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UNIVERSIDADE CEUMA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ADRIENE MACIEL
GLEYCIANE FONSECA
JOÃO FERREIRA LIMA NETO
JOAO CARLOS PIMENTEL
LUZINEI PEREIRA BARBOSA

INTERVENÇÕES URBANAS NO RIO DE JANEIRO DE 1900 a 1930.

SÃO LUÍS
2016
ADRIENE MACIEL
GLEYCIANE FONSECA
JOÃO FERREIRA LIMA NETO
JOAO CARLOS PIMENTEL
LUZINEI BARBOSA

INTERVENÇÕES URBANAS NO RIO DE JANEIRO DE 1900 a 1930.

Trabalho apresentado como requisito para


obtenção de nota na Disciplina de Planejamento
Urbano Regional 10º período, Curso de Engenharia
Civil da Universidade CEUMA.

Prof. José Carlos Matos Junior

SÃO LUÍS
2016
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 5
2 A REFORMA DE PEREIRA PASSOS.......................................................... 5
2.1 PRINCIPAIS OBRAS DE PEREIRA PASSOS ........................................... 7
2.1.1 TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO ........................................ 7
2.1.2 PALÁCIO MONROE ............................................................................... 9

3 A REFORMA DE PAULO DE FRONTIN .................................................... 13


4 A REFORMA DE CARLOS SAMPAIO....................................................... 18
4.1 PRINCIPAIS OBRAS DE CARLOS SAMPAIO ........................................ 20

5 PLANO AGACHE – 1926 – 1930 ............................................................... 22


5.1 O PLANO É ELABORADO EM TRÊS PARTES:...................................... 23
5.2 AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PLANO SÃO: ........................ 23

6 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 24
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 ....................................................................................................................................... 7
Figura 2 ....................................................................................................................................... 8
Figura 3 ....................................................................................................................................... 9
Figura 4 ..................................................................................................................................... 10
Figura 5 ..................................................................................................................................... 10
Figura 6 ..................................................................................................................................... 11
Figura 7 ..................................................................................................................................... 12
Figura 8 ..................................................................................................................................... 13
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1 INTRODUÇÃO

Inicialmente este trabalho pretende abordar as reformas Urbanas na cidade


do Rio de Janeiro no periodo entre 1900 a 1930.

2 A REFORMA DE PEREIRA PASSOS.

Influência do Urbanismo de Haussmann no Brasil, no Rio de Janeiro, as


reformas feitas por Pereira Passos entre os anos de 1902 - 1906 seguem o conceito
Haussmanniano.
Em 1902, no Governo de Rodrigues Alves, assumiu o cargo de Prefeito do
Distrito Federal, Francisco Pereira Passos, um ousado reformador, que apesar de
seus sessenta e seis anos de idade ainda mantinha uma energia pouco comum e
grande capacidade de trabalho, ele submeteu o Distrito Federal a uma reforma de
ponta a ponta, com o apoio do Presidente através de seus recursos abundantes,
resultantes da expansão do mercado internacional do café e da borracha. Pereira
Passos destruiu e arrasou o que estava feito e construiu no seu lugar, o núcleo
básico de uma nova cidade, moderna e arejada.

Desde os anos 80 do Século XIX, diversas modificações se processaram na


mentalidade dos brasileiros, principalmente médicos e engenheiros, que começaram
a se inspirar nos avanços da ciência e queriam "civilizar" a cidade que vivia imensos
problemas ligados à pobreza e à escravidão, Pereira Passos e Osvaldo Cruz faziam
parte deste grupo.
O projeto da Reforma foi realizado por Pedro Américo de Sousa Rangel que o
submeteu ao Engenheiro Nascimento Silva em 13 de abril de 1903, com bastantes
detalhes e uma previsão orçamentária para sua execução. Levado ao Prefeito foi
aprovado em 1o de setembro de 1903 sob o título de: Embelezamento e
Saneamento da Cidade. O projeto foi executado sem alterações profundas.
A Reforma, que era formada de 196 projetos, contemplava: o re-ordenamento
e extensão da malha de circulação viária; escoamento de águas pluviais; indução e
desenvolvimento da produção; reaproveitamento do solo urbano; melhoramentos
dos serviços a cargo da Prefeitura; abertura de escolas primárias; ampliação do
atendimento médico de ordem pública e delineamento de horizontes futuros. Tinha
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como linha mestra a abertura de avenidas litorâneas que facilitassem o acesso de


