maneira que funcionam, é a tentativa filosófica de se explicar o
funcionamento do cosmos a partir do pensamento racional. Por que as coisas são
como são? Por que as coisas funcionam da maneira que estão funcionando?

Cosmogonia: é a tentativa racional de se construir um pensamento que explique a


origem. Busca responder a pergunta da onde vieram as coisas? Como que este
cosmos surgiu? O que foi essa partícula inicial que criou tudo?

Arqué: “é como se fosse” o resultado de uma cosmogonia, isto é, quando se


estuda, quando se busca tentar explicar a origem das coisas, você consegue
teoricamente chegar nessa explicação. A resposta que eles tinham naquela época
muitas vezes acabavam sendo coisas elementares no sentido dos elementos da
natureza. Quando eles pensam nisso a arqué é o resultado que traz o princípio
fundamental, que deu origem a tudo, é o princípio daquele que se torna
responsável pela constituição inicial do cosmos. Por exemplo, Heráclito diz sobre o
fogo, Parmênides da terra etc., eles vão para os elementos que eles conseguem
através da observação explicar a partir do argumento. (Para ciência moderna o Big
Bang seria como se fosse uma arqué, para explicar essa explosão). A arqué é a
explicação pra aquilo que deu origem e cada autor tem a sua explicação.
Como eles conseguiam explicar essas questões da
cosmogonia?

Eles conseguiam através de argumentações internas,


construções de pensamentos argumentados fundamentados
nas observações que eles tinham.

Importante:

• Na era pré-socrática como a filosofia ainda não existia, pois a


filosofia só nasce em Sócrates (com suas obrigações e
deveres), o pensamento racional não tinha uma obrigatoriedade
de ser único, portanto, coexistiam diversas pressuposições de
Arqués, de cosmogonia, cosmologias, porque o importante era o
que acontecia na época, era os pensadores construírem
modelos novos. Era meio que quanto mais melhor. Exemplo na
era pré-socrática se duas pessoas falassem sobre determinado
assunto e tivessem ideias diferentes sobre o que estava sendo
discutido, não teria problema, pois não há para aquela época
você está certo ou você estava errado (as ideias diferentes
conviviam);
• A Filosofia nasce em Sócrates (pai da filosofia),
porque ganha esse caráter de disciplina, que
conceitualiza, algo formalizado, estudo responsável
que se direciona a objetivos. O que isso quer dizer
em termos de qual é a diferença? A diferença na
verdade são 3 bem pontuais:

- Primeira: seria que Sócrates olhava para o


trabalho dos pré-socráticos e falava algo como se
fosse assim: “Olha, legal, bacana, útil, importante
pra gente desligar esse modelo de só atribuir as
coisas as causas divinas e pensar
responsavelmente com as argumentações que nós
temos acesso, mas, isso não é Filosofia, pode ter
qualquer nome menos Filosofia”, por quê? Aí vem a
segunda diferença;
- Segunda: Sócrates compreende que a
Filosofia é a metafísica. O que quer dizer
metafísica? Metafísica é o estudo das coisas
que transcendem os limites físicos. Por
exemplo, se essa xícara é algo físico, a justiça
é algo metafísico, quer dizer que existe,
porém, não tem materialidade. Você não pode
pegar na justiça, você pode pegar numa
xícara. Você não pode pegar na verdade,
você pode pegar nesse maço de cigarro. Você
não pode pegar em Deus, você pode pegar
nesse carregador de celular. (Físico e não
físico). Nesse momento Sócrates vai dizer que
a Filosofia é a disciplina responsável pela
metafísica. Portanto, tudo aquilo que não for
metafísico não é papo para a Filosofia.
- Terceira: o pensamento filosófico é qualitativamente
diferente (com regras e premissas que precisão ser
seguidas). O pensamento filosófico Sócrates caracteriza
como LOGOS (é uma palavra Grega que possui muitos
significados, por exemplo, como a palavra manga, que
pode ser manga “fruta” ou manga da “blusa”, mas
Sócrates vai atribuir LOGOS aos termos do pensamento
particular da filosofia, justamente porque transmite todas
as ideias de discurso, estudo, palavra, saber,
transformação, fluxo, inteligência, pensamento, linguagem
etc. A ideia do Logos pra Sócrates é todas essas
definições, é olhar para as coisas que não estão
aparentes, o pensamento filosófico é aquele que interroga
o objeto e a si mesmo, é aquele que transcende o limite
daquilo que está aparente, transcende o limite daquilo que
se faz presente como conhecimento óbvio e, busca a
partir do incômodo que a ausência de conhecimento nos
traz, construir conceitos únicos e buscar a verdade como
algo único. (verdade única não é igual a verdade
absoluta).
Verdade Única quer dizer, quando a filosofia vai
investigar sobre algum conceito, o objetivo que ela
tem é chegar a um ponto ao qual o conceito seja
irredutível, portanto, se chegue a uma verdade
única, só há um ponto que pode ser irredutível).
Verdade absoluta (é algo que valia como sentido
para todas as coisas). A Filosofia, portanto, busca
compreender o que seria o conceito irredutível e
portanto, a verdade essencial das coisas, como
sendo elas únicas e não múltiplas. Quando eu digo
isso, se abre um questionamento do porquê eu
estou falando de uno e múltiplo. O grande confronto
da filosofia que vai de Sócrates a Platão
(principalmente), é a noção de que a filosofia é a
responsável pela construção da verdade que é
única e a opinião, o senso comum é aquela que vai
dar vazão as coisas diversas, as coisas múltiplas,
aquelas que podem criar confusão e multiplicidade,
ou seja, o contrário da filosofia é a opinião, é aquilo
que pode ser múltiplo.
A filosofia não trabalha com
concepções múltiplas de seus
conceitos e sim, com concepções
únicas buscando a verdade como algo
único e principal., desta forma, o que
Sócrates traz pra nós é que a Filosofia
ela se ocupa a construir um conceito
que busque a irredutibilidade da
verdade. O que isso quer dizer? Quer
dizer que Sócrates também continua a
trabalhar da mesma forma que os pré-
socráticos com a questão da essência.

