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PROJETO, DIMENSIONAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DE UMA

MICRORREDE CONECTADA À REDE ELÉTRICA PARA ALIMENTAÇÃO


ININTERRUPTA DE CARGAS CC A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS

Roberto F. Coelho, Lenon Schmitz, Denizar C. Martins


Instituto de Eletrônica de Potência – Departamento de Engenharia Elétrica – Universidade Federal de Santa Catarina
Florianópolis – SC – Brasil
roberto@inep.ufsc.br, lenonsch@inep.ufsc.br, denizar@inep.ufsc.br

Resumo - Este artigo apresenta os procedimento I. INTRODUÇÃO


envolvidos projeto, dimensionamento e implementação
prática de uma microrrede composta por um arranjo A interligação de sistemas de geração de pequeno porte à
fotovoltaico de 1 kW, um aerogerador de 1,2 kW, uma rede elétrica iniciou-se em meados dos anos 70, estando
célula a combustível de 1,2 kW e um banco de ainda hoje em desenvolvimento. Os primeiros trabalhos
supercapacitores de 31,5 F/ 250V. O sistema, concebido referentes ao assunto foram publicados a partir de 1983,
de maneira a permitir o suprimento ininterrupto de contudo, até o ano de 1988, os artigos referiam-se, quase que
energia a cargas críticas cc, é capaz de operar em dois totalmente, a projetos-piloto, desenvolvidos principalmente
modos distintos: interligado à rede ou isolado. Além da nos Estados Unidos e Europa, tendo arranjos fotovoltaicos
análise dos resultados inerentes a oito distintos cenários, como fonte primária. Exemplos desse tipo de publicação são
oriundos das variadas combinações de geração e apresentados em [1-4]. Resumidamente, em [5] encontra-se a
demanda, o trabalho apresenta metodologias de escolha, descrição de 79 trabalhos referentes à interligação de
projeto, dimensionamento e controle dos conversores sistemas de geração fotovoltaica à rede elétrica, publicados
estáticos que compõem cada um dos estágios de entre 1984 e 1988. No período entre 1988 e 1995, de forma
processamento de energia e propõe uma estratégia de geral, os trabalhos descrevem os resultados obtidos a partir
controle do fluxo de potência. Resultados experimentais dos projetos-piloto concebidos nos anos anteriores, sendo
são apresentados como forma de validar os conceitos. que, entre 1995 e 2000, algumas publicações [6-9] já
propunham topologias de conversores voltadas à conexão de
Palavras-Chave – Controle, Microrredes, Fontes sistemas à rede elétrica.
renováveis, Fluxo de potência, Supercapacitores. 1 Notoriamente, a partir de 2000, houve um aumento
significativo no número de publicações, que passaram a
CONCEPTION AND IMPLEMENTATION abordar não somente as aplicações e propostas de novas
topologias de conversores, mas também técnicas de controle,
OF A GRID-TIED MICROGRID EMPLOYED emprego de microcontroladores, sistema de anti-ilhamento,
TO UNINTERRUPTIBLE SUPPLY OF algoritmos de rastreamento de máxima potência, estudo de
CRITICAL LOADS BY RENEWABLE estabilidade do lado da geração, sistemas de sincronização,
POWER SOURCES proteção, modelagem, uso concomitante de diversas fontes
primárias, análise econômica, estratégias de controle do
Abstract – This work presents the procedures related fluxo de potência, entre outros fatores associados à
to the practical implementation of a microgrid composed interligação de sistemas à rede elétrica.
of 1 kW photovoltaic array, a 1.2 kW wind generator, a A Figura 1 retrata a evolução do número de publicações
1.2 kW fuel cell and a supercapacitor bank of 31,5 F/ anuais relacionadas às palavras-chave “Geração distribuída”,
250V. The system, designed for allowing the “Microrredes” e Redes inteligentes”, entre 2000 e 2012, de
uninterrupted maintenance of critical dc loads, is able to acordo com informações colhidas no banco de dados IEEE.
operate in two modes: grid-connected or stand alone.
Besides the analysis concerning the results from eight
distinct scenarios, obtained by the combination of power
generation and load demand, this work presents the
methodologies related to the choice, design, size, and
control of the employed power converters and proposes a
strategy to control the system power flow. Experimental
results are presented in order to validate the concepts.

Keywords – Control, Microgrids, Power flow, Fig. 1. Número de citações no banco de dados IEEE entre 2000 e
Renewable energy sources, Supercapacitors. 2012 para as seguintes palavras-chave: Geração distribuída”,
“Microrredes” e Redes inteligentes”.

1
Recentemente, a partir de 2004, com o surgimento do
Nota de rodapé na página inicial será utilizada apenas pelo editor para
indicar o andamento do processo de revisão. Não suprima esta nota de
conceito de redes inteligentes (smart grids), pesquisas
rodapé quando editar seu artigo. concernentes ao estudo do fluxo de potência em sistema
híbridos e interligados à rede passaram, também, a ser arranjo fotovoltaico é utilizada para alimentar a carga cc. A
escopo de estudos. Em [10], publicado 2007, é apresentado energia excedente é primeiramente transferida ao banco de
um sistema híbrido-renovável interligado à rede elétrica, baterias e supercapacitores e, então, injetada à rede elétrica,
composto por um arranjo fotovoltaico de 350 W e uma célula que atua no balanço de potência do sistema, permitindo que a
a combustível de 500 W. A Figura 2 representa o diagrama tensão do barramento permaneça regulada. O banco de
de blocos da estrutura proposta no referido trabalho. supercapacitores, nesse contexto, é empregado de maneira a
aumentar a vida útil das baterias, atuando como elemento de
descarga rápida.

Fig. 2. Sistema proposto por [10].

