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21/09/21, 01:15 UNINTER - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E O GERENCIAMENTO DE CAPITAL

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E
O GERENCIAMENTO DE CAPITAL
AULA 5

Prof. Daniel Weigert Cavagnari

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CONVERSA INICIAL

Vimos até aqui diversas formas


de planejar e mensurar as finanças nas empresas, bem como o

perfil que o gestor


financeiro deve ter frente aos resultados obtidos.

Nesta aula, veremos como os


investimentos devem ser mensurados, considerando custos e

resultados, para um
melhor desempenho possível. Marcamos aqui a fase mais técnica da

administração
financeira, classificando desde os custos possíveis em projetos, dados os
valores atuais

e futuros, reais ou projetados.

Com esse conhecimento,


poderemos avaliar qualquer projeto a partir de suas finanças e de seu

valor, seja
ele implícito ou explícito.

Prepare sua HP-12C, pois ela


será de grande valia para a resolução dos cálculos financeiros desta
aula.

CONTEXTUALIZANDO

Leia o caso a seguir.

O Especialista Rogério
recentemente formou-se em Direito em uma faculdade particular e

antes mesmo
de fazer o teste da OAB para conseguir seu registro como Advogado resolveu

fazer um curso de pós-graduação em economia. Sempre simpatizou sobre o


assunto, mas o que

gostava mesmo era de ler e raciocinar com a lógica das


muitas leis que possuímos, por isso

preferiu o direito. Pensou que, poderia


ser advogado de empresas e para isso seria melhor que

conhecesse um pouco
mais sobre o mercado em que elas concorriam, principalmente o mercado

de
ações.

E foi justamente o que fez.


Não se conformou apenas com a base e fundamentos que

recebeu na pós-graduação
sobre mercado e economia. Resolveu operar na prática.

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Pegou algumas pequenas economias que tinha e


comprou ações de médio risco, com base

em sugestões dadas pelo banco em que


tinha conta corrente. Enfim, os R$ 5.000,00 que ele

havia aplicado em ações,


ao final de cinco meses já eram R$ 5.500,00. Cerca de 10% de ganho, já

com as
taxas administrativas do banco incluídas.

Ele percebeu que os R$


500,00 que havia ganho era muito pouco, pois tinha investido na

carteira de
ações mais utilizada por seus colegas.

Para esclarecer sua dúvida,


se era só isso mesmo que o mercado financeiro poderia lhe

oferecer, buscou na
carteira do seu banco as ações em que seu dinheiro havia sido aplicado e
porque ganhou tão pouco. Claro, mais do que qualquer renda fixa e poupança,
mas pouco.

Afinal, era investimento em ações!

Notou na sua aplicação que,


de acordo com o rendimento bruto das ações, se tivesse

investido diretamente,
sem pagar a taxa administrativa, ou seja, os serviços de inteligência do

banco, poderia ter ganho pelo menos quatro vezes mais. E pensou: “como eu
poderia adivinhar

que essas empresas realmente renderiam tudo isso?”.

Então, justamente pela sua


curiosidade em saber como essas empresas renderam tanto em

suas ações, agiu


com mais eficiência e pesquisou o histórico de ganho delas nos últimos dois

anos e percebeu que essas ações estavam em crescimento constante. Por esta
estatística pensou

ter descoberto o segredo do negócio e que o banco ganhava dinheiro


muito fácil. Assim,

arriscou.

Rogério investiu R$ 1.000,00


em ações que ele mesmo escolheu na bolsa de valores,

baseado no critério de
que as empresas escolhidas tinham uma estatística de alta em suas ações.

E
com a vantagem de não ter de pagar taxas administrativas para bancos ou
corretoras, apenas

as taxas burocráticas do investimento. Pensou, agiu com


extrema eficiência na escolha das ações

e na ideia de não se submeter aos


trâmites dos agentes financeiros. Não poderia ter sido mais

preciso e esperto,
por isso não via a hora de colher o montante do seu empenho como

investidor.

Ao final de seis meses, a


surpresa. Rogério resgatou suas ações que deram um total

aproximado de R$
250,00. Isso mesmo, ele não só não ganhou nada, como ainda perdeu R$

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750,00.
A sorte dele é que o montante investido não foi muito. Mas ele já sentiu uma
pontadinha

no coração e pensou: Lá se vai minha TV nova!

Não entendendo o que


ocorreu, buscou nas mesmas estatísticas o histórico dessas ações

nos últimos
seis meses. O resultado foi um mês de alta e os cinco meses seguintes de
muita

baixa.

Com isso, ele aprendeu duas


lições da pior maneira possível. Mercados, sejam eles de

produtos, serviços
ou financeiro, não funcionam como máquinas. Não são lógicos e nem

padronizados. São regidos por pessoas e por questões estruturais das


empresas. A segunda lição

foi que, para apostar no mercado financeiro é


necessário estar disposto a aplicar por muito

tempo o dinheiro e resgatá-lo


apenas no momento ideal.