O que é a essência? A essência é


aquela qualidade a qual não podemos
subtrair de algo se não esse algo se
desdefine. É a qualidade mais básica
no sentido de que dá fundamento de
todas as coisas. É aquilo de mais
principal das coisas que pode se dizer
que é a definição.
Quando Sócrates pensa em conceitos universais
verdadeiros, ele pensa que a filosofia não vai olhar as
manifestações aparentes, as representações objetivas das
coisas. O contrário vai buscar compreender as ideias de
essência, vai buscar compreender a ideia de quais são as
coisas que não podem ser retiradas, quais são as coisas
que não podem sofrer transformações. As essências,
portanto, é aquilo que a filosofia vai buscar e que Sócrates
vai chamar de conhecimento verdadeiro. Conhecer as
essências é a possibilidade de se conhecer
verdadeiramente alguma coisa. Tudo que Sócrates não vai
quer olhar é sobre questões da natureza, ele se liga as
questões da metafísica, como por exemplo, a essência de
nós mesmo.
Lógica: é um tema que chega em Aristóteles, (dica se
houver alguma alternativa que coloca conforme a filosofia
lógica de plantão, saiba que é sacanagem!!! Conceito de
lógica começa em Aristóteles).
Palavras mágicas!!!! Dicas

* Aristóteles = Lógica
* Platão = Dualismo (reminiscência das almas, Platão é
o primeira pensador dualista. Um dualismo é um modo
de se compreender a realidade, qualquer que seja o
tema, a partir de perspectivas polares e não
complementares, ou seja, todo dualismo separa o que
está sendo observado em dois polos. Exemplo de
dualismo, certo e errado, bonito e feio, claro e escuro,
corpo e mente, corpo e alma etc. Platão inaugura essa
percepção porque vai definir a filosofia como sendo ela
uma perspectiva dualista. Quando Platão faz o mito da
caverna ele coloca a ideia de um dualismo como um
todo, mas, apresenta ali vários pequenos dualismos. Ele
coloca a oposição a aqueles que estão dento da
caverna e aqueles que estão fora. Aqueles que estariam
dentro da caverna pra Platão, são aqueles que vivem na
opinião, na doxa.
Doxa: sistema ou conjunto de juízos que uma sociedade elabora em um
determinado momento histórico supondo tratar-se de uma verdade óbvia ou
evidência natural, mas que para a filosofia não passa de crença ingênua, a ser
superada para a obtenção do verdadeiro conhecimento), que não se baseia na
verdade. Já os que estão fora, são aqueles que conhecem a filosofia, que tem a
possibilidade de compreender a verdade e não apenas um contexto opinativo.
São aqueles que que buscam compreender a verdade.

Nesse sentido, Platão coloca mais um dualismo, ele coloca o dualismo entre a
filosofia é una, a verdade é uma, já a opinião é múltipla, ela não se foca na
verdade. E Platão vai fazer um dos dualismos iniciais mais famosos da história
da filosofia, que é o dualismo presente nas noções de corpo e alma. Pra Platão,
corpo e alma são separações dualista do ser humano, isto é, o ser humano é
composto por um corpo e composto por uma alma (oposições), a alma faz parte
do MUNDO DAS IDEIAS, que é um plano habitado por questões essenciais,
por verdade, por essências, único, questões que definem as representações.
O MUNDO SENSÍVEL é habitado pelo múltiplo, pela corporeidade, pelos objetos,
sentidos, por representação (é por exemplo, o óculos escuro, por mais que você não
tenha um exatamente igual, você reconhece que essa representação é de um óculos
escuro). Como o ser humano é capaz de reconhecer isso, segundo Platão? Se o ser
humano se divide em corpo e alma, e o corpo habita o mundo sensível, responsável
pela multiplicidade das representações, e a alma habita o mundo das ideias,
responsável pelas questões essenciais únicas, quando o corpo e alma se encontram,
ou seja, quando a alma vem do mundo das ideias e habita aquele corpo, o fato dela ter
habitado o mundo das ideias faz com que ela venha preenchida de essências. O fato
dela vir preenchida de essências faz com que ela nos faça compreender, através de
uma ideia essencial, as diversas manifestações das representações. A ideia da
reminiscência é essa ideia de vai e volta que a alma faz entre o mundo das ideias e o
mundo sensível (a alma sai do mundo das ideias, habita um corpo, o corpo morre e a
alma volta pro mundo das ideias).
Por isso Platão diz que a reminiscência são essas pequenas sobras de conhecimento
que nos temos que fazem com que possamos interpretar a realidade, muitas vezes
sem conhecer as coisas pelo aspecto (podemos dizer então, que a reminiscência é
responsável pelo djavu e coisas do tipo, nossa eu tenho certeza que já vim nesse lugar,
mesmo nunca tendo ido).
DICA:

Se houver uma questão na prova que fale


sobre cosmos, se houver alguma alternativa
que não fizer menção aos termos (cosmos,
cosmologia, cosmogonia e arqué) ou ao que
eles querem dizer, saiba que pode ter um BO
ali.

ALGUNS CONCEITOS

• Ontologia ou metafísica: princípios e


fundamentos últimos de toda a realidade,
de todos os seres. (CHAUI, p.55, 2002).
Pensar sobre coisas que não estão
aparentes (PROFESSOR).
A denominação “filósofos pré-socráticos” é basicamente cronológica e
designa os primeiros filósofos que viveram antes de Sócrates (470-399
a.C.). No período Helênico, pré-socrático, temos um modelo
contemplativo de entendimento da realidade, que é baseado nas
narrativas mitológicas, onde não há possibilidade de intervenção, não há
possibilidade de questionamento por parte do ser humano. É
basicamente uma criatura que recebe e acolhe a realidade perfeita
imposta pelos Deuses, justamente porque o que vem dos Deuses é
perfeito e inquestionável.

Os pensadores pré-socráticos são aqueles que constroem um


pensamento que se difere com o de Sócrates em objeto e método, isto é,
todos aqueles pensadores que propõe um pensamento que articulado,
racional, que se distancia do pensamento de Sócrates no sentido do
como vai se fazer a construção dos argumentos e sobre o que se está
pensando (método e objeto) é considerado um pensador pré-socrático,
não importando qual momento histórico ele viva, antes durante ou depois
ao nascimento de Sócrates. No entanto, ele precisa pertencer a essa
realidade de uma idade clássica Grega.
Escola jônica: Caracteriza-se sobretudo pelo interesse pela
physis, pelas teorias sobre a natureza. Tales de Mileto,
Anaximandro e Anaxímeses (formaram a escola de Mileto).
Xenófanes de Colofon e Heráclito de Éfeso.

Escola italiana: Caracteriza-se por uma visão de mundo mais


abstrata, menos voltada para uma explicação naturalista da
realidade, prenunciando em certo sentido o surgimento da
lógica e da metafísica, sobretudo no que diz respeito aos
eleatas. Pitágoras de Samos, Alcmeon de Crotona, Filolau de
Crotona e a escola pitagórica. Parmênides de Eleia, e a
escola eleática: Zenão de Eleia e Melisso de Samos.

Temos uma segunda fase do pensamento pré-socrático,


denominado por vezes de pluralista, que inclui os seguimentos
filosóficos: Anaxágoras de Clazômena, Escola atomista
(Leucipo de Abdera e Demócrito de Addera), Empédocles de
Agrigento.
• Reflexão: significa movimento de volta sobre si mesmo ou
movimento de retorno a si mesmo. A reflexão é o movimento
pelo qual o pensamento volta-se para si mesmo,
interrogando a si mesmo.

