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O melhoramento genético de abelhas Apis mellifera é uma ferramenta essencial e de caráter obrigatório

para o sucesso e desenvolvimento da indústria apícola. Práticas de manejo, troca das rainhas e
inseminação instrumental constituem os pilares fundamentais de um programa que vise o aumento de
determinada característica quantitativamente. Programas de melhoramento genético, em grande escala,
precisam ser feitos a partir de populações em massa, ou seja, um programa de melhoramento deverá
iniciar-se a partir de um grande número de colmeias para serem selecionadas, com a finalidade de
desenvolver e estruturar um programa de melhoramento genético que tenha como objetivo incrementar
os níveis de produção e assim aumentar as médias de produção por colmeia em geral. É importante que
o apicultor tenha consciência de que as abelhas africanizadas são um poli-híbrido, formado
originalmente por abelhas africanas, normalmente mais resistentes às diferentes doenças, mas também
por abelhas europeias diversas que, normalmente, são menos resistentes. O melhoramento genético de
abelhas apresenta algumas diferenças em relação a outras espécies animais. Estimativas como
herdabilidade, semelhança entre parentes e outras, são difíceis de serem obtidas, se for considerado que
as colônias apresentam uma estrutura genética interna que dificulta tal procedimento. Em um programa
de melhoramento genético de abelhas melíferas, é necessário o uso de ferramentas como a inseminação
instrumental que permite aumentar os níveis produtivos sem usar os métodos quantitativos tradicionais.
Essa ferramenta é essencial tanto para o pesquisador, que precisa de cruzamentos específicos, quanto
para o apicultor envolvido em um programa de melhoramento produtivo. A habilidade de controlar os
acasalamentos permite a seleção, desenvolvimento e manutenção de características desejadas.
Diferenças entre rainhas acasaladas naturalmente e rainhas inseminadas devem-se principalmente à
quantidade de sêmen utilizado; à idade das rainhas; aos métodos de introdução, aos cuidados pré e pós-
inseminação (COBEY, 2007).

MARTINEZ, Omar Arvey; SOARES, Ademilson Espencer Egea. Melhoramento genético na apicultura
comercial para produção da própolis. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 13, p. 982-990,
2012.

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Este experimento foi conduzido com o objetivo de avaliar a correlação entre a produtividade de mel e o
comportamento defensivo em colmeias de abelhas africanizadas Apis mellifera Linnaeus como índices de
melhoramento genético. A conclusão foi: "Tendo em vista que o comportamento de defesa e
produtividade de mel não apresentou uma correlação altamente significativa entre si, conclui-se que a
utilização dessas variáveis torna-se viável como possíveis índices de seleção em programas de
melhoramento genético que visem o aumento da produtividade de mel, uma vez que a expressão de um
comportamento não está densamente conectada ao outro."

DE SOUZA, Daiana Almeida; GRAMACHO, Kátia Peres; CASTAGNINO, Guido Laércio Bragança.
Produtividade de mel e comportamento defensivo como índices de melhoramento genético de
abelhas africanizadas (Apis mellifera L.). Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 13, p. 550-
557, 2012.

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