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FÓRUM FORUM 855

Saúde e povos indígenas no Brasil: reflexões


a partir do I Inquérito Nacional de Saúde e
Nutrição Indígena

Health and indigenous peoples in Brazil: reflections


based on the First National Survey of Indigenous
People's Health and Nutrition

Salud y pueblos indígenas en Brasil: reflexiones


desde la Primera Encuesta Nacional de Salud y
Nutrición Indígena

Carlos E. A. Coimbra Jr. 1

Abstract Resumo

1Escola Nacional de Saúde The current configuration of indigenous peoples’ A configuração atual da saúde dos povos indí-
Pública Sergio Arouca,
Fundação Oswaldo Cruz,
health in Brazil results from a complex historical genas no Brasil resulta de complexa trajetória
Rio de Janeiro, Brasil. trajectory, responsible for major delays for this histórica, responsável por grandes atrasos para
population segment in the countrywide social os indígenas em relação aos avanços sociais ve-
Correspondência
C. E. A. Coimbra Jr. advances seen in recent decades, particularly rificados no país ao longo das últimas décadas,
Departamento de Endemias in the fields of health, education, housing, and particularmente nos campos da saúde, educa-
Samuel Pessoa, Escola
sanitation. The main focus of this contribution ção, habitação e saneamento. O principal foco
Nacional de Saúde Pública
Sergio Arouca, Fundação is to review synthetically a selection of the main dessa contribuição é rever sinteticamente uma
Oswaldo Cruz. results of the First National Survey of Indigenous seleção dos principais resultados do I Inquérito
Rua Leopoldo Bulhões 1480,
People's Health and Nutrition, conducted in the Nacional de Saúde e Nutrição Indígena, reali-
Rio de Janeiro, RJ 21041-210,
Brasil. period 2008-2009, which visited 113 villages zado entre 2008-2009, e que visitou 113 aldeias
coimbra@ensp.fiocruz.br across the Brazil and interviewed 6,692 women em todo o país, tendo entrevistado 6.692 mulhe-
and 6,128 children. Among the results, emphasis res e 6.128 crianças. Dentre os resultados, é dado
is given to the observed poor sanitation condi- destaque às deficientes condições de saneamento
tions in villages, high prevalence of chronic mal- verificadas nas aldeias, à elevada prevalência de
nutrition, anemia, diarrhea, and acute respira- desnutrição crônica, anemia, diarreia e infec-
tory infections in children, and the emergence of ções respiratórias agudas na criança, e à emer-
non-communicable chronic diseases in women. gência de doenças crônicas não transmissíveis
The scenario depicted by this survey requires ur- na mulher. O cenário delineado a partir do In-
gent critical review of indigenous health policy quérito impõe urgente revisão crítica da política
in order to better meet the health needs of Bra- de saúde indígena, com vistas a melhor atender
zil’s indigenous population. às necessidades de saúde do segmento indígena
da população brasileira.
Indigenous Population; Ethnic Groups; Health
Policy; Health of Indigenous Peoples População Indígena; Grupos Étnicos; Política de
Saúde; Saúde de Populações Indígenas

http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00031214 Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 30(4):855-859, abr, 2014


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Introdução estadual, com foco em diferentes aspectos rela-