Percebendo que o mercado não era lógico e que


dependia da conjuntura e eficácia das

empresas envolvidas, se deu conta que


não havia comprado simplesmente papéis, mas ações de

empresas reais, que


captavam recursos através desse mercado.

Assim, procurou em jornais e


revistas informações sobre essas empresas que havia

especulado. Ou seja, tudo


o que ocorreu nos últimos seis meses com elas e com o mercado em

que atuavam.

Durante sua pesquisa,


percebeu que, no primeiro mês em que havia aplicado seu dinheiro

na bolsa
(maio de 1997), encontrou uma notícia interessante alguns meses antes. Viu
que a bolsa

de valores no mundo todo havia tido uma queda brusca devido a


problemas políticos e

econômicos na Ásia. Problemas que repercutiram


fortemente nos meses seguintes. Então, outros

investidores como ele, com


receio de perderem mais ainda, venderam títulos o mais rápido

possível,
criando uma queda brusca em todas as ações da bolsa. Por mais dois meses, se
ele

tivesse comprado, ganharia dez vezes mais, mas ele não considerou o fator
mais importante para

se aplicar no mercado financeiro, que é o de ficar


constantemente acompanhando o

funcionamento das empresas emissoras de ações e


também das notícias sobre o mercado no

Brasil e no restante do mundo.

Deste dia em diante resolveu


se especializar. Lia diariamente informações sobre o mercado

no mundo todo.
Também, acompanhava semanalmente os demonstrativos de resultados das

empresas
da qual possuía ações. Também, de outras que tinha interesse em investir.

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Conclusão. Investiu apenas


os R$ 250,00 para testar o mercado. Até o final do ano, havia

transformado
esse valor em R$ 400,00. No ano seguinte, investiu metade do que possuía em

dinheiro, cerca de R$ 20.000,00. No final de 1998, esses R$ 20.000,00


transformaram-se em R$

35.000,00. R$ 15.000,00 em um ano, apenas investindo


em ações. Resolveu então estudar mais a

fundo e se dedicar única e


exclusivamente ao mercado de ações.

Hoje, Rogério possui uma


pequena fortuna de R$ 3.000.000,00 em ações e imóveis. Bom,
mas esta já é
outra história.

Fonte: CAVAGNARI, D. W. Pequenas


e médias empresas no Brasil. Curitiba: Aymará, 2008.  p.

176-178.

Com base na história,


apresente argumentos que poderiam levar o investidor Rogério ao risco,

bem como
os problemas que poderiam ser evitados se houvesse cuidado. Para tanto,
pesquise os

conceitos dos seguintes tipos de risco a seguir:

Risco
institucional; 

Risco
de mercado; 

Risco
operacional; 

Risco
de crédito.

TEMA 1 – ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

Todo e qualquer investimento,


seja de aplicação de capital, criação ou expansão da empresa,

necessita de uma
análise e projeção dos valores que envolvem o projeto.

Dados como quantidade


produzida e custos são fundamentais para compreensão do projeto.

Mas afinal, o que é


investimento?

Segundo Sandroni (2001),


investimento é

Aplicação de recursos
(dinheiro ou títulos) em empreendimentos que renderão juros ou lucros, em
geral
a longo prazo. Num sentido amplo, o termo aplica-se tanto à compra de máquinas,
equipamentos e imóveis para a instalação de unidades produtivas como à compra
de títulos
financeiros (letras de câmbio, ações etc.). Nesses termos,
investimento é toda aplicação de dinheiro
com expectativa de lucro.

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Interessante, não? Pois nos


parece que a pergunta correta seria: o que não é investimento?

Geralmente, em qualquer
projeto, seja de cunho profissional ou pessoal, que acarretará ganhos

ou
perdas, temos um investimento. Lembrando que ganhos e perdas não são
relacionados apenas a

dinheiro. O dinheiro que se gasta em um projeto de


casamento, por exemplo. Há ganho? Sim, é claro

que há.

É esse, entre outros projetos


de investimento, que explicam, por exemplo, a existência de
projetos públicos e
até mesmo de ONGs.

Agora que sabemos o que é e o


que significa investimento, vejamos alguns dos principais
objetivos relacionados
à análise de investimentos:

Minimizar
os riscos do investimento do capital, que pode acarretar perdas em vez do lucro

almejado.
Planejar
minuciosamente todo e qualquer investimento, em busca dos maiores lucros
possíveis.

Alinhar
os lucros almejados ao desenvolvimento sustentável e responsável.
Lucrar
o máximo no maior prazo possível, sem deteriorar outros agentes, internos ou
externos,

como consumidor, parceiros e sociedade como um todo.

Lembrando aqui que lucros


pode ser qualquer ativo, tangível ou não, monetário ou não.

Uma das questões mais


importantes acerca da análise de investimentos é que ela tem diversas

perspectivas.

Investir dinheiro em algo pode


ser um investimento financeiro em ações, aplicações ou até
mesmo uma empresa. O
investimento pode ser para ampliação de um negócio, como uma máquina

por
exemplo. Enfim, qualquer que seja o investimento, as perspectivas podem ser:

A
escolha da melhor rentabilidade para o capital.
Mudança
de agente de investimento.

