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Na palavra viagem, vi-a-gem,

 3 vogais = i, a, e;
 2 consoantes = v, g;
 1 semivogal = y (m). viajẽy.

M/N

As letras M e N devem ser analisadas com muito cuidado.

Elas podem ser:


FONÉTICA
 Consoantes = Quando estiverem no início da sílaba.
A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo
ser humano, para efetivar a comunicação. Diferentemente
 Semivogais = Quando formarem os grupos AM, EM e
da escrita, que conta com vogais e consoantes, a Fonéti-
EN, em final de palavra - somente em final de palavra -
ca se ocupa dos fonemas (= sons); são eles as vogais, as
sendo representadas foneticamente por Y ou W.
consoantes e as semivogais.

 Ressôo Nasal = Quando estiverem após vogal, na


 Vogal = São as cinco já conhecidas - a, e, i, o, u -
mesma sílaba que ela, excetuando os três grupos aci-
quando funcionam como base de uma sílaba. Em cada
ma. Indica que o M e o N não são pronunciados, ape-
sílaba há apenas uma vogal. NUNCA HAVERÁ MAIS
nas tornam a vogal nasal, portanto haverá duas letras
DO QUE UMA VOGAL EM UMA MESMA SÍLABA.
(a vogal + M ou N) com um fonema só (a vogal nasal).
 Consoante = Qualquer letra - ou conjunto de letras
Por exemplo, na palavra manchem, terceira pessoa do
representando um som só - que só possa ser soada
plural do presente do subjuntivo do verbo manchar, tere-
com o auxílio de uma vogal (com + soante = soa
mos o seguinte: man-chem,
com...). Na fonética são consoantes b, d, f, g (ga, go,
gu), j (ge, gi, j) k (c ou qu), l, m (antes de vogal), n (an-
 2 vogais = a, e;
tes de vogal), p, r, s (s, c, ç, ss, sc, sç, xc), t, v, x (inclusi-
 2 consoantes = o 1º m, x(ch);
ve ch), z (s, z), nh, lh, rr.
 1 semivogal = y (o 2º m);
 1 ressôo nasal = an (ã).
 Semivogal = São as letras e, i, o e u quando formarem
sílaba com uma vogal, antes ou depois dela, e as letras
mãxẽy.
m e n, nos grupos AM, EM e EN, em final de palavra -
somente em final de palavra.
ENCONTROS VOCÁLICOS
Quando a semivogal possuir som de i, será representada
foneticamente pela letra Y; com som de u, pela letra W. É o agrupamento de vogais e semivogais. Há três tipos de
encontros vocálicos:
Então teremos, por exemplo, na palavra caixeiro, que se
separa silabicamente cai-xei-ro, o seguinte:  Hiato = É o agrupamento de duas vogais, cada uma em
uma sílaba diferente.
 3 vogais = a, e, o;
 3 consoantes = k (c), x, r;  Lu-a-na, a-fi-a-do, pi-a-da
 2 semivogais = y (i, i).
 Ditongo = É o agrupamento de uma vogal e uma semi-
Representando a palavra foneticamente, ficaremos com vogal, em uma mesma sílaba. Quando a vogal estiver
kayxeyro. antes da semivogal, chamaremos de Ditongo Decres-
cente, e, quando a vogal estiver depois da semivogal,
Na palavra artilheiro, ar-ti-lhei-ro, o seguinte: de Ditongo Crescente. Chamaremos ainda de oral e
nasal, conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou
 4 vogais = a, i, e, o; pela boca.
 4 consoantes = r, t, lh, r;
 1 semivogal = y (i).  Cai-xa = Ditongo decrescente oral.
 Cin-quen-ta = Ditongo crescente nasal, com a ocorrên-
Foneticamente = artiĹeyro. cia do Ressôo Nasal.
 Tritongo = É o agrupamento de uma vogal e duas se- ENCONTROS CONSONANTAIS
mivogais. Também pode ser oral ou nasal.
É o agrupamento de consoantes. Há três tipos de encon-
 A-guei = Tritongo oral. tros consonantais:
 Á-guem = Tritongo nasal, com a ocorrência da semivo-  Encontro Consonantal Puro = É o agrupamento de
gal m. consoantes, lado a lado, na mesma sílaba.

Além desses três, há dois outros encontros vocálicos  Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na
importantes:
 Encontro Consonantal Disjunto = É o agrupamento de
 Iode(glide) = É o agrupamento de uma semivogal entre consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes.
duas vogais.
 ap-to, cac-to, as-pec-to
São aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu,
em qualquer lugar da palavra - começo, meio ou fim. Fo-  Encontro Consonantal Fonético = É a letra x com som
neticamente, ocorre duplo ditongo ou tritongo + ditongo, de ks.
conforme o número de semivogais. A Iode será represen-
tada com duplo Y: ay-ya, ey-ya, representando o "y" um  Maxi, nexo, axila = maksi, nekso, aksila.
fonema apenas, e não dois como possa parecer. A palavra
vaia, então, tem quatro letras (v - a - i - a) e quatro fone- Não se esqueça de que as letras M e N pós-vocálicas não
mas (v - a - y - a), sendo que o "y" pertence a duas sílabas, são consoantes, e sim semivogais ou simples sinais de
não havendo, no entanto, "silêncio" entre as duas no mo- nasalização (ressôo nasal).
mento de pronunciar a palavra.
DÍGRAFOS
 Vau = O mesmo que a Iode, porém com a semivogal W.
Dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um
 Pi-au-í = Vau, com a representação fonética Pi-aw-wi.
fonema. Os principais dígrafos são rr, ss, sc, sç, xc, xs, lh,
nh, ch, qu, gu. Representam-se os dígrafos por letras mai-
Com o "w" ocorre o mesmo que ocorreu com o "y", ou seja,
ores que as demais, exatamente para estabelecer a dife-
representa um fonema apenas.
rença entre uma letra e um dígrafo. Qu e gu só serão dí-
grafos, quando estiverem seguidos de e ou i, sem trema.
Ocorrem, também, na Língua Portuguesa, encontros vocá-
Os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs têm suas letras separa-
licos que ora são pronunciados como ditongo, ora como
das silabicamente; lh, nh, ch, qu, gu, não.
hiato. São eles:
arroz = ar-roz - aRos;
 Sinérese = São os agrupamentos ae, ao, ea, ee, eo, ia,
assar = as-sar - aSar;
ie, io, oa, oe, ua, ue, uo, uu.
nascer = nas-cer - naSer;
desço = des-ço - deSo;
 Ca-e-ta-no, Cae-ta-no; ge-a-da, gea-da; com-pre-en-der,
exceção = ex-ce-ção - eSesãw;
com-preen-der; Na-tá-li-a, Na-tá-lia; du-e-lo, due-lo; du-
exsudar = ex-su-dar - eSudar;
un-vi-ra-to, duun-vi-ra-to.
alho = a-lho - aĹo;
banho = ba-nho - baÑo;
 Diérese = São os agrupamentos ai, au, ei, eu, iu, oi, ui.
cacho = ca-cho - kaXo;
querida = que-ri-da - Kerida;
 re-in-te-grar, rein-te-grar; re-u-nir, reu-nir; di-u-tur-no, diu-
sangue = san-gue - sãGe.
tur-no.
 Dígrafo Vocálico = É o outro nome que se dá ao
Obs.: Há palavras que, mesmo contendo esses agru-
Ressôo Nasal, pelo fato de serem duas letras com um
pamentos não sofrem sinérese ou diérese. Há que se
fonema vocálico.
ter bom senso, no momento de se separarem as síla-
bas. Nas palavras rua, tia, magoa, por exemplo, é claro
 sangue = san-gue - sãGe
que só há hiato.
Não confunda dígrafo com encontro consonantal, que é o
encontro de consoantes, cada uma representando um
fonema.
SEPARAÇÃO SILÁBICA  Separam-se as vogais idênticas e os grupos conso-
nantais cc e cç: Lembre-se de que há autores que clas-
A divisão silábica deve ser feita a partir da soletração, ou sificam ee e uu como sinérese, ou seja, aceitam como
seja, dando o som total das letras que formam cada síla- hiato ou como ditongo essas vogais idênticas.
ba, cada uma de uma vez. Ex.
 Ca-a-tin-ga  Ni-i-lis-mo
Usa-se o hífen para marcar a separação silábica.
 Re-es-tru-tu-rar  Du-un-vi-ra-to
 Vô-o
NORMAS PARA A DIVISÃO SILÁBICA:
PREFIXOS TERMINADOS EM CONSOANTE:
 Não se separam os ditongos e tritongos: Como ditongo
é o encontro de uma vogal com uma semivogal na
 Ligados a palavras iniciadas por consoante: Cada con-
mesma sílaba, e tritongo, o encontro de uma vogal
soante fica em uma sílaba, pois haverá a formação de
com duas semivogais também na mesma sílaba, é evi-
encontro consonantal impuro.
dente que eles não se separam silabicamente. Por
exemplo: Ex.
 Des-te-mi-do  Hi-per-mer-ca-do
Ex.
 Trans-pa-ren-te  Sub-ter-râ-neo
 Au-las / au = ditongo decrescente oral.
 Guar-da / ua = ditongo crescente oral.
 Ligados a palavras iniciadas por vogal: A consoante do
 A-guei / uei = tritongo oral.
prefixo ligar-se-á à vogal da palavra.

 Separam-se as vogais dos hiatos: Como hiato é o en-


Ex.
contro de duas vogais em sílabas diferentes, obvia-
 Su-ben-ten-di-do  Hi-pe-ra-mi-go
mente as vogais se separam silabicamente. Cuidado,
 Tran-sal-pi-no  Su-bal-ter-no
porém, com a sinérese ee e uu, conforme estudamos
em encontros vocálicos. Por exemplo:
TRANSLINEAÇÃO
Ex.
 Pi-a-da / ia = hiato Translineação é a mudança, na escrita, de uma linha para
 Ca-ir / ai = hiato outra, ficando parte da palavra no final da linha superior e
 Ci-ú-me / iú = hiato parte no início da linha inferior.
 Com-pre-en-der ou com-preen-der (sinérese)
Regras para a translineação:
 Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, qu, gu:
Ex. a) Não se deve deixar apenas uma letra pertencente a
 Cho-ca-lho / ch, lh = dígrafos inseparáveis. uma palavra no início ou no final de linha.
 Qui-nhão / qu, nh = dígrafos inseparáveis. Por exemplo:
 Gui-sa-do / gu = dígrafo inseparável.  em translineações são inadequadas as separações:
"pesso-a", "a-í", samambai-a", "a-meixa", "e-tíope", "or-
 Separam-se os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs: tografi-a".
Ex.
 Ex-ces-so / xc, ss = dígrafos separáveis. b) Não se deve, em final ou início de linha, quando a se-
 Flo-res-cer / sc = dígrafo separável. paração for efetuada, deixar formar-se palavra estra-
 Car-ro-ça / rr = dígrafo separável. nha ao contexto.
 Des-ço / sç = dígrafo separável.
Por exemplo:
 em translineações são inadequadas as separações:
 Separam-se os encontros consonantais impuros: En-
"presi-dente", "samam-baia", "quero-sene", "fa-lavam",
contros consonantais impuros, ou disjuntos, são con-
"para-guaia".
soantes em sílabas diferentes.
Ex. c) Na translineação de palavras com hífen, se a partição
 Es-co-la coincide com o fim de um dos elementos, não se deve
 E-ner-gi-a repetir o hífen na linha seguinte.
 Res-to
Por exemplo:
 pombocorreio e não pombo-correio.
REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA Exemplos:

Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tê-
palavras mais numerosas são as paroxítonas, seguidas nue, cárie, ingênuo, início
pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -
e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas Oxítonas
paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas gra-
ficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco nume- Sílaba tônica: última
rosas, são sempre acentuadas.
Acentuam-se as oxítonas terminadas em:
Proparoxítonas
a(s): sofá, sofás
Sílaba tônica: antepenúltima e(s): jacaré, vocês
o(s): paletó, avós
As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente.
em, ens: ninguém, armazéns
Exemplos:
Monossílabos
trágico, patético, árvore
Os monossílabos, conforme a intensidade com que se
Paroxítonas proferem, podem ser tônicos ou átonos.

Sílaba tônica: penúltima Monossílabos Tônicos

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: Possuem autonomia fonética, sendo proferidos fortemen-
te na frase onde aparecem. Acentuam-se os monossíla-
l fácil bos tônicos terminados em:

n pólen
a(s): lá, cá
r cadáver e(s): pé, mês
ps bíceps o(s): só, pó, nós, pôs
x tórax
us vírus Monossílabos Átonos

i, is júri, lápis
Não possuem autonomia fonética, sendo proferidos fra-
om, ons iândom, íons camente, como se fossem sílabas átonas do vocábulo a
um, uns álbum, álbuns que se apoiam.
órfã, órfãs, ór-
ã(s), ão(s) Exemplos:
fão, órfãos
ditongo oral (seguido
jóquei, túneis o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e,
ou não de s)
que, etc.

Observações:
Observações:

1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hí-


1) Os monossílabos átonos são palavras vazias de senti-
fen), mas as que terminam em "ens", não (hifens, jo-
do, vindo representados por artigos, pronomes oblí-
vens).
quos, elementos de ligação (preposições, conjunções).

2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r"


2) Há monossílabos que são tônicos numa frase e átonos
(semi, super).
em outras.

3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos


Exemplos:
crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s),
uo(s), io(s).
Você trouxe sua mochila para quê? (tônico) / Que tem Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma
dentro da sua mochila? (átono) paroxítona terminada em "r" (e não por possuir ditongo
aberto "ói").
Há sempre um mas para questionar. (tônico) / Eu sei seu
nome, mas não me recordo agora. (átono) Hiatos

Saiba que: Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com
a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou
Muitos verbos, ao se combinarem com pronomes oblí- acompanhados apenas de "s", desde que não sejam se-
quos, produzem formas oxítonas ou monossilábicas guidos por "-nh".
que devem ser acentuadas por acabarem assumindo
alguma das terminações contidas nas regras. Exemplos:

Exemplos: sa - í - da e - go - ís -mo sa - ú - de
beijar + a = beijá-la fez + o = fê-lo
dar + as = dá-las fazer + o = fazê-lo Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:

ju - iz ra - iz ru - im ca - ir
Acento de Insistência

Sentimentos fortes (emoção, alegria, raiva, medo) ou a Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados
simples necessidade de enfatizar uma ideia podem levar de -s na sílaba.
o falante a emitir a sílaba tônica ou a primeira sílaba de
certas palavras com uma intensidade e duração além do Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentua-
normal. dos não por serem hiatos, mas por outras razões. Veja os
exemplos abaixo:
Exemplos:
po-é-ti-co: proparoxítona
Está muuuuito frio hoje! bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo cres-
cente.
Deve haver equilíbrio entre exportação e importação. ja-ó: oxítona terminada em "o".

Regras Especiais
Verbos Ter e Vir
Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras
destinadas a pôr em evidência alguns detalhes sonoros Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do pre-
das palavras. Observe: sente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos
seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir, intervir,
etc.). Veja:
Ditongos Abertos

Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia Ele tem Eles têm
aberta em palavras oxítonas (éi e não êi), são acentuados. Ela vem Elas vêm
Veja:
Ele retém Eles retêm
éi (s): anéis, fiéis, papéis Ele intervém Eles intervêm
éu (s): troféu, céus
ói (s): herói, constrói, caubóis
Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre
obrigatoriamente, mesmo no singular. Distingue-se o
Obs.: os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxí-
plural do singular mudando o acento de agudo para cir-
tonas NÃO são acentuados.
cunflexo:

Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, he-


ele detém - eles detêm
roico, ideia, jiboia, joia, paranoia, plateia, etc.
ele advém - eles advêm.
Acento Diferencial CRASE

Na língua escrita, existem dois casos em que os acentos A palavra crase é de origem grega e significa "fusão",
são utilizados para diferenciar palavras homógrafas (de "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à
mesma grafia). Veja: "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importân-
cia a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a" (s),
a) pôde / pode com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos
pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o"a" do rela-
Pôde é a forma do pretérito perfeito do indicativo do ver- tivo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento gra-
bo poder. Pode é a forma do presente do indicativo. ve ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento
grave, depende da compreensão da fusão das duas vo-
Exemplos: gais. É fundamental também, para o entendimento da
crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exi-
O ladrão pôde fugir. gem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto,
O ladrão pode fugir. consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea
de uma preposição e um artigo ou pronome.
b) pôr / por
Observe:
Pôr é verbo e por é preposição. Exemplos:
Vou a a igreja.
Você deve pôr o livro aqui. Vou à igreja.
Não vá por aí!
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposi-
Saiba que: ção "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocor-
rência do artigo "a" que está determinando o substantivo
feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas
Para acentuar as formas verbais com pronome oblíquo
vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acen-
em ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do
to grave.
verbo), cada elemento deve ser considerado como uma
palavra independente. Observe:
Observe os outros exemplos:
jogá-lo
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acen-
to)
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer
algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não
lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)
pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo
indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposi-
jogá-lo-íamos
ção "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo
seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou
jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acen-
um dos pronomes já especificados.
to)

Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo


lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)
feminino "a" (s) ou de um pronome demonstrativo "a"
(s) após uma preposição "a":
íamos = proparoxítona (portanto, com acento)
1- Colocar um termo masculino no lugar do termo femini-
no que se está em dúvida. Se surgir a formação, ocor-
Acento Grave rerá crase antes do termo feminino.

O acento grave usa-se exclusivamente para indicar a cra- Veja os exemplos:


se da preposição "a" com os artigos a, as e com os de-
monstrativos a, as, aquele(s), aquela(s), aquilo: à, às, Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.
àquele(s), àquela Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.
2 - Trocar o termo regente acompanhado da preposi- Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
ção a por outro acompanhado de uma preposição dife- Entreguei a todos os documentos necessários.
rente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposi- Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
ções não se contraírem com o artigo, ou seja, se não Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho.
haverá crase. Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo.
Isso não interessa a nenhum de nós.
Veja os exemplos: Aonde você pretende ir a esta hora?
Agradeci a ele, a quem tudo devo.
- Penso na aluna.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos prono-
- Apaixonei-me pela aluna. mes podem ser identificados pelo método explicado ante-
riormente. Troque a palavra feminina por uma masculina,
- Começou a brigar. - Cansou de brigar. caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá cra-
se. Por exemplo:
- Insiste em brigar.
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
- Foi punido por brigar. Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláu-
- Optou por brigar. dio para sair mais cedo.)

Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a - Diante de numerais cardinais:
existência da preposição "a" ou do artigo "a", é preciso
provar que existem os dois. Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeonato.
Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposi-
ção do artigo feminino "a" (s), não haverá crase. Veja os Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
principais casos em que a crase NÃO ocorre:
- Diante de palavras femininas:
- Diante de substantivos masculinos:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Andamos a cavalo. Sempre vamos à praia no verão.
Fomos a pé. Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Passou a camisa a ferro. Sou grata à população.
Fazer o exercício a lápis. Fumar é prejudicial à saúde.
Compramos os móveis a prazo. Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
Assistimos a espetáculos magníficos.
- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda
- Diante de verbos no infinitivo: de" (mesmo que a expressão moda de fique subenten-
dida):
A criança começou a falar.
Ela não tem nada a dizer. O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Estavam a correr pelo parque. Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estou disposto a ajudar. O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
Continuamos a observar as plantas.
Voltamos a contemplar o céu. - Na indicação de horas:

Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos Acordei às sete horas da manhã.
que o "a" dos exemplos acima é apenas preposição, logo Elas chegaram às dez horas.
não ocorrerá crase. Foram dormir à meia-noite.
Ele saiu às duas horas.
- Diante da maioria dos pronomes e das expressões de
tratamento, com exceção das formas senhora, senhori- Obs.: com a preposição "até", a crase será facultativa.
ta e dona:
Por exemplo: Dormiram até as/às 14 horas.
- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo
que participam palavras femininas. Por exemplo: indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige prepo-
sição, portanto, ocorre a crase.
à tarde às ocultas às pressas à medida que
Observe este outro exemplo:
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
Aluguei aquela casa.
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não
à direita à procura à deriva à toa exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
Veja outros exemplos:
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Crase diante de Nomes de Lugar Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do Assisti àquele filme três vezes.
artigo "a". Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo Espero aquele rapaz.
que diante deles haverá crase, desde que o termo regente Fiz aquilo que você disse.
exija a preposição "a". Para saber se um nome de lugar Comprei aquela caneta.
admite ou não a anteposição do artigo feminino "a", deve-
se substituir o termo regente por um verbo que peça a Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais
preposição "de" ou "em". A ocorrência da contração "da"
ou "na" prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, A ocorrência da crase com os pronomes relativos a
por isso, haverá crase. qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege
esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É
Por exemplo: possível detectar a ocorrência da crase nesses casos,
utilizando a substituição do termo regido feminino por um
Vou à França. (Vim da França. Estou na França.) termo regido masculino.
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) Por exemplo:
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto
Alegre.) A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco. Estou em O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade.
Pernambuco.) Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a
Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. Estou em São crase.
Paulo.)
Veja outros exemplos:
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado,
ocorrerá crase. Veja: São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam
Irei à Salvador de Jorge Amado. responder nenhuma das questões.
A sessão à qual assisti estava vazia.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s),
Aquela (s), Aquilo Crase com o Pronome Demonstrativo "a"

Haverá crase diante desses pronomes sempre que o ter- A ocorrência da crase com o pronome demonstrati-
mo regente exigir a preposição "a". Por exemplo: vo "a" também pode ser detectada pela substituição do
termo regente feminino por um termo regido masculi-
Refiro-me a aquele atentado. no. Veja:
Preposição Pronome

Minha revolta é ligada à do meu país.


Refiro-me àquele atentado. Meu luto é ligado ao do meu país.
As orações são semelhantes às de antes.
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa. Contei a Laura o que ha-
Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa. Contei a Pedro o que havia
via ocorrido na noite pas-
Suas perguntas são superiores às dele. ocorrido na noite passada.
sada.
Seus argumentos são superiores aos dele.
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Contei à Laura o que ha- Contei ao Pedro o que havia
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
via ocorrido na noite pas- ocorrido na noite passada.
sada.
A Palavra Distância

- Diante de pronome possessivo feminino:


Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a
crase deve ocorrer. Por exemplo:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de pro-
nomes possessivos femininos porque é facultativo o uso
Sua casa fica à distância de 100 quilômetros daqui. (A
do artigo. Observe:
palavra está determinada.)

Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A Minha avó tem Minha irmã está
palavra está especificada.) setenta anos. esperando por você.

Se a palavra distância não estiver especificada, a cra- A minha avó tem A minha irmã está
se não pode ocorrer. Por exemplo: setenta anos. esperando por você.

Os militares ficaram a distância. Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pro-
Gostava de fotografar a distância. nomes possessivos femininos, então podemos escrever
Ensinou a distância. as frases abaixo das seguintes formas:
Dizem que aquele médico cura a distância.
Reconheci o menino a distância. Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambigui-
dade, pode-se usar a crase. Veja:
Diga a sua irmã que Diga a seu irmão que estou
Gostava de fotografar à distância. estou esperando por ela. esperando por ele.
Ensinou à distância.
Dizem que aquele médico cura à distância. Diga à sua irmã que Diga ao seu irmão que estou
estou esperando por ela. esperando por ele.
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
- Depois da preposição até:
- Diante de nomes próprios femininos:
Fui até a praia. ou Fui até à praia.
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes
Acompanhe-o Acompanhe-o
próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. ou
até a porta. até à porta.
Observe:
A palestra vai A palestra vai
até as cinco horas ou até às cinco horas
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
da tarde. da tarde.
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.

Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo


feminino diante de nomes próprios femininos, então po-
demos escrever as frases abaixo das seguintes formas: 01.Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de
crase é facultativo?
Entreguei o Entreguei o cartão
cartão a Paula. a Roberto. A) Minhas ideias são semelhantes às suas.
Entreguei o Entreguei o cartão B) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz
cartão à Paula. ao Roberto. C) Dei um presente à Mariana.
D) Fizemos alusão à mesma teoria.
E) Cortou o cabelo à Gal Costa.
02."O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que 10._____ dias não se consegue chegar _____ nenhuma das
acontece ao seu redor". localidades _____ que os socorros se destinam.

A) à - a - aquilo D) à - à - aquilo A) Há - à - a D) Há - a - a
B) a - a - àquilo E) à - à - àquilo B) A - a - a E) À - a - a
C) a - à - àquilo C) À - à - a

03."A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __- duas 11.Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro dispor para
quadras da Avenida Central". ouvir o que tem _____ dizer.

A) à - há D) à - a A) a - à - a D) à - à - à
B) a - à E) à - à B) à - a - a E) a - a - a
C) a - há C) à - à - a

04."O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, 12.No tocante _____ empresa _____ que nos propusemos
radicado ___ tempos em São Paulo, e se exibe diaria- _____ dois meses, nada foi possível fazer.
mente ___ hora do almoço".
A) àquela - à - à D) aquela - à - à
A) o - à - a D) o - há - a B) aquela - a - a E) àquela - a - há
B) ao - há - à E) o - a - a C) àquela - à - há
C) ao - a - a
13.Chegou-se _____ conclusão de que a escola também é
05."Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas importante devido _____ merenda escolar que é distri-
já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias". buída gratuitamente _____ todas as crianças.

A) à - àqueles - a - há D) à - àqueles - a - a A) à - à - à D) à - à - a
B) a - àqueles - a - há E) a - aqueles - à - há B) a - à - a E) à - a - a
C) a - aqueles - à - a C) a - à - à

06.Assinale a frase gramaticalmente correta: 14.A tese _____ aderimos não é aquela _____ defendêra-
mos no debate sobre os resultados da pesquisa.
A) O Papa caminhava à passo firme.
B) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz. A) a qual - que D) a que - a que
C) Chegou à noite, precisamente as dez horas. B) a que - que E) a qual a que
D) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas. C) à que - a que
E) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.
15.Em relação _____ mímica, deve-se dizer que ela exerce
07.O Ministro informou que iria resistir _____ pressões função paralela _____ da linguagem.
contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição
da casa própria. A) a - a D) à - aquela
B) à - à E) a - àquela
A) às - àquelas - à D) às - aquelas - à C) a - à
B) as - aquelas - a E) as - àquelas - à
C) às àquelas - a 16.Foi _____ mais de um século que, numa reunião de
escritores, se propôs a maldição do cientista que redu-
08.A alusão _____ lembranças da casa materna trazia zira o arco-íris _____ simples matéria: era uma ameaça
_____ tona uma vivência _____ qual já havia renunciado. _____ poesia.

A) às - a - a D) às - à - à A) a - a - à D) a - a - a
B) as - à - há E) às - a - há B) há - à - a E) há - a - à
C) as - a - à C) há - à - à

09.Use a chave ao sair ou entrar __________ 20 horas. 17.A estrela fica _____ uma distância enorme, _____ milha-
res de anos-luz, e não é visível _____ olho nu.
A) após às D) após a
B) após as E) após à A) a - à - à D) à - à - a
C) após das B) a - a - a E) à - a - à
C) à - a - a
18.Estava __________ na vida, vivia _____ expensas dos 25.Eis o lema _____ sempre obedecia: ódio _____ guerra e
amigos. aversão _____ injustiças.

A) atoa - as D) à toa - às A) à que - à - as


B) a toa - à E) à toa - as B) à que - à - às
C) a tôa - às C) a que - à - às
D) a que - à - as
19.Estavam _____ apenas quatro dias do início das aulas, E) a que - a - as
mas ele não estava disposto _____ retomar os estudos.
26.Faltou _____ todas as reuniões e recusou-se _____ obe-
A) há - à D) há - a decer _____ decisões da assembleia.
B) a - a E) a - à
A) a - a - as
C) à - a
B) a - a - às
C) a - à - às
20.Disse _____ ela que não insistisse em amar _____ quem
D) à - a - às
não _____ queria.
E) à - à - às
A) a - a - a D) à - à - à
27.Expunha-se _____ uma severa punição, porque as or-
B) a - a - à E) a - à - à
dens _____ quais se opunha eram rigorosas e destina-
C) à - a - a
vam-se _____ funcionárias daquele setor.
21.Quanto _____ suas exigências, recuso-me _____ levá-las
A) a - as - às
_____ sério.
B) à - às - as
C) à - as - às
A) às - à - a D) à - a - à
D) à - às - às
B) a - a - a E) as - a - a
E) a - às - às
C) as - à - à
28._____ alguns meses o Ministro revelou-se disposto
22.Quanto _____ problema, estou disposto, para ser coe-
_____ abrir _____ discussões em torno do acesso dos
rente __________ mesmo, _____ emprestar-lhe minha co-
candidatos e dos partidos _____ televisão.
laboração.
A) A - a - as - à
A) aquele - para mim - a D) aquele - por mim - a
B) Há - a - às - a
B) àquele - comigo - a E) àquele - para mim - à
C) A - à - às - a
C) aquele - comigo - à
D) Há - à - as - à
E) Há - a - as - à
23.A lâmpada _____ cuja volta estavam mariposas _____
voar, emitia luz _____ grande distância.
29._____ Igreja cabe propugnar pelos princípios éticos e
A) a - à - à D) a - a - a morais que devem reger _____ vida das comunidades,
B) à - a - à E) à - a - a enquanto _____ política deve visar ao bem comum.
C) a - à - a
A) A-à-à
24.Aquela candidata _____ rainha de beleza, quando foi B) À-a-a
_____ televisão, pôs-se _____ roer as unhas. C) À-à-a
D) À-à-à
A) à-à-a E) A-a-a
B) à-a-à
C) a-a-à
D) à-à-à
E) a-à-a 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C C D B B D A D B D
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B E D B B E B D B A
21 22 23 24 25 26 27 28 29 
B B D E C B E E B
DESINÊNCIAS

É a terminação das palavras, flexionadas ou variáveis,


posposta ao radical, com o intuito de modificá-las. Modi-
ficamos os verbos, conjugando-os; modificamos os subs-
ESTRUTURA DAS PALAVRAS tantivos e os adjetivos em gênero e número. Existem dois
tipos de desinências:
Estudar a estrutura das palavras é estudar os elementos
que formam a palavra, denominados de morfemas. São os Desinências verbais
seguintes os morfemas da Língua Portuguesa.
 Modo-temporais = indicam o tempo e o modo. São
RADICAL quatro as desinências modo-temporais:

O que contém o sentido básico do vocábulo. Aquilo que  -va- e -ia-, para o Pretérito Imperfeito do Indicativo =
permanecer intacto, quando a palavra for modificada. estudava, vendia, partia.
 -ra-, para o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo =
Ex. falar, comer, dormir, casa, carro. estudara, vendera, partira.
 -ria-, para o Futuro do Pretérito do Indicativo = estuda-
Obs: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, ria, venderia, partiria.
retirando-se a terminação AR, ER ou IR.  -sse-, para o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo = estu-
dasse, vendesse, partisse.

VOGAL TEMÁTICA  Número-pessoais = indicam a pessoa e o número. São


três os grupos das desinências número pessoais.
Nos verbos, são as vogais A, E e I, presentes à terminação
verbal. Elas indicam a que conjugação o verbo pertence:  Grupo I: i, ste, u, mos, stes, ram, para o Pretérito Perfei-
to do Indicativo = eu cantei, tu cantaste, ele cantou,
 1ª conjugação = Verbos terminados em AR. nós cantamos, vós cantastes, eles cantaram.
 2ª conjugação = Verbos terminados em ER.
 3ª conjugação = Verbos terminados em IR.  Grupo II: -, es, -, mos, des, em, para o Infinitivo Pessoal
e para o Futuro do Subjuntivo = Era para eu cantar, tu
Obs.: O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, já que pro- cantares, ele cantar, nós cantarmos, vós cantardes,
veio do antigo verbo poer. eles cantarem. Quando eu puser, tu puseres, ele puser,
nós pusermos, vós puserdes, eles puserem.
Nos substantivos e adjetivos, são as vogais A, E, I, O e U,
no final da palavra, evitando que ela termine em consoan-  Grupo III: -, s, -, mos, is, m, para todos os outros tem-
te. Por exemplo, nas palavras meia, pente, táxi, couro, pos = eu canto, tu cantas, ele canta, nós cantamos,
urubu. vós cantais, eles cantam.

Cuidado para não confundir vogal temática de substantivo e Desinências nominais


adjetivo com desinência nominal de gênero, que estudare-
mos mais à frente.  de gênero = indica o gênero da palavra. A palavra terá
desinência nominal de gênero, quando houver a
TEMA oposição masculino - feminino. Por exemplo: cabelei-
reiro - cabeleireira. A vogal a será desinência nominal
É a junção do radical com a vogal temática. Se não existir de gênero sempre que indicar o feminino de uma pala-
a vogal temática, o tema e o radical serão o mesmo ele- vra, mesmo que o masculino não seja terminado em o.
mento; o mesmo acontecerá, quando o radical for termi- Por exemplo: crua, ela, traidora.
nado em vogal. Por exemplo, em se tratando de verbo, o
tema sempre será a soma do radical com a vogal temáti-  de número = indica o plural da palavra. É a letra s, so-
ca - estuda, come, parti; em se tratando de substantivos e mente quando indicar o plural da palavra. Por
adjetivos, nem sempre isso acontecerá. Vejamos alguns exemplo: cadeiras, pedras, águas.
exemplos: No substantivo pasta, past é o radical, a, a vo-
gal temática, e pasta o tema; já na palavra leal, o radical e
o tema são o mesmo elemento - leal, pois não há vogal
temática; e na palavra tatu também, mas agora, porque o
radical é terminado pela vogal temática.
AFIXOS Os dois processos principais

São elementos que se juntam a radicais para formar no- DERIVAÇÃO:


vas palavras. São eles:
É o processo pelo qual uma palavra nova (derivada) for-
 Prefixo: É o afixo que aparece antes do radical. Por ma-se a partir de uma única outra palavra já existente
exemplo destampar, incapaz, amoral. (chamada primitiva). Em gera, a derivação se dá pelo
acréscimo de prefixo ou sufixo à palavra primitiva. A deri-
 Sufixo: É o afixo que aparece depois do radical, do vação pode ocorrer das seguintes maneiras:
tema ou do infinitivo. Por exemplo pensamento, acu-
sação, felizmente.  Derivação prefixal: quando acrescentamos um prefixo
à palavra primitiva.
VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO
Ex.:
São vogais e consoantes que surgem entre dois morfe- RE (prefixo) + fazer (palavra primitiva) = refazer (deriv.
mas, para tornar mais fácil e agradável a pronúncia de prefixal)
certas palavras.
 Derivação sufixal: quando acrescentamos um sufixo à
Por exemplo: palavra primitiva.

 flores, bambuzal, gasômetro, canais. Ex.:


ponta (palavra primitiva) + EIRO (sufixo) = ponteiro (deriv.
sufixal)
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
 Derivação parassintética (ou parassíntese): ocorre
De que maneira um idioma pode crescer, aumentar o nú- quando a um determinado radical acrescentam-se, ao
mero de palavras que o compõe? Cada língua tem seus mesmo tempo, um prefixo e um sufixo.
mecanismos próprios de formação de novas palavras. No
caso específico do português, existem alguns processos, Ex.:
sendo que os dois mais importantes são a derivação e a RE (prefixo) + pátria (palavra primitiva) + AR (sufixo) =
composição. repatriar (parassíntese)

Para que você possa diferenciar bem esses processos e, OBS: A palavra só é formada por parassíntese se, ao ti-
com isso, evitar erros na resolução de exercícios, vamos rarmos o prefixo ou sufixo, ela deixar de ter sentido.
inicialmente fazer a distinção entre três tipos de palavras: Não existe, por exemplo, patriar. Se, tirando o prefixo
ou sufixo, a palavra continuar com sentido, dizemos
 Palavra primitiva: é toda palavra que não nasce de que ela foi formada por derivação prefixal e sufixal. Ex.:
outra, dentro da língua portuguesa. infelizmente

Ex.: rua, sol, pedra, cidade etc.


 Derivação regressiva: nesse caso, ao contrário dos
A palavra primitiva pode servir de ponto de partida para a anteriores, a palavra não aumenta sua forma, e sim
formação de outras palavras. diminui, reduz-se. Esse processo dá, principalmente,
origem a substantivos a partir de verbos e ocorre com
 Palavra derivada: é toda palavra que ser forma a partir a substituição da terminação do verbo pelas desinên-
de uma outra palavra pré-existente. cias A, E, O. Convém notar que todo substantivo for-
mado por derivação regressiva termina em A, E ou O e
Ex.: novidade (novo); ensolarada (sol). indica uma ação.

 Palavra composta: é toda palavra que se forma a partir Para exemplificar esse processo, vamos considerar as
da reunião de duas ou mais palavras (ou radicais). duas palavra grifadas na frase:

Ex.: pontapé (ponta+pé); azul-claro (azul+claro) O resgate dos passageiros foi feito através da âncora.

 resgate: termina em e e indica a ação de resgatar, por-


tanto é formada por derivação regressiva
 âncora: termina em a, mas não indica ação, portanto
não é formada por derivação regressiva. Trata-se de
uma palavra primitiva.

 Derivação imprópria: é a passagem de uma palavra


que pertencente a determinada classe gramatical
(substantivo, adjetivo, advérbio etc.) para outra classe.

Ex.:
fumar (é verbo) → o fumar (é substantivo)
claro (é adjetivo) → ela fala claro (é advérbio)

Note que a palavra muda de classe gramatical sem sofrer


modificação em sua forma.

COMPOSIÇÃO

Uma palavra é formada por composição quando, para


constituí-la, juntam-se duas ou mais palavras (ou radi-
cais). A composição pode ser de dois tipos:

 Composição justaposição: quando as duas (ou mais)


palavras que se juntam não perdem nenhum fonema,
mantendo, por isso, a pronúncia que apresentam antes
da composição.

Ex.:
passatempo (passa + tempo); couve-flor (couve + flor);
girassol (gira + sol); pé-de-moleque (pé + de + moleque)

 Composição por aglutinação: quando pelo menos uma


das palavra que se unem perde um ou mais fonemas,
sofrendo, assim, uma mudança em sua pronúncia.

Ex.:
petróleo (petra + óleo); fidalgo (filho + de + algo).

OS PROCESSOS SECUNDÁRIOS

Além dos dois processos principais já estudados (deriva-


ção e composição), temos ainda dois outros processos
que, embora menos importantes, também contribuem
para a formação de novas palavras em português. São
eles:

 Hibridismo: uma palavra é formada por hibridismo


quando na constituição dela entram palavras perten-
centes a idiomas diferentes.

Ex.: sócio (latim) + logia (grego) = sociologia

 Onomatopeia: quando a palavra nasce de uma tentati-


va de reproduzir os sons da natureza.

Ex.: tique-taque, reco-reco, zunzum


5. palavra que por si só designa a substância, ou seja, um
ser real ou metafísico; palavra com que se nomeiam os
(SUBSTANTIVO, ADJETIVO, ARTIGO, seres, atos ou conceitos; nome: Há-kodesh é na ori-
NUMERAL, PRONOME E VERBO) gem um substantivo feminino (VEJ); Planctus era um
particípio passado e não um substantivo (ACM)
SUBSTANTIVO
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-
tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as 1. Substantivos Comuns e Próprios
quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e
fenômenos, os substantivos também nomeiam: Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com
muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas
 lugares: Alemanha, Porto Alegre... (no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro
 sentimentos: raiva, amor... de uma cidade (em oposição aos bairros).
 estados: alegria, tristeza...
 qualidades: honestidade, sinceridade... Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e
 ações: corrida, pescaria... edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será chamada
cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substan-
MORFOSSINTAXE DO SUBSTANTIVO tivo comum.

Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral  Substantivo Comum: é aquele que designa os seres de
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: uma mesma espécie de forma genérica.
atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais
(objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, ca-
ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou chorro.
do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do
objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontra-  Estamos voando para Barcelona.
mos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais
e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são de- O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espé-
sempenhadas por grupos de palavras. cie cidade. Esse substantivo é próprio.

Você sabia que a palavra substantivo também pode ser  Substantivo Próprio: é aquele que designa os seres de
um adjetivo? uma mesma espécie de forma particular.

Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, do Dicioná- Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
rio de usos do português do Brasil, de Francisco S. Borba.
Observe que as quatro primeiras acepções se referem à 2. Substantivos Concretos e Abstratos
palavra em sua atuação como adjetivo.

Substantivo Adj [Qualificador de nome não animado]

1. que tem substância ou essência: destacava-se entre


os homens hábeis daquele país o hábito de fazer uma
conversa prosseguir horas a fio, sem que a proposta
substantiva ganhasse clara configuração (REP); se LÂMPADA MALA
olham as coisas não pelos resultados substanti-
vos(VEJ); Os substantivos lâmpada e mala designam seres com
2. essencial; profundo: eu te amo por você mesma, de um existência própria, que são independentes de outros se-
modo substantivo e positivo(LC) res. São assim, substantivos concretos.
3. fundamental; essencial: o submarino foi um elemento
adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo na II Guerra  Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que
(VEJ) existe, independentemente de outros seres.
4. que equivale a um substantivo, ou que o traz implícito:
onde é que está a ideia substantiva no meio desses Obs.: os substantivos concretos designam seres do
adjetivos?(CNT) . Nm mundo real e do mundo imaginário.
 Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra,  alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada;
Brasília, etc.  aluno - classe;
 Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantas-  amigo - (quando em assembleia) tertúlia;
ma, etc.  animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de uma regi-
ão) fauna, (manada de cavalgaduras) récua, récova,
Observe agora: (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça,
 Beleza exposta para reprodução) plantel, (ferozes ou selvagens) alca-
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. teia;
 anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria;
O substantivo beleza designa uma qualidade.  apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta, ins-
trumental;
 Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que  aplaudidor - (quando pagos) claque;
dependem de outros para se manifestar ou existir.  arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento;
 argumento - carrada, monte, montão, multidão;
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser  arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu;
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa  arroz - batelada;
ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser  artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco;
para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um subs-  árvore - (quando em linha) alameda, carreira, rua, sou-
tantivo abstrato. to, (quando constituem maciço) arvoredo, bosque,
(quando altas, de troncos retos a aparentar parque ar-
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, tificial) malhada;
ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abs-  asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte;
traídos, e sem os quais não podem existir.  asno - manada, récova, récua;
 assassino - choldra, choldraboldra;
Por exemplo: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem  assistente - assistência;
(ação), saudade (sentimento).  astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo)
constelação;
3. Substantivos Coletivos  ator - elenco;
 autógrafo - (quando em lista especial de coleção) ál-
 Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, bum;
outra abelha, mais outra abelha.  ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem;
 Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.  avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha;
 Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.  bala - saraiva, saraivada;
 bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba;
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi neces-  bêbado - corja, súcia, farândola;
sário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,  boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo,
mais outra abelha... junta, manada, rebanho, tropa;
 bomba - bateria;
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.  borboleta - boana, panapaná;
 botão - (de qualquer peça de vestuário) abotoadura,
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singu- (quando em fileira) carreira;
lar (enxame) para designar um conjunto de seres da  brinquedo - choldra;
mesma espécie (abelhas).  burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, (quando
carregado) comboio;
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.  busto - (quando em coleção) galeria;
 cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, madeixa, (con-
 Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, forme a separação) marrafa, trança;
mesmo estando no singular, designa um conjunto de  cabo - cordame, cordoalha, enxárcia;
seres da mesma espécie.  cabra - fato, malhada, rebanho;
 cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira,
PRINCIPAIS SUBSTANTIVOS linha, renque;
E SUAS FORMAS COLETIVAS:  cálice - baixela;
 cameleiro - caravana;
 abelha - enxame, cortiço, colmeia;  camelo - (quando em comboio) cáfila;
 abutre - bando;  caminhão - frota;
 acompanhante - comitiva, cortejo, séquito;
 canção - (quando reunidas em livro) cancioneiro,  doze - (coisas ou animais) dúzia;
(quando populares de uma região) folclore;  ébrio - Ver bêbado;
 canhão - bateria;  égua - Ver cavalo;
 cantilena - salsada;  elefante - manada;
 cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, matilha;  erro - barda;
 capim - feixe, braçada, paveia;  escravo - (quando da mesma morada) senzala, (quan-
 cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando reunidos do para o mesmo destino) comboio, (quando aglome-
para a eleição do papa) conclave, (quando reunidos rados) bando;
sob a direção do papa) consistório;  escrito - (quando em homenagem a homem ilustre)
 carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, rebanho; polianteia, (quando literários) analectos, antologia, co-
 carro - (quando unidos para o mesmo destino) com- letânea, crestomatia, espicilégio, florilégio, seleta;
boio, composição, (quando em desfile) corso;  espectador - (em geral) assistência, auditório, plateia,
 carta - (em geral) correspondência; (quando contratados para aplaudir) claque;
 casa - (quando unidas em forma de quadrados) quar-  espiga - (quando atadas) amarrilho, arregaçada, atado,
teirão, quadra; atilho, braçada, fascal, feixe, gavela, lio, molho, paveia;
 castanha - (quando assadas em fogueira) magusto;  estaca - (quando fincadas em forma de cerca) paliça-
 cavalariano - (de cavalaria militar) piquete; da;
 cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel;  estado - (quando unidos em nação) federação, confe-
 cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, récua, tro- deração, república;
pa, tropilha;  estampa - (quando selecionadas) iconoteca, (quando
 cavalo - manada, tropa; explicativas) atlas;
 cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada,  estátua - (quando selecionadas) galeria;
enfiada, réstia;  estrela - (quando cientificamente agrupadas) conste-
 cédula - bolada, bolaço; lação, (quando em quantidade) acervo, (quando em
 chave - (quando num cordel ou argola) molho, penca; grande quantidade) miríade;
 célula - (quando diferenciadas igualmente) tecido;  estudante - (quando da mesma escola) classe, turma,
 cereal - (em geral) fartadela, fartão, fartura, (quando (quando em grupo cantam ou tocam) estudantina,
em feixes) meda, moreia; (quando em excursão dão concertos) tuna, (quando vi-
 cigano - bando, cabilda, pandilha; vem na mesma casa) república;
 cliente - clientela, freguesia;  fazenda - (quando comerciáveis) sortimento;
 coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajuntamento,  feiticeiro - (quando em assembleia secreta) conciliábu-
chusma, coleção, cópia, enfiada, (quando antigas e em lo;
coleção ordenada) museu, (quando em lista de anota-  feno - braçada, braçado;
ção) rol, relação, (em quantidade que se pode abranger  filme - filmoteca, cinemoteca;
com os braços) braçada, (quando em série) sequência,  fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando metáli-
série, sequela, coleção, (quando reunidas e sobrepos- cos e reunidos em feixe) cabo;
tas) monte, montão, cúmulo;  flecha - (quando caem do ar, em porção) saraiva, sa-
 coluna - colunata, renque; raivada;
 cônego - cabido;  flor - (quando atadas) antologia, arregaçada, braçada,
 copo - baixela; fascículo, feixe, festão, capela, grinalda, ramalhete, bu-
 corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo lia- quê, (quando no mesmo pedúnculo) cacho;
me) maço, (de navio) enxárcia, cordame, massame,  foguete - (quando agrupados em roda ou num traves-
cordagem; são) girândola;
 correia - (em geral) correame, (de montaria) apeira-  força naval - armada;
gem;  força terrestre - exército;
 credor - junta, assembleia;  formiga - cordão, correição, formigueiro;
 crença - (quando populares) folclore;  frade - (quanto ao local em que moram) comunidade,
 crente - grei, rebanho; convento;
 depredador - horda;  frase - (quando desconexas) apontoado;
 deputado - (quando oficialmente reunidos) câmara,  freguês - clientela, freguesia;
assembleia;  fruta - (quando ligadas ao mesmo pedúnculo) cacho,
 desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, súcia, tro- (quanto à totalidade das colhidas num ano) colheita,
ça, turba; safra;
 diabo - legião;  fumo - malhada;
 dinheiro - bolada, bolaço, disparate;  gafanhoto - nuvem, praga;
 disco - discoteca;  garoto - cambada, bando, chusma;
 gato - cambada, gatarrada, gataria;  médico - (quando em conferência sobre o estado de
 gente - (em geral) chusma, grupo, multidão, (quando um enfermo) junta;
indivíduos reles) magote, patuleia, poviléu;  menino - (em geral) grupo, bando, (depreciativamente)
 grão - manípulo, manelo, manhuço, manojo, manolho, chusma, cambada;
maunça, mão, punhado;  mentira - (quando em sequência) enfiada;
 graveto - (quando amarrados) feixe;  mercadoria - sortimento, provisão;
 gravura - (quando selecionadas) iconoteca;  mercenário - mesnada;
 habitante - (em geral) povo, população, (quando de  metal - (quando entra na construção de uma obra ou
aldeia, de lugarejo) povoação; artefato) ferragem;
 herói - falange;  ministro - (quando de um mesmo governo) ministério,
(quando reunidos oficialmente) conselho;
 hiena - alcateia;  montanha - cordilheira, serra, serrania;
 hino - hinário;  mosca - moscaria, mosquedo;
 ilha - arquipélago;
 imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando radica-  móvel - mobília, aparelho, trem;
dos) colônia;  música - (quanto a quem a conhece) repertório;
 índio - (quando formam bando) maloca, (quando em  músico - (quando com instrumento) banda, charanga,
nação) tribo; filarmônica, orquestra;
 instrumento - (quando em coleção ou série) jogo,  nação - (quando unidas para o mesmo fim) aliança,
(quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes e ofí- coligação, confederação, federação, liga, união;
cios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, mo-  navio - (em geral) frota, (quando de guerra) frota, floti-
desto) tralha; lha, esquadra, armada, marinha, (quando reunidos para
 inseto - (quando nocivos) praga, (quando em grande o mesmo destino) comboio;
quantidade) miríade, nuvem, (quando se deslocam em  nome - lista, rol;
sucessão) correição;  nota - (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço, maço,
 javali - alcateia, malhada, vara; pacote, (na acepção de produção literária, científica)
 jornal - hemeroteca; comentário;
 jumento - récova, récua;  objeto - Ver coisa;
 jurado - júri, conselho de sentença, corpo de jurados;  onda - (quando grandes e encapeladas) marouço;
 ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha;  órgão - (quando concorrem para uma mesma função)
 lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando dispos- aparelho, sistema;
tas numa espécie de lustre) lampadário;  orquídea - (quando em viveiro) orquidário;
 leão - alcateia;  osso - (em geral) ossada, ossaria, ossama, (quando de
 lei - (quando reunidas cientificamente) código, conso- um cadáver) esqueleto;
lidação, corpo, (quando colhidas aqui e ali) compila-  ouvinte - auditório;
ção;  ovelha - (em geral) rebanho, grei, chafardel, malhada,
 leitão - (quando nascidos de um só parto) leitegada; oviário;
 livro - (quando amontoados) chusma, pilha, ruma,  ovo - (os postos por uma ave durante certo tempo)
(quando heterogêneos) choldraboldra, salgalhada, postura, (quando no ninho) ninhada;
(quando reunidos para consulta) biblioteca, (quando  padre - clero, clerezia;
reunidos para venda) livraria, (quando em lista metódi-  palavra - (em geral) vocabulário, (quando em ordem
ca) catálogo; alfabética e seguida de significação) dicionário, léxico,
 lobo - alcateia, caterva; (quando proferidas sem nexo) palavrório;
 macaco - bando, capela;  pancada - pancadaria;
 malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, corja,  pantera - alcateia;
hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, (quando  papel - (quando no mesmo liame) bloco, maço, (em
organizados) quadrilha, sequela, súcia, tropa; sentido lato, de folhas ligadas e em sentido estrito, de
 maltrapilho - farândola, grupo; 5 folhas) caderno, (5 cadernos) mão, (20 mãos) resma,
 mantimento - (em geral) sortimento, provisão, (quando (10 resmas) bala;
em saco, em alforge) matula, farnel, (quando em cô-  parente - (em geral) família, parentela, parentalha, (em
modo especial) despensa; reunião) tertúlia;
 mapa - (quando ordenados num volume) atlas, (quan-  partidário - facção, partido, torcida;
do selecionados) mapoteca;  partido político - (quando unidos para um mesmo fim)
 máquina - maquinaria, maquinismo; coligação, aliança, coalizão, liga;
 marinheiro - marujada, marinhagem, companha, equi-  pássaro - passaredo, passarada;
pagem, tripulação;  passarinho - nuvem, bando;
 pau - (quando amarrados) feixe, (quando amontoados)  trabalhador - (quando reunidos para um trabalho bra-
pilha, (quando fincados ou unidos em cerca) bastida, çal) rancho, (quando em trânsito) leva;
paliçada;  tripulante - equipagem, guarnição, tripulação;
 peça - (quando devem aparecer juntas na mesa) baixe-  utensílio - (quando de cozinha) bateria, trem, (quando
la, serviço, (quando artigos comerciáveis, em volume de mesa) aparelho, baixela;
para transporte) fardo, (em grande quantidade) mago-  vadio - cambada, caterva, corja, mamparra, matula,
te, (quando pertencentes à artilharia) bateria, (de rou- súcia;
pas, quando enroladas) trouxa, (quando pequenas e  vara - (quando amarradas) feixe, ruma;
cosidas umas às outras para não se extraviarem na  velhaco - súcia, velhacada.
lavagem) apontoado, (quando literárias) antologia, flo-
rilégio, seleta, silva, crestomatia, coletânea, miscelâ- Obs.: na maioria dos casos, a forma coletiva se cons-
nea; trói mediante a adaptação do sufixo conveniente: arvo-
 peixe - (em geral e quando na água) cardume, (quando redo (de árvores), cabeleira (de cabelos), freguesia (de
miúdos) boana, (quando em viveiro) aquário, (quando fregueses), palavratório (de palavras), professorado
em fileira) cambada, espicha, enfiada, (quando à tona) (de professores), tapeçaria (de tapetes), etc.
banco, manta;
 pena - (quando de ave) plumagem; Nota: o coletivo é um substantivo singular, mas com ideia
 pessoa - (em geral) aglomeração, banda, bando, chus- de plural.
ma, colmeia, gente, legião, leva, maré, massa, mó, mo-
le, multidão, pessoal, roda, rolo, troço, tropel, turba, 4. Substantivos Simples e Compostos
turma, (quando reles) corja, caterva, choldra, farândola,
récua, súcia, (quando em serviço, em navio ou avião)  Chuva subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
tripulação, (quando em acompanhamento solene) co-
mitiva, cortejo, préstito, procissão, séquito, teoria, O substantivo chuva é formado por um único elemento ou
(quando ilustres) plêiade, pugilo, punhado, (quando em radical. É um substantivo simples.
promiscuidade) cortiço, (quando em passeio) carava-
na, (quando em assembleia popular) comício, (quando  Substantivo Simples: é aquele formado por um único
reunidas para tratar de um assunto) comissão, conse- elemento. Outros substantivos simples: tempo, sol, so-
lho, congresso, conclave, convênio, corporação, semi- fá, etc.
nário, (quando sujeitas ao mesmo estatuto) agremia-
ção, associação, centro, clube, grêmio, liga, sindicato, Veja agora:
sociedade;
 pilha - (quando elétricas) bateria; O substantivo guarda-chuva é formado por dois elemen-
 planta - (quando frutíferas) pomar, (quando hortaliças, tos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
legumes) horta, (quando novas, para replanta) viveiro,
alfobre, tabuleiro, (quando de uma região) flora, (quan-  Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou
do secas, para classificação) herbário; mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passa-
 ponto - (de costura) apontoado; tempo.
 porco - (em geral) manada, persigal, piara, vara, (quan-
do do pasto) vezeira; 5. Substantivos Primitivos e Derivados
 povo - (nação) aliança, coligação, confederação, liga;
 prato - baixela, serviço, prataria; Veja:
 prelado - (quando em reunião oficial) sínodo;  Meu limão meu limoeiro,
 prisioneiro - (quando em conjunto) leva, (quando a  meu pé de jacarandá...
caminho para o mesmo destino) comboio;
 professor - corpo docente, professorado, congregação; O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de
 quadro - (quando em exposição) pinacoteca, galeria; nenhum outro dentro de língua portuguesa.
 querubim - coro, falange, legião;
 recruta - leva, magote;  Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de ne-
 religioso - clero regular; nhuma outra palavra da própria língua portuguesa.
 roupa - (quando de cama, mesa e uso pessoal) enxo-
val, (quando envoltas para lavagem) trouxa; O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
 salteador - caterva, corja, horda, quadrilha; da palavra limão.
 selo - coleção;
 serra - (acidente geográfico) cordilheira;  Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra
 soldado - tropa, legião; palavra.
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS Por exemplo: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge,
o gênio, o ídolo, o indivíduo.
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por  Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas
exemplo, pode sofrer variações para indicar: por meio do artigo.