uma extremidade a outra da cidade, em um sistema que com o reforço da abertura
posterior de túneis, vem atualmente, um século depois se completando.
Esta grande obra de remodelação tinha como ponto principal a abertura
da Avenida Central, que teve suas obras iniciadas em 1904, rasgou todo o centro da
cidade da Praça Mauá até a Avenida Beira Mar, com 33 metros de largura e 1.800
metros de comprimento, tendo no seu eixo o Pão de Açúcar, símbolo da cidade. O
Projeto da Avenida Central foi chefiado pelo Engenheiro André Gustavo Paulo de
Frontin.
A Avenida exigiu para sua abertura a demolição de cerca de 600 prédios
velhos do centro da cidade, obra que ficou conhecida como "bota-abaixo". Em vinte
meses, Pereira Passos enfrentou preconceitos, desalojou milhares de pessoas,
deslocou centenas de estabelecimentos comerciais, removeu escombros, loteou o
terreno, fez instalações de esgoto, água, luz e eletricidade, nivelou, calçou,
arborizou, numa obra que honrou quem a executou e quem a determinou.
Em pouco mais de três anos, 1903 a 1906 foram arrasadas áreas inteiras,
espantando a população marginal que se alojava em cortiços e casas de cômodo.
Esta obra foi a maior que a cidade já vivenciou e tinha como parte essencial o
saneamento básico e a higienização visando erradicar as doenças da cidade, tarefa
entregue ao cientista Oswaldo Cruz, microbiologista que estudou no Instituto Pasteur
em Paris e que, em 1902, era Diretor do Instituto de Manguinhos, atual Instituto
Oswaldo Cruz.
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Figura 1

Fonte: 1

Oswaldo Cruz lançou uma grande campanha para combater a febre amarela e
a varíola tornando a vacina obrigatória. Foi abolido da cidade tudo que podia enfear
e que fosse contra a ordem sanitária, para isto foram afastados os animais que
tinham livre trânsito pelo centro da cidade e a população teve que mudar de hábitos,
até os tradicionais "quiosques" foram considerados nefastos devido à sujeira que
traziam.

2.1 Principais obras de Pereira Passos

2.1.1 TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

Um dos mais imponentes e belos prédios do Rio de Janeiro, o Theatro


Municipal foi inaugurado em 14 de julho de 1909. Erguido de frente para a Praça
Floriano, conhecida como Cinelândia, no centro da cidade, o Theatro Municipal é a
principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do
Sul. Sua história é fascinante e se mistura com a trajetória da cultura do País. Ao
longo de pouco mais de um século de existência, o Theatro tem recebido
os maiores artistas internacionais, assim como os principais nomes brasileiros, da
dança, da música e da ópera.
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A ideia de um teatro nacional com uma companhia teatral estatal já existia


desde meados do século XIX e foi defendida, entre outros, pelo grande ator e
empresário João Caetano. Mas o projeto só começou a ganhar consistência no final
daquele século, com o empenho do dramaturgo Arthur Azevedo (1855-1908). A luta
incansável de Azevedo foi travada nas páginas dos jornais e acabou por trazer
resultados. O dramaturgo, entretanto, não viveu o suficiente para ver seu sonho
concretizado, morrendo nove meses antes do Theatro ser inaugurado.

Prefeito do Distrito Federal, entre os anos de 1902 e 1906, o engenheiro


Pereira Passos o planejou como o toque final da reforma que realizou na cidade do
Rio de Janeiro, sendo o Theatro construído com base na fusão do projeto
arquitetônico de Francisco de Oliveira Passos, com o de Albert Guilbert, que haviam
empatado no concurso organizado para o projeto do novo teatro. O desenho do
prédio foi inspirado no da Ópera de Paris, construída por Charles Garnier.