Ampliação
ou melhora da produção.
Comparação
entre um projeto e outro, objetivando um só.

Busca
pelo simples fato de bem-estar.

E por falar em bem-estar,


saiba que esse é o real significado para o que chamamos

simplesmente de lucro.
Lucro é, no caso, o bem-estar. Quando a sociedade recebe algum benefício

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governamental, temos um ganho, um lucro, é o bem-estar da sociedade.

O mesmo ocorre com as


empresas. Quanto mais elas lucram, no contexto de mais capital
simplesmente,
maior é o seu bem-estar.

1.1 BENEFÍCIOS MARGINAIS

Já dizia John Maynard Keynes


que o simples fato de ser feliz já era um acréscimo de benefício ao

indivíduo.

Nas empresas, os benefícios marginais


(BMg) são vistos pelos lucros adquiridos no curto, médio

e longo prazo.

No curto prazo temos na


maioria dos casos a saúde financeira da empresa. Todo e qualquer
investimento
que traga resultados imediatos podem solucionar problemas e trazer benefícios.
Mas

raramente esses ganhos são definitivos. Exemplo: Estratégias de vendas.

No médio prazo já contamos com


um planejamento mais sólido. Um projeto específico para um
mercado emergente ou
simplesmente uma promoção de produtos trazem resultados tanto imediatos

como a
longo prazo. Exemplo: Períodos sazonais, feiras de negócios, etc.

No longo prazo os projetos são


de porte estrutural, desde uma ampliação à criação de uma nova

empresa. Nesses
casos não há resultados imediatos e, embora sejam os mais sólidos, exigem
cautela
e planejamento.

1.2 TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA)

Para o investidor, representa


a taxa mínima esperada em determinado investimento. Por

exemplo, um projeto
almeja um ganho de 10% ao ano (a.a). Se a TMA do investidor for de 9% a.a, o
projeto é viável (aceito). Ou seja, ganhou 10%, esperava só 9%, lucro excedente
de 1%.

Para entendermos um pouco mais


dessa taxa, é precisamos esclarecer dois conceitos:

Lucro
contábil: receita total da empresa, menos os custos explícitos (custos que são
mensuráveis).

Lucro econômico:
receita total, menos os custos explícitos, menos os custos implícitos (apesar
de existirem, não sabemos o valor ao certo). Ex.: casar ou comprar uma
bicicleta – você não
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sabe quanto perde (ou ganha) na escolha de um pelo outro,


mas sabe que haverá um custo.

Enfim, o lucro econômico apresenta


uma variável a mais, de modo que poderá ser menor que o

custo contábil.

A questão da TMA é justamente


essa diferença. Se no lucro contábil só temos a visão dos valores
somados e
subtraídos, pelo lucro econômico percebemos, além desses valores, a TMA. Isso
mesmo, a

nossa expectativa de ganho (perspectiva da taxa mínima de


atratividade) nos leva a esperar um
ganho que ainda não sabemos qual será. É um
risco, mas quanto menor ele for, melhor.

Um exemplo bem prático é o


cálculo de projetos. O empresário determina um valor mínimo para

seu lucro em
forma de taxa (TMA), que geralmente representa o valor que ele ganharia com seu
dinheiro, caso não executasse o projeto (na poupança, por exemplo). Assim ele
calcula: Lucro mínimo

esperado para o empreendimento é de 10% ao ano. Se na


projeção apontar um lucro de 8% ao ano?
Considerando o lucro contábil, sim, 8%
é um bom lucro. Porém, o lucro econômico esperado (TMA =

10%) não foi atingido,


dada a expectativa. Portanto, prejuízo de 2%.

TEMA 2 – CUSTOS EM INVESTIMENTOS

A interpretação do conceito de
investimento vai muito além de aplicar e investir simplesmente.
Vimos
anteriormente que o investimento pode ser qualquer ação no capital que traga algum
tipo de

retorno. Também, pode significar mais dinheiro, um patrimônio que gere


renda, um seguro, ou até
mesmo algo que gere algum tipo de satisfação, como um
automóvel novo.

Mas como vimos, para empresas,


todo e qualquer conceito de bem-estar está relacionado a um

objetivo maior, o
lucro em termos de capital.

Sendo o lucro a meta principal


para os investimentos na empresa, devemos avaliar
cuidadosamente um dos fatores
que mais influenciam os resultados esperados: o custo. Exemplo:

Qual o custo de
se adquirir um veículo em relação à uma bicicleta?

Temos os problemas certos,


porém, com as perguntas erradas. Qual o meu maior benefício entre

um carro e
uma bicicleta? Inicialmente temos o custo de aquisição. Mas devemos considerar
também
o custo de manutenção e o custo do tempo de deslocamento.

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Considere que você trabalha


como vendedor em uma loja durante o dia e à noite estuda na

Uninter. Seu desejo


é adquirir um veículo, pois acredita que terá mais chances de progredir, tanto
na
carreira como nos estudos, se tivesse mais tempo livre.

A comparação aparentemente é simples,


mas em muitos casos algumas variáveis são

fundamentais para uma decisão de


investimento.