cionados à saúde, nutrição e alimentação, são re-
A configuração atual da saúde dos povos indí- alizadas no Brasil desde a década de 1970, porém
genas no Brasil resulta de complexa trajetória não incluem os povos indígenas 9,10.
histórica marcada por conflitos fundiários asso- Especificamente, o Inquérito Nacional foi
ciados à expansão das fronteiras demográficas realizado entre 2008-2009 e teve por objetivo
nacionais, degradação ambiental e, em muitos caracterizar o estado nutricional de mulheres
casos, omissão por parte do Estado. Para os po- entre 14 e 49 anos de idade e crianças meno-
vos indígenas, isso resulta em grande atraso em res de cinco, com base em uma amostra proba-
relação aos avanços sociais verificados no país ao bilística representativa da população indígena
longo das últimas décadas, particularmente nos residente em aldeias de quatro macrorregiões
campos da saúde, educação, habitação e sanea- do país, a saber: Norte, Nordeste, Centro-oeste
mento. Estudos realizados em diversas etnias a e Sul/Sudeste. Ao final, foram visitadas 113 al-
partir dos anos de 1990 têm destacado o contexto deias (91,9% do planejado) e entrevistadas 6.692
das desigualdades sociais em saúde que marcam mulheres e 6.128 crianças 11. No presente, os da-
a fronteira entre ser indígena e não indígena no dos coligidos durante o Inquérito Nacional estão
Brasil 1,2. Em outras palavras, ser indígena no sendo analisados e uma série de artigos enfo-
país implica maior chance de não completar o cando os resultados mais relevantes está sendo
primeiro ano de vida, sofrer de desnutrição e publicada 11,12,13.
anemia durante o período de crescimento, con-
viver com elevada carga de doenças infecciosas
e parasitárias e estar exposto a rápido processo Condições de saneamento
de transição nutricional, responsável pela emer-
gência de agravos como obesidade, hipertensão Como poderia ser antecipado, o Inquérito Na-
arterial e diabetes mellitus, constatados em nú- cional apontou não apenas para a existência de
mero crescente de comunidades 3,4,5. importantes diferenças inter-regionais entre as
É evidente que, salvo alguns poucos estu- aldeias das quatro macrorregiões estudadas, mas
dos que debruçaram sobre a análise de dados em um plano mais amplo, para grandes iniquida-
existentes em grandes bancos como o Sistema des em saúde entre o Brasil indígena e não indí-
de Informação sobre Mortalidade (SIM), Siste- gena. Somente 19% dos domicílios indígenas em
ma de Informação de Vigilância Epidemiológica todo o país dispõem de banheiro dentro de casa;
(SIVEP), Censo Demográfico Decenal ou mes- 30,6% dos respondentes indicaram defecar fora
mo o Sistema de Informação da Atenção à Saú- de casa, no “mato”; e 50% das latrinas estão loca-
de Indígena (SIASI), os estudos de comunidade lizadas fora de casa 11. Na Região Norte, apenas
disponíveis, por mais que relevantes em si, não 0,6% dos domicílios indígenas possuía instalação
permitem a extrapolação de seus resultados para sanitária dentro de casa!
contextos étnicos maiores ou macrorregionais. Independentemente do tipo e/ou localização
Por sua vez, os esforços no sentido de explorar as do sanitário ou latrina (se dentro ou fora de ca-
bases de informação existentes também esbar- sa), em cerca de 63% dos domicílios indígenas
ram em limitações importantes, com destaque no país os dejetos são coletados em fossas ru-
para a dificuldade de se identificar etnias espe- dimentares, sendo que este porcentual chega a
cíficas, aldeias ou mesmo terras indígenas (SIM 91% dos domicílios na Região Norte. Ou seja, as
e SIVEP, por exemplo, operam com o conceito aldeias indígenas praticamente não dispõem de
de “indígena” apenas como categoria de raça ou infraestrutura sanitária minimamente adequa-
cor, e mesmo o censo demográfico só permite a da e compatível com a tendência verificada no
identificação de etnia a partir do censo nacional restante do país. A pesquisa nacional de sanea-
realizado em 2010) 6,7,8. mento básico mais recente mostra um país onde
A realização do Inquérito Nacional de Saúde 90% dos domicílios apresentam algum tipo de
e Nutrição Indígena (daqui para frente referido recurso sanitário e, apesar de ainda insuficiente,
simplesmente como Inquérito Nacional) consti- aproximadamente 50% dos municípios brasilei-
tui um importante marco da saúde coletiva bra- ros têm esgotamento sanitário realizado por rede
sileira por ser a primeira iniciativa do gênero que coletora, o que abrange cerca de 80% da popula-
almejou uma amostra representativa da popula- ção geral 14,15.
ção indígena no país. É importante lembrar que Com relação à origem da água utilizada para
o Inquérito Nacional acontece com décadas de beber, a maioria dos domicílios indígenas referiu
atraso em relação ao contingente não indígena fontes locais, sem indicação de qualquer trata-
da população brasileira, visto que importantes mento prévio. Apenas no Nordeste a água proce-
pesquisas de abrangência nacional ou regional/ dente da rede pública teve algum destaque, mes-