• Epistemologia: análise crítica das ciências, tanto as


ciências exatas ou matemáticas, quanto as naturais e as
humanas; avaliação dos métodos e dos resultados das
ciências; compatibilidades e incompatibilidades entre as
ciências; formas de relações entre as ciências etc. (CHAUI,
p.55, 2002)

• Lógica: conhecimento das formas gerais e regras gerais do


pensamento correto e verdadeiro, independente dos
conteúdos pensados; regras para pensamentos não-
científicos; regras sobre o modo de expor os conhecimentos;
regras para verificação da verdade ou falsidade de um
pensamento etc. (CHAUI, p.55, 2002).
Continuação sobre a explicação de Lógica....

Para Aristóteles, lógica tem duas explicações, a primeira explicação que ela é
uma disciplina da filosofia direcionada a pensar conceitualmente a estrutura da
verdade. Lembrem-se que Aristóteles foi quem dividiu a filosofia e a deixou com
a cara que ela tem hoje. A filosofia era um grande todo e dividiu a filosofia em
disciplinas, portanto a disciplina da lógica é responsável por estudar e criar
conceitos que buscam explicar a estrutura da verdade. A lógica também tem dois
princípios fundamentais: 1 – o princípio da não contradição e 2 – o princípio
da dedução.
O princípio da não contradição quer dizer, nada pode se afirmar e se negar ao
mesmo tempo no mesmo contexto se há verdade.
O princípio de dedução, a lógica nos leva deduzir contextos a partir de uma
visão analítica do todo. Ex se me aproximo do fogo e sinto que esquenta,
consigo deduzir que se colocar minha mão lá dentro eu posso me queimar.

A segunda explicação de lógica por Aristóteles, é uma ferramenta do nosso


pensamento que visa compreender e analisar situações, orações e contextos em
busca da verdade. Isto é, a lógica é capacidade que nosso pensamento racional
tem de olhar pro mundo e entender o que é ou não verdade, porque nós vamos
olhar o princípio de não contradição pra que nós possamos deduzir coisas a
partir de nossas observações e das nossas reflexões. A lógica nos ajuda a
entender a realidade (PROFESSOR).
Silogismo: Silogismo pra Aristóteles é um tipo de exercício
que nós podemos fazer para exercitar a lógica no nosso
pensamento, é um tipo de exercício que a gente consegue
fazer pra observar e treinar o nosso pensamento a chegar
a algum lugar. Silogismo verdadeiro, premissas
verdadeiras nos levam a uma dedução verdadeira,
exemplo, todos os homens são mortais. Sócrates é
homem, logo ele é mortal (as duas premissas são
verdadeiras e a conclusão é verdadeira). Silogismo falso,
exemplo, todas as aves voam (F), a galinha é uma ave (V),
logo a galinha voa (F). Uma premissa individualmente falsa
junto com uma premissa individualmente verdadeira gera
uma conclusão, uma dedução inverdadeira. Silogismo
Falso Verdadeiro, onde aparentemente as premissas são
verdadeiras, porém desconexas com a realidade, exemplo,
Deus é amor (V) pelas premissas populares, o amor é
cego (V) pelas premissas populares, logo Stevie Wonder é
Deus (F), cada premissa aparentemente verdadeira não se
relaciona entre si e se descola da realidade
(PROFESSOR).
• Ética: estudo dos valores morais (as virtudes), das relações entre
vontade e paixão; vontade e razão; finalidades e valores da ação
moral; ideias de liberdade, responsabilidade, dever, obrigação etc.
(CHAUI, p.55, 2002).

Nós tocamos no assunto de ética na aula de Aristóteles, ou seja,


quando nós falamos de Aristóteles tocamos no assunto de ética.
Ética para o grego antigo tem um sentido diferente do de hoje,
para o grego antigo a ética era uma busca para uma boa vida, a
busca por algo que engrandecesse aquele que vive. Aristóteles
assemelha muita a ética a busca da felicidade, porque a boa vida é
aquela que aumenta a nossa potência de viver, que aumenta a
nossa capacidade de existir. Para Aristóteles uma vida boa é uma
vida ética, e uma vida ética é uma vida virtuosa. A virtude é uma
vida que se vive no bem. O bem para Aristóteles é diferente do que
temos nos tempos atuais, bem quer dizer que as coisas devem se
valer por elas mesmas, isto é, toda ação deve ter como início,
intenção, ela mesma e não algo que ela vai gerar (vida
eudaimônica). A eudaimonia é olhar para as ações, é viver uma
vida que se valia, que vale apena de ser vivida somente por si
mesma.
• Teoria do conhecimento ou estudo das diferentes modalidades de
conhecimento humano: o conhecimento sensorial ou sensação e
percepção; a memória e a imaginação; o conhecimento intelectual; a ideia
de verdade e falsidade; a ideia de ilusão e realidade; formas de conhecer o
espaço e o tempo; formas de conhecer relações; conhecimento ingênuo e
conhecimento científico; diferença entre conhecimento científico e filosófico
etc. (CHAUI, p.55, 2002).

Teoria do conhecimento é isso que estamos fazendo, é a epistemologia,


que é uma das bases da filosofia. Ela busca entender como funciona as
bases de qualquer conhecimento que se preste. São as coisas que foram
pensadas num sentido de sustentação que levaram o ser humano a
investigar pra além daquilo que já está posto. (PROFESSOR)

• Teogonia: é a narrativa clássica da origem do cosmos, dos deuses e dos


heróis na mitologia grega. O livro que hoje conhecemos como Teogonia é
a compilação de uma série de narrativas orais que se reúnem sob o nome
de Hesíodo e trata da genealogia e hierarquia dos deuses e heróis da
mitologia grega.

• Logos: Logos é um termo na filosofia ocidental, psicologia, retórica e


religião derivada de uma palavra grega que significa, "fundamento", "pleito",
"opinião", "expectativa", "pensamento", "palavra", "fala", ...
Sofistas – Os Primeiros Professores

Os sofistas correspondem aos filósofos que pertenceram à


“Escola Sofística” (IV e V a.C.).
Composta por um grupo de sábios e eruditos itinerantes, eles
dominavam técnicas de retórica e discurso, e estavam
interessados em divulgar seus conhecimentos em troca do
pagamento de taxa pelos estudantes ou aprendizes.
Os sofistas rompem com a tradição pré-socrática, ao criticar os
costumes e tradições da sociedade ateniense da época.
Note que a palavra “sofista”, de origem grega, “sophistes”,
corresponde a um termo derivado de “sophia”, ou seja, sabedoria.
Dessa maneira, os jovens bem-nascidos, buscavam os sofistas
interessados em adquirir conhecimentos e especialmente o
“aretê”, conceito grego que denota nobreza, excelência e virtude
e, no caso dos sofistas a união dos conhecimentos gerais
indispensáveis (mais precisamente nas áreas da oratória, retórica,
ciência, música e filosofia), uma vez que na Grécia Antiga, a
função política, muito destacada, dependia do bom uso da
palavra.
Sofistas e Sócrates

Em contraposição ao conceito de “Dialética” e da “Maiêutica”


determinado pelo filósofo grego Sócrates (470 a.C-399 a.C), os sofistas
negam a existência da verdade, de modo que ela surge por meio do
consenso entre os homens.
Assim, para Sócrates, a “Maiêtica” que significa literalmente a “dar à luz”, é
um método de argumentação, indicado para desvendar o conhecimento
humano, como se ele estivesse latente.