Segundo os autores, o emprego simultâneo da célula a


combustível e do arranjo fotovoltaico constitui uma forma
eficaz de geração, sendo seu princípio de operação descrito
da seguinte forma: nos momentos de elevada radiação solar,
o arranjo fotovoltaico opera fornecendo potência ativa ao
barramento, de maneira a suprir a carga do lado ca. A energia
excedente é injetada na rede elétrica com elevado fator de
potência, através do conversor cc-ca, que atua ainda como
filtro ativo. Em contrapartida, nos momentos de baixa
geração por parte do arranjo fotovoltaico, a célula a
combustível entra em operação, complementando a potência
necessária à manutenção da carga. Ressalta-se que em tal
proposta, a rede elétrica não atua fornecendo potência ativa à
carga, sob qualquer hipótese.
De maneira similar, [11] propôs, em 2009, um sistema
híbrido formado por um arranjo fotovoltaico e um
aerogerador, ambos de 1 kW, além de uma célula a
combustível de 2 kW e um banco de baterias de 48 V. Fig. 3. Sistemas propostos por [12].
Apesar de o foco dos autores estar voltado ao projeto do
conversor bidirecional para processamento da energia
proveniente do banco de baterias, também abordaram os
modos de operação do sistema, classificando-os como
interligado à rede ou isolado, e cogitaram a possibilidade de
uso de supercapacitores ou flywheels como elementos
destinados à melhoria da resposta dinâmica do sistema e
aumento da vida útil do banco de baterias.
Publicado em 2010, [12] apresenta um estudo
comparativo entre diferentes configurações para a conexão
entre um sistema híbrido (constituído por uma célula a
combustível de 600 W e um arranjo fotovoltaico de 700 W) e Fig. 4. Sistema proposto por [13].
a rede elétrica, conforme a Figura 3. De acordo com os
autores, quando aspectos como custo, volume e eficiência Em 2010, [14] apresentou um sistema composto por um
global são contabilizados, a configuração (c) torna-se a arranjo fotovoltaico de 1 kW, uma célula a combustível de
melhor opção; porém, considerando-se fatores como 1,2 kW e um banco de supercapacitores, estando todo o
ondulação da tensão do barramento cc e modularidade, a sistema interligado à rede elétrica. Os autores examinaram
configuração (b) torna-se superior. Sob nenhum aspecto a alguns modos de operação do sistema, tendo como objetivo a
configuração (a) apresentou vantagens. alimentação ininterrupta de cargas conectadas do lado ca.
Seguindo o mesmo raciocínio, em [13], publicado em Em 2011, [15] propôs um sistema híbrido interligado à
2010, propõe-se um sistema híbrido composto por um rede, tendo como fontes primárias uma turbina eólica, um
arranjo fotovoltaico de 1 kW, um banco de baterias de 48 V arranjo fotovoltaico e uma célula a combustível. Primando
/200 Ah e um supercapacitor de 14,5 F/ 60 V, todos pela estratégia de controle, os autores apresentaram
conectados, por meio de conversores individuais, a um resultados de simulação para variados cenários de geração,
barramento cc que, por sua vez, é interligado à rede elétrica priorizando análises concernentes à qualidade de energia.
através de um conversor cc-ca, tal como segue retratado na Continuadamente, uma quantidade cada vez maior de
Figura 4. De acordo com os autores, o sistema apresenta o publicações referentes aos sistemas de armazenamento para
seguinte princípio de funcionamento: a potência gerada pelo aplicações em sistemas híbridos interligados à rede elétrica
surge na literatura, sendo grande parte caracterizada por Por fim, o conversor cc-ca, caracterizado por ser uma
combinar distintas fontes como estratégia para reduzir a estrutura monofásica e bidirecional, é controlado através de
oscilação de potência [16-22]. três malhas: a primeira, e mais rápida, é responsável pelo
Recentemente, em 2013, o trabalho proposto por [23] controle da corrente instantânea a ser drenada ou injetada na
apresentou o estudo do fluxo de potência em um sistema rede elétrica, garantindo baixo fator de distorção harmônica e
formado por um arranjo fotovoltaico, um aerogerador e um fator de potência próximo da unidade. À segunda, cabe a
banco de baterias, visando à redução de custo de regulação da tensão do barramento cc e, finalmente, a
implementação do sistema através da otimização do terceira e mais lenta malha, tem por função controlar o nível
despacho de potência dos elementos de armazenamento. médio da corrente do enrolamento primário do transformador
de baixa frequência, empregado para acoplar a saída do
II. SISTEMA PROPOSTO conversor à rede elétrica que, para fins de estudo, é
considerada como um barramento infinito.
Este artigo descreve os procedimentos envolvidos na No sistema proposto, devido à interação entre as
concepção, projeto, dimensionamento e controle do sistema diferentes fontes de geração, a rede elétrica e a carga, o fluxo
híbrido apresentado na Figura 5. de potência pode se estabelecer caracterizando distintos
cenários. Ilustrativamente, na Figura 5, apresentam-se os
possíveis sentidos do fluxo de potência em cada um dos
blocos que constituem o sistema, sendo as setas simples
indicativas de unidirecionalidade e as duplas,
bidirecionalidade.

III. ESTUDO DO FLUXO DE POTÊNCIA NO SISTEMA


PROPOSTO

O fator predominante no estabelecimento do fluxo de


potência é a presença ou ausência da rede elétrica,
implicando em dois cenários principais: interligado à rede ou
isolado. De forma secundária, a maneira como o fluxo de
Fig. 5. Sistema proposto com indicação dos possíveis sentidos do potência se estabelece depende do montante instantâneo de
fluxo de potência. potência disponível em cada fonte renovável, bem como da
potência demandada pela carga. Assim, torna-se possível
O arranjo fotovoltaico adotado é composto por cinco prever algumas situações de operação a partir da combinação
módulos conectados em série, com capacidade de fornecer, de fontes em geração simultânea e níveis de demanda.
cada um, potência de até 200 W, totalizando, assim, 1 kW de
pico. Para processar a energia gerada, utiliza-se o conversor A. Fluxo de Potência no Modo Interligado
cc-cc 1, responsável por assegurar o rastreamento do ponto Sempre que a rede elétrica estiver presente, o sistema
de máxima potência, no modo conectado à rede, ou regular a operará no modo interligado. Assim, a rede elétrica atua no
tensão do barramento cc, no modo isolado. balanço de potência, garantindo a alimentação ininterrupta da
A turbina eólica, complementarmente, opera suprindo carga quando a geração renovável for insuficiente ou
potência máxima de 1,2 kW ao barramento cc. O estágio de absorvendo a energia excedente, nos casos em que a geração
processamento de energia, nesse caso, é constituído pela renovável supere a demanda, conforme é evidenciado na
ponte retificadora não controlada e pelo conversor cc-cc 2. Figura 6. Ressalta-se que no modo interligado a célula a
Enquanto a ponte assegura a retificação da tensão de saída do combustível jamais é acionada, haja vista que essa fonte
aerogerador, o conversor cc-cc 2 realiza o rastreamento do apresenta o maior custo de despacho, em relação às outras
ponto de máxima potência, em ambos os modos de operação. que constituem o sistema. O fluxo de potência pode se
Quanto à célula a combustível, foi empregada uma Proton estabelecer das fontes renováveis para a carga ou para rede
Exchange Membrane Fuel Cell (PEMFC) [24], cuja potência elétrica e/ou da rede elétrica para a carga, sendo que o
gerada é processada pelo conversor cc-cc 3. De maneira a balanço de potência será sempre satisfeito por (1) ou (2).
garantir a máxima vida útil, a estratégia de controle será
PPV + PWT = Pcarga  Prede (1)
concebida de modo a ativar a célula a combustível somente   
Potência gerada
no modo isolado, quando a energia consumida pela carga for Potência consumida

