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A idade gestacional materna, é calculada a partir do primeiro dia da última menstruação. Quando não
for confiável, utiliza-se a idade gestacional determinada pela ultrassonografia realizada no primeiro
trimestre da gestação. Depois utiliza-se da usg e por fim exame físico para estimar a idade
gestacional.
Embora prematuridade e baixo peso ao nascer (BPN) estejam interrelacionados, eles não são
sinônimos. Somente cerca de dois terços dos RNs com baixo peso são pré-termo.
Os RNs com baixo peso em qualquer idade gestacional correm maior risco de morte e morbidade. Há
várias subcategorias de BPN.
Os RNs com muito baixo peso ao nascer (MBPN) apresentam 100 vezes mais probabilidade e RNs
com baixo peso apresentam 25 vezes mais probabilidade de morrer no primeiro ano de vida em
comparação com RNs que pesam 2.500 g ou mais ao nascer.
CLOHERTY, John P. et al. Manual de neonatologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2019. 813 p.
A captação de gestantes para início oportuno do pré-natal é essencial para o diagnóstico precoce de
alterações e para a realização de intervenções adequadas sobre condições que tornam vulneráveis a
saúde da gestante e a da criança.
Além das questões de saúde, a gestante precisa ser orientada sobre questões referentes a seus
direitos sexuais, sociais e trabalhistas.
Os exames que devem ser feitos, nessa primeira consulta, incluem hemograma completo com
contagem de reticulócitos; eletroforese de hemoglobina; exames para detectar lesão renal e
acometimento hepático; determinação dos estoques de ferro; glicemia, ácido úrico, sorologia para
hepatite A, B e C, HIV l e ll, HTLV l e ll, rubéola e sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus, listeriose; e
as da urina, urinocultura, MIF e teste para detecção de anticorpos contra eritrócitos. Recomenda-se
manter o estoque de unidades de concentrado de hemácias fenotipadas compatíveis com a paciente.
A ultrassonografia para avaliação da idade gestacional de gravidez múltipla também deve ser
realizada na primeira consulta.
Gestação de Alto Risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-
nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada”.
A assistência pré-natal pressupõe avaliação dinâmica das situações de risco e prontidão para
identificar problemas de forma a poder atuar, a depender do problema encontrado, de maneira a
impedir um resultado desfavorável. A ausência de controle pré-natal, por si mesma, pode incrementar
o risco para a gestante ou o recém-nascido.
O intuito da assistência pré-natal de alto risco é interferir no curso de uma gestação que possui maior
chance de ter um resultado desfavorável, de maneira a diminuir o risco ao qual estão expostos a
gestante e o feto, ou reduzir suas possíveis consequências adversas.
O vírus da rubéola apresenta elevada toxicidade para tecidos embrionários, notadamente no início da
embriogênese, causando a viremia materna que pode acarretar aborto, natimortalidade e infecção da
placenta e ocasionando infecção embrionária persistente que pode causar a síndrome da rubéola
congênita (glaucoma, catarata congênita, cardiopatia congênita, surdez central ou coclear, cegueira,
microftalmia e retardo mental).
Sabemos que a placenta apresenta permeabilidade seletiva, porém o transfer placentário humano é
pouco conhecido, e a maior parte das informações vêm de experiências em mamíferos. O transporte
através da placenta envolve o movimento de moléculas entre três compartimentos: sangue materno,
citoplasma do sinciciotrofoblasto e sangue fetal. Esse movimento de moléculas pode ocorrer por um
destes mecanismos apresentados adiante.
Por difusão simples as moléculas ultrapassam a membrana sinciciocapilar (bicamada fosfolipídica)
por difusão passiva. O gradiente é descendente, sem gasto de energia, até o equilíbrio de
concentrações. Gases, moléculas hidrofóbicas, benzeno, uréia, etanol, pequenas moléculas sem
carga elétrica são assim transportados
O vírus da rubéola apresenta elevada toxicidade para tecidos embrionários, no- tadamente no início
da embriogênese, causando a viremia materna que pode acarretar aborto, natimortalidade e infecção
da placenta e ocasionando infecção embrionária persistente que pode causar a síndrome da rubéola
congênita (glaucoma, catarata congênita, cardiopatia congênita, surdez central ou coclear, cegueira,
microftalmia e retardo mental). Entretanto, existe a possibilidade tanto de acometimento isolado de
órgãos (não configurando a síndrome completa) como de síndrome de rubéola congênita ampliada
(entre outras alterações, miocardite, hepatite, púrpura, alterações ósseas, retardo de crescimento
intrauterino e óbito). No quadro a seguir estão representados os percentuais médios das
complicações estruturais graves da rubéola congênita de acordo com o período gestacional em que
ocorreu a infecção primária materna.
É uma infecção causada por vírus RNA, transmitida ao recém-nascido por via transplacentária. A
taxa de infecção fetal é em torno de 54% nas primeiras 8 semanas, 34% da 9a a 12a semana e de
10% da 13a a 24a semana de gestação. Cerca de 85% das malformações aparecem quando a
infecção ocorre nas primeiras 12 semanas, 54% da 13a a 16a semana e 25% no final do 2o
trimestre.
Prevencao: Como medidas profiláticas é indicada a imunização ativa para mulheres susceptíveis que
não estejam grávidas ou imunização passiva com gamaglobulina 0,55ml/kg IM para a mãe exposta
susceptível. Esta medida pode reduzir as mani- festações clínicas da rubéola na mãe em 80% os
casos, porém não previne a infecção fetal. No caso de RN com diagnóstico confirmado, é indicado o
isolamento de contato durante o primeiro ano de vida em caso de internação.