Dessa forma, o filósofo se opôs a “Escola Sofística” e, sobretudo, aos


mestres da oratória, uma vez que cobravam preços muito altos para
disseminação do conhecimento.
Em outras palavras, se o sofista acredita nas coisas de forma particular, de
modo que cada indivíduo tem sua visão, eles refutam, para ganhar o
debate verbal, enquanto Sócrates, que parte do pressuposto da existência
do conceito absoluto de cada coisa, refuta, para assim, purificar a alma de
sua ignorância.
A despeito de terem sido combatidos por Sócrates, os sofistas foram
criticados também pelos filósofos gregos: Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) e
Platão (428 a.C.-347 a.C.). De acordo com Platão, os sofistas não eram
considerados filósofos e sim mercenários.
Principais Sofistas Gregos

Os principais mestres da oratória da Grécia Antiga foram:

Protágoras
Um dos maiores representantes do sofismo, Protágoras, nasceu em Abdera, região da
Trácia, por volta de 481 a.C.
Foi um importante filósofo, acusado de ateísmo e por isso, teve de fugir para a Sicília,
donde morreu por volta dos 70 anos de idade, cerca de 420 a.C.
Ficou conhecido pela célebre frase, que de certa maneira, aponta para o relativismo
da filosofia “O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto
são, das coisas que não são, enquanto não são.”

Górgias
Górgias, nasceu em Leontinos, na Sicília, por volta de 483 a.C. e morreu em Lárissa,
cerca de 380 a.C.
Foi um filósofo grego que junto à Protágoras, formou a primeira geração de sofistas.
Destacou-se como orador e retórico, de modo que confiava na objetividade da
elocução; segundo ele: “A persuasão aliada as palavras modela a mente dos homens
como quiser”.
Durante sua vida, esteve muito interessado em divulgar seu conhecimento, o que o
levou a discursar em várias cidades e, sobretudo, nos grandes centros pan-helênicos
como Olímpia e Delfos.
Teve uma vida longa (cerca de 100 anos), sendo nomeado Embaixador de Atenas,
com aproximadamente 60 anos.
Hipías

Hípias de Elis (por volta de 430 a.C.- 343


a.C.), nasceu em Elis, cidade na costa
mediterrânica. Um dos mais famosos mestres
sofistas, foi uma figura multifacetada, sendo
um hábil orador grego, além de se destacar
nas áreas do artesanato, astronomia,
matemática e história.
Com seu trabalho, conseguiu obter muitos
lucros, tornando-se um homem rico e
respeitado. Criador do método da
"Mnemotécnica" (arte da memória), foi
nomeado Embaixador de sua cidade natal.
Sócrates (470-399 a.C)

Nasceu em Atenas, na Grécia. Sua mãe era parteira e seu pai escultor.
Casou-se e teve vários filhos.
Na juventude, destacou-se por sua coragem na batalha de Potideia e
interessou-se por ciências.

Foi um marco divisório na história da filosofia grega. Os filósofos que o


antecederam são chamados de pré-socráticos e os que o sucederam são
chamados de pós-socráticos.
Sócrates, colocou o homem e os seus problemas no centro da reflexão
filosófica.

Não deixou nada por escrito, suas ideias foram divulgadas por vários de
seus discípulos, principalmente por Platão.
Abandonou a preocupação dos filósofos pré-socráticos em explicar a
natureza e se concentrou na problemática do homem. Procurava um
fundamento para “O que é o bem?” “O que é a virtude?” ”O que é a
justiça?”
A pergunta essencial que Sócrates tentava responder era
o que é a essência do homem? Ele respondia dizendo que
o homem é a sua alma, entendendo-se “alma” como a
sede da razão, o nosso eu consciente, que inclui a
consciência intelectual e a consciência moral, e que
portanto, distingue o ser humano de todos os outros
seres da natureza.
O autoconhecimento era um dos pontos fundamentais da
filosofia socrática: “Conhece-te a ti mesmo”, condição
fundamental para todos os outros conhecimentos
verdadeiros.
Socrátes, partia do pressuposto “Só sei que nada sei”,
que consiste na sabedoria de reconhecer a própria
ignorância, ponto de partida para o saber.
Como Sócrates desenvolvia o saber filosófico?

Sócrates, desenvolvia o saber filosófico em praças públicas, conversando


com todos : jovens, velhos, nobres, escravos, sempre dando
demonstrações de que era preciso unir a vida concreta ao pensamento.
Unir o saber ao fazer, a consciência intelectual à consciência prática ou
moral. Perguntava a cada um : “ Você sabe o que é isso que é que você
está dizendo?” “Você sabe o que é isso em que você acredita?” “Você
acha que conhece realmente aquilo em que acredita?” “ Você diz que a
coragem é importante, mas o que é a coragem?” Você diz que a justiça é
importante, mas o que á justiça?” “ Você diz que ama as coisas e as
pessoas belas, mas o que é a beleza?”.