superior à gerada pelo arranjo fotovoltaico e pelo PPV + PWT  Prede = Pcarga (2)
aerogerador, simultaneamente.  
Potência gerada Potência consumida
A energia gerada pelas fontes renováveis, após ser
previamente processada, é fornecida ao barramento cc, Em que:
composto por um banco de supercapacitores (Electric  PPV - potência gerada pelo arranjo fotovoltaico;
Double Layer Capacitor – EDLC) [25], de 31 F / 250 V e  PWT - potência gerada pela turbina eólica;
pela carga crítica. A utilização do banco de supercapacitores  PFC - potência gerada pela célula a combustível;
advém da necessidade de um barramento com elevada  Pcarga - potência consumida pela carga;
autonomia, permitindo a alimentação temporária da carga  Prede - potência injetada ou fornecida na/pela rede
quando nenhuma outra fonte estiver conectada ao sistema. elétrica.
IV. DIMENSIONAMENTO E CONTROLE DOS
ESTÁGIOS DE PROCESSAMENTO DE ENERGIA

Em virtude de as fontes renováveis empregadas


apresentarem características de geração peculiares, torna-se
necessário processar a energia gerada. Os estágios de
processamento utilizados são apresentados na Figura 5.

A. Subsistema 1: Arranjo Fotovoltaico


No sistema proposto, o arranjo fotovoltaico contribuirá
com a geração renovável, fornecendo potência máxima de 1
kW (STC). O arranjo será constituído por cinco módulos de
200 Wp ligados em série, conforme especifica a Tabela I.
TABELA I
Especificações elétricas do arranjo fotovoltaico operando
na Condição Padrão de Teste (STC).
Especificações para S = 1000 W/m 2 e T = 25 °C
STC
Potência máxima Pmp 1,00 kW
STC
Fig. 6. Fluxo de potência no modo interligado - potência Tensão de máxima potência Vmp 131,50 V
disponibilizada pelas fontes renováveis (a) superior à carga; (b) Corrente de máxima potência
STC
I mp 7,61 A
igual à carga; (c) inferior à carga; (d) nula.
Tensão de circuito aberto VcaSTC 164,50 V
A. Fluxo de Potência no Modo Isolado Corrente de curto circuito I ccSTC 8,21 A
Esse modo ocorre quando a rede elétrica deixa de fazer
Coeficiente de temperatura de Icc  3,18 mA/ºC
parte do sistema. Logo, para que a carga continue sendo
alimentada ininterruptamente, uma nova estratégia de Coeficiente de temperatura de Vmp  0,70 V/ºC
controle do fluxo de potência é empregada, garantindo que a
potência gerada pelas fontes renováveis seja igual à A escolha do conversor cc-cc 1 deve contabilizar, além
demandada pela carga. Nota-se que a inviabilidade de uso da dos níveis de potência processados, o ganho estático
rede elétrica implica no acionamento emergencial da célula a requerido, sendo necessário definir a tensão de entrada VPV e
combustível, quando a geração renovável for insuficiente; ou de saída Vo. Tais variáveis são evidenciadas na Figura 8.
no não aproveitamento de parte da energia disponível,
quando a geração renovável superar a demanda. Quatro
novos cenários, descritos por (3), são ilustrados na Figura 7.
PPV + PWT + PFC  Pcarga (3)
  
Potência gerada Potência consumida

Fig. 8. Estágio de potência voltado ao processamento da energia


gerada pelo arranjo fotovoltaico.

A tensão de saída foi especificada em Vo=210 V, valor


inferior à tensão nominal do banco de supercapacitores, de
250 V. Ainda, sabendo-se que a tensão VPV de entrada é
influenciada pela temperatura T na superfície dos módulos,
conforme (4) [26], tem-se:
Vmp (T )  Vmp
STC

 T  T STC   (4)
Logo, assumindo que a temperatura na superfície dos
módulos não se estabeleça fora do intervalo 10 ºC ≤ T ≤ 75
ºC, é possível escrever (5).
Vmp _ min  131,5   75  25  (0, 7)  96,5 V
 (5)
Vmp_max  131,5  10  25  (0, 7)  142, 0 V
Fig. 7. Fluxo de potência no modo isolado - potência
disponibilizada pelas fontes renováveis (a) superior à d carga; (b) Assim, o ganho estático requerido para elevar a tensão de
igual à carga; (c) inferior à carga; (d) nula. entrada VPV ao valor da tensão de saída Vo é dado por (6).
Vo 210  Com base em (9), torna-se clara a simplicidade do
Gmin    1, 48  algoritmo apresentado, que possibilita a direta determinação
VPV_max 142 
  1, 48  G  2,18 (6) da razão cíclica que impõe a operação do conversor no MPP,
Vo 210 a partir da leitura da temperatura T e da tensão Vo, tal como
Gmax    2,18
VPV_min 96,5  ilustra a Figura 10.

Com base no exposto, optou-se pelo uso do conversor cc-
cc elevador tipo Boost, ilustrado na Figura 9, e cujo controle
será diferenciado em função do modo de operação: no modo
interligado, o conversor será controlado para operar como
rastreador de máxima potência (MPPT), já no modo isolado,
regulará a tensão do barramento cc, caso a célula a
combustível esteja em standby, ou como MPPT, caso a
célula a combustível esteja em operação.

Fig. 10. Estrutura proposta para rastreamento de máxima potência


através da técnica baseada na mediação da temperatura.