Assim, os custos em
investimentos nos levam à interpretação daqueles custos de infraestrutura

dos
projetos de investimento. Mas claro que isso não se resume a um tipo de custo,
fixo ou variável
simplesmente. Portanto, trabalharemos todos esses custos e
cada um conforme é classificado.

Seja no curto, médio ou longo


prazo, haverá custos. Alguns poderão até ser nulos, mas lá

estarão no momento
da classificação. Vejamos a seguir.

2.1 CUSTOS DE CAPITAL (CC)

São todos os custos


relacionados à aquisição de bens de capital, ou seja, todo e qualquer valor
relacionado a máquinas, equipamentos e matéria-prima. Esses são custos diretos
(custos variáveis).

A questão principal é que o custo


de capital, quando relacionado a determinado item, influencia
na avaliação do
investimento. Vejamos:

Matéria-prima:
É um bem de capital circulante e que, portanto, não deprecia como máquinas e

equipamentos. Assim, colocamos em uma análise esse custo quando há uma


contrapartida de
receita. Ex.: Cálculo de investimento em produção – Custo de
matéria-prima em contraste com

a receita operacional. Enfim, se não há receita


na avaliação, não podemos considerar o custo de
matéria-prima.

Máquinas
e equipamentos: São bens de ativo fixo, ou seja, o custo relaciona-se com a
depreciação. No caso de avaliação de investimentos, calculamos a depreciação
com base na

atualização do capital investido, usando a TMA como taxa. Exemplo:


Aquisição de uma máquina
de R$ 100.000,00; TMA do projeto de 8% a.a.;
depreciação do bem em 10 anos. Com o cálculo

de prestação em juros compostos,


obteríamos o custo de capital do bem anualmente. Mais
adiante veremos um
exemplo desse cálculo.

2.2 CUSTOS OPERACIONAIS

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São todos os custos


relacionados à manutenção e uso do investimento. Ou seja, todo e qualquer
custo
relacionado ao funcionamento do investimento, como: mão de
obra, manutenção, promoção,

abastecimento, entre outros.

Podem ser diretos (mão de obra)


ou indiretos (manutenção preventiva).

As avaliações dos custos


operacionais são muito importantes para o projeto, principalmente

quando
comparativos entre projetos mutuamente excludentes (entre muitos a escolha de
um). É
como se escolhêssemos o melhor projeto entre uma máquina e outra, em que
pese a dificuldade de
operação de uma.

2.3 CUSTOS ADICIONAIS (CA)

São mais comuns em período de


implantação de um projeto, como custos de instalação, base
estrutural,
alinhamento ou calibragem. Ou seja, qualquer custo previsível que não se
enquadre nos

custos de capital ou custos operacionais é considerado custo adicional.


Geralmente são custos
indiretos, mas sempre explícitos. Como exemplo, digamos
que escolhemos montar uma fábrica e

temos dois lugares para fazê-lo, uma região


segura e o outra com alto índice de furtos. O custo com
seguro, por exemplo,
seria considerado adicional.

2.4 OUTROS CUSTOS (OC)

Na maioria dos casos são


custos indiretos e até mesmo implícitos (não representam um valor

real), pois,
embora se saiba que existam (ou possam existir), nem sempre são exatamente
mensuráveis. São exemplos: enchentes, terremotos, assaltos, etc.

Dado o exemplo, já podemos


perceber que esse custo está relacionado à localidade do projeto e
não tem
exatamente uma previsibilidade.

TEMA 3 – CÁLCULO E MENSURAÇÃO DOS CUSTOS EM


INVESTIMENTOS

Um detalhe muito importante na


avaliação de investimentos em relação aos custos é sua

mensuração e cálculo.

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É muito importante que


saibamos interpretá-los e calculá-los nas suas particularidades,

principalmente
em casos de atualização do uso de capital investido.

Vejamos um exemplo de seleção


dos custos em um problema e o cálculo específico. Fique
atento aos números e à
fração de cada um.

Determinada empresa pretende


adquirir um aparelho novo para expansão da produção. Essa

compra renderá uma


receita adicional à empresa de R$ 60.000,00 por mês.

O
equipamento foi pago à vista e terá vida útil de 10 anos (120 meses), sendo
totalmente

descartável após esse período.


Durante
os quinze anos de uso, o custo financeiro do equipamento compreenderá R$ 1.335,63

por mês.
O
equipamento não necessita manutenção.

O
custo adicional do seguro do aparelho compreende 30%
do seu custo financeiro.
Para
funcionamento serão necessários três
funcionários, com salários médios de R$ 1.900,00
mensais
cada. Mais 80% de encargos.

Outros
custos relacionados à estrutura, matéria-prima, promoção e comissões, estão na
ordem

de 75% da receita bruta.


A
taxa mínima de atratividade é de 15% a.a. ou 1,171492% a.m.

Conforme os dados acima,


determinaremos se o investimento é rentável ou não.