Sócrates, elaborava perguntas sobre ideias, valores e crenças as quais os


atenienses acreditavam conhecer as respostas. Essas perguntas
deixavam os atenienses embaraçados, curiosos e até irritados pois
muitas vezes não sabiam responder e nem haviam pensando a respeito
de suas ideias, valores e crenças. Os atenienses, esperavam que Sócrates
lhes dessem uma reposta para essas perguntas, mas Sócrates respondia:
“Só estou perguntando, também não sei”. Dai, vem a famosa frase “Só
sei que nada sei”. Ponto de partida para o saber.
Sócrates, com suas perguntas , fazia com que os
atenienses pensassem, refletissem e assim as dúvidas
iam surgindo, não somente com o que os atenienses
julgavam certo ou errado com relação a si mesmos mas
também com relação a polis. Isso incomodou
os poderosos do seu tempo que tinham medo do
pensamento dos jovens. Assim, Sócrates se
tornou um perigo para Atenas, pois fazia os jovens
pensarem.
Sócrates, foi preso, julgado e condenado a morte por
corromper os jovens da cidade, por desrespeitar os
deuses e violar as leis. Foi condenado a tomar um
veneno – a cicuta – e obrigado a suicidar-se. Não se
defendeu. Dizia que “ Se eu me defender, estarei
aceitando as acusações, e eu não aceito. Se eu me
defender, o que os juízes vão exigir de mim? Que eu
pare de filosofar. Mas eu prefiro a morte a ter que
renunciar à Filosofia”.
O Método Socrático
Sócrates, desenvolvia sua filosofia mediante diálogos críticos com seus discípulos,
que podem ser divididos em dois momentos: a ironia e a maiêutica.
A Ironia
Ironia, em grego, quer dizer : interrogação.
Seu método começa pela parte considerada “destrutiva”. Nas discussões, Sócrates,
afirma nada saber diante do oponente que se diz conhecedor de determinado
assunto.
Sócrates, com hábeis perguntas, desmonta as certezas do seu interlocutor até este
reconhecer a sua ignorância.
Assim, ao fazer continuamente esses questionamentos, Sócrates, era capaz de
expor as contradições na forma de pensar do indivíduo, com o objetivo de fazê-lo
chegar a conclusões mais sólidas.
Assim, por meio de perguntas, Socrátes destrói o saber construído para reconstruí-
lo na procura da definição do conceito. O objetivo da ironia socrática é purificar
uma ideia.
Nem sempre Sócrates tinha a resposta. Nem sempre as discussões chegavam a
conclusões definitivas.
A Maiêutica
Após reconhecerem as contradições na sua forma de pensar, seus discípulos
poderiam então reconstruir, purificar suas próprias ideias.
Novamente Sócrates propunha uma série de questões habilmente colocadas.
Nesta fase, o objetivo de Sócrates era ajudar seus discípulos a conceberem suas
próprias ideias.
Essa fase é chamada de Maiêutica, termo grego, que significa “arte de trazer à luz”,
em homenagem à sua mãe que foi parteira.
Platão
-Nascido em Atenas, Platão (427-347 a.C.) pertencia a uma das mais
nobres famílias atenienses.
- Foi discípulo de Sócrates, a quem considerava o mais sábio e o mais
justo dos homens.
Por volta de 387 a.C funda sua própria escola filosófica, a Academia,
nos jardins construídos por seu amigo Academus
Grande parte do pensamento platônico nos foi transmitida por
intermédio da fala de Sócrates nos diálogos socráticos, escritos pelo
próprio Platão.
Teoria das ideias, Platão procurou resolver esse impasse propondo uma
ontologia dualista.
- Mundo sensível (kósmos horatós, em grego) corresponde à matéria e
compõe-se das coisas como as percebemos na vida cotidiana (isto é,
pelas sensações), as quais surgem e desaparecem continuamente.
Assim, as coisas e fatos do mundo sensível são temporárias, mutáveis
corruptíveis (o mundo de Heráclito);
- Mundo inteligível (kósmos noetós, em grego) corresponde às ideias, que
são sempre
as mesmas para o intelecto, de tal maneira que nos permitem experimentar
a dimensão do eterno, do imutável, do perfeito (o mundo de Parmênides).
todas as ideias derivariam da ideia do bem.
Universo (o mundo sensível) teria
surgido por obra de um demiurgo –
palavra de origem grega que significa
“aquele que faz, constrói”. De acordo
com essa doutrina, para construir o
universo o demiurgo agiu como um
“artesão”: buscou as ideias eternas do
mundo inteligível como modelo e, com
elas, deu forma à matéria
indeterminada, criando assim o mundo
sensível. isso quer dizer que as ideias e a
matéria já existiam antes, compondo,
junto com o demiurgo, as três realidades
fundamentais da cosmogênese
platônica.
A sensível (que se percebe pelos sentidos).

A inteligível (o mundo das ideias) que a alma vem com


conhecimentos prévios que permite a identificação dos objetos.

• Mundo coisas – Plano que habitam as coisas múltiplas e os


sentidos.

• Mundo das ideias - Plano onde habitam as ideias perfeitas


questões essências.

• A essência é a capacidade definir as coisas

Opinião x verdade
Desejo x razão
Interesse particular x interesse universal
Senso comum x filosofia
- O método proposto por Platão para realizar essa passagem e
atingir o conhecimento autêntico (epistéme) é a dialética.
- O método proposto por Platão para atingir o conhecimento
autêntico é a dialética.
- A dialética consiste na contraposição de uma opinião com a
crítica que dela podemos
fazer, ou seja, na afirmação de uma tese qualquer seguida de uma
discussão e negação dessa tese, com o objetivo de purifica-la dos
erros e equívocos.
- Dialética platônica tem como ponto de partida o
senso comum, a opinião, submetidos a um reexame
crítico.
É esse o papel da famosa teoria platônica das ideias ou
das formas, que pode ser considerada o início da
metafísica clássica.
A dialética platônica, de inspiração parmenidiana, era
uma técnica de extração de uma conclusão (síntese)
com base em duas ideias opostas (tese e antítese).

Teoria da Reminiscência
A alma é a essência do corpo essa alma precisa
encontrar o corpo
Mundo das ideias Alma
Mundo sensível Corpo
Reminiscência: pequenas sobras da almas que
habituam habituaram outros corpos.
- Aristóteles nasceu em na Macedônia (384-322 a.C.).
- Aos 18 anos foi para Atenas e ingressou na Academia de
Platão.
- Após a morte de Platão (c.348-7 a.C.), teve um desacordo
com os rumos e os ensinamentos da Academia que tomaram
sob a liderança de Espeusipo, que valorizava a matemática,
seguiu seu próprio caminho.
- Aristóteles, foi discípulo de Platão, porém rompe com os
ensinamentos do mestre após a sua morte e desenvolve o seu
próprio sistema, rejeitando a teoria das ideias e o dualismo
platônico.

- Aristóteles rejeitava o dualismo platônico, ou seja, a teoria


das ideias. A questão que Aristóteles levanta inicialmente diz
respeito às dificuldades de se explicar a relação entre o mundo
inteligível, ou das ideias, e o mundo sensível, ou material.
- Para Aristóteles, a observação da realidade por nossos sentidos leva-nos à
constatação da existência real de inúmeros seres individuais, concretos,
mutáveis.
- A principal objeção de Aristóteles ao dualismo platônico está centrada,
portanto, na relação que a teoria das ideias supõe existir entre o mundo
inteligível e o sensível, podendo ser considerada uma versão do paradoxo
da relação. Toda e qualquer relação pode ser de dois tipos: interna ou
externa.
- Uma relação interna entre A e B se dá quando consideramos que A e B
têm elementos comuns; em linguagem da teoria dos conjuntos, há uma
intersecção entre A e B. Neste sentido, A e B têm a mesma natureza, e as
relações internas não são problemáticas.
- Por volta de335 a.C., Aristóteles funda em Atenas a sua escola, chamada O
Liceu. Aristóteles gostava de dar aulas e ministrar seus ensinamentos em
caminhadas com os seus discípulos, donde a origem do nome “escola
peripatética” (de “peripatos”, o caminho).
- Aristóteles foi contemporâneo a Platão e Sócrates.
- Aristóteles faz uma mudança na figura do filósofo. Se de um
lado Platão coloca a figura do filósofo místico, que tem
contatos sobrenaturais com a filosofia que responde os
chamados de uma voz silenciosa. De outro lado Aristóteles
coloca a filosofia mais pé no chão, ele traz a filosofia como algo
que pode ser ensinado e aprendido com naturalidade e traz ao
filósofo alguns papeis que na época eram bastante
divergentes de Platão.
- Ele começa a trabalhar com sua filosofia não só com professor
mais como tutor, ele se torna tutor de várias pessoas
importantes da época, porém a mais famoso é Alexandre O
Grande (Rei da Macedônia).
- Ao realizar seu trabalho com tutor Aristóteles humaniza mais
a filosofia, trazendo ela mais como uma disciplina do
conhecimento que vai desmiuçar os modos de que você
entender a relação que nós temos com ambiente que nos
cerca, com a realidade, com as questões da metafísica, do que
uma reposta de um chamado enviado, um dom como Platão
coloca.
- Os conceitos de Aristóteles permaneceram intocáveis e inalterados
até os anos 1.800, ou seja, o pensamento aristotélico se torna algo
universal na história da filosofia porque transcende as eras filosóficas.
A cada momento histórico a filosofia toma uma direção, um propósito.
- Quando Sócrates dá início a filosofia, ele coloca as bases como sendo
a filosofia um tipo de pensamento especifico (logos), que ira´ dar conta
da questões que são importantes porém não são aparente, questões
que se tornam base para o nossa necessidade do entendimento. Essa
questões colocada por Sócrates vai transcendem o limite do físico que
ele irá chamar de metafísica

