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América Latina: território de extrativismo

A história da América Latina está profundamente ligada ao extrativismo, processo que é


caracterizado pela exportação de matérias-primas em larga escala, destinado aos países
imperialistas. O extrativismo não se resume apenas a minerais, mas também podemos identificar o
extrativismo agrário e florestal. A colonização europeia nas terras que hoje chamamos de América
Latina estava voltada ao extrativismo e à acumulação primitiva do capital. Marx aponta em sua
principal obra, O Capital, que “a descoberta das terras auríferas e argentíferas na América, o
extermínio, a escravização e o soterramento da população nativa nas minas (…) caracterizaram a
aurora da era da produção capitalista” [1] e que “o sistema colonial amadureceu o comércio e a
navegação como plantas num hibernáculo” [2]. Ou seja, a invasão, a colonização da América Latina
e a subsequente política de extrativismo esteve profundamente ligada a expansão e consolidação do
capitalismo.
Entretanto, longe de algo que ficou na história, o processo de expropriação e extrativismo segue em
Abya Yala, nome como muitos povos indígenas vêm denominando a América Latina. Como
destacam Rosa Luxemburgo [3] e mais recentemente David Harvey [4], todas as características da
acumulação primitiva permanecem presentes no capitalismo e podemos acrescentar, no continente
americano. Harvey denominou de “acumulação via espoliação” processos como “mercadificação e
a privatização da terra e a expulsão violenta de populações camponesas; (…) mercadificação da
força de trabalho e a supressão de formas alternativas (autóctones) de produção e de consumo;
processos coloniais e neocoloniais e imperiais de apropriação de ativos (inclusive de recursos
naturais)” [5]. Este artigo visará analisar um processo recente da história latino americana,
denominado de neoextrativismo, que pode ser lido dentro desse contexto de “acumulação via
espoliação”.

Neoextrativismo

O neoextrativismo é caracterizado por alguns intelectuais latino-americanos [6] como um processo


que começa no século XXI, onde governos na América Latina reforçaram o modelo extrativista
exportador, ignorando os impactos sociais, ambientais e territoriais deste. Esse reforço se deu
perante à alta de preços de commodities, que fez com que os países da América Latina tivessem um
crescimento econômico continuado até pelo menos 2014, inclusive destoando da situação mundial,
perante a crise econômica de 2009. A exportação de bens primários incluiu hidrocarbonetos como
gás e petróleo, metais e minerais e também produtos agrários, como soja e cana-de-açúcar. É
importante ressaltar que a forma como cada governo administrou as políticas extrativistas foram
distintas de país para país, com especificidades locais, porém podemos ver tendências gerais. Além
disso, algo que é muito destacado por estes intelectuais é o fato de que neste período, parte
importante dos países latino-americanos eram governados por governantes ditos “progressistas”,
como por exemplo Mujica no Uruguai, Lula no Brasil, Evo Morales na Bolívia, Correa no Equador.
O neoextrativismo está inserido num momento histórico de profunda crise social e ecológica, onde
a mudança climática, extinções em massa de espécies e ecossistemas e pandemias ameaçam a vida
humana e do planeta, colocando na ordem do dia o debate ambiental. Nesse sentido, vemos que o
neoextrativismo subestima e ignora esse contexto e provoca uma superexploração de bens naturais,
que são cada vez mais escassos, o que promove inclusive a expansão de fronteiras de exploração.
Acosta e Brand (2018) apontam que o extrativismo e o neoextrativismo criam uma concepção
reducionista da natureza, tendo em vista que redes biofísicas e processos de reprodução naturais
extremamente complexos são reduzidos a “recursos naturais”, que estão disponíveis para
exploração e mercantilização [7]. Os autores também salientam que o extrativismo e o
neoextrativismo ignoram as consequências negativas dos processos de extração, lesionando assim o
meio ambiente natural e social em que intervém, rompendo ciclos naturais da natureza, impedindo
assim a regeneração.
Tomemos como exemplo a mineração e o agronegócio para entender alguns impactos ambientais.
Atualmente, lugares com alta concentração de minérios são raros e portanto é necessário uma
mineração industrial de grande escala em lugares onde o mineral é escasso, com uso maciço de
químicos extremamente tóxicos, que deixam dejetos da mineração que se acumulam por muitos
anos, contaminando o solo e a água. A contaminação da água a torna inutilizável para uso humano e
da agricultura, afetando comunidades, além de problemas graves de saúde. O agronegócio exige
grandes concentrações de terra para plantação de monoculturas e pasto para criação de animais, o
que incentiva o desmatamento e a destruição de diversos biomas. Essas monoculturas necessitam de
grandes quantidades de agrotóxicos, que poluem o solo, a água, e provocam diversos danos à saúde.
Além disso, é necessário grandes quantidades de água, gerando esgotamento de mananciais e
principalmente a agropecuária gera uma grande quantidade de resíduos, como fezes de animais, que
são indevidamente descartados.

