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JOÃO HENRIQUE MIRANDA DA SILVA

CORRIJA CONFIGURAÇÃO E PAGINAÇÃO

HENRANÇA DIGITAL: REENCONTRO AO DIREITO SUCESSÓRIO

Ji-Paraná
2020
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JOÃO HENRIQUE MIRANDA DA SILVA

HENRANÇA DIGITAL: REENCONTRO AO DIREITO SUCESSÓRIO

Projeto de pesquisa apresentado ao


Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná
- UniSL, para obtenção de nota na
disciplina Trabalho de Conclusão de
Curso I, do curso de Direito, sob
orientação do Prof. Esp. Teófilo Lourenço
de Lima.

Ji-Paraná
2020
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2. PROBLEMATIZAÇÃO..............................................................................................4
4. OBJETIVOS..............................................................................................................7
5. JUSTIFICATIVA........................................................................................................8
6. REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................8
7. METODOLOGIA.....................................................................................................11
8. RECURSOS............................................................................................................12
9. CRONOGRAMA.....................................................................................................13
10. REFERÊNCIAS.....................................................................................................14
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1. INTRODUÇÃO

A sociedade contemporânea apresenta várias inovações tecnológicas trazendo um


novo modo de interação e até relação nos últimos anos. Vale destacar o avanço dos
celulares (smartphones), computadores e principalmente a internet, alcançando uma
espécie de democratização da comunicação, ainda não tão bem explorada, as redes
sociais ganhando espaço, para até criarem novas funções, como influenciador
digital, entre outros.
Ainda nesta linha há o compartilhamento de dados, o armazenamento de arquivos à
distância (nuvem) o que inegavelmente transformou o mundo mesmo que distante,
mais próximo, que mesmo uma notícia do outro lado do globo, chega em frações de
segundos, não só aproximando cada pessoa do planeta, em participante da vida de
países distantes, de cidades que nunca se ouviu falar em como se fosse uma cidade
ao lado de onde moramos.
Esta celeridade toda, trouxe também alguns desafios, de uma forma específica ao
universo do Direito, especialmente ao Poder Judiciário, para atender novas
demandas, novos litígios, ainda não alcançados pela lei.
Na divisa destes aspectos não enfrentados pelo ordenamento jurídico, pode se citar
situações já debatidas como, contratos eletrônicos de compra e venda, bem como
os limites dos direitos autorais, transações bancárias à distância, a criptomoeda,
entre outros temas impulsionados pela internet, que vai gerando novos fatos
jurídicos, não ventilados no Direito e menos ainda na lei.
Mais recentemente, inúmeros países tem se debruçados sobre o direito sucessório e
seu maior desafio, desenvolver um modo que a chamada herança digital possa ser
dignamente atendida aos herdeiros de fato, sem disputas, sem desrespeitar a
memória de quem já se foi, e ao mesmo tempo traçar um plano bem definido do que
vem a ser esta herança digital. Considerando, qual é o desejo de quem deixou este
patrimônio digital, e esta vontade seja respeitada sem haver desrespeito.
Na senda da pesquisa, os familiares tem direito a última vontade do falecido, até
para garantir o que há séculos se defende e pleiteia no direito civil, o respeito com a
última vontade. Outrossim, percebe-se que a dimensão dos problemas e as
possíveis consequências nas relações sucessórias são reais, e precisa de uma
manifestação legal.
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No Brasil como fazer testamento não é algo comum, a inexistência da declaração de


última vontade, certamente trará desconforto e muitas ações na justiça. Daí a
necessidade de se adiantar a este problema, apresentando possíveis soluções.
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2. PROBLEMATIZAÇÃO

O direito sucessório, atravessando séculos não enfrentou até então uma


situação que mexesse com outras disposições em sua base central, como com o
advento de uma nova forma de herança, a virtual, que possui verdadeiros tesouros
guardados em um armazenamento, sem contudo, não ter imaginado sequer o que
fazer, após o falecimento do proprietário deste patrimônio inestimável e que sem o
devido cuidado pode ficar abandonados, esquecidos, sem a transmissão aos
sucessores, não raro desconhecerem a existência de tal aspecto e a necessidade de
preservação.

Na senda desta questão pode se citar as “nuvens”, que guardam uma


infinidade de arquivos, informações, projetos ainda não concluídos, outros
terminados prontos para serem executados, imagens, trabalhos acadêmicos ricos de
valiosas informações, documentos, lembranças através de músicas, poemas, entre
tantas coisas armazenadas.

Destarte, podendo se considerar que não haja um valor econômico que


justifique a discussão imposta, terá que se observar o que se fará com todo este
acervo e sua riqueza, em caso de nada ser realizado, pois afinal, num número
assustador de pessoas tem alguma conta nos muitos sites de relacionamentos, para
se ter uma pálida ideia, o “Facebook”, uma das maiores destas redes, já tem um
espaço que se pode indicar, em caso de morte quem deverá cuidar de tudo
produzido, só neste site.

