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o público e o privado
Catalina Eibenschutz
(org.)
EIBENSCHUTZ, C., org. Política de saúde: o público e o privado [online]. Rio de Janeiro: Editora
FIOCRUZ, 1996. 312 p. ISBN: 85-85676-21-3. Available from SciELO Books
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Política de Saúde:
O Público e o Privado
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
Presidente
Carlos Médicis Morel
EDITORA FIOCRUZ
Coordenador
Paulo Marchiori Buss
Conselho Editorial
Carlos E. A. Coimbra Jr.
Charles Pessanha
Hooman Momen
José da Rocha Carvalheiro
Luiz Fernando Ferreira
Paulo Gadelha
Paulo M. Buss
Sergio Goes de Paula
Zigman Brener
C o o r d e n a d o r Executivo
Francisco Edmilson M. Carneiro
Política de Saúde:
O Público e o Privado
Catalina Eibenschutz (org.)
Copyright © 1995 by Catalina Eibenschutz
Todos os direitos desta edição reservados à
EDITORA FIOCRUZ
ISBN: 85-85676-21-3
Catalogação na fonte
Centro de Informação Científica e Tecnológica
Biblioteca Lincoln de Freitas Filho
Inclui bibliografia
1995
EDITORA FIOCRUZ
Rua Leopoldo Bulhões, 1480 — Manguinhos
21041-210 — Rio de Janeiro — RJ
Tel.: (021) 590-3789 ramal 2009
Fax: (021) 280-8194
Autores
Belmartino, Susana
Pesquisadora e professora titular da Universidade Naeional de Rosário
e do Centro de Estudios Sanitarios e Sociales ( C E S S ) —Argentina
Berlinguer, Giovanni
Professor titular da Faculdade de Ciências da Universidade "La Sapienza"
de Roma
Bodek, Claudia
Professora da Universidad Pedagógica Nacional — México
Campos, Gastão Wagner de Souza
Professor e pesquisador da Universidade de Campinas — São Paulo
Cohn, Amélia
Docente do deptartamento de Medicina Preventiva da USP e pesquisadora
do C E D E C , São Paulo
Costa, Nilson do Rosário
Pesquisador e professor da Escola Nacional de Saúde Pública ( E N S P /
F I O C R U Z ) , e professor da Universidade Federal Fluminense — Rio de Janeiro
Dâmaso, Romualdo
Instrutor do Centro Internacional de Educação Vitalícia — São Paulo,
pesquisador assistente da Escola Nacional de Saúde Pública
( E N S P / F I O C R U Z ) , Rio de Janeiro
Rajs, Danuta
Servicio de Medicina Legal, Santiago de Chile
Ramos, Célia Leitão
Professora adjunta da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/ FIOCRUZ) —
Rio de Janeiro
Tamez, Silvia
Professora e pesquisadora titular da Universidad Autónoma Metropolitana —
Xochimilco, México
Ugá, Maria Alícia Domínguez
Professora assistente da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ) —
Rio de Janeiro
Yocelevzky, Ricardo
Professor e pesquisador da Universidad Autónoma Metropolitana —
Xochimilco, México D.F.
Sumário
Apresentação 11
Catalina Eibenschutz
PARTE I
PARTE II
PARTE III
PARTE IV
PARTE V
Introdução
O objetivo deste trabalho é contribuir para a discussão sobre os Con-
selhos de Saúde — em seus vários níveis —, tentando entender seus prin-
cípios organizadores, o significado que têm na conjuntura brasileira pós-
80 e refletir sobre os avanços e dificuldades que vêm ocorrendo para sua
implementação.
Os Conselhos são instâncias de ação política que articulam, no inte-
rior do campo da saúde, as ações do Estado e da cidadania, com a finali-
dade de ampliar o controle social na gestão do Sistema Unificado de Saú-
de ( S U S ) , juntamente com outros instrumentos participativos. Analisando
o quadro atual, podemos afirmar que a idéia da existência dos Conselhos
no plano jurídico e no discurso politico-institutional é inquestionável. Já
do ponto de vista da avaliação política, o que interessa é discutir a "colo-
cação em ação" dessas conquistas e que atores ou segmentos sociais es-
tariam atuando para a facilitação do projeto ou para seu fracasso.
No modelo brasileiro, os Conselhos de Saúde não são os únicos ór-
gãos controladores das ações do SUS. A importância e peculiaridade que
apresentam é serem de natureza mista em sua composição. Outras formas
de controle são as Comissões de Saúde existentes nas diferentes esferas
do poder legislativo, e na esfera do Judiciário espera-se o aperfeiçoamen-
to gradual do sistema através do cumprimento das leis e a defesa dos
direitos do cidadão quanto à sua saúde. Outras instâncias do Estado que
atuam na ação fiscalizadora são os tribunais de contas, em seus diferentes
níveis.
De maneira sucinta, os órgãos controladores do SUS podem ser clas-
sificados ou analisados como pertencentes à esfera do Estado, à esfera da
sociedade civil, ou de caráter misto. Do ponto de vista setorial, determi-
nados órgãos pertencem à esfera da saúde e outros estão colocados fora
dela. Estes órgãos são fundamentais para o acompanhamento da implan-
tação, gestão e avaliação do SUS, no sentido de atingir as metas de eqüi-
dade e universalidade nele propostas.
Por lei, os Conselhos de Saúde devem ser compostos de forma pari-
tária — 5 0 % de usuários e 50% de representantes do Estado e do setor
saúde — e devem ser de caráter deliberativo. O chefe do poder executivo,
em cada nível que corresponda, tem que homologar as decisões tomadas
pelo Conselho, mas é este que tem papel de decisão. Estas decisões tratam
da formulação de estratégias e do controle da execução da política do SUS,
incluindo aqui o pleno acesso aos aspectos econômico-financeiros vol-
tados para o setor. No que se refere ao Fundo de Saúde — conta única
para onde fluem todos os recursos para a saúde, em cada nível —, a reco-
mendação legal é clara: a auditoria e controle são feitos pelo Conselho de
Saúde. Outros relatórios de gestão, referentes aos planos e metas alcan-
çados, também estão previstos de serem acompanhados e analisados pelos
Conselhos.
Outro instrumento de participação mista são as Conferências de
Saúde, que têm ocorrido em períodos irregulares, para as quais devem
1
Conclusão
Referências bibliográficas