Plural: meninos Por exemplo: o colega e a colega, o doente e a doente, o


Feminino: menina artista e a artista.
Aumentativo: meninão
Diminutivo: menininho Saiba que:

Flexão de Gênero Substantivos de origem grega terminados em ema ou


oma, são masculinos.
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o
dois gêneros: masculino e feminino. sintoma, o teorema.

Pertencem ao gênero masculino os substantivos que Existem certos substantivos que, variando de gênero,
podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja es- variam em seu significado.
tes títulos de filmes:
Por exemplo: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (esta-
 O velho e o mar ção emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
 Um Natal inesquecível
 Os reis da praia
Pó tem sexo?
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que po-
dem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: O uso das palavras masculino e feminino costuma provo-
car confusão entre a categoria gramatical de gênero e a
 A história sem fim característica biológica dos sexos. Para evitar essa con-
 Uma cidade sem passado fusão, observe que definimos gênero como um fato rela-
 As tartarugas ninjas cionado com a concordância das palavras: pó, por exem-
plo, é um substantivo masculino pela concordância que
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes estabelece com o artigo o, e não porque se possa pensar
num possível comportamento sexual das partículas de
 Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar poeira. Só faz sentido relacionar o gênero ao sexo quando
nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra se trata de palavras que designam pessoas e animais,
está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, como os pares professor/professora ou gato/gata. Ainda
duas formas, uma para o masculino e outra para o fe- assim, essa relação não é obrigatória, pois há palavras
minino. Observe: que, mesmo pertencendo exclusivamente a um único
gênero, podem indicar seres do sexo masculino ou femi-
 gato - gata nino. É o caso de criança, do gênero feminino, que pode
 homem - mulher designar seres dos dois sexos.
 poeta - poetisa
 prefeito - prefeita FORMAÇÃO DO FEMININO DOS
SUBSTANTIVOS BIFORMES
 Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam
uma única forma, que serve tanto para o masculino a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.
quanto para o feminino. Classificam-se em:
Por exemplo: aluno - aluna
 Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos.
b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
Por exemplo: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré masculino.
macho e o jacaré fêmea.
Por exemplo: freguês - freguesa
 Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas.
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso
três formas: ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma for-
ma para indicar o masculino e o feminino.
 troca-se -ão por -oa.
Por exemplo: patrão - patroa Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para
designar os dois sexos. Esses substantivos são chama-
 troca-se -ão por -ã. dos de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a
Por exemplo: campeão - campeã necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea.
 troca-se -ão por ona.
Por exemplo: solteirão - solteirona Por exemplo: a cobra
 A cobra macho picou o marinheiro.
Exceções:  A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
 barão – baronesa
 ladrão- ladra  Sobrecomuns:
 sultão - sultana
 Entregue as crianças à natureza.
d) Substantivos terminados em -or:
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mascu-
 acrescenta-se -a ao masculino. lino, quanto a seres do sexo feminino.
Por exemplo: doutor - doutora
Nesse caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permi-
 troca-se -or por -triz: tem identificar o sexo dos seres a que se refere a palavra.
Por exemplo: imperador – imperatriz
Veja:
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:  A criança chorona chamava-se João.
 A criança chorona chamava-se Maria.
-esa - -essa- -isa-
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa Outros substantivos sobrecomuns:
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa
a criatura João é uma boa criatura.
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e Maria é uma boa criatura.
final por -a:
o cônjuge O cônjuge de João faleceu.
Por exemplo: elefante - elefanta
O cônjuge de Marcela faleceu

g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino


 Comuns de Dois Gêneros:
e no feminino:

Observe a manchete:
Por exemplo: bode – cabra / boi - vaca

 Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.


h) Substantivos que formam o feminino de maneira es-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anterio-
res:
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O
Por exemplo:czar – czarina / réu - ré
restante da notícia nos informa que se trata de um ho-
mem.
FORMAÇÃO DO FEMININO DOS
SUBSTANTIVOS UNIFORMES
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do
artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.
 Epicenos:

Exemplos:
Observe:
 o colega - a colega
 Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
 o imigrante - a imigrante
 um jovem - uma jovem
 artista famoso - artista famosa 2. Ordenança, praça (soldado) e sentinela (soldado, ata-
 repórter francês - repórter francesa laia) são sentidos e usados na língua atual, como
masculinos, por se referirem, ordinariamente, a ho-
 Substantivos de Gênero Incerto mens.

Existem numerosos substantivos de gênero incerto e 3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
flutuante, sendo usados com a mesma significação, ora fotográfico Ana Belmonte.
como masculinos, ora como femininos.
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
a abusão erro comum, superstição, crendice
sedimentos deixados pelas águas, Masculinos Femininos
a aluvião
inundação, grande numero o tapa o clã a dinamite a pane
a cólera o eclipse o hosana a áspide a mascote
doença infecciosa
ou cólera-morbo o lança-perfume o herpes a derme a gênese
o dó (pena) o pijama a hélice a entorse
pessoa importante, pessoa que
a personagem o sanduíche o suéter a alcíone a libido
figura numa história
o clarinete o soprano a filoxera a cal
a trama intriga, conluio, maquinação, cilada o champanha o proclama a clâmide a faringe
a xerox (ou xérox) cópia xerográfica, xerocópia o sósia o pernoite a omoplata a cólera (doença)
o maracajá o púbis a cataplasma a ubá (canoa)
refeição que os cristãos faziam em
o ágape comum, banquete de confraterniza-
ção São geralmente masculinos os substantivos de origem
o caudal torrente, rio grega terminados em -ma:

o diabetes ou diabete doença


o grama (peso) o epigrama o apotegma o anátema
o jângal floresta própria da Índia o quilograma o telefonema o trema o estigma
mamífero ruminante da família dos o plasma o estratagema o eczema o axioma
o lhama o apostema o dilema o edema o tracoma
camelídeos
o diagrama o teorema o magma o hematoma
o ordenança soldado às ordens de um oficial
o praça soldado raso
Exceções: a cataplama, a celeuma, a fleuma, etc.
o preá pequeno roedor

Gênero dos Nomes de Cidades:


Note que:

1. A palavra personagem é usada indistintamente nos Salvo raras exceções, nomes de cidades são femininos.
dois gêneros.
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada pre- Por exemplo:
ferência pelo masculino: A histórica Ouro preto.
A dinâmica São Paulo.
Por exemplo: A acolhedora Porto Alegre.
 O menino descobriu nas nuvens os personagens dos Uma Londres imensa e triste.
contos de carochinha.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:
Gênero e Significação:
 O problema está nas mulheres de mais idade, que não
aceitam a personagem.
 Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar Muitos substantivos têm uma significação no masculino
uma personagem. e outra no feminino. Observe:
o baliza (soldado que, que à a baliza (marco, estaca; sinal ímã - ímãs
frente da tropa, indica os mo- que marca um limite ou proibi- hífen - hifens (sem acento, no plural).
vimentos que se deve realizar ção de trânsito)
em conjunto; o que vai à frente Exceção: cânon - cânones.
de um bloco carnavalesco,
manejando um bastão) b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em
o cabeça (chefe) a cabeça (parte do corpo) ns.
o cisma (separação religiosa, a cisma (ato de cismar, des- Por exemplo:
dissidência) confiança) homem - homens.
o cinza (a cor cinzenta) a cinza (resíduos de combus-
tão) c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural
o capital (dinheiro) a capital (cidade) pelo acréscimo de es.
o coma (perda dos sentidos) a coma (cabeleira)
o coral (pópilo, a cor vermelha, a coral (cobra venenosa) Por exemplo:
canto em coro) revólver - revólveres
raiz - raízes
o crisma (óleo sagrado, usado a crisma (sacramento da con-
na administração da crisma e firmação)
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
de outros sacramentos)
o cura (pároco) a cura (ato de curar)
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-
o estepe (pneu sobressalente) a estepe (vasta planície de se no plural, trocando o l por is.
vegetação)
o guia (pessoa que guia outras) a guia (documento, pena gran- Por exemplo:
de das asas das aves) quintal - quintais
o grama (unidade de peso) a grama (relva) caracol – caracóis
o caixa (funcionário da caixa) a caixa (recipiente, setor de hotel - hotéis
pagamentos)
o lente (professor) a lente (vidro de aumento) Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
o moral (ânimo) a moral (honestidade, bons
e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de
costumes, ética)
duas maneiras:
o nascente (lado onde nasce o a nascente (a fonte)
Sol)
 Quando oxítonos, em is.
o maria-fumaça (trem como a maria-fumaça (locomotiva Por exemplo:
locomotiva a vapor) movida a vapor) canil - canis
o pala (poncho) a pala (parte anterior do boné
ou quépe, anteparo)  Quando paroxítonos, em eis.
o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação emissora) Por exemplo:
o voga (remador) a voga (moda, popularidade) míssil - mísseis.

FLEXÃO DE NÚMERO DO SUBSTANTIVO Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
Em português, há dois números gramaticais:
f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de
 O singular, que indica um ser ou um grupo de seres; duas maneiras:
 O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres.
 Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
A característica do plural é o s final. acréscimo de es.

Plural dos Substantivos Simples Por exemplo:


ás – ases
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n retrós - retroses
fazem o plural pelo acréscimo de s.
 Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariá-
Por exemplo: veis.
pai - pais
Por exemplo:  verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
o lápis - os lápis palavra invariável + palavra variável = alto-falante e al-
o ônibus - os ônibus. to-falantes
 palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-
g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de recos
três maneiras.
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando for-
 substituindo o -ão por -ões: mados de:

Por exemplo:  substantivo + preposição clara + substantivo = água-


ação - ações de-colônia e águas-de-colônia
 substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
 substituindo o -ão por -ães: lo-vapor e cavalos-vapor
 substantivo + substantivo que funciona como deter-
Por exemplo: minante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o
cão - cães tipo do termo anterior.

 substituindo o -ão por -ãos: Exemplos:


palavra-chave - palavras-chave
Por exemplo: bomba-relógio - bombas-relógio
grão - grãos notícia-bomba - notícias-bomba
homem-rã - homens-rã
h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis. peixe-espada - peixes-espada

Por exemplo: d) Permanecem invariáveis, quando formados de:


o látex - os látex.
 verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS  verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
ca-rolhas
A formação do plural dos substantivos compostos de-
pende da forma como são grafados, do tipo de palavras e) Casos Especiais
que formam o composto e da relação que estabelecem
entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam- o louva-a-deus e os louva-a-deus
se como os substantivos simples: o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
 aguardente e aguardentes o joão-ninguém e os joões-ninguém.
 girassol e girassóis
 pontapé e pontapés Plural das Palavras Substantivadas
 malmequer e malmequeres
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
O plural dos substantivos compostos cujos elementos classes gramaticais usadas como substantivo, apresen-
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e tam, no plural, as flexões próprias dos substantivos.
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:
Por exemplo:
a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:  Pese bem os prós e os contras.
 O aluno errou na prova dos noves.
 substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores  Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
 substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-
perfeitos Obs.: numerais substantivados terminados em -s ou -z
 adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis- não variam no plural.
homens
 numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras Por exemplo:
 Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns
b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando dez.
formados de:
PLURAL DOS DIMINUTIVOS Observe o exemplo:
 Este jogador faz gols toda vez que joga.
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e
acrescenta-se o sufixo diminutivo. O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.

pãe(s) + zinhos pãezinhos Plural com Mudança de Timbre


animai(s) + zinhos animaizinhos
botõe(s) + zinhos botõezinhos Certos substantivos formam o plural com mudança de
chapéu(s) + zinhos chapeuzinhos timbre da vogal tônica
farói(s) + zinhos faroizinhos
tren(s) + zinhos trenzinhos  (o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado
colhere(s) + zinhas colherezinhas metafonia.
flore(s) + zinhas florezinhas
mão(s) + zinhas mãozinhas Singular Plural Singular Plural
papéi(s) + zinhos papeizinhos
corpo (ô) corpos (ó) osso (ô) ossos (ó)
nuven(s) + zinhas nuvenzinhas
esforço esforços ovo ovos
funi(s) + zinhos funizinhos
fogo fogos poço poços
túnei(s) + zinhos tuneizinhos
forno fornos porto portos
pai(s) + zinhos paizinhos
fosso fossos posto postos
pé(s) + zinhos pezinhos
imposto impostos rogo rogos
pé(s) + zitos pezitos
olho olhos tijolo tijolos

Obs.: são anômalos os plurais pastorinhos(as), papeli-


Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos,
nhos, florzinhas, florinhas, colherzinhas e mulherzi-
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
nhas, correntes na língua popular, e usados até por es-
critores de renome.
Obs.: distinga-se molho (ô), caldo (molho de
carne), de molho (ó), feixe (molho de lenha).
Plural dos Nomes Próprios Personativos

Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sem-


Particularidades sobre o Número dos Substantivos
pre que a terminação se preste à flexão.
a) Há substantivos que só se usam no singular:
Por exemplo:
 Os Napoleões também são derrotados.
Por exemplo:
 As Raquéis e Esteres.
 o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.

Plural dos Substantivos Estrangeiros


b) Outros só no plural:

Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escri-


Por exemplo:
tos como na língua original, acrecentando-se-lhes um s
 as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os
(exceto quando terminam em s ou z).
paus (naipes de baralho), as fezes.

Por exemplo:
c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do sin-
 os shows
gular:
 os shorts
 os jazz
Por exemplo:
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo
 bem (virtude) e bens (riquezas)
com as regras de nossa língua:
 honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem,
títulos)
Por exemplo:
 os clubes os chopes
d) Usamos às vezes, os substantivos no singular mas
 os jipes os esportes
com sentido de plural:
 as toaletes os bibelôs
 os garçons os réquiens
Por exemplo:
 Aqui morreu muito negro.
 Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em cape- rações entre substantivos abstratos, verbos e adjetivos
las improvisadas. cognatos nos oferecem a possibilidade de reelaborar fra-
 Juntou-se ali uma população de retirantes que, entre ses e estruturas oracionais em busca das mais adequa-
homem, mulher e menino, ia bem cinquenta mil." das a determinada necessidade ou estratégia comunica-
tiva.
FLEXÃO DE GRAU DO SUBSTANTIVO
Conhecer os mecanismos de flexão dos substantivos é
 Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir fundamental para o estabelecimento da concordância nas
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: frases e orações de nossos textos orais ou escritos. No
que diz respeito à indicação de grau, insistimos no valor
 Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado afetivo que o aumentativo e o diminutivo formados por
normal. Por exemplo: casa sufixação costumam transmitir: esse valor afetivo não é
 Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do explorado apenas na língua coloquial, mas também na
ser. Classifica-se em: língua literária. As formas diminutivas e aumentativas são
exploradas expressivamente por poetas e prosadores.
• Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-
tivo que indica grandeza. Além disso, os substantivos desempenham um papel
importantíssimo nos mecanismos de coesão e coerência
Por exemplo: casa grande. textuais. É normalmente por meio de um substantivo que
se apresenta pela primeira vez, num texto, o ser, ato ou
• Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi- conceito de que vamos tratar. Depois disso, utilizam-se
cador de aumento. substantivos que mantêm, com esse primeiro, relações
variáveis de significado, num processo de retomada que é
Por exemplo: casarão. parte importante da progressão textual. Por meio desse
processo, delimita-se ou expande-se a abrangência do
 Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do sentido dos conceitos analisados. Ao mesmo tempo, com
ser. Pode ser: a seleção vocabular, evidencia-se o ponto de vista do
produtor do texto sobre o tema tratado.
• Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
que indica pequenez.
ARTIGO
Por exemplo: casa pequena.
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo,
• Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi- indica se ele está sendo empregado de maneira definida
cador de diminuição. ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tem-
po, o gênero e o número dos substantivos.
Por exemplo: casinha.
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS
Amigão é amigo grande ou grande amigo?
 Artigos Definidos: determinam os substantivos de
No uso efetivo da língua, as formas sintéticas de indica- maneira precisa: o, a, os, as.
ção de grau são normalmente empregadas para conferir
valores afetivos aos seres nomeados pelos substantivos. Por exemplo:
Observe formas como amigão, partidão, bandidaço; mu-  Eu matei o animal.
lheraço, livrinho, ladrãozinho, rapazola, futebolzinho - em
todas elas, o que interessa é transmitir dados como cari-  Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de
nho, admiração, ironia ou desprezo, e não noções ligadas maneira vaga: um, uma, uns, umas.
ao tamanho físico dos seres nomeados.
Por exemplo:
Substantivos na leitura e produção de textos  Eu matei um animal.
Combinação dos Artigos
Saber nomear com precisão os seres e conceitos de que
pretendemos tratar quando falamos ou redigimos é, obvi- É muito presente a combinação dos artigos definidos e
amente, um fator de eficiência em nosso trabalho. Nesse indefinidos com preposições.
sentido, conhecer os substantivos e refletir sobre os sen-
tidos e significados que exprimem em situações de inte-
Este quadro apresenta a forma assumida por essas com- Morfossintaxe do Adjetivo:
binações:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos
Preposições Artigos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como
predicativo (do sujeito ou do objeto).
uma,
o, os a, as um, uns
umas
CLASSIFICAÇÃO DO ADJETIVO
ao,
a à, às - -
aos  Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por
duma, exemplo: neve fria.
de do, dos da, das dum, duns
dumas
 Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser.
numa,
em no, nos na, nas num, nuns Por exemplo: fruta madura.
numas
pelo, pela, FORMAÇÃO DO ADJETIVO
por (per) - -
pelos pelas
Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
 As formas à e às indicam a fusão da preposição a com
o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é Por exemplo:
conhecida por crase. ADJETIVO Formado por um só
brasileiro, escuro, ma-
SIMPLES radical.
gro, cômico.
 As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos
Por exemplo:
artigos definidos com a forma per, equivalente a por.
ADJETIVO Formado por mais de luso-brasileiro, casta-
COMPOSTO um radical. nho-escuro, amarelo-
Artigos, leitura e produção de textos
canário.
O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos per- ADJETIVO É aquele que dá origem Por exemplo:
mite não apenas evitar problemas com o gênero e o nú- PRIMITIVO a outros adjetivos. belo, bom, feliz, puro.
mero de determinados substantivos, mas principalmente Por exemplo:
explorar detalhes de significação bastante expressivos. ADJETIVO É aquele que deriva de
belíssimo, bondoso,
Em geral, informações novas, nos textos, são introduzidas DERIVADO substantivos ou verbos.
magrelo.
por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas
pelos definidos.
Adjetivo Pátrio

Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa


Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Ob-
a fazer parte de um conjunto argumentativo que mantém
serve alguns deles:
a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de muitas
modificações de significados transmitidas pelos artigos
Estados e cidades brasileiros:
faz com que sejam frequentemente usados pelos escrito-
res em seus textos literários.
Acre acreano
Alagoas alagoano
Amapá amapaense
ADJETIVO
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou ca- Amazonas amazonense ou baré
racterística do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de Belém (PA) belenense
um substantivo. Belo Horizonte belo-horizontino
Boa Vista boa-vistense
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, perce- Brasília brasiliense
bemos que além de expressar uma qualidade, ela pode
Cabo Frio cabo-friense
ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo:
Campinas campineiro ou campinense
homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa. Já
com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, Curitiba curitibano
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem Estados Unidos estadunidense, norte-americano ou ianque
bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, por- El Salvador salvadorenho
tanto, não é adjetivo, mas substantivo. Guatemala guatemalteco
Índia indiano ou hindu (os que professam o hinduísmo) de baço esplênico
Irã iraniano de bispo episcopal
Israel israelense ou israelita de bode hircino
Moçambique moçambicano
de boi bovino
Mongólia mongol ou mongólico
de bronze brônzeo ou êneo
Panamá panamenho
de cabelo capilar
Porto Rico porto-riquenho
de cabra caprino
Somália somali
de campo campestre ou rural
Adjetivo Pátrio Composto de cão canino
de carneiro arietino
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro ele- de cavalo cavalar, equino, equídio ou hípico
mento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudi-
de chumbo plúmbeo
ta. Observe alguns exemplos:
de chuva pluvial
África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana de cinza cinéreo
Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo: Competições teuto-inglesas de coelho cunicular
América américo- / Por exemplo: Companhia américo-africana de cobre cúprico
Ásia ásio- / Por exemplo: Encontros ásio-europeus de couro coriáceo
Áustria austro- / Por exemplo: Peças austro-búlgaras de criança pueril
Bélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo-franceses
de dedo digital
China sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses
de diamante diamantino ou adamantino
Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-português
de elefante elefantino
Europa euro- / Por exemplo: Negociações euro-americanas
de enxofre sulfúrico
França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões franco-italianas
Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos de esmeralda esmeraldino
Índia indo- / Por exemplo: Guerras indo-paquistanesas de estômago estomacal ou gástrico
Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo-portuguesas de falcão falconídeo
Itália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-portuguesa de farinha farináceo
Japão nipo- / Por exemplo: Associações nipo-brasileiras de fera ferino
Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros de ferro férreo
de fígado figadal ou hepático
LOCUÇÃO ADJETIVA
de fogo ígneo

Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessá- de gafanhoto acrídeo


rias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, de garganta gutural
tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo de gelo glacial
tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva
de gesso gípseo
(expressão que equivale a um adjetivo.)
de guerra bélico
Por exemplo: de homem viril ou humano
 aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão de ilha insular
desenfreada). de intestino celíaco ou entérico
de inverno hibernal ou invernal
Observe outros exemplos:
de lago lacustre
de águia aquilino de laringe laríngeo
de aluno discente de leão leonino
de anjo angelical de lebre leporino
de ano anual de lobo lupino
de aranha aracnídeo de lua lunar ou selênico
de asno asinino de macaco simiesco, símio ou macacal
de madeira lígneo usada na linguagem jurídica; é muito pouco provável que
de marfim ebúrneo ou ebóreo os advogados passem a dizer contrato de leão. Em outros
casos, a substituição é perfeitamente possível, transfor-
de mestre magistral
mando a equivalência entre adjetivos e locuções adjetivas
de monge monacal em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos tex-
de neve níveo ou nival tos, pois oferece possibilidades de variação vocabular.
de nuca occipital
Por exemplo:
de orelha auricular
 A população das cidades tem aumentado.
de ouro áureo  A falta de planejamento urbano faz com que isso se
de ovelha ovino torne um imenso problema.
de paixão passional
FLEXÃO DOS ADJETIVOS
de pâncreas pancreático
de pato anserino
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
de peixe písceo ou ictíaco
de pombo columbino  Gênero dos Adjetivos
de porco suíno ou porcino
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se refe-
de prata argênteo ou argírico
rem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
dos quadris ciático substantivos, classificam-se em:
de raposa vulpino
de rio fluvial • Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mascu-
lino e outra para o feminino.
de serpente viperino
de sonho onírico Por exemplo:
de terra telúrico, terrestre ou terreno  ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
de trigo tritício Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no femi-
de urso ursino nino somente o último elemento.

de vaca vacum
Por exemplo:
de velho senil  o moço norte-americano, a moça norte-americana.
de vento eólico Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
de verão estival
 Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino
de vidro vítreo ou hialino
como para o feminino.
de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico Por exemplo:
 homem feliz e mulher feliz.
Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo
correspondente, com o mesmo significado. Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
feminino.
Por exemplo:
 Vi as alunas da 5ª série. Por exemplo:
 O muro de tijolos caiu.  conflito político-social e desavença político-social.

É necessário critério!  Número dos Adjetivos

Há muitos adjetivos que mantêm certa correspondência Plural dos adjetivos simples
de significado com locuções adjetivas, e vice-versa. No
entanto, isso não significa que a substituição da locução Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo
pelo adjetivo seja sempre possível. Tampouco o contrário com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
é sempre admissível. Colar de marfim é uma expressão substantivos simples.
cotidiana; seria pouco recomendável passar a dizer colar
ebúrneo ou ebóreo, pois esses adjetivos têm uso restrito à Por exemplo:
linguagem literária. Contrato leonino é uma expressão  mau e maus
 feliz e felizes Comparativo
 ruim e ruins
 boa e boas Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribu-
ída a dois ou mais seres ou duas ou mais características
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça atribuídas ao mesmo ser.
função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a pa- O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou
lavra que estiver qualificando um elemento for, original- de inferioridade. Observe os exemplos abaixo:
mente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva.
Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo, 1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade
porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará
como adjetivo. Ficará, então invariável. Logo: camisas No comparativo de igualdade, o segundo termo da com-
cinza, ternos cinza. . paração é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão.
Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza.
2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo De Superiori-
Veja outros exemplos: dade Analítico
 Motos vinho (mas: motos verdes)
 Paredes musgo (mas: paredes brancas). No comparativo de superioridade analítico, entre os dois
 Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). substantivos comparados, um tem qualidade superior. A
forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que"
Adjetivo Composto ou "mais...que".

Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais 3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De Superio-
elementos. Normalmente, esses elementos são ligados ridade Sintético
por hífen. Apenas o último elemento concorda com o
substantivo a que se refere; os demais ficam na forma Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superi-
masculina, singular. Caso um dos elementos que formam oridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:
o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo
o adjetivo composto ficará invariável. bom-melhor pequeno-menor
mau-pior alto-superior
Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substan-
grande-maior baixo-inferior
tivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcio-
nará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por
hífen, formará um adjetivo composto; como é um subs- Observe que:
tantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará inva-
riável. a) As formas menor e pior são comparativos de superio-
ridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau,
Por exemplo: respectivamente.
 Camisas rosa-claro.
 Ternos rosa-claro. b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
 Olhos verde-claros. (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações
 Calças azul-escuras e camisas verde-mar. feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento,
 Telhados marrom-café e paredes verde-claras. deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais
mau, mais grande e mais pequeno.
Obs.:
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer ad- Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação
jetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre in- de dois elementos.
variáveis.
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha  Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
têm os dois elementos flexionados. duas qualidades de um mesmo elemento.

4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De Inferio-


 Grau do Adjetivo ridade

Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensi-  Sou menos passivo (do) que tolerante.
dade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o
comparativo e o superlativo.
Superlativo • Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um
ser é intensificada em relação a um conjunto de seres.
O superlativo expressa qualidades num grau muito eleva- Essa relação pode ser:
do ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser abso-
luto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: - De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
- De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
• Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
um ser é intensificada, sem relação com outros seres. NOTE BEM:
Apresenta-se nas formas:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
- Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pa- dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmen-
lavras que dão ideia de intensidade (advérbios). te, etc., antepostos ao adjetivo.
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas
Por exemplo:
formas : uma erudita, de origem latina, outra popular,
 O secretário é muito inteligente.
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pe-
lo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo,
- Sintética: a intensificação se faz por meio do acrésci-
-imo ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo,
mo de sufixos.
paupérrimo. A forma popular é constituída do radical
do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo,
Por exemplo:
agilíssimo.
 O secretário é inteligentíssimo.
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariís-
Observe alguns superlativos sintéticos: simo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atu-
al, as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo,
benéfico beneficentíssimo sem o desagradável hiato i-í.
bom boníssimo ou ótimo
Adjetivos, leitura e produção de textos
célebre celebérrimo
comum comuníssimo A adjetivação é um dos elementos modalizadores de um
cruel crudelíssimo texto, ou seja, imprime ao que se fala ou escreve. Quando
difícil dificílimo é excessiva e voltada a obtenção de efeitos retóricos,
prejudica a qualidade do texto e evidencia o despreparo
doce dulcíssimo
ou a má-fé de quem escreve. Quando é feita com sobrie-
fácil facílimo dade e sensibilidade, contribui para a eficiência interlocu-
fiel fidelíssimo tiva do texto.
frágil fragílimo
Nos textos dissertativos, os adjetivos normalmente expli-
frio friíssimo ou frigidíssimo
citam a posição de quem escreve em relação ao assunto
humilde humílimo tratado. É muitas vezes por meio de adjetivos que os juí-
jovem juveníssimo zos e avaliações do produtor do texto vêm a tona, trans-
livre libérrimo mitindo ao leitor atitudes como aprovação, reprovação,
magnífico magnificentíssimo aversão, admiração, indiferença. Analisar a adjetivação de
um texto dissertativo é, portanto, um bom caminho para
magro macérrimo ou magríssimo
captar com segurança a opinião de quem o produziu.
manso mansuetíssimo Lembre-se de que é a sua adjetivação que deve cumprir
mau péssimo esse papel quando você escreve.
nobre nobilíssimo
Nos textos ou passagens descritivas, os adjetivos cum-
pequeno mínimo
prem uma função mais plástica: é por meio deles que se
pobre paupérrimo ou pobríssimo costuma atribuir formas, cor, peso, sabor e outras dimen-
preguiçoso pigérrimo sões aos seres que estão sendo descritos. É óbvio que,
próspero prospérrimo neste caso, o emprego de uma seleção sensível e eficien-
te de adjetivos conduz a um texto mais bem-sucedido,
sábio sapientíssimo
capaz de transmitir ao leitor uma impressão bastante
sagrado sacratíssimo nítida do ser ou objeto descrito. São nessas passagens
descritivas que a adjetivação atua nos textos narrativos.
NUMERAL FLEXÃO DOS NUMERAIS

Numeral é a palavra que indica os seres em termos numé- Os numerais cardinais que variam em gênero são
ricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzen-
em determinada sequência. tos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocen-
tos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão,
Exemplos: trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões,
etc. Os demais cardinais são invariáveis.
1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
 [quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] Os numerais ordinais variam em gênero e número:

2. Eu quero café duplo, e você? primeiro segundo milésimo


 [duplo: numeral = atributo numérico de "café"] primeira segunda milésima
primeiros segundos milésimos
3. A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
 [primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência primeiras segundas milésimas
de "fila"]
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atu-
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os am em funções substantivas:
números indicam em relação aos seres. Assim, quando a
expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se Por exemplo:
trata de numerais, mas sim de algarismos.
 Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a produção.
ideia expressa pelos números, existem mais algumas
palavras consideradas numerais porque denotam quanti- Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
dade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: flexionam-se em gênero e número:
década, dúzia, par, ambos(as), novena.
Por exemplo:
CLASSIFICAÇÃO DOS NUMERAIS
 Teve de tomar doses triplas do medicamento.
 Cardinais: indicam contagem, medida. É o número
básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc. Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e núme-
ro. Observe:
 Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série
dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc.  um terço/dois terços
 uma terça parte
 Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a
 duas terças partes
divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quin-
tos, etc.
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja:
 Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
 uma dúzia
seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au-
 um milheiro
mentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
 duas dúzias
LEITURA DOS NUMERAIS  dois milheiros

Separando os números em centenas, de trás para frente, É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos
obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses sentido. É o que ocorre em frases como:
conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela con-
 Me empresta duzentinho...
junção e.
 É artigo de primeiríssima qualidade!
 O time está arriscado por ter caído na segundona. (=
Por exemplo:
 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecen- segunda divisão de futebol)
tos e vinte e seis.
 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
EMPREGO DOS NUMERAIS

Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes


em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais 01. Cardinais ou ordinais? Escreva por extenso.
até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o nume-
ral venha depois do substantivo: A) Luis XVI ______________________________
B) Henrique VIII ______________________________
 Ordinais Cardinais
C) Dom João VI ______________________________
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze) D) capítulo II ______________________________
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
E) João XXIII ______________________________
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
F) Pio XII ______________________________
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três) 02. Os ordinais referentes aos números 80, 300, 700 e 90
são, respectivamente
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal
até nono e o cardinal de dez em diante: A) octagésimo, trecentésimo, septingentésirno, non-
gentésimo
 Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) B) octogésimo, trecentésimo, septingentésimo, no-
 Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) nagésimo
C) octingentésimo, tricentésimo, septuagésimo, no-
Ambos/ambas são considerados numerais. Significam nagésimo
"um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são D) octogésimo, tricentésimo, septuagésimo, nongen-
largamente empregados para retomar pares de seres aos tésimo
quais já se fez referência.
03. Identifique se o termo destacado é numeral ou artigo
Por exemplo: indefinido.
 Pedro e João parecem ter finalmente percebido a im-
portância da solidariedade. Ambos agora participam A) Você só tem uma vida. Cuide bem dela.
das atividades comunitárias de seu bairro. B) Ele não fala uma palavra de chinês!
C) Aqueles invasores podem representar uma amea-
Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. ça para os índios.
Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo. D) A decomposição desse material pode demorar um
século.

Numerais, leitura e produção de textos 04. Alguns substantivos ou adjetivos podem ser empre-
gados para indicar quantidades numéricas. Identifi-
O conhecimento das formas da norma padrão dos nume- que essas palavras em cada texto e escreva seu sig-
rais é obviamente importante para quem tem necessidade nificado.
de produzir e interpretar textos em linguagem formal. Em
particular nas exposições orais, o uso dessas formas é A) Após uma década de perseguição, Maomé e seus
indispensável, por razões óbvias (não é possível substituir seguidores migraram para Medina, a cerca de 300
numerais por algarismos na língua falada!), e evita cons- quilômetros de Meca. O profeta veio a governar a
trangimentos que podem comprometer a credibilidade do cidade e, vários anos depois, ele e um pequeno
expositor. exército de fiéis retornaram a Meca. (National
Geographic)
Os numerais também podem ser empregados na produ- B) Há pouco mais de um século, os imigrantes trou-
ção e interpretação de textos dissertativos escritos. As xeram agitação para a cidade de São Paulo. Sua
palavras dessa classe gramatical compartilham com os grande riqueza é a sua diversidade cultural, cons-
pronomes a capacidade de retomar ou antecipar entes e tituída de mais de 70 grupos étnicos e nacionais.
dados e de inter-relacionar partes do texto. São, por isso, (Folha de S. Paulo)
elementos importantes para a obtenção de coesão e coe-
rência textuais.
C) Numa vaquejada que houve na fazenda vieram ral, desde que se origine numa convicção profunda e
todos os vaqueiros daquelas bandas. Meu pai ma- inabalável Permitam-me fazer uma confissão: para
tou meia dúzia de vacas e abriu pipas de mim, o esforço no sentido de obter maior percepção e
nho branco para quem quisesse beber. Nunca se compreensão é um dos objetivos independentes sem
tinha dado festa igual. (Graciliano Ramos) os quais nenhum ser pensante é capaz de adotar uma
D) A educação indígena diferenciada e bilíngue no atitude consciente e positiva ante a vida.
Acre ainda tem um longo caminho a percorrer. A Na própria essência de nosso esforço para com-
maior parte dos professores só leciona do 1º ao preender o fato de, por um lado, tentar englobar a
5º ano, mas já há um grupo ensinando do 6º ao grande e complexa variedade das experiências huma-
9º ano. (O Estado de S. Paulo) nas, e de, por outro lado, procurar a simplicidade e a
E) Durante o Festival Toonik Tyme, os inuits, habitan- economia nas hipóteses básicas. A crença de que es-
tes do ártico canadense, revivem seus costumes ses dois objetivos podem existir paralelamente é, de-
milenares. vido ao estágio primitivo de nosso conhecimento ci-
entífico, uma questão de fé. Sem essa fé eu não pode-
05. (UFPI) Aponte a alternativa em que os numerais es- ria ter uma convicção firme e inabalável acerca do va-
tão bem empregados. lor independente do conhecimento.
Essa atitude de certo modo religiosa de um ho-
A) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro. mem engajado no trabalho científico tem influência
B) Após o parágrafo nono virá o parágrafo décimo. sobre toda sua personalidade. Além do conhecimento
C) Depois do capítulo sexto, li o capitulo décimo pri- proveniente da experiência acumulada, e além das re-
meiro. gras do pensamento lógico, não existe, em princípio,
D) Antes do artigo dez vem o artigo nono. nenhuma autoridade cujas confissões e declarações
E) O artigo vigésimo segundo foi revogado. possam ser consideradas "Verdade " pelo cientista.
Isso leva a uma situação paradoxal: uma pessoa que
06. (UFAM) Assinale o item em que não é correto ler o devota todo seu esforço a objetivos materiais se tor-
numeral como vem indicado entre parênteses: nará, do ponto de vista social, alguém extremamente
individualista, que, a princípio, só tem fé em seu pró-
A) ( ) Pode-se dizer que no século IX (nono) o por- prio julgamento, e em nada mais. É possível afirmar
tuguês já existia como língua falada. que o individualismo intelectual e a sede de conheci-
B) ( ) Pigmalião reside na casa 22 (vinte e duas) do mento científico apareceram simultaneamente na his-
antigo Beco do Saco do Alferes, em Aparecida. tória e permaneceram inseparáveis desde então. "
C) ( ) Abram o livro, por favor, na página 201 (du-
(Einstein, in: "O Pensamento Vivo de Einstein", p. 13 e 14,
zentos e um). 5ª . edição, Martin Claret Editores)
D) ( ) O que procuras está no art. 10 (dez) do código Observe:
que tens aí à mão.
E) ( ) O Papa Pio X (décimo), cuja morte teria sido I. "Essa atitude de certo modo religiosa de 'um' ho-
apressada com o advento da Primeira Guerra mem engajado no trabalho..."
Mundial, foi canonizado em 1954. II. "Pedro comprou 'um' jornal"
III. "Maria mora no apartamento 'um'."
08. (UNITAU) IV. "Quantos namorados você tem?" 'Um'.
"Vivemos numa época de tamanha insegurança
externa e interna, e de tamanha carência de objetivos A palavra "um" nas frases acima é, no plano morfoló-
firmes, que a simples confissão de nossas convicções gico, respectivamente:
pode ser importante, mesmo que essas convicções,
como todo julgamento de valor, não possam ser pro- A) artigo indefinido em I e numeral em II, III e IV.
vadas por deduções lógicas. B) artigo indefinido em I e II e numeral em III e IV.
Surge imediatamente a pergunta: podemos consi- C) artigo indefinido em I e III e numeral em II e IV.
derar a busca da verdade - ou, para dizer mais modes- D) artigo indefinido em I, II, III e IV.
tamente, nossos esforços para compreender o univer- E) artigo indefinido em III e IV e numeral em I e II.
so cognoscível através do pensamento lógico cons-
trutivo - como um objeto autônomo de nosso traba-
lho? Ou nossa busca da verdade deve ser subordinada
a algum outro objetivo, de caráter prático, por exem-
plo? Essa questão não pode ser resolvida em bases
lógicas. A decisão, contudo, terá considerável influên-
cia sobre nosso pensamento e nosso julgamento mo-
3. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
 [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem
01. dezesseis, oitavo, sexto, segundo, vinte e três, doze se fala]
02. B
03. Numeral, Artigo, Artigo, Numeral Em termos morfológicos, os pronomes são palavras vari-
04. década (dez anos), século (cem anos), meia dúzia áveis em gênero (masculino ou feminino) e em número
(seis), bilíngue (duas línguas), milenares (mil anos). (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
05. D através do pronome seja coerente em termos de gênero e
06. B número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
07. mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
a) sexto; décimo primeiro.
b) três Exemplos:
c) nona 1. [Fala-se de Roberta]
d) Dois milhões, duzentos e vinte e nove mil , seiscentos
e noventa e sete pessoas. 2. Ele quer participar do desfile da nossa escola neste
e) Um milhão, noventa mil, quinhentos e oitenta e uma ano.
pessoas.  [nossa: pronome que qualifica "escola" = concordân-
08. B cia adequada]
 [neste: pronome que determina "ano" = concordância
adequada]
PRONOME
 [ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concor-
dância inadequada]
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a
ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualifi-
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
cando-o de alguma forma.
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Exemplos:
PRONOMES PESSOAIS
1. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus so-
São aqueles que substituem os substantivos, indicando
nhos!
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escre-
 [substituição do nome]
ve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu,
2. A moça que morava nos meus sonhos era mesmo
vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele,
bonita!
ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às pes-
 [referência ao nome]
soas de quem fala.
3. Essa moça morava nos meus sonhos!
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções
 [qualificação do nome]
que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do
caso oblíquo.
Grande parte dos pronomes não possuem significados
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação
 Pronome Reto
dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a
referência exata daquilo que está sendo colocado por
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença,
meio dos pronomes no ato da comunicação. Com exce-
exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
ção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais
pronomes têm por função principal apontar para as pes-
Por exemplo:
soas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes
 Nós lhe ofertamos flores.
sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa
característica, os pronomes apresentam uma forma es-
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero
pecífica para cada pessoa do discurso.
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
Exemplos:
Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim con-
1. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
figurado:
 [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]

- 1ª pessoa do singular: eu
2. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
- 2ª pessoa do singular: tu
 [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
fala]
- 1ª pessoa do plural: nós - 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do plural: vós - 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do plural: eles, elas - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados - 2ª pessoa do plural (vós): vos
como complementos verbais na língua-padrão. Frases - 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxe-
ram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, de- Observação 1
vem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apre-
língua formal, devem ser usados os pronomes oblí- senta na forma contraída, ou seja, houve a união entre
quos correspondentes: "Vi-o na rua", "Encontrei-a na o pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompa-
praça", "Trouxeram-me até aqui". nhar diretamente uma preposição, o pronome lhe exer-
ce sempre a função de objeto indireto na oração.

Obs.: frequentemente observamos a omissão do pro- Observação 2


nome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser obje-
próprias formas verbais marcam, através de suas de- tos diretos como objetos indiretos.
sinências, as pessoas do verbo indicadas pelo prono-
me reto. Observação 3
Os pronomes o, as, os e as atuam exclusivamente co-
mo objetos diretos.
Por exemplo:
 Fizemos boa viagem. (Nós)
Saiba que:
 Pronome Oblíquo
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen- se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas
tença, exerce a função de complemento verbal (objeto como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas;
direto ou indireto) ou complemento nominal . no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Ob-
serve o uso dessas formas nos exemplos que seguem:
Por exemplo:
 Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)  Trouxeste o pacote?
Sim, entreguei-to ainda há pouco.

Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma va-  Não contaram a novidade a vocês?
riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação Não, não no-la contaram.
indica a função diversa que eles desempenham na
oração: pronome reto marca o sujeito da oração; pro- No português do Brasil, essas combinações não são usa-
nome oblíquo marca o complemento da oração. das; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é
muito raro.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a
acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas espe-
tônicos. ciais depois de certas terminações verbais. Quando o
verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma
Pronome Oblíquo Átono lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal
é suprimida.
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são
precedidos de preposição. Possuem acentuação tôni- Por exemplo:
ca fraca.  fiz + o = fi-lo
 fazeis + o = fazei-lo
Por exemplo:  dizer + a = dizê-la
 Ele me deu um presente.
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assu-
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configu- me as formas no, nos, na, nas.
rado:
Por exemplo:
 viram + o: viram-no As formas "conosco" e "convosco" são substituídas por
 repõe + os = repõe-nos "com nós" e "com vós" quando os pronomes pessoais são
 retém + a: retém-na reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios,
 tem + as = tem-nas todos, ambos ou algum numeral.

Pronome Oblíquo Tônico Por exemplo:


 Você terá de viajar com nós todos.
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por  Estávamos com vós outros quando chegaram as más
preposições, em geral as preposições a, para, de e com. notícias.
Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função  Ele disse que iria com nós três.
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tôni-
ca forte.  Pronome Reflexivo
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim confi-
gurado: São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem
como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo expressa pelo verbo.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas • 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.

Observe que as únicas formas próprias do pronome tôni- Por exemplo:


co são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As
demais repetem a forma do pronome pessoal do caso  Eu não me vanglorio disso.
reto.  Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.

As preposições essenciais introduzem sempre pronomes • 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto.
Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua Por exemplo:
formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:
 Assim tu te prejudicas.
 Não há mais nada entre mim e ti.  Conhece a ti mesmo.
 Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
 Não há nenhuma acusação contra mim. • 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
 Não vá sem mim.
Por exemplo:
Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de
surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma  Guilherme já se preparou.
oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o ver-  Ela deu a si um presente.
bo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pro-  Antônio conversou consigo mesmo.
nome, deverá ser do caso reto. • 1ª pessoa do plural (nós): nos.

Por exemplo: Por exemplo:


 Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.  Lavamo-nos no rio.
 Não vá sem eu mandar.
• 2ª pessoa do plural (vós): vos.
A combinação da preposição "com" e alguns pronomes
originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, Por exemplo:
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos  Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de
companhia. • 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.