Desta feita, os familiares tem direito a última vontade do falecido, até para
garantir o que há séculos se defende e pleiteia no direito civil, o respeito com a
última vontade. Percebe-se que a dimensão dos problemas e as possíveis
consequências nas relações sucessórias são reais, e precisa de uma manifestação
legal.
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No Brasil como fazer testamento não é algo comum, a inexistência da


declaração de última vontade, certamente trará desconforto e muitas ações na
justiça. Daí a necessidade de se adiantar a este problema, apresentando possíveis
soluções.
Diante do quadro exposto, quais são as soluções possíveis para dirimir esta
questão da herança digital?
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3. HIPÓTESES

 O direito sucessório desde de sua idealização, trabalhou com a vertente de


considerar a última vontade da pessoa como algo que deve se respeitar e, em
caso de não haver ter uma opção justa, digna e respeitosa para com a
memória do de cujus.

 É hoje inconteste que há em vários países discussão sobre o tema e algumas


conclusões impulsiona a necessidade primeira, não há mais discussão ser o
conteúdo das nuvens um patrimônio, mesmo que digital a ser atribuído a
quem de direito.

 A legislação brasileira precisa tomar punho desta necessidade e a exemplo


de outros países gerar um panorama propício para solucionar a questão tão
importante e, que de forma nenhuma se pode se eximir.
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4. OBJETIVOS

 Alinhar o direito sucessório de bens físicos, seu desenvolvimento, como tem


sido realizado ao longo de tantos séculos e como buscar no exemplo tão bem
estabelecido, tratar dos bens virtuais com o mesmo rigor;

 Verificar as condições e limites no cenário do ordenamento brasileiro para


propositura de tal inovação sem comprometer a segurança jurídica e, valores
e princípios conquistados;

 Apontar a base estabelecida apresentando o instrumental a ser utilizado para


facilitar o caminho jurídico a ser utilizado, viabilizando seu uso, para aqueles
que assim desejarem desfrutem do direito disponível.
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5. JUSTIFICATIVA

A proposta aventada está longe de ser algo sem importância, ao contrário,


verifica-se a preocupação do Brasil de não ficar na retaguarda deste processo
mundial e ao longo dos anos foi se conquistando algumas vitórias nesta linha da
internet, como a Lei do Marco Civil da Internet (Lei n° 12.965/2014) e mais
recentemente a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/18), o que demonstra o
interesse em estar alinhado, com os demais países.

Avançar e evoluir é um processo natural, o mundo virtual faz parte do nosso


dia a dia, desde crianças e até idosos, hoje já aprenderam a viver no mundo digital,
de uma forma ou outra todos os dias temos algum tipo de contato, nem que mínimo,
nesta relação homem e internet.

Contudo, não basta apenas esta afinidade, ou envolvimento se faz mister


reconhecer que surgirão outros avanços, que haverá novas mudanças de
paradigmas, e como sociedade devemos estar preparados, pois a tecnologia a cada
minuto tem avançado, tem buscado implementar novas formas de facilitar a vida.
E o Direito não terá como fugir de sua missão de continuar atendendo as pessoas,
suas necessidades, seus desejos, e até manter direitos e desenvolver quiçá novos,
para podermos crescer como indivíduos. No quesito relações humanas, hoje já tão
mudado, se faz necessário, não esquecer que mudanças não atrapalham, ao
contrário, facilita e deve trazer mais facilidades.

O tema trata de um assunto dos mais complexos, a morte, e aqueles que


ficam, para continuar a jornada tendo como postulação a continuação do nome da
família e, também seu patrimônio seja real e virtual, esse é um legado que não se
pode abrir mão, pois, a sua importância é a pedra fundamental da humanidade, a
continuação da vida pelos sucessores, o Código Civil, trata desta questão de forma
muito firme, pois entende que a sociedade, se estabelece e se perfaz através de
cada família.
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6. REFERENCIAL TEÓRICO

As pessoas querem manter viva a memória, sentir como tivesse uma parte da
pessoa que se foi, e não abrem mão disso nem que tenham que processar para
conseguir seu intento. É evidente que tudo fica mais fácil se houver uma regulação
legal sobre a questão, haverá muito menos litígios, pois as pessoas serão atendidas
no seu maior momento de dor.
Nos idos de 2013 uma pesquisa realizada pela empresa de segurança digital
McAfee sobre o Valor dos Ativos Digitais no Brasil, mostrou que o valor médio
imaginado pelos brasileiros aos seus patrimônios digitais é de mais de R$
200.000,00 (duzentos mil reais). Os entrevistados indicaram que 38% de seus bens
digitais são insubstituíveis, volume avaliado em mais de R$ 90.000,00 (noventa mil
reais). (Informação publicada no site “www.tecnologia.terra.com.br/decida-quem-
ficara-com-seus-mp3-e-e- books-quando-voce-morrer”, acessada em 12 de junho de
2013, 21h21.) reveja a forma de citar a fonte, nesta e em tofdas

Pode-se perceber que a discussão sobre o tema não é novo, já existe a


algum tempo, contudo, não foi feito ainda nada de concreto para que o quadro fosse
alterado, permanecendo aqueles que compreendem e desejam este tratamento, ter
que viver da dependência da jurisprudência sem, por tanto, ter seu direito
reconhecido legalmente.