Resolução: Para efetuar nossos


cálculos, precisamos estabelecer o valor das seguintes variáveis,
para
analisarmos os custos acerca do investimento:

Receita
total (faturamento), dado pela variável RT;
Custo
de capital (CC), que se refere à parcela de máquinas e equipamentos e matéria-prima,

quando houver.

Custo
operacional (CO). Refere-se aos custos de operação do investimento.
Custos
adicionais (CA). São os custos que fazem parte do contexto, mas com uma

particularidade específica do investimento.

Outros
custos (OC). Custos que sabemos que fazem parte do contexto e que algumas vezes
não

podem ser mensurados.

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Custo
total (CT). É a soma de todos os quatro tipos de custo mencionados. CT = CC + CO
+ CA
+ OC

Lucro
total (LT), que é a diferença entre a receita e os custos totais. LT = RT – CT

Assim, vejamos agora como se


destacam esses valores no problema:

Se o investimento renderá uma receita adicional


de R$ 60.000,00, portanto RT = 60.000. O custo

de capital, nesse problema, já


vem pronto, ou seja, R$ 1.335,63 por mês. Esse valor origina do custo

de
aquisição da máquina (que não consta no problema) de R$ 85.829,26 – só mencionamos
esse

valor aqui para compreendermos como chegamos ao valor de custo mensal de


1.335,63. Vejamos
como a HP-12C chegou à nossa parcela de custo mensal:

Na HP:

120      [ n ]      (Tempo de uso e


validade operacional da máquina)

1,171492       [ i ]       (TMA mensal)

85.829,26      CHS   PV      (Valor total da


máquina adquirida)

0          FV       (valor zero


porque será descartável ao final de 10 anos)

PMT    (Chama o resultado)

Resultado: O custo de aquisição da máquina (R$


85.829,26), atualizado à taxa mínima de

atratividade, é de R$ 1.335,63 por mês, por 120 meses (10 anos).

RT = 60.000 ao mês

CC = 1.335,63 ao mês

CO = 10.260,00 ao mês

CA = 400,69 ao mês

OC = 45.000,00 ao mês

CT = 56.996,32

LT = R$ 3.003,68
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Conclusão: Compensaria, pois,


a soma dos custos é menor que o valor da receita, efetivando o
lucro desejado.

Agora, vejamos outro problema,


de aquisição de duas máquinas, em que pesam apenas dois

custos comparativos,
sendo os demais similares entre as duas máquinas.

Determinada empresa está


estudando a compra de dois equipamentos similares.

O
equipamento X tem um preço de R$ 900.000,00 de aquisição e custos operacionais
de R$

600.000,00 por ano.

O
equipamento Y custa R$ 1.800.000,00, porém seus custos operacionais são de R$
300.000,00

por ano.
Ambos
têm vida útil de 20 anos.

Dada as duas máquinas, qual


seria a melhor escolha para empresa se o seu custo de capital é de

9,5% a.a.?

Resolução:

Note no problema que só há


dois custos a mensurar, o custo anual de aquisição da máquina

(CC) e o custo
operacional (CO) anual.

Cálculo do custo de capital do equipamento X:

Na HP:

900.000           CHS    PV

0           FV

9,5       [
i ]

20        [
n ]

PMT

CCx = R$
102.129,03

COx = R$
600.000,00 (custo operacional da máquina X)

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CTx = R$
702.129,03

Equipamento Y, na HP:

1.800.000        CHS    PV

0           FV

9,5       [
i ]

20        [
n ]

PMT

CCy = R$
204.258,05

COy = R$
300.000,00

CTy
-> R$ 504.258,05

A melhor escolha é a de menor


custo, portanto, o equipamento Y.

TEMA 4 – WACC: CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL

Agora que vimos a mensuração


de custos de determinados projetos, considere que o custo de

todo investimento,
independentemente se apresenta ou não outros custos, é chamado de custo de

capital ou custo total do investimento em capital.

Agora imagine se a única


referência que temos do custo do investimento é seu risco. Ou melhor,
se é a taxa
que estabelece o valor mínimo do investimento (como a TMA sem a perspectiva de
lucro

econômico) como seu custo. Nesse caso, temos a taxa de custo de capital
(ou custo de capital

simplesmente).

Um exemplo de custo de
capital: você recebe uma herança e a aplica em poupança. O

rendimento seguro e
anual desse valor é de 6% ao ano. Para não fazer nada com o dinheiro.

Agora imagine que você resolve


usar esse dinheiro (que lhe rende os juros de 6% a.a. da

poupança) para
investir em um negócio. A questão é, qual o seu custo de capital para investir
nesse
negócio? Simples, 6% ao ano.

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Ou seja, como temos como


referência apenas a taxa de poupança, uma vez que arriscamos o

investimento,
perdemos essa taxa para um resultado futuro. Nos custou 6%, portanto um custo
de

capital de 6% ao ano.

Agora imagine que para


executar um negócio, você vai precisar do dinheiro em poupança e mais

um
empréstimo do BNDES. Para emprestar o capital, o banco me cobrará juros de 12%
a.a. E agora?
Qual seu custo de capital?