Por exemplo: Por exemplo:


 Ele carregava o documento consigo.  Eles se conheceram.
 Elas deram a si um dia de folga.
A segunda pessoa indireta Os pronomes de tratamento representam uma forma
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exem-
utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso plo, estamos nos endereçando à excelência que esse de-
interlocutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o ver- putado supostamente tem para poder ocupar o cargo que
bo na terceira pessoa. ocupa.

É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se
podem ser observados no quadro seguinte: dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes pos-
PRONOMES DE TRATAMENTO sessivos e os pronomes oblíquos empregados em re-
lação a eles devem ficar na 3ª pessoa.

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques


Por exemplo:
 Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconheci-
dos.
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos

altas autoridades c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou


Vossa Excelência V. Exª (s)
e oficiais-generais nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao
longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida ini-
Vossa Magnificência V. Mag.ª(s) reitores de universidades
cialmente. Assim, por exemplo, se começamos a cha-
mar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
"teu". O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira
pessoa.
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores

Por exemplo:
Vossa Santidade V. S. Papa
 Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Senhoria tratamento cerimonioso
teus cabelos. (errado)
V. S.ª (s)
 Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Onipotência V. O. Deus seus cabelos. (correto)
 Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
teus cabelos. (correto)
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senho-
ra e você, vocês. "O senhor" e "a senhora" são emprega- PRONOMES POSSESSIVOS
dos no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês", no tra-
tamento familiar. Você e vocês são largamente emprega- São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (pos-
dos no português do Brasil; em algumas regiões , a forma suidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa
tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco emprega- possuída).
da. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica,
ultraformal ou literária. Por exemplo:
 Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
OBSERVAÇÕES: singular)
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de
Observe o quadro:
tratamento que possuem "Vossa (s)" são empregados
em relação à pessoa com quem falamos.
NÚMERO PESSOA PRONOME
Por exemplo:
singular primeira meu(s), minha(s)
 Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este
encontro. singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa.
plural primeira nosso(s), nossa(s)
Por Exemplo: plural segunda vosso(s), vossa(s)
 Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Exce-
lência, o Senhor Presidente da República, agiu com plural terceira seu(s), sua(s)
propriedade.
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa No espaço:
gramatical a que se refere; o gênero e o número concor-  Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o
dam com o objeto possuído. carro está perto da pessoa que fala.
 Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o
Por exemplo: carro está perto da pessoa com quem falo, ou afasta-
 Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele mo- do da pessoa que fala.
mento difícil.  Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o
carro está afastado da pessoa que fala e daquela com
Observações: quem falo.

1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto
alteração fonética da palavra senhor. por meio de correspondência, que é uma modalidade es-
Por exemplo: crita de fala), são particularmente importantes o este e o
 Muito obrigado, seu José. esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor;
o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. causar ambiguidade.
Podem ter outros empregos, como:
Exemplos:
a) indicar afetividade.  Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solici-
Por exemplo: tar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se
 Não faça isso, minha filha. da universidade destinatária).
 Reafirmamos a disposição desta universidade em par-
b) indicar cálculo aproximado. ticipar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da
Por exemplo: universidade que envia a mensagem).
 Ele já deve ter seus 40 anos.
No tempo:
c) atribuir valor indefinido ao substantivo.
Por exemplo:  Este ano está sendo bom para nós. O pronome este
 Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. refere-se ao ano presente.
 Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse
3 - Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o refere-se a um passado próximo.
pronome possessivo fica na 3ª pessoa.  Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele
está se referindo a um passado distante.
Por exemplo:
 Vossa Excelência trouxe sua mensagem? Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
invariáveis, observe:
4 - Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
concorda com o mais próximo. • Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s),
aquela(s).
Por exemplo: • Invariáveis: isto, isso, aquilo.
 Trouxe-me seus livros e anotações.
Também aparecem como pronomes demonstrativos:
5 - Em algumas construções, os pronomes pessoais oblí-
quos átonos assumem valor de possessivo. • o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s),
Por exemplo: aquilo.
 Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
Por exemplo:
PRONOMES DEMONSTRATIVOS  Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disses-
te.)
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explici-  Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela
tar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou que te indiquei.)
ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de
espaço, tempo ou discurso. • mesmo (s), mesma (s):
Por exemplo: Por exemplo:
 Estas são as mesmas pessoas que o procuraram on-  O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos ínti-
tem. mos: aquele casado, solteiro este. [ou então: este sol-
teiro, aquele casado.]
• próprio (s), própria (s):
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irô-
Por exemplo: nica.
 Os próprios alunos resolveram o problema.
Por exemplo:
• semelhante (s):  A menina foi a tal que ameaçou o professor?

Por exemplo: f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em


 Não compre semelhante livro. com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste,
desta, disso, nisso, no, etc.
• tal, tais:
Por exemplo:
Por exemplo:  Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
 Tal era a solução para o problema.
PRONOMES INDEFINIDOS
Note que:
a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em São palavras que se referem à terceira pessoa do discur-
construções redundantes, com finalidade expressiva, so, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando
para salientar algum termo anterior. quantidade indeterminada.

Por exemplo: Por exemplo:


 Manuela, essa é que dera em cheio casando com o
José Afonso. Desfrutar das belezas brasileiras, isso é  Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
que é sorte! plantadas.

b) O pronome demonstrativo neutro o pode representar Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
em que aparece, geralmente, como objeto direto, pre- imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser
dicativo ou aposto. humano que seguramente existe, mas cuja identidade é
desconhecida ou não se quer revelar.
Por exemplo:
 O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam. Classificam-se em:

c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente • Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o ver- do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
bo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substi- São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada,
tui, que faz as vezes de). ninguém, outrem, quem, tudo.

Por exemplo: Por exemplo:


 Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizes-
se.  Algo o incomoda?
 Quem avisa amigo é.
Diz-se corretamente:
 Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer. • Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quanti-
Mas: dade aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
 Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o que fa-
zer.) Por exemplo:

d) Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa  Cada povo tem seus costumes.
mencionada em último lugar, aquele à mencionada em  Certas pessoas exercem várias profissões.
primeiro lugar.
Note que: Essas oposições de sentido são muito importantes na
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora prono- construção de frases e textos coerentes, pois delas mui-
mes indefinidos adjetivos: algum, alguns, alguma(s), bas- tas vezes dependem a solidez e a consistência dos argu-
tante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), mentos expostos. Observe nas frases seguintes a força
muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), ou- que os pronomes indefinidos destacados imprimem às
tra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, afirmações de que fazem parte:
quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s),
toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.  Nada do que tem sido feito produziu qualquer resulta-
do prático.
Por exemplo:  Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não
são pessoas quaisquer.
 Menos palavras e mais ações.
 Alguns contentam-se pouco. PRONOMES RELATIVOS

Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variá- São pronomes relativos aqueles que representam nomes
veis e invariáveis. Observe o quadro a seguir: já mencionados anteriormente e com os quais se relacio-
nam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas.
Variáveis
Por exemplo:
Singular Plural Invariáveis
 O racismo é um sistema que afirma a superioridade de
Masculino Feminino Masculino Feminino um grupo racial sobre outros.
algum alguma alguns algumas (afirma a superioridade de um grupo racial sobre ou-
nenhum nenhuma nenhuns nenhumas alguém tros = oração subordinada adjetiva).
todo toda todos todas ninguém
muito muita muitos muitas outrem O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e
pouco pouca poucos poucas tudo introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
vário vária vários várias nada "sistema" é antecedente do pronome relativo que.
tanto tanta tantos tantas algo
outro outra outros outras cada O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome
quanto quanta quantos quantas demonstrativo o, a, os, as.
qualquer quaisquer
Por exemplo:
 Não sei o que você está querendo dizer.
São locuções pronominais indefinidas:
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
 cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), expresso.
quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo
aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, Por exemplo:
um ou outro, uma ou outra, etc.  Quem casa, quer casa.

Por exemplo: Observe o quadro abaixo:


 Cada um escolheu o vinho desejado.

Quadro dos Pronomes Relativos


Indefinidos Sistemáticos
Variáveis
Invariáveis
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, per- Masculino Feminino
cebemos que existem alguns grupos que criam oposição
o qual os quais a qual as quais quem
de sentido. É o caso de:
cujo cujos cuja cujas que
quanto quantos quanta quantas onde
 algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo, e ne-
nhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo;
 todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e Note que:
nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa;
 alguém/ninguém, que se referem a pessoa, e al- a) O pronome que é o relativo de mais largo emprego,
go/nada, que se referem a coisa; sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser
 certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza. substituído por o qual, a qual, os quais, as quais,
quando seu antecedente for um substantivo.
Por exemplo: Por exemplo:
É um professor a quem muito devemos.
 O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) (preposição)
 A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a
qual)
g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antece-
 Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
dente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
quais)
 As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (=
Por exemplo:
as quais)
 A casa onde morava foi assaltada.

b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente


h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou
pronomes relativos: por isso, são utilizados didatica-
em que.
mente para verificar se palavras como "que", "quem",
"onde" (que podem ter várias classificações) são pro-
Por exemplo:
nomes relativos. Todos eles são usados com referên-
 Sinto saudades da época em que (quando) moráva-
cia à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois
mos no exterior.
de determinadas preposições:
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as
Por exemplo:
palavras:
 Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia,
o qual me deixou encantado. (O uso de que neste caso
- como (= pelo qual)
geraria ambiguidade.)
 Essas são as conclusões sobre as quais pairam mui-
Por exemplo:
tas dúvidas? (Não se poderia usar que depois de so-
 Não me parece correto o modo como você agiu sema-
bre.)
na passada.

c) O relativo "que" às vezes equivale a o que, coisa que, e


- quando (= em que)
se refere a uma oração.
Por exemplo:
Por exemplo:
 Bons eram os tempos quando podíamos jogar video-
 Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que
game.
era a sua vocação natural.
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
d) O pronome "cujo" não concorda com o seu anteceden-
numa só frase.
te, mas com o consequente. Equivale a do qual, da
qual, dos quais, das quais.
Por exemplo:
 O futebol é um esporte.
Por exemplo:
 O povo gosta muito deste esporte.
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
 O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
(antecedente) (consequente)

k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode


e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antece- ocorrer a elipse do relativo que.
dente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e
tudo: Por exemplo:
 A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria,
Por exemplo: (que) fumava.
Emprestei tantos quantos foram necessários.
(antecedente) Importância nada relativa

Ele fez tudo quanto havia falado.


Não é difícil perceber que os pronomes relativos são pe-
ças fundamentais à boa articulação de frases e textos:
(antecedente)
sua capacidade de atuar como pronomes e conectivos
simultaneamente favorece a síntese e evita a repetição de
f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre termos.
precedido de preposição.
PRONOMES INTERROGATIVOS VERBO

São usados na formulação de perguntas, sejam elas dire- Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,
tas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. processos:
São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e varia-
ções), quanto (e variações).  ação (correr);
 estado (ficar);
Por exemplo:  fenômeno (chover);
 Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.  ocorrência (nascer);
 Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bone-  desejo (querer).
cas preferes.
 Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os
quantos passageiros desembarcaram. seus possíveis significados. Observe que palavras como
corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo
ao de alguns verbos mencionados acima; não apresen-
PRONOMES SUBSTANTIVOS E tam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses
PRONOMES ADJETIVOS verbos possuem.

 Pronomes Substantivos são aqueles que substituem ESTRUTURA DAS FORMAS VERBAIS
um substantivo ao qual se referem.
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apre-
Por exemplo: sentar os seguintes elementos:
 Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão
perdidos.) a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significa-
 Aquilo me deixou alegre. do essencial do verbo.

Obs.: ao assumir para si as características do nome Por exemplo:


que substitui, o pronome seguirá todas as demais con-  fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
cordâncias (gênero - número - pessoa do discurso -
marca de sujeito inanimado - marca de situação no es- b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica
paço). a conjugação a que pertence o verbo.

 Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o Por exemplo:


substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe  fala-r
uma característica.
São três as conjugações:
Por exemplo: 1ª - Vogal Temática - A - (falar)
 Este moço é meu irmão. 2ª - Vogal Temática - E - (vender)
 Alguma coisa me deixou alegre. 3ª - Vogal Temática - I - (partir)
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa
Observação: a classificação dos pronomes em subs- o tempo e o modo do verbo.
tantivos ou adjetivos não exclui sua classificação es-
pecífica. Por exemplo:
 falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
 falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
Por exemplo:
 Muita gente não me entende. (muita = pronome adjeti- d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa
vo indefinido). a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singu-
 Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adje- lar ou plural).
tivo possessivo / teu = pronome substantivo possessi-
vo). Por exemplo:
 falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
 falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
Por exemplo:
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados  Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjuga-  Era primavera quando a conheci.
ção, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vo-  Estava frio naquele dia.
gal "e", apesar de haver desaparecido do infinitivo, re-
vela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
etc. são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar,
amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se cons-
trói, "Amanheci mal-humorado", usa-se o verbo "ama-
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas nhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impesso-
al, empregado em sentido figurado, deixa de ser im-
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos pessoal para ser pessoal.
verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos
com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tôni- Por exemplo:
co cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por  Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não  Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
cai no radical, mas sim na terminação verbal: opinei,  Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
aprenderão, nutriríamos.
d) São impessoais, ainda:
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando
Classificam-se em: tempo. Ex.: Já passa das seis.

a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de,
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca indicando suficiência. Ex.: Basta de tolices. Chega de
alterações no radical. blasfêmias.

Por exemplo: 3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está


 canto cantei cantarei cantava cantasse bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal,
sem referência a sujeito expresso anteriormente. Po-
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações demos, ainda, nesse caso, classificar o sujeito como
no radical ou nas desinências. hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais.

Por exemplo: 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de


 faço fiz farei fizesse "ser possível". Por exemplo:

c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjuga-  Não deu para chegar mais cedo.
ção completa. Classificam-se em impessoais, unipes-  Dá para me arrumar uns trocados?
soais e pessoais.
• Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, se conju-
• Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor- gam apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
malmente, são usados na terceira pessoa do singular. plural.
Os principais verbos impessoais são:
Por exemplo:
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-  A fruta amadureceu.
se ou fazer (em orações temporais).  As frutas amadureceram.

Por exemplo: Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como


 Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) verbos pessoais na linguagem figurada:
 Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
 Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)  Teu irmão amadureceu bastante.
 Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vo-
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo) zes de animais; eis alguns:
 bramar: tigre Observe:
 bramir: crocodilo PARTICÍPIO PARTICÍPIO
INFINITIVO
 cacarejar: galinha REGULAR IRREGULAR
 coaxar: sapo Anexar Anexado Anexo
 cricrilar: grilo Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Os principais verbos unipessoais são: Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser Matar Matado Morto
(preciso, necessário, etc.). Observe os exemplos: Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
 Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos Soltar Soltado Solto
bastante.)
 Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.) e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radi-
 É preciso que chova. (Sujeito: que chova.) cal em sua conjugação.

2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, segui- Por exemplo:
dos da conjunção que. Observe os exemplos: Ir Pôr Ser Saber
vou ponho sou sei
 Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei vais pus és sabes
de fumar.) ides pôs fui soube
 Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo fui punha foste saiba
Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia) foste seja

Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais. f) Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos
tempos compostos e das locuções verbais. O verbo
• Pessoais: não apresentam algumas flexões por moti- principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é
vos morfológicos ou eufônicos. expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerún-
dio ou particípio.
Por exemplo:
 verbo falir Por exemplo:
Este verbo teria como formas do presente do indicativo  Vou espantar as moscas.
falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que prova- (verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)
velmente causaria problemas de interpretação em certos
contextos.  Está chegando a hora do debate.
(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)
Por exemplo:
 verbo computar  Os noivos foram cumprimentados por todos os presen-
tes. (verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)
Este verbo teria como formas do presente do indicativo
computo, computas, computa - formas de sonoridade Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar,
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. ter e haver.
Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de
formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exem- CONJUGAÇÃO DOS VERBOS AUXILIARES
plo disso é o próprio verbo computar, que, com o desen-
volvimento e a popularização da informática, tem sido SER - Modo Indicativo
conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
Pretérito Pretérito Pretérito Futuro do Futuro do
Presente
Perfeito Imperfeito Mais-Que-Perfeito Presente Pretérito
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenôme- sou fui era fora serei seria
no costuma ocorrer no particípio, em que, além das és foste eras foras serás serias
formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem é foi era fora será seria
as chamadas formas curtas (particípio irregular).
somos fomos eramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam
SER - Modo Subjuntivo ESTAR - Formas Nominais

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
que eu seja se eu fosse quando eu for
estar estar estando estado
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
estares
que ele seja se ele fosse quando ele for
estar
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
estarmos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
estardes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem
estarem

SER - Modo Imperativo


HAVER - Modo Indicativo
Afirmativo Negativo
Pretérito
sê tu não sejas tu Pretérito Pretérito Futuro do Futuro do
Presente Mais-Que-
Perfeito Imperfeito Presente Pretérito
seja você não seja você Perfeito
sejamos nós não sejamos nós hei houve havia houvera haverei haveria
sede vós não sejais vós hás houveste havias houveras haverás haverias
sejam vocês não sejam vocês há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
SER - Formas Nominais haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio hão houveram haviam houveram haverão haveriam

ser ser eu sendo sido


seres tu
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

ser ele
Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
sermos nós
haja houvesse houver
serdes vós
hajas houvesses houveres há hajas
serem eles
haja houvesse houver haja haja

ESTAR - Modo Indicativo hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos

Pretérito hajais houvésseis houverdes havei hajais


Pretérito Pretérito Futuro do Futuro do
Presente Mais-Que- hajam houvessem houverem hajam hajam
Perfeito Imperfeito Presente Pretérito
Perfeito
estou estive estava estivera estarei estaria HAVER - Formas Nominais
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio

estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos haver haver havendo havido
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis haveres
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam haver
havermos
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo haverdes
Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo haverem

esteja estivesse estiver


estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam
TER - Modo Indicativo 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em
que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto
Pretérito Pretérito Pretérito Futuro do Futuro do representado por pronome oblíquo da mesma pessoa
Presente
Perfeito Imperfeito Mais-Que-Perfeito Presente Pretérito do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai so-
tenho tive tinha tivera terei teria bre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos
tens tiveste tinhas tiveras terás terias ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjuga-
dos com os pronomes mencionados, formando o que
tem teve tinha tivera terá teria
se chama voz reflexiva.
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis Por exemplo:
têm tiveram tinham tiveram terão teriam  Maria se penteava.

A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva


TER - Modo Subjuntivo e Imperativo
pode ser exercida também sobre outra pessoa.
Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
Por exemplo:
tenha tivesse tiver  Maria penteou-me.
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
Observações:
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos 1 - Por fazerem parte integrante do verbo, os prono-
mes oblíquos átonos dos verbos pronominais não
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
possuem função sintática.
tenham tivessem tiverem tenham tenham
2 - Há verbos que também são acompanhados de pro-
g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam nomes oblíquos átonos, mas que não são essenci-
com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, almente pronominais, são os verbos reflexivos. Nos
se, na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibi- verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se en-
lidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando contrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem
a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (reflexi- funções sintáticas.
vos essenciais). Veja:
Por exemplo:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com  Eu me feri.
os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São Eu (sujeito)-1ª pessoa do singular
poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dig- me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular
nar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais es-
senciais a reflexibilidade já está implícita no radical do MODOS VERBAIS
verbo.
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo
Por exemplo:
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem
 Arrependi-me de ter estado lá.
três modos:
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu)
tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela  Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda exemplo: Eu sempre estudo.
do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícu-  Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por
la integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conju- exemplo: Talvez eu estude amanhã.
gada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de  Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exem-
reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio plo: Estuda agora, menino.
verbo. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo
e respectivos pronomes): FORMAS NOMINAIS

 Eu me arrependo Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas


 Tu te arrependes que podem exercer funções de nomes (substantivo, adje-
 Ele se arrepende tivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas no-
 Nós nos arrependemos minais. Observe:
 Vós vos arrependeis
 Eles se arrependem
a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo Por exemplo:
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função  Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
de substantivo.
TEMPOS VERBAIS
Por exemplo:
 Viver é lutar. (= vida é luta) Tomando-se como referência o momento em que se fala,
 É indispensável combater a corrupção. (= combate à) a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
tempos. Veja:
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
(forma simples) ou no passado (forma composta). 1. Tempos do Indicativo

Por exemplo:  Presente - Expressa um fato atual.


 É preciso ler este livro.
 Era preciso ter lido este livro. Por exemplo:
 Eu estudo neste colégio.
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular,  Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num
não apresenta desinências, assumindo a mesma for- momento anterior ao atual, mas que não foi comple-
ma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte tamente terminado.
maneira:
Por exemplo:
 2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)  Ele estudava as lições quando foi interrompido.
 1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
 2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)  Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorri-
 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) do num momento anterior ao atual e que foi totalmen-
te terminado.
Por exemplo:
 Foste elogiado por teres alcançado uma boa coloca- Por exemplo:
ção.  Ele estudou as lições ontem à noite.

c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou  Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que
advérbio. teve início no passado e que pode se prolongar até o
Por exemplo: momento atual.
 Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de
advérbio) Por exemplo:
 Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função  Tenho estudado muito para os exames.
adjetivo)
 Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocor-
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em cur- rido antes de outro fato já terminado.
so; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
 Ele já tinha estudado as lições quando os amigos che-
Por exemplo: garam. (forma composta)
 Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.  Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
 Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. (forma simples)

d) Particípio: quando não é empregado na formação dos  Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que
tempos compostos, o particípio indica geralmente deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao
o resultado de uma ação terminada, flexionando-se momento atual.
em gênero, número e grau.
Por exemplo:
Por exemplo:  Ele estudará as lições amanhã.
 Terminados os exames, os candidatos saíram.
 Quando o particípio exprime somente estado, sem  Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que
nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas
função de adjetivo (adjetivo verbal). já terminado antes de outro fato futuro.
Por exemplo:  Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que
 Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o pode ocorrer num momento futuro em relação ao atu-
teste. al.

 Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que Por exemplo:


pode ocorrer posteriormente a um determinado fato  Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
passado.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases
Por exemplo: que indicam possibilidade ou desejo.
 Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
Por exemplo:
 Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que  Se ele vier à loja, levará as encomendas.
poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado
fato passado.  Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato pos-
terior ao momento atual mas já terminado antes de ou-
Por exemplo: tro fato futuro.
 Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria viajado nas
férias. Por exemplo:
 Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.
2. Tempos do Subjuntivo
FORMAÇÃO DOS TEMPOS SIMPLES
 Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no mo-
mento atual. Quanto à formação dos tempos simples, estes dividem-se
em primitivos e derivados.
Por exemplo:
 É conveniente que estudes para o exame.  Primitivos:
 presente do indicativo
 Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado mas  pretérito perfeito do indicativo
posterior a outro já ocorrido.  infinitivo impessoal

Por exemplo:  Derivados do Presente do Indicativo:


 Eu esperava que ele vencesse o jogo.  Presente do subjuntivo
 Imperativo afirmativo
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas cons-  Imperativo negativo
truções em que se expressa a ideia de condição ou de-
sejo.  Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo:
 Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
Por exemplo:  Pretérito imperfeito do subjuntivo
 Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.  Futuro do subjuntivo

 Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato to-  Derivados do Infinitivo Impessoal:


talmente terminado num momento passado.  Futuro do presente do indicativo
 Futuro do pretérito do indicativo
Por exemplo:  Imperfeito do indicativo
 Embora tenha estudado bastante, não passou no tes-  Gerúndio
te.  Particípio

 Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um


fato ocorrido antes de outro fato já terminado.

Por exemplo:
 Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos
puderam entrar na sala de exames.
TEMPOS PRIMITIVOS IMPERATIVO
 Presente do Indicativo
 Imperativo Afirmativo ou Positivo
Desinência
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do pre-
pessoal
sente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a se-
CANTAR VENDER PARTIR
gunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o "S" final. As
cantO vendO partO O
demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do sub-
cantaS vendeS parteS S juntivo. Veja:
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS Presente Imperativo Presente
do Indicativo Afirmativo do Subjuntivo
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
Eu canto --- Que eu cante

 Pretérito Perfeito do Indicativo Tu cantas CantA tu Que tu cantes


Ele canta Cante você Que ele cante
O pretérito perfeito do indicativo é marcado basicamente
pela desinência pessoal. Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I  Imperativo Negativo
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
negação às formas do presente do subjuntivo.
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

 Infinitivo Impessoal
Que eu cante ---
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Que tu cantes Não cantes tu
CANTAR VENDER PARTIR Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
TEMPOS DERIVADOS DO PRESENTE DO INDICATIVO
Que vós canteis Não canteis vós

 Presente do Subjuntivo Que eles cantem Não cantem eles

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a


desinência -o da primeira pessoa do singular do presente Observações:
do indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conju- - No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª
gação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª con- pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois
jugação). uma ordem, pedido ou conselho só se aplicam dire-
tamente à pessoa com quem se fala. Por essa ra-
1ª 2ª 3ª Des. Des. Desinência
zão, utiliza-se você/vocês.
conjugação conjugação conjugação temporal temporal pessoal
1ª conj. 2ª/3ª conj. - O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente:
CANTAR VENDER PARTIR sê (tu), sede (vós).
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partaAS E A S
cantE vendA partaA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
TEMPOS DERIVADOS DO PRETÉRITO PERFEITO Observe o quadro:
DO INDICATIVO 1ª 2ª 3ª Des. Des.
conjugação conjugação conjugação temporal pessoal
 Pretérito mais-que-perfeito
1ª /2ª
e 3ª conj.
Para formar o pretérito mais-que-perfeito do indicativo
CANTAR VENDER PARTIR
elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do
pretérito perfeito. Acrescenta-se a esse tema a desinência cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
temporal -RA mais a desinência de número e pessoa cor- cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
respondente. cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
Existem gramáticos que afirmam que este tempo origina-
se da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito (can- cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
taram/venderam/partiram), mediante a supressão do m cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
final e acréscimo da desinência de número e pessoa.
 Futuro do Subjuntivo
Ou simplesmente:
tema + {-ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram (1ª, 2ª e 3ª conj.) Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinên-
cia -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a
Observe o quadro:
esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de
1ª 2ª 3ª Des. Desinência número e pessoa correspondente.
conjugação conjugação conjugação temporal pessoal
1ª/2ª Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da
e 3ª conj. terceira pessoa do pretérito perfeito (cantaram / vende-
CANTAR VENDER PARTIR ram / partiram) mediante a supressão do -am final e
cataRA vendeRA partiRA RA Ø acréscimo da desinência de número e pessoa.
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
Ou simplesmente:
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
tema + { -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem (1ª, 2ª e 3ª conj.)
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS Observe o quadro:
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M 1ª 2ª 3ª Des. Desinência
conjugação conjugação conjugação temporal pessoal
 Pretérito Imperfeito do Subjuntivo 1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desi-
cantaR vendeR partiR Ø
nência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
cantaRES vendeRES partiRES R ES
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a
esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência cantaR vendeR partiR R Ø
de número e pessoa correspondente. cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da
cantaREM VendeREM PartiREM R EM
terceira pessoa do pretérito perfeito (cantaram / vende-
ram / partiram) mediante a supressão do -ram final e
acréscimo da desinência modo-temporal -SSE e da desi- Atenção: Sempre que tivermos dúvidas sobre a conjuga-
nência de número e pessoa. ção do futuro do subjuntivo, bastar-nos-á verificar a 3ª p.
p. do pretérito perfeito. Se formos confrontar o futuro do
Ou simplesmente: subjuntivo com o infinitivo pessoal, notaremos haver
tema +{ -sse, -sses, -sse, -ssemos, -sseis, -ssem (1ª, 2ª e igualdade de forma para muitos verbos, o que não ocorre
3ª conj.) sempre. O verbo fazer, por exemplo, conjuga-se no infiniti-
vo pessoal: fazer, fazeres, fazer, fazermos, fazerdes, faze-
rem; mas no futuro do subjuntivo veremos as formas:
quando eu fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem, pois
este tempo se origina da 3ª pessoa do plural do pretérito
perfeito do indicativo.
TEMPOS DERIVADOS DO INFINITIVO IMPESSOAL TEMPOS COMPOSTOS

 Futuro do Presente do Indicativo São formados por locuções verbais que têm como auxilia-
res os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo
Infinitivo Impessoal + { -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão (1ª, 2ª e no particípio. São eles:
3ª conj.) }
1) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo:
Veja:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou ha-
ver no Presente do Indicativo e o principal no particípio,
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
indicando fato que tem ocorrido com frequência ultima-
CANTAR VENDER PARTIR mente.
cantar ei vender ei partir ei
Por exemplo:
cantar ás vender ás partir ás
 Eu tenho estudado demais ultimamente.
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos 2) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo:
cantar eis vender eis partir eis
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou ha-
cantar ão vender ão partir ão
ver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio,
indicando desejo de que algo já tenha ocorrido.
 Futuro do Pretérito do Indicativo
Infinitivo Impessoal + { -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam (1ª, Por exemplo:
2ª e 3ª conj.)  Espero que você tenha estudado o suficiente, para
conseguir a aprovação.
Veja:
3) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou ha-
CANTAR VENDER PARTIR ver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no
cantarIA venderIA partirIA particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-
cantarIAS venderIAS partirIAS perfeito do Indicativo simples.

cantarIA venderIA partirIA


Por exemplo:
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS  Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali.
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM 4) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo:

É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou ha-


 Infinitivo Pessoal
ver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no
Infinitivo Impessoal + { -es (2ª pessoa do singular), -mos
particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito
(1ª pessoa do plural), -des (2ª pessoa do plural), -em ( 3ª
do Subjuntivo simples.
pessoa do plural) (1ª, 2ª e 3ª conj.)
Por exemplo:
Veja:
 Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado
de cidade.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação
CANTAR VENDER PARTIR
obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estu-
cantar vender partir dasse, aprenderia é completamente diferente de Se eu
cantarES venderES partirES tivesse estudado, teria aprendido.
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM
5) Futuro do Presente Composto do Indicativo: Por exemplo:
 Para você ter comprado esse carro, necessitou de mui-
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou ha- to dinheiro.
ver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o prin-
cipal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do LOCUÇÕES VERBAIS
Presente simples do Indicativo.
Outro tipo de conjugação composta - também chamada
Por exemplo: conjugação perifrástica - são as locuções verbais, consti-
 Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido. tuídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo.
São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham
6) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo: papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções,
o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou ha- suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, núme-
ver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o prin- ro e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os
cipal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do exemplos:
Pretérito simples do Indicativo.
 Estou lendo o jornal.
Por exemplo:  Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.
 Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado  Ninguém poderá sair antes do término da sessão.
de cidade.
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade
7) Futuro Composto do Subjuntivo: dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os
mais variados matizes de significado. Ser (estar, em al-
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou ha- gumas construções) é usado nas locuções verbais que
ver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no parti- exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever
cípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a neces-
simples. sidade de que determinado processo se realize ou não.
Veja:
Por exemplo:
 Quando você tiver terminado sua série de exercícios,  Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.
eu caminharei 6 Km.  Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.

Veja os exemplos: Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade,


 Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Ma- desejo.
nuel.
 Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado Por exemplo:
a Manuel.  Quero ver você hoje.

Perceba que o significado é totalmente diferente em am- Também são largamente usados como auxiliares: come-
bas as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei çar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vir e
"você" praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.
no segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do
advérbio "já". Aspecto Verbal

Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir: No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tem-
pos verbais, é possível perceber diferenças entre o pretéri-
 Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a to perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo. A dife-
Manuel. rença entre esses tempos é uma diferença de aspecto,
 Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefo- pois está ligada à duração do processo verbal. Observe:
nado a Manuel.
 Quando o vi, cumprimentei-o.
8) Infinitivo Pessoal Composto:
O aspecto é perfeito, pois o processo está concluído.
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou ha-  Quando o via cumprimentava-o.
ver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particí-
pio, indicando ação passada em relação ao momento da
fala.
O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites  Tudo estará resolvido quando ele chegar.
claros, prolongando-se por período impreciso de tempo. Tudo estaria resolvido quando ele chegasse.

O presente do indicativo e o presente do subjuntivo apre- As formas compostas: estará resolvido e estaria resolvi-
sentam aspecto imperfeito, pois não impõem precisos ao do, conhecidas como futuro do presente e futuro do pre-
processo verbal: térito compostos do indicativo, exprimem processo con-
cluído - é a ideia do aspecto perfeito - ao qual se acres-
 Faço isso sempre. centa a noção de que os efeitos produzidos permanecem,
 É provável que ele faça isso sempre. uma vez realizada a ação.

Já o pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome  Os animais noturnos terminaram de se recolher mal
indica, apresenta aspecto perfeito em suas várias formas começou a raiar o dia.
do indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos já
concluídos: Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas
ao aspecto verbal: a indicação do término e do início do
 Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a processo verbal.
bandeira que ele fincara ( ou havia fincado) dois dias
antes.  Eles vinham chegando à proporção que nós íamos
 Se tivéssemos chegado antes, teríamos conseguido saindo.
fazer o exame.
As locuções formadas com os auxiliares vir e ir exprimem
Outra informação aspectual que a oposição entre o perfei- processos que se prolongam.
to e imperfeito pode fornecer diz respeito à localização
do processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser  Ele voltou a trabalhar depois de deixar de sonhar proje-
usados para exprimir processos localizados nos ponto. tos irrealizáveis.
Os tempos perfeitos podem ser usados para exprimir pro-
cessos localizados num ponto preciso do tempo: As locuções destacadas exprimem o início de um proces-
so interrompido e a interrupção de outro, respectivamen-
 No momento em que o vi, acenei-lhe. te.
 Tinha-o cumprimentado logo que o vira.
EMPREGO DO INFINITIVO IMPESSOAL E PESSOAL
Já os tempos imperfeitos podem indicar processos fre-
quentes e repetidos:  Infinitivo Impessoal

 Sempre que saía, trancava todas as portas. Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal,
isso significa que ele apresenta sentido genérico ou inde-
O aspecto permite a indicação de outros detalhes relacio- finido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é
nados com a duração do processo verbal. Veja: invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal.

 Tenho encontrado problemas em meu trabalho. Por exemplo:


 Amar é sofrer.
Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto
do indicativo, indica um processo repetido ou frequente, O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de
que se prolonga até o presente. número e pessoa.

 Estou almoçando. Veja:


- Eu
A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio
do verbo principal indica um processo que se prolonga. É falar -es Tu
largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no vender - Ele
presente, mas também em outros tempos (estava almo- partir -mos Nós
çando, estive almoçando, estarei almoçando, etc.).
-des Vós
Obs.: em Portugal, costuma-se utilizar o infinitivo pre- -em Eles
cedido da preposição a em lugar do gerúndio.
Por exemplo: Estou a almoçar.
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª 5. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infini- oração anterior;
tivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respecti-
Por exemplo:
vas pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas
 Eles foram condenados a pagar pesadas multas.
pelo contexto da frase).
 Devemos sorrir ao invés de chorar.
 Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.
Por exemplo:
 Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa)
Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou
 Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)
não, preceder ou estiver distante do verbo da oração
principal (verbo regente), pode ser flexionado para me-
Note: as regras que orientam o emprego da forma variável
lhor clareza do período e também para se enfatizar o
ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente
sujeito (agente) da ação verbal.
definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e
vago, e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado,
Por exemplo:
recomenda-se usar este último sempre que for necessário
 Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agrade-
dar à frase maior clareza ou ênfase.
cemos.
 Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem
Observações importantes:
futebol.
O infinitivo impessoal é usado:
 Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
Antes de nascerem, já estão condenadas à fome mui-
1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se
tas crianças.
referir a um sujeito determinado;

Por exemplo: 6. Com os verbos causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e


 Querer é poder. seus sinônimos que não formam locução verbal com o
 Fumar prejudica a saúde. infinitivo que os segue;
 É proibido colar cartazes neste muro.
Por exemplo:
2. Quando tiver o valor de Imperativo;  Deixei-os sair cedo hoje.

Por exemplo:
7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e sinô-
 Soldados, marchar! (= Marchai!)
nimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão.

3. Quando é regido de preposição e funciona como com-


Por exemplo:
plemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da ora-
 Vi-os entrar atrasados.
ção anterior;
 Ouvi-as dizer que não iriam à festa.
Por exemplo:
 Eles não têm o direito de gritar assim. Observações:
 As meninas foram impedidas de participar do jogo.
Eu os convenci a aceitar. a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes
dos objetos diretos de verbos como "pedir", "dizer", "fa-
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "to- lar" e sinônimos;
mar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar)
deve ser flexionado.  Pediu para Carlos entrar. (errado)
 Pediu para que Carlos entrasse. (errado)
Por exemplo:  Pediu que Carlos entrasse. (correto)
 Eram pessoas difíceis de serem contentadas.
 Aqueles remédios são ruins de serem tomados. b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo,
 Os CDs que você me emprestou são agradáveis de como na oração "Este trabalho é para eu fazer", pede-
serem ouvidos. se o emprego do pronome pessoal "eu", que se revela,
neste caso, como sujeito.
4. Nas locuções verbais;
Outros exemplos:
Por exemplo:
 Aquele exercício era para eu corrigir.
 Queremos acordar bem cedo amanhã.
 Esta salada é para eu comer?
 Eles não podiam reclamar do colégio.
 Ela me deu um relógio para eu consertar.
 Vamos pensar no seu caso.
Atenção: Em orações como "Esta carta é para mim!", a DICAS:
preposição está ligada somente ao pronome, que deve se
apresentar oblíquo tônico. a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com "j", esse "j"
aparecerá em todas as outras formas.
 Infinitivo Pessoal
Por exemplo:
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal,
isso significa que ele atribui um agente ao processo ver-  Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, enferru-
bal, flexionando-se. jarão, enferrujassem, etc. (Lembre, contudo, que o
substantivo ferrugem é grafado com "g".)
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:  Viajar: viajou, viajaria, viajem ( 3ª pessoa do plural do
presente do subjuntivo, não confundir com o substan-
1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expres- tivo viagem) viajarão, viajasses, etc.
so;
b) Quando o verbo tem o infinitivo com "g", como em "di-
Por exemplo: rigir" e "agir" este "g" deverá ser trocado por um "j" ape-
 Se tu não perceberes isto... nas na primeira pessoa do presente do indicativo.
 Convém vocês irem primeiro.
 O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito desi- Por exemplo:
nencial, sujeito implícito = nós)
 eu dirijo/ eu ajo
2. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração prin-
cipal; c) O verbo "parecer" pode relacionar-se de duas maneiras
distintas com o infinitivo.
Por exemplo:  Quando "parecer" é verbo auxiliar de um outro verbo:
 O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos Elas parecem mentir.
estudarem bastante para a prova.  Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na ver-
 Perdoo-te por me traíres. dade, um período composto. "Parece" é o verbo de uma
 O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à von- oração principal cujo sujeito é a oração subordinada
tade. substantiva subjetiva reduzida de infinitivo "elas men-
 O guarda fez sinal para os motoristas pararem. tirem". Como desdobramento dessa reduzida, pode-
mos ter a oração "Parece que elas mentem."
3. Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na
terceira pessoa do plural); VOZES DO VERBO

Por exemplo: Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para
 Faço isso para não me acharem inútil. indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da
 Temos de agir assim para nos promoverem. ação. São três as vozes verbais:
 Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da
sua conduta. a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação
expressa pelo verbo.
4. Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de
Por exemplo:
ação;
Ele fez o trabalho.
Por exemplo: sujeito agente ação objeto (paciente)

 Vi os alunos abraçarem-se alegremente.


 Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gen- b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a
tileza. ação expressa pelo verbo.
 Mandei as meninas olharem-se no espelho. Por exemplo:
O trabalho foi feito por ele.
Nota: como se pode observar, a escolha do Infinitivo Fle-
sujeito paciente ação agente da passiva
xionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente
(sujeito) da ação expressa pelo verbo.
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente
e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
Por exemplo: Observe a transformação da frase seguinte:
 O menino feriu-se.
 O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com  As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
a noção de reciprocidade.
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva
Por exemplo: analítica com outros verbos que podem eventualmente
 Os lutadores feriram-se. (um ao outro) funcionar como auxiliares.

FORMAÇÃO DA VOZ PASSIVA Por exemplo:


 A moça ficou marcada pela doença.
A voz passiva pode ser formada por dois processos: ana-
lítico e sintético. 2 - Voz Passiva Sintética

1 - Voz Passiva Analítica A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o


verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio
do verbo principal. Por exemplo:
 Abriram-se as inscrições para o concurso.
Por exemplo:  Destruiu-se o velho prédio da escola.
 A escola será pintada.
 O trabalho é feito por ele. Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passi-
va sintética.
Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado
da preposição por, mas pode ocorrer a construção com Curiosidade!
a preposição de. A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão
(latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o
Por exemplo: significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significa-
 A casa ficou cercada de soldados. do de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação
sofrida pelo sujeito.
Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja
explícito na frase. Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre
aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.
Por exemplo:
 A exposição será aberta amanhã. CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA VOZ PASSIVA

A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
pois o particípio é invariável. Observe a transformação tancialmente o sentido da frase.
das frases seguintes:
Por exemplo:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indi- Sujeito da Ativa Objeto Direto
cativo)
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) Sujeito Agente
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) da Passiva da Passiva

c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo
ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo
tempo. Observe mais exemplos:
Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o
mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
 Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
nos.
 Os alunos têm sido constantemente aconselhados b) Pronuncie eu (como na palavra deu):
pelos mestres.
 endeuso, endeusas, endeusa, endeusam, endeuse,
 Eu o acompanharei.
endeuses, endeusem
 Ele será acompanhado por mim.
c) Pronuncie oi (como na palavra boi):
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado,
não haverá complemento agente na passiva.  açoito, açoitas, açoita, açoitam, açoite, açoites, açoi-
tem
Por exemplo:  foiço, foiças, foiça, foiçam, foice, foices, foicem
 Prejudicaram-me.  desmoito, desmoitas, desmoita, desmoitam, desmoite,
 Fui prejudicado. desmoites, desmoitem
 noivo, noivas, noiva, noivam, noive, noives, noivem.
Saiba que:
d) Pronuncie ou ( como na palavra ouro):
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou refle-  afrouxo, afrouxas, afrouxa, afrouxam, afrouxe, afrou-
xivos, são chamados neutros. xes, afrouxem
 roubo, roubas, rouba, roubam, roube, roubes, roubem
Por exemplo:
 estouro, estouras, estoura, estouram, estoure, estou-
 O vinho é bom.
res, estourem
 Aqui chove muito.
2) Nos verbos terminados em -ejar e -elhar, como despe-
2) Há formas passivas com sentido ativo:
jar, almejar, arejar, velejar, pelejar, planejar, espelhar,
Por exemplo: aparelhar, semelhar, avermelhar, etc., o e tônico profe-
 É chegada a hora. (= Chegou a hora.) re-se fechado:
 Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
 despejo (ê), despejas(ê), despeja (ê), despejam (ê),
 És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
despeje (ê), despejes (ê), despejem (ê)
 espelho (ê), espelhas (ê), espelha (ê), espelham (ê),
3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido
espelhe (ê), espelhes (ê), espelhem (ê)
passivo:
Por exemplo: 3) Verbos como englobar, desposar, forçar, rogar, mofar,
 Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) ensopar, escovar, estorvar, enroscar, rosnar, lograr,
 Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) etc., têm o o aberto nas formas rizotônicas:
 escovo (ó), escova (ó), escove (ó), desposa (ó), ensopa
4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido (ó), ensopam (ó), etc.
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, lo-
go o sujeito é paciente. 4) Na terminação -oem, a vogal o é:

Por exemplo: a) fechada nos verbos finalizados em -oar:


 Chamo-me Luís.
 Batizei-me na Igreja do Carmo.  voem, magoem, coem, doem (doar), soem (soar), aben-
 Operou-se de hérnia. çoem, coroem, abotoem, etc.
 Vacinaram-se contra a gripe.
b) aberta nos verbos terminados em -oer:
Pronúncia Correta de Alguns Verbos  doem (doer), soem (soer), moem, roem, corroem, etc.

1) Nos verbos cujo radical termina em -ei, -eu, -oi, -ou, 5) Nas três pessoas do singular e na 3ª do plural do pre-
seguidos de consoante, é fechada a vogal base desses sente do indicativo e do subjuntivo do verbo saudar, a
ditongos: vogal u forma hiato e não ditongo:

a) Pronuncie ei (como na palavra lei):  saúdo (sa-ú-do), saúdas, saúda, saúdam


 saúde (sa- ú-de), saúdes, saúde, saúdem
 aleijo, aleijas, aleija, aleijam, aleije, aleijem
 abeiro-me, abeira-se, abeiram-se, abeire-se, abeira-te 6) O u do dígrafo gu dos verbos distinguir e extinguir não
 enfeixo, enfeixas, enfeixa, enfeixe, enfeixam, enfeixem, soa. Pronuncie gue, gui como no verbo seguir:
enfeixes  segue, seguem, seguiu, seguiu
 inteiro, inteiras, inteira, inteiram, inteire, inteires, inteirem  distingue, distinguem, distinguiu, extinguiu, etc.
ADVÉRBIO Por exemplo:

Compare estes exemplos:  O filme era muito bom.

 O ônibus chegou. - Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm


 O ônibus chegou ontem. sido frequentes os advérbios associados a substanti-
vos:
A palavra ontem acrescentou ao verbo chegou uma cir-
cunstância de tempo: ontem é um advérbio. Por exemplo:

 Marcos jogou bem.  "Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador.


 Marcos jogou muito bem.  "Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha
publicitária ufanista.
A palavra muito intensificou o sentido do advérbio bem:
muito, aqui, é um advérbio. FLEXÃO DO ADVÉRBIO

 A criança é linda. Outra característica dos advérbios se refere a sua organi-


 A criança é muito linda. zação morfológica. Os advérbios são palavras invariáveis,
isto é, não apresentam variação em gênero e número.
A palavra muito intensificou a qualidade contida no adje- Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau.
tivo linda: muito, nessa frase, é um advérbio. Observe:

Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido  Grau Comparativo


do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que
Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração intei- o comparativo do adjetivo:
ra; nessa situação, normalmente transmitem a avaliação
de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração. • de igualdade: tão + advérbio + quanto (como)
Por exemplo:
Por exemplo:  Renato fala tão alto quanto João.
 As providências tomadas foram infrutíferas, lamenta-
velmente. • de inferioridade: menos + advérbio + que (do que)

Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar Por exemplo:


várias ideias, tais como:  Renato fala menos alto do que João.

 Tempo: Ela chegou tarde. • de superioridade:


 Lugar: Ele mora aqui.
 Modo: Eles agiram mal. - Analítico: mais + advérbio + que (do que)
 Negação: Ela não saiu de casa. Por exemplo:
 Dúvida: Talvez ele volte.  Renato fala mais alto do que João.

Observações: - Sintético: melhor ou pior que (do que)


- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras
que expressam circunstâncias do processo verbal, po- Por exemplo:
dendo assim, ser classificados como determinantes.  Renato fala melhor que João.

Por exemplo:  Grau Superlativo

 Ninguém manda aqui! O superlativo pode ser analítico ou sintético:


 mandar: verbo
 aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo • Analítico: acompanhado de outro advérbio.
Por exemplo:
- Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a  Renato fala muito alto.
ideia de intensidade. muito = advérbio de intensidade
alto = advérbio de modo
• Sintético: formado com sufixos.  Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
mente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo:
Por exemplo:
Brando, o vento apenas move a copa das árvores.
 Renato fala altíssimo.
 Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também.
Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.)
Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante
são comuns na língua popular. Observe:
a adolescência.
 Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
 A criança levantou cedinho. (muito cedo)
 Ordem: depois, primeiramente, ultimamente.
Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer
CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS
aos meus amigos por comparecerem à festa.

De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio


Saiba que:
pode ser de:

 Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abai- advérbio o mais ou o menos.
xo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures,
adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, ex- Por exemplo:
ternamente, a distância, à distância de, de longe, de  Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei
perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta. o menos tarde possível.

 Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, an- geral sufixamos apenas o último:
tes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sem-
pre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, Por exemplo:
entrementes, imediatamente, primeiramente, proviso-  O aluno respondeu calma e respeitosamente.
riamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de
manhã, de repente, de vez em quando, de quando em DISTINÇÃO ENTRE ADVÉRBIO
quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, E PRONOME INDEFINIDO
em breve, hoje em dia.
Há palavras como muito, bastante, etc. que podem apare-
 Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, cer como advérbio e como pronome indefinido.
acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às ce-
gas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, des-  Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro
se jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a advérbio e não sofre flexões.
frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte
dos que terminam em "-mente": calmamente, triste- Por exemplo:
mente, propositadamente, pacientemente, amorosa-  Eu corri muito.
mente, docemente, escandalosamente, bondosamente,
generosamente.  Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e
sofre flexões.
 Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efeti-
vamente, certo, decididamente, deveras, indubitavel-
Por exemplo:
mente.
 Eu corri muitos quilômetros.
 Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS

 Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavel- São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sa- por que? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes
be. às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa.
 Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em
Veja:
excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto,
quão, tanto, assaz, que(equivale a quão), tudo, nada, Interrogação Direta Interrogação Indireta
todo, quase, de todo, de muito, por completo, extre- Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
mamente, intensamente, grandemente, bem (quando
Onde mora? Indaguei onde morava.
aplicado a propriedades graduáveis).
Por que choras? Não sei por que riem. PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS
Aonde vai? Perguntei aonde ia.
São palavras que, embora, em alguns aspectos (ser inva-
Donde vens? Pergunto donde vens.
riável, por exemplo), assemelhem-se a advérbios, não
Quando voltas? Pergunto quando voltas. possuem, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira,
classificação especial. Do ponto de vista sintático, são
expletivas, isto é, não assumem nenhuma função; do pon-
LOCUÇÃO ADVERBIAL to de vista morfológico, são invariáveis (muitas delas
vindas de outras classes gramaticais); do ponto de vista
Quando há duas ou mais palavras que exercem função de semântico, são inegavelmente importantes no contexto
advérbio, temos a locução adverbial, que pode expressar em que se encontram (daí seu nome). Classificam-se em
as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinariamente função da ideia que expressam:
por uma preposição. Veja:
 Adição: ainda, além disso, etc.
 lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para
dentro, por aqui, etc. Por exemplo:
 Comeu tudo e ainda repetiu.
 afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
 Afastamento: embora
 modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em
geral, frente a frente, etc. Por exemplo:
 Foi embora daqui.
 tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje
em dia, nunca mais, etc.  Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente

Obs.: tanto a locução adverbial como o advérbio modi- Por exemplo:


ficam o verbo, o adjetivo e outro advérbio.  Ainda bem que passei de ano

Observe os exemplos:  Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por
volta de, etc.
 Chegou muito cedo. (advérbio)
 Joana é muito bela. (adjetivo) Por exemplo:
 De repente correram para a rua. (verbo)  Ela quase revelou o segredo.