Figura 2

Fonte: 2 FONTE: GOOGLE


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Figura 3

Fonte: 3

http://www.aventritur.com.br/2015/12/theatro-municipal-do-rio-de-janeiro.html

2.1.2 PALÁCIO MONROE

Os cariocas mais velhos se lembram com saudosismo e os mais novos nem


sequer ouviram falar. O que existe hoje no final da Avenida Rio Branco, entre a
Cinelândia e a Baía de Guanabara, são apenas um estacionamento subterrâneo e
uma praça feiosa e pouco frequentada. Não se vê nenhum vestígio do imponente
Monroe, o palácio que abrigou o Senado entre 1925 e 1960. A construção foi
demolida em 1976. Desapareceu como se nunca tivesse existido.
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Figura 4

Fonte: 4

Figura 5

Fonte: 5 http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/05/04/que-fim-levou-o-palacio-
monroe

1903 - Inauguração do Pavilhão da Praça XV


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Figura 6

Fonte: 6

1903 - Prolongamento da Rua do Sacramento (atual Avenida Passos) até a


Rua Marechal Floriano
1903 - Inauguração do Jardim do Alto da Boa Vista
1903 a 1904 - Alargamento da antiga Rua da Prainha (atual Rua do Acre)
1904 - Construção do Aquário do Passeio Público
1904 - Obras na Rua 13 de Maio
1905 - Início da Construção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro (inaugurado
em 1909)
1905 - Inauguração da nova estrada da Tijuca
1905 - Alargamento e prolongamento da Rua Marechal Floriano até o Largo de
Santa Rita
1905 - Alargamento da Rua do Catete
1905 - Alargamento e prolongamento da Rua Uruguaiana

1905 - Inauguração da Avenida Central (atual Avenida Rio Branco), marco de


sua administração.
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Figura 7

Fonte: 7

1905 - Inauguração da Escola-Modelo Tiradentes

1905 - Abertura da Rua Gomes Freire de Andrade

1905 - Abertura da Avenida Maracanã

1906 - Alargamento da Rua da Carioca

1906 - Inauguração da fonte do Jardim da Glória

1906 - Inauguração da nova Fortaleza na Ilha de Lage


1906 - Inauguração do palácio da exposição permanente de São Luiz (futuro
Palácio Monroe)
1906 - Conclusão das obras de melhoramento do porto do Rio de Janeiro e do
Canal do Mangue
1906 - Inauguração das obras de melhoramento e embelezamento do Campo
de São Cristóvão
1906 - Aterramento das praias do Flamengo e Botafogo, com construção de
jardins;
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1906 - Inauguração do alargamento da Rua 7 de Setembro , entre as avenidas


Central e Primeiro de Março

1906 - Inauguração da Avenida Beira-Mar

Figura 8

Fonte: 8

1906 - Reforma do Largo da Carioca


1906 - Construção do Pavilhão Mourisco, em Botafogo [4]
1906 - Construção do Restaurante Mourisco, próximo à estação das barcas, no
Centro
1906 - Melhorias no abastecimento de água da cidade.

3 A REFORMA DE PAULO DE FRONTIN

Em 1919, o Vice-Presidente Delfim Moreira, que exerceu a Presidência da


República com a morte de Rodrigues Alves convidou o engenheiro e senador André
Gustavo Paulo de Frontin para ser Prefeito carioca. Era o segundo carioca a
administrar a terra em que nasceu, o primeiro foi o Dr. Carlos Leite Ribeiro em 1902.
Paulo de Frontin era um dos engenheiros mais famosos do país e foi professor
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ilustre da Escola Politécnica, resolveu dar continuidade à Reforma iniciada por


Pereira Passos, na qual teve uma grande participação, dizendo que faria apenas um
"modesto programa de obras".
Concentrou suas obras na Zona Sul da cidade, tendo dado prosseguimento à
construção da Avenida Atlântica que foi duplicada e adquiriu sua extensão atual,
construiu o Cais da Urca que permitiu que Carlos Sampaio depois projetasse
a Avenida Portugal. Construiu a Avenida Delfim Moreira no Leblon em continuação
da Avenida Vieira Souto de Ipanema.
Abriu a Avenida Niemeyer na encosta entre o mar e a montanha, ao longo do
Maciço dos Dois Irmãos, que é até hoje uma via turística de onde se descortina um
dos mais belos panoramas do Rio de Janeiro. Junto com o Elevado das Bandeiras é
considerado um dos mais encantadores passeios da cidade, do tipo das estradas da
Cote D’Azur.
Reurbanizou o Rio Comprido incluindo a abertura da Avenida Rio Comprido,
que no dia da inauguração foi rebatizada pelo povo de Avenida Paulo de Frontin e
construiu pontes nos cruzamentos das ruas: Haddock Lobo, Joaquim Palhares,
Itapiru e no Largo do Rio Comprido. Suas obras atingiram o Alto da Boa Vista e
Santa Teresa.
No Centro da cidade abriu a Rua Alcindo Guanabara nas terras do Convento
da Ajuda, ligando a Rua Senador Dantas à Praça Floriano Peixoto. Abriu a Avenida
Presidente Wilson, como prolongamento da Avenida Beira Mar indo até o
Calabouço. Teve obras executadas na Ilha do Governador e até em subúrbios
distantes como Santa Cruz, Campo Grande e Guaratiba.
Perfurou o Túnel João Ricardo com largura de 13,20 metros e comprimento
de 335 metros ligando as Ruas Bento Ribeiro, antiga João Ricardo à Rua Rivadávia
Correia, antiga Rua da Gamboa, facilitando a comunicação entre a Estação D. Pedro
II, o centro da cidade e a área portuária.