2) Conversor Boost regulando a tensão do barramento cc:


devido à possibilidade de o sistema operar no modo isolado,
Fig. 9. Modelo ideal do conversor Boost ligado ao barramento cc.
torna-se necessário o desenvolvimento de uma estratégia que
permita ao conversor Boost regular a tensão do barramento
cc, uma vez que a continuidade da busca pelo MPP, na
1) Conversor Boost operando como MPPT: sistemas de
ausência da rede, violaria o balanço de potência, implicando
rastreamento de máxima potência têm a função de extrair a
na elevação da tensão do referido barramento a patamares
máxima potência disponível no arranjo fotovoltaico,
destrutivos. Dessa maneira, torna-se imprescindível alterar
independentemente da radiação solar e temperatura em que é
dinamicamente a razão cíclica de operação do conversor, em
exposto. Existem na literatura várias técnicas para tal
resposta às variações de corrente de carga Io ou da potência
finalidade [27, 28], sendo a eficiência do rastreamento
PPV, conforme expressa (10).
relacionada à complexidade e custo do sistema.
No sistema fotovoltaico proposto, empregar-se-á a técnica P
PPV  Po  Vo  PV (10)
baseada na mediação da temperatura, detalhada em [26], cuja Io
premissa baseia-se na interpretação de (4), a partir da qual se Na Figura 11 apresenta-se a curva de geração P-V, a partir
verifica que a tensão de máxima potência Vmp(T) se da qual é possível verificar que o controle da potência PPV
estabelece exclusivamente em função da temperatura T, haja pode ser realizado através da imposição da tensão VPV nos
vista que as demais grandezas da equação são constantes e terminais do arranjo fotovoltaico: à esquerda do ponto de
fornecidas pelo fabricante. Assim sendo, desde que T possa máxima potência Pmp, a redução da potência PPV é obtida
ser medida com precisão, é possível determinar em tempo através do decremento de VPV; em contrapartida, à direita de
real o valor da tensão que deve ser imposta nos terminais do Pmp, a redução de PPV se dá com o incremento VPV. Porém,
arranjo para que ocorra a máxima transferência de potência. visando obedecer ao critério de máximo ganho estático,
Sabendo-se que Vmp(T) refere-se à tensão a ser aplicada à expresso por (6), a operação do arranjo fotovoltaico, no
entrada do conversor cc-cc, cuja tensão de saída é regulada e modo isolado, deve limitar-se à região à direita do MPP, de
igual à Vo, o ganho estático passa a ser definido, acordo com a região sombreada da Figura 11.
independentemente do tipo de conversor, por (7).
Vo Vo
G  STC (7)

Vmp (T ) Vmp  T  T STC  
A escolha do conversor cc-cc permite calcular a razão
cíclica que garantirá a operação do arranjo fotovoltaico no
ponto de máxima potência (MPP). No caso específico do
conversor Boost, cujo ganho estático é dado por (8), a
aplicação do procedimento citado conduz a (9).
1
G (8)
1 

 mp (T )  1 
STC
Vmp  
 T  T STC 
(9) Fig. 11. Curva característica P-V com indicação do sentido de
Vo
redução da potência gerada e região de operação no modo isolado.
A malha para controle de Vo, implementada classicamente, TABELA III
segue sintetizada na Figura 12, em que kPWM representa o Informações referentes à turbina eólica empregada.
modulador, Gv(s) o modelo da planta do conversor, kvo o Diâmetro da hélice 2,46 m
ganho do sensor utilizado para leitura da tensão e Cv(s) o Número de pás 3
Velocidade de partida 2,2 m/s
compensador do tipo integrador. As descrições matemáticas Torque de partida 0,3 Nm
são explicitadas em (11), (12) e (13). Controle de velocidade Estol ativo
Potência para v=12,5 m/s 1 kW
Rotação nominal 700 rpm
Tensão de linha nominal eficaz 75 V
Frequência nominal 80 Hz
Tipo de gerador Síncrono a ímã permanente
Topologia do gerador Fluxo axial
Fig. 12. Diagrama de blocos para controle da tensão de saída do
Sistema elétrico Trifásico
conversor Boost. Número de polos 14
1 Indutância síncrona do gerador 3,5 mH
k PWM  (11) Resistência série do gerador 0,9 Ω
Vtrip
kc Quanto ao conversor cc-cc 2, seu ganho estático deve ser
C (s)  (12) suficiente para elevar a tensão de entrada VRET ao valor da
s
tensão de saída Vo. Sendo a tensão de saída pré-especificada
 
VPV   s
L
 
 1  2 PV   PV 2    PV  1
2 em Vo=210 V, determina-se a faixa de ganho estático com o
auxílio da curva P-V, ilustrada na Figura 15 [29].
Gv ( s )   Ro  (13)
 2 
 s L  Co  Cbar   s
L
 
 1  2  PV   PV 2 
 Ro 

Como resultado do projeto do compensador obteve-se


kc=0,81. Outras informações para projeto do conversor e
suas malhas de controle são sumarizadas na Tabela II.
TABELA II
Especificações para projeto do conversor Boost e suas
malhas de controle. Fig. 14. Estágio de potência voltado ao processamento da energia
Valor de pico da portadora (Vtrip) 5V gerada pelo aerogerador.
Tensão nominal de entrada (VPV) 131,5 V
Tensão nominal de saída (Vo) 210 V
Potência nominal (Po) 1 kW
Razão cíclica de operação (ΔPV) 0,37
Indutor de entrada (L) 1,44 mH
Capacitor de saída (Co) 470 µF / 250V
Supercapacitor (Cbar) 31,5 F / 250V
Ganho do sensor de tensão (kvo) 0,15
Ganho do sensor de temperatura (kTemp) 10 mV/ºC
Resistência de carga (Ro) 44,1 Ω
Frequência de comutação (fs) 40 kHz
Frequência de corte da malha de compensação (ωc) 3,3 rad/s