 Designação: eis
Relação de Algumas Locuções Adverbiais
Por exemplo:
às vezes às claras às cegas  Eis nosso carro novo.
à esquerda à direita à distância
ao lado ao fundo ao longo  Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, ex-
a cavalo a pé às pressas clusive, exceto, senão, sequer, apenas, etc.
ao vivo a esmo à toa
de repente de súbito de vez em quando Por exemplo:
por fora por dentro por perto  Não me descontou sequer um real.
por trás por ali por ora
com certeza sem dúvida de propósito  Explicação: isto é, por exemplo, a saber, etc.
lado a lado passo a passo o mais das vezes
Por exemplo:
Atenção: não confunda locução adverbial com a locução  Li vários livros, a saber, os clássicos.
prepositiva. Nesta última, a preposição vem sempre de-
pois do advérbio ou da locução adverbial.  Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive, etc.

Por exemplo: Por exemplo:


 perto de, antes de, dentro de, etc.  Eu também vou viajar.
 Limitação: só, somente, unicamente, apenas, etc.

Por exemplo:
 Só ele veio à festa.
(PREPOSIÇÕES, CONJUNÇÕES, ADVÉRBIOS
 Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque, etc. E PALAVRAS DENOTATIVAS)

Por exemplo: PREPOSIÇÃO


 E você lá sabe essa questão?
 O que não diria essa senhora se soubesse que já fui Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre
famoso. dois ou mais termos da oração. Essa relação é do tipo
subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela
 Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. preposição não há sentido dissociado, separado, indivi-
dualizado; ao contrário, o sentido da expressão é depen-
Por exemplo: dente da união de todos os elementos que a preposição
 Somos três, ou melhor, quatro. vincula.

 Situação: então, mas, se, agora, afinal, etc. Exemplos:

Por exemplo: 1. Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir.


 Mas quem foi que fez isso?  amigos de João / modo de vestir: elementos ligados
por preposição
As palavras denotativas frequentemente ocorrem em  de: preposição
frases e textos diretamente envolvidos com as estraté-
gias argumentativas. Por esta razão, fique atento para o 2. Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio.
papel de palavras como até, aliás, também, etc. e para os  esperou com entusiasmo: elementos ligados por pre-
efeitos de sentido que produzem nas situações efetivas posição
de interlocução. Podem se difíceis de classificar, mas isso  com: preposição
não impede que sejam importantes e necessárias.
Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que
os conectivos cumprem a função de ligar elementos. A
preposição é um desses conectivos e se presta a ligar
palavras entre si num processo de subordinação denomi-
nado regência.

Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabe-


lecida pelas preposições, o primeiro elemento – chamado
antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime;
o segundo elemento, por sua vez – chamado consequente
– é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabele-
cido pelo antecedente.

Exemplos:

1.A hora das refeições é sagrada.


 hora das refeições: elementos ligados por preposição
 de + as = das: preposição
 hora: termo antecedente = rege a construção "das re-
feições"
 refeições: termo consequente = é regido pela constru-
ção "hora da"

2. Alguém passou por aqui.


 passou por aqui: elementos ligados por preposição
 por: preposição
 passou: termo antecedente = rege a construção "por Observações:
aqui"
 aqui: termo consequente = é regido pela construção 1) A preposição após, acidentalmente, pode ser advérbio,
"passou por" com a significação de atrás, depois.

As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem Por exemplo:


flexão de gênero, número ou variação em grau como os  Os noivos passaram, e os convidados os seguiram
nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e logo após.
voz como os verbos. No entanto, em diversas situações
as preposições se combinam a outras palavras da língua 2) Dês é o mesmo que desde e ocorre com pouca fre-
(fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma rela- quência em autores modernos.
ção de concordância em gênero e número com essas
palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de Por exemplo:
uma variação própria da preposição, mas sim da palavra  Dês que começaste a me visitar, sinto-me melhor.
com a qual ela se funde.
3) Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbi-
Por exemplo: ais e prepositivas: por trás, para trás, para trás de. Co-
 de + o = do mo preposição simples, aparece, por exemplo, no anti-
 por + a = pela go ditado:
 em + um = num
Por exemplo:
As preposições podem introduzir:  Trás mim virá quem bom me fará.

a) Complementos Verbais 4) Para, na fala popular, apresenta a forma sincopada


pra.
Por exemplo:
 Eu obedeço "aos meus pais". Por exemplo:
 Bianca, alcance aqueles livros pra mim.
b) Complementos Nominais
5) Até pode ser palavra denotativa de inclusão.
Por exemplo:
 Continuo obediente "aos meus pais". Por exemplo:
 Os ladrões roubaram-lhe até a roupa do corpo.
c) Locuções Adjetivas
Há palavras de outras classes gramaticais que, em de-
Por exemplo: terminadas situações, podem atuar como preposições.
 É uma pessoa "de valor". São, por isso, chamadas preposições acidentais:

d) Locuções Adverbiais  como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com),


segundo (= conforme), consoante (= conforme), duran-
Por exemplo: te, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto
 Tive de agir "com cautela". (=por).

e) Orações Reduzidas Saiba que:

Por exemplo: As preposições essenciais regem sempre a forma oblíqua


 "Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido. tônica dos pronomes pessoais:

CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES Por exemplo:


 Não vá sem mim à escola.
As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusiva-
mente como preposição são chamadas preposições es- As preposições acidentais, por sua vez, regem a forma
senciais. São elas: reta desses mesmos pronomes:

 a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, Por exemplo:
para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás  Todos, exceto eu, preferem sorvete de chocolate.
LOCUÇÃO PREPOSITIVA ENCONTROS ESPECIAIS

É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de A contração da preposição a com os artigos ou pronomes
uma preposição. A última palavra dessas locuções é demonstrativos a, as ou com o "a" inicial dos pronomes
sempre uma preposição. aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo resulta numa fu-
são de vogais a que se chama de crase - que deve ser
Principais locuções prepositivas: assinalada na escrita pelo uso do acento grave.

abaixo de acima de acerca de Por exemplo:


 a+a=à
a fim de além de a par de
apesar de antes de depois de
Exemplos:
ao invés de diante de em fase de  às - àquela - àquelas - àquele - àqueles - àquilo
em vez de graças a junto a
junto com junto de à custa de PRINCIPAIS RELAÇÕES ESTABELECIDAS
PELAS PREPOSIÇÕES
defronte de através de em via de
de encontro a em frente de em frente a  Autoria - Esta música é de Roberto Carlos.
sob pena de a respeito de de ao encontro de  Lugar - Estou em casa.
 Tempo -Eu viajei durante as férias.
COMBINAÇÃO E CONTRAÇÃO DA PREPOSIÇÃO  Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio.
 Causa - Estou tremendo de frio
Quando as preposições a, de, em e per unem-se a certas  Assunto - Não gosto de falar sobre política.
palavras, formando um só vocábulo, essa união pode ser  Fim ou finalidade - Eu vim para ficar
por:  Instrumento - Paulo feriu- se com a faca.
 Companhia - Hoje vou sair com meus amigos.
 Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a  Meio - Voltarei a andar a cavalo.
outra palavra, mantém todos os seus fonemas.  Matéria - Devolva-me meu anel de prata.
 Posse - Este é o carro de João.
Por exemplo:  Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense.
 preposição a + artigo masculino o = ao  Conteúdo - Tomei um copo de (com) vinho.
 preposição a + artigo masculino os = aos  Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por)
R$ 300, 00.
 Contração: ocorre quando a preposição sofre modifi-  Origem - Você descende de família humilde.
cações na sua estrutura fonológica ao unir-se a outra  Especialidade - João formou-se em Medicina.
palavra. As preposições de e em, por exemplo, formam  Destino ou direção - Olhe para frente!
contrações com os artigos e com diversos pronomes.
Veja: DISTINÇÃO ENTRE PREPOSIÇÃO,
PRONOME PESSOAL OBLÍQUO E ARTIGO
do dos da das
 Preposição: ao ligar dois termos, estabelecendo entre
num nuns numa numas
eles relação de dependência, o "a" permanece invariá-
disto disso daquilo vel, exercendo função de preposição.
naquele naqueles naquela naquelas
Por exemplo:
Observe outros exemplos:  Fui a Brasília.

 em + a = na em + aquilo = naquilo  Pronome Pessoal Oblíquo: ao substituir um substanti-


 de + aquela = daquela de + onde = donde vo na frase.

Obs.: as formas pelo, pela, pelos, pelas resultam da Por exemplo:


contração da antiga preposição per com os artigos de-  Eu levei Júlia a Brasília.
finidos.  Eu a levei a Brasília.

Por exemplo:  Artigo: ao anteceder um substantivo, determinando-o.


 per + o = pelo
Por exemplo: CLASSIFICAÇÃO DA CONJUNÇÃO
 A professora foi a Brasília.
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as
Preposições, leitura e produção de textos conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados
A referência constante às preposições quando se estuda pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse
a Língua Portuguesa demonstra a importância que elas isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de
possuem na construção de frases e textos eficientes. As sentido que cada um dos elementos possui. Já no segun-
relações que as preposições estabelecem entre as apar- do caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção
tes do discurso são tão diversificadas quanto imprescin- depende da existência do outro.
díveis; seja em textos narrativos, descritivos ou disserta-
tivos, noções como tempo, lugar, causa, assunto, finalida-  Conjunções Coordenativas
de e outras costumam participar da construção da coe-
rência textual e da obtenção dos efeitos de sentido dis- São aquelas que ligam orações de sentido completo e
cursivos. independente ou termos da oração que têm a mesma
função gramatical. Subdividem-se em:

CONJUNÇÃO 1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia


de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usa- não), não só... mas também, não só...como também,
da como elemento de ligação: a conjunção. bem como, não só...mas ainda.

Por exemplo: Por exemplo:


 A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as  A sua pesquisa é clara e objetiva.
amiguinhas.  Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o
relatório.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expres-
 segurou a boneca sando ideia de contraste ou compensação. São elas:
 a menina mostrou mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto,
 viu as amiguinhas não obstante.

Cada informação está estruturada em torno de um verbo: Por exemplo:


segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:  Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
1ª oração: A menina segurou a boneca
2ª oração: e mostrou 3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando
3ª oração: quando viu as amiguinhas. ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se
realizam separadamente. São elas: ou, ou...ou, ora,
A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a já...já, quer...quer, seja...seja, talvez...talvez.
terceira oração liga-se à segunda por meio do quando. As
palavras "e" e quando ligam, portanto, orações. Por exemplo:
 Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
Observe:
 Gosto de natação e de futebol. 4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que
expressa ideia de conclusão ou consequência. São
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conse-
partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra guinte, por isso, assim.
"e" está ligando termos de uma mesma oração.
Por exemplo:
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou  Marta estava bem preparada para o teste, portanto não
dois termos semelhantes de uma mesma oração. ficou nervosa.

MORFOSSINTAXE DA CONJUNÇÃO 5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que


a explica, que justifica a ideia nela contida. São
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem elas: que, porque, pois (antes do verbo) , porquanto.
propriamente uma função sintática: são conectivos.
Por exemplo: O baile já tinha começado: oração principal
 Não demore, que o filme já vai começar. quando: conjunção subordinativa
ela chegou: oração subordinada
Saiba que:
As conjunções subordinativas subdividem-se em inte-
a) As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são ad- grantes e adverbiais:
versativas quando equivalem a "mas".
1. Integrantes
Por exemplo:
 Carlos fala, e não faz. Indicam que a oração subordinada por elas introduzida
 O bom educador não proíbe, antes orienta. completa ou integra o sentido da principal. Introduzem
 Sou muito bom; agora, bobo não sou. orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se.
 Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito Por exemplo:
bem.  Espero que você volte. (Espero sua volta.)
 Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)
b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a
"mas sim". 2. Adverbiais

Por exemplo: Indicam que a oração subordinada por elas introduzida


 Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por exerce a função de adjunto adverbial da principal. De
capacidade. acordo com a circunstância que expressam, classificam-
se em:
c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empre-
gada sempre no início da oração: as outras (porém, to- a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocor-
davia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio. rência da oração principal. São elas: porque, que, co-
mo (= porque, no início da frase), pois que, visto que,
Por exemplo: uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc.
 Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam
Por exemplo:
a resposta.
 Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
 Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém,
Como não se interessa por arte, desistiu do curso.
sabiam a resposta.

b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa


d) ‘ A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem
ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir
geralmente após um ou mais termos da oração a que
sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de
pertence.
que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que,
conquanto, etc.
Por exemplo:
 Você o provocou com essas palavras; não se queixe,
Por exemplo:
pois, de seus ataques.
 Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
 Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me
Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente,
abandonem.
após um verbo no imperativo e sempre no início da ora-
ção a que pertence.
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a
hipótese ou a condição para ocorrência da principal.
Por exemplo:
São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser
 Não tenha receio, pois eu a protegerei.
que, desde que, a menos que, sem que, etc.
 Conjunções Subordinativas

Por exemplo:
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas
 Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
dependente da outra. A oração dependente, introduzida
 Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum
pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de ora-
negócio muito urgente.
ção subordinada.

d) Conformativas: introduzem uma oração em que se


Veja o exemplo:
exprime a conformidade de um fato com outro. São
 O baile já tinha começado quando ela chegou.
elas: conforme, como (= conforme), segundo, conso-
ante, etc.
Por exemplo: Por exemplo:
 O passeio ocorreu como havíamos planejado.  Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do
 Arrume a exposição segundo as ordens do professor. exame.
 A dor era tanta que a moça desmaiou.
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finali-
dade ou o objetivo com que se realiza a principal. São LOCUÇÃO CONJUNTIVA
elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que),
que, etc. Recebem o nome de locução conjuntiva os conjuntos de
palavras que atuam como conjunção. Essas locuções
Por exemplo: geralmente terminam em "que". Observe os exemplos:
 Toque o sinal para que todos entrem no salão.
 Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.  visto que
 desde que
f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa  ainda que
um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência  por mais que
da principal. São elas: à medida que, à proporção que,  à medida que
ao passo que e as combinações quanto mais... (mais),  à proporção que
quanto menos...(menos), quanto menos ...(mais),  logo que
quanto menos...(menos), etc.  a fim de que

Por exemplo: Atenção: Muitas conjunções não têm classificação única,


 O preço fica mais caro à medida que os produtos es- imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acordo
casseiam. com o sentido que apresentam no contexto. Assim, a
 Quanto mais reclamava menos atenção recebia. conjunção que pode ser:

Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à me- 1. Aditiva ( = e)


dida em que, na medida que e na medida em que. Por exemplo:
 Esfrega que esfrega, mas a mancha não sai.

g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta 2. Explicativa


uma circunstância de tempo ao fato expresso na ora- Por exemplo:
ção principal. São elas: quando, enquanto, antes que,  Apressemo-nos, que chove.
depois que, logo que, todas as vezes que, desde que,
sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), 3. Integrante
etc. Por exemplo:
 Diga-lhe que não irei.
Por exemplo:
 A briga começou assim que saímos da festa. 4. Consecutiva
 A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. Por exemplo:
 Onde estavas, que não te vi?
h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa
ideia de comparação com referência à oração princi- 5. Comparativa
pal. São elas: como, assim como, tal como, como se, Por exemplo:
(tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quan-  Ficou vermelho que nem brasa.
to, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com
menos ou mais), etc. 6. Concessiva
Por exemplo:
Por exemplo:  Beba, um pouco que seja.
 O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
 Ele é preguiçoso tal como o irmão. 7. Temporal
Por exemplo:
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a  Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel.
consequência da principal. São elas: de sorte que, de
modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito 8. Final
que, que (tendo como antecedente na oração principal Por exemplo:
uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.  Vendo o amigo à janela, fez sinal que descesse.
9. Causal As interjeições, por outro lado, são uma espécie de "pala-
Por exemplo: vra-frase", ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra
 "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tem- (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que
po." (V.Coaraci) poderia ser colocada em termos de uma sentença.

CONJUNÇÕES, LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS Veja os exemplos:

O bom relacionamento entre as conjunções de um texto 1. Bravo! Bis!


garante a perfeita estruturação de suas frases e parágra- bravo e bis: interjeição
fos, bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo.  sentença (sugestão): "Foi muito bom! Repitam!"
Interagindo com palavras de outras classes gramaticais
essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e 2. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé...
textos - como os pronomes, preposições, alguns advér- ai: interjeição
bios e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a  sentença (sugestão): "Isso está doendo!" ou "Estou
que se pode chamar de " a arquitetura textual", isto é, o com dor!"
conjunto das relações que garantem a coesão do enunci-
ado. O sucesso desse conjunto de relações depende do A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que
conhecimento do valor relacional das conjunções, uma não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são
vez que estas interferem semanticamente no enunciado. as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um
suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação
Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às con- particular, um momento ou um contexto específico.
junções tanto na leitura como na produção de textos. Nos
textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à ex- Exemplos:
pressão de circunstâncias fundamentais à condução da
história, como as noções de tempo, finalidade, causa con- 1. Ah, como eu queria voltar a ser criança!
sequência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas  ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
vezes a linha expositiva ou argumentativa adotada - é o
caso das exposições e argumentações construídas por 2. Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
meio de contrastes e oposições, que implicam o uso das  hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
adversativas e concessivas. ção

O significado das interjeições está vinculado à maneira


INTERJEIÇÃO como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é
que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, contexto de enunciação.
sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre
o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento Exemplos:
sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estrutu- 1. Psiu!
ras linguísticas mais elaboradas. contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua
significado da interjeição (sugestão): "Estou te chaman-
Observe o exemplo: do! Ei, espere!"
 Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
2. Psiu!
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda contexto: alguém pronunciando essa expressão em um
sua raiva se traduz numa palavra: Droga! hospital
significado da interjeição (sugestão): "Por favor, faça si-
Ele poderia ter dito: lêncio!"
- Estou com muita raiva de você!
3. Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
Mas usou simplesmente uma palavra. puxa: interjeição
Ele empregou a interjeição Droga! tom da fala: euforia

As sentenças da língua costumam se organizar de forma 4. Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os puxa: interjeição
distribui em posições adequadas a cada um deles. tom da fala: decepção
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:  Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Rai-
os!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,  Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
tristeza, dor, etc.  Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Va-
Por exemplo: lha-me, Deus!
 Você faz o que no Brasil?  Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
 Eu? Eu negocio com madeiras.  Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
 Ah, deve ser muito interessante.
Saiba que:
b) Sintetizar uma frase apelativa
As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem
Por exemplo: variação em gênero, número e grau como os nomes, nem
 Cuidado! Saia da minha frente. de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os
verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjei-
As interjeições podem ser formadas por: ções sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste
caso, que não se trata de um processo natural dessa
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. classe de palavra, mas tão só uma variação que a lingua-
b) palavras: Oba!, Olá!, Claro! gem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo, até
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, loguinho.
Ora bolas!
LOCUÇÃO INTERJETIVA
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da
entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma ex-
que uma interjeição tenha mais de um sentido. pressão com sentido de interjeição.

Por exemplo: Por exemplo :


 Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrarieda-  Ora bolas!
de)  Quem me dera!
 Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)  Virgem Maria!
 Meu
CLASSIFICAÇÃO DAS INTERJEIÇÕES  Deus!
 Ó de casa!
Comumente, as interjeições expressam sentido de:  Ai de mim!
 Valha-me Deus!
 Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,  Graças a Deus!
Atenção!, Olha!, Alerta!  Alto lá!
 Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!  Muito bem!
 Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
 Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah! Observações:
 Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca! 1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.
 Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!,
Boa! Por exemplo:
 Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!  Ué! = Eu não esperava por essa!
 Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!,  Perdão! = Peço-lhe que me desculpe.
Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
 Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá! 2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o
 Desculpa: Perdão! seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras
 Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, classes gramaticais podem aparecer como interjei-
Eh! ções.
 Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!,
Ora! Por exemplo:
 Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!,  Viva! Basta! (Verbos)
Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!,  Fora! Francamente! (Advérbios)
Hein?, Cruz!, Putz!
3) A interjeição pode ser considerada uma "palavra-frase"  A (artigo definido, antes de um substantivo, concor-
porque sozinha pode constituir uma mensagem. dando com ele, exemplo: A saudade dói / pronome
demonstrativo, antes do pronome relativo QUE ou da
Por exemplo: preposição DE, sendo substituível por AQUELA, exem-
 Socorro! plo: Esta é a casa a que estimo. - Comprei uma boa
 Ajudem-me! roupa, mas a de Maria é melhor. / Antes do pronome
 Silêncio! relativo QUE o A também pode ser preposição, mas
 Fique quieto! não será substituível por AQUELA. / pronome pessoal
oblíquo, junto a um verbo e corresponde a ela, exem-
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitati- plo: Amo-a / preposição essencial, pode ser trocado
vas, que exprimem ruídos e vozes. por outra preposição como forma de teste e não equi-
vale a o no masculino, exemplo: Embarcação a remo -
Por exemplo: Estou a vender / substantivo comum, quando repre-
 Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique- senta a letra do alfabeto, exemplo: Este a é pequenini-
taque! Quá-quá-quá!, etc. nho. / numeral ordinal, quando corresponde a primeiro
em uma enumeração, exemplo: Capítulo a.);
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo "ó" com a
sua homônima "oh!", que exprime admiração, alegria,  Aí (advérbio de lugar, quando quer dizer nesse lugar,
tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do" oh!" excla- exemplo: Deixa o livro aí. / advérbio de tempo, quando
mativo e não a fazemos depois do "ó" vocativo. quer dizer nessa ocasião, exemplo: Chegou a noiva; aí
lhe atiraram flores. / palavra ou partícula de realce,
Por exemplo: exemplo: Aí pelas 11 horas vieram as crianças.);
 "Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!" (Olavo Bilac)
 Oh! a jornada negra!" (Olavo Bilac)  Algo (advérbio de intensidade, quando quer dizer um
tanto, exemplo: Ela é algo modesta. / pronome indefi-
6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas nido, quando quer dizer alguma coisa, exemplo: Ela
de palavras de outras classes, podem aparecer flexio- sabia algo dessa menina.);
nadas no diminutivo ou no superlativo.
 Atrás (advérbio de lugar, exemplo: Nós caminhamos
Por exemplo: atrás. / palavra expletiva, exemplo: Há anos atrás as
 Calminha! Adeusinho! Obrigadinho! coisas não eram assim.);

Interjeições, leitura e produção de textos  Bastante (adjetivo, exemplo: Isso era bastante. / pro-
nome adjetivo indefinido, exemplo: Comprei bastantes
Usadas com muita frequência na língua falada informal, roupas. / advérbio de intensidade (invariável), exemplo:
quando empregadas na língua escrita, as interjeições Eram bastante ricos.);
costumam conferir-lhe certo tom inconfundível de colo-
quialidade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar  Bem (advérbio de intensidade, quando corresponde a
traços pessoais do falante - como a escassez de vocabu- muito, exemplo: Joana é bem inteligente. / advérbio de
lário, o temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a modo, exemplo: Esmeralda fala bem. / substantivo
origem geográfica. É nos textos narrativos - particular- comum, exemplo: Meu bem está longe. / interjeição,
mente nos diálogos - que comumente se faz uso das in- exemplo: Bem! Ainda assim estou certa.);
terjeições com o objetivo de caracterizar personagens e,
também, graças à sua natureza sintética, agilizar as falas.  Certo (adjetivo quando determinando um substantivo e
Natureza sintética e conteúdo mais emocional do que com significado de verdadeiro - exemplo: É um homem
racional fazem das interjeições presença constante nos certo. / pronome adjetivo indefinido antes de um subs-
textos publicitários. tantivo, concordando com ele - exemplo: Vi certo livro.
/ advérbio de afirmação quando quer dizer certamente
- exemplo: Certo, não queres brincar.);
DIFERENCIAÇÃO MORFOLÓGICA:
 Como (advérbio interrogativo de modo em perguntas
Algumas palavras podem apresentar classes diferentes diretas e indiretas - exemplo: Como estás, menina?,
em função do contexto. Seguem, abaixo, algumas pala- Não sei como consegui este resultado. / advérbio de
vras e suas características para diferenciação. intensidade quando se pode mudar para quanto ou
quão - exemplo: Como brilham teus cabelos. / conjun-
ção subordinativa comparativa quando vindo no se-
gundo termo de uma comparação - exemplo: Era tão  Melhor (advérbio de modo no grau comparativo de
vermelho como sangue. / conjunção subordinativa superioridade querendo dizer mais bem - exemplo: Es-
conformativa equivalente a conforme - exemplo: Era te rapaz canta melhor. / adjetivo no grau comparativo
trabalhador, como disse o patrão / conjunção subordi- de superioridade querendo dizer mais bom - exemplo:
nativa causal - exemplo: Como tivesse chovido muito, O vinho é melhor que a uva. / substantivo comum -
a terra estava molhada. / advérbio interrogativo de exemplo: O melhor do negócio é o segredo.
quantidade quando no início de uma frase interrogati-
va, precedido de preposição - exemplo: A como vende  Menos (pronome adjetivo indefinido acompanhando
o chá? / substantivo próprio quando significando di- um substantivo - exemplo: Tenho menos revistas. /
vindade mitológica ou nome de lugar - exemplo: Como pronome substantivo indefinido quando quer dizer
presidia às festas noturnas. Como é a terra natal de menos coisa - exemplo: Tenho menos do que ele. / ad-
meus ancestrais. / verbo comer - exemplo: Como mui- vérbio de intensidade junto a um verbo ou a um adjeti-
to bem / preposição acidental quando quer dizer na vo, modificando-o - exemplo: Passeia menos e sê me-
qualidade de - exemplo: Como deputado tenho direito nos gastador. / preposição acidental quando quer di-
de falar / palavra explicativa - exemplo: O estabeleci- zer exceto - exemplo: Todos brincam menos ela.
mento vende muitos objetos, como: portas, janelas, pi-
so.  Mesmo (pronome adjetivo demonstrativo quando de-
signa identidade, equivale a em pessoa, próprio -
 Diferente (adjetivo - exemplo: São de cores diferentes. exemplo: Estivemos na mesma casa. Era Cristo a
/ pronome adjetivo indefinido - exemplo: Diferentes co- mesma inocência. / substantivo comum precedido de
res ele tem. artigo definido, quer dizer a mesma coisa - exemplo:
Façam o mesmo que eu fiz. / palavra de inclusão
Certo, vários e diversos, modificando substantivo, têm quando vale até - exemplo: Mesmo o pai caiu neste er-
as mesmas classificações, conforme venham antes ou ro. / advérbio de afirmação equivalendo a realmente -
depois do substantivo a que se referem. exemplo: Canta mesmo como um passarinho. / pala-
vra de concessão correspondente a ainda que - exem-
 E (conjunção coordenativa aditiva - exemplo: Ele e ela plo: Mesmo doente sairei.
chegaram. / conjunção coordenativa adversativa
quando equivale a mas - exemplo: Fala, e não faz. /  Muito (pronome adjetivo indefinido que acompanha
numeral ordinal quando corresponde a quinto em uma um substantivo concordando com ele - exemplo: Muito
enumeração - exemplo: capítulo e. trabalho me cansa. / pronome substantivo indefinido
quando quer dizer muita coisa - exemplo: Muito se faz
 Logo (advérbio de tempo equivalente a imediatamente nesta casa. / advérbio de intensidade quando modifica
ou daqui a pouco - exemplo: Vou logo. / conjunção co- verbo, adjetivo ou advérbio - exemplo: Ele é muito inte-
ordenativa conclusiva quando quer dizer portanto - ligente.
exemplo: Ela estuda muito, logo aprende.
 Na (contração da preposição em com o artigo a -
 Mais (pronome adjetivo indefinido antes de substanti- exemplo: na rua da amargura. / contração da preposi-
vo - exemplo: Vendi mais livros / pronome substantivo ção em com o pronome demonstrativo a - exemplo: Es-
indefinido quando quer dizer mais coisa - exemplo: É tou em minha casa e você na que ele vendeu. / prono-
pouco, quero mais. / palavra de adição que pode ser me pessoal oblíquo a depois de verbo terminado em
mudada para e - exemplo: João mais Maria brincam vogal ou ditongo nasal - exemplo: Viram-na todos.
juntos. / advérbio de intensidade quando modifica ad-
jetivo, verbo ou outro advérbio - exemplo: Ele estava  O (artigo definido quando vem antes de substantivo,
mais alto. Parecia mais recordar do que aprender. / determinando-o - exemplo: O homem e o cantar. / pro-
advérbio de tempo - exemplo: Saudades que os anos nome demonstrativo antes do pronome relativo que,
não trazem mais. / substantivo comum quando vem da preposição de ou junto a um verbo, sendo substitu-
com artigo determinando-o - exemplo: Os mais não vie- ível por aquele/aquilo/isso - exemplo: Ela era bonita e
ram. sabia que o era. O que eu disse. / pronome pessoal
oblíquo quando vem junto a um verbo e corresponde a
 Meio (advérbio de intensidade equivalente a um pouco ele - exemplo: O patrão estima-o. / substantivo comum
- exemplo: Ela está meio triste hoje. / numeral fracio- quando representa a letra do alfabeto - exemplo: Este o
nário significando metade de uma divisão - exemplo: está torto.
Comprei meio cento de laranjas. / substantivo comum
- exemplo: Estamos buscando outro meio de resolver o
problema.
 Pior (advérbio de modo no grau comparativo de supe-  Se (pronome pessoal oblíquo reflexivo referente ao
rioridade querendo dizer mais mal - exemplo: Este au- sujeito do verbo, equivalente a si mesmo, a si próprio -
tor escreve pior do que eu. / adjetivo no grau compara- exemplo: O menino feriu-se. / Também pode ter valor
tivo de superioridade querendo dizer mais mau - de reciprocidade, se puder ser substituído por a sim
exemplo: Antônio é pior que Paulo. mesmos (as) a si próprios (as) - Eles cortaram-se. /
pronome apassivador quando a ação recai sobre o su-
 Pois (conjunção subordinativa causal relacionada a jeito paciente na voz passiva sintética - exemplo: Ras-
uma oração principal - exemplo: Não vi nada, pois es- gou-se a carta (= A carta foi rasgada). / conjunção su-
tava dormindo. / conjunção coordenativa explicativa, bordinativa integrante responsável por introduzir ora-
quando pensamento em sequência justificativa, ante- ções substantivas que completam sintaticamente a
posta ao verbo da oração que participa - exemplo: Ce- oração principal - exemplo: Não sei se choverá. / con-
do se arrependerá, pois é o que acontece aos desavi- junção subordinativa condicional equivalente a caso -
sados. / conjunção coordenativa conclusiva posposta exemplo: Se saíres agora, verás onde ele está. / pala-
ao verbo e equivalente a portanto - exemplo: mande os vra de realce que pode ser retirada da frase sem preju-
livros, pois, pelo portador. / palavra de situação quan- ízo - exemplo: Foram-se embora os convidados.);
do traduz um sentimento - exemplo: Pois vá saindo
daqui logo! / palavra de realce seguida de sim ou não -  Segundo (numeral ordinal, exemplo: Fevereiro é o se-
exemplo: Pois sim que você vai sair. gundo mês do ano. / substantivo comum, indica fração
de hora (tempo), exemplo: Gastou um segundo para
 Porque (conjunção subordinativa causal relacionando resolver a questão. / conjunção subordinativa confor-
causa da oração principal - exemplo: Não veio porque mativa, equivale a conforme, exemplo: Segundo fui in-
não quis. / conjunção coordenativa explicativa, quando formado, ele não virá);
a segunda frase explica a razão de ser da primeira -
exemplo: Isso não é razão, porque , afinal de contas, os  Todo (pronome adjetivo indefinido, quando se pode
negócios têm ido bem. / conjunção subordinativa final mudar para cada, qualquer, exemplo: Todo homem de-
equivalente a para que - exemplo: Não veio porque lhe ve trabalhar. / adjetivo, equivalente a inteiro, exemplo:
acontecesse alguma desgraça. / advérbio interrogativo O campo todo queimou-se. / substantivo comum,
de causa em perguntas diretas e indiretas - exemplo: exemplo: O todo é maior do que qualquer parte. / ad-
Por que vieste tarde?, Perguntei-te por que não falaste vérbio de modo, quando quer dizer completamente,
nada. No fim de frase ou de período interrogativo, es- exemplo: Ele estava todo zangado.).
creve-se por quê. Preposição por e pronome relativo
que, quando substitui-se o pronome relativo por o qual
(a/s) - exemplo: Não conheço o caminho por que devo
passar (= caminho pelo qual...) / substantivo comum -
exemplo: Ele deve me dizer o porquê de tanta confu-
são.

 Pouco (pronome adjetivo indefinido quando acompa-


nha um substantivo - exemplo: Ele teve pouco trabalho
hoje. / pronome substantivo indefinido quando signifi-
ca pouca coisa - exemplo: Pouco não quero. / advérbio
de intensidade - exemplo: Ele sempre fala pouco. Ele é
pouco inteligente.

 Próprio (adjetivo significando peculiar, privativo, ade-


quado, digno - exemplo: Essa atitude não é própria de
alguém de sua importância. / pronome adjetivo pos-
sessivo - exemplo: Moro em casa própria. / pronome
adjetivo demonstrativo equivalente a mesmo (a/s) -
exemplo: Ele cortou a si próprio com a faca. / substan-
tivo comum - exemplo: O senhor é o próprio?
 Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres
de opinião.
 A existência é frágil.

A oração, às vezes, é sinônimo de frase ou período (sim-


FRASE, PERÍODO E ORAÇÃO ples) quando encerra um pensamento completo e vem
limitada por ponto-final, ponto-de-interrogação, ponto-de-
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para exclamação e por reticências.
estabelecer comunicação. Expressa juízo, indica ação,
estado ou fenômeno, transmite um apelo, ordem ou exte-  Um vulto cresce na escuridão. Clarissa se encolhe. É Vas-
rioriza emoções. co.

Normalmente a frase é composta por dois termos - o su- Acima temos três orações correspondentes a três perío-
jeito e o predicado - mas não obrigatoriamente, pois, em dos simples ou a três frases.
Português há orações ou frases sem sujeito:
Mas, nem sempre oração é frase: "convém que te apresses"
 Há muito tempo que não chove. apresenta duas orações mas uma só frase, pois somente
o conjunto das duas é que traduz um pensamento com-
Enquanto na língua falada a frase é caracterizada pela pleto.
entoação, na língua escrita, a entoação é reduzida a sinais
de pontuação. Outra definição para oração é a frase ou membro de frase
que se organiza ao redor de um verbo. A oração possui
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em sempre um verbo (ou locução verbal), que implica, na
verbais e nominais, feita a partir de seus elementos cons- existência de um predicado, ao qual pode ou não estar
tituintes, elas podem ser classificadas a partir de seu ligado um sujeito.
sentido global:
Assim, a oração é caracterizada pela presença de um
 frases interrogativas: o emissor da mensagem formula verbo. Dessa forma:
uma pergunta. / Que queres fazer?  Rua!

 frases imperativas: o emissor da mensagem dá uma Que é uma frase, não é uma oração.
ordem ou faz um pedido. / Dê-me uma mãozinha! - Fa-
ça-o sair! Já em:
 "Quero a rosa mais linda que houver, para enfeitar a
 frases exclamativas: o emissor exterioriza um estado noite do meu bem."
afetivo. / Que dia difícil!
Temos uma frase e três orações: As duas últimas orações
 frases declarativas: o emissor constata um fato. / Ele não são frases, pois em si mesmas não satisfazem um
já chegou. propósito comunicativo; são, portanto, membros de frase.

Quanto a estrutura da frase, as frases que possuem verbo Quanto ao período, ele denomina a frase constituída por
são estruturadas por dois elementos essenciais: sujeito e uma ou mais orações, formando um todo, com sentido
predicado. completo. O período pode ser simples ou composto.

O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo  Período simples é aquele constituído por apenas uma
em número e pessoa. É o "ser de quem se declara algo", "o oração, que recebe o nome de oração absoluta.
tema do que se vai comunicar".  Chove.
 A existência é frágil.
O predicado é a parte da frase que contém "a informação  Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres de
nova para o ouvinte". Ele se refere ao tema, constituindo a opinião.
declaração do que se atribui ao sujeito.  Quero uma linda rosa.

Quando o núcleo da declaração está no verbo, temos o  Período composto é aquele constituído por duas ou
predicado verbal. Mas, se o núcleo estiver num nome, mais orações:
teremos um predicado nominal.  "Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver."
 Cantei, dancei e depois dormi.
A frase apresenta, basicamente, dois elementos: sujeito e • haver significando existir, ocorrer, acontecer ou indi-
predicado (termos essenciais). Podem ocorrer ainda ter- cando tempo decorrido:
mos integrantes: complementos verbais (objeto direto e
objeto indireto), complemento nominal e agente da passi-  Haverá eleições para presidente, senador e deputados.
va. E ainda os acessórios: adjuntos (adnominal e adverbi-  Há dias que não chove.
al) e aposto. O vocativo é termo independente. Os predi-
cativos ( do sujeito e do objeto) não são enquadrados • ser indicando datas, horas ou distâncias:
pela NGB em nenhum dos casos citados.
 É meio-dia e meia.
 SUJEITO E PREDICADO  Hoje são cinco de maio.
 Daqui até o centro são oito quilômetros.
• Sujeito: termo do qual se declara algo.
• Predicado: tudo o que se declara do sujeito. PREDICAÇÃO VERBAL

Exemplo: a) Verbo transitivo direto: exige objeto direto.


 O pacto social visava à contenção da inflação.
(sujeito) (predicado) Exemplo:
 O escritor contemporâneo escreveu várias obras im-
Classificação do sujeito portantes.

a) Simples: um único núcleo. b) Verbo transitivo indireto: exige objeto indireto.

Exemplo: Exemplo:
 O presidente sonha com a reeleição.  O banqueiro não necessitava de dinheiro.

b) Composto: dois ou mais núcleos. c) Verbo transitivo direto e indireto: exige objeto direto e
objeto indireto.
Exemplo:
 Estão coligados o PT e o PDT. Exemplo:
 O empresário enviou a planilha de custos ao Ministé-
c) Elíptico: implícito na desinência verbal ou no contexto. rio.

Exemplo: d) Verbo intransitivo: não exige complemento (objeto).


 (nós) Participamos das discussões acaloradamente.
 Oscar é candidato a senador; poderá ter muitos votos. Exemplo:
(O sujeito da segunda oração é o mesmo da primeira:  Os trabalhadores retornaram às fábricas.
Oscar)
e) Verbo de ligação: liga o sujeito a uma característica
d) Indeterminado: quando não se quer ou não se pode (adjetivo ou expressão substituível por adjetivo) cha-
explicitar. mada de predicativo do sujeito.

Exemplos: Exemplo:
 Assaltaram o bando da esquina.  O dia está chuvoso.
 Assistiu-se ao assalto passivamente.  O cão parece com fome. (= faminto)

e) Inexistente (oração sem sujeito): ocorre com verbos COMPLEMENTOS VERBAIS


impessoais.
a) Objeto direto (sem preposição obrigatória)
• fenômenos da natureza:
Exemplo:
 Ventou demais durante a noite.  Escreveram várias obras importantes.

• estar e fazer, indicando tempo ou clima: b) Objeto indireto (com preposição obrigatória)

 Estava frio. Exemplo:


 Faz muitos meses...  Necessitavam de muito dinheiro.
PREDICATIVOS ADJUNTO ADVERBIAL

a) do sujeito: caracteriza o sujeito. Termo que atribui ao verbo, adjetivo ou advérbio uma cir-
cunstância adverbial de tempo, modo, lugar, negação,
Exemplo: afirmação, dúvida, intensidade, concessão, companhia,
 Suas palavras foram sinceras. causa, condição, conformidade, assunto etc. É represen-
PS tado por advérbio ou locução adverbial.

b) do objeto: caracteriza o objeto. Exemplos:

Exemplo:  Amanhã iremos com os estudantes ao museu.


AA Tempo AA Companhia AA lugar
 Considero suas palavras sinceras.
PO
 Aquela garota é bastante estudiosa.
AA Intens.
ADJUNTO ADNOMINAL
 Aquele atleta joga muitíssimo bem.
Termo determinante de um núcleo nominal (substantivo). AA Intens.
É representado por artigos, adjetivos, locuções adjetivas,
numerais adjetivos e pronomes adjetivos. AGENTE DA PASSIVA

Exemplo: Termo que indica o agente da ação de um verbo na voz


 Os meus primeiros bons amigos de infância visitaram passiva analítica.
minha casa de campo.
Exemplo:
AA AA AA AA subst. AA AA subst. AA

 A negociação da dívida era defendida pelo ministro da


COMPLEMENTO NOMINAL
Fazenda.
Sujeito Paciente Agente da Passiva
Termo preposicionado que completa o sentido de um
nome transitivo. APOSTO

a) Substantivo Termo que explica, enumera, resume, especifica outro


termo chamado fundamental.
Exemplo:
 O país tinha dependência de empréstimos externos. Exemplos:
subst. CN
 O mestre, estudioso do idioma, ensinava literatura.
b) Adjetivo (aposto explicativo)
 Encontrei três alunos na praia: Pedro, Paulo e Tere-
Exemplo: sa..(aposto enumerador)
 O país continua dependente de empréstimos externos.  Gritos, choros, lamentos, nada o comoveu. (aposto
adj. CN resumitivo)
 A cidade de Itapetininga fica na região sul. (aposto
c) Advérbio especificador)

Exemplo: VOCATIVO
 Independentemente de nossa vontade, haverá proble-
mas econômicos. Termo que coloca em evidência o destinatário da mensa-
adv. CN
gem. Admite anteposição de interjeição (Ó! Olá! ). É inde-
pendente da estrutura da oração, pois não pertence ao
sujeito nem ao predicado.
Observação: O complemento nominal também pode
ser representado por um pronome oblíquo átono.
Exemplos:

 Era-me difícil manter a posição conquistada.  Amor, eu quero seu carinho.


(= difícil para mim)  O trabalho, meus amigos, engrandece o homem.
 Ajudai-me, ó meu senhor, nos momentos difíceis.
FUNÇÕES SINTÁTICAS DOS PRONOMES PESSOAIS b) Verbal: constrói-se com verbo intransitivo ou transiti-
OBLÍQUOS ÁTONOS vo, não possuindo predicativo.
Exemplos:
Os pronomes oblíquos átonos (ME, TE, SE, O, A, LHE, NOS, núcleo
VOS, SE, OS, AS, LHES) podem exercer várias funções  Os jogadores da seleção voltaram ao Brasil.
sintáticas, dependendo do contexto em que se acham VI
inseridos, a saber:
núcleo

a) Objeto direto  O governador pediu o apoio da população.


VTD

Exemplo: c) Verbo nominal: constrói-se com verbo intransitivo ou


 Nunca mais me amarás como antes. transitivo, possuindo, também, predicativo (do sujeito
ou do objeto).
b) Objeto indireto
Exemplos:
núcleo núcleo
Exemplo:
A torcida abandonou o estádio irritadíssima.
 Sempre me obedeceu, apesar de tudo.
VI PS

Observação: Os objetos também podem assumir valor núcleo núcleo


reflexivo ou recíproco. O tribunal considerou inocente o réu.
VTD PO OD
Exemplos:
 O jovem feriu-se com o afiado canivete. (OD reflexivo) contextualmente, o termo que representa semanticamen-
 A mulher atribuía-se grande inteligência. (OI reflexivo) te o destinatário da ordem não é “à União Soviética”, e
 O técnico e o presidente cumprimentaram-se friamen- sim, implicitamente, um subordinado do oficial que orde-
te. (OD recíproco) na o bombardeio.
 Deram-se as mãos e caminharam lado a lado. (OI recí-
proco) As orações podem ser constituídas da seguinte forma:

c) Adjunto adnominal  Períodos simples - são aqueles formados por uma só


oração.
Assumem valor de pronomes possessivos. Exemplo:
 O mar estava calmo. (Aparece apenas um verbo: esta-
Exemplo: va. Logo, período simples).
 Beijou-lhe ternamente a testa.
(= Beijou ternamente a sua testa.)  Períodos compostos - são aqueles formados por duas
ou mais orações.
d) Complemento nominal
Exemplo:
Relacionados a adjetivos.  A sessão começou calma e terminou agitada. (Apare-
cem dois verbos: começou e terminou. Logo, período
Exemplo: composto).
 Foi-me favorável a decisão do júri.
(= Foi favorável a mim.) O período composto pode ser classificado em:

CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO  Coordenação;


 Subordinação.
a) Nominal: constrói-se com verbo de ligação, tendo co-
mo núcleo o predicativo do sujeito. Nesse primeiro tutorial falaremos sobre Período Compos-
Exemplos: to por Subordinação, cujo período é formado por uma
núcleo oração principal e uma oração subordinada.
 A menina era inteligente.
VL PS As orações subordinadas podem ser:
núcleo
 oração subordinada substantiva;
 Seus desejos são minhas vontades.
VL PS  oração subordinada adjetiva;
 oração subordinada adverbial.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Exemplos:
 Roberto estava convicto de que Elis voltaria.
Como o próprio nome diz, são orações que exercem as  A estudante estava esperançosa de que a prova sobre o
funções sintáticas dos substantivos. Vejamos como são sistema biológico fosse fácil.
classificadas e quais as funções exercidas:
ORAÇÃO SUBORDINADA
Classificação Função SUBSTANTIVA PREDICATIVA
da oração exercida
Subjetiva Sujeito da oração principal Exerce a função de predicativo do sujeito da oração prin-
cipal.
Objetiva direta Objeto direto do verbo da oração principal
Objetiva indireta Objeto indireto do verbo da oração principal. Exemplos:
Predicativa Predicativo do sujeito da oração principal.  Nossa esperança é que as nações busquem a paz.
Completiva Complemento nominal de um termo da oração  Nossa preocupação era que Roberto permanecesse
nominal principal. doente.
Apositiva Aposto de um termo da oração principal.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA


Funciona como aposto da oração principal, ou seja, funci-
ona como uma explicação de uma palavra da oração prin-
Exerce a função de sujeito da oração principal.
cipal.

Exemplos:
Exemplos:
 É necessário que você estude o projeto.
 A esperança dos países pobre é uma: que a distribuição
 Foi decidido que o veículo fará uma revisão completa.
de renda seja mais justa.
 Só lhe peço isso: que me obedeça.
Sabendo que a oração subordinada substantiva subjetiva
funciona como sujeito, não poderá haver sujeito dentro da
A seguir veremos alguns exercícios resolvidos.
oração principal.
Nas frases abaixo o termo destacado tem sua função
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA
sintática indicada entre parênteses. Vamos substituí-lo
por uma oração subordinada substantiva equivalente.
Funciona como objeto direto do verbo da oração principal.
a) É aconselhável a sua permanência na sala. (sujeito)
Exemplos:
É aconselhável que você permaneça na sala.
 Os estudos mostram que muitos jovens são viciados em
Oração subordinada substantiva subjetiva
álcool.
 O gerente explicou que metas foram alcançadas.
b) Só esperávamos uma coisa: a chegada do aniversarian-
te. (aposto)
ORAÇÃO SUBORDINADA OBJETIVA INDIRETA
Só esperávamos uma coisa: que chegasse o aniversari-
ante.
Funciona como objeto indireto do verbo da oração princi- Oração subordinada substantiva apositiva
pal. Assim como o objeto indireto, a oração subordinada
objetiva indireta é iniciada por uma preposição. c) Divulgou-se a demissão do ministro.
Divulgou-se que o ministro foi demitido.
Exemplos: Oração subordinada substantiva subjetiva
 A empresa necessitava de que a mercadoria fosse en-
tregue. ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA
 Os trabalhadores aspiram a que respeitem seus direitos
trabalhistas. São orações que têm o valor e a função do adjetivo. Sem-
pre se referem a um substantivo ou pronome da oração
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA principal. São sempre iniciadas por pronomes relativos
COMPLETIVA NOMINAL (que, quem, qual, quanto, onde, cujo).

Funciona como complemento nominal de um substantivo, Exemplos:


adjetivo ou advérbio da oração principal.  O computador japonês causou boas impressões.
Adjetivo
 O computador que é japonês causou boas impressões. Transformar o adjetivo destacado em oração subordinada
Oração subordinada adjetiva adjetiva:

 É um trabalho emocionante. a) Eles escreviam cartas emocionantes.


Adjetivo
Eles escreviam cartas que emocionavam.

 É um trabalho que emociona.


b) Os avós tinham atitudes agradáveis.
Oração subordinada adjetiva
Os avós tinham atitudes que agradavam.
CLASSIFICAÇÃO DA ORAÇÃO
O período composto pode ser classificado em:
SUBORDINADA ADJETIVA

 Coordenação;
Dependendo do sentido que as orações subordinadas
adjetivas têm no texto, elas podem ser classificadas co-
 Subordinação.
mo:

RESTRITIVAS EXPLICATIVAS
As orações subordinadas podem ser classificadas em:
ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA
 Oração subordinada substantiva
São aquelas que restringem o sentido do substantivo ou
 Oração subordinada adjetiva
pronome a que se referem.

 Oração subordinada adverbial.


Exemplos:
 Os políticos que são honestos merecem nosso respeito.
Oração subordinada adjetiva restritiva A oração subordinada substantiva pode ser classificada
em:
De acordo com a oração não são todos os políticos que
merecem respeito, mas apenas um conjunto restrito, ou  Subjetiva → tem a função de sujeito;
seja, aqueles que são honestos.
 Objetiva direta → tem a função de objeto direto;
 Ele implantou o sistema que nós desenvolvemos.
Oração subordinada adjetiva restritiva  Objetiva indireta → tem a função de objeto indireto;

A oração que nós desenvolvemos restringe o significado da  Predicativa → tem a função de predicativo do sujeito;
palavra sistema. Ele não implantou um sistema qualquer
e sim um sistema específico, ou seja, o que nós desenvol-  Completiva nominal → tem a função de complemento
vemos. nominal;

ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA  Apositiva → tem a função de aposto.

São orações que servem para esclarecer melhor o sentido As orações subordinadas adjetivas podem ser classifica-
do termo a que se refere, explicando detalhadamente sua das em:
característica principal.
 Restritivas → são aquelas que restringem o sentido do
Exemplos: nome a que se refere;
 O problema, que era de fácil resolução, deixou os alunos
apreensivos. Oração subordinada adjetiva explicati-  Explicativas → explicam melhor o nome a que se refe-
va re.