Ilusão desenvolvimentista

Svampa (2019) aponta que diante o auge das commodities, o extrativismo deu uma nova ilusão
desenvolvimentista aos governos “progressistas” da região [8] e assim estes adotaram um discurso
produtivista. Porém o que vimos na prática foi uma política que aumentava a dependência do
mercado exterior. A ênfase no extrativismo teve como consequências a reprimarização da economia
dos países latino-americanos, que se voltaram para atividades primárias, com pouco valor agregado.
Para ilustrar esse processo, o economista Pierre Salama caracteriza que, nesse período, o Brasil,
sofreu um fenômeno de “desindustrialização precoce”[9]:

“A “desindustrialização precoce” não se traduz necessariamente por uma desindustrialização absoluta.


No Brasil, a indústria de transformação conhece uma taxa de crescimento positiva. Para um índice de 100%
em 2002, a indústria de transformação alcança o índice de 121,5% no primeiro trimestre em 2011. A
desindustrialização no Brasil é relativa no plano nacional e em escala mundial. Em âmbito nacional, a
contribuição da indústria de transformação diminui no PIB, passando de 16,8% em 1996 a 15,8% em
2010. Por outro lado, a contribuição das atividades primárias aumenta, entre as mesmas datas (de 5,5% a
5,8%, para a agricultura, e de 0,9% a 2,5% para as indústrias extrativas, segundo o IBGE). No plano
internacional, a indústria de transformação brasileira recua de maneira relativa. A participação dessa indústria
na indústria de transformação mundial diminui de 2% entre 2004 e 2010. Comparada à indústria de
transformação das economias emergentes, ela cai 25% entre as mesmas datas.” (SALAMA, 2012, p 245)

O preço das matérias-primas no mercado internacional possuem uma volatilidade própria, fazendo
com que as economias latino-americanas sofressem com problemas recorrentes em suas balanças de
pagamentos. Perante o aprofundamento da dependências das economias aos mercados estrangeiros,
os países latino-americanos, ao verem os preços das matérias-primas diminuírem, aumentam a
extração de matérias-primas, o que beneficia os países centrais.
A América Latina sofreu com diversas políticas neoliberais nos anos 90, e vimos diversas lutas e
resistências à essas políticas. Essas lutas levaram ao poder diversos governos “progressistas” e de
frente popular no continente, eleitos vendendo uma ideia de mudança. Apesar desses governos
apresentarem um discurso aparentemente contrário ao neoliberalismo, Svampa (2019) aponta que
esse projeto progressista não questionou de fato a hegemonia do capital transnacional na economia
periférica. Muito pelo contrário, perante a adoção do discurso desenvolvimentista, se apoiou no
neoextrativismo, deixando em segundo plano os impactos ambientais e sociais, priorizando as
demandas do capital estrangeiro.
Esses governos “progressistas” viam o neoextrativismo como um meio para gerar divisas ao Estado,
que geraria distribuição de renda, criando uma falsa oposição entre a questão social e a questão
ambiental, como se a devastação ambiental fosse contrapartida justa para uma maior distribuição de
renda. O que verificamos foi uma distribuição de renda num caráter de curto prazo, e baseado no
modelo de inclusão pelo consumo, que não se sustentou após a queda dos preços das commodities.
Além disso, por mais que muitos discursos de governantes “progressistas” fosse contra o
imperialismo, a América Latina mais uma vez se adaptava as necessidades do próprio imperialismo.
Se na década de 90, o Consenso de Washington impôs a aplicação de diversas políticas, como as
maciças privatizações e diminuição do Estado, nos anos 2000, com o aumento da demanda de
commodities, a América Latina mais uma vez cumpriu o papel de fornecedor dessas matérias-
primas.
Qualquer discurso crítico às políticas neoextrativistas eram vistas como partindo da direita , como
ambientalismo colonial e infantil. As contradições aparecem com bastante relevo em países como
Bolívia e Equador. A Constituição da Bolívia de 2009 [10] define o Estado como plurinacional,
intercultural e que defende o “bem viver” (sumak kawsay, em quechua) ou o “viver bem” (suma
qamaña, em aymara). A Constituição do Equador de 2008 [11] incorpora um capítulo de direitos da
Natureza. Entretanto, a política e o próprio discurso dos governantes da época não condiziam com a
própria constituição. Perante a não aprovação do uso de sementes transgênicas no Equador, e com
relação aos Tipnis, na Bolívia, ambos os governos, “progressistas”, tiveram um discurso
semelhante: negou-se a legitimidade das queixas, assumindo uma linguagem nacionalista,
chamando os opositores de ecologismo infantil no Equador [12] e de ambientalismo colonial na
Bolívia [13]. No Brasil, o discurso também foi bastante semelhante quando havia críticas e lutas
contra a construção de Belo Monte. O governo “progressista” petista atribuiu às críticas o
envolvimento de ONGs estrangeiras, que manipulariam os povos indígenas [14].
Surpreendentemente ou não, governos de extrema direita da região também adotam um discurso
parecido. Bolsonaro, ao receber inúmeras criticas sobre as queimadas na Amazônia, denunciou uma
cobiça internacional sobre a Amazônia, defendeu supostos interesses nacionais e responsabilizou
ONGs pelo desmatamento [15].