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mo assim abrangendo apenas 28% dos domicí- Além dos déficits nutricionais que colocam
lios nesta região 11. No Norte, cerca de 40% dos a criança indígena em posição de larga desvan-
domicílios indígenas obtêm sua água em poços tagem quando comparada à criança brasileira
rasos ou a coletam diretamente em lagos ou cur- não indígena, o Inquérito Nacional evidenciou
sos d’água. Em todo o país, 55% dos domicílios elevadas prevalências de hospitalização por con-
indígenas usam poço artesiano como fonte para dições sensíveis à atenção básica nos 12 meses
obtenção de água. É importante frisar que, mes- que antecederam as entrevistas no campo –
mo quando a aldeia dispõe de poço artesiano, diarreia (37,2%) e infecção respiratória aguada
a água nem sempre chega às bicas, sejam estas (47,6%). Além disso, aproximadamente um quar-
coletivas ou privadas. Segundo várias lideranças to (23,6%) das crianças indígenas teve diarreia na
entrevistadas nas aldeias visitadas pelas equipes semana que antecedeu a entrevista 11.
do Inquérito Nacional, são comuns problemas Em linhas gerais, os resultados do Inquérito
como bomba d’água quebrada, falta de combus- Nacional estão em consonância com a literatu-
tível para ligar o motor gerador, registro defei- ra recente que tem sido produzida no país com
tuoso, ou mesmo encanamento furado ou cuja base em estudos em comunidades ou etnias es-
instalação se deu de maneira incompleta 11. pecíficas ou, mais raramente, bancos de dados
Quanto ao manejo do lixo doméstico, os ha- secundários de abrangência regional. Por exem-
bitantes de 79% do total de domicílios nas quatro plo, é somente dentre os estudos realizados em
macrorregiões referiram que o mesmo é enter- comunidades indígenas brasileiras que se en-
rado, queimado ou simplesmente jogado no en- contram referências a frequências de desnutri-
torno da aldeia. Em contraste, aproximadamen- ção crônica superior a 50% em crianças menores
te 40% das aldeias situadas no Nordeste contam de cinco anos, e da ordem de 80% de anemia
com o serviço púbico de coleta de lixo 11. nesta mesma faixa etária 17,18,19. Nas comunida-
O Inquérito Nacional põe em evidência a des indígenas onde a tuberculose é endêmica,
larga desvantagem que separa as comunidades mais de 60% das notificações têm sido reporta-
indígenas das não indígenas no país, sendo mar- das em crianças 20,21. É também entre as crianças
cante a deficiência de saneamento básico, mes- indígenas que ainda se observam coeficientes
mo em regiões onde o acesso às comunidades é de mortalidade infantil que podem chegar a im-
facilitado por estradas e as mesmas estão situa- pensáveis 97 óbitos em menores de um ano por
das próximas a centros urbanos. 1.000 crianças nascidas vivas, como entre os Xa-
vante 22, ou 29,6/1.000 entre os Gurani 23, dentre
outras etnias.
Saúde e nutrição da criança e da mulher No que se refere à mulher indígena no Brasil,
indígena o Inquérito Nacional revelou um cenário no qual,
assim como o da criança, o campo nutricional
No que se refere à criança indígena, o Inquérito assume preponderância. No entanto, ao invés de
Nacional revelou um quadro marcado pela des- desnutrição, o estado nutricional da mulher indí-
nutrição crônica 12. Cerca de um quarto (25,7%) gena é marcado pelo excesso de peso – 46% das
das crianças examinadas apresenta déficit de mulheres pesquisadas apresentaram sobrepeso
crescimento para idade sendo que, na região ou obesidade 11. Não obstante os indicadores
Norte, a prevalência de déficit estatural chega a antropométricos apontarem no sentido de “so-
40,8%. Para o leitor que vem acompanhando a brenutrição”, a prevalência de anemia é elevada
evolução da saúde coletiva no país, esses núme- (32,7%), chegando a 46,8% na Região Norte.
ros nos remetem a um Brasil de pelo menos qua- Ao abordar a saúde da mulher indígena, é
tro décadas atrás. Os resultados da última Pesqui- importante lembrar que estamos tratando de
sa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e mulheres que experimentam a maternidade ce-
da Mulher (PNDS-2006) 16 apontam para um ce- do em suas vidas e apresentam taxas de fecun-
nário muito mais favorável para o Brasil não indí- didade total elevadas, não raro ultrapassando 8
gena – a prevalência de déficit de crescimento em filhos por mulher. Os dados sobre a mulher in-
crianças nessa mesma faixa etária, por exemplo, dígena coligidos pelo Inquérito Nacional ainda
foi de 5,5% (14,7% na Região Norte). estão sendo analisados, mas já sabemos que a
A prevalência de anemia na criança indígena realização do pré-natal, estratégia considerada
verificada no Inquérito Nacional foi de 51,2% e, de suma importância tanto para a saúde da mu-
também neste caso, a região Norte apresentou lher como da criança indígena, em especial do
a frequência mais alta, com 66,4% das crian- recém-nascido, peca por sua irregularidade nos
ças anêmicas 13. Em contraste, a prevalência de quesitos cobertura e qualidade.
anemia na criança brasileira não indígena foi de A expectativa dos pesquisadores que rea-
20,9%, segundo a PNDS-2006 16. lizaram o Inquérito Nacional, assim como das