 O aluno, que era irresponsável, vivia faltando às aulas.


Oração subordinada adjetiva explicativa

Veremos alguns exercícios resolvidos sobre oração su-


bordinada adjetiva.
No caso de numerais ordinais que se referem a um único
substantivo composto, podem ser usadas as seguintes
construções:

a) Falei com os moradores do primeiro e segundo andar./


CONCORDÂNCIA NOMINAL (...) do primeiro e segundo andares.

Na concordância nominal, os determinantes do substanti- Adjetivos regidos pela preposição de, que se referem a
vo (adjetivos, numerais, pronomes adjetivos e artigos) pronomes indefinidos, ficam normalmente no masculino
alteram sua terminação (gênero e número) para se ade- singular, podendo surgir concordância atrativa.
quarem a ele, ou a pronome substantivo ou numeral subs-
tantivo, a que se referem na frase. a) Sua vida não tem nada de sedutor;
b) Os edifícios da cidade nada têm de elegantes.
O problema da concordância nominal ocorre quando o
adjetivo se relaciona a mais de um substantivo, e surgem Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio - são adjetivos
palavras ou expressões que deixam em dúvida. ou pronomes adjetivos, devendo concordar com o subs-
tantivo a que se referem.
Observe estas frases:
a) O livro segue anexo;
 Aquele beijo foi dado num inoportuno lugar e hora. b) A fotografia vai inclusa;
 Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportuna. c) As duplicatas seguem anexas;
 Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportunos. d) Elas mesmas resolveram a questão.
(aqui fica mais claro que o adjetivo refere-se aos dois
substantivos) Mesmo = até, inclusive é invariável (mesmo eles ficaram
chateados) / expressão "em anexo" é invariável.
Regra geral - a partir desses exemplos, pode-se formular o
princípio de que o adjetivo anteposto concorda com o Meio, bastante, menos - meio e bastante, quando se refe-
substantivo mais próximo. Mas, se o adjetivo estiver de- rem a um substantivo, devem concordar com esse subs-
pois do substantivo, além da possibilidade de concordar tantivo. Quando funcionarem como advérbios, permane-
com o mais próximo, ele pode concordar com os dois cerão invariáveis. "Menos" é sempre invariável.
termos, ficando no plural, indo para o masculino se um
dos substantivos for masculino. a) Tomou meia garrafa de vinho;
b) Ela estava meio aborrecida;
Um adjetivo anteposto em referência a nomes de pessoas c) Bastantes alunos foram à reunião;
deve estar sempre no plural (As simpáticas Joana e Marta d) Eles falaram bastante;
agradaram a todos). e) Eram alunas bastante simpáticas;
f) Havia menos pessoas vindo de casa.
Quando o adjetivo tiver função de predicativo, concorda
com todos os núcleos a que se relaciona. (São calamito- Muito, pouco, longe, caro, barato - podem ser palavras
sos a pobreza e o desamparo / Julguei insensatas sua adjetivas ou advérbios, mantendo concordância se fize-
atitude e suas palavras). rem referência a substantivos.

Quando um substantivo determinado por artigo é modifi- a) Compraram livros caros;


cado por dois ou mais adjetivos, podem ser usadas as b) Os livros custaram caro;
seguintes construções: c) Poucas pessoas tinham muitos livros;
d) Leram pouco as moças muito vivas;
a) Estudo a cultura brasileira e a portuguesa; e) Andavam por longes terras;
b) Estudo as culturas brasileira e portuguesa; f) Eles moram longe da cidade;
c) Os dedos indicador e médio estavam feridos; g) Eram mercadorias baratas;
d) O dedo indicador e o médio estavam feridos. h) Pagaram barato aqueles livros.

A construção: Estudo a cultura brasileira e portuguesa, É bom, é proibido, é necessário - expressões formadas do
embora provoque incerteza, é aceita por alguns gramáti- verbo ser + adjetivo
cos.
Não variam se o sujeito não vier determinado, caso con-
trário a concordância será obrigatória.
a) Água é bom; CONCORDÂNCIA VERBAL
b) A água é boa;
c) Bebida é proibido para menores;  sujeito simples - verbo concorda com o sujeito simples
d) As bebidas são proibidas para menores; em pessoa e número.
e) Chuva é necessário;
f) Aquela chuva foi necessária. a) Uma boa Constituição é desejada por todos os brasi-
leiros;
Só = sozinho (adjetivo. - var.) / só = somente, apenas (não b) De paz necessitam as pessoas.
flexiona).
 sujeito coletivo (singular na forma com ideia de plural)
a) Só elas não vieram; - verbo fica no singular, concordando com a palavra
b) Vieram só os rapazes. escrita não com a ideia.

Só forma a expressão "a sós" (sozinhos).  O pessoal já saiu.

A locução adverbial "a olhos vistos" (= visivelmente) - Quando o verbo se distanciar do sujeito coletivo, o verbo
invariável (ela crescia a olhos vistos). poderá ir para o plural concordando com a ideia de quan-
tidade (silepse de número) - a turma concordava nos pon-
Conforme = conformado (adjetivo - var.) / conforme = tos essenciais, discordavam apenas nos pormenores.
como (não flexiona).
Sujeito é um pronome de tratamento - verbo fica na 3ª
a) Eles ficaram conformes com a decisão; pessoa.
b) Dançam conforme a música.
a) Vossa Senhoria não é justo;
O (a) mais possível (invariável) / as, os mais possíveis (é b) Vossas Senhorias estão de acordo comigo.
uma moça a mais bela possível / são moças as mais be-
las possíveis). Expressão mais de + numeral - verbo concorda com o
numeral.
Os particípios concordam como adjetivos.
a) Mais de um candidato prometeu melhorar o país;
a) A refém foi resgatada do bote; b) Mais de duas pessoas vieram à festa.
b) Os materiais foram comprados a prazo;
c) As juízas tinham iniciado a apuração. mais de um + se (ideia de reciprocidade) - verbo no plural
(Mais de um sócio se insultaram.).
Haja vista - não se flexiona, exceto por concordância atra-
tiva antes de substantivo no plural sem preposição. mais de um + mais de um - verbo no plural (Mais de um
candidato, mais de um representante faltaram à reunião.).
a) Haja vista (hajam vistas) os comentários feitos;
b) Haja vista dos recados do chefe. Expressões perto de, cerca de, mais de, menos de + sujei-
to no plural - verbo no plural.
Pseudo, salvo (= exceto) e alerta não se flexionam
a) Perto de quinhentos presos fugiram.
a) Eles eram uns pseudo-sábios; b) Cerca de trezentas pessoas ganharam o prêmio.
b) Salvo nós dois, todos fugiram; c) Mais de mil vozes pediam justiça.
c) Eles ficaram alerta. d) Manos de duas pessoas fizeram isto.

Os adjetivos adverbializados são invariáveis (vamos falar Nomes só usados no plural - a concordância depende da
sério / ele e a esposa raro vão ao cinema) presença ou não de artigo.

Silepse com expressões de tratamento - usa-se adjetivo  sem artigo - verbo no singular (Minas Gerais produz
masculino em concordância ideológica com um homem muito leite / férias faz bem).
ao qual se relaciona a forma de tratamento que é femini-
na.  precedidos de artigo plural - verbo no plural ("Os Lusía-
das" exaltam a grandeza do povo português / as Minas
a) Vossa Majestade, o rei, mostrou-se generoso; Gerais produzem muito leite).
b) Vossa Excelência é injusto.
Para nomes de obras literárias, admite-se também a con- Sujeito composto posposto - concordância normal ou
cordância ideológica (silepse) com a palavra obra implíci- atrativa (com o núcleo mais próximo).
ta na frase ("Os Lusíadas" exalta a grandeza do povo por-
tuguês).  Discutiram / discutiu muito o chefe e o funcionário.

Expressões a maior parte, grande parte, a maioria de (= Se houver ideia de reciprocidade, verbo vai para o plural
sujeito coletivo partitivo) + adjunto adnominal no plural - (Estimam-se o chefe e o funcionário.).
verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com o especi-
ficador (AA). Quando o verbo ser está acompanhado de substantivo
plural, o verbo também se pluraliza (Foram vencedores
a) A maior parte dos constituintes se retirou (retiraram).
Pedro e Paulo.).
b) Grande parte dos torcedores aplaudiu (aplaudiram) a
jogada.
Sujeito composto de diferentes pessoas gramaticais -
c) A maioria dos constituintes votou (votaram).
depende da pessoa prevalente.
Quando a ação só pode ser atribuída à totalidade e não
 eu + outros pronomes - verbo na 1ª pessoa plural (eu,
separadamente aos indivíduos, usa-se o singular (um
tu e ele sairemos).
bando de soldados enchia o pavimento inferior).
 tu + eles - verbo na 2ª pessoa do plural (preferência) ou
3ª pessoa do plural (tu e teu colega estudas-
quem (pronome relativo sujeito) - verbo na 3ª pessoa do
tes/estudaram?).
singular concordando com o pronome quem ou concorda
com o antecedente.
Se o sujeito estiver posposto, também vale a concordân-
a) Fui eu quem falou (falei). cia atrativa (saímos/saí eu e tu).
b) Fomos nós quem falou (falamos).
sujeito composto resumido por um pronome-síntese
Que ( pronome relativo sujeito) - verbo concorda sempre (aposto) - concordância com o pronome.
com o antecedente.
Risos, gracejos, piadas, nada a alegrava.
 Fomos nós que falamos.
expressão um e outro - verbo no singular ou no plural (Um
Sujeito é pronome interrogativo ou indefinido (núcleo) +
e outro falava/ falavam a verdade.).
de nós ou de vós - depende do pronome núcleo.
Com ideia de reciprocidade - verbo no plural (Um e outro
 pronome-núcleo no singular - verbo no singular.
se agrediram).
a) Qual de nós votou conscientemente?
b) Nenhum de vós irá ao cinema. expressão um ou outro - verbo no singular (Um ou outro
rapaz virava a cabeça para nos olhar).
 pronome-núcleo no plural - verbo na 3ª pessoa do plu-
ral ou concordando com o pronome pessoal. sujeito composto ligado por nem - verbo no plural (Nem o
conforto, nem a glória lhe trouxeram a felicidade.).
a) Quais de nós votaram (votamos) conscientemente?
b) Muitos de vós foram (fostes) insultados.
Aparecendo pronomes pessoais misturados, leva-se em
conta a prioridade gramatical (nem eu, nem ela fomos ao
Sujeito composto anteposto ao verbo - verbo no plural.
cinema).
 O anel e os brincos sumiram da gaveta.
expressão nem um nem outro - verbo no singular (Nem
 com núcleos sinônimos - verbos no singular ou plural um nem outro comentou o fato.).
(O rancor e o ódio cegou o amante. / O desalento e a
tristeza abalaram-me.). sujeito composto ligado por ou - faz-se em função da
 com núcleos em gradação - verbo singular ou plural ideia transmitida pelo ou.
(um minuto, uma hora, um dia passa/passam rápido).
 dois infinitivos como núcleos - verbo no singular (es-  ideia de exclusão - verbo no singular (José ou Pedro
tudar e trabalhar é importante.). será eleito para o cargo / um ou outro conhece seus
 dois infinitivos exprimindo ideias opostas - verbo no direitos)
plural (Rir e chorar se alternam.).
 ideia de inclusão ou antinomia - verbo no plural (ma- sujeito indeterminado + SE, verbo no singular.
temática ou física exigem raciocínio lógico / riso ou
lágrimas fazem parte da vida)  Assistiu-se à apresentação da peça.
 ideia explicativa ou alternativa - concordância com
sujeito mais próximo (ou eu ou ele irá / ou ele ou eu sujeito paciente ao lado de um verbo na voz passiva sin-
irei) tética - verbo concorda com o sujeito.

expressão um dos que - verbo no singular (um) ou plural  Discutiu-se o plano. / Discutiram-se os planos.
(dos que).
locução verbal constituída de: parecer + infinitivo - verbo
 Ele foi um dos que mais falou/falaram. parecer varia ou o infinitivo.

Se a expressão significar apenas um, verbo no singular (é a) As pessoas pareciam acreditar em tudo.
uma das peças de Nelson Rodrigues que será apresenta- b) As pessoas parecia acreditarem em tudo.
da).
Com o infinitivo pronominal, flexiona-se apenas o infiniti-
sujeito é número percentual - observar a posição do nú- vo (Elas parece zangarem-se com a moça.)
mero percentual em relação ao verbo. verbos dar, bater e soar + horas - verbos têm como sujeito
o número que indica as horas.
 verbo concorda com termo posposto ao número (80%
da população tinha mais de 18 anos / dez por cento a) Deram dez horas naquele momento.
dos sócios saíram da empresa). b) Meio-dia soou no velho relógio da igreja.
 o verbo concorda com o número quando estiver ante-
posto a ele (perderam-se 40% da lavoura). verbos indicadores de fenômenos da natureza - verbo na
 verbo no plural, se o número vier determinado por arti- 3ª pessoa singular por serem impessoais, extensivo aos
go ou pronome no plural (os 87% da produção perde- auxiliares se estiverem em locuções verbais.
ram-se / aqueles 30% do lucro obtido desapareceram).
a) Geia muito no Sul.
sujeito é número fracionário - verbo concorda com o nu- b) Choveu por muitas noites no verão.
merador.
Em sentido figurado deixam de ser impessoais (Choveram
 1/4 da turma faltou ontem. / 3/5 dos candidatos foram vaias para o candidato.)
reprovados.
haver = existir ou acontecer, fazer (tempo decorrido) é
sujeito composto antecedido de cada ou nenhum - verbo impessoal.
na 3ª pessoa do singular.
a) Havia vários alunos na sala (= existiam).
 Cada criança, cada adolescente, cada adulto ajudava b) Houve bastantes acidentes naquele mês (= acontece-
como podia. / nenhum político, nenhuma cidade, ne- ram).
nhum ser humano faria isso. c) Não a vejo faz uns meses (= faz).
d) Deve haver muitas pessoas na fila (devem existir).
sujeito composto ligado por como, assim como, bem co-
mo (formas correlativas) - deve-se preferir o plural, sendo Considera-se errado o emprego do verbo ter por haver
mas raro o singular. quando tiver sentido de existir ou acontecer (J há um
lugar ali. / L tem um lugar ali.)
 Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades. /
tanto uma, como a outra, suplicava-lhe o perdão. Os verbos existir e acontecer são pessoais e concordam
com seu sujeito (Existiam sérios compromissos. / Acon-
sujeito composto ligado por com - observar presença ou teceram bastantes problemas naquele dia.)
não de vírgulas.
verbo fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno da
 verbo no plural sem vírgulas (Eu com outros amigos natureza (impessoal).
limpamos o quintal.)
 verbo no singular com vírgulas, ideia de companhia (O a) Fazia anos que não vínhamos ao Rio.
presidente, com os ministros, desembarcou em Brasí- b) Faz verões maravilhosos nos trópicos.
lia.)
verbo ser - impessoal quando indica data hora e distância,
concordando com a expressão numérica ou a palavra a
que se refere (Eram seis horas. / Hoje é dia doze. / Hoje é
ou são doze. / Daqui ao centro são treze quilômetros.).

Se estiver entre dois núcleos das classes a seguir, em REGÊNCIA NOMINAL


ordem, concordará, preferencialmente, com a classe que
tiver prioridade, independente de função sintática. Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência
nominal, exigir complementação para seu sentido prece-
Pronome pessoal → pessoa → substantivo concreto → dida de preposição.
substantivo abstrato → pronome indefinido, demonstrati-
vo ou interrogativo. Segue uma lista de palavras e as preposições exigidas.
Merecem atenção especial as palavras que exigirem pre-
a) Tu és Maria. posição A, por serem passíveis de emprego de crase.
b) Maria és tu.
c) Tu és minhas alegrias.  acostumado a, com;
d) Minhas alegrias és tu.  afável com, para;
e) Maria é minhas alegrias.  afeiçoado a, por;
f) Minhas alegrias é Maria.  aflito com, por;
g) As terras são a riqueza.  alheio a, de;
h) A riqueza são as terras.  ambicioso de;
i) Tudo são flores.  amizade a, por, com;
j) Emoções são tudo.  amor a, por;
 ansioso de, para, por;
• se o sujeito é palavra coletiva, o verbo concorda com o  apaixonado de, por;
predicativo (A maioria eram adolescentes. / A maior  apto a, para;
parte eram problemas.).  atencioso com, para;
 aversão a, por;
• sujeito indica peso, medida, quantidade + é pouco, é  ávido de, por;
muito, é bastante, é suficiente, é tanto, verbo ser no  conforme a;
singular (Três mil reais é pouco pelo serviço. / Dez qui-  constante de, em;
lômetros já é bastante para um dia.).  constituído com, de, por;
 contemporâneo a, de;
• silepse de pessoa - verbo concorda com um elemento  contente com, de, em, por;
implícito.  cruel com, para;
 curioso de;
a) A formosura de Páris e Helena foram causa da des-  desgostoso com, de;
truição de Tróia.  desprezo a, de, por;
b) Os brasileiros somos improvisadores (ideia de inclu-  devoção a, por, para, com;
são de quem fala entre os brasileiros).  devoto a, de;
 dúvida em, sobre, acerca de;
 empenho de, em, por;
 falta a, com, para;
 imbuído de, em;
 imune a, de;
 inclinação a, para, por;
 incompatível com;
 junto a, de;
 preferível a;
 propenso a, para;
 próximo a, de;
 respeito a, com, de, por, para;
 situado a, em, entre;
 último a, de, em;
 único a, em, entre, sobre.
REGÊNCIA VERBAL Não admite a utilização do complemento lhe. No lugar,
coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de
seu complemento por uma preposição ou não. Aqui é substantivo feminino (que exija o artigo)
fundamental o conhecimento da transitividade verbal.
 ASSISTIR
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece de-
pois do verbo. Às vezes, ela pode ser empregada antes do • No sentido de ver ou ter direito (TI - preposição A).
verbo, bastando para isso inverter a ordem dos elementos
da frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta).  Assistimos a um bom filme.
Outras vezes, ela deve ser empregada antes do verbo, o  Assiste ao trabalhador o descanso semanal remune-
que acontece nas orações iniciadas pelos pronomes rela- rado.
tivos (O ideal a que aspira é nobre).
• No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - com a
Alguns verbos e seu comportamento: preposição A)

 ACONSELHAR (TD e I)  Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos.


 Aconselho-o a tomar o ônibus cedo.  Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.
 Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo.
• No sentido de morar é intransitivo, mas exige preposi-
 AGRADAR ção EM.
• no sentido de acariciar ou contentar (pede objeto dire-
to - não tem preposição).  Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasí-
lia.
 Agrado minhas filhas o dia inteiro.
 Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia. Não admite a utilização do complemento lhe, quando
significa ver. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas.
• no sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase,
indireto - tem preposição "a"). quando for TI seguido de substantivo feminino (que exija
o artigo)
 As medidas econômicas do Presidente nunca agradam
ao povo.  ATENDER

 AGRADECER • Atender pode ser TD ou TI, com a preposição a.


• TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre
será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.  Atenderam o meu pedido prontamente.
 Atenderam ao meu pedido prontamente.
 Agradecer-lhe-ei os presentes.
 Agradeceu o presente ao seu namorado. No sentido de deferir ou receber (em algum lugar) pede
objeto direto
 AGUARDAR (TD ou TI)
 Eles aguardavam o espetáculo. No sentido de tomar em consideração, prestar atenção
 Eles aguardavam pelo espetáculo. pede objeto indireto com a preposição a.
Se o complemento for um pronomes pessoal referente a
 ASPIRAR pessoa, só se emprega a forma objetiva direta (O diretor
• No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não atendeu os interessados ou aos interessados / O diretor
tem preposição). atendeu-os)

 Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.  CERTIFICAR (TD e I)

• No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto - Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a
tem preposição "a"). alguém ou Quem certifica, certifica alguém de algo.

 Ele aspira à carreira de jogador de futebol. Observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando o
OI for um substantivo feminino (que exija o artigo)
 Certifico-o de sua posse. • quando indicam meio de transporte no qual se chega
 Certifico-lhe que seria empossado. ou se vai, então exigem EM.
 Certificamo-nos de seu êxito no concurso.
 Certificou o escrivão do desaparecimento dos autos.  Cheguei no ônibus da empresa.
 A delegação irá no voo 300.
 CHAMAR
 COGITAR
• TD, quando significar convocar.
 Chamei todos os sócios, para participarem da reunião. • Pode ser TD ou TI, com a preposição EM, ou com a
preposição DE.
• TI, com a preposição POR, quando significar invocar.  Começou a cogitar uma viagem pelo litoral.
 Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.  Hei de cogitar no caso.
 O diretor cogitou de demitir-se.
• TD e I, com a preposição A, quando significar repreen-
der.  COMPARECER (Intransitivo)
 Chamei o menino à atenção, pois estava conversando
durante a aula.  Compareceram na sessão de cinema.
 Chamei-o à atenção.  Compareceram à sessão de cinema.

A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa  COMUNICAR (TD e I)


repreender, e sim fazer se notado (O cartaz chamava a
atenção de todos que por ali passavam) • Admite duas construções alternando algo e alguém
entre OD e OI.
• Pode ser TD ou TI, com a preposição A, quando signifi-
car dar qualidade. A qualidade (predicativo do objeto)  Comunico-lhe meu sucesso.
pode vir precedida da preposição DE, ou não.  Comunico meu sucesso a todos.

 Chamaram-no irresponsável.  CUSTAR


 Chamaram-no de irresponsável.
 Chamaram-lhe irresponsável. • No sentido de ser difícil será TI, com a preposição A.
 Chamaram-lhe de irresponsável. Nesse caso, terá como sujeito aquilo que é difícil, nun-
ca a pessoa, que será objeto indireto.
 CHEGAR, IR (Intransitivo)
 Custou-me acreditar em Hipocárpio.
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai  Custa a algumas pessoas permanecer em silêncio.
a algum lugar e quem chega, chega de. Porém a indicação
de lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar), e • No sentido de causar transtorno, dar trabalho será
não complementação. intransitivo, com a preposição A.

Esses verbos exigem a preposição A, na indicação de  Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a
destino, e DE, na indicação de procedência. família.

Quando houver a necessidade da preposição A, seguida • No sentido de ter preço será transitivo direto.
de um substantivo feminino (que exija o artigo a), ocorrerá
crase (Vou à Bahia)  Estes sapatos custaram R$ 50,00.

• no emprego mais frequente, usam a preposição A e  DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)


não EM.
 Desfrutei os bens de meu pai.
 Cheguei tarde à escola.  Pagam o preço do progresso aqueles que menos o
 Foi ao escritório de mau humor. desfrutam.

• se houver ideia de permanência, o verbo ir segue-se da  ENSINAR - TD e I


preposição PARA.
 Ensinei-o a falar português.
 Se for eleito, ele irá para Brasília.  Ensinei-lhe o idioma inglês.
 ESQUECER, LEMBRAR  NAMORAR (TD)

• quando acompanhados de pronomes, são TI e cons-  Ela namorava o filho do delegado.


troem-se com DE.  O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa.
 Ela se lembrou do namorado distante. Você se esque-
ceu da caneta no bolso do paletó.  OBEDECER, DESOBEDECER (TI)

• constroem-se sem preposição (TD), se desacompa-  Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces
nhados de pronome. aos teus pais?
 Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela lem-
brou o namorado distante. Verbos TI que admitem formação de voz passiva:

 FALTAR, RESTAR E BASTAR  PAGAR, PERDOAR

• Podem ser intransitivos ou TI, com a preposição A. São TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre
 Muitos alunos faltaram hoje. será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
 Três homens faltaram ao trabalho hoje.
 Resta aos vestibulandos estudar bastante.  Paguei a conta ao Banco.
 Perdoo os erros ao amigo.
 IMPLICAR
As construções de voz passiva com esses verbos são
• TD e I com a preposição EM, quando significar envol- comuns na fala, mas agramaticais
ver alguém.
 Implicaram o advogado em negócios ilícitos.  PEDIR (TD e I)

• TD, quando significar fazer supor, dar a entender; pro- • Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado
duzir como consequência, acarretar. dizer Pedir para que alguém faça algo.
 Os precedentes daquele juiz implicam grande honesti-  Pediram-lhe perdão.
dade.  Pediu perdão a Deus.
 Suas palavras implicam denúncia contra o deputado.
 PRECISAR
• TI com a preposição COM, quando significar antipati-
zar. • No sentido de tornar preciso (pede objeto direto).
 Não sei por que o professor implica comigo.  O mecânico precisou o motor do carro.

Emprega-se preferentemente sem a preposição EM (Ma- • No sentido de ter necessidade (pede a preposição de).
gistério implica sacrifícios)  Preciso de bom digitador.

 INFORMAR (TD e I)  PREFERIR (TD e I)

Admite duas construções: Quem informa, informa algo a • Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes,
alguém ou Quem informa, informa alguém de algo. nem que ou do que.
 Preferia um bom vinho a uma cerveja.
 Informei-o de que suas férias terminou.
 Informei-lhe que suas férias terminou.  PROCEDER

 MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE (Intransitivo) • TI, com a preposição A, quando significar dar início ou
realizar.
• Seguidos da preposição EM e não com a preposição A,  Os fiscais procederam à prova com atraso.
como muitas vezes acontece.  Procedemos à feitura das provas.

 Moro em Londrina. • TI, com a preposição DE, quando significar derivar-se,


 Resido no Jardim Petrópolis. originar-se ou provir.
 Minha casa situa-se na rua Cassiano.  O mau-humor de Pedro procede da educação que re-
cebeu.
 Esta madeira procede do Paraná.
• Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter fun-  VISAR
damento.
 Suas palavras não procedem! • no sentido de ter em vista, objetivar (TI-preposição A)
 Aquele funcionário procedeu honestamente.  Não visamos a qualquer lucro.
 A educação visa ao progresso do povo.
 QUERER
• No sentido de apontar arma ou dar visto (TD)
• No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de,  Ele visava a cabeça da cobra com cuidado.
tencionar (TD).  Ele visava os contratos um a um.
 Quero meu livro de volta.
 Sempre quis seu bem. Se TI não admite a utilização do complemento lhe. No
• No sentido de querer bem, estimar (TI - preposição A). lugar, coloca-se a ele (a/s)
 Maria quer demais a seu namorado.
 Queria-lhe mais do que à própria vida. São estes os principais verbos que, quando TI, não acei-
tam LHE/LHES como complemento, estando em seu lugar
 RENUNCIAR a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir, referir-se,
anuir.
• Pode ser TD ou TI, com a preposição A.
 Ele renunciou o encargo. Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar,
 Ele renunciou ao encargo. lembrar, noticiar, notificar, prevenir são TD e I, admitindo
duas construções: Quem informa, informa algo a alguém
 RESPONDER ou Quem informa, informa alguém de algo.

• TI, com a preposição A, quando possuir apenas um Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular,
complemento. acompanhados do pronome se, não admitem plural. É
 Respondi ao bilhete imediatamente. que, neste caso, o se indica sujeito indeterminado, obri-
 Respondeu ao professor com desdém. gando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular. (Pre-
cisa-se de novas esperanças / Aqui, obedece-se às leis de
Nesse caso, não aceita construção de voz passiva. ecologia)

• TD com OD para expressar a resposta (respondeu o • Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem
quê?) alteração de sentido: abdicar (de), acreditar (em), alme-
 Ele apenas respondeu isso e saiu. jar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar
(em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar
 REVIDAR (TI) (com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), pre-
ceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satis-
 Ele revidou ao ataque instintivamente. fazer (a), versar (sobre) - lista de Pasquale e Ulisses.

 SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI) As variáveis na conjugação de alguns verbos:

• Com a preposição COM. Não são pronominais, portan- Existem algumas variáveis na conjugação de alguns ver-
to não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se. bos. Os linguistas chamam os desvios de variáveis, en-
quanto os gramáticos tratam-nos como erros.
 Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com
o irmão dela.  verbo ver e derivados.

 SOBRESSAIR (TI) • Forma popular: se eu ver, se eu rever, se eu revesse.


• Forma padrão: se eu vir, se eu revir, se eu revisse.
• Com a preposição EM. Não é pronominal, portanto não
existe sobressair-se.  verbo vir e derivados.
 Quando estava no colegial, sobressaía em todas as
matérias. • Forma popular: se eu vir, seu eu intervir, eu intervi, ele
interviu, eles proviram.
• Forma padrão: seu eu vier, se eu intervier, eu intervim,
ele interveio, eles provieram.
 ter e seus derivados.

• Forma popular: quando eu obter, se eu mantesse, ele


deteu.
• Forma padrão: quando eu obtiver, se eu mantivesse,
ele deteve. Em função da posição do pronome em relação ao verbo,
classifica-se:
 pôr e seus derivados.
 PRÓCLISE: antes do verbo (Nada se perde.)
• Forma popular: quando eu compor, se eu disposse,  MESÓCLISE: no meio do verbo (Dirigir-lhe-emos a pa-
eles disporam. lavra.)
• Forma padrão: quando eu compuser, se eu dispusesse,  ÊNCLISE: depois do verbo (Fugiram-nos as palavras.)
eles dispuseram.
A regra geral diz que se deve colocar o pronome enclítico,
 reaver. desde que não haja fator de próclise ou seja um dos futu-
ros do indicativo, com atenção aos casos especiais.
• Forma popular: eu reavi, eles reaveram, ela reavê.
• Forma padrão: eu reouve, eles reouveram, ela reouve. São fatores de próclise:

• oração negativa, desde que não haja pausa entre o


verbo e as palavras de negação.
a) Ninguém se mexe.
b) Nada me abala.

Se a palavra negativa preceder um infinitivo não-flexio-


nado, é possível a ênclise:
 Calei para não magoá-lo.

• frases exclamativas (começadas por palavras excla-


mativas) e optativas (desejo).
a) Deus te guie!
b) Quanto sangue se derramou inutilmente!

• conjunção subordinativa.
a) Preciso de que me responda algo.
b) O homem produz pouco, quando se alimenta mal.

A elipse da conjunção não dispensa a próclise:


 Quando passo e te vejo, exalto-me.

• pronome ou palavras interrogativas.


a) Quem me viu ontem?
b) Queria saber por que te afliges tanto.

• pronome indefinido, demonstrativo e relativo.


a) Alguém me ajude a sair daqui.
b) Isso te pertence.
c) Ele que se vestiu de verde está ridículo.

• advérbio (não seguido de vírgula) e o numeral ambos.


a) Aqui se vê muita miséria.
b) Aqui, vê-se muita miséria.
c) Ambos se olharam profundamente.
Se o sujeito estiver logo antes do verbo, a próclise será Admite-se também a próclise se o infinitivo não-flexio-
facultativa. Este fator, entretanto, não pode quebrar o nado vier precedido de preposição ou palavra negativa
princípio dos fatores de próclise. (para te servir / servir-te, não o incomodar / incomodá-lo)

 Ele se feriu ou ele feriu-se. Se o pronome for o/a (s) e o infinitivo regido da preposi-
ção a, é obrigatória a ênclise.
a) O homem se recupera ou o homem recupera-se. Nin-
guém me convencerá. Se o infinitivo vier flexionado, prefere-se a próclise (desde
b) Tudo se fez por uma boa causa. que não inicie o período)

Por questão de eufonia, pode-se preferir a próclise ao • gerúndio, regra geral = ênclise
invés da ênclise, quando o sujeito vier antes do verbo
A próclise é obrigatória se: o gerúndio vier precedido da
 "Cada dia lhe desfolha um afeto." preposição em ou se o gerúndio vier precedido de advér-
 Você viu-o. bio que o modifique diretamente, sem pausa (Em se tra-
 Você o viu. tando de colocação pronominal, sei tudo!)

O uso de mesóclise: • particípio

Sem auxiliar não admite próclise ou ênclise e sim a forma


Respeitados os princípios de próclise, far-se-á mesóclise
oblíqua regida de preposição.
caso o verbo esteja nos tempos futuros do indicativo.

 Concedida a mim a preferência, farei por merecê-la.


Dar-te-ia = daria + te.
dar-te-ei = darei + te.
Para as locuções verbais:

a) Diante da plateia, cantar-se-ia melhor. • auxiliar + infinitivo (podem os pronomes, conforme as


b) Os amigos sinceros lembrar-nos-ão um dia. circunstâncias, estar em próclise ou ênclise, ora ao
verbo auxiliar, ora à forma nominal.)
Usa-se ênclise:
 Devo calar-me / devo-me calar / devo me calar
• em início da frase ou após sinal de pontuação.  Não devo calar-me / não me devo calar / não devo me
• casos não proclíticos e não mesoclíticos em geral. calar.
• nas orações imperativas afirmativa.
Mesmo com fator de próclise, a ênclise no infinitivo é
 Procure suas colegas e convide-as. correta.

• junto ao infinitivo não flexionado, precedido da prepo- • Auxiliar + preposição + infinitivo (Há de acostumar-se /
sição a, em se tratando dos pronomes o/a (s). há de se acostumar - Não se há de acostumar / não há
de acostumar-se.)
a) Todos corriam a escutá-lo com atenção.
b) Ele começou a insultá-la. • Auxiliar + gerúndio (podem os pronomes, conforme as
c) Nem sei se nos tornaremos a vê-los novamente. circunstâncias, estar em próclise ou ênclise, ora ao
verbo auxiliar, ora à forma nominal.):
Estando o infinitivo pessoal regido da preposição para, é
 Vou-me arrastando / vou me arrastando / vou arras-
indiferente a colocação do pronome oblíquo antes ou
tando-me
depois do verbo, mesmo com a presença do advérbio não.
 Não me vou arrastando / não vou arrastando-me.
a) Silenciei para não irritá-lo.
Com fator de próclise, o pronome não pode aparecer entre
b) Silenciei para não o irritar.
os verbos.
Quanto às formas infinitas e locuções verbais:
Auxiliar + particípio (os pronomes se juntam ao auxiliar e
jamais ao particípio, de acordo com as circunstâncias.
Para as formas finitas:
a) Os amigos o tinham prevenido.
• infinitivo, regra geral = ênclise (Viver é adaptar-se.) b) Os amigos tinham-no prevenido.
 DOIS-PONTOS:

Os dois-pontos são empregados para:

a) uma enumeração:
Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entona-  ... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Cama-
ção e até mesmo, silêncio - que só estão presentes na cho, o modo porque falou: e daí tornou atrás, ao próprio
oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais re- ato.
cursos, usamos os sinais de pontuação.  Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os
cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto ir-
Estes são também usados para destacar palavras, ex- resistível...
pressões ou orações e esclarecer o sentido de frases, a (Machado de Assis)
fim de dissipar qualquer tipo de ambiguidade.
b) uma citação:
 PONTO:  Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
 - Afinal, o que houve?
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término
de um frase declarativa de um período simples ou com- c) um esclarecimento:
posto.  Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir
Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila.
 Desejo-lhe uma feliz viagem.
 A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no Observe que os dois-pontos são também usados na intro-
entanto tudo no seu interior era conservado com primor. dução de exemplos, notas ou observações.

O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, Parônimos são vocábulos diferentes na significação e
por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = ro- parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, cen-
dovia. so/senso, descriminar/discriminar etc.

O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito NOTA: A preposição per, considerada arcaica, somente é
recebe o nome de ponto final. usada na frase de per si (= cada um por sua vez, isolada-
mente).
 O PONTO-E-VÍRGULA
Observação: Na linguagem coloquial pode-se aplicar
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, lon-
maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa inter- ginho, melhorzinho, pouquinho etc.
mediária entre o ponto e a vírgula.
NOTA: A invocação em correspondência (social ou co-
Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para: mercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula:

a) separar orações coordenadas que tenham um certo  Querida amiga:


sentido ou aquelas que já apresentam separação por  Prezados senhores,
vírgula:
 Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e  PONTO DE INTERROGAÇÃO:
alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas.
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma
b) separar vários itens de uma enumeração: pergunta direta, ainda que esta não exija resposta:

 Art. 206. O ensino será ministrado com base nos se-  O criado pediu licença para entrar:
guintes princípios: - O senhor não precisa de mim?
I - igualdade de condições para o acesso e permanên- - Não obrigado. A que horas janta-se?
cia na escola; - Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar - Bem.
o pensamento, a arte e o saber; - O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a
III - pluralismo de ideias e de concepções, e coexistên- cavalo?
cia de instituições públicas e privadas de ensino; - Não.
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos ofici- (José de Alencar)
ais; (Constituição da República Federativa do Brasil)
 PONTO DE EXCLAMAÇÃO: f) para isolar elementos repetidos:

O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim  O palácio, o palácio está destruído.
de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que  Estão todos cansados, cansados de dar dó!
normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, in-
dignação etc. g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:

 Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedou-  São Paulo, 22 de maio de 1995.
ro muito compreensível e muito repousante, Jacinto!  Roma, 13 de dezembro de 1995.
 Então janta, homem!
(Eça de Queiroz) h) para isolar os adjuntos adverbiais:

NOTA: O ponto de exclamação é também usado com in-  A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
terjeições e locuções interjetivas:  Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo
próprio gerente.
 Oh!
 Valha-me Deus! i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introdu-
zidas pela conjunção e:
 O USO DA VÍRGULA:
 Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confi-
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa): ança.
 Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao
a) para separar os elementos mencionados numa relação: dirigir.
 Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
 A nossa empresa está contratando engenheiros, econo-
mistas, analistas de sistemas e secretárias. j) para indicar a elipse de um elemento da oração:
 O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de
jantar, área de serviço e dois banheiros.  Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estre-
buchava como um animal.
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos  Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a
elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada: irmã, que foi um acidente.

 Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticu- k) para separar o paralelismo de provérbios:
lava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
 Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
b) para isolar o vocativo:  Ouvir cantar o galo, sem saber onde.

 Cristina, desligue já esse telefone! l) após a saudação em correspondência (social e comer-


 Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete. cial):

c) para isolar o aposto:  Com muito amor,


 Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou  Respeitosamente,
presa no elevador.
 Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino. m) para isolar as orações adjetivas explicativas:

d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber,  Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de
por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.): Juliana lá no trabalho.
 Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi es-
 Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, crito por Graciliano Ramos.
tudo o que tínhamos economizado durante anos.
 Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá. n) para isolar orações intercaladas:

e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:  Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.
 O filme, disse ele, é fantástico.
 Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas.
 Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
 Haver ou ter?

Embora usado largamente na fala diária, a gramática não


aceita a substituição do verbo haver pelo ter. Deve-se
dizer, portanto, não havia mais leite na padaria.
CURIOSIDADES ORTOGRÁFICAS
 Se não ou senão?
 A fim ou afim?
Emprega-se o primeiro, quando o se pode ser substituído
• Escrevemos afim, quando queremos dizer semelhante. por caso ou na hipótese de que.
 (O gosto dela era afim ao da turma.)
 Se não chover, viajarei amanhã (= caso não chova - ou
• Escrevemos a fim (de), quando queremos indicar fina-
na hipótese de que não chova, viajarei amanhã).
lidade.
 Se não se tratar dessa alternativa, a expressão sempre
 (Veio a fim de conhecer os parentes. / Pensemos bas-
se escreverá com uma só palavra: senão.
tante, a fim de que respondamos certo. / Ela não está
 Vá de uma vez, senão você vai se atrasar. (senão =
a fim do rapaz.)
caso contrário).
 A par ou ao par?  Nada mais havia a fazer senão conformar-se com a
situação (senão = a não ser).
A expressão ao par significa sem ágio no câmbio. Portan-  "As pedras achadas pelo bandeirante não eram esme-
to, se quisermos utilizar esse tipo de expressão, signifi- raldas, senão turmalinas, puras turmalinas" (senão =
cando ciente, deveremos escrever a par. mas).
 Não havia um senão naquele rapaz. (senão = defeito).
 Fiquei a par dos fatos. / A moça não está a par do as-
sunto.  Haja vista ou haja visto?
 A cerca de, acerca de ou há cerca de? Apenas a primeira opção é correta, porque a palavra "vis-
• A cerca de significa a uma distância. ta", nessa expressão, é invariável.
 (Teresópolis fica a cerca de uma hora de carro do Rio.)
 Haja vista o trágico acontecimento... (hajam vista os
• Acerca de - significa sobre. acontecimentos...)
 (Conversamos acerca de política.)
 Em vez de ou ao invés de?
• Há cerca de - significa que faz ou existe(m) aproxima-
damente. • A expressão em vez de significa em lugar de.
 (Mudei-me para este apartamento há cerca de oito  (Hoje, Pedro foi em vez de Paulo. / Em vez de você,
anos. / Há cerca de doze mil candidatos, concorrendo vou eu para Petrópolis.)
às vagas.)
• A expressão ao invés de significa ao contrário de.
 Ao encontro de ou de encontro a?  (Ao invés de proteger, resolveu não assumir. / Ao in-
vés de melhorar, sua atitude piorou a situação).
• Ao encontro de - quer dizer favorável a, para junto de.
 (Vamos ao encontro dos nossos amigos. / Isso vem ao
 Por quê, por que, porque ou porquê?
encontro dos anseios da turma.)
A maioria da população sofre com as dificuldades em
• De encontro a - quer dizer contra.
entender a utilização da língua-padrão portuguesa, princi-
 (Um automóvel foi de encontro a outro. / Este ato de-
palmente na utilização do "Por que / Por quê / Porque /
sagradou aos funcionários, porque veio de encontro às
Porquê".
suas aspirações.)

Confira alguns exemplos:


 Há ou a?

Quando nos referimos a um determinado espaço de tem-  Não sei por que você acha isso.
po, podemos escrever há ou a, nas seguintes situações:  Claro. Por quê?
 Não julgues porque não te julguem.
• Há - quando o espaço de tempo já tiver decorrido. (Ela  Dê-me ao menos um porquê para sua atitude.
saiu há dez minutos.)
• A - quando o espaço de tempo ainda não transcorreu.
(Ela voltará daqui a dez minutos.)
A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e  HOMONÍMIA: É a relação entre duas ou mais palavras
um pronome interrogativo (que). É equivalente a "por qual que, apesar de possuírem significados diferentes, pos-
motivo", "por qual razão", vejamos: suem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os ho-
mônimos:
 Não sei por qual motivo você acha isso.
 Não sei por qual razão você acha isso. As homônimas podem ser:

Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de • Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na
um ponto: final, de interrogação ou exclamação, ou um pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª
ponto de reticências, a sequência deve ser grafada por pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) /
quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo que conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular
passa a ser tônico. presente indicativo do verbo consertar);
• Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes
 Não sei por quê!
na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) /
 Ainda não terminou? Por quê?
cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar
(verbo) - serrar ( verbo);
Existem casos em que por que representa uma sequência
preposição + pronome relativo, equivalendo a pelo qual, • Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita.
pelos quais, pelas quais, pela qual. Em outros contextos Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão
por que equivale a "para que": (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (ad-
vérbio);
 O túnel por que deveríamos passar desabou ontem.
• Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas
A forma porque também é uma conjunção, equivalente a ou mais palavras que possuem significados diferentes,
pois, já que, uma vez que, como: mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, is-
to é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro /
 Você continua implicando comigo! É porque eu faltei absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ au-
ontem? ra (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposi-
 Porque também pode indicar finalidade, como: para ção) - conjuntura (situação decorrente dos aconteci-
que, a fim de. Trata-se de um uso mais frequente na mentos)/ descriminar (desculpabilizar - discriminar (di-
linguagem atual. ferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear
(passar as folhas de uma publicação)/ despercebido
A forma porquê representa um substantivo. Significa cau- (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ gemi-
sa, razão, motivo e normalmente surge acompanha de nada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir
uma palavra determinando, um artigo, por exemplo. (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que
percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobres-
 Creio que os verdadeiros porquês mais uma vez não
crever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ vei-
vieram à luz.
cular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discri-
ção / onicolor - unicolor.

SEMÂNTICA • Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra


tem de apresentar vários significados. Exemplos: Ele
Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro
língua. Na língua portuguesa, o significado das palavras no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os
leva em consideração: fiéis agradecem a graça recebida.
• Homonímia: Identidade fonética entre formas de signi-
 SINONÍMIA: É a relação que se estabelece entre duas
ficados e origem completamente distintos. Exemplos:
palavras ou mais que apresentam significados iguais
São(Presente do verbo ser) - São (santo)
ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos:
Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante -
CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO:
afastado, remoto.
Conotação é o uso da palavra com um significado diferen-
 ANTONÍMIA: É a relação que se estabelece entre duas
te do original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem
palavras ou mais que apresentam significados diferen-
um coração de pedra.
tes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Eco-
nomizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim. Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original.
Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza
das rochas.
(A) disenteria – privilégio – excêntrico – superstição
– empecilho
(B) imprescindível – pajem – discussão – estrupo –
mendingo
(C) enxarcar – pesquisar – frustração – bugiganga –
acumpuntura
(D) prazeirosamente – consciência – cônjuge – sal-
chicha – exceção
ACENTUAÇÃO GRÁFICA (E) fingimento – encapuzar – beneficiente – aterri-
sagem – companhia
01. Assinale a alternativa em que os vocábulos estejam
acentuados pela mesma razão. 06. Identifique a opção em que todas as palavras estão
grafadas corretamente:
(A) parabéns, álbuns
(B) exército, jóquei (A) Marquize – contagio – espontâneo – jiló – estia-
(C) hífen, também gem.
(D) chapéu, herói (B) Herege – obsessão – assessor - trapézio – laje.
(E) lápis, país (C) Agiota – lambugem – cocheira – casulo – con-
gestão.
02. Assinale a alternativa que preenche, de acordo com a (D) Pesquisar – analizar – sintetizar – popularizar -
norma padrão, as lacunas da seguinte frase: sensibilizar
(E) Macacheira – alcachofra – chuchu - berinjela.
“O professor se referia _______ alunas dispostas
________ vencer qualquer obstáculo do dia ______ dia.” 07. Assinale a alternativa certa quanto ao emprego cor-
reto do sinal indicativo de crase.
(A) às – a – a
(B) às – a – à (A) Estarei sempre a disposição dos senhores.
(C) às – à – a (B) Ele disse que viria à partir de hoje.
(D) as – à – à (C) Nas férias, iria à terra dos meus sonhos.
(E) as – a – à (D) O homem de quem lhe fale estava à cavalo.
(E) Ela saiu do escritório as pressas.
03. Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de
crase foi empregado de acordo com a norma culta. 08. Assinale a opção em que todos os vocábulos estão
grafados corretamente.
(A) Depois do acidente, passou à praticar esportes.
(B) Aquele aluno dedica-se à várias atividades extra- (A) aspersão, extinção, infração, promoção, retensão
curriculares. (B) descrição, distenção, isenção, reivindicação, res-
(C) Os convidados chegaram ao local após às dez ho- cisão
ras. (C) cessão, exceção, isenção, submersão, absolvição
(D) O turista dirigiu-se à essa instituição para obter (D) comoção, resolução, expansão, distorção, absor-
orientações. são
(E) Esta é a obra à qual o jornalista se referiu em seu (E) apreensão, conversão, disperção, prescrição, abs-
comentário. tenção

04. Marque a alternativa cuja regra de acentuação é a 09. Assinale a alternativa em que a regra de acentuação
mesma da palavra sótão. não se refere a nenhuma das seguintes palavras: gê-
nero, também, você, já, saúde:
(A) réptil.
(B) fáceis. (A) a palavra é acentuada por conter u tônico em hia-
(C) lúmen. to com a vogal anterior.
(D) index. (B) a palavra é acentuada porque é uma oxítona ter-
(E) cônsul minada em a;
(C) a palavra é acentuada porque é uma oxítona ter-
05. Identifique a opção em que todas as palavras estão minada em em.
grafadas corretamente. (D) a palavra é acentuada porque é uma proparoxíto-
na.
(E) a palavra é acentuada porque é uma oxítona ter- (A) beijo, alegre, durante
minada em e. (B) feiúra, lúdico, segundo
(C) ar, parco, por
10. Julgue as frases abaixo e marque a alternativa corre- (D) remédio, inteligente, perante
ta: (E) dor, veloz, consoante

I. As palavras "está", "baú" e "você" são acentuadas 16. O acento indicativo de crase não pode ser usado:
pelo mesmo motivo.
II. "transformação", "infinitamente", "artísticos" pos- (A) nas locuções adverbiais femininas
suem mesmo processo de formação de palavras (B) nas locuções conjuntivas femininas
III. A divisão silábica de "varia", "pia" e "abrupto é: va- (C) nas locuções prepositivas femininas
ri-a, pi-a, ab-rup-to. (D) diante de pronomes possessivos
(E) diante de pronomes demonstrativos
(A) Somente a frase II está correta.
(B) Somente a frase III está correta. 17. A única palavra indevidamente acentuada é:
(C) Somente as frases I e II estão corretas.
(D) Nenhuma das frases acima está correta. (A) ácali.
(E) Somente a frase I está correta. (B) azáfama.
(C) bátega.
11. Todas as palavras estão grafadas corretamente em: (D) azíago.
(E) crisântemo.
(A) hospitalizar – bizar – açúcar
(B) jeito – projeto – chuchu 18. Seguem a mesma regra de acentuação:
(C) francesa – puchar – excesso
(D) extraordinário – analisar – nascer (A) três, séculos, é.
(B) já, está, séculos
12. A alternativa em que nenhuma palavra tem acento (C) três, séculos, babá
gráfico é: (D) já, está, babá
(E) três, é, já
(A) cadaver – modelo – todo – vezes
(B) governo – juri – juriti – cutis 19. Assinale a palavra que não se acentua segundo a re-
(C) item – polens – rubrica – erro gra das demais:
(D) toda – flui – orgão - fossil
(E) garoa – armazens – polen – caju (A) também
(B) espécies
13. A alternativa que possui duas palavras indevidamente (C) início
acentuadas é: (D) centenárias
(E) mistério
(A) construí-lo, ruína, hífen, fiéis
(B) álbum, réis, fósseis, tênue 20. As palavras que são acentuadas tendo em vista a
(C) pólo, pára, reféns, atrás mesma regra de acentuação são:
(D) rúbrica, heróis, bênção, jóvem
(E) jóquei, mártir, pêlo, vêem (A) emergências – público
(B) será – ótimo
14. A palavra que pode ser enquadrada em duas diferen- (C) tédio – Constituição
tes regras de acentuação é: (D) funcionários – obrigatórias
(E) futebolísticos – fazê-lo
(A) estratégia
(B) abencôo 21. O acento gráfico desempenha a mesma função em:
(C) pajé
(D) límpido (A) carnaúba e história
(E) refém (B) petróleo e paciência
(C) jacarandá e lápis
15. A única alternativa em que as palavras são, respecti- (D) glória e está
vamente, substantivo abstrato, adjetivo biforme e pre- (E) mausoléu e líquido
posição acidental é:
22. Indique a única sequência em que todas as palavras (A) ele contém;
estão grafadas corretamente: (B) eles têm
(C) eles lêem;
(A) fanatizar – analisar – frizar (D) egoísmo;
(B) fanatisar – paralizar – frisar (E) aluguéis;
(C) banalizar – analisar – paralisar
(D) realisar – analisar – paralizar 29. A alternativa em que nenhuma palavra possui acento
(E) utilizar – canalisar - vasamento gráfico é:

23. Assinale a opção em que a palavra está incorretamen- (A) item, polens, rubrica
te grafada: (B) tras, armazens, tatu
(C) biquini, preto, lapisinho
(A) duquesa (D) gratuito, juri, raiz
(B) gorjeta (E) tematico, uisque, câmara
(C) estupidez
(D) majestade 30. Pela mesma razão que se acentuam as palavras “pos-
(E) francês sível”, “mês” e “ratuíno”, acentuam-se, respectivamen-
te:
24. Marque a opção em que todas as palavras estão gra-
fadas corretamente: (A) caráter, pés, baú
(B) túnel, têm, heróico
(A) enxotar – trouxa – chícara (C) xérox, freguês, país
(B) passos – discução – arremesso (D) fóssil, vocês, ingênuo
(C) nervoso – desafio – através (E) substituí-lo, fé, início
(D) berinjela – jiló – gipe
(E) certeza – empresa – defesa FONOLOGIA

25. Assinale a frase em que se empregou indevidamente o 31. Qual das alternativas abaixo é formada por ditongos
pronome o ou lhe: decrescentes?