- Metafísica: Estudo que transcende o limite da objetividade física por


exemplo corpo= físico alma=metafísica.
- Quando Sócrates e Platão constitui a filosofia com sendo a metafísica,
eles dão uma responsabilidade de dar conta de todas questões que
vão além do físico (alma, justiça, pensamento entre outros), porem
eles também dão a filosofia uma especificidade, quando você se dar a
conta de tudo você se obrigar aborda o todo de início para que você
possa entender as partes.
- Quando Aristóteles herda a filosofia de Sócrates e Platão, ele herda a
metafísica uma necessidade conceitual de se construir pensamento teórico e
universal sobre todas as questões tidas na metafísica.
- A filosofia teria como intenção primeira romper os limites do conhecimento
físico que já estava tendo, porém de dar conta de todo o resto. A grande
questão é que Aristóteles olhava para filosofia com uma certa resistência e
dificuldade de entender o porquê ela não é de outra forma, visto que a
totalidade deve ser entendida por todos que estivesse necessidade ou
desejo de se encontrar coma a filosofia.
- Entender o todo da filosofia é muito complexo porque além dos objetos
aos quais a filosofia pensa aquilo que é mais fundamental na filosofia como
movimento não é o que, mas é o como.
- O método filosófico o desconta mento em relação ao real é aquilo que será
chamado de método. Para que a filosofia possa pensar sobre seus conteúdos
é necessário que haja um desconforto para que assim pode ser
contextualizada as reflexões propostas pelo filósofo.
- Como sendo a filosofia para além de um conteúdo mais sim
para um método, e quando eu digo que para além de
compreender o que a filosofia ensina e o mais importante em
entender o como ela faz. Ao dizer eu o princípio da filosofia é
entender como ela está presente, eu coloco um limite que vai
dizer que entender o método o sentido de pensamento da
filosofia entender os modos pelos quais a filosofia existe
É aquilo que faz a filosofia se torna uma base para as demais
possibilidades de construção de conhecimento, nisso a filosofia
passa a ser uma disciplina propedêutica. Uma disciplina
propedêutica significa o corpo de ensinamentos introdutórios ou
básicos de uma disciplina; ciência preliminar, introdução, ou seja,
pode estar na base de toda e qualquer construção de
pensamento pois tem a capacidade de dar um levante de ser a
base das outras coisas, como por exemplo curso de medicina,
direito, pedagogia administração e entre outros, são áreas que
tem algo relacionado a filosofia.
- Algo propedêutico pode estar na base de qualquer conhecimento pois pode
ajudar na origem do saber, a filosofia não se torna base apenas pelo seu
conteúdo, mas também na perspectiva atitudinal, a atitude que a filosofia
solicita de nós é uma atitude de conhecimento que está para além dos
limites já postos.

- Justamente pelo fato de a filosofia ser a base para todos os outros


conhecimentos ela tem alguma especificidade nas suas áreas de
funcionamento, que pode ajudá-la melhor do que sendo compreendia como
um todo. Cada questão metafísica levanta por Platão e Sócrates pode ser
aprofundada especificamente no ramo determinado da filosofia justamente
porque ao olhar para filosofia como todo você consegue também
compreender por suas partes.

- Aristóteles escreve uma obra chamada Organon, no qual ele organiza a


filosofia com bases nos assuntos específicos chamados todos de metafísica,
porém ligados a uma forma de entendimento que seja própria e direcionada
aos seus temas. Aristóteles irá colocar a clássica divisão da filosofia a todo
mundo conhece nas suas disciplinas mais próprias que são por exemplo
ética, política, poética, metafísica, lógica, física, retórica, ou seja, as
disciplinas todas que nós conhecemos como sendo disciplina da filosofia e
ao mesmo tempo fazendo com que cada tema especifico possa ter seu
espaço de trabalho. Quando Aristóteles direciona a filosofia para essas
divisões, ele coloca que por mais que façam parte da metafísica cada
assunto precisa e deve ser tratado na sua especificidade.
Exemplo da pizza: Aristóteles recebe uma pizza sem
cortes e corta, é isso que ele faz com a filosofia porque ao
olhar para pizza sem cortes que Platão e Sócrates chamam
de metafisica se nós cortamos a pizza e distribuirmos
esses assuntos metafísico todos em disciplinas próprias e
adequadas ao estudos cada um deles, cada um que
aborda a filosofia mesmo em suas partes poderá ter
amostra do seu todo, isso é se você se dedica a estudar
retórica ao mesmo tempo que você vai conhecer a retórica
de uma forma muito aprofundada você vai ter um contato
interessante com a filosofia podendo assim entendê-la na
sua totalidade.
- Aristóteles traz para filosofia um caráter mais ‘’pedagógico’’ como algo
que possa ser ensinado, quando ele traz essas divisões ele traz para
filosofia algo mesmo sobrenatural, uma ideia de que a filosofia é uma
grande área que possui uma metodologia, que possui o modo de encarar
as questões e que possui diversas possibilidades de estudo para questões
especificas cada quais nas suas áreas.
- No entanto justamente pela a filosofia ser uma disciplina propedêutica
(poder estar na base de todos os outros conhecimentos) ela pode ser
atingida na sua totalidade quando se encontra com uma parte. Quando
Aristóteles divide a filosofia ele dá para cada assunto uma área específica,
então vamos pensa os assuntos mais próprios da metafísica, ou seja, a
alma, existência de Deus, o sentido da vida vamos usar a metafísica em
contrapartida para pensar a vida, como viver, atitudes, o que é certo, o
que é errado, vamos usar a área da ética, a ética é uma parte da filosofia
que é responsável por dar conta desse aspecto. Então cada coisa fica
‘’setorizada’’ de uma forma um pouco mais palpável para as pessoas
darem conta disso.
Lógica
Aristóteles das duas definições de lógica:
Primeira definição
A lógica é a disciplina da filosofia que pretende estudar e conceitualizar sobre a estrutura
da verdade.
Segunda definição
A lógica é uma ferramenta do nosso pensamento que nos levem a analisar premissas
buscando não contradições e deduções verdadeiras.
-Ao mesmo tempo que Aristóteles entende que é uma área da filosofia que vai buscar
estudar e conceitualizar de uma forma pedagógica didática modos pelos quais a gente
constrói a nossa percepção da verdade, modos pelo quais construímos a verdade. Por
outro a lógica é uma ferramenta do nosso pensamento tem para analisar os contextos, as
frases, os mundos, a realidade em geral, buscando entender aquilo que já está presente
e a partir daquilo que já esta presente construir uma dedução que nos traga
conhecimento verdadeiro.
- Aristóteles diz que o conhecimento verdadeiro somente pode vir através de analise de
premissas verdadeiras, individualmente e conectadas de uma forma que faz sentido, por
exemplo quando Aristóteles passa a colocar a lógica como uma ferramenta do nosso
pensamento ele diz que existe alguns modos exercitar essa ferramenta, e ele diz que
grande parte das coisas proposta na nossa realidade vem em forma de um silogismo.
Silogismo
São pequenos joguinhos ou pequenos modos de se organizar a
realidade que fazem com que nos
Possamos analisar cada uma da premissa envolvida e propor uma
dedução.
- Premissa: Aquilo que antecede um resultado por exemplo você tem o
resultado 4 você pode ter como permissa 2+2, 3+1,5-1, 2x2,1+1+1+1 ou
seja a premissa é aquilo que dá condições ao aparecimento de um
determinado resultado. Analisar premissas buscando a verdade,
buscando a coerência individual em cada uma e a coerência na relação
entre elas que dizer compreender para além do todo para cada uma
das partes envolvidas numa equação ou em um silogismo.
Aristóteles diz que existem basicamente três tipos de silogismo:
-Os verdadeiros,
- Os falsos
- Os falsos verdadeiros
Verdadeiros
É composto por premissas verdadeiras que nos levam a uma dedução
verdadeira.
Exemplo: Todos os homens são mortais, Sócrates é homem, logo ele é
mortal.