A implementação prática da malha de controle e do


algoritmo de rastreamento foi realizada empregando-se um Fig. 15. Potência elétrica gerada em função da tensão de saída da ponte
microcontrolador PIC18F1320. Resultados experimentais são retificadora para diferentes velocidades de vento.
abordados detalhadamente ao fim do artigo. A estratégia de controle buscará maximizar a potência
elétrica gerada (MPP) em ambos os modos de operação,
B. Subsistema 2: Turbina Eólica logo, a tensão de entrada do conversor se estabelece
No sistema proposto empregou-se a turbina GERAR 246, conforme (14), para velocidades de vento entre 6 e 12 m/s.
cujo gerador é do tipo síncrono a ímã permanente (GSIP) de
Vmp _ min  VRET_min  46 V
fluxo axial. As principais características dessa turbina,  (14)
extraídas de [29], estão sumarizadas na Tabela III, e o Vmp_max  VRET_max  80 V
processamento da energia gerada pelo aerogerador será
Portanto, a faixa de ganho estático é dada por (15).
realizado por dois estágios, conforme ilustra a Figura 14.
Ainda que o estágio retificador possa ser controlado para Vo 210 
Gmin    2, 63
garantir elevado fator de potência no aerogerador, em VRET_max 80 
sistemas de pequeno porte, devido à facilidade, robustez e   2, 63  G  4,56 (15)
Vo 210
custo de implementação, torna-se vantajoso o emprego de Gmax    4,56 
VRET_min 46 
uma ponte retificadora não controlada, em detrimento à 
qualidade da corrente extraída da máquina.
Percebe-se a necessidade de emprego de um conversor A aplicação do referido método torna-se viável em virtude
elevador, porém, em virtude do alto ganho estático requerido, de a tensão de saída do aerogerador ser retificada, originando
o conversor Boost tornar-se-ia inadequado, operando com um barramento cc com valor proporcional à velocidade ω de
perdas acentuadas e em uma região de difícil controle. rotação da máquina. Assim sendo, impondo-se ativamente tal
Assim, optou-se pelo uso do conversor Boost Quadrático tensão, é possível controlar a velocidade angular do eixo e,
Três Níveis (BQTN) [30, 31], representado graficamente dessa forma, buscar a máxima transferência de potência
pela Figura 16 e matematicamente por (16) e (17), sendo Δ2 a perante variações da velocidade do vento.
razão cíclica de operação do interruptor S2 e α a constante Nota-se, através da Figura 15, a existência de três regiões
que relaciona as razões cíclicas de ambos os interruptores. bem definidas na curva P-V: à esquerda do MPP, em que
dP/dV>0, à direita do MPP, em que dP/dV<0, e na linha do
MPP, em que dP/dV=0. Além de o sinal da derivada permitir
identificar a região de operação, seu módulo pode ser
empregado como passo variável de alteração da razão cíclica,
uma vez que tende a zero à medida que o ponto de operação
tende ao MPP. Em implementações digitais, o cálculo da
derivada é executado conforme (18) em que I(n) e V(n) são
estados atuais da tensão e corrente, e ΔV e ΔI a diferença
Fig. 16. Modelo comutado ideal do conversor Boost QTN. entre os estados atuais e os anteriores.
dP d (VI ) I ( n )  I ( n  1)
  I (n)  V (n) (18)
Vo 1   2 1  α  dV dV V ( n )  V ( n  1)
GBQTN   (16)
VWT 1   2 1  α 2  Na Figura 17 apresenta-se o fluxograma do algoritmo,
1 implementado digitalmente em um microcontrolador
α , 0  α 1 (17) PIC18F1320, em que kWT e efixo são constante que definem a
2
dinâmica de rastreamento, determinadas em função da
A estratégia de controle do conversor Boost QTN não será constante mecânica da máquina. Para a turbina utilizada,
diferenciada em função do modo de operação, impondo a tem-se kWT=0,005 e efixo=0,1.
busca pelo MPP tanto no modo conectado à rede, quanto no
isolado. A justificativa para adoção de tal estratégia advém
da análise da Figura 15, a partir da qual se notam as
restrições inerentes à redução da potência:
 A redução da potência através da diminuição da tensão
aplicada na saída da ponte retificadora (à esquerda do
MPP) pode causar variações abruptas de corrente na
máquina. Esse tipo de operação é proibitivo, em virtude
de tais variações refletirem-se em sobretensões
destrutivas ao conversor;
 A redução da potência através do incremento da tensão
da ponte retificadora (à direita do MPP) ocorre de
forma suave, porém, implica na elevação da rotação da
máquina que, no caso limite, operaria a vazio. Tal de
procedimento é inadequado e deve ser evitado, visando
garantir a segurança da instalação.
Cabe ainda ressaltar que a busca pelo MPP no modo
isolado pode levar a tensão do barramento cc à patamares
elevados, caso a potência gerada pela turbina seja superior à
consumida pela carga. Resolve-se tal problema adicionando
um banco resistivo chaveado ao barramento cc, com o intuito Fig. 17. Fluxograma referente ao método da condutância
de realizar o balanço de potência. Do ponto de vista de incremental para rastreamento de máxima potência do aerogerador.
aproveitamento energético, não há diferença entre retirar o
aerogerador do ponto de máxima potência via controle ou Simulações do sistema eólico são apresentadas na Figura
utilizar um banco resistivo, haja vista que, em ambos os 18, considerando o perfil de vento descrito em [35]. A
casos, parte da energia disponível deixa de ser aproveitada comparação entre a potência extraída do aerogerador com
efetivamente para alimentar a carga. seu valor ideal no ponto de máxima potência mostra que o
Na literatura, existem inúmeras propostas de algoritmos método operou com eficiência média de 82 %.
de rastreamento de máxima potência para sistemas eólicos As especificações utilizadas para projeto e construção dos
[32-34], nas quais se destacam os métodos de controle do protótipos seguem listadas na Tabela IV. Novamente, o
TSR (Tip-speed ratio), controle do torque ótimo e perturba e algoritmo de rastreamento foi implementado em um
observa. No trabalho proposto, empregou-se uma técnica de microcontrolador PIC18F1320. Resultados experimentais são
rastreamento similar ao método da condutância incremental, abordados detalhadamente ao fim do artigo.
amplamente difundido para sistemas fotovoltaicos.
combustível. As perdas por transporte de massa ocorrem
devido à mudança de concentração dos reagentes na
superfície dos eletrodos, ocasionada pelo aumento da
corrente elétrica, implicando em uma queda acentuada de
tensão nos terminais da célula a combustível, que pode,
inclusive, danificá-la. As perdas ôhmicas, por sua vez, são
ocasionadas pela resistência à passagem de corrente elétrica
pelos eletrodos e à passagem dos íons pela membrana.
De acordo com as especificações do fabricante, a tensão
de operação da PEMFC empregada pode se estabelecer entre
26 V e 41 V, no entanto, visando garantir que sua operação
ocorra fora da região de perdas por transporte de massa, a
máxima corrente drenada do dispositivo será limitada em
IFC_max=30 A, implicando na faixa de tensão de operação
expressa por (20).
VFC _ min  30 V @ 30A
(20)
VFC_max  41 V @ 0 A