(A) Emprestei-lhe o dinheiro (A) pouco, loteria, contrário, estratégia.


(B) Não o encontrei em casa. (B) inquietação, pouco, aumenta, grau.
(C) A mulher beijou-lhe a face (C) cair, compreensível, beijar, treino.
(D) Eu lhe vi ontem no centro. (D) imponderáveis, atuar, psicologia, seu.
(E) Espero-o na estação. (E) colégio, não, imediatamente, história.

26. A alternativa cujas palavras estão corretas quanto á 32. Assinale a opção em que o vocábulo difere dos de-
acentuação é: mais pelo número de sílabas.

(A) Luis, o apoio, nodoa, proton; (A) vadios


(B) gratuito, eu apóio, item, peras; (B) índios
(C) sanduíche, averigúe, refém, puni-lo; (C) matéria
(D) amago, ônus, amá-lo-íeis, tens; (D) europeus
(E) biquini, juiz, aureo, eles mantém; (E) Bahia

27. Houve erro no uso do acento grave em: 33. Assinale a opção correta:

(A) Voltei à casa de meu pai (A) Trissilábica, a palavra maioria apresenta um tri-
(B) Assiste àquele jogo em casa tongo e um hiato.
(C) O caminho está à frente (B) Trissilábica, a palavra existem apresenta um di-
(D) A praia à qual iremos á linda tongo.
(E) Sua camisa é igual à que ganhei (C) Proparoxítona, a palavra rúbrica recebe acento
gráfico.
28. Marque o único vocábulo acentuado incorretamente: (D) Paroxítona, a palavra Nobel não é acentuada gra-
ficamente.
(E) Paroxítona, a palavra gratuito apresenta um hiato.
34. A alternativa que apresenta certa dificuldade de dis- (C) hiato
tinção entre ditongo crescente e hiato é (D) ditongo oral crescente
(E) dígrafo
(A) pai, saude, mau, juizo
(B) saara, preencher, curel, doer 41. Em chegou e que, o número de fonemas é, respecti-
(C) faisca, degrau, chapéu, vôo vamente:
(D) piada, miolo, poente, miudeza
(E) frear, foi, saída, rei (A) 5e2
(B) 6e2
35. A palavra "charuto" apresenta: (C) 6e3
(D) 5e3
(A) um dígrafo e seis fonemas (E) 3e2
(B) sete letras e sete fonemas
(C) sete letras e cinco fonemas 42. Em ambiente não há:
(D) um dígrafo e sete fonemas
(E) sete letras e dois dígrafos (A) sinal de nasalidade
(B) 6 fonemas
36. A alternativa que apresenta uma incorreção é: (C) hiato
(D) encontro consonantal
(A) o fonema está diretamente ligado ao som da fala. (E) 8 letras
(B) as letras são representações gráficas dos fone-
mas. 43. O vocábulo cujo número de letras é igual ao número d
(C) a palavra ''tosse'' possui quatro fonemas. fonemas está em:
(D) uma única letra pode representar fonemas dife-
rentes. (A) sucedida
(E) a letra ''h'' sempre representa um fonema. (B) habitando
(C) grandes
37. Todas as palavras abaixo possuem um encontro vocá- (D) espinhos
lico e um encontro consonantal, exceto: (E) ressoou

(A) destruir. 44. Assinale o vocábulo que apresenta consoantes ho-


(B) magnésio. morgânicas:
(C) adstringente.
(D) pneu. (A) mata
(E) autóctone. (B) sobre
(C) junho
38. A palavra eu contém: (D) morro
(E) capitão
(A) ditongo oral decrescente
(B) dígrafo 45. Só não existe hiato em:
(C) hiato
(D) ditongo oral crescente (A) atoleiros
(E) ditongo nasal (B) miaram
(C) ruído
39. Em Maria, há: (D) defendiam
(E) haviam
(A) ditongo oral decrescente
(B) ditongo nasal 46. A palavra que apresenta ditongo crescente é:
(C) hiato
(A) acordou
(D) ditongo oral crescente
(B) teriam
(E) dígrafo
(C) noites
(D) jamais
40. Em aqui, há:
(E) quando
(A) ditongo oral decrescente
(B) ditongo nasal
47. Verificamos a presença de um hiato em: 54. Assinale a alternativa em que as duas palavras apre-
sentem o mesmo número de fonemas:
(A) entendia
(B) trabalho (A) Impressora – correspondem
(C) conjetura (B) Caracteres – consideração
(D) mais (C) Delinquente – adequada
(E) saguão (D) Conhecimento – consideração
(E) Alcance – preenche
48. Indique o item em que todas as palavras devem ser
preenchidas com x: MORFOLOGIA
(A) pran_a; en_er; __adrez
55. São exemplos de verbos impessoais:
(B) utar; frouol mo_ila
(C) me_erico; en_ame; bru_a
(A) alvorecer, chover, anoitecer e trovejar.
(D) fei_e; pi_ar; bre_a
(B) amar, morrer, crescer e ser.
(E) fle_a; en_arcar; li_ar
(C) haver, fazer, parecer e ser.
(D) correr, jogar, cantar e partir.
49. Assinale o vocábulo com ditongo nasal decrescente:
(E) anoitecer, chuviscar, nevar e falar.
(A) quando
(B) zangou 56. São exemplos de verbos da 2ª conjugação:
(C) misteriosos
(D) vitória (A) cantar, ficar, remar e amar
(E) moravam (B) compor, depor, dever e temer
(C) sorrir, partir, dormir
50. Indique a palavra que tem 5 fonemas: (D) remar, receber, dever e dormir
(E) fugir, ir, dormir e sorrir.
(A) ficha
(B) molhado 57. O desafio consiste em garantir o abastecimento às
(C) guerra grandes cidades brasileiras nos próximos anos, uma
(D) fixo vez que é previsto crescimento populacional e, conse-
(E) hulha quentemente, aumento das demandas de consumo. A
conjunção em negrito
51. Marque o item que apresenta erro na divisão silábica:
(A) conecta orações integrantes.
(A) téc-ni-co (B) inicia uma oração coordenativa.
(B) ad-jun-to (C) expressa causa.
(C) obs-tá-cu-lo (D) denota finalidade
(D) de-ce-pção (E) é indicadora de explicação
(E) com-fec-ção
58. Analise a frase e classifique o termo destacado: ”Era
52. Assinale o vocábulo que apresenta encontro conso- necessário que pedíssemos ajuda”.
nantal:
(A) pronome relativo
(A) onde; (B) partícula expletiva
(B) chafariz; (C) conjunção integrante
(C) sentir; (D) conjunção subordinativa consecutiva
(D) arruda; (E) pronome indefinido
(E) fixo;
59. Em “O chão da rua está todo molhado; deve ter, pois,
53. O vocábulo SAMBA tem: chovido muito”, a conjunção pois tem o sentido de

(A) 5 letras e 5 fonemas; (A) explicação.


(B) 4 letras e 5 fonemas; (B) adição.
(C) 5 letras e 3 fonemas; (C) oposição.
(D) 5 letras e 4 fonemas; (D) conclusão.
(E) 5 letras e 6 fonemas; (E) causa.
60. Em: “Se me perguntarem o que é a minha pátria direi: 65. Escolha a alternativa em que o emprego do verbo ou
não sei. De fato, não sei”., o termo destacado classifi- da locução verbal na frase não corresponde à norma
ca-se como pronome : culta da Língua Portuguesa.

(A) oblíquo. (A) No futuro, não haverá desemprego, doença e anal-


(B) indefinido. fabetismo.
(C) possessivo. (B) Caso não façam o exercício, eles se haverão com
(D) demonstrativo. o professor.
(E) pessoal de tratamento. (C) Futuramente, não mais haverão existido mudan-
ças.
61. Classifique morfologicamente e determine a função (D) Não havia mais mudanças na economia do país.
sintática do termo em destaque: Ele cortou-me o ca- (E) Sempre poderão haver novas respostas para o
minho. problema.

(A) pronome pessoal oblíquo; objeto direto 66. Analise a frase e classifique o termo destacado: Era
(B) conjunção subordinativa concessiva; objeto indi- necessário que atravessássemos o rio.
reto
(C) pronome indefinido; adjunto adverbial de lugar (A) Pronome relativo.
(D) pronome possessivo; adjunto adnominal (B) Partícula expletiva.
(E) preposição; sujeito da oração (C) Conjunção integrante.
(D) Conjunção subordinativa consecutiva.
62. Assinale a alternativa em que o verbo “haver” NÃO (E) Pronome indefinido.
está empregado corretamente.
67. Indique a opção cujo vocábulo grifado apresenta a
(A) Hão de existir sonhos nas estações de trem. mesma classe de palavras que o destacado em "Deixe
(B) Há de haver vida em planetas distantes. sair o poeta que há em você e diga tudo o que seu co-
(C) No futuro, haverão naves espaciais viajando para ração mandar".
estrelas.
(D) Não houve dúvidas: viajamos de trem para as es- (A) Não o quero aqui perto de você, minha amada!
trelas. (B) O único sentimento o qual me interessa é o amor!
(E) Os viajantes da estação de trem não hão de partir (C) Ele comprou o presente da amada.
sem comer sonhos. (D) Não se pode esquecer tudo o que já conseguimos!
(E) Ele não sabia o melhor caminho para viver um
63. Em relação ao uso dos pronomes pessoais, todas as grande amor.
alternativas abaixo estão de acordo com a norma cul-
ta da Língua Portuguesa, exceto em: 68. Assinale a única alternativa que apresenta um prono-
me relativo.
(A) Vossa Excelência é generoso em dar-me vosso
apoio. (A) "... quando reconhecer que a mulher foi feita para
(B) Amigo, dá-me um cigarro. você, tome-a..."
(C) Pedi-lhe um favor e ainda não tive resposta. (B) "... entre nádegas perfeitas, tão bonitas que ele
(D) Ela nunca te revelou o que sentia. parou."
(E) Eles guardam as sobras e dão-nas para o cachor- (C) "Ainda nem vira o seu rosto e sabia que era ela."
ro. (D) "Ele sentia – na garganta, no peito, onde quer que
fique o diabo do detector –."
64. A palavra invitrescível é um adjetivo que significa “que (E) "...o homem que seus hormônios esperavam, ..."
não pode ser transformado em vidro” e, considerando
os seus elementos constituintes/morfemas, é COR- 69. Na frase: "Apieda-te de qualquer sandeu", a palavra
RETO afirmar que: sandeu (idiota, imbecil) é um substantivo:

(A) Contém dois afixos: in - escível. (A) comum, concreto e sobrecomum


(B) Em vitres tem-se a significação básica. (B) simples, abstrato e feminino
(C) escivel é um morfema desinencial. (C) simples, abstrato e masculino
(D) Vitrificável e envidraçar lhe são cognatas. (D) concreto, simples e comum de dois gêneros.
(E) Apresenta vogal de ligação (E) comum, simples e masculino
70. A alternativa em que o verbo "precaver" está correta- 76. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos
mente flexionado é: sentidos podem ser modificados pelo advérbio são:

(A) Eu precaveio (A) adjetivo - advérbio - verbo.


(B) Que ele precavenha (B) verbo - interjeição - conjunção.
(C) Ela precaveu (C) conjunção - numeral - adjetivo.
(D) Precavê tu (D) adjetivo - verbo - interjeição.
(E) Eles precavêm. (E) interjeição - advérbio - verbo.

71. Constituem morfemas: 77. A classe de palavras que é empregada para exprimir
estados emotivos:
(A) afixo, desinência, vogal temática
(B) prefixo, tema, consoante de fixação (A) adjetivo.
(C) sufixo, raiz, consoante temática (B) interjeição.
(D) radical, desinência, vogal de fixação (C) preposição.
(E) desinência, consoant cognata, tema (D) conjunção.
(E) advérbio.
72. O substantivo composto que está indevidamente es-
crito no plural é: 78. A única alternativa que apresenta classes de palavras
que podem desempenhar funções de adjunto adnomi-
(A) mulas-sem-cabeça nal é:
(B) cavalos-vapor
(C) abaixos-assinados (A) adjetivo - conjunção - preposição - verbo.
(D) quebra-nozes (B) adjetivo - artigo - substantivo - pronome.
(E) pães-de-ló (C) adjetivo - artigo - numeral - pronome.
(D) verbo - substantivo - preposição - pronome.
73. A alternativa que apresenta um substantivo invariável (E) artigo - numeral - conjunção - advérbio.
e um variável, respectivamente, é:
79. Dos verbos abaixo apenas um é regular, identifique-o:
(A) vírus, revés
(B) ananás, gás (A) pôr.
(C) faquir, álcool (B) adequar.
(D) fênix, ourives (C) copiar.
(E) oásis, alferes (D) reaver.
(E) brigar.
74. A oração que encerra um estado de continuidade,
expresso pelo verbo de ligação é: 80. Todos os verbos abaixo são defectivos, exceto:

(A) A avenida está florida (A) abolir


(B) O cravo é perfumado (B) colorir.
(C) Todos ficamos chateados (C) extorquir.
(D) O escritório permanece fechado (D) falir.
(E) A roupa parece molhada (E) exprimir.

75. ''O que ele fala é conversa de tirar leite de bode''. A 81. Não seguem o mesmo processo de formação as se-
categoria gramatical a que pertence o termo sublinha- guintes palavras:
do é:
(A) gentileza e realmente
(A) artigo definido. (B) cabecinha e carinha
(B) pronome possessivo. (C) visitantes e apaixonantes
(C) pronome relativo. (D) roteiro e térreo
(D) artigo indefinido. (E) adaptação e exibição
(E) pronome demonstrativo.
82. Das palavras abaixo, faz plural como "assombrações". (A) advérbio de modo
(B) advérbio de condição
(A) perdão (C) preposição essencial
(B) bênção (D) conjunção adversativa
(C) alemão (E) conjunção condicional
(D) cristão
(E) capitão 89. Os termos grifados no período “Seus lábios eram do-
ces classificam-se, respectivamente, como:
83. Indique o valor do termo sublinhado: "...e como o filho
exigisse uma descrição, encolheu os ombros". (A) numeral, adjetivo, advérbio;
(B) adjetivo, substantivo, pronome;
(A) comparativo (C) preposição, adjetivo, substantivo;
(B) conformativo (D) substantivo, locução adjetiva, pronome;
(C) concessivo (E) pronome, substantivo, adjetivo;
(D) causal
(E) condicional 90. Em “super-homem, desleal e pré-história” o processo
de derivação foi:
84. Das palavras abaixo, aquela cujo prefixo apresenta
(A) prefixação
sentido diferente das demais é:
(B) sufixação
(C) derivação regressiva
(A) interminável
(D) derivação imprópria
(B) irrealidade
(E) derivação progressiva
(C) inútil
(D) imperfeito
91. Em “Queria que me ajudasses”, o trecho destacado
(E) imigrante
pode ser substituído por:
85. Está errada flexão verbal em:
(A) a vossa ajuda
(B) a ajuda de você
(A) Eu intervim no caso.
(C) a ajuda deles
(B) Quando eu ver a nova casa, aviso você.
(D) as nossas ajudas
(C) Requeri a pensão alimentícia
(E) a tua ajuda
(D) Anseio por sua felicidade.
(E) não pudeste falar.
92. O substantivo composto, abaixo, que se flexiona,
quanto ao número, de forma idêntica a matabicho, é:
86. Na frase "Essa capacidade de me renovar...", a palavra
grifada é formada pelo processo derivação: (A) abelha-mestra
(B) beija-flor
(A) sufixal (C) amor-perfeito
(B) parassintética (D) má-língua
(C) prefixal (E) guarda-noturno
(D) regressiva
(E) imprópria 93. São palavras formadas por prefixação:

87. Assinale a opção em que o pronome oblíquo está co- (A) Luminoso, fraternidade
locado corretamente: (B) Liberdade, sonhador
(C) Conselheiro, queimado
(A) Comprarei-o amanhã. (D) Linguagem, escravidão
(B) Não sabe-se a resposta correta (E) Percurso, ingrato
(C) Faria-o saber a verdade
(D) Me fiz de boba, a fim de sobreviver 94. Assinale a alternativa em que a série de formação do
(E) Já se disse tudo! plural dos substantivos compostos esteja correta:

88. Na oração "Ninguém está perdido se der amor..." a (A) abelhas-mestra / couves-flor;
palavra grifada pode ser classificada como: (B) amores-perfeito / capitães-mores;
(C) obra-primas / guardas-civil;
(D) más-línguas / cajásmirins;
(E) sabiás-pirangas / boavidas.
PONTUAÇÃO (D) Os alunos realizaram a prova assim que chega-
ram na escola.
95. Assinale a alternativa em que há erro no emprego da (E) Não compareceu à aula ontem porque viajou.
vírgula:
100.Marque a única alternativa em que as palavras não se
(A) Carla, leia o primeiro parágrafo para nós. formam pelo processo de composição.
(B) Isabel, aluna aplicada do terceiro ano, faltou à au-
la de Cálculo. (A) beija-flor; pernalta
(C) Belo Horizonte, 13 de abril de 2015. (B) amanhecer; desalmado
(D) Márcia trouxe para a sala de aula seus cadernos, (C) embora; segunda-feira
livros, réguas, lápis e borracha. (D) pé-de-meia; aguardente
(E) Márcia, comprou, os últimos livros da Livraria Vir- (E) tira-teima; madrepérola
tual.
101.Destaque a alternativa em que o termo sublinhado
96. Assinale a alternativa cujo emprego da vírgula está de seja um objeto indireto:
acordo com a norma padrão.
(A) Vou descobrir mundos.
(A) Os espectadores, inquietos, aguardavam o início (B) Já tenho seis gatos em casa
do espetáculo. (C) Não recebo dinheiro há muito tempo.
(B) Os espectadores inquietos, aguardavam o início (D) Não quero que fiques triste.
do espetáculo. (E) Cantava para os amigos.
(C) Os espectadores, inquietos aguardavam o início
do espetáculo. 102.Assinale a alternativa que analisa correta, sintática e
(D) Os espectadores inquietos aguardavam, o início respectivamente os termos destacados na frase se-
do espetáculo. guinte: “Pertencem-te todos os documentos. ”
(E) Os espectadores inquietos, aguardavam, o início
do espetáculo. (A) Pronome oblíquo – sujeito
(B) Objeto direto – objeto indireto
97. Marque a frase de pontuação incorreta; (C) Objeto indireto – objeto direto
(D) Objeto direto – sujeito
(A) Se houvesse tempo, iríamos viajar. (E) Objeto indireto – sujeito
(B) Encerradas as aulas, os alunos festejaram.
(C) Os professores, os alunos e o diretor saíram. 103.Assinale a alternativa em que a concordância foi efe-
(D) Paulo o mais moço, é o mais esperto. tuada conforme a norma padrão.
(E) Ele foi, logo eu não fui.
(A) Devem haver outras formas de executar a missão.
98. Está corretamente pontuada a frase: (B) Queria voltar a estudar, mas faltava-lhe recursos.
(C) Não se admitirá exceções.
(A) Venha aqui Pedro! (D) Basta-lhe duas ou três oportunidades para vencer.
(B) Alexandre, amigo de meu irmão, está hospedado (E) Fazia dez anos que ele não vinha a São Paulo.
em minha casa.
(C) Crianças acabou a brincadeira! 104.Assinale a palavra abaixo cujo prefixo apresente o
(D) Compramos, bandeiras, flores e balões coloridos. mesmo valor semântico do prefixo componente de
(E) Todos estavam, alegres, animados, preparados. desatentos.

SINTAXE (A) Antibiótico.


(B) Importação.
(C) Insatisfeito.
99. Em todas as alternativas, há Orações Subordinadas
(D) Adjacência.
Adverbiais, exceto:
(E) Antebraço.
(A) Estude bastante, porque amanhã haverá uma pro-
105.Os dois vocábulos em destaque nos enunciados a
va.
seguir possuem função morfológica e sintática idênti-
(B) Estudou tanto que teve um ótimo desempenho na
cas.
prova.
(C) Você terá um excelente desempenho desde que
estude.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente es- 110.No período: “Dei-lhe de presente um computador mo-
sas funções. “Há pai que nunca viu o próprio filho. Ma- derníssimo para que pudesse trabalhar mais motiva-
rido que nunca viu a própria mulher.” do.”, os vocábulos grifados são, respectivamente,

(A) pronome relativo; objeto direto. (A) pronome demonstrativo, conjunção.


(B) conjunção subordinativa integrante; objeto direto. (B) pronome relativo, locução adjetiva.
(C) pronome relativo; sujeito. (C) pronome pessoal, locução adverbial.
(D) conjunção coordenativa explicativa; adjunto ad- (D) pronome indefinido, interjeição.
nominal. (E) pronome pessoal, locução conjuntiva.
(E) preposição; sujeito.
111.São formadas por derivação prefixal, sufixal e paras-
106.Das frases a seguir, a única inteiramente de acordo sintética, respectivamente, a sequência
com as regras de concordância verbal é:
(A) abdicar, pernoite, descer.
(A) A rede de coleta e de tratamento de esgoto pos- (B) superpor, forense, amanhecer.
suem tubulações mais estreitas que as galerias (C) suavisar, dispneia, ensurdecer.
pluviais nas ruas. (D) embainhar, sinfonia, bondosamente.
(B) Na sala de aula, haviam inúmeros quadros de ar- (E) abotoar, ponteiro, intravenoso.
tistas renomados.
(C) Ocorreram, naquele mesmo ano, acontecimentos 112.“Invadiu a mente de Fabiano a lembrança de que a
extraordinários. chuva poderia demorar demais”. O termo em destaque
(D) Podem trazer sérias consequências ao planeta a desempenha a função de
falta de cuidados com o ambiente
(E) O técnico e o presidente da empresa chegou mui- (A) adjunto adnominal.
to cedo ao local do acidente. (B) complemento nominal.
(C) objeto indireto.
107.No período: “Espero que ele venha a São Paulo.”, a (D) adjunto adverbial.
oração em destaque classifica-se sintaticamente co- (E) sujeito.
mo
113.No período: “Se ele trouxer a tarefa, pensei comigo,
(A) subordinada substantiva objetiva direta. não irei castigá-lo.”, as vírgulas foram empregadas
(B) subordinada substantiva objetiva indireta.
(C) subordinada substantiva subjetiva. (A) corretamente, para isolar uma oração intercalada.
(D) subordinada adjetiva restritiva. (B) incorretamente, por se tratar de um período sim-
(E) subordinada adjetiva explicativa. ples.
(C) adequadamente, porque apresenta mais de um
108.Em : “Chegou a hora de a alegria aparecer”. ,os termos verbo.
destacados têm a função sintática de (D) indevidamente, por se tratar de um período com-
posto por coordenação.
(A) Objeto direto da 1ª oração. (E) corretamente, para isolar uma oração adjetiva ex-
(B) Objeto direto preposicionado da 2ª oração. plicativa.
(C) Predicativo do sujeito da 1ª oração
(D) Aposto explicativo da 2ª oração 114.“Não era um craque, mas sua perda desfalcaria o
(E) Sujeito da 2ª oração. time”.

109.Em “Todos os soldados viram, durante o combate, que No trecho, a segunda oração é, na gramática normati-
os inimigos foram derrotados”, pode-se classificar a va, uma oração
oração que foi sublinhada como oração subordinada
substantiva (A) subordinada substantiva.
(B) coordenada assindética.
(A) completiva nominal. (C) subordinada adjetiva.
(B) predicativa. (D) coordenada sindética.
(C) objetiva indireta. (E) subordinada adverbial.
(D) objetiva direta.
(E) apositiva.
115.Nas orações “A poetisa está emocionada” e “Ela está 120.A terra era povoada de selvagens.
à janela”, os predicados classificam-se, respectiva-
mente, como (A) adjunto adverbial
(B) complemento nominal
(A) verbal e verbal. (C) objeto direto
(B) nominal e nominal. (D) objeto indireto
(C) verbo-nominal e verbo-nominal. (E) agente da passiva
(D) verbal e nominal.
(E) nominal e verbal. 121.O prefixo latino "extra" tem o significado de movimen-
to:
116.Assinale a alternativa correta quanto à concordância
nominal. (A) para dentro
(B) para perto
(A) A aluna estava meia desconfiada de suas cole- (C) para fora
gas. (D) através de
(B) Compareceram menas pessoas do que esperá- (E) por sobre
vamos.
(C) Na sala havia bastantes candidatos aguardando. 122.O prefixo grego "meta" tem significado:
(D) É proibido a entrada de pessoas sem identifica-
ção. (A) objetivo
(E) Seguem anexos aos currículos as cópias dos do- (B) forma
cumentos. (C) transformação (mudança)
(D) escassez
117.Há um caso típico de palavra formada por composi- (E) dificuldade
ção em
123.Os processos de formação de palavras em português
(A) aguardente. são:
(B) pesca.
(C) amanhecer. (A) composição, aliteração
(D) perigosamente. (B) aglutinação, averbação
(E) repatriar. (C) averbação, derivação
(D) aliteração, aglutinação
118.Na frase "Você está tapando o meu sol.", a expressão (E) derivação, composição
"o meu sol" é:
124.Todas as frases abaixo estão com a concordância
(A) predicativo do sujeito. verbal correta, exceto:
(B) objeto direto.
(C) sujeito. (A) Mais de um jogador foi expulso
(D) objeto indireto. (B) És um dos que tem dúvida.
(E) agente da passiva. (C) És um dos que têm dúvida
(D) O feijão, o arroz, o trigo, tudo tendia à escassez.
119."O padeiro balançou a cabeça. (E) Não fui eu que falou.
– Eu me lembro do dia em que lhe vendi a torta – dis-
se." 125.A única frase que está com a concordância nominal
correta é:
Pode-se afirmar que o termo destacado exerce função
sintática de: (A) As fotocópias seguem anexo
(B) Foi ela mesmo que veio aqui
(A) agente da passiva. (C) Ela disse – "Muito Obrigado!"
(B) adjunto adverbial de lugar. (D) Os guardas ficaram alerta
(C) predicativo. (E) Minha mãe andou meia adoentada
(D) objeto indireto.
(E) adjunto adverbial de tempo. 126.A alternativa que apresenta erro de concordância
nominal é:
(A) Foi ele mesmo que disse essa calúnia. 133.Assinale a regência incorreta:
(B) Uma certidão e uma cópia seguem anexas.
(C) O chefe quer instruções o mais possível concre- (A) Vinícius esquecia a tarefa.
tas. (B) O guia falou a Vinícius, seriamente.
(D) Esta frase está meio esquisita. (C) Georgiana visava a distrair o pai.
(E) Meia arroba de carne é suficiente. (D) Sacha aspirava o sucesso.
(E) Os turistas admiravam-se da garota
127.A única alternativa com a concordância correta é:
134.Assinale a colocação inaceitável:
(A) O fato é que houveram três reprovados.
(B) No seu relógio já é quatro horas. (A) Maria Oliva convidou-o
(C) Pesa dois quilos meia barra deste doce. (B) Se abre a porta da caleça por dentro
(D) Foi eu quem mandou a última carta. (C) Situar-se-ia Orfeu numa gafieira
(E) Deve ter morrido mais de vinte pessoas. (D) D. Pedro II o convidou.
(E) O cinema foi u recurso de leitura.
128.A única que apresenta erro de regência nominal é:
135.A concordância está incorreta em:
(A) Ele sempre esteve alheio a tudo.
(B) Ela está apta à lida doméstica. (A) machados e foices devastadores
(C) O sódio é ávido em água. (B) machado e foice devastadores
(D) Tombou o soldado falto de força. (C) machados e foices devastadores
(E) Tal fato é incompatível com sua função. (D) machado e foice devastadoras
(E) machado e foice devastadora
129.''Paula mirou-se no espelho das águas''. Esta oração
contém um verbo na voz: 136.O item em que se efetua a concordância nominal
incorretamente é:
(A) ativa.
(D) passiva analítica. (A) descanso e tarefa obrigatórios.
(B) passiva pronominal. (B) descanso e tarefas obrigatórias.
(E) reflexiva recíproca. (C) obrigatório descanso e tarefa.
(C) reflexiva. (D) tarefas e descanso obrigatórias.
(E) obrigatórias tarefas e descansos.
130.A única forma que não corresponde a um particípio é:
137.Assinale a única palavra formada por composição:
(A) roto.
(B) nato. (A) barrigudo
(C) incluso. (B) pontapé
(D) sepulto. (C) antebraço
(E) impoluto. (D) enriquecer
(E) felizmente
131.Em terminar, o "a" é:
138.Indique a função sintática do termo sublinhado em "Aí
(A) afixo extralinguístico sinhá Vitória se zangou, achou-o insolente e aplicou-
(B) vogal temática lhe um cocorote":
(C) desinência modo-temporal
(D) sufixo de significação (A) adjunto adverbial
(E) desinência número – pessoal (B) adjunto adnominal
(C) predicativo do objeto
132.Assinale a concordância incorreta: (D) predicativo do sujeito
(E) complemento nominal
(A) filme e peças dramáticas
(B) retrato é coisa deliciosa 139.Indique a função sintática do termo destacado: "A
(C) ricas carruagens e retratos onça estava com medo do caçador"
(D) trabalho e tarefa interrompida
(E) um e outro filme lindo (A) predicativo
(B) objeto direto
(C) objeto indireto ( ) Tenho confiança em você
(D) adjunto adnominal ( ) Comprou carne de porco
(E) complemento nominal ( ) Gostamos de chocolate.
( ) Trabalha na produção de café.
140."Essa foi a razão por que dedicou sua vida aos livros". ( ) Quebraram a xícara de porcelana
A classificação da oração destacada é:
(A) 3–2–3–1–2
(A) subordinada adjetiva restritiva. (B) 2–2–1–2–3
(B) subordinada adjetiva explicativa (C) 1 – 2- 3 – 1 – 2
(C) coordenada sindética explicativa (D) 1 – 2 – 3 – 3 –2
(D) subordinada adverbial causal (E) 3–2–3–2–1
(E) subordinada adverbial consecutiva.
145.O verbo “doer” na oração “As surras de meu pai doíam
141.Observe a concordância: muito.”, classifica-se como:

1. Entrada Proibida (A) intransitivo;


2. É proibido entrada (B) transitivo direto;
3. A entrada é proibida (C) transitivo indireto;
4. Entrada é proibido (D) transitivo direto e indireto;
5. Para quem a entrada é proibido? (E) de ligação;

(A) a número 5 está errada 146.“Se ele confessou, não sei”. A estrutura destacada é:
(B) a 2 está errada
(C) a 2 e a 5 estão erradas (A) subordinada adverbial condicional.
(D) a 4 e a 5 estão erradas (B) subordinada substantiva objetiva direta.
(E) todas estão erradas. (C) subordinada substantiva objetiva indireta.
(D) subordinada substantiva subjetiva.
142.Observe: (E) subordinada condicional temporal.

I) O guarda-chuva tem resistido. 147.A única frase onde há erro de concordância é:


II) O freguês vulgar e ocasional o irrita.
III) Há mil pequenos objetos diferentes. (A) Deu seis horas no relógio da matriz.
(D) O filho era as preocupações dos pais.
Os sujeitos das orações acima classificam-se, respec- (B) Devem ser duas horas e meia.
tivamente como: (E) Vai fazer cinco meses que ela se foi.
(C) Dois quilos é muito.
(A) simples, composto e composto
(B) composto, composto e indeterminado 148.“Por um instante, o rugido manteve suspensos os
(C) composto, composto e inexistente macaquinhos(...)”. O termo destacado funciona sinta-
(D) simples, simples e indeterminado ticamente como:
(E) simples, simples e inexistente
(A) adjunto adnominal;
(B) sujeito;
143.Marque a opção em que o sujeito da frase é indeter-
(C) adjunto adverbial;
minado.
(D) predicativo do objeto;
(E) objeto direto.
(A) Alugam-se casas na praia
(B) Anoiteceu rapidamente
149.Qual alternativa apresenta uma locução prepositiva?
(C) Nas férias, mataram meu papagaio
(D) Revelou-se a identidade do ladrão (A) abaixo de;
(E) vende-se um carro de boi. (B) à direita;
(C) de repente;
144.Relacione as colunas: (D) ao léu;
(E) de manhã.
(1) Complemento Nominal
(2) Adjunto Adnominal
(3) Objeto Indireto
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D A E B A B C C B B
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 TEXTO – itens de 1 a 17
B C D A B E D E A D
OS URUBUS E SABIÁS
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B C D E D C C A A A 01 Tudo aconteceu em uma terra distante, em um
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 02 tempo em que os bichos falavam... Os urubus,
03 aves por natureza becadas, mas sem grandes do-
B B B D A E C A C E
04 tes para o canto, ...1... que, mesmo contra a natu-
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 05 reza, eles ...2... de se tornar grandes cantores. E
A D A E A E A C E D 06 para isso fundaram escolas e importaram profes-
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 07 sores, gargarejaram dó, ré, mi, fá, mandaram im-
D E D E A B C C D C 08 primir diplomas, e fizeram competições entre si,
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 09 para ver quais deles seriam os mais importantes e
10 teriam a ...3... para mandar nos outros. Foi assim
D C A D E C D E E C
11 que eles ...4... concursos e se deram nomes pom-
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 12 posos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em
A C A D E A B C E E 13 início de carreira, era se tornar um respeitável uru-
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 14 bu titular, a quem todos chamam por Vossa Exce-
C A D E B A E E E A 15 lência. Tudo ia muito bem, até que a doce ...5... da
16 hierarquia dos urubus foi ...6.... A floresta foi inva-
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
17 dida por bandos de pintassilgos tagarelas, que
E B E D E A D B A B
18 brincavam com os canários e faziam serenatas
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 19 com os sabiás. Os velhos urubus entortaram o
E E E C C C A E D E 20 bico, o rancor encrespou a testa, e eles convoca-
111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 21 ram pintassilgos, sabiás e canários para um in-
B B A D E C A B D E 22 quérito.
23 – Onde estão os documentos dos seus concur-
121 122 123 124 125 126 127 128 129 130
24 sos?
C C E E A C C C E
25 As pobres aves se olharam perplexas, porque
131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 26 nunca haviam imaginado que tais coisas existis-
C E D B D D B C E A 27 sem. Não haviam passado por escolas de canto,
141 142 143 144 145 146 147 148 149 — 28 porque o canto nascera com elas. E nunca apre-
A E C C A B A D A — 29 sentaram diploma para provar que sabiam estudar,
30 mas cantavam simplesmente...
31 – Não, assim não pode ser. Cantar sem a titula-
32 ção devida é um desrespeito à ordem.
33 E os urubus, em uníssono, expulsaram da flo-
34 resta os passarinhos que cantavam sem alvarás...

Rubem Alves. Estórias de quem gosta de ensinar.


São Paulo: Cortez, 1984, p. 61-2 (com adaptações).

Julgue, nos itens abaixo, a grafia e a adequação das pala-


vras para preencherem as respectivas lacunas do texto.

01.1 decidiram 2 haveriam


C E

02.3 permissão 4 organizaram


C E

03.5 tranquilidade 6 extremecidos


C E
A partir das ideias, da tipologia e da estrutura do texto, 14.(HNF) A expressão “tais coisas” (l.26) remete a “docu-
julgue os itens a seguir. mentos”.
C E
04.O primeiro período, com a forma verbal no pretérito,
“aconteceu”, e a apresentação de circunstâncias de 15.(HNF) A expressão “até que” (l.15) indica localização
tempo e de lugar, já mostra ao leitor que o texto será, espacial.
predominantemente, narrativo. C E
C E
16.(HNF)O vocábulo “porque” (l.25) expressa explicação.
05.O emprego do adjetivo “becadas” (l.3), relativo a beca, C E
ou seja, traje de cor preta usado em cerimoniais, justi-
fica-se por analogia à plumagem dos urubus. 17.(HNF) O conectivo “E” (l.28) expressa adição.
C E C E

06.As passagens das linhas 23-24 e 31-32 estão antece- 18.As conjunções “mas” (l.3) e “para” (l.6) são coordenati-
didas por um travessão, para indicar que se trata de vas e expressam, respectivamente, as ideias de adver-
discurso direto, e não da fala do narrador da história. sidade e de adição.
C E C E

07.Da última fala dos urubus, deduz-se que, segundo a 19.A abreviatura de “Vossa Excelência” (l.14-15), forma de
legislação desses animais, para se ocuparem os car- tratamento empregada para autoridades em corres-
gos nas diferentes instituições é prescindível concurso pondências oficiais, é V. Excia.
público. C E
C E
20.O período “A floresta foi invadida por bandos de pin-
08.O texto, por colocar animais procedendo como seres tassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e
humanos, dotados de linguagem e de livre arbítrio, ca- faziam serenatas com os sabiás” (l.16-19) é composto
racteriza-se como uma fábula. por duas orações, sendo uma subordinada e a outra,
C E coordenada e subordinada, simultaneamente.
C E
09.Infere-se, como ensinamento moral do texto, que em
terra de diplomados, leigos não são ouvidos. 21.O predicado de “A floresta foi invadida por bandos de
C E pintassilgos tagarelas”, oração na voz ativa, classifica-
se como verbal, e o sujeito é “bandos de pintassilgos
Julgue os itens a seguir, no que diz respeito ao emprego tagarelas”.
das classes de palavras e à sintaxe da oração e dos perío- C E
dos do texto.
22.Em “Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor en-
Observação: As questões de 10 a 17 são baseadas no crespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabi-
livro “A coesão textual”, de Ingedore Vilaça Koch, Editora ás e canários” (l.19-21), as palavras sublinhadas de-
Contexto, 13ª edição, 2000. sempenham a função sintática de objeto direto dos
verbos a que estão ligadas.
10.(HNF) O pronome “Tudo” (l.1) é um elemento de coe- C E
são anafórica.
C E 23.O vocábulo “porque”, indicando a circunstância de
causa nas linhas 25 e 28, pode ser grafado separada-
11.(HNF) O pronome “deles” (l.9) refere-se anaforicamente mente, sem que ocorra erro de grafia, porque a frase
a urubus. não é interrogativa.
C E C E

12.(HNF) O pronome “eles” (l.20) refere-se a “velhos uru- Considerando a sintaxe de concordância e o emprego do
bus”. sinal indicativo de crase, julgue os itens subsequentes.
C E
24.Os urubus solicitaram as demais aves que apresen-
13.(HNF) O pronome “seus” (l.23) remete a “pássaros”. tassem as comprovações dos cursos feitos, bem co-
C E mo mostrasse a carta de aprovação em concursos.
C E
25.É considerada um desrespeito a uma ordem estabele- 29.“Segundo as (...) evasão escolar” (l.10-13): De acordo
cida a audácia de espalhar lindas melodias em terra de com as educadoras, a merenda escolar representa não
desafinados. só um complemento alimentar à maioria das crianças,
C E como também contribui ao controle da evasão escolar.
C E
26.No que tange à lutas de classes, o texto informa que
as privilegiadas deterão hegemonia frente às mais fra- 30.“Os professores (...) da merenda” (l.18-24): A unanimi-
cas. dade dos professores reconhece, que a merenda esco-
C E lar, em escolas localizadas nos bairros de baixa-renda,
transforma-se no único alimento das crianças, porque
TEXTO
filhos de pais desempregados vão às aulas só pen-
MERENDA ESCOLAR FALTA
sando na hora do recreio.
E AUMENTA A EVASÃO DE ALUNOS
C E
01 A merenda escolar, que é distribuída regular-
TEXTO – itens de 31 a 40
02 mente pela Secretaria de Educação para a rede
03 pública do ensino, está faltando em Juazeiro. As
EXISTE ATRIZ INFALÍVEL?
04 escolas da sede e da zona rural já estão há mais
Como - e por que - a mística de “grande dama”
05 de noventa dias com as suas cotas esgotadas e
da interpretação se formou em torno
06 até o momento não se tem notícia de quando se-
de Fernanda Montenegro
07 rão abastecidas, o que vem se constituindo em um
08 problema para as diretoras desses estabelecimen-
01 A grande dama, o monstro sagrado, a melhor de
09 tos.
02 todas: seja qual for a ocasião, pelo menos uma
10 Segundo as educadoras, a merenda escolar não
03 dessas alcunhas vem sempre anexada ao nome de
11 só representa a complementação alimentar da
04 Fernanda Montenegro, como se fizesse parte dele.
12 maioria das crianças matriculadas, como também
05 Mas pode existir uma atriz infalível? Na sexta-feira,
13 contribui para o controle da evasão escolar. Já
06 a atriz volta ao cartaz nos cinemas com Casa de
14 está provado, pelos estudos realizados, que nas
07 Areia (Brasil, 2005). Dirigido pelo genro de Fernan-
15 escolas da zona rural do município e na periferia
08 da, Andrucha Waddington, o filme traz a atriz e sua
16 das cidades a freqüência do aluno à escola está
09 filha, Fernanda Torres, como sucessivas gerações
17 diretamente associada à merenda escolar.
10 de mãe e filha isoladas nos Lençóis Maranhenses
18 Os professores, na sua unanimidade, reconhe-
11 entre as décadas 10 e 70 — e demonstra que
19 cem que a merenda escolar, especialmente em
12 mesmo intérpretes de talento não estão livres de
20 escolas localizadas nos bairros de baixa renda,
13 tatear quando lhes falta roteiro de substância. A
21 não é só complementação alimentar, ela se trans-
14 ausência mais sentida nos vários papéis que Fer-
22 forma no único alimento das crianças, porque fi-
15 nanda desempenha em Casa de Areia é a do seu
23 lhos de pais pobres e desempregados frequentam
16 humor.
24 as aulas só pensando na hora da merenda.
17 Além de ser um traço marcante de sua persona-
A Tarde, 4/9/1992 (com adaptações).
18 lidade civil, ele é quase sempre usado pela atriz
Julgue a grafia e a pontuação das reescrituras de trechos 19 como uma espécie de fiel da balança —um dado
do texto “Merenda escolar falta e aumenta a evasão de 20 dissonante que ora acentua a dramaticidade de
alunos”, indicados entre aspas e presentes nos seguintes 21 suas personagens, ora abate a solenidade delas,
itens. 22 quando não as duas coisas ao mesmo tempo. Fa-
23 zer ressalvas a Fernanda é quase um tabu. Não
27.“A merenda (...) em Juazeiro” (l.1-3): Em Juazeiro, a 24 que ela estimule abertamente o culto a sua pes-
merenda escolar, distribuída regularmente pelo gover- 25 soa. Ao contrário: a questão, justamente, é que
no estadual para a rede pública do ensino, está faltan- 26 Fernanda se tornou uma das reservas artísticas e
do. 27 morais do país —e elas, como se sabe, não são
C E 28 numerosas. Fernanda é, por exemplo, a recordista
29 em prêmios nacionais e estrangeiros — entre os
28.“As escolas (...) desses estabelecimentos” (l.3-9): As 30 quais evidentemente se destaca a indicação ao
escolas da sede e da zona rural, há mais de noventa 31 Oscar de atriz, a única conquistada pelo Brasil na
dias com as suas quotas esgotadas, sendo que até o 32 categoria nos mais de setenta anos da cerimônia.
momento, não se tem notícia de quando serão abaste- 33 Em uma cultura cheia de complexos quanto a sua
cidas; vem-se constituindo em um problema para as 34 própria validade, esse aval adquire um peso esma-
diretoras. 35 gador. E talvez conte mais ainda por Fernanda
C E
36 cultivar a modéstia em um país que valoriza (do 40.Na oração “Mas pode existir uma atriz infalível?” (l. 5),
37 seu jeito, bem entendido) esse traço de caráter. o vocábulo sublinhado pode ser substituído por ter
sem que haja mudança de sentido.
Isabela Boscov. Veja, 11/5/2005, p. 146 (com adaptações). C E

Com base nas ideias apresentadas no texto, julgue os 41.As palavras “infalível” (l.5) e “caráter” (l.37) possuem
itens seguintes. acentuação justificada pela mesma regra. São paroxí-
tonas terminadas em l e r.
31.Depreende-se do texto que um roteiro de pouca quali- C E
dade compromete o desempenho até de intérpretes ta-
lentosas como Fernanda Montenegro. 42.No trecho “quando lhes falta roteiro de substância”
C E (l.11-12), o termo sublinhado refere-se a “intérpretes de
talento” (l.13).
32.Segundo a autora, o humor, que é uma característica C E
marcante de Fernanda Montenegro, não aparece no
filme Casa de Areia. 43.A regra que justifica a acentuação da palavra “papéis”
C E (l.14) é a de que são acentuados todos os vocábulos
paroxítonos terminados em is.
33.No filme, de acordo com o que se depreende do texto, C E
Fernanda Montenegro e Fernanda Torres fazem os pa-
péis de mãe e filha que vivem conflitos marcados pelo 44.O vocábulo “fiel” (l.19) foi empregado no texto com o
choque de gerações. mesmo sentido que na seguinte oração: Ele foi fiel ao
C E seu juramento.
C E
34.De acordo com o texto, Fernanda Montenegro foi a
única atriz brasileira a conquistar o Oscar de melhor 45.A palavra “ele” (l.18) substitui a palavra “humor” (l.16).
atriz nos mais de setenta anos da cerimônia. C E
C E
46.O verbo ser, em duas ocorrências na linha 2, expressa
35.Na opinião da autora, os brasileiros são cheios de ideia de presente.
complexos quanto ao valor de sua cultura. C E
C E
47.As vírgulas em “Fernanda é, por exemplo, a recordista
Considerando os aspectos linguísticos do texto, julgue os em prêmios” (l.28-29) foram empregadas para isolar
itens que se seguem. um elemento de valor explicativo.
C E
36.No subtítulo da reportagem, a expressão “e por que”
pode ser deslocada para o final do período sem sofrer 48.Em “entre os quais evidentemente se destaca a indica-
nenhuma alteração gráfica. A única exigência, nesse ção ao Oscar de atriz” (l.29-31), a autora empregou
caso, é o acréscimo do ponto-de-interrogação no final inadequadamente a preposição. Segundo as normas
do subtítulo. gramaticais, em vez de “ao”, ela deveria ter empregado
C E pelo.
C E
37.“a melhor de todas” (l.1-2) é uma estrutura que se
apresenta no superlativo relativo de superioridade. 49.A vírgula que aparece no trecho “Em uma cultura cheia
C E de complexos quanto a sua própria validade, esse aval
adquire um peso esmagador” (l.32-34) pode ser retira-
38.O plural de “sexta-feira” é sexta-feiras, assim como o da sem que se incorra em erro gramatical.
de porta-bandeira é porta-bandeiras. C E
C E
50.No último período, os parênteses em “(do seu jeito,
39.No primeiro período do texto, fazendo-se a devida bem entendido)” foram empregados com o objetivo de
adaptação de letra maiúscula, os dois-pontos podem isolar um segmento explicativo dentro de uma infor-
ser substituídos por ponto final, sem que ocorra prejuí- mação maior.
zo sintático-semântico. C E
C E
Texto para os itens de 51 a 60 54.Na linha 6, mantém-se a correção gramatical do texto
ao se substituir o sinal de dois-pontos por ponto final,
01 Os bancos médios alcançaram um de seus me- colocando-se inicial maiúscula em “no”.
02 lhores anos em 2006. A rigor, essas instituições C E
03 não optaram por nenhuma profunda ou surpreen-
04 dente mudança de foco estratégico. Bem ao con- 55.O emprego do subjuntivo em “possa” (l.11) justifica-se
05 trário, elas apenas voltaram a atuar essencialmen- por se tratar de uma afirmação hipotética.
06 te como bancos: no ano passado a carteira de C E
07 crédito dessas casas bancárias cresceu 39,2%,
56.Estaria gramaticalmente correta a inserção da conjun-
08 enquanto a carteira dos dez maiores bancos do
ção Portanto, seguida de vírgula, antes de “O tamanho
09 país aumentou 26,2%, ambos com referência a
do banco” (l.18), com ajuste na inicial maiúscula.
10 2005.
C E
11 É apressado asseverar que essa expansão do
12 segmento possa gerar maior concorrência no se-
57.Mantém-se a correção gramatical do período ao se
13 tor. Vale lembrar, apenas como comparação, que a
substituir a vírgula após “spreads” (l.22) por sinal de
14 chegada dos bancos estrangeiros (nos anos 90)
dois-pontos.
15 não surtiu o efeito esperado quanto à concorrência
C E
16 bancária. Os bancos estrangeiros cobram o preço
17 mais alto em 21 tarifas. E os bancos privados na- 58.A relação semântico-sintática entre o período que ter-
18 cionais, médios e grandes, têm os preços mais mina em “parceria” (l.29) e o que começa com “O Sis-
19 altos em outras 21. O tamanho do banco não de- tema Financeiro” seria corretamente explicitada por
20 termina o empenho na cobrança de tarifas. O prin- meio da conjunção Entretanto.
21 cipal motivo da fraca aceleração da concorrência C E
22 do sistema bancário é a permanência dos altos
23 spreads, a diferença entre o que o banco paga ao 59.A inserção do pronome Ela antes de “Será um novo
24 captar e o que cobra ao emprestar, que não se capítulo” (l.34), com ajuste de maiúscula, mantém a
25 altera muito, entre instituições grandes ou médias. coesão textual.
26 Vale notar, também, que os bons resultados dos C E
27 22 bancos médios brasileiros atraíram grandes
28 instituições do setor bancário internacional inte- 60.A correção gramatical, o nível de formalidade e as es-
29 ressadas em participação segmentada em forma colhas lexicais permitem afirmar-se que a linguagem
30 de parceria. O Sistema Financeiro Nacional só tem do texto está apropriada para correspondências ofici-
31 a ganhar com esse tipo de integração. Dessa for- ais.
32 ma, o cenário, no médio prazo, é de acelerado mo- C E
33 vimento de fusões entre bancos médios, processo
Texto para os itens de 61 a 64
34 que já começou.
35 Será um novo capítulo da história bancária do
01 Não foi por falta de aviso. Desde 2004, a Aero-
36 país.
Gazeta Mercantil, Editorial, 28/3/2007.
02 náutica vem advertindo dos riscos do desinvesti-
03 mento no controle do tráfego aéreo. Ao apresentar
A respeito do texto acima, julgue os itens a seguir. 04 suas propostas orçamentárias de 2004, 2005 e
05 2006, o Departamento de Controle do Espaço Aé-
51.Pelos sentidos do texto, os bons resultados dos ban- 06 reo (DECEA) informou, por escrito, que a não libe-
cos médios contribuem para acelerar significativamen- 07 ração integral dos recursos pedidos levaria à situ-
te a concorrência bancária. 08 ação vivida agora no país. Mesmo assim, as ver-
C E 09 bas foram cortadas ano após ano pelo governo, em
10 dois momentos: primeiro no orçamento, depois na
52.O interesse dos gigantes do setor bancário internacio- 11 liberação efetiva do dinheiro.
nal pelas instituições brasileiras prejudica o Sistema 12 As advertências do DECEA foram feitas à Se-
Financeiro Nacional. 13 cretaria de Orçamento Federal do Ministério do
C E 14 Planejamento, na oportunidade em que foram soli-
15 citadas verbas para “operação, manutenção, de-
53.O pronome “elas” (l.5) retoma o antecedente “essas 16 senvolvimento e modernização do Sistema de
instituições” (l.2). 17 Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB)”.
C E 18 Elas são citadas em relatório do Tribunal de Con-
19 tas da União (TCU).
O Estado de S.Paulo, 25/3/2007, p. C6 (com adaptações).
Com referência às estruturas e às ideias do texto, julgue TEXTO
os próximos itens.
01 Nas sociedades contemporâneas, ocorre um
61.A expressão “Não foi por falta de aviso” (l.1) é adequa- 02 processo de retirar da própria regra sua nitidez,
da para iniciar um ofício. 03 sua precisão. De um lado, os agentes se reportam
C E 04 a ela como se suas próprias ações sempre tives-
05 sem um lado excepcional, como se aquilo que fize-
62.A palavra “desinvestimento” (l.2-3), neologismo criado
06 ram não viesse a ser bem o caso da regra.
com base nas possibilidades da língua, está sendo
07 Mas, de outro, e isso é mais importante, as re-
empregada no sentido de “diminuição”, “limitação de
08 gras e as instituições de vigilância oscilam em
investimentos”.
09 relação aos casos a que se aplicam, como se seus
C E
10 sentidos fossem sempre relaxados, passíveis de
11 interpretações desviantes. A impunidade que daí
63.O sinal indicativo de crase em “à situação” (l.7-8) justi-
12 deriva não está ligada, pois, a diferenças sociais
fica-se pela regência de “pedidos” (l.7) e pela presença
13 que impliquem que nem todos sejam iguais peran-
de artigo definido, feminino, singular.
14 te a lei, mas tão-só a que todos se submetem a ela
C E
15 como se vestissem roupas muito maiores que as
64.A substituição da expressão “foram solicitadas” por 16 devidas. A sociedade moderna é democraticamen-
“se solicitaram” prejudica a correção gramatical do pe- 17 te relaxada.
ríodo. 18 Por isso não me satisfaz designá-la como soci-
C E 19 edade do espetáculo. A tragédia clássica não se-
20 guia regras muito bem definidas? As imprecisões
01 Em meio a uma crise da qual ainda não sabe 21 por que passam as regras que norteiam nossas
02 como escapar, a União Europeia celebra os 50 22 condutas não estão atravessadas pela oposição
03 anos do Tratado de Roma, pontapé inicial da inte- 23 entre essência e aparência, não formamos uma
04 gração no continente. Embora sejam muitos os 24 sociedade de sofistas, mas nos comportamos
05 motivos para comemorar, como a manutenção da 25 como se todos estivéssemos acometidos de as-
06 paz e a consolidação do mercado comum, os che- 26 tigmatismo, de tal modo que entre o real e a gra-
07 fes dos 27 Estados-membros têm muito com o que 27 mática que nos permite falar dele sempre se exer-
08 se preocupar. A discussão sobre a Constituição 28 ce um método de projeção em constante hipertro-
09 única não vai adiante, a expansão para o leste difi- 29 fia. É como se medíssemos uma distância com
10 culta a tomada de decisões e os cidadãos têm 30 metros de borracha, por meio de categorias topo-
11 dificuldade para identificar-se como parte da me- 31 lógicas, porquanto se relaxaram as regras de vigi-
12 gaestrutura europeia. 32 lância. Nessas condições, em que o espaço públi-
O Estado de S.Paulo, 25/3/2007, p. A20. 33 co está poluído por vagas interpretações e por
34 jurisprudências coniventes, vem a ser natural que
Com referência às estruturas e às ideias do texto, julgue 35 os agentes se voltem para as esferas da vida ínti-
os itens subsequentes. 36 ma, onde eles próprios agem e vigiam suas pró-
37 prias ações, recusando a mediação de terceiros.
65.O emprego de preposição em “da qual” (l.1) atende à
38 No entanto, nessa barbárie da indefinição, con-
regência do verbo “escapar” (l.2).
39 tra a qual o legalismo e o totalitarismo pretendem
C E
40 aparecer como os remédios mais eficazes, convém
41 observar a riqueza de novos horizontes possíveis.
66.As vírgulas logo após “comemorar” (l.5) e “comum”
42 Não é nesses caldos que também se desenvolvem
(l.6) podem, sem prejuízo para a correção gramatical
43 os germes da liberdade? Mas, para isso, seria pre-
do período, ser substituídas por travessões.
44 ciso que se armasse uma esfera da reflexão vigi-
C E
45 lante, capaz de espelhar todo esse processo se-
67.Na linha 7, a forma verbal “têm” está no plural para 46 gundo uma gramática de compensações pondera-
concordar com “Estados-membros”. 47 das.
José Arthur Giannotti. Folha de S. Paulo, “Mais!”,
C E 3/3/2002, p. 9 (com adaptações).