Paulo de Frontin foi Prefeito por apenas seis meses, mas seu trabalho foi imenso,
quando Epitácio Pessoa tomou posse substituiu Paulo de Frontin pelo Bacharel
Milcíades Mário de Sá Freire na Prefeitura.
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A Avenida Atlântica ganhou a cara definitiva na gestão Paulo de Frontin, em 1918 com o
paredão de pedra entre o Leme e a Igrejinha.
http://copacabana.com/avenida-atlantica/#avenida
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em 22 de julho de 1919, foi inaugurada a nova Avenida Atlântica


A recém inaugurada Avenida Atlântica em 1919
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A obra da Avenida Niemeyer recebe a visita de Delfim Moreira e Paulo de Frontin, em 1919:
cidade em expansão - Augusto Malta / Arquivo IHGB

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/rio-450/livro-comemorativo-


dos-175-anos-de-fundacao-do-ihgb-tem-fotos-ineditas-do-rio-13546415#ixzz45idoayTo
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18

Avenida Delfim Moreira, Leblon, em 19/07/1919


http://rjantigo.blogspot.com.br/

4 A REFORMA DE CARLOS SAMPAIO

Carlos César de Oliveira Sampaio foi convidado pelo Presidente Epitácio


Pessoa para ser Prefeito do Distrito Federal e preparou a cidade para os festejos
comemorativos do 1º Centenário da Independência. Carlos Sampaio era engenheiro
e professor da Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Cercou-se de uma boa equipe
com o objetivo de executar a difícil terefa da qual foi incumbido.

A obra mais marcante e também polêmica de sua Administração foi o


desmonte do Morro do Castelo, para que a área fosse utilizada para a construção da
Exposição Internacional do 1º Centenário da Independência do Brasil. Carlos
Sampaio achava que nenhum outro Prefeito conseguiria realizar a tarefa do
desmonte da colina para onde em 1567, Mem de Sá havia transferido a cidade do
Rio de Janeiro, mas considerava necessária a demolição, porque achava que o
Morro era um embaraço para ventilação da cidade e seu saneamento.
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Foto mostrando o desmonte do morro

O desmonte foi realizado por jato d'agua sob pressão


20

http://nossarquitetura.blogspot.com.br/2015/02/o-berco-do-rio-de-janeiro-
morro-do.html

Tecnicamente, Carlos Sampaio ele não encontrava dificuldades porque já


havia chefiado o desmonte do Morro do Senado. O material retirado foi usado para
aterrar a região ao longo da Praia de Santa Luzia e a Enseada da Glória até a Ponte
do Russel. A escavação a princípio foi mecânica, feita por escavadeiras e depois foi
utilizado o desmonte hidráulico de melhor rendimento e finalmente foram utilizadas
potentes bombas de maior eficiência.

O desmonte foi realizado e no ano do Centenário já se pode utilizar grande


parte da área aterrada para a Exposição e o restante do aterro até o Russel
continuou sendo realizado até 30 de setembro de 1922. No lugar onde existia o
Morro do Castelo surgiu a Esplanada do Castelo, mas a cidade perdeu o seu berço.

4.1 PRINCIPAIS OBRAS DE CARLOS SAMPAIO

 Construção do Hotel Sete de Setembro no Morro da Viúva, hoje transformado


na Escola de Enfermeiras Ana Néri.
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Figura 6: Hotel Sete de Setembro

 Construção de um conjunto arquitetônico incorporado à Exposição do


Centenário constituído de um teatro e um cassino, unidos por uma pérgula,
no Passeio Público, mais tarde demolido na Administração de Henrique Dodsworth.

 Construção das escolas: Celestino Silva na Rua do Lavradio e Pereira Passos


na Praça Condessa de Frontin e também o novo prédio da Escola Epitácio Pessoa
na Avenida Paulo de Frontin.