Bom, já que temos duas taxas e


cada uma com custo de capital diferente, em valores diferentes,
devemos ponderar
e chegar a uma única taxa. É nesse momento que buscamos o nosso custo de

capital, dado pelo WACC (weighted average capital cost) ou custo médio
ponderado de capital

(CMPC, se preferir).

Antes de tudo, vejamos como


funciona essa lógica de ponderação.

Média ponderada – é uma


média aritmética em que cada valor é ponderado de acordo

com sua importância no


grupo. A média ponderada é dada pela seguinte fórmula:

Vejamos um exemplo a seguir:

Você compra todo mês 100


unidades de pãezinhos para seu café. Só que essas 100 unidades

estão divididas
em quantidades diferenciadas por semana: 20 unidades na primeira semana; 30 na

segunda; 40 na terceira; e 10 na quarta.

Digamos também que na primeira


semana (20 unidades) você pagou por cada pãozinho R$ 0,50;

na segunda R$ 0,45,
na terceira pagou R$ 0,35 e na quarta R$ 0,55. Quanto você pagou em média
pelos
100 pãezinhos?

Vejamos como fica na tabela:

Semana Pãezinhos Preço unitário Preço Total

1ª 20 0,50 10,00

2ª 30 0,45 13,50

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3ª 40 0,35 14,00

4ª 10 0,55 5,50

TOTAL MÊS 100   43,00

Veja que a média de preços


poderia ser considerada a soma dos quatro preços unitários dividida

por quatro,
o que daria R$ 0,4625 centavos por pão. Porém, essa média seria apenas
aritmética (e

não ponderada), portanto não seria eficiente, pois não considerou


a quantidade adquirida (o peso de

cada pão sobre o total). Neste caso, ponderamos:

(20 * 0,50) + (30 * 0,45) + (40 * 0,35) + (10 * 0,55) =


43,00.

R$ 43,00 (valor total de todos os pães)


dividido por 100 (total de pães) = R$ 0,43. Portanto, pela

média ponderada,
cada pão custou durante o mês R$ 0,43.

Cada quantidade adquirida contribuiu para


aumentar ou diminuir o custo de cada pãozinho, mas
com a proporção certa e,
mais importante, justa.

Vejamos como fica cada


variável comparada com o WACC:

WACC
(custo médio ponderado no exemplo do pão) = R$ 0,43 (por pãozinho)
CW (custo
total de cada semana) = 10,00 + 13,50 + 14,00 + 5,50 = R$ 43,00 (custo total de

pães)

W (peso
sobre o total) = 20 + 30 + 40 + 10 = 100 (total de pães).

Para o cálculo do custo de


capital (ponderado pelas taxas de juros oferecidas), não é diferente.

Da mesma
forma que você não compra os 100 pãezinhos tudo de uma vez para pagar mais
barato
(pois a cada semana eles estarão velhos demais para serem consumidos),
não emprestamos todo o

capital de um projeto de uma vez só, ou de uma única


fonte (da nossa conversa inicial, temos duas

fontes de capital, o da poupança e


do empréstimo do BNDES).

Assim, vejamos como fica o


cálculo do WACC para nosso exemplo inicial:

Valor
em poupança: R$ 100.000,00. Taxa de juros de poupança: 6% a.a.

Valor
emprestado do BNDES: R$ 70.000,00. Taxa de juros do BNDES: 12% a.a.

Sendo o total do investimento


de R$ 170.000,00, calculamos o peso (W) de cada um:

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Fonte (C) Capital (W) Peso (%)

Poupança 100.000 = 100.000 / 170.000


(*100) = 58,8%

BNDES 70.000 = 70.000 / 170.000


(*100) = 41,2%

TOTAL 170.000 100%

Agora que sabemos o peso (a


fração em percentual da participação) de cada empréstimo,

ponderamos:

Poupança (6% * 58,8%) + BNDES (12% * 41,2%) (


/100) =

 3,528% + 4,944% = 8,472% a.a.

Portanto, nosso custo de


capital ou custo médio ponderado de capital (WACC) para esse
investimento será
de 8,472% a.a.

Vejamos agora outro exemplo,


baseado em algumas fontes de capital e que compõem o custo

de capital esperado.

Digamos que o capital total


adquirido para determinado projeto seja de R$ 100.000,00. Sendo

assim, R$
30.000,00 seriam de empréstimos bancários (peso de 30%) a um custo de capital
de 6% de

juros ao ano; R$ 20.000,00 (peso de 20%) em debêntures a 7,5% ao ano;


R$ 25.000 em ações a 8% ao
ano; e, R$ 25.000,00 (peso de 25%) em lucros retidos
a 7% ao ano.

Neste caso essa tabela ficaria


da seguinte forma:

CAPITAL Custo Custo Total


FONTES PARTICIPAÇÃO (W)
(C) (em juros ao
ano) (CW)

Empréstimos bancários R$ 30.000 30% 6% a.a. (30.000 x 6% =


R$ 1.800 a.a.)

Debêntures R$ 20.000 20% 7,5% a.a. (20.000 x 7,5% =


R$ 1.500 a.a.)