Consequências do neoextrativismo

Uma das principais consequências sociais do neoextrativismo e dos megaprojetos foi o aumento
expressivo de conflitos e da criminalização dos movimentos sociais. A ONG Global Witness
classifica a América Latina como a região mais violenta do mundo para ativistas ambientais e onde
ocorre mais de dois terços dos assassinatos, desde que a ONG começou a publicar esses dados, em
2012 [16].
As resistências aos megaprojetos tem gerado grande repressões dos governos locais. Em 2012, o
governo de Ollanta Humala, no Peru, reprimiu violentamente a população que se manifestava
contra o Projeto Conga, deixando dezenas de mortos e feridos. Berta Cáceres, importante ativista
indígena foi assassinada brutalmente em 2016, enquanto lutava contra a construção de uma
hidrelétrica. A ativista Laura Vásquez Pineda foi assassinada enquanto lutava contra a mineração na
Guatemala. Durante a construção de empreendimentos são comuns denúncias e mobilizações contra
as péssimas condições de trabalho, como aconteceu em Belo Monte e Jirau. Em maio deste ano de
2021, garimpeiros invadiram a terra Yanomami e atiraram em indígenas, com a omissão e incentivo
do governo brasileiro.
A atividade de mineração de metais em grande escala é a principal geradora de conflitos sociais
entre as empresas mineradoras e as lideranças comunitárias na região:

“Assim, segundo o Ocmal, em 2010 havia 120 conflitos mineiros que afetavam 150 comunidades, em 2012,
os conflitos já eram 161, com 173 projetos e 212 comunidades afetadas. Em fevereiro de 2014, o número de
conflitos chegava a 198, com 297 comunidades afetadas e 207 projetos envolvidos. E janeiro de 2017, havia
217 conflitos, que envolviam 227 projetos e 331 comunidades. Os países com maior quantidade de conflitos
são Peru (39), México (37), Chile (36), Argentina (26), Brasil (20), Colômbia (14) e Equador (7).”
(SVAMPA, 2019, p. 66)