68.Mantém-se a correção gramatical do texto ao se es-


Em relação às inferências permitidas pelas ideias do tex-
crever “com o que se preocupar: a discussão” em lugar
to, julgue os itens a seguir:
do trecho “com o que se preocupar. A discussão” (l.7-
8).
C E
71.Geralmente, as ações dos agentes sociais contempo- 80.O emprego da expressão “pretendem aparecer” (39-40)
râneos tendem a ser justificadas com um caráter de é um recurso que atenua a possível afirmativa categó-
exceção às regras. rica da qual o enunciador não é partidário: legalismo e
C E totalitarismo são os remédios eficazes para a barbárie.
C E
72.A impunidade que deriva da imprecisão das regras
abrange de forma diferente os diversos transgresso- TEXTO
res, sempre de acordo com o segmento social ao qual
pertencem. 01 Em um ambiente marcado por turbulência e
C E 02 mudanças intermitentes, flexibilidade é a palavra
03 de ordem para as organizações. A reforma do esta-
73.A forma de vida moderna tem sido chamada de socie- 04 tuto proposta pela Diretoria dará agilidade ao pro-
dade do espetáculo, porque obedece às regras estabe- 05 cesso decisório, tornando a estrutura do Banco
lecidas pelos autores das tragédias clássicas, como 06 mais descentralizada.
Sófocles, Ésquilo e Eurípedes. 07 O BB deve responder a uma dupla demanda da
C E 08 sociedade brasileira: como banco, ser eficiente e
09 gerar lucro; como banco público, atuar eficiente-
74.O tecido das relações e instituições públicas está pre- 10 mente na implementação de políticas públicas,
judicado, uma vez que eivado de regras legais constru- 11 sem prejuízo do equilíbrio econômico-financeiro da
ídas a partir de compromissos e interesses escusos, 12 instituição.
bem como de possibilidades de interpretações nebulo- 13 A resposta para esse duplo desafio será dada
sas e equivocadas. 14 com a prática dos princípios de Governança Corpo-
C E 15 rativa, sinal do compromisso da empresa com a
16 transparência e com o direcionamento das ações
75.O que faz os agentes sentirem-se no direito de decidir 17 para atividades essenciais do negócio bancário,
individualmente, sem intermediários institucionais ou 18 como banco de varejo especializado em setores
outros agentes que detêm a prerrogativa da decisão, é 19 econômicos, comprometidos em atender às expec-
uma instância de reflexão contínua que espelha o pro- 20 tativas dos clientes e com o retorno para os acio-
cesso social. 21 nistas.
C E 22 Os ajustes recentemente implantados encerram
23 um movimento iniciado em 1996. O aprimoramen-
No que se refere às estruturas do texto, julgue os itens 24 to dos sistemas de controle e das ferramentas de
abaixo. 25 mapeamento de risco, a prospecção de oportuni-
26 dades e a renovada capacidade de superação do
76.Ao se substituir o termo “a que” (l.9) por aos quais, as 27 BB permitem buscar o paradigma da eficiência
relações sintáticas e semânticas do texto não se alte- 28 operacional, lastreado no tripé crescimento, renta-
ram. 29 bilidade e segurança das operações.
C E
(Relatório da Administração do Banco do Brasil,
Correio Braziliense, 28/08/2001 (com adaptações)
77.(adaptada) A substituição da palavra “pois” (l.12) por
“porque” mantém as relações semânticas idênticas às A partir do texto, julgue os itens abaixo.
do texto original.
81.No texto, o tratamento de “BB” como primeira pessoa
C E
do discurso é exigência da impessoalidade do gênero
textual relatório.
78.No segundo parágrafo, o emprego da primeira pessoa
C E
do singular e da primeira pessoa do plural torna o
enunciado ambíguo e prejudica a coerência necessária
82.A palavra “intermitentes” (l.2) está sendo utilizada com
ao texto argumentativo.
o significado de intensas.
C E
C E

79.Nas linhas 26 e 40, a palavra “gramática”, em ambas


83.A expressão “econômico-financeiro” (l.11) pode ser
as ocorrências, está sendo utilizada em sentido cono-
substituída por econômico e financeiro, sem alteração
tativo, privilegiando a noção de sistema analítico apli-
da correção e da significação do período.
cado à realidade e não à língua.
C E
C E
84.A palavra “prospecção” (l.25) está sendo utilizada com 91.Os pronomes “suas” (l.2) e “seu” (l.4) referem-se, res-
o sentido de pesquisa, mas seu sentido original é mé- pectivamente a “metrologia legal” (l.1) e a “contribui-
todo técnico empregado para localizar e calcular o va- ções” (l.3).
lor econômico de jazidas minerais. C E
C E
92.A palavra “prescrições” (l.18) está sendo utilizada com
85.O termo “paradigma” (l.27) está sendo utilizado como o sentido de transações.
sinônimo de utopia. C E
C E
TEXTO
86.A palavra “lastreado” (l.28) está empregada no sentido
metafórico de mercado. 01 A sociedade brasileira clama por transforma-
C E 02 ções e a esperança tornou-se palavra-chave des-
03 ses novos tempos. A superação dos graves pro-
87.Em “O BB deve responder a uma dupla demanda da 04 blemas que afligem o povo brasileiro, como a fome
sociedade brasileira”, a forma verbal sublinhada indica 05 e a miséria, é o principal desafio do novo governo.
modalização.. 06 Vencer as desigualdades faz parte de uma es-
07 tratégia e de um novo modelo de desenvolvimento
TEXTO 08 para o país, que pode dispor, para tanto, da imensa
09 riqueza natural de nossa Nação.
01 A metrologia legal originou-se da necessidade 10 A construção de um novo momento histórico é
02 de assegurar um comércio justo e uma de suas 11 um compromisso que deve estar pautado em to-
03 mais importante contribuições para a sociedade é 12 das as ações de governo. Nesse contexto é que
04 o seu papel de aumentar a eficiência no comércio, 13 afirmamos o direito da sociedade brasileira à in-
05 mantendo a confiança nas medições e reduzindo 14 formação e à educação. O caminho, portanto, é o
06 os custos das transações. A metrologia legal aten- 15 da inclusão social, momento em que deve ser
07 de tais necessidades principalmente por meio de 16 construída uma nova cultura embasada nos direi-
08 regulamentos, os quais são implementados para 17 tos fundamentais da vida humana, fortalecidos na
09 assegurar um nível adequado de credibilidade nos 18 concepção e na prática de uma nova política social
10 resultados de medição. Em todas as suas aplica- 19 e econômica para o país.
11 ções, a metrologia legal cobre unidades de medida,
12 instrumentos de medição e outras matérias, tais Acerca do texto, julgue os itens subsequentes.
13 como os produtos pré-medidos. Com respeito aos
14 instrumentos de medição, a metrologia legal espe- 93.Na linha 2, a conjunção “e” liga “transformações” a
15 cífica exigências de desempenho, procedimentos “esperança”, para complementar a ideia de clamar.
16 de verificação, meios para assegurar a correta C E
17 utilização das unidades de medida legalmente
18 definidas e prescrições obrigatórias para uso. 94.Na linha 4, o emprego de “como” indica que “a fome e
a miséria” não são os únicos “graves problemas que
Internet: htp://www.inmetro.gov.br/metiegal/index.(com adaptações)
afligem o povo brasileiro”.
C E
No que se refere às estruturas do texto apresentado aci-
ma, julgue os itens abaixo.
95.Na linha 8, o pronome relativo “que” tem como referen-
te “desigualdades” (l.6)
88.A expressão “tais necessidades” (l.7) refere-se ao que
C E
ainda vai ser dito.
C E
96.A expressão “para tanto” (l.8) corresponde a para isso
e refere-se ao trecho que a precede: “Vencer (...) país”
89.A forma verbal “cobre” (l.11) tem o mesmo sentido que
(l.6-8).
no período: A iniciativa governamental espera que o
C E
consumidor cobre seus direitos.
C E
97.A substituição de “fortalecidos” (l.17) POR “fortalecida”
alteraria as relações de sentido entre as ideias do tex-
90.Após a palavra “específica” (l.14-15), seria gramatical-
to.
mente correto o uso do sinal de dois pontos.
C E
C E
TEXTO 105. As escolhas sintáticas e vocabulares do texto confi-
guram um modelo do nível de linguagem próprio da
01 O que tem de começar a mudar, já, é a ideia de correspondência oficial e dos textos acadêmicos.
02 vida no mundo e a ideia do que fazer com a nova C E
03 tecnologia. Informação, a rigor, é o que muda um
04 estado de coisas, um comportamento; o resto é 106. O sinal de dois-pontos após a palavra “informação”
05 mensagem. (l.8), se for substituído por vírgula, acarreta prejuízo à
06 Quando aciono um interruptor e jorra luz em correção do texto.
07 uma sala escura, posso encontrar o jornal e saber C E
08 se o dólar subiu; a informação está na notícia, mas,
09 antes disso, está na luz. Mas acender a luz em 107. No último período, as repetições constituem um jogo
10 uma sala clara ou em uma sala escura sem que eu de palavras que se configura como recurso estilístico
11 tenha algo para procurar não é obter informação: é para enfatizar a ideia central do texto.
12 apenas expor-me à mensagem. A Internet ainda é C E
13 um amontoado de mensagens. Muita coisa tem de
14 mudar nas ideias sobre a vida e o mundo e sobre a TEXTO
15 informação na vida e no mundo, para que a infor-
16 mação de fato mude, para melhor, a vida e o mun- Uma característica já visível das sociedades futuras
17 do. será a superação da diferença entre cidade e campo, pela
(Teixeira Coelho “Mais” In Folha de S. Paulo, 31/12/2000, industrialização das atividades agrícolas em curso e pela
p. 12 (com adaptações))
expansão das cidades sobre as áreas adjacentes. Outra
característica será a superação da distância entre o traba-
Julgue os itens abaixo, de acordo com as ideias do texto.
lho braçal – praticamente proscrito – e o trabalho intelec-
tual. A composição da força de trabalho será, majoritari-
98. Para que haja informação realmente, é preciso que
amente, de pessoas com preparo de nível universitário,
não exista nenhuma forma de transformação.
dedicadas a toda sorte de tarefas, principalmente as edu-
C E
cacionais, assistenciais, culturais e recreativas, que expe-
rimentarão enorme expansão. Esses níveis mais altos de
99. A mensagem pode ser anterior ao que se compreen-
preparo educacional terão igualmente o efeito de fazer, da
de como informação.
maioria dos homens, herdeiros do patrimônio cultural
C E
humano, tornado comum, e, de uma proporção ponderável
deles, indivíduos capazes de criatividade artística e inte-
100. As mensagens apresentadas na Internet prescindem
lectual.
de uma ação para que possa ser gerada informação. Darcy Ribeiro. O processo civilizatório — etapas da evolução sociocultural.
C E Petrópolis: Vozes, 1981, p. 192 (com adaptações).

101. Atualmente, a tecnologia da informação está assimi- Julgue se os trechos seguintes estão de acordo com as
lada e já mudou a vida para melhor. ideias apresentadas no texto.
C E
108. Como direito inerente ao ser humano, para que os
102. Ter acesso à mensagem, sem ter interesse ou neces- homens sejam efetivamente herdeiros do patrimônio
sidade, é o suficiente para obter informação. cultural da humanidade, prescinde-se da difusão ple-
C E na da educação.
C E
Em relação aos elementos que estruturam o texto, julgue
os itens. 109. A industrialização das atividades agrícolas, nas soci-
edades futuras, decorrerá da enorme expansão de ta-
103. O uso da primeira pessoa reflete o interesse em tor- refas diversificadas.
nar o texto mais objetivo e formal. C E
C E
110. Nas sociedades futuras, a distância entre o trabalho
104. As expressões “o resto” (l.4), “amontoado” (l.13) e intelectual e o braçal será uma característica proscri-
“Muita coisa” (l.13) conferem formalidade ao texto. ta na composição da força de trabalho assistencial.
C E C E
111. As tarefas educacionais, assistenciais, culturais e TEXTO
recreativas provocarão a expansão da força de traba-
lho sobre as áreas adjacentes às cidades. 01 Contou-me um amigo uma história exemplar,
C E 02 ocorrida na cidade mineira de Nova Lima, por volta
03 dos anos 30. Em Nova Lima, existe uma importan-
112. A predominância do trabalho intelectual e do nível de 04 te mina de ouro — a mina de Morro Velho — que,
formação universitária facilitará e promoverá a capa- 05 àquela época, vivia o seu apogeu, e era proprieda-
cidade criativa. 06 de de uma companhia inglesa. Os operários, nas
C E 07 entranhas da terra, perfuravam a rocha com suas
08 brocas e picaretas e, dessa forma, respiravam du-
TEXTO 09 rante anos, nas galerias fundas, a poeira de pedra
10 que o trabalho levantava.
01 A primeira notícia que tive do Brasil chegou a 11 Sem nenhuma proteção, ao fim de algum
02 um roçado no extremo norte do Paraná, onde vivia 12 tempo, os mineiros, na sua quase totalidade,
03 com a família cultivando café. Pensei, muitas ve- 13 contraíam a silicose, causada pelo depósito
04 zes, ao longo destes trinta anos de jornalismo, em 14 do pó de pedra em seus pulmões. A silicose, além
05 abandonar o Brasil. Quis, muitas vezes, deixá-lo em 15 de encurtar a vida e a capacidade de trabalho, pro-
06 paz com sua miséria, com seu povo triste, humi- 16 voca também uma tosse crônica, oca e ressoante,
07 lhado e sem futuro. Pensei que poderia viver ape- 17 capaz de denunciar —a distância —a moléstia que
08 nas contemplando sua exuberante beleza natural; 18 lhe dá origem.
09 mas não consegui abandoná-lo, não consegui dei-
10 xar de amá-lo. Ao contrário disso, a cada dia que Hélio Pellegrino. Psicanálise da criminalidade brasileira: ricos e pobres.
In: Folha de S. Paulo, “Folhetim”, 7/10/1984.
11 passa me dedico mais e mais à construção de seu
12 futuro e de sua dignidade. E persisto! Minha voca-
Com respeito às ideias do texto acima e às palavras e
13 ção é a esperança.
expressões nele utilizadas, julgue os itens a seguir.
Elifas Andreato. Sinceramente, Brasil! In: Almanaque
Brasil de Cultura Popular, abril/2001 (com adaptações). 118. O primeiro parágrafo é caracterizado pela impessoa-
lidade.
Julgue os itens a seguir. C E

113. Em “deixá-lo” (l.5), o pronome “lo” refere-se a “jorna- 119. Na oração “Contou-me um amigo uma história exem-
lismo” (l.4). plar” (l.1) há sujeito implícito.
C E C E

114. Na expressão “sua exuberante beleza natural” (l.8-9), 120. A expressão “àquela época” (l.5) é um recurso coesi-
o pronome “sua” refere-se cataforicamente a “Brasil” vo, pois evita a repetição de termos anteriores.
(l.5). C E
C E
121. Na linha 4, a pontuação do texto permanecerá corre-
115. Em “abandoná-lo” (l.9), o pronome “lo” refere-se ana- ta caso se substituam os travessões por vírgulas.
foricamente a “Brasil” (l.5). C E
C E
122. As palavras “totalidade” e “capacidade” são todas
116. Predomina no texto a função emotiva. formadas por processo de prefixação.
C E C E

117. No trecho “muitas vezes” (l.5), as vírgulas isolam o 123. De acordo com o texto, os mineiros “perfuravam a
aposto explicativo. rocha” (l.7) de duas formas: uma, eletrônica, com
C E brocas; outra, manual, com picaretas.
C E

124. No trecho “a poeira de pedra que o trabalho levanta-


va”, o termo sublinhado refere-se ao antecedente pe-
dra e exerce a função sintática de sujeito.
C E
TEXTO 130. Haverá alteração do sentido do texto e erro de con-
cordância caso o trecho “vendido a preço módico,
01 Nas noites de Nova Lima, quando buscava re- mas não tão modesto que impedisse uma pequena
02 pouso, a cidade era sacudida e inquietada por uma margem de lucro por unidade vendida” (l.17-19) seja
03 trovoada surda e cava que, nascendo dos casebres reescrito do seguinte modo: vendidos a preços módi-
04 operários, chegava até às fraldas das montanhas cos, mas não tão modesto que impedisse uma pe-
05 em torno. Era a grande tosse dos pobres, sintoma quena margem de lucros por unidades vendidas.
06 e denúncia eloquente da silicose que os roía. Os C E
07 ingleses, perturbados em seu sono e em sua boa
08 consciência, em vez de adotarem medidas hábeis 131. A fim de se respeitar as normas de concordância, o
09 para que a silicose cessasse, resolveram enfrentar termo “transformado” (l.21-22) deve ser reescrito no
10 o problema pelo exclusivo ataque ao sintoma. feminino, transformada, para concordar com a ex-
11 Montaram em Nova Lima, com banda de música e pressão “grande trovoada brônquica” (l.21).
12 foguetes, uma fábrica de xarope contra a tosse C E
13 que, ao mesmo tempo, produzia para consumo dos
14 colonizadores matéria-prima para refrigerantes TEXTO
15 que não eram encontrados em nosso país. O MERCADO DA PRIVACIDADE
16 A fábrica andou de vento em popa, produzindo
17 tonéis e tonéis de xarope, vendido a preço módico, 01 Entre outros absurdos da vida norte-
18 mas não tão modesto que impedisse uma pequena 02 americana, importamos a delação premiada, que
19 margem de lucro por unidade vendida. Os ingleses, 03 ameniza a pena em roca do pecado. Ao incentivar
20 dessa forma, uniram o útil ao agradável. O abran- 04 a delação, estimulam-se falsos testemunhos con-
21 damento da grande trovoada brônquica foi trans- 05 tra pessoas inocentes e se acatam denúncias ca-
22 formado em fonte de renda, ao mesmo tempo que 06 luniosas a serviço da inveja e da vingança.
23 devolvia, aos súditos de sua Majestade Britânica, a 07 Alega-se o presumido benefício maior, na pro-
24 boa consciência e a possibilidade de um sono re- 08 teção da sociedade contra o crime, mas o efeito
25 parador. A silicose, intocada, trabalhava em silên- 09 real é o de transformar os delatores em trapos – se
cio. 10 ainda não são – e, em muitos casos, causar a mor-
11 te moral de pessoas honradas.
Acerca das ideias e expressões do texto acima, julgue os 12 Sendo, como é, uma aventura da matéria, a vi-
itens que se seguem. 13 da dos homens só se justifica com o pleno exercí-
14 cio de ser.
125. As orações “quando buscava repouso” (l.1-2) e “A 15 Liberdade é o direito natural que temos para
silicose, intocada, trabalhava em silêncio” (l.25) são 16 fazer tudo o que desejarmos, desde que, nesse
ambas exemplos de orações subordinadas. 17 livre-arbítrio, não causemos danos aos outros. Na
C E 18 síntese política de um mestiço – o mexicano Beni-
19 to Juarez –, o direito alheio é a paz.
126. Contextualmente, as expressões “trovoada surda e 20 A liberdade reclama também aquilo a que hoje
cava” (l.3), “grande tosse dos pobres” (l.5) e “grande 21 chamamos privacidade. Todos nós temos direito a
trovoada brônquica” (l.21) referem-se à mesma coisa. 22 espaços invioláveis aos olhos e aos ouvidos alhei-
C E 23 os. Seja pelo pudor, pela timidez, pelo prazer ou
24 pela conveniência, a nossa vida pessoal deve ser
127. Os mineiros utilizaram “banda de música e foguetes” 25 resguardada. Ela é a extensão social de nosso
(l.11-12) para festejar o fim da “grande tosse” (l.5). 26 corpo, de nossa alma, com sua única transcenden-
C E 27 tal realidade. Ao incentivar a delação e ao fazer
28 dos registros oficiais um bem de mercado, o Esta-
128. No trecho “produzia para consumo dos colonizado- 29 do deixa de ser o guardião da liberdade.
res” (l.13-14) , a expressão sublinhada é paciente em
relação ao termo anterior. Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 11/6/2006 (com adaptações).

C E
Com referência ao texto acima, julgue os itens a seguir.
129. A expressão “de vento em popa” (l.16) significa que a
fábrica teve prosperidade, o que é confirmado em se- 132. A idéia defendida nesse texto é a de que o Estado, ao
guida, quando o texto se refere à produção do xarope estimular a delação premiada, transforma a privaci-
e à sua venda com algum lucro. dade em bem de mercado e deixa de ser guardião da
C E liberdade.
C E
133. Depreende-se do texto que a delação premiada, cujo 139. Haveria transgressão das exigências da norma culta
fundamento advém do direito dos Estados Unidos, escrita se o primeiro período do texto apresentasse a
contempla o exercício do livre-arbítrio – direito natu- seguinte redação: O livro sempre permite que esca-
ral de se fazer tudo que se deseja –, mas fere direito pemos de nosso contexto espaço-temporal imediato.
alheio. C E
C E
140. Se a expressão “se dirige” (l.4) for substituída por é
134. A oração “que ameniza a pena em troca do pecado” dirigida, preservam-se a correção gramatical, a coe-
(l.2-3) poderia, com igual correção, estar expressa rência textual e as informações originais do texto.
com a seguinte estrutura: onde, em troca do pecado, C E
ameniza-se a pena.
C E 141. Em “aprende a ser judeu” (l.7), a presença de prepo-
sição é exigida pela regência da forma verbal do infi-
135. Por comporem oração com sujeito indeterminado, as nitivo “ser”.
formas verbais “estimulam-se” (l.4) e “se acatam” C E
(l.5) poderiam estar, conforme faculta a norma gra-
matical, flexionadas no singular, tal como ocorre com TEXTO
“Alega-se” (l. 7).
A macroeconomia preocupa-se com o funcionamen-
C E
to global da economia, buscando identificar os fatores
que determinam os níveis nacionais de renda, produção e
136. Nas linhas 9 e 10, a oração entre travessões poderia,
despesas, emprego e preço, além do balanço de paga-
com correção gramatical e de forma mais enfática,
mentos.
assim ser expressa: se caso ainda não os sejam.
A premissa da macroeconomia – e a lógica para os
C E
governos administrarem a economia – é que existem
certas forças que transcendem mercados individuais. O
137. Mantém o sentido original do texto a seguinte rees-
nível de despesas de uma economia afeta todos os mer-
crita do período “Sendo, como é, (...) exercício de ser”
cados em maior ou menor grau, além dos níveis globais
(l.12-14): Somente se a vida dos homens for uma
de emprego e preços. Assim, se as despesas totais forem
aventura da matéria é que ela poderia justificar o ple-
muito baixas em relação à produção potencial da econo-
no exercício de ser.
mia, o resultado provável será um crescente desemprego.
C E
Se forem muito altas, causando um superaquecimento da
economia, o resultado poderá ser inflação e/ou crescente
138. O trecho “não causemos danos aos outros” (l.17)
importação, levando a problemas no balanço de paga-
poderia ser corretamente substituído por: não provo-
mentos.
quemos prejuízo às outras pessoas. ISTO É. Enciclopédia compacta de conhecimentos
C E gerais, p. 252 (com adaptações)

Com base nas ideias do texto, julgue os seguintes itens.


TEXTO
O MERCADO DA PRIVACIDADE
142. A macroeconomia considera que existam “forças”
que transcendem mercados individuais.
01 O livro nos permite sempre escapar de nosso
C E
02 contexto espaço-temporal imediato. Em nossos
03 dias, a leitura pressupõe uma transcendência sui
143. Níveis nacionais de renda, produção e emprego; des-
04 generis, ou seja, a que se dirige ao conjunto do
pesas; preços e balanço de pagamentos são conse-
05 gênero humano, em sua infinita variedade. O ho-
quências da macroeconomia.
06 mem, que hoje é possuidor de várias identidades,
C E
07 aprende a ser judeu com Proust, católico com Gre-
08 ene, irlandês com Joyce, colombiano com García
144. Quanto maior for o nível de despesas de uma eco-
09 Márquez e, em cada um desses livros, pode fazer a
nomia, maiores serão os níveis globais de emprego e
10 aprendizagem da alteridade, identificando-se, su-
preços.
11 cessiva ou simultaneamente, com cada persona-
C E
12 gem.
Sérgio Paulo Rouanet. Do fim da cultura ao fim do livro. In:
Eduardo Portella (org.). Reflexões sobre os caminhos do livro. São Paulo:
UNESCO-Moderna, 2003, p.76- 77 (com adaptações).

Julgue os itens subsequentes, relativos ao texto acima.


145. A consequência provável de despesas totais muito TEXTO
baixas em relação à produção potencial da economia
é um desemprego crescente. 01 Palavras requerem momentos para chegarem à
C E 02 plenitude na língua em que são usadas. Há pala-
03 vras eternas, como adeus, há palavras sinistras,
AS AÇÕES DE RESPEITO 04 como déficit, há palavras importadas, como gla-
PARA COM OS MOTORISTAS 05 mour e há palavras que soam, como estampido.
06 Escalafobético é um adjetivo que o Aurélio consa-
1. Motorista, ao primeiro sinal do entardecer, acenda os 07 gra como gíria brasileira, de uso pouco freqüente,
faróis. Procure não usar a meia luz. 08 mas que tem seus momentos de glória, a depender
2. Não use faróis auxiliares na cidade. 09 dos humores da alma nacional.
3. Nas rodovias, use sempre os faróis ligados. Isso evi-
ta 50% dos atropelamentos. Seu carro fica mais visí- Noemio Spinola. Jornal do Brasil, Opinião, p. 11, 9/9/87.

vel aos pedestres.


4. Sempre, sob chuva ou neblina, use os faróis acesos. De acordo com o texto, julgue os itens abaixo:
5. Ao se aproximar de uma faixa de pedestres, reduza a
velocidade e preste atenção. O pedestre tem a prefe- 150. O vocábulo “adeus” (l.3) aparece com sentido deno-
rência na passagem. tativo.
6. Motorista, atrás de uma bola vem sempre uma crian- C E
ça.
7. Nas rodovias, não dê sinal de luz quando verificar um 151. Não se pode considerar como gíria uma palavra de
trabalho de radar da polícia. Você estará ajudando uso pouco frequente.
um motorista irresponsável, que trafega em alta ve- C E
locidade, a não ser punido.
8. Esse motorista, não sendo punido hoje, poderá cau- 152. O sentido denotativo de “Escalafobético” (l.6) é de-
sar uma tragédia no futuro. sengonçado, torto.
9. Não estacione nas faixas de pedestres C E

Internet: http://www.pedestres.cjb.net (com adaptações). 153. Algumas palavras de nossa língua apresentam signi-
ficados que não são adequados.
Considerando o texto, julgue os itens a seguir. C E

146. As relações semânticas no terceiro tópico permitem 154. Levando-se em consideração que “Escalafobético”
subentender a ideia de porque entre “atropelamen- (l.6) não é uma palavra usual na língua portuguesa,
tos” e “Seu”. ela apresenta significante, mas não significado, para
C E a maior parte da população brasileira.
C E
147. No quarto tópico, a circunstância “sob chuva ou ne-
blina” tem função caracteristicamente explicativa e, 155. O autor faz uma dura crítica ao uso de palavras es-
por isso, se for retirada, não se alterarão as condi- trangeiras na língua portuguesa.
ções de uso para “faróis acesos”. C E
C E
156. Para o autor, “estampido” (l.5) é uma onomatopéia.
148. Embora o vocativo “Motorista” esteja explícito ape- C E
nas em dois tópicos do texto, o emprego dos tempos
verbais indica que está subentendido em todos os 157. Gírias não são consideradas palavras de uma língua.
demais. C E
C E
158. Nem todas as palavras têm a mesma duração, em
149. O sexto tópico, diferentemente dos outros, não expli- uma língua.
ca a ação do motorista, apenas fornece uma condi- C E
ção para que seja subentendida cautela.
C E 159. Depois que as palavras caem em desuso, não podem
mais ser usadas por nenhum falante da língua.
C E
TEXTO 165. Subentende-se em “os de países” (l.17) a ideia de “os
sistemas financeiros de países”.
01 O sistema financeiro brasileiro é, em muitos C E
02 sentidos, único em comparação com os sistemas
03 financeiros encontrados em outros países em de- TEXTO
04 senvolvimento.
05 Economias subdesenvolvidas e em desenvol- 01 Esperava-se que o fim da inflação elevada in-
06 vimento normalmente exibem sistemas financeiros 02 centivasse a ação das instituições financeiras no
07 que se resumem apenas das operações financei- 03 Brasil em favor do suporte ao investimento e ao
08 ras mais fundamentais, como a captação de depó- 04 consumo privados.
09 sitos e a realização de empréstimos refere ao sis- 05 No entanto, a persistência de desequilíbrios
10 tema financeiro, é o de esse ser capaz de oferecer 06 fiscais, por um lado, e o surgimento de graves de-
11 não apenas um volume de serviços que cresça 07 sequilíbrios externos, que forçaram a manutenção
12 tanto quanto a demanda, mas que se diversifique 08 de altas taxas domésticas de juros para atrair capi-
13 no grau necessário para satisfazer a procura por 09 tais externos, por outro, acabaram por gerar um
14 serviços sempre mais variados por parte tanto de 10 quadro muito similar ao anterior, em que títulos da
15 investidores quanto de demandantes de recursos. 11 dívida pública se mantêm muito atraentes, mos-
16 É nesse sentido que o sistema financeiro brasileiro 12 trando que o problema central do sistema financei-
17 é único: comparado com os de países com grau de 13 ro brasileiro lhe é, na verdade, exterior, representa-
18 desenvolvimento similar, ou mesmo mais avança- 14 do pelos incentivos gerados pela própria política
19 do, é certamente o que exibe um setor financeiro 15 macroeconômica.
20 mais diversificado, dinâmico e inovador, com insti-
21 tuições financeiras nacionais sólidas e competiti- Idem, Ibidem.

22 vas e mercados de títulos com alta liquidez, favo-


23 recendo o aplicador. Quanto às estruturas gramaticais do texto acima, julgue
os próximos itens.
Fernando J. Cardim de Carvalho. Internet:
<http://www.mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/economia/sistfin/apresent/apres 166. A função sintática do pronome “se” é idêntica em
ent.htm> (com adaptações).
“Esperava-se” (l.1) e em “se mantêm” (l.11).
Em relação ao texto acima, julgue os itens a seguir. C E

160. O deslocamento da expressão “em muitos sentidos,” 167. Na linha 3, o emprego da preposição em “ao investi-
(l.1-2) para o início do período, com a eliminação da mento e ao consumo privados” justifica-se como
vírgula após “é” e adaptação de maiúsculas e minús- uma exigência do termo “em favor”.
culas, mantém a correção gramatical e a informação C E
original do período.
C E 168. A substituição de “por gerar” (l.9) pela forma verbal
“gerando” mantém a correção gramatical e as infor-
161. Na linha 2, a regência da palavra “comparação” e os mações originais do período.
sentidos do texto admitem também o emprego de C E
“aos” no lugar de “com os”.
C E 169. São mantidas a correção gramatical e as informa-
ções originais do período ao se substituir “em que”
162. O sinal indicativo de crase em “à existência” justifica- (l.10) por “nos quais”.
se pela regência da forma verbal “exibem” (l.6). C E
C E
170. A estrutura “lhe é, na verdade, exterior” (l.13) pode,
163. A eliminação da vírgula após “comerciais” mantém o sem prejuízo para as informações e para a correção
sentido original da informação do período e sua es- do período, ser substituída por: é, na verdade, exterior
trutura sintática. a ele.
C E C E

164. O emprego do modo subjuntivo em “cresça” (l.11) e


“diversifique” (l.12) justifica-se por expressar a idéia
de probabilidade de ação futura.
C E
TEXTO Os itens a seguir apresentam trechos sucessivos de um
texto extraído e adaptado da Internet: <http:/www1.
01 O modelo de instituição dominante no Brasil é doc.bcb.gov.br>. Julgue-os quanto à correção gramatical.
02 o banco universal de tipo alemão, aqui denomina-
03 do de banco múltiplo, ou seja, o que atua em vários 176. O fim da inflação, em 1994, estreitou dramaticamente
04 segmentos do mercado financeiro, notadamente o mercado bancário brasileiro. A participação do se-
05 na captação de depósitos, na intermediação de tor financeiro no PIB passou de 15,6%, em 1993, para
06 crédito e nas transações em mercados de títulos. 6,9%, em 1995.
07 Esse tipo de instituição foi criado oficialmente em C E
08 1988, pela resolução 1.542 do Banco Central do
09 Brasil, sepultando o modelo de organização finan- 177. A transição para a estabilidade foi ainda dificultada
10 ceira adotado com as reformas de 1964 e 1965, pelos impactos da crise mexicana de 1994/5, que le-
11 inspirado no modelo norte-americano. Na verdade, varam o Banco Central a adotar medidas excepcio-
12 a alta inflação dos anos 70 e 80 já havia inviabili- nais de controle monetário e esfriamento da econo-
13 zado o modelo anterior. Bancos comerciais, capta- mia.
14 dores de recursos de curto prazo sob a forma de C E
15 depósitos, foram favorecidos pelo encurtamento
16 de prazos de contratação resultante da aceleração 178. O choque causado por essas mudanças levou o sis-
17 da inflação. Por outro estimulou o desenvolvimen- tema bancário brasileiro ao limiar de uma crise de
18 to da capacidade de operação em mercados de grandes proporções, afinal evitada pela criação do
19 títulos. Essa atuação dos bancos comerciais trans- PROER, pelo qual bancos saudáveis, obtinham facili-
20 formou-os em bancos universais, firmemente plan- dades para adquirir bancos problemáticos.
21 tados nos dois principais segmentos do mercado C E
22 financeiro: o de crédito e o de papéis.
179. O PROER, apesar das críticas que recebeu, foi indubi-
Idem, ibidem. tavelmente eficiente para facilitar a adaptação do
sistema bancário à estabilidade de preços.
Em relação às estruturas do texto acima, julgue os itens C E
de 12 a 16.
180. A força acumulada pelos bancos durante o período
171. Caso as vírgulas que isolam a explicação “aqui de- inflacionário e a pronta ação do Banco Central para
nominado de banco múltiplo” (l.2-3) sejam substituí- evitar a ocorrência de uma crise de maiores propor-
das por travessões ou parênteses, mantém-se a cor- ções, em conjunto com os esforços para a moderni-
reção gramatical do período. zação da supervisão financeira, acabou por reforçar a
C E saúde das instituições financeiras operando no país,
especialmente as de propriedade nacional.
172. Em “o que atua” (l.3), admite-se como gramatical- C E
mente correta a substituição de “o” por “aquele”.
C E TEXTO

173. Conforme as informações do texto, a expressão “mo- 01 O sistema financeiro brasileiro é constituído
delo anterior” (l.12-13) retoma a idéia explicitada an- 02 no presente por um conjunto de instituições ban-
teriormente em “banco universal de tipo alemão” 03 cárias bastante sólidas, bem capitalizadas e capa-
(l.2). 04 zes de aproveitar, de forma ágil e eficiente, as
C E 05 oportunidades oferecidas pelo mercado.
06 Por outro lado, sua eficiência macroeconômi-
174. Pelos sentidos do texto, a substituição de “foram 07 ca deixa muito a desejar, menos pela incapacidade
favorecidos” (l.14-15) por “favoreceram-se” mantém 08 das instituições do que pela persistência de incen-
a correção gramatical do período. 09 tivos adversos ao crescimento.
C E 10 Desse modo, é perfeitamente possível, e
11 mesmo bastante plausível, que, com uma melhoria
175. Pelas informações do texto, admite-se também como 12 do ambiente macroeconômico, que gere incentivos
correto o emprego da forma verbal “estimulou” (l.17) 13 ao aumento da oferta de crédito, junto com a ado-
no plural — estimularam —, concordando com “mer- 14 ção de políticas que incentivem a competição ban-
cados de dívida pública” 15 cária não apenas por meio da criação de novos
C E 16 produtos, mas também pelo barateamento do cré-
17 dito ao usuário, o setor possa vir a dar a contribui- 186. O travessão da linha 4 pode ser substituído pela ex-
18 ção decisiva ao desenvolvimento do país que até o pressão “ou seja” entre vírgulas, sem prejuízo para a
19 momento lhe escapou. correção gramatical, a coerência e a coesão do perí-
Idem, ibidem. odo.
C E
A respeito das ideias e estruturas do texto acima, julgue
os itens que seguem 187. Mantém-se a informação original do texto colocando-
se vírgula logo após “mercado” (l.8) e “privados” (l.8-
181. As oportunidades oferecidas pelo mercado não são 9).
bem aproveitadas devido à incapacidade das insti- C E
tuições bancárias.
C E 188. A colocação pronominal enclítica concede-se no
lugar da proclítica “se concede” (l.10-11) transgride
182. A eficiência macroeconômica do sistema financeiro as exigências da norma culta escrita.
brasileiro está abaixo do nível satisfatório em conse- C E
quência de fatores contrários ao crescimento: falta
de incentivo ao aumento da oferta de crédito e au- 189. Pelos sentidos e pela estrutura do texto, a substitui-
sência de políticas de competição entre os bancos. ção de “sequer” (l.12) por “ao menos” prejudica a cor-
C E reção gramatical do período.
C E
183. A seleção lexical, a estruturação sintática e o estilo
conferem ao trecho características inadequadas à TEXTO
redação de correspondências oficiais.
C E 01 O Brasil obteve o reconhecimento internacional
02 do Programa Brasileiro de Certificação de Manejo
184. Em “do que pela” (l.8), a eliminação de “do” prejudica 03 de Florestas (CERFLOR) durante a 19.ª Reunião
a correção sintática do período. 04 Plenária do Program for the Endorsement of Forest
C E 05 Certification (PEFC), maior fórum de programas
06 nacionais de certificação de manejo florestal.
TEXTO 07 Atualmente, o PEFC é composto por 30 mem-
08 bros representantes de programas nacionais de
01 Há uma divisão social no país: os cidadãos 09 certificação florestal, sendo que 21 deles já foram
02 com e os sem contas-correntes, excluídos do mer- 10 submetidos a rigoroso processo de avaliação e
03 cado financeiro. Estima-se que somente cerca de 11 possuem seu reconhecimento, representando uma
04 15% da população brasileira têm conta bancária — 12 área de 127.760.297 hectares de florestas certifi-
05 no máximo 25 milhões de pessoas. 13 cadas, que produzem milhões de toneladas de
06 Na economia com pior concentração de renda 14 madeira certificadas com a marca PEFC.
07 do mundo desenvolvido ou em desenvolvimento, o 15 O reconhecimento do programa brasileiro signi-
08 mercado que realmente interessa aos bancos pri- 16 fica que as nossas florestas atendem às práticas
09 vados é excludente e concentrado, mesmo regio- 17 internacionais de manejo sustentável, são social-
10 nalmente. Lamentavelmente, no públicas, se con- 18 mente justas, economicamente viáveis e ambien-
11 cede uma significativa participação no disputado 19 talmente corretas, o que facilita o aumento das
12 mercado bancário sem sequer a exigência de os 20 exportações das empresas brasileiras, devido à
13 vencedores dos leilões se comprometerem com a 21 queda de barreiras técnicas.
14 manutenção do papel social histórico do banco Internet: <www.inmetro.gov.br> (com adaptações).
15 público: o atendimento bancário à população e o
16 financiamento do desenvolvimento nacional. Em relação às estruturas linguísticas do texto acima, jul-
gue os itens a seguir:
Fernando Nogueira da Costa. Internet:
<http://www.eco.unicamp.br> (com adaptações).
190. Na linha 5, o emprego de vírgula após “(PEFC)” justi-
Acerca das estruturas do texto cima, julgue os itens que fica-se por isolar expressão apositiva subsequente.
se seguem. C E

185. As informações do segundo período do texto consti- 191. A substituição da expressão “é composto” (l.7) por
tuem argumento que confirma a afirmação do perío- “compõem-se” mantém a correção gramatical do pe-
do inicial. ríodo.
C E C E
192. A substituição do segmento “sendo que” (l.9) por 199. O CERFLOR é o primeiro e único programa nacional
“nos quais” mantém a correção gramatical do perío- de certificação de manejo de florestas nativas tropi-
do. cais a conseguir reconhecimento no mais importante
C E fórum com esse objetivo.
C E
193. O emprego do pronome na primeira pessoa do plural
— “nossas” (l.16) — faz que o trecho em que ele ocor- TEXTO
re se – refira a todos os brasileiros.
C E 01 Em dezembro de 2004, foi editado o Decreto
02 n.º 5.296, que regulamenta a Lei n.º 10.048/2000
194. A substituição de “às práticas” (l.16) por “a práticas” 03 — que dispõe sobre a prioridade de atendimento às
prejudica a correção gramatical do período. 04 pessoas portadoras de deficiência, idosos, gestan-
C E 05 tes, lactantes e pessoas acompanhadas por crian-
06 ças de colo — e a Lei n.º 10.098/2000 — que esta-
Nos itens a seguir, os fragmentos constituem trechos 07 belece normas gerais e critérios básicos para a
sucessivos de um texto, adaptado da Internet 08 promoção da acessibilidade das pessoas portado-
(www.inmetro.gov.br). Julgue-os quanto ao aspecto gra- 09 ras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
matical: 10 Para dar efetividade a essas leis, foi criado um
11 programa para a promoção da acessibilidade des-
195. Compradores de diferentes partes do mundo de pro- 12 sas pessoas. Devido à dimensão territorial do Bra-
dutos oriundos de florestas exigem cada vez mais a 13 sil, às suas peculiaridades regionais, geográficas,
comprovação de que a matéria-prima de base flores- 14 econômicas, culturais e infra-estruturais, o pro-
tal provenha de fontes adequadamente manejadas. 15 grama não leva em conta somente o veículo ou
Por esse motivo, a certificação de manejo florestal e 16 embarcação a ser utilizado, mas tudo o que com-
de produtos derivados de florestas, conferida por 17 põe o sistema de transporte, seja ele rodoviário
uma terceira parte independente, passaram a ser um 18 (urbano, municipal ou interestadual), seja aquaviá-
requisito importante para a realização de negócios. 19 rio (mar e interior), desde o embarque até o de-
C E 20 sembarque de passageiros, garantindo o direito do
21 cidadão de ir e vir com segurança e autonomia.
196. Entre os benefícios da certificação florestal, pode- 22 Para isso, elaborar normas e desenvolver pro-
mos destacar: a ampliação das exportações; o aces- 23 gramas de avaliação da conformidade para aces-
so a novos mercados; a melhoria da imagem da or- 24 sibilidade nos transportes coletivos — rodoviário e
ganização e do próprio país; o crescimento socioe- 25 aquaviário — em veículos e equipamentos novos e
conômico da atividade florestal; a proteção de ecos- 26 adaptados foram atividades estabelecidas para o
sistemas; a melhoria das condições de trabalho e o 27 INMETRO
atendimento à legislação. Idem, ibidem (com adaptações).