Fig. 18. Resultados de simulação para validação da estratégia de Através de (21) é possível definir o ganho estático
rastreamento aplicada ao conversor Boost QTN. necessário para elevar a tensão de saída da célula
combustível VFC ao valor da tensão do barramento cc,
previamente especificada em Vo=210 V.
TABELA IV
Especificações para projeto do conversor Boost QTN. Vo 210 
GFC _ min    5,12
Valor de pico da portadora (Vtrip) 5V VFC_max 41 
Tensão nominal de entrada (VWT) 80 V   5,12  GFC  7, 00 (21)
Vo 210
 7, 00 
Tensão nominal de saída (Vo) 210 V
GFC_max  
Potência nominal (Po) 1,2 kW VFC_min 30 
Razão cíclica de operação (Δ2) 0,46 
Indutor (L1) 840 µH Para alcançar a finalidade proposta, o conversor a ser
Indutor (L2) 1,62 mH utilizado deve apresentar ganho estático elevado, a fim de
Capacitor (Co1) 5 mF / 200V
satisfazer as condições estabelecidas em (21). Ademais,
Capacitor (Co2) 470 µF / 250V
Supercapacitor (Cbar) 31,5 F / 250V
devido ao fato de a corrente de entrada ser elevada (até 30
Ganho do sensor de tensão (kVWT) 0,15 A), torna-se interessante o emprego de um conversor que
Ganho do sensor de corrente (kIWT) 25 mV/A permita compartilhá-la entre tantos estágios quanto
Resistência efetiva de carga (Ro) 36,75 Ω necessários, visando diminuir os esforços nos componentes
Frequência de comutação (fs) 50 kHz individuais. Baseando-se em ambas as premissas, optou-se
pelo emprego do conversor cc-cc proposto por [37], cuja
C. Subsistema 3: Célula a Combustível célula básica é o conversor Forward, conforme Figura 20.
No projeto implementado utilizou-se uma célula a
combustível tipo PEMFC de 1 kW, modelo NEXA 310-
002702. De forma geral, a tensão produzida por uma
PEMFC relaciona-se de maneira não linear com a corrente,
identificando-se, a partir do estudo da curva típica tensão-
corrente (V-I), a existência de três regiões distintas de
operação, conforme a Figura 19 [36].

Fig. 19. Curva típica de polarização de uma célula a combustível


tipo PEMFC.
Fig. 20. Conversor destinado ao processamento da energia
proveniente da célula a combustível.
As perdas por ativação estão relacionadas à energia
despendida para romper a barreira de ativação da reação O fato de o conversor Forward ser isolado resolve o
química, durante o processo de partida da célula a problema do alto ganho requerido, ajustado através da
relação de espiras. Além disso, a conexão das entradas dos TABELA V
conversores em paralelo e das saídas em série faz com que a Especificações do banco de supercapacitores.
corrente de entrada e a tensão de saída, processadas Especificações Módulo Banco
individualmente, sejam inversamente proporcionais ao Capacitância 62 F 31 F
Tensão de operação 125 V 250 V
número de conversores associados.
Tensão de surto 136,8 V 273,6 V
A simplicidade da topologia está relacionada ao uso de um Resistência série equivalente < 15 mΩ < 30 mΩ
único pulso de comando para acionamento dos interruptores. Peso 57 kg 114 kg
Contudo, devido ao conversor apresentar entrada tipo Buck, a
corrente de entrada necessita ser filtrada, em virtude de que, A estratégia empregada para controle do conversor tem
segundo o fabricante da célula a combustível [24], a máxima por objetivo permitir a regulação da tensão de barramento cc
ondulação de corrente permitida nesse dispositivo não deve no valor de projeto, bem como o controle da corrente
ultrapassar 35% do valor médio (10 A em carga nominal), na fornecida pela célula a combustível, de maneira a evitar
frequência de 120 Hz. A inclusão do filtro LC resulta na possíveis ondulações destrutivas ao dispositivo e garantir sua
Figura 21, em que a célula a combustível é representada por operação fora da região de perdas por transporte de massa.
seu modelo elétrico equivalente simplificado [36]. Na Figura 22, apresenta-se o estágio de potência do
conversor contemplando ambas as malhas de controle.
Resumidamente, o erro de tensão, após a compensação, é
utilizado como referência de corrente. Tal estratégia permite
que a corrente drenada da célula a combustível seja tão maior
quanto maior for a discrepância entre a tensão de saída e seu
valor de referência. Logicamente, para evitar que a célula a
combustível opere na região de perda por transporte de
massa, a referência de corrente deve ser saturada.

Fig. 21. Representação do sistema interligado ao barramento cc com


inclusão do modelo da célula a combustível e filtro LC.
Cabe enfatizar que de acordo com a estratégia de controle
do fluxo de potência adotada, a célula a combustível deve
entrar em operação apenas no modo isolado, quando a
energia demanda pela carga superar a gerada pelas fontes
renováveis. Em virtude de o tempo de inicialização da célula
a combustível ser de aproximadamente 30s, caso nenhuma
outra fonte esteja ativa, a carga deixará de ser suprida nesse
intervalo. De maneira a evitar tal condição indesejada de
operação, é necessário introduzir uma fonte que alimentará a
carga durante o processo de startup da célula a combustível.
Tradicionalmente, um de banco de baterias seria a solução
adotada, contudo, primando pelo caráter renovável e
facilidade de controle, optou-se pela inserção de um banco de
supercapacitores ao barramento cc. Considerando-se o pior
caso, em que o sistema opera no modo isolado e sem
disponibilidade de geração renovável, o banco capacitivo Fig. 22. Estágio de potência contemplando as malhas para controle
deve suprir toda a potência demandada, conforme (22). da corrente no indutor e tensão de saída do conversor.

P 2000 As Figuras 23 e 24 ilustram os diagramas de blocos


I Cbar_max  o   9,5 A (22) requeridos ao projeto dos compensadores de corrente e
Vo 210
tensão, respectivamente. A obtenção das plantas Gi(s) e Gv(s)
Logo, partindo-se da hipótese de que, nesse caso crítico, foi realizada por meio da modelagem por espaço de estados
uma queda de 10 V (5%) na tensão do barramento cc seja de um conversor Buck dinamicamente equivalente ao
aceitável, encontra-se (23). conversor empregado [37], a partir do qual se obtiveram (24)
i t 9,5  30 e (25), sendo Ceq  Co / 3  Cbar e Loeq  3 Lo .
Cbar _ min  Cbar   28,5 F (23)
VCbar 10
Gi ( s ) 
iˆLoeq ( s )


3nVFC sRo Ceq  1  (24)
Na prática foram empregados dois módulos de 2
δ̂ FC (s) s Ro Ceq Loeq  sLoeq  Ro
supercapacitores EMHSR-0062C0-125R0S, de 62 F/125 V
cada um, associados em série, resultando nas especificações vˆo ( s ) Ro
contidas na Tabela V. Gv ( s )   (25)
iˆLoeq ( s ) sRo Ceq  1
 Regulação da corrente de saída;
 Regulação da tensão do barramento cc de entrada;
 Elevado fator de potência;
 Conformidade com a Resolução Normativa ANEEL nº
Fig. 23. Diagrama de blocos para controle da corrente de saída. 482/12.
Mediante o exposto, optou-se pelo uso do conversor cc-ca
monofásico bidirecional em ponte completa com modulação
senoidal por largura de pulso (Pulse Width Modulation -
PWM), conforme segue ilustrado na Figura 25.
Fig. 24. Diagrama de blocos para tensão de saída.
Os Blocos FPBi(s) e FPBv(s) são filtros passa-baixa na
configuração Salen-Key, projetados com coeficiente de
amortecimento de ζ=0,707 e frequências de corte de
fci=4 kHz e de fcv=10 Hz, respectivamente. Ambos os filtros
são descritos, literalmente, por (26).
 2fcx 
2