Ações R$ 25.000 25% 8% a.a. (25.000 x 8% =


R$ 2.000 a.a)

Lucros retidos R$ 25.000 25% 7% a.a. (25.000 x 7% =


R$ 1.750 a.a.)

TOTAL R$ 100.000 100%   7.050

Na tabela, temos o resultado


das ponderações, cujo custo total do capital foi de R$ 7.050,00.

Para
encontrarmos o WACC, dividimos esse total pelo capital total (como no exemplo
dos pães),

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obtendo a taxa do custo de capital:

Custo médio ponderado (WACC) de R$ 7.050 / R$


100.000 = 0,0705 (*100) = 7,05%)

Isso significa que, na média, dado o peso de


cada meio de captação de recursos, o custo foi de

7,05% ao ano.

TEMA 5 – VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)

O valor anual uniforme


equivalente (VAUE) é um método de cálculo de viabilidade de

determinado
projeto, que objetiva transformar os valores de um ou mais projetos de análise
em
valores, como diz o próprio nome, uniformes equivalentes e de periodicidade
anual.

A intenção é simples.
Transformar valores concretos e atuais em valores futuros, como se tudo se

convertesse em despesa futura. O método é bem similar ao cálculo de custo de


capital que acabamos

de ver.

A questão principal é transformar


tudo que estiver em valores únicos e atuais em valores futuros

e anuais, dada a
TMA ou a taxa de custo de capital. Tudo o que já estiver no futuro e de
periodicidade anual, permanecerá no futuro e se somará aos novos valores.

Voltemos ao exemplo do equipamento X, que


sugere o método VAUE:

Aquisição do equipamento X: R$ 900.000,00


(valor presente).

Custo operacional anual: R$ 600.000,00 a.a.

Note que o valor da máquina é


único e atual. Já o custo operacional se refere ao futuro e

enquanto ela durar


(20 anos) haverá esse custo.

Para o método VAUE,


convertemos o valor atual (900.000) em um valor anual uniforme
equivalente, à
taxa de referência (TMA) de 9,5% ao ano.

Revendo o cálculo na HP:

900.000         CHS   PV

0          FV

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9,5      [ i ]

20       [ n ]

PMT

Ou seja, o valor atual de R$


900.000,00 representa um valor anual uniforme equivalente e

atualizado de R$
102.129,03 por ano, durante 20 anos (tempo de uso da máquina), totalizando um

VAUE de R$ 702.129,0.

Vejamos a representação
gráfica do VAUE:

Há pelo menos três


perspectivas para o uso do VAUE:

O de retorno adicional, ou
seja, lucro além do esperado.

O de maior receita: maior o


faturamento, melhor é o projeto.

E o de menor despesa: menor a


despesa, melhor.

O VAUE, ao contrário de outros


métodos (VPL, TIR, etc.), projeta o valor atual do investimento

para valores
futuros periódicos e uniformes.

5.1 VAUE – RETORNO ADICIONAL

Consiste em encontrar o
rendimento adicional dado pelo capital investido, aplicado à TMA,

dentro do
período de implantação do projeto, somado aos retornos anuais (receita) ou
lucro
esperado. Nesse segundo caso, divide-se o VAUE ao custo inicial do
projeto, resultando na taxa de

retorno adicional.

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Dentro de uma comparação entre


dois ou mais investimentos, o de maior valor ou taxa adicional

será o
escolhido.

Exemplo:

Imagine uma empresa com


disponibilidade de R$ 9.000,00 para investimento e com TMA de

20% a.a., para a


qual duas opções possíveis de investimento são apresentadas. Sendo a
alternativa

mais lucrativa a escolha da empresa, usaremos o método VAUE:

Equipamento
A: Equipamento
B:
Custo
de R$ 7.000,00 Custo
de R$ 9.000,00
Lucro
esperado de R$ 2.500,00 a.a Lucro
esperado de R$ 3.250,00 a.a.
Período
do projeto: 7 anos Período
do projeto: 7 anos

A fórmula tradicional para o


cálculo do VAUE é a seguinte:

VAUE = – Custo inicial *

Mas ela não precisará ser


usada se tivermos a calculadora HP-12C.

Ao final, vislumbrando o maior lucro,


calculamos o RA (retorno adicional):

Retorno adicional =

VAUEB =
– 9000*  = 753,18
VAUEA = – 7000* 558,03  

RA = RA =
7000    PV  
20        i 9000    PV
0          VF 20        i
7          n 0          VF
PMT 7          n
2500    + PMT
3250    +

Assim, dados os equipamentos A


e B, o melhor investimento é no equipamento B, pois trará um

retorno adicional
maior, de 8,37% a.a.

5.2 VAUE – MENOR CUSTO DE CAPITAL


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Consiste em encontrar o menor


custo, dado pelo capital investido, aplicado à TMA, dentro do
período de
implantação, subtraídas as despesas anuais do projeto. O resultado obtido
(VAUE) será

um valor negativo.

Dentro de uma comparação entre


dois ou mais investimentos, o de menor VAUE será o

escolhido.