Os territórios extrativistas adotam uma configuração nova, onde problemas sociais são agravados.
Um exemplo dramático disso é que a grande presença de homens nessas regiões, onde numa
sociedade extremamente machista na qual vivemos, aumenta consigo redes de tráfico de mulheres e
exploração sexual, inclusive de meninas menores de idade. As mulheres e meninas que mais
sofrem com esse processo são as mulheres negras e indígenas. O alcoolismo e a criminalidade
também aumentam nessas regiões.
Em relação aos megaprojetos, vemos uma rápida reconfiguração dos territórios, e após o ápice da
etapa de construção dos empreendimentos, há poucos empregos diretos, deixando um legado nocivo
na região reconfigurada. Estima-se que no caso da mineração em larga escala, a cada milhão de
dólares investidos, são criados entre 0,5 a dois empregos diretos, apenas. [17].
Essas reconfigurações afetam o modo de vida das populações locais e tradicionais, provocando
etnocídio, ou seja, a morte da cultura e da identidade de um povo. Viveiros de Castro [18], aponta
que decisões tomadas à revelia das minorias étnicas resultam no ataque de seus territórios e na
destruição de seu modo de vida, sendo assim, ações etnocidas. Para o autor, megaprojetos,
programas e ações do Estado ou de entes privados que não levam em consideração a consulta dos
povos tradicionais, representam uma grave ameaça à sobrevivência e autonomia sociocultural dos
povos. O megaprojeto de Belo Monte teve um grande impacto ambiental na região, devido ao
desmatamento, diminuição da vazão do Rio Xingu, destruição e alterações nos ecossistemas, que
impactaram o modo de vida das populações tradicionais e indígenas, que não foram consultados
sobre a construção do Belo Monte, sendo um infeliz exemplo de etnocídio aos povos indígenas
[19].
Devido a extensão e a larga escala dos empreendimentos, seja para plantação de monoculturas,
megaprojetos ou mineração ao céu aberto, o neoextrativismo realiza uma ocupação intensiva do
território e consequente grilagem de terras, redefinindo e aprofundando os conflitos de terra e
gerando grandes concentrações de terra. O Atlas do Agronegócio [20] mostrou que a América
Latina possui a maior concentração de terras no mundo, onde 51,19% das terras agrícolas
pertencem a apenas 1% dos proprietários rurais.

Para além do discurso

O discurso de governos “progressistas” que viam as problemáticas do neoextrativismo como


contrapartidas necessárias para melhorias gerais na sociedade se mostrou falso. De fato, houve uma
diminuição da pobreza na América Latina na primeira década do século XXI. Segundo dados da
CEPAL:

“A queda da pobreza na Região é clara quando se é observada a tendência geral entre 2002-2009. Por
exemplo, na Argentina caiu de 21% em 2006 para 11,3% em 2009, no Brasil de 25,8% em 2008 para 24,9%
em 2009 e no Chile de 13,7% em 2006 para 11,5% em 2009. O percentual de pobreza também caiu no
Paraguai (de 58,2% em 2008 para 56% em 2009), na República Dominicana (de 44,3% em 2008 para 41,1%
em 2009) e no Uruguai (de 14% em 2008 para 10,7% em 2009).” (https://www.cepal.org/pt-
br/comunicados/pobreza-america-latina-cai-2010-retoma-tendencia-pre-crise. Acesso em 31/07/2021)

Porém, a partir de 2014, vemos uma tendência de aumento da pobreza e extrema pobreza na região,
aumentando substancialmente com a pandemia. Além disso, Svampa (2019) mostra que estudos
recentes afirmam que a redução da pobreza não se refletiu numa redução da desigualdade:

“Pesquisas inspiradas nos estudos de Thomas Piketty, concentradas nos setores super-ricos, que consideram
as declarações fiscais das camadas mais rica da população, mostram que, em países como Argentina, Chile e
Colômbia, 1% da população detém entre 25% e 30% da riqueza (Kessler, 2016, p.26). Outras pesquisas,
realizadas no Brasil, um dos países mais desiguais da região, questionaram a diminuição da desigualdade
entre 2006 e 2012. Os trabalhos do Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea) mostram um aumento da
desigualdade, já que em 2012 o 1% mais rico detinha 24,4% da renda do país, sendo que em 2006 essa
porcentagem era de 22,8%. Entre os 10% mais ricos, a renda passou de 51,1% a 53,8% no mesmo período
(Zibechi, 2015). Assim, ainda que a pobreza extrema no Brasil tenha se reduzido, e o consumo, se expandido,
as desigualdades persistem e inclusive aumentam ligeiramente.” (SVAMPA, 2019, p. 139)