Falsos
Contêm uma premissa falsa portanto tem uma contradição implícita no seu
enunciado que nos vai levar a uma dedução falsa.
Exemplo: Todas as aves voam, a galinha é uma ave, logo ela voa. Nesse ao
uma das premissas está errada, que é todas as aves voam, na verdade nem
todas as aves voam como por exemplo a galinha é uma ave que não voa
Falsos verdadeiros
Contêm elementos verdadeiros, porém desconexos entre si que nos
levaríamos a uma conclusão aparentemente verdadeira, porém sem
compromisso com a realidade.
Exemplo: O amor é cego, Deus é amor, Portanto Stevie Wonder é Deus, não
Stevie Wonder é um cantor, mas o amor é cego e Deus é amor duas
premissas corretas que levam ao resultado desconexo da realidade.
Princípios de sustentação da lógica

A lógica aristotélica que inclusive valeu com definição filosófica e prática de


lógica até pelo começo de 1.900, é a ideia de dois princípios básicos a não
contradição e o princípio da dedução.
- O princípio da não contradição quer dizer que nada pode se negar e se
afirmar ao mesmo tempo numa mesma oração.
- O princípio da dedução que dizer a partir de analise verdadeiras eu consigo
deduzir se algo e verdade ou não.
- A lógica portanto serve para analisar estrutura da verdade porque tem a
possibilidade de construir uma percepção analítica sobre as premissas que
leva as conclusões seja eles verdadeiras ou falsa e com isso sendo uma
ferramenta do nosso pensamento faz com que nos tenhamos a possibilidade
de analisar as coisas de um ponto de vista falso ou verdadeiro.
Felicidade

- O significado de ética na Grécia Antiga é muito diferente, o significado


ética vem de uma palavra ethos quer dizer morada, habitação natural,
lugar onde eu crio raiz e ética nesse momento quer dizer a ‘’arte’’ de se
buscar a vida boa, vida ela precisa ser necessariamente algo que nos leva
a nos ter potência, viver é sempre uma busca por algo que faça que a vida
se valha , isso é para Aristóteles e povo grego na época a ética é uma
possibilidade de se buscar uma boa vid.
- Uma vida ética boa é uma vida vivida na virtude, a virtude por sua é
aquela atitude que nós temos de prevalecer buscando o bem com início
das nossas ações e tendo o bem como conclusões das nossas ações, por
sua vez o bem não é como conhecemos, o bem para Aristóteles pro grego
é aquilo que justifica por si mesmo.
- Uma vida boa ética é uma vida tem como início de suas posturas e ações
e como conclusões a suas próprias posturas e ações, uma vida de que
valha por ela mesma o que ela é não pelas suas consequências e não
pelos seus resultados.
Eudaimonia
A Eudaimonia é essa atitude de fazer com que as
coisas se valem por elas mesma, ou seja fazer as
coisas ter atitudes independentemente do as
coisas nos geram é fazer as coisas por elas
mesmas.
Filosofia Medieval
A conjuntura político-econômica da época, (em especial com a
morte de Alexandre o Grande que levou a uma grande disputa
no império,) fez mais ainda com que os cidadãos se voltassem
para a busca da felicidade pessoal por meio da religião, da
magia e da filosofia. As teorias dos grandes pensadores gregos,
Sócrates, Platão e Aristóteles influenciaram o estudo da
psicologia até a idade média. No plano da filosofia, a exigência
racional por um critério objetivo de verdade e a preocupação
em conhecer a realidade do universo vão perdendo espaço
para crenças religiosas e místicas. Neste período, que vai até a
aceitação do Cristianismo como a religião do Estado Romano
em 313 d.C., se encontram as doutrinas do ceticismo, a escola
dos epicuristas, a escola dos estoicos, a filosofia de Cícero, e o
último pensamento filosófico da antiguidade, a doutrina de
Plotino (Gomes, 2005).
A Filosofia Medieval nos impõe verdades reveladas, o
conhecimento é recebido por graça divina. Não há oposição
entre fé e razão, há sim uma busca pela conciliação entre fé e
razão.
O Cristianismo teve seu início em Jerusalém, esse movimento
trazia para os fiéis que comungavam dessa crença que o reino de
Deus poderia ser conquistado a partir de uma conversão radical
alcançada através da fé. Para os cristãos a Alma é o bem mais
valoroso que o homem possui. Encontramos passagens na Sagrada
Escritura que confirmam essa assertiva: “Que aproveita ao homem
ganhar a vida inteira e perder a sua alma? Que daria um homem
em troca de sua alma” (Marcos 8, 36-37).
Todos os seres humanos são igualmente importantes: “E quanto a
vós outros até os cabelos todos da cabeça estão contados”
(Mateus 10, 30).
Para o Cristianismo a alma é criação de Deus. Assim a alma pode
conhecer tudo através da fé. Assim, com o surgimento e
estabelecimento do cristianismo como força religiosa e poder
político dominante, a psicologia – ou estudo da alma – passa a
estar relacionada ao conhecimento religioso.
Para os cristãos, a alma é o bem mais precioso do homem, pois é
uma criação de Deus. Dessa forma, o conhecimento da alma deve
se dar por meio da fé, e não da evidencia racional como visto ao
longo do pensamento grego. O pensamento cristão é marcado por
uma série de convergências e divergências em relação ao
pensamento grego e pode ser divido em duas grandes fases: a
patrística e a escolástica.
Na patrística há a tentativa de integrar o pensamento
cristão, isto é, a centralização e o poder de Deus, à
filosofia de Platão; o principal representante dessa
escola foi Santo Agostinho.