Exemplo:

Dada uma TMA de 15% a.a., qual


a melhor alternativa para um investimento?

Alternativa I Alternativa II

Investimento inicial R$ 100.000,00 R$ 200.000,00


Duração 4 anos 4 anos
Despesas anuais R$ 30.000,00 R$ 10.000,00

VAUE = – Custo inicial *

VAUEI = – 100.000 * VAUEII = – 200.000 *

100.000     PV 200.000     PV
15           i 15           i
0  VF 0  VF
4  n 4  n
PMT PMT
30000    - 10000    -
R$ -65.026,54 R$ -80.053,07

Assim, sendo a alternativa I o


investimento de menor custo (R$ 65.026,54), essa é a escolhida.

5.3 VAUE – MAIOR RECEITA

Consiste em encontrar o
projeto com o maior faturamento, com a maior receita. Numa

comparação entre
dois ou mais investimentos, o de maior VAUE será o escolhido.

Exemplo:

Verifique, à TMA de 12% a.a.,


qual a melhor alternativa para um investimento:

Alternativa I Alternativa II
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Investimento inicial R$ 130.000,00 R$ 150.000,00


Duração 2 anos 3 anos
Receitas anuais R$ 100.000,00 R$ 100.000,00

VAUE = – Custo inicial *

VAUEI = – 130.000 * VAUEII = – 150.000 *

130.000     PV 150.000     PV
12           i 12           i
0  VF 0  VF
2  n 3  n
PMT PMT
100000  + 100000  +
R$ 23.079,25 R$ 37.547,65

Assim, sendo a alternativa II o


investimento de maior receita líquida (R$ 37.547,65), essa é a
escolhida.

TROCANDO IDEIAS

Pesquise na região em que mora


dois imóveis comerciais compatíveis. Ou seja, que tenham a
mesma finalidade
(fábrica, comércio ou serviço) e que façam parte de uma única escolha.

Com essa base, apresente os


seguintes dados:

Preço
do imóvel (aquisição apenas)

Possíveis
gastos com reformas (custos adicionais)
Custos
relacionados à localização (outros custos)

Apresente esses dados e inicie


uma discussão de qual seria o melhor imóvel. Para atualização
dos custos de
capital, utilize como TMA a Selic de 11,25% ao ano.

NA PRÁTICA

Dado um projeto de
investimento de R$ 250.000,00, calcule o custo de capital (WACC) para as

seguintes fontes de capital e seus respectivos percentuais de participação:

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Capital
próprio: 20% do capital (aplicação possível em tesouro direto com renda de
11,5% a.a.)

Empréstimo
BNDES: 68% do capital (TJLP e outros 14,5% a.a.)
Empréstimo
bancário: 12% do capital (Taxa especial de empréstimo: 28,5% a.a.)

CAPITAL Custo Total


FONTES Partici-pação Taxa
(C) (CW)

Capital próprio R$ 50.000 20% 11,5% a.a. (50.000 x 11,5% =


R$ 5.750 a.a.)

BNDES R$ 170.000 68% 14,5% a.a. (170.000 x 14,5%


= R$ 24.650 a.a.)

Empréstimo bancário R$ 30.000 12% 28,5% a.a. (30.000 x 28,5% =


R$ 8.550 a.a.)

TOTAL R$ 250.000 100% - R$ 38.950 ao ano


/ 250.000

Taxa Média (WACC)     15,58% a.a.  

FINALIZANDO

Vimos nesta aula que


investimentos vão muito além de aplicações financeiras e que capital pode
ser
qualquer bem que represente um ganho financeiro a partir de um projeto.

Vimos também que os custos de


investimentos são sintetizáveis e importantes para tomada de
decisão de
investimentos. O menor custo e o maior lucro são variáveis que se adaptam ao
tempo,
nos possibilitando mensurar o valor do capital, da forma como a teoria
nos apresenta, ou seja, no

tempo.

REFERÊNCIAS

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E. G.; CRUZ, J. A. W. Gestão financeira moderna: uma abordagem prática.
Curitiba:

Intersaberes, 2013.

BRAGA,
R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. 16. ed. São
Paulo: Atlas, 2008

CAVAGNARI,
D. W. Pequenas e médias empresas no Brasil. Curitiba: Aymará, 2008.

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I. Gestão financeira: uma abordagem introdutória. 3. ed. Barueri:
Manole, 2014.

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21/09/21, 01:15 UNINTER - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E O GERENCIAMENTO DE CAPITAL

GITMAN,
L. J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall,
2008.

HOJI,
M. Administração financeira: uma abordagem prática. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2006.

IZIDORO,
C. (Org.). Avaliação de desempenho de empresas. São Paulo: Pearson,
2015.

JORGE,
R. K. (Org.). Gestão de custos, riscos e perdas. São Paulo: Pearson,
2015.

LUZ,
A. E. Introdução à administração financeira e orçamentária. Curitiba:
Intersaberes, 2015.

WESTON,
J. F.; BRIGHAM, E. F. Fundamentos da administração financeira. 10. ed.
São Paulo:
Makron Books, 2004.

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