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lideranças indígenas das aldeias visitadas, com pouco conhecida) diversidade de cenários so-
as quais longas conversas foram travadas, é de cioculturais, ambientais e epidemiológicos nos
que esse esforço resulte em uma revisão crítica quais se inserem as 300 etnias indígenas reco-
da visão que persiste acerca da política de saúde nhecidas no último censo decenal brasileiro. A
indígena, particularmente nos órgãos governa- realização rotineira de inquéritos de base popu-
mentais, de seus determinantes socioepidemio- lacional com foco na saúde indígena e a ampla
lógicos e da atuação dos serviços de saúde des- disseminação de seus resultados devem ser vis-
tinados ao atendimento do segmento indígena tas como estratégicas para fornecer a informação
da população brasileira. As ações concretas em necessária não apenas ao melhor conhecimento
saúde indígena que se veem nas aldeias são tími- da epidemiologia dos povos indígenas, mas tam-
das e conservadoras, não dando conta da com- bém para que se avance nos campos da política e
plexidade do quadro apontado pelo Inquérito do planejamento das ações de saúde destinadas
Nacional no que diz respeito à grande (e ainda a essa população.

Resumen

La configuración actual de la salud de los pueblos indí- miento deficientes observadas en la población indígena,
genas de Brasil es resultado de una compleja trayectoria la alta prevalencia de la desnutrición crónica, anemia,
histórica, responsable de atrasos importantes –sufridos diarrea e infecciones respiratorias agudas en los niños y
por los indígenas–, en relación a los avances sociales la aparición de enfermedades crónicas no transmisibles
observados en el país durante las últimas décadas, so- en mujeres. El escenario descrito en la encuesta requiere
bre todo en los campos de salud, educación, vivienda y una urgente revisión crítica de la política de salud para
saneamiento. El centro principal de esta contribución es los indígenas, con el fin de satisfacer mejor las necesida-
presentar sintéticamente una selección de los principales des de salud del segmento de población indígena de la
resultados de la Encuesta nacional de salud y nutrición población brasileña.
indígena, realizada entre 2008-2009, compuesta por una
muestra de 113 aldeas indígenas en todo el país, habien- Población Indígena; Grupos Étnicos; Política de Salud;
do entrevistado a 6.692 mujeres y 6.128 niños. Entre los Salud de Poblaciones Indígenas
resultados, llaman la atención las condiciones de sanea-

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