Isso ocorreu porque não houve mudanças estruturais na sociedade, e a inclusão social se deu pelo
principalmente pelo consumo. Os governos “progressistas”, não querendo mexer no interesse das
burguesias nacionais e internacionais, não realizaram nenhuma reforma mais profunda na
sociedade, como a tributária ou agrária, para dar dois exemplos. Apesar de um discurso populista,
esses governos contavam com a sorte para a manutenção da alta dos preços das commodities e
assim manter as políticas de inclusão social. Houve assim, um aprofundamento da dependência
externa, inclusive com uma orientação dos mercados latino-americanos à China. Além da falta de
reformas mais estruturais, não há nessas lideranças e partidos “progressistas” uma vontade genuína
de mudança de sociedade, ou seja, em direção ao socialismo. Apesar do discurso, esses governos
serviram e continuam servindo aos interesses das burguesias nacionais e internacionais. E em troca
disso, a degradação ambiental continua e a classe trabalhadora sofre as consequências sociais dessas
políticas.
O ascenso de governos de direita e extrema direita aprofundam a degradação ambiental, como é o
caso do governo Bolsonaro. Porém como demostrado neste texto, não é possível ter ilusões em
governos “progressistas” em relação a uma política ambiental consequente com os perigos que se
avizinham. Independente do espectro político, nenhum governante no capitalismo trará as mudanças
necessárias. A mudança na sociedade partirá daqueles que lutam por um mundo em equilíbrio com a
natureza e socialmente justo: os povos indígenas, as populações tradicionais e a classe trabalhadora.

1. Karl Marx, O Capital, Livro I, Boitempo, 2013, p. 821.


2. Ibidem, p. 823
3. Rosa Luxemburgo, A acumulação do Capital, 1912.
4. David Harvey, O novo imperialismo, Edições Loyola, 2014
5. Ibidem, p. 121
6. Alguns autores que se debruçam sobre o tema são Alberto Acosta, Ulrich Brand, Maristella
Svampa, Eduardo Gudynas, Emiliano Terán Mantovani e Jürgen Schuldt.
7. Alberto Acosta & Ulrich Brand, Pós-extrativismo e decrescimento, Editora Elefante, 2018.
8. Maristella Svampa, As fronteiras do neoextrativismo na América Latina, Editora Elefante, 2019.
9. Pierre Salama, China-Brasil: industrialização e “desindustrialização precoce”, Cadernos do
Desenvolvimento, Rio de Janeiro, v. 7, n. 10, p.229-251, jan.-jun. 2012.
10. BOLÍVIA. Constitución (2009). Constitución de la República del Bolívia, 2009. Disponível em:
<http://pdba.georgetown.edu/Constitutions/Bolivia/bolivia09.html> Acesso em 31/07/21.
11. EQUADOR. Constittución (2008). Constitución de la República del Ecuador, 2008. Disponível
em: <https://siteal.iiep.unesco.org/pt/bdnp/290/constitucion-republica-ecuador> Acesso em
31/07/21.
12.Ver mais: <https://conaie.org/2015/12/08/alarma-gobierno-ecuatoriano-anuncia-nuevo-paquete-
de-reformas-a-la-constitucion-propone-levantar-la-prohibicion-al-ingreso-de-transgenicos/> Acesso
em 31/07/21.
13.Ver mais: <https://www.lostiempos.com/actualidad/economia/20170806/garci<a-acusa-
ambientalistas-coloniales-desconocer-necesidades-sociales> Acesso em 31/07/21.
14. Ver mais: <https://cimi.org.br/2013/05/34820/> Acesso em 31/07/21.
15. Ver mais: <https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2020/09/na-onu-bolsonaro-diz-haver-
cobica-internacional-sobre-amazonia-e-acusa-ongs.shtml> Acesso em 31/07/21.
16. Ver mais: <https://www.globalwitness.org/pt/global-witness-records-the-highest-number-of-
land-and-environmental-activists-murdered-in-one-year-with-the-link-to-accelerating-climate-
change-of-increasing-concern-pt> Acesso em 31/07/21.
17. Colectivo Voces de Alerta. 15 mitos y realidades sobre la mineracion transnacional em
Argentina. Buenos Aires: El Colectivo/Herramienta, 2011
18. Eduardo Viveiros de Castro, Sobre a noção de etnocídio, com especial atenção ao caso
brasileiro. Museu Nacional, UFRJ, 2015.
19. A entrevista com Thais Santi consegue detalhar a tragédia que foi Belo Monte:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2014/12/01/opinion/1417437633_930086.html>. Acesso em
31/07/21.
20. Atlas do Agronegócio, 2018. Disponível em
<https://br.boell.org/sites/default/files/atlas_agro_final_06-09.pdf>. Acesso em 31/07/21.

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