FPBx ( s )  (26)
s  2  2f cx  s   2f cx 
2 2
Fig. 25. Estágio de potência do inversor PWM monofásico em ponte
O modulador PWM é idêntico ao utilizado na malha de completa.
controle do conversor Boost, sendo descrito por (11). A estratégia adotada para controle do conversor cc-ca será
A partir das informações contidas na Tabela VI, projetou- implementada através de três malhas [38], com o objetivo de
se o compensador de corrente, do tipo proporcional integral, controlar a corrente de saída (rede elétrica), a tensão de
e o compensador de tensão, do tipo proporcional-integral entrada (barramento cc) e o valor médio da corrente no
com filtro, conforme (27) e (28), sendo Kci=0,97, enrolamento primário do transformador, evitando sua
ωzi=1,04 krad/s, kcv=3921, ωzv=0,18 rad/s e ωpv=2,8 rad/s. saturação. A Figura 26 retrata o estágio de potência
TABELA VI juntamente com as três malhas de controle supracitadas.
Especificações para projeto do proposto.
Valor de pico da portadora (Vtrip) 12 V
Tensão nominal de entrada (VFC) 30 V
Tensão nominal de saída (Vo) 210 V
Potência nominal (Po) 900 W
Razão cíclica de operação (Δ2) 0,46
Indutor (Lo) 1,67 mH
Capacitor (Co) 330 µF / 100V
Indutor do filtro de entrada (Lf) 1000 µF
Capacitor do filtro de entrada (Cf) 2µH|
Supercapacitor (Cbar) 31,5 F / 250V
Relação de transformação (n) 5,8
Ganho do sensor de tensão (kvo) 0,15
Ganho do sensor de corrente (kio) 25 mV/A
Resistência efetiva de carga (Ro) 36,75 Ω
Frequência de comutação (fs) 40 kHz Fig. 26. Estágios de potência e controle do conversor cc-ca.
kci  s  zi  O projeto do compensador da malha de corrente
Ci ( s )  (27) instantânea é realizado com base no diagrama de blocos
s
apresentado na Figura 27.
 s  zv 
Cv ( s )  kcv (28)

s s   pv 
A implementação das malhas de controle foi realizada de
forma analógica. Resultados experimentais são apresentados
ao fim do artigo. Fig. 27. Diagrama de blocos para controle da corrente instantânea.

D. Subsistema 4: Conversor cc-ca O modelo da planta Gi(s), obtido por meio de modelagem
Para que a interligação de sistemas de geração renovável à por espaço de estados, é descrito por (29), em que NT
rede elétrica se torne viável, faz-se uso dos conversores cc- representa a relação de transformação do transformador de
ca, capazes de processar a energia gerada, adequando-a para acoplamento do inversor à rede elétrica.
tal finalidade. As características requeridas para tal estágio i s ( s ) sVcc
de processamento são: Gi ( s )   (29)
δ̂( s ) NT Lg
 Conversão cc-ca;
 Bidirecionalidade;
Sabendo que a mudulação empregada foi do tipo PWM IV. RESULTADOS EXPERIMENTAIS
senoidal três níveis, cujo ganho é dado por (11), e que o
compensador escolhido foi do tipo proporcional-integral, A partir da implementação dos protótipos foram
cuja função de transferência é dada por (27), obtém-se realizados ensaios experimentais, organizados de acordo com
kci=4,1 e ωzi=14,5 krad/s. os possíveis cenários previstos, tanto no modo conectado
O mesmo procedimento, quando aplicado à modelagem quanto no isolado. Na Figura 30 ilustra-se a bancada onde a
do conversor para controle da tensão do barramento cc, microrrede foi montada e avaliada experimentalmente.
conduz ao diagrama de blocos da Figura 28, cuja planta Gv(s)
é expressa por (30).

Fig. 28. Diagrama de blocos para controle da tensão cc de entrada.

vˆcc ( s ) VccVsp
Gv ( s )   (30)
iˆsp ( s ) 2CbarVcc2 s  Vsp I sp
O projeto do compensador Cv(s), do tipo proporcional-
integral com filtro, expresso por (28), conduziu aos seguintes
parâmetros: kcv=6920, ωzv=0,22 rad/s e ωpv=31,5 rad/s.
Por fim, o projeto do compensador para eliminação do
valor médio da corrente no enrolamento primário do Fig. 30. Foto da bancada – microrrede completa.
transformador foi realizado com base no diagrama de blocos A Figura 31 mostra os resultados obtidos durante a
da Figura 29, sendo a planta FTMFImed(s) descrita por (31) e operação nas condições descritas no modo interligado 1.
Ci(s) o compensador da malha para controle da corrente Nota-se que em virtude de a potência gerada pelas fontes
instantânea de saída do conversor. renováveis superar a demandada pela carga, há injeção na
rede elétrica, com elevado fator de potência.

Fig. 29. Diagrama de blocos para controle da corrente média no


enrolamento primário do transformador de acoplamento.