O Código Civil que deveria contemplar a questão, não tem disposição legal
que taxativamente aponte o caminho. Assim, a base para solicitar esta herança
digital é a interpretação lógica, o que em tese não soluciona a questão, ao contrário,
como é interpretativo, pode haver alguns equívocos. Para não haver dúvida veja o
que diz “Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade”. E
se não houver, como é comum e nossa cultura desvalida de conhecimento mínimo
sobre a questão? (LACERDA, 2017, p. 183).

No Código Civil os artigos seguintes, Art. 1.784, Art. 1.788, Art. 1.829; nem
resvala na herança digital, nem de leve, o que ocasiona, sem dúvida alguma,
problemas na hora que se verifica por exemplo que a pessoa possui “Bitcoins”, como
uma criptomoeda será dividida? (GONÇALVES, 2012, 163).
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A complexidade do tema não é de fácil solução, e ainda temos um legislativo


pouco produtivo, veja que há dois projetos em trâmite na Câmara dos Deputados, os
Projetos de Lei que tratam da Herança Digital no Brasil - PL 4099-A/2012, PL
4.847/2012 e PL 8.562/2017. O de 2012 chegou a ser até votado na Câmara dos
Deputados, e como exige o regramento seguiu para o senado que simplesmente,
não se manifestou até hoje. O outro projeto de 2017, está indo pelo mesmo caminho
sem a devida perspectiva sobre quando e se irão votar. (EMERENCIANO, 2003,
p.83).

Outrossim, é de suma importância o zelo por tema tão delicado e doloroso, o


que só através de artigos, malgrados apelos aos políticos se possa resolver tal
assunto.

Daí ser importante não deixar o tema ao esquecimento e trazer a debate, na


Academia.
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7. METODOLOGIA

A pesquisa será conduzida sob a abordagem qualitativa, sendo realizada a


consulta em diversos materiais utilizando as técnicas de natureza básica, sendo
realizada a pesquisa em livros, artigos científicos, leis, decretos, regulamentos,
índices oficiais pertinentes ao tema.

Frente a este fato, será uma pesquisa de natureza básica tendo como objetivo
elaborar um artigo científico a ser apresentado na disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso como requisito para obtenção do grau de bacharel em Direito.
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8. RECURSOS

8.1 Recursos humanos

A pesquisa será realizada por um autor sendo orientado por um professor


orientador.

8.2 Recursos materiais e financeiros

RELAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS, FINANCEIROS E HUMANOS

ITENS CUSTOS
MATERIAL PERMANENTE
Computador R$ 2.000,00
Material de Escritório R$ 10,00
Internet R$ 100,00
MATERIAL BIBLIOGRÁFICO
Livros R$ 100
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TERCEIROS
- -
TOTAL R$ 2.210

9. CRONOGRAMA

PERÍODO: 2020/2 e 2021/1


ATIVIDADES

Jul. Ago. Set. Out Nov. Dez. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun.
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Escolha do tema e Orientador


X  X              
Elaboração do Projeto
X X X X
Encontros com o Orientador
X X X
Pesquisa Bibliográfica
X X X X X X X X X X
Aprofundamento dos estudos teóricos
X X X X X X X X X X
Análise, interpretação dos dados e
produção textual X X X X X X X X X X
Digitação e formatação final
X X X X
Entrega e Apresentação à Banca X
Correção sugerida pela Banca X

10. REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:


promulgada em 5 de outubro de 1988.

BRASIL. Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 11 jan. 2002.
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EMERENCIANO, Adelmo da Silva. Tributação no Comércio Eletrônico. IN:


CARVALHO, Paulo de Barros (Coord.), Coleção de Estudos Tributários. São Paulo:
IOB, 2003. p.83.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Vol. 7: Direito das Sucessões.
6 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
HERANÇA DIGITAL: O DIREITO DA SUCESSÃO DO ACERVO DIGITAL.
Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/21969/1/Heran
%C3%A7a%20Digital.%20O%20direito%20da%20sucess%C3%A3o%20do
%20acervo%20digital.pdf. Acesso em: 20 mai. 2020.
LACERDA, Bruno Torquato Zampier. Bens digitais. Indaiatuba, SP: Editora Foco
Jurídico, 2017.

Rever as referências, dá uma boa olhada na apostiça ELABORAÇÃO DE


REFERENCIAS

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