O principal objetivo da Filosofia Medieval consistia


no esforço de conciliar a nova religião 'cristianismo'
com o pensamento filosófico dos gregos e romanos,
ou seja, tentar convencer os pagãos da nova verdade.
A Filosofia Medieval introduziu:

A. Ideia de criação do mundo;


B. Ideia de pecado original;
C. Ideia de trindade;
D. Ideia de juízo final;
E. Ideia de ressurreição dos mortos.
Santo Agostinho
Um dos problemas encontrados pela Filosofia Medieval é explicar como o mal
pode existir no mundo que foi criado por um Deus que é perfeito. Se Deus
realizou a criação com base em um ato consciente e voluntário, ele pode ser
considerado responsável pelas imperfeições do mundo. A solução de Santo
Agostinho para esse tema é muito simples: o mal em si mesmo, não existe, é
ausência, limitação do bem. O mal é puro não ser, assim como a escuridão, não
tem uma realidade substancial, mas existe somente por via negativa, como
ausência de luz.

Não é possível explicar o mal como imperfeição divina. A constatação de que


nos mundos existem males terríveis (morte, sofrimento, desastres). Agostinho
responde que se assumirmos, um ponto de vista global – ou seja, se
considerarmos o universo na sua totalidade -, esses fenômenos também se
mostrarão necessários, apesar de tão doloroso para o indivíduo que os
experimenta.

Ao resgatar Platão, Santo Agostinho acredita na separação entre alma e corpo,


sendo a alma a sede da razão e a prova de uma manifestação divina no
homem. Santo Agostinho dizia que nos possuímos a verdade em nós mesmos,
mas que é necessária a manifestação divina no homem para produzir a
sabedoria, pois não é através do mundo sensível/concreto que encontramos a
verdade, mas somente através de Deus, o que seria o paralelo platônico do
mundo das ideias.
Santo Agostinho foi um profundo estudioso da alma
humana, em alguns de seus escritos ele se ocupa em
descrever algumas características do homem que na
atualidade poderíamos dizer que são características
psicológicas. Um de seus interesses mais acentuados é
a questão do conhecimento de si, seu argumento é de
que somente a alma pode conhecer a si mesmo. Nas
Confissões livro em que ele se revela como pecador e
desejoso de encontrar o caminho que o conduzirá até
Deus, ele nos fala que nosso corpo obedece
facilmente aos comandos de nossa alma, mas ela
mesmo tem dificuldade em obedecer a si mesma. Só
buscando nos aproximar de Deus poderíamos
conseguir a obediência de nossa própria alma.
Agostinho considera que a alma é um dom do Criador.
Santo Tomás de Aquino
Na escolástica, o movimento que se segue é de integração e resgate
da filosofia naturalista de Aristóteles, sendo São Tomas de Aquino
seu principal representante. São Tomas de Aquino resgatando a
concepção naturalística de Aristóteles (isto é, a não separação da
alma e do corpo) reinterpreta esses conceitos em função da
perspectiva da igreja. Para esse, alma e corpo são elementos
contíguos, isto é, a alma anima o corpo e o corpo é animado pela
alma. Todavia, a alma é incognoscível e inacessível, pois não
chegamos a ela senão por intermédio de seus atos expressos pelo
corpo. Os órgãos sensoriais são essenciais para o conhecimento do
mundo e o empirismo é importante. Para conciliar o empirismo com
a doutrina da Igreja, são Tomás de Aquino postula que o mundo
sensível é criado por Deus e que a razão para o interpretar é uma
dádiva divina. Os católicos utilizaram a alma para propor o papel de
Deus mediando os pensamentos e sentimentos humanos. A
alma/razão, por intermédio de Deus seria o caminho para a busca da
verdade e da felicidade.
Embora a razão seja suficiente para conhecer as
verdades fundamentais de ordem natural e seja
autônoma no estudo das coisas naturais, ela é incapaz,
por si só, de penetrar nos mistérios de deus, que é seu
bem último. A razão não atinge os mistérios da fé.
Tomás de Aquino conceitua a alma como imaterial,
unida ao corpo sem intermediário e permanentemente
orientada para o mundo natural. Uma das contribuições
de Tomás de Aquino para psicologia que irão surgir no
século XIX, o conceito de Intentio termo que ela tomou
de outro filósofo Avicena. Intentio significa alcançar ou
dirigir a mente para. Tomás de Aquino a partir desse
conceito tomado de Avicena ele formula o conceito de
intencionalidade ou referência. Com isso ele quer
afirmar que o intelecto conhece a si mesmo não por sua
essência, mas pelos seus atos.
Apesar do esforço de Aquino, foi impossível sustentar a
escolástica. A “verdade revelada” de Deus não atendia
às necessidades emergentes. Era necessário retornar ao
mundo empírico, observar a natureza e provar com
evidências os argumentos oferecidos. O mundo europeu
se aproximava de uma grande revolução: a era moderna.
Três grandes marcos caracterizam a idade
moderna:

1) A passagem do sistema feudal para o sistema


capitalista;

2) As grandes navegações e, consequentemente, as


intensas colonizações europeias;

3) O renascimento, social, cultural, artístico e


científico da Europa. O humanismo e
antropocentrismo, o surgimento da imprensa, das
universidades e academias e a revolução cientifica
instaurada por pensadores como Copérnico,
Newton, Galilei, Vesalius e Descartes modificaram
profundamente a visão de homem e de mundo da
sociedade europeia.
Segue abaixo um pequeno resumo com as ideias
gerais:

Tales: Tudo é água;


Anaximandro: Tudo é matéria eterna (apeíron);
Anaxímenes: Tudo é ar;
Pitágoras: Tudo é uma harmonia numérica;
Xenófanes: Tudo é terra;
Heráclito: Tudo é fogo, é movimento;
Parmênides: Tudo é um Ser indivisível e imóvel;
Empédocles: Tudo é porção de água, ar, fogo e terra,
reunidos conforme o Amor e o Ódio;
Anaxágoras: Tudo foi e é criado pela ação da Mente
sobre os elementos fundamentais do cosmos;
Atomismo: Tudo é matéria indivisível [átomos].
BOA PROVA
PRA NÓS !!!

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