Cis ( s )Vcc
FTMFImed ( s )  (31)
sNT LgVtrip  kisVcc Cis ( s )
O filtro FPB(s) foi projetado para ζ=0,707 e
ωc=6,28 rad/s, resultando no compensador proporcional
CImed(s), expresso em (32).
CImed (s ) = kcimed  2,5 (32)
Especificações adicionais para projeto do conversor cc-ca
são apresentadas na Tabela VII.
TABELA VI
Especificações para projeto do conversor cc-ca.
Valor de pico da portadora (Vtrip) 12 V
Tensão nominal de entrada (Vcc) 210 V Fig. 31. Resultados experimentais para o modo interligado 1.
Tensão eficaz primária (Vp) 110 V
Tensão eficaz secundária (Vs) 220 V
Na Figura 32 ilustra-se o sistema no momento em que
Indutor de saída (Lg) 1,7 mH
Capacitor de entrada (Cin) 4080 µF / 450 V passa a operar no modo interligado 2. Nota-se que com a
Relação de transformação (NT) 2 redução da potência gerada pelo arranjo fotovoltaico, a
Potência nominal (Pnom) 2 kW potência proveniente das fontes renováveis supre
Ganho do sensor de tensão (kvcc) 0,01 integralmente a carga, enquanto a potência injetada na rede
Ganho do sensor de corrente (kip) 0,1 elétrica torna-se praticamente nula.
Ganho do sensor de corrente (kis) 0,22 Na Figura 33 percebe-se o anulamento da energia
Frequência de comutação (fs) 20 kHz
entregue pelo aerogerador ao barrmento cc. Nesse momento,
a potência gerada pelas fontes renováveis torna-se inferior à
A implementação das malhas das três malhas de controle
consumida pela carga crítica (modo interligado 3), havendo a
descritas foi realizada analogicamente. Resultados
inversão do fluxo de potência na rede elétrica, que passa a
experimentais contemplando todos os possíveis cenários de
complementar a geração (defasage de 180º entre tensão e
operação são apresentados a seguir.
corrente).
Por fim, na Figura 34, que representa a operação do O modo isolado 1 inicia-se com a falta da rede elétrica,
sistema no modo interligado 4, não há fluxo de potência das conforme ilustra a Figura 35. Nesse momento, o controlador
fontes renováveis para a carga, totalmente suprida pela rede de fluxo de potência isola o inversor da rede elétrica e reduz
elétrica. a potência gerada pelo arranjo fotovoltaico, levando-a a
igualar-se à demandada pela carga, garantindo, pois, o
balanço de potência global.
Nota-se que a forma de controlar do fluxo de potência se
mantém inalterada enquanto houver energia suficiente para
que as fontes renováveis supram a carga integralmente, tal
como ilustra a Figura 36, que representa a operação no modo
isolado 2.

Fig. 32. Resultados experimentais para o modo interligado 2.

Fig. 35. Resultados experimentais para o modo isolado 1.

Fig. 33. Resultados experimentais para o modo interligado 3.

Fig. 36. Resultados experimentais para o modo isolado 2.


No instante em que a potência gerada pelas fontes
renováveis torna-se insuficiente para manter a carga
alimentada, a célula a combustível é acionada, Figura 37,
dando início ao modo isolado 3. Ressalta-se que durante os
30 s subsequentes à partida da célula a combustível, a carga é
alimentada exclusivamente pelo banco de supercapacitores,
cuja tensão reduz-se no máximo em 5%. A partir daí, a célula
a combustível entra em operação, fornecendo potência
nominal ao barramento cc, e permanece nessa condição até
que a tensão referido barramento retorne ao valor de projeto.
Na Figura 38 ilustra-se o submodo isolado 4, em que a
Fig. 34. Resultados experimentais para o modo interligado 4. célula a combustível alimenta a carga integralmente.
Fig. 40. Análise harmônica da corrente injetada na rede sob
operação nominal. THD=2,71 %.

V. CONCLUSÕES
Neste artigo foram apresentados os procedimentos de
escolha, projeto, dimensionamento e implementação de
Fig. 37. Resultados experimentais para o modo isolado 3. conversores para compor uma microrrede interligada à rede
elétrica e destinada alimentação ininterrupta de carga cc
críticas a partir de fontes renováveis.
Foi proposta uma estratégia de controle de fluxo de
potência que permite a operação dos conversores de forma
diferenciada, dependendo da disponibilidade instantânea de
cada uma das fontes que compõem o sistema (fotovoltaica,
eólica e célula a combustível) e do modo de operação:
interligado à rede elétrica ou isolado.
A garantia da estabilidade do sistema, bem como a
facilidade de controle e desacoplamento entre os estágios de
processamento de energia foram assegurados pela inclusão
de um banco de supercapacitores ao barramento cc.
Resultados experimentais validaram os conceitos em
todos os oito possíveis cenários de operação, mostrando que
a estratégia de controle do fluxo de potência estabeleceu-se
adequadamente e que as transições de um modo para outro
ocorreu de forma suave, sem haver variações bruscas das
corrente injetada na rede e da tensão do barramento cc.
Fig. 38. Resultados experimentais para o modo isolado 4.
AGRADECIMENTOS
Na Figura 39 detalha-se a corrente de partida do conversor
cc-ca, que se estabelece de forma suave (rampa) bem como a Os autores agradecem a CAPES, CNPq e FINEP pelo
retirada da célula a combustível do sistema, assim que a rede apoio financeiro.
elétrica é reestabelecida.
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Elétrica, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis - SC, 2006. DADOS BIOGRÁFICOS
[32] M. A. Abdullah, A. H. M. Yatim, C. W. Tan, and R.
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2012. Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil, em 2006, 2008 and
[33] S. M. Raza Kazmi, H. Goto, G. Hai-Jiao, and O. 2013, respectivamente. Atualmente é professor do
Ichinokura, "Review and critical analysis of the Departamento de Engenharia Elétrica da mesma instituição,
research papers published till date on maximum power onde desenvolve trabalhos relacionados ao processamento de
point tracking in wind energy conversion system", in energia proveniente de fontes renováveis e ao controle e
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(ECCE), 2010. pp. 4075-4082.
[34] J. S. Thongam and M. Ouhrouche, "MPPT control Lenon Schimtz nasceu em Blumenau, SC, Brasil, em 28 de
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Fundamental and Advanced Topics in Wind Power, Universidade Federal de Santa Catarina em 2012 e
Intec open source, 2011. atualmente é estudante de mestrado do programa de Pós-
[35] A. Mirecki, X. Roboam, and F. Richardeau, graduação em Engenharia Elétrica no Instituto de Eletrônica
"Comparative study of maximum power strategy in de Potência, Universidade Federal e Santa Catarina. Seus
wind turbines", in IEEE International Symposium on interesses incluem conversores estáticos e sistemas
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[36] J. Larminie and A. Dicks, Fuel cell systems explained.
England: Wiley, 2000. Denizar C. Martins nasceu em São Paulo, SC, Brasil, em 24
[37] G. R. T. Hax, "Estudo e implementação de um de abril de 1982. Recebeu o título de Engenheiro Eletricista e
conversor de interligação destinado a elevar a Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de
autonomia de uma UPS comercial utilizando células a Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil, em 1978 e 1981,
combustível," Dissertação de mestrado, Departamento respectivamente, e o título de Doutor em Engenharia Elétrica
de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Santa pelo Instituto Nacional Politécnico de Toulouse, Toulouse,
Catarina, Florianópolis, SC, 2009. França, em 1986. Atualmente é professor titular do
[38] R.F. Coelho, T.B. Lazzarin, D.C. Martins, "Modeling Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade
and control of the single-phase dc-ac PWM converter Federal de Santa Catarina, Brasil.

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