 Construção da ponte de embarque na Praia da Ribeira na Ilha do Governador.

 158 logradouros em toda a cidade receberam calçamento, reposição, reparos


e conservação.

 Abertura da Avenida Portugal na Urca, com 1915 metros pavimentados a


macadame betuminoso e a Avenida Rui Barbosa permitindo uma segunda ligação
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entre os bairros de Flamengo e Botafogo, circundando o Morro da Viúva.


Reconstruiu a Avenida Atlântica semidestruída por uma ressaca.
 Abertura da Avenida Epitácio Pessoa em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas e
construção de dois canais para saneamento da lagoa: o de comunicação com o mar
no Jardim de Alah e o interceptador da Avenida Visconde de Albuquerque destinado
a recolher águas pluviais da vertente da Serra do Corcovado, desviando da lagoa as
águas doces que passaram a ser diretamente conduzidas ao mar. Estes canais
foram projetados por Saturnino Rodrigues de Brito.
 Abertura, saneamento e urbanização da Avenida Maracanã que facilitou o
tráfego para os bairros da Tijuca e Vila Isabel. Nesta época foram construídos 3 km
da Avenida que serviu também para diminuir o problema das inundações na região.

Carlos Sampaio veio complementar a Reforma de Pereira Passos, dando ao


Rio de Janeiro a fisionomia atual da madura metrópole. Os grandes prédios da
Esplanada do Castelo foram construídos mais tarde, a partir do Estado Novo de
Getúlio Vargas.
Em 1921 o Engenheiro Pedro Fernandes Viana da Silva, realizou o Projeto
no 1420, que estabelecia a abertura do Túnel Catumbi – Laranjeiras e a abertura da
Rua Pinheiro Machado. Este projeto, no entanto, só foi realizado nos anos 50 com a
abertura do Túnel Santa Bárbara.

5 Plano AGACHE 1926 – 1930

Alfred Hubert Donat Agache – arquiteto francês – fez o primeiro Plano Diretor
para a cidade do Rio de Janeiro (grupo de técnicos estrangeiros) – 1926 a 1930.
A cidade é elaborada de forma global, com atenção especial para a área
central – aspectos estéticos e de saneamento – Plano de Remodelação e
Embelezamento. O Plano é somente físico territorial, não é de desenvolvimento,
enfoca três funções da cidade: “circulação, digestão e respiração”. É ressaltada a
questão do embelezamento – é um típico plano diretor quando produz um retrato
das condições futuras da cidade e compara com a cidade ideal; tem objetivo de
ordenar a cidade – ZONEAMENTO e LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA; apresenta para
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a cidade duas funções: político-administrativa por ser a Capital e econômica, como


porto e mercado comercial e industrial.

5.1 O plano é elaborado em três partes:

1ª. – Componentes antropogeográficos do Distrito Federal, o Rio de Janeiro


como um todo e os grandes problemas sanitários;

2ª. – Trata da essência do plano, o modelo de cidade ideal e como atingi-la;

3ª. – Dedicada ao saneamento. Em anexo ao plano são feitos projetos de


legislação visando regulamentar as propostas.

5.2 As principais características do Plano são:

O instrumento de intervenção é o ZONEAMENTO – são propostas várias


tipologias habitacionais (populares) e uma política territorial; e dado enfoque global;
a favela para Agache é uma escolha – a solução é construção de habitações a
preços baixos ou subvencionadas pelo Estado;
Sistema viário – é descrito dentro de uma visão orgânica da cidade; é uma
das principais funções: circular; preocupação com sistema de transportes – deve ser
integrado (necessidade de eliminar os bondes); propõe abertura de artérias
principais e criação de vias de comunicação entre os bairros e construção de rede
de metropolitano;
O sistema ferroviário desempenha papel importante – serve à zona industrial
e subúrbios.
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6 REFERÊNCIAS

http://www.aventritur.com.br/2015/12/theatro-municipal-do-rio-de-janeiro.html
acesso em 09/04/2015

http://xvienanpur.com.br/anais/?page_id=26 acesso em 09/04/2015

http://www.marcillio.com/rio/hirevref.html acesso em 08/04/2015

https://travessario.com/livraria-da-travessa/a-cidade/reformas-urbanas acesso em
10/04/2015

https://arquitetandoblog.wordpress.com/2007/06/23/reformas-urbanas-rio-de-janeiro-
seculo-xx/ acesso em 10/04/2015

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