C E
Com base no texto, julgue os itens que se seguem:
197. Desenvolvido no âmbito do Sistema Brasileiro de
Avaliação da Conformidade (SBAC) e gerenciado, pe- 200. A substituição de “foi editado” (l.1) por editou-se
lo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e mantém a correção gramatical do período.
Qualidade Industrial (INMETRO), o Programa Brasilei- C E
ro de Certificação de Manejo de Florestas (CERFLOR)
é um programa de natureza voluntária e aberto a par- 201. A palavra “lactantes” (l.5) está sendo empregada
ticipação das partes interessadas. com o sentido de “crianças que estão em período de
C E amamentação”.
C E
198. Atendendo à regras internacionais de normalização,
avaliação da conformidade e acreditação de orga- 202. Depreende-se das informações do texto que a inicia-
nismos atuantes nessa área, o envolvimento direto tiva de garantir segurança e autonomia às pessoas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzi-
e do INMETRO, organizações reconhecidas internaci- da leva em consideração o sistema de transporte,
onalmente, reforça substancialmente a iniciativa bra- desde o embarque até o desembarque.
sileira. C E
C E
203. Nas linhas 13 e 14, após “regionais”, “geográficas” e TEXTO
“econômicas”, as vírgulas empregadas seguem a
mesma regra gramatical. 01 Na coletiva de imprensa que antecedeu o ba-
C E 02 tismo da P-52, o diretor de Produção e Exploração
03 da PETROBRAS, Guilherme Estrella, destacou o
204. A forma verbal “foram” (l.26) está no plural para con- 04 índice de nacionalização da obra e falou sobre os
cordar com a expressão subsequente“ atividades es- 05 projetos da empresa.
tabelecidas” (l.26). 06 “A P-52 é um marco na história da PETRO-
C E 07 BRAS e da recuperação da capacidade construtiva
08 do setor naval brasileiro.
TEXTO 09 É a primeira plataforma a ser concluída no
10 Brasil após a decisão do presidente Lula, à época
01 O INMETRO tem realizado estudos aprofunda- 11 candidato, de que tudo que pudesse ser construído
02 dos que visam diagnosticar a realidade do país e 12 no Brasil seria feito aqui, a começar pelas plata-
03 encontrar melhores soluções técnicas para que o 13 formas da PETROBRAS. Hoje tornamos isso reali-
04 Programa de Acessibilidade para Transportes Co- 14 dade.
05 letivos e de Passageiros seja eficaz. 15 A P-52 é mais uma plataforma que colocamos
06 Além disso, estão sendo elaboradas normas 16 em operação. De 2006 até 2011, temos mais de 60
07 técnicas para veículos novos, ao passo que, para 17 grandes projetos a serem instalados no Brasil.
08 outros veículos, o Decreto n.º 5.296 estabelece que 18 Isso vai nos garantir a sustentação definitiva da
09 o INMETRO especifique os que poderão ser adap- 19 auto-suficiência conquistada em 2005.”
10 tados, dentre aqueles em circulação.
11 E, ainda, que adaptações, procedimentos e Internet: <www2.petrobras.com.br>.

12 equipamentos a serem utilizados sejam submeti-


13 dos a programas de avaliação da conformidade. Em relação ao texto acima, julgue os itens a seguir.
14 Apesar de pequena, a função do INMETRO é
15 fundamental, já que a instituição está contribuindo 211. As vírgulas logo após “PETROBRAS” (l.3) e “Estrella”
16 para a promoção da igualdade social. (l.3) isolam aposto.
Idem, ibidem (com adaptações). C E
Com relação a esse texto, julgue os itens seguintes:
212. Mantém-se a correção gramatical do texto ao se
206. O segmento “tem realizado” (l.1) pode, sem prejuízo substituir o trecho ‘do setor naval brasileiro. É a pri-
para a correção gramatical do período, ser substituí- meira plataforma’ (l.8-9) por ‘do setor naval brasileiro,
do por qualquer uma das seguintes opções: vem rea- uma vez que é a primeira plataforma’.
lizando, está realizando, realiza. C E
C E
213. As informações do texto deixam pressuposta a ideia
207. O termo “para que” (l.3) estabelece uma relação de de que a capacidade construtiva do setor naval brasi-
finalidade entre orações do período. leiro sempre esteve em plena atividade.
C E C E

208. Subentende-se, após a palavra “ainda” (l.11), a forma 214. Na expressão ‘vai nos garantir’ (l.18), o uso do pro-
verbal anteriormente explicitada, ou seja: “especifi- nome no plural indica a inserção, no texto, do autor,
que” (l.8). do leitor e dos brasileiros em geral.
C E C E

209. A substituição de “Apesar de” (l.14) por “Embora” 215. Pelas informações do texto, infere-se que os 60
prejudica a correção gramatical do período. grandes projetos a serem instalados no Brasil de-
C E pendem da sustentação definitiva da auto-sufici-
ência em petróleo.
210. As escolhas lexicais e sintáticas do texto tornam seu C E
nível de linguagem inadequado para correspondên-
cias oficiais.
C E
TEXTO 224. O início das operações no Campo de Roncador está
previsto para setembro deste ano. Na obra, iniciada
01 Ao entrar em capacidade máxima de opera-
em maio de 2004, utilizou-se processo inédito no país
02 ção, a unidade P-52, que é do tipo semi-
e foram gerados 2.500 empregos diretos e 10 mil in-
03 submersível, poderá processar 180 mil barris de
diretos.
04 petróleo e comprimir 9,3 milhões de metros cúbi-
C E
05 cos de gás natural por dia. Integrante do programa
06 de desenvolvimento do Campo de Roncador, na
225. A unidade P-52, cujo custo total foi de cerca de US$ 1
07 Bacia de Campos, a P-52 ficará ancorada em uma
bilhão, foi a primeira a atender aos novos requisitos
08 profundidade de 1.800 metros e será interligada a
de nacionalização, com um índice de 76%, e acres-
09 29 poços (18 produtores e 11 injetores de água). O
centará 180 mil barris / dia à produção nacional, o
10 escoamento da produção de petróleo e gás natural
que contribuirá para a manutenção da autosuficiên-
11 será feito por dutos submarinos.
Idem, ibidem. cia.
Itens adaptados de Internet: <www2.petrobras.com.br>.
C E
Com base no texto acima, julgue os próximos itens.
226. O patrocínio da PETROBRAS ao Pan 2007 é um dos
216. Na linha 2-3, as vírgulas isolam oração de natureza
pontos culminantes da histórica parceria entre a
restritiva.
Companhia e o esporte.
C E
C E
217. De acordo com as informações do texto, a platafor-
227. Os objetivos do patrocínio, porém, não se restringe à
ma P-52 já está operando em sua capacidade máxi-
contribuição para o desenvolvimento do esporte na-
ma de produção.
cional.
C E
C E
218. Em “ficará ancorada em uma profundidade” (l.7-8), a
228. Também contribuíram decisivamente fatores como o
substituição de “em” por “a” mantém a correção
grande impacto social do evento, tanto na criação de
gramatical do período.
empregos na fase de construção da infra-estrutura
C E
necessária quanto no envolvimento de vários setores
na comercialização de produtos e serviços durante e
219. Na linha 9, a substituição dos parênteses por um
após o Pan.
travessão logo após “poços” mantém correta a pon-
C E
tuação do período.
C E
229. O valor do investimento chega à 65 milhões em mídia
e patrocínio direto, além de R$ 5,8 milhões em dois
220. Na linha 11, a expressão verbal “será feito” está no
anos para a Confederação Brasileira de Handebol.
singular para concordar com “gás natural”.
C E
C E
230. A PETROBRAS sempre esteve perto do esporte olím-
221. Há exatamente um ano foi concluída a operação
pico brasileiro e não poderia estar fora do maior
mais delicada do empreendimento da plataforma P-
evento das Américas. Além disso, estarão com sua
52: a união dos módulos da parte superior ao casco.
marca exposta em toda América Latina, que é um
C E
mercado em expansão para a PETROBRAS.
C E
222. A operação, poucas vezes realizada no mundo devido
à extrema complexidade, era inédita no país e foi
TEXTO
concluida em 24 horas, o que confirma a capacitação
da engenharia naval brasileira e a excelencia da PE-
01 Por ser uma versão continental dos Jogos
TROBRAS em tecnologia de águas profundas.
02 Olímpicos, o Pan é o mais importante evento es-
C E
03 portivo das Américas, envolvendo 42 países e um
04 número estimado de 5.500 atletas, o que possibili-
223. Terminada a obra, a P-52 passará pela etapa de tes-
05 ta o intercâmbio técnico e a descoberta de novos
tes e ajustes e será levada para a Bacia de Campos
06 talentos e recordistas. Com a transmissão ao vivo
para ancorajem e interligação de poços.
07 para vários países, o Pan também é uma ótima
C E
08 oportunidade de exposição de marca para a PE-
09 TROBRAS, visto que atende à sua estratégia de
10 internacionalização. Além do aporte financeiro ao 13 ram a demanda pelos filósofos. De preferência
11 evento, a companhia deverá participar do dia-a-dia 14 portáteis, agradáveis, recarregáveis e sintéticos.
12 da Vila Pan-Americana, promovendo shows diários 15 Robôs capazes de recitar meia dúzia de sonoras
13 na Zona Internacional da vila com artistas patro- 16 epígrafes e verbetes quando se aciona certa tecla
14 cinados pelo Programa PETROBRAS Cultural. 17 ou se menciona determinada palavra.
15 O apoio ao Pan tem ainda como finalidade 18 O que diria Sócrates diante do roubo de 2 mi-
16 contribuir para a educação da juventude por meio 19 lhões de reais de dentro das dependências da Polí-
17 da prática esportiva e dentro do espírito olímpico, 20 cia Federal no Rio? Tomaria outra dose de cicuta
18 que exige dedicação, trabalho em equipe e solida- 21 ou tentaria avaliar aquele agrupamento humano
19 riedade. A PETROBRAS é, historicamente, uma das 22 incapaz de produzir diferenças entre benfeitores e
20 empresas que mais contribuem para o crescimen- 23 malfeitores?
21 to do esporte brasileiro. Em 2006, por exemplo, a 24 O caso andou pelas manchetes, agora está
22 companhia investiu cerca de R$ 70 milhões em 25 nas páginas dos crimes quotidianos, deixou o ran-
23 modalidades como automobilismo, surfe, futebol, 26 king do impensável e encaixou-se no das banalida-
24 tênis e handebol. 27 des. Mas é um dos acontecimentos mais surpre-
Internet: <www.noticiaspetrobras.com.br> 28 endentes desta temporada de surpresas. Seu ine-
29 ditismo e sua dimensão o colocam no âmbito dos
Com relação ao texto acima, julgue os itens subsequen- 30 paradigmas, caso de estudo, transcendental.
tes. 31 O policial-ladrão não é apenas uma excentrici-
32 dade como o homem que morde o cão. É uma sub-
231. O único objetivo do apoio da PETROBRAS ao Pan é 33 versão de todos os valores, ruptura elementar da
mostrar sua marca na transmissão ao vivo para vá- 34 ordem, sinal de um caos conceitual que anula os
rios países, já que essa empresa busca a internacio- 35 códigos e torna impossível qualquer tipo de con-
nalização. 36 senso. O agente da lei que pisoteia a lei representa
C E 37 a impossibilidade da convivência.
38 De repente, descobre-se como são enganosas
232. As vírgulas logo após “Américas” (l.3) e “atletas” (l.4) 39 e desviantes certas palavras de ordem marteladas
isolam oração reduzida de gerúndio “envolvendo 42 40 há algumas décadas tanto por governantes como
países e um número estimado de 5.500 atletas”. 41 pelos governados. “Tudo pelo social” foi uma peri-
C E 42 gosa simplificação que retirou das nossas preo-
43 cupações o sentido moral da política.
233. A eliminação do sinal indicativo de crase em “visto
que atende à sua estratégia” (l.9) prejudica a corre- Alberto Dines. Tempos modernos – revolução moral e revolução social. In: Jornal de
ção gramatical do período. Debates do Observatório da Imprensa, em 26/9/2005. Internet: <observato-
rio.ultimosegundo.ig.com.br> (com adaptações).
C E
Com referência às ideias e às estruturas do texto, julgue
234. A palavra “aporte” (l.10) está sendo empregada com
os itens a seguir.
o sentido de “contribuição”, “apoio”, “subsídio”.
C E
236. Na contemporaneidade, pela sequência da evolução
natural do pensamento, a filosofia sucede a auto-
235. Predomina no texto o tipo textual narrativo.
ajuda e a ioga.
C E
C E

TEXTO
237. A valorização da intelectualidade é uma decorrência
da velocidade das mudanças e da perturbação das
01 A filosofia está na moda. Depois do esoteris-
mazelas pessoais.
02 mo, da auto-ajuda, das iogas, da idolatria e das
C E
03 seitas, o novo produto nas gôndolas são as idéias,
04 o pensamento. A perturbação diante de tantas
238. No segundo parágrafo, há relação entre campo de
05 mazelas, a velocidade das mudanças, o ruído das
atuação e profissional nas seguintes aproximações:
06 coisas ou o mix de tudo isso está levando as pes-
sociedade pós-industrial > economistas, fim das
07 soas a trocar o personal trainer pelos tutores inte-
ideologias > cientistas políticos, progresso > filóso-
08 lectuais privados.
fos.
09 A sociedade pós-industrial aposentou os eco-
C E
10 nomistas, o fim das ideologias está dispensando
11 os cientistas políticos, mas as perplexidades pro-
12 duzidas pelo progresso sem bem-estar aumenta-
239. A sequência “portáteis, agradáveis, recarregáveis e 247. “De preferência (...) determinada palavra” (l.13-17): Se
sintéticos” (l.13-14) refere-se a “filósofos” (l.12). as pessoas acionassem determinada tecla mágica,
C E computadores mais modernos, tal qual robôs imitan-
do papagaios sintéticos, diriam meia dúzia de sono-
240. A inclusão do segmento “Esses novos filósofos de- ras palavra vasias de sentido.
vem ser” antes de “Robôs capazes de recitar” (l.14- C E
15), com a consequente substituição da maiúscula
pela minúscula, não provoca alterações semânticas 248. “Seu ineditismo (...) estudo, transcendental” (l.28-30):
no período. As manchetes dos jornais colocaram o caso em es-
C E tudo no âmbito dos paradigmas, pelo ineditismo e pe-
la dimensão, transcendental.
241. A indagação “O que diria Sócrates (...) no Rio?” (l.18- C E
20) é parcialmente respondida com o período seguin-
te – “Tomaria (...) malfeitores?” (l.20-23). 249. “De repente (...) pelos governados” (l.38-41): De re-
C E pente, os cidadãos descobrem o quanto são engana-
doras e dissuasivas certas palavras-guias dos gover-
242. Em “O caso andou pelas manchetes, agora está nas nantes ouvidas faz décadas pelos governados.
páginas dos crimes quotidianos, deixou o ranking do C E
impensável e encaixou-se no das banalidades” (l.24-
27), o sujeito “caso” refere-se a “roubo de 2 milhões 250. Com referência a correspondências oficiais, julgue o
de reais de dentro das dependências da Polícia Fede- item abaixo.
ral” l.18-20).
C E A seguinte construção pode constar do corpo de uma
ata: O senhor Alberto Dines afirmou, na sessão Jornal
243. Estão unidas pelo processo de coordenação as ora- de Debates do Observatório da Imprensa, em
ções do período “O caso andou pelas manchetes, 26/9/2005, que a expressão “Tudo pelo social” foi
agora está nas páginas dos crimes quotidianos, dei- uma perigosa simplificação que retirou das nossas
xou o ranking do impensável e encaixou-se no das preocupações o sentido moral da política.
banalidades” (l.24-27).
C E ATA
É o instrumento utilizado para o registro expositivo
244. A reescrita a seguir mantém as ideias do período dos fatos e deliberações ocorridos em uma reunião,
“Mas é um dos acontecimentos mais surpreendentes sessão ou assembleia.
desta temporada de surpresas” (l.27-28): Porém é
mais um acontecimento surpreendente desta tempo- Estrutura
rada. 1. Título – ATA. Em se tratando de atas elaboradas
C E sequencialmente, indicar o respectivo número
da reunião ou sessão, em caixa alta.
245. O parágrafo descritivo iniciado na linha 31 está sinte- 2. Texto, incluindo:
tizado na expressão “impossibilidade da convivência” a) Preâmbulo – registro da situação espacial e
(l.37). temporal e participantes;
C E b) Registro dos assuntos abordados e de suas de-
cisões, com indicação das personalidades en-
Quanto à correção gramatical e à manutenção das ideias volvidas, se for o caso; e
básicas do trecho indicado do texto, julgue as reescritas c) Fecho – termo de encerramento com indicação,
nos itens abaixo. se necessário, do redator, do horário de encer-
ramento, de convocação de nova reunião, etc.
246. “A perturbação (...) intelectuais privados” (l.4-8): Os
tutores, intelectuais privados, estão substituindo o Observações:
personal trainer dos indivíduos, e a perturbação ambi- 1. A ata será assinada e/ou rubricada por todos os
ental além do ruído das coisas perante à tantas ma- presentes à reunião ou apenas pelo Presidente e
zelas está levando as pessoas a loucura. Relator, dependendo das exigências regimentais
C E do órgão.
2. A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscri-
tas, deve-se, em caso de erro, utilizar o termo
“digo”, seguida da informação correta a ser re-
gistrada. No caso de omissão de informações ou 33 de tevê, representando um dos maiores mercados
de erros constatados após a redação, usa-se a 34 do mundo, perfeitamente capaz de viabilizar, a
expressão “Em tempo” ao final da ata, com o re- 35 curto prazo, a TV digital.
gistro das informações corretas. 36 É com a coragem de empreender e com a de-
37 terminação de superar obstáculos que o Brasil
Brasil. Congresso. Câmara dos Deputados. Manual de redação. Brasília:
Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2004. 38 precisa contar para não sucumbir à competição
39 internacional e para vencer os atrasos de que ain-
C E 40 da padece.
41
(HNF) Em relação ao texto, julgue os itens a seguir: Correio Braziliense, 9/12/2007 (com adaptações)

251. A substituição de “A sociedade pós-industrial apo- Em relação às ideias e às estruturas do texto acima, jul-
sentou os economistas” (l.9-10) por “Os economistas gue os itens de 1 a 6.
aposentados foram aposentados pela sociedade pós-
industrial” prejudica a correção gramatical do perío- 253. Na linha 6, em “à indústria e à criatividade”, o sinal
do. indicativo de crase justifica-se pela regência do verbo
C E “oferecer”, que exige preposição, e pela presença de
artigo definido feminino.
252. A substituição de “descobre-se” (l.38) por “é desco- C E
berto” não prejudica a correção gramatical do perío-
do. 254. O termo “arrojo” (l.13) está sendo empregado com o
C E sentido de “audácia”, “ousadia”.
C E
TEXTO
255. A substituição de “souberam” (l.14) pelo singular
01 A inauguração das transmissões da TV digital soube prejudica a correção gramatical do período.
02 em São Paulo é muito mais que o início da convi- C E
03 vência com uma novidade tecnológica. São incal-
04 culáveis as possibilidades de desenvolvimento de 256. Depreende-se das informações do texto que Assis
05 produtos que a TV digital passa a oferecer à in- Chateaubriand encontrou as circunstâncias ideais
06 dústria e à criatividade brasileira. para inaugurar a televisão no Brasil em 1950, no pós-
07 O telespectador poderá congelar uma imagem guerra.
08 e, em um clique, pedir mais detalhes. Poderá fazer C E
09 compras diretamente no vídeo, solicitar a repetição
10 de um programa e responder a enquetes. 257. As duas ocorrências da preposição “com” na linha 36
11 E, para os que se impressionaram com os im- devem-se à regência do verbo “contar” (l.38).
12 provisos que marcaram os primeiros passos da C E
13 nova fase, impõe-se lembrar o arrojo de um dos
14 brasileiros que mais bem souberam apostar no 258. A presença da preposição “de” (l.39) justifica-se pela
15 futuro do país. Assis Chateaubriand logo se deu regência de “vencer”.
16 conta da potencialidade da televisão e, ao enfren- C E
17 tar a descrença e as dificuldades do pós- guerra,
18 inaugurou no Brasil a primeira emissora de tevê da TEXTO
19 América Latina e a quarta do mundo. Em 18 de
20 setembro de 1950, a TV Tupi entrou no ar e deu 01 A reunião internacional na Indonésia recoloca
21 exemplo que deve ser lembrado aos jovens em- 02 na mesa de debates todos os impasses, grandes e
22 preendedores. 03 pequenos, que dificultam uma política global de
23 Mas de que adiantaria ligar o transmissor da 04 preservação do ambiente e de controle do efeito
24 TV Tupi, se em São Paulo ninguém, em 1950, tinha 05 estufa. Há várias incógnitas à espera de interpre-
25 um televisor? Ele não se intimidou. Comprou nos 06 tações. A primeira delas é em relação ao que o
26 Estados Unidos 200 aparelhos e os distribuiu em 07 mundo fará para preservar o patrimônio natural
27 pontos estratégicos da cidade. Nos anos seguin- 08 depois de 2012, quando expiram os compromis-
28 tes, para consolidar a televisão no país, instalou 09 sos da primeira fase do Protocolo de Kyoto, que,
29 várias emissoras, como a TV Itacolomi, de Belo 10 bem ou mal, representaram o principal marco da
30 Horizonte, em 1955. 11 luta global para deter a emissão descontrolada de
31 O resultado da aposta é que, atualmente, 94% 12 gases que levam ao aquecimento do planeta. A
32 dos lares brasileiros têm pelo menos um aparelho 13 outra incógnita, de máximo interesse para países
14 como o nosso, é a respeito da preservação das 16 sificação se repetiu três anos depois. Dessa vez, o
15 florestas tropicais, em especial a maior de todas, a 17 número de competidores havia subido para 41 e a
16 Amazônia, que ocupa uma parte importante do 18 ênfase era matemática. Vale lembrar que o desta-
17 território brasileiro e sul-americano e que ocupa 19 que de uma ou outra área de conhecimento não
18 também uma parcela crescente na preocupação 20 significa que as questões se restrinjam a ela. Cada
19 dos ambientalistas do planeta. 21 edição enfatiza uma disciplina, mas testa as de-
20 O principal temor dos ambientalistas é com os 22 mais.
21 prazos com que a questão da proteção da nature- 23 A trajetória verde-amarela deixa uma mensa-
22 za é tratada. Nas negociações mundiais, tal prazo 24 gem clara. O país vive um apagão educacional.
23 se conta em anos ou décadas, como ocorreu para 25 Aos 15 anos, os jovens, que frequentaram regular-
24 se chegar ao Protocolo de Kyoto. Nas necessida- 26 mente o ensino básico, não aprenderam o essenci-
25 des do ambiente, os prazos já se esgotaram e as 27 al. São incapazes de ler e entender um texto, de
26 ações de preservação não podem esperar. 28 resolver questões simples de matemática, de ad-
29 quirir conhecimento científico. Pior: não se vislum-
Zero Hora, 3/12/2007 (com adaptações). 30 bra luz no fim do túnel. Faltam quadros para levar
31 avante um projeto sério de recuperação do tempo
Julgue os itens , relativos às ideias e a aspectos gramati- 32 perdido.
cais do texto acima. Correio Braziliense, 3/12/2007 (com adaptações).

259. O pronome “delas” (l.6) é elemento coesivo que reto- Com relação às ideias e estruturas do texto acima, julgue
ma o antecedente “incógnitas” (l.5). os itens a seguir.
C E
264. O emprego da vírgula logo após “choca” (l.1) justifica-
se por isolar oração subordinada adjetiva explicativa.
260. As palavras “patrimônio” e “Amazônia” recebem
C E
acento gráfico com base na mesma regra de acentu-
ação gráfica.
265. Depreende-se das informações do texto que os pro-
C E
blemas educacionais do Brasil são provenientes da
falta de pessoal preparado na área educacional.
261. O pronome “nosso” (l.14) insere no texto o autor e
C E
todos os brasileiros.
C E
266. Em 2000, participaram do PISA 32 países, em 2003,
41 países, e em 2006, 52 países.
262. A expressão “a Amazônia” (l.15-16) exerce a função
C E
de vocativo.
C E 267. Haveria erro gramatical caso se substituísse o trecho
“Pior: não se vislumbra” (l.29-30) pelo seguinte: O pi-
263. O emprego da vírgula após “ambiente” (l.25) justifica- or é que não se vislumbra.
se por isolar oração subordinada adjetiva explicativa. C E
C E
TEXTO
TEXTO
01 O caos estampado pelos jornais em relação
01 O resultado choca, mas não surpreende. Entre 02 aos sistemas de saúde dos estados, o alto grau de
02 57 países, em 2006, o Brasil é o 52.º no aprendiza- 03 defasagem dos alunos de escolas públicas, as
03 do de ciências. Ficou à frente só da Colômbia, 04 notas destes nas avaliações oficiais de desempe-
04 Tunísia, Azerbaijão, Qatar e Quirguistão. Aplicado a 05 nho escolar e os sensíveis gargalos que dão moro-
05 cada três anos pela Organização para a Coopera- 06 sidade aos procedimentos do setor público de toda
06 ção e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o 07 ordem têm convivido no país com a estabilidade
07 Programa Internacional de Avaliação de Alunos 08 do servidor público concursado. O instituto é uma
08 (PISA) testa estudantes de 15 anos, tanto de esco- 09 garantia de Primeiro Mundo à carreira dos funcio-
09 las públicas quanto de particulares. De uma escala 10 nários públicos contra as injunções políticas que
10 que vai de 0 a 800, os brasileiros estacionaram na 11 certamente decorrem das mudanças de governo.
11 nota média de 10 390 pontos. 12 E não há nada de errado com ela — é uma segu-
12 Não é a primeira vez que o Brasil figura na ra- 13 rança de profissionalização do servidor, de que ele
13 beira do ranque do PISA. Em 2000, quando 32 na- 14 não estará servindo ao político que eventualmente
14 ções participavam da disputa cujo foco era a habi- 15 ocupa um cargo público, mas ao Estado.
15 lidade em leitura, ficamos em último lugar. A clas- Valor Econômico, 5/10/2007.
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do 275. Em “se comprometeram” (l.8-9), o pronome “se” indi-
texto anterior, julgue os itens que se seguem. ca que o sujeito da oração é indeterminado.
C E
268. As vírgulas logo após “estados” (l.2) e após “públi-
cas” (l.3) têm justificativa idêntica. 276. A ortografia da língua portuguesa considera incorreta
C E a grafia “percentagem” no lugar de “porcentagem”
(l.9).
269. O termo “gargalos” (l.5) está sendo empregado no C E
sentido figurado ou conotativo, e significa “obstácu-
los”, “empecilhos”. 277. A palavra “signatários” (l.8) está sendo empregada
C E com o sentido de “coordenadores”, “dirigentes”.
C E
270. A forma verbal “têm” (l.7) está no plural para concor-
dar com o sujeito simples “gargalos” (l.5). TEXTO
C E
01 Por intermédio da Bolsa de Mercadorias e Fu-
271. (adaptada) O termo “destes” (l.4) refere ao antece-
02 turos, a Prefeitura de São Paulo colocou à venda
dente “os alunos de escolas públicas” (l.3).
03 808.450 Reduções Certificadas de Emissões
C E
04 (RCEs), que correspondem a 1,6 milhão de tonela-
05 das de gás metano, produzidas pelo Aterro Sanitá-
272. O sinal indicativo de crase em “à carreira” (l.8) justifi-
06 rio Bandeirantes, em Perus, que deixaram de ser
ca-se pela regência da palavra “garantia” e pela pre-
07 lançadas na atmosfera.
sença de artigo definido feminino singular.
08 O material orgânico presente no lixo se de-
C E
09 compõe lentamente, formando biogás rico em me-
10 tano, um dos mais nocivos ao meio ambiente por
TEXTO
11 contribuir intensamente para a formação do efeito
12 estufa. No Aterro Bandeirantes, foi instalada, no
01 A prefeitura de São Paulo conseguiu bom re-
13 ano passado, a Usina Termelétrica Bandeirantes,
02 sultado no primeiro leilão público de créditos de
14 uma parceria entre a prefeitura e a Biogás Energia
03 carbono no mercado à vista ocorrido no mundo,
15 Ambiental. Lá, 80% do biogás é usado como com-
04 organizado por uma bolsa de commodities e reali-
16 bustível para gerar 22 megawatts, energia elétrica
05 zado nos termos do Mecanismo de Desenvolvi-
17 suficiente para atender às necessidades de 300 mil
06 mento Limpo, que foi estabelecido no Protocolo de
18 famílias.
07 Kyoto. Por meio desse instrumento, países desen- Idem, ibidem.
08 volvidos, signatários do protocolo, que se com-
09 prometeram a reduzir determinada porcentagem Em relação às ideias e a aspectos morfossintáticos do
10 das suas emissões de dióxido de carbono e outros texto acima, julgue os itens a seguir.
11 gases que provocam o efeito estufa, podem, em
12 vez disso, comprar créditos de carbono gerados 278. Os termos “produzidas” (l.4) e “lançadas” (l.7) estão
13 por países que tenham reduzido suas emissões no feminino para concordar com o antecedente “to-
14 domésticas. neladas” (l.4-5).
O Estado de S.Paulo, 4/10/2007.
C E
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto
279 A substituição de “se decompõe” (l.8-9) por “é de-
acima, julgue os próximos itens.
composto” mantém a correção gramatical do perío-
273. As palavras “público”, “créditos”, “dióxido” e “domés- do.
ticas” exigem acento gráfico com base na mesma re- C E
gra gramatical.
C E 280. Trata-se de um texto dissertativo composto a partir
de segmentos narrativos e descritivos.
274. Subentende-se das informações do texto que o Pro- C E
tocolo de Kyoto autoriza que países desenvolvidos,
signatários do acordo, possam comprar créditos de
carbono gerados em outros países para completar os
índices, com os quais se comprometeram, de redu-
ção de suas emissões de gases nocivos.
C E
281. A expressão “formando biogás rico em metano” (l.9- Os trechos abaixo compõem parte de um texto adaptado
10) está entre vírgulas por tratar-se de oração reduzi- do editorial de Valor Econômico de 3/10/2007. Julgue-os
da de gerúndio. quanto a aspectos gramaticais.
C E
288. Ao longo da última década, o Brasil alcançou uma
282. A substituição de “foi instalada” (l.12) por “instalou- formidável conquista na direção da universalização
se” prejudica a correção gramatical do período. do ensino básico, segundo os números da Pesquisa
C E Nacional por Amostra de Domicílios, divulgado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
TEXTO C E

01 Ao realizar leilões de créditos de carbono no 289. Os números apresentados pelo IBGE, no entanto,
02 mercado internacional, São Paulo dá o exemplo a mostram a outra face da moeda, além do louvável fa-
03 outras cidades brasileiras de como transformar os to de que o país, hoje, consegue manter no ensino
04 aterros, de fontes de poluição e de encargos one- fundamental 97,6% da população na faixa etária de 7
05 rosos para as finanças municipais, em fontes de a 14 anos.
06 receitas, inofensivas ao meio ambiente. A capital C E
07 dá exemplo, também, às empresas privadas con-
08 troladoras de pequenas centrais elétricas e de 290. Os números do IBGE refletem, também o preço pago
09 projetos de biomassa, que poderiam se enquadrar por essa universalização, que foi o comprometimento
10 nesse sistema, fortalecendo a presença do Brasil da qualidade do ensino ao longo da década passada
11 no mercado de créditos de carbono. e a grande deficiência das políticas dirigidas aos jo-
Idem, ibidem. vens de 15 anos ou mais.
C E
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do
texto acima, julgue os itens que se subseguem. 291. Uma radical mudança na qualidade das práticas liga-
das ao ensino tornam-se fundamentais, não apenas
283. A expressão “Ao realizar” pode, sem prejuízo para a para suprir uma demanda por mão-de-obra qualifica-
correção gramatical do período, ser substituída por da cada vez maior. Como política pública, ela deve ter
qualquer uma das seguintes: Realizando, Quando como objetivo uma maior eqüidade de oportunidades
realiza, Com a realização de. entre brasileiros, seja eles pobres e ricos.
C E C E

284. Em “de como transformar” (l.3), o emprego da prepo- TEXTO


sição “de” é exigido pela regência de “transformar”.
C E 01 A história da Ouvidoria, no Brasil, começa com
02 a chegada dos portugueses, em 1500. Inicialmen-
285. A palavra “inofensivas” (l.3) está no feminino para 03 te, a função da justiça era exercida pelo Rei, que,
concordar com o antecedente “fontes de poluição” 04 auxiliado por funcionários, já à época chamados
(l.4). 05 ouvidores, resolvia as questões relacionadas ao
C E 06 dia-a-dia da Colônia. Dotados inicialmente de pou-
07 quíssimo poder de decisão, tais funcionários de el-
286. O emprego de sinal indicativo de crase em “às em- 08 Rei organizaram-se gradativamente e constituíram
presas” (l.7) justifica-se pela regência de “capital” 09 a Casa de Justiça da Corte, que, com o tempo, evo-
(l.6) e pela presença de artigo definido feminino sin- 10 luiu para a chamada Casa de Suplicação, órgão
gular. 11 judicial responsável pelo julgamento das apela-
C E 12 ções dos cidadãos nas causas criminais que en-
13 volvessem sentenças de morte. Foi, porém, Tomé
287. A expressão “nesse sistema” (l.10) retoma a ideia 14 de Sousa, em 1549, quem verdadeiramente deu
antecedente de transformar fontes de poluição em 15 início à estruturação do Poder Judiciário no Brasil,
fontes de receitas inofensivas ao meio ambiente e 16 ao estabelecer o Governo-Geral e trazer consigo o
participar de leilões de créditos de carbono. 17 primeiro Ouvidor-Geral, Pero Borges.
C E
Internet: <http://www.camara.gov.br>

Em relação ao texto acima, julgue os itens a seguir.


292. Pelos sentidos do texto, a substituição de “à época” 298. Na linha 9, o uso da vírgula após “cidadão” justifica-
(l.4) seja por nessa época, seja por naquela época se porque o sujeito da oração subsequente é diferen-
preserva a coesão textual e a correção gramatical do te do sujeito da oração anterior.
texto. C E
C E
299. O emprego de sinal indicativo de crase em “as expe-
293. As formas verbais “organizaram-se” e “constituíram”, riências” (l.9) preservaria o sentido original e a corre-
ambas na linha 8, estão no plural para concordar com ção gramatical do texto.
o mesmo termo com que concorda “Dotados” (l.6). C E
C E
300. O emprego do pronome na primeira pessoa do plural
“nossas” (l.12) indica que o autor inclui no texto a voz
294. O emprego de vírgula logo após a palavra “criminais”
dos brasileiros em geral.
(l.12) mantém inalterados o sentido e a relação sintá-
C E
tica do período.
C E 301. Em “garantindo-lhe” (l.18), o pronome “lhe” exerce a
função sintática de objeto indireto e refere-se a “ci-
295. A forma verbal de subjuntivo “envolvessem” (l.12-13) dadão” (l.17).
está no plural para concordar com “cidadãos” (l.12). C E
C E
TEXTO
296. Preserva-se a correção gramatical do período, embo-
01 Desde que Montesquieu, no século XVIII, em O
ra, em alguns casos, com alteração de sentido, se a
02 Espírito das Leis, definiu as linhas básicas do sis-
expressão “ao estabelecer” (l.16) for substituída, sem
03 tema democrático de governo, a ciência política
outras modificações no texto, por qualquer uma das
04 não logrou conceber, até os nossos dias, forma
seguintes: quando estabeleceu, por estabelecer, por-
05 mais significativa de expressão da vontade de um
que estabeleceu, estabelecendo.
06 povo no que se refere à convivência em uma soci-
C E
07 edade politicamente organizada do que a estabe-
08 lecida por ele, genialmente, na clássica tríplice
TEXTO
09 separação dos poderes do Estado.
10 O Estado, entidade inanimada e abstrata, que,
01 Durante um bom tempo, a administração da
11 ao se realizar, materializa-se na concreção de for-
02 Justiça, no Brasil, fez-se por intermédio do Ouvidor-
12 mas, atos e sentidos, traduz-se nesse imensurável
03 Geral, a quem se podia recorrer no caso de haver
13 complexo de ações que dão substância ao desejo
04 discordância com relação às decisões dos ouvido-
14 de conformação política de uma nação.
05 res setoriais, responsáveis pelas comarcas estabe-
06 lecidas em cada uma das capitanias hereditárias. Internet: <http://www.stf.gov.br/noticias/imprensa>
07 Modernamente, a função do ouvidor está relacio-
08 nada às tarefas de ouvir e de encaminhar as solici- Em relação ao texto acima, julgue os itens a seguir.
09 tações do cidadão, e as experiências dos municí-
302. Pelos sentidos do texto, a expressão “Desde que”
10 pios e estados que instalaram ouvidorias têm
(l.1) estabelece, entre as orações do período, uma re-
11 comprovado a importância da aliança entre gover-
lação de condição.
12 nantes e governados para o fortalecimento de
C E
13 nossas instituições democráticas. Ao se fazer um
14 apanhado histórico do papel do ouvidor na estrutu- 303. Pode-se inferir do contexto que a palavra “logrou”
15 ra do Poder Judiciário, no Brasil, é importante res- (l.4) está sendo empregada com o sentido de dese-
16 saltar que seu surgimento se deu com o objetivo jou.
17 de proteger o cidadão contra qualquer tipo de abu- C E
18 so, garantindo-lhe os direitos fundamentais, hoje
19 elencados pela própria Constituição Federal. 304. O emprego do termo “do que” (l.7) é uma exigência
Internet: <http://www.camara.gov.br> que está vinculada ao uso da expressão antecedente
“mais significativa” (l.5).
Tendo por base o texto acima, julgue os itens que se se- C E
guem.
305. Em “a estabelecida” (l.7-8), subentende-se, como
297. A preposição empregada em “a quem” (l.3) justifica- recurso de coesão textual, a elipse da palavra “for-
se pela regência do verbo “recorrer” (l.3). ma”, citada na linha 4.
C E C E
306. O pronome masculino singular “ele” (l.8) está sendo GABARITO COMENTADO
empregado como recurso coesivo que retoma o ter-
mo antecedente “povo” (l.6). 01. Item Correto – O sujeito de “decidir” e da locução
C E verbal “haver de se tornar” é “Os urubus”, por isso os
verbos devem ficar no plural. Quem decidiu? / quem
TEXTO haveria de se tornar grande escritor?

01 O processo, que é o instrumento que reúne to- – Resposta: Os urubus = sujeito. Vejamos os espaços
02 das as peças da pretensão levada ao juiz, seja do completos: “Os urubus, aves por natureza becadas, mas
03 autor, seja do réu, da acusação ou da defesa, é sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo
04 uma engrenagem complexa. contra a natureza, eles haveriam de se tornar grandes
05 A Constituição Federal erigiu o devido proces- cantores”.
06 so legal, situado substancialmente no acatamento
07 ao primado do contraditório e do amplo direito de 02. Item Correto – O termo “permissão”, objeto direto de
08 defesa, como um conjunto de regras de valores “teriam”, completa adequadamente o espaço 3; a
09 supremos não só para os julgadores mas também forma verbal “organizaram” também completa acer-
10 para as partes do qual não pode se afastar o apli- tadamente o espaço 4, visto que o sujeito é “eles”:
11 cador do direito no momento de exercer a jurisdi- Observemos: “...para ver quais deles seriam os mais
12 ção. importantes e teriam a permissão para mandar nos ou-
13 Entretanto, a esse pretexto, o que se verifica é tros. Foi assim que eles organizaram concursos...”
14 um eterno vai-e-vem na tramitação do processo, de
15 imperdoável irracionalidade, que não pode ser 03. Item Errado – O termo “tranqüilidade” deveria ter
16 atribuído ao juiz, mas ao nosso já vetusto sistema trema, pois o “u” é pronunciado e átono. Correção:
17 processual, ultrapassado em quilômetros de dis- tranqüilidade. A palavra “extremecidos” apresenta er-
18 tância da evolução por que passa o Mundo e da ro de grafia (o correto é “estremecidos”) e de concor-
19 qual o Brasil não se pode apartar. dância (deveria ser “estremecida” para concordar
com o núcleo do sujeito “tranqüilidade”). Frase com
Internet: <http://www.stf.gov.br/noticias/imprensa>
as lacunas preenchidas: “Tudo ia muito bem, até que a
doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estre-
Julgue os itens que se seguem, relativos ao texto acima.
mecida”.
307. As vírgulas logo após “processo” (l.1) e “defesa” (l.3)
04. Item Correto – Narração é uma seqüência de ações,
têm a função de isolar elementos intercalados entre
envolvendo personagens num espaço (lugar) e num
o sujeito e o predicado.
tempo. Narrar é contar uma história. No texto narrati-
C E
vo há sempre progressão temporal e mudança de es-
tado. Os verbos estão geralmente no pretérito perfei-
308. A palavra “erigiu” (l.5) está sendo empregada com o
to.
mesmo significado que apresenta na seguinte frase:
O governo erigiu um monumento em granito para ce-
05. Item Correto – A cor das penas e o modo de empolei-
lebrar a passagem da data nacional.
rarem-se lembram acadêmicos e magistrados trajan-
C E
do becas. Com o uso do adjetivo “becadas”, o autor
antecipa que os urubus que valorizam a formalidade,
309. Na linha 7, a presença de preposição em “ao prima-
a burocracia, em detrimento da verdadeira sabedoria.
do” justifica-se pela regência de “situado”.
C E
06. Item Correto – As passagens das linhas 20 e 26-7
estão antecedidas por um travessão, para indicar que
310. O termo “do qual” (l.10) é um elemento que estabele-
se trata de discurso direto, e não da fala do narrador
ce coesão textual ao referir-se ao trecho anteriormen-
da história. A propósito, vejamos algumas regras so-
te expresso: “conjunto de regras de valores supre-
bre o uso de travessões:
mos” (l.8-9).
C E
Usa-se o travessão:
311. A expressão “a esse pretexto” (l.13) constitui recurso
1. Para indicar a mudança de interlocutor nos diálogos.
coesivo que retoma a ideia de “não só para os julga-
– Como se sente, pai?
dores” (l.9).
– Vou indo, vou indo, filho.
C E
2. Para isolar a fala da personagem da fala do narrador. 12. Item Correto – O pronome “eles” refere-se a “velhos
Quem é? – perguntou o dono da casa. urubus” e “velhos urubus” retoma “os urubus”. Ob-
servemos a substituição de “eles” por seu referente
3. Para isolar ou realçar termos intercalados. Neste anafórico: “Os velhos urubus entortaram o bico, o ran-
caso, usa-se o travessão duplo, equivalendo a vírgu- cor encrespou a testa, e os velhos urubus (= eles) con-
las. vocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inqué-
rito”.
A mulher – razão de sua existência – não lhe saía da
cabeça. 13. Item Errado – O termo “seus” retoma “pintassilgos”,
Eles não se lembram mais – por incrível que pareça – “sabiás” e “canários”: “Onde estão os documentos dos
do nome do afilhado. seus concursos?” = “Onde estão os documentos dos
A palavra – amigo – é a vida! concursos dos pintassilgos, sabiás e canários”.

14. Item Correto – A expressão “tais coisas” retoma ana-


4. Para ligar palavras ou série de palavras que formam
foricamente “documentos”: Observemos a substitui-
um encadeamento.
ção de “tais coisas” por “documentos”: “As pobres
aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imagi-
A viagem Rio – Lisboa. O jogo Vasco da Gama – Fla-
nado que os documentos (tais coisas) existissem”.
mengo.
15. Item Errado – A expressão “até que” indica localiza-
07. Item Errado – Da última fala dos urubus, deduz-se
ção temporal.
que, segundo a legislação desses animais, para se
ocuparem os cargos nas diferentes instituições é im- 16. Item Correto – O vocábulo “porque” expressa expli-
prescindível concurso público: “– Não, assim não pode cação, ou seja, indica uma justificativa para a perple-
ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à xidade dos urubus.
ordem”.
17. Item Correto – A conjunção “E” indica uma adição de
08. Item Correto – O texto é uma fábula (narração cujos argumentos ou ideias – o fato de não terem passado
personagens são animais com atitudes próprias dos por escolas de canto nem (e = nem) jamais terem
seres humanos). Fábula é uma “pequena narrativa apresentado diploma para provar que sabiam estu-
em que se aproveita a ficção alegórica para sugerir dar.
uma verdade ou reflexão de ordem moral, com inter-
venção de pessoas, animais e até entidades inani- 18. Item Errado – A conjunção “mas” expressa ideia de
madas”. (Dicionário Michaelis. Editora Melhoramentos) adversidade, isto é, o contraste o fato de os urubus
terem aparência de acadêmicos e não possuírem
09. Item Correto – Infere-se, como ensinamento moral do grandes dotes para o canto.
texto, que em terra de diplomados, leigos não são
19. Item Errado – É V. Ex.a a abreviatura de “Vossa Exce-
ouvidos, isto é, o que importa são os diplomas, os tí-
lência”.
tulos, e não o verdadeiro conhecimento.
20. Item Errado – O período é formado por três orações:
10. Item Errado – O pronome “Tudo” é um elemento de
1ª – A floresta foi invadida por bandos de pintassil-
coesão catafórica, pois remete a toda a seqüência
gos tagarelas = oração principal; 2ª – que brincavam
posterior do texto. Quando um termo se refere a ele-
com os canários = oração subordinada adjetiva ex-
mentos posteriores, chama-se catafórico, quando se
plicativas (é iniciada pelo pronome relativo “que”); 3ª
refere a elementos anteriores, anafórico.
– e (que) faziam serenatas com os sabiás = subordi-
nada adjetiva explicativa em relação à principal e co-
11. Item Correto – O pronome “deles” refere-se anafori-
ordenada aditiva em relação à segunda oração.
camente a urubus: Vejamos a substituição de “deles”
por “urubus”: “E para isso (os urubus) fundaram esco- 21. Item Errado – O predicado é verbal, pois seu núcleo é
las e importaram professores, gargarejaram dó, ré, mi, um verbo significativo (invadir), mas a oração encon-
fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições tra-se na voz passiva, e seu sujeito é “A floresta”. A
entre si, para ver quais dos urubus (= deles) seriam os oração encontra-se na voz passiva, visto que é for-
mais importantes e teriam a permissão para mandar nos mada pelo sujeito paciente “A floresta”, o auxiliar
outros”. “ser”, o verbo principal no particípio e o agente da
passiva “por bandos de pintassilgos tagarelas”. Ve-
jamos a oração na voz ativa: Bandos de pintassilgos
(sujeito) invadiram a floresta (objeto direto).
22. Item Correto – Os três verbos são transitivos diretos, 28. Item Errado – Além de a frase se apresentar com
ou seja, exigem um complemento sem preposição, sintaxe truncada, devido à má disposição das ora-
chamado objeto direto. (entortou o quê? Resposta: o ções, nela encontramos erro de pontuação e de gra-
bico = objeto direto; encrespou o quê? Resposta: a fia. O adjunto adverbial “até o momento” deveria ficar
testa = objeto direto; convocaram quem: Resposta: entre vírgulas, ou sem nenhuma; no lugar de ponto-e-
pintassilgos, sabiás e canários = objeto direto. vírgula, o correto seria usar vírgula, já que se está iso-
lando a oração reduzida de gerúndio “sendo que até o
.23. Item Errado – O vocábulo “porque”, nas duas ocor- momento, não se tem notícia de quando serão abasteci-
rências, significa “visto que”, por isso não pode ser das”. Observação: A oração “há mais de noventa dias
grafado separadamente (por que = por qual motivo, com as suas quotas esgotadas” está corretamente en-
pelo qual, pelos quais): “As pobres aves se olharam tre vírgulas, pois é uma oração adverbial deslocada.
perplexas, visto que (porque) nunca haviam imaginado O verbo “vir” deveria ir para o plural para concordar
que tais coisas existissem. Não haviam passado por es- com o sujeito “As escolas da sede e da zona rural”.
colas de canto, visto que (porque) o canto nascera com Correção: “As escolas da sede e da zona rural, há mais
elas”. de noventa dias com as suas quotas esgotadas, sendo,
que até o momento, não se tem notícia de quando serão
24. Item Errado – Deveria haver crase antes de “demais abastecidas, vêm-se constituindo em um problema para
aves”, pois verifica-se a presença da preposição “a”, as diretoras”.
exigida pelo verbo “solicitar” e o artigo antes de “de-
mais aves”; a expressão “demais aves”; é objeto indi- 29. Item Correto – A nova frase apresenta grafia e pon-
reto (solicitasse o quê? Resposta: que apresentas- tuação adequadas. Justificativa das vírgulas: a ex-
sem as comprovações dos cursos feitos = objeto di- pressão “De acordo com as educadoras” está isolada
reto; a quem? Resposta: às demais aves = objeto in- por vírgula, pois é um adjunto adverbial deslocado; a
direto). Observemos a correlação “às” / “aos com pa- razão da segunda vírgula deve-se à existência da
lavra masculina: solicitaram às aves domésticas / so- oração aditiva correlativa “como também contribui ao
licitaram aos pássaros domésticos. Há ainda um erro controle da evasão escolar”.
de concordância: o verbo “mostrar” deveria estar no
plural para concordar com “aves domésticas. Corre- 30. Item Errado – A frase apresenta erro de pontuação e
ção da frase: “Os urubus solicitaram às demais aves de grafia: não poderia haver vírgula depois de “reco-
que apresentassem as comprovações dos cursos feitos, nhece”, pois a oração iniciada pela conjunção inte-
bem como (as aves domésticas) mostrassem a carta de grante “que” exerce a função de objeto direto do ver-
aprovação em concursos”. bo “reconhecer”; a palavra “baixa-renda” não é um
substantivo composto, por isso não deveria ser gra-
25. Item Correto – O adjetivo “considerada” está bem fada com hífen. Observação: a expressão “em esco-
empregado, pois concorda com o substantivo femi- las localizadas nos bairros de baixa-renda” está cor-
nino precedido de artigo “audácia. Observemos a fra- retamente entre vírgulas, dado que é um adjunto ad-
se na ordem direta: A audácia de espalhar lindas me- verbial deslocado; está correta a vírgula antes de
lodias em terra de desafinados é considerada um “porque”, já que a oração iniciada por “porque” é co-
desrespeito a uma ordem estabelecida. ordenada explicativa.
Correção: “A unanimidade dos professores reconhece
26. Item Errado – Não poderia haver crase antes de “lu- que a merenda escolar, em escolas localizadas nos bair-
tas de classes”, uma vez que há somente a presença ros de baixa renda, transforma-se no único alimento das
de preposição. Observemos que no masculino não há crianças, porque filhos de pais desempregados vão às
a correlação “à” / “ao”: “No que tange a lutas de clas- aulas só pensando na hora do recreio”.
ses” / “No que tange a combates de classes”.
31. Gabarito: Correto
27. Item Correto – A reescritura não apresenta erro. Ob- Esta afirmação é verificada na passagem entre as li-
servemos a justificativa das vírgulas: a expressão nhas 10 e 12: “...e demonstra que mesmo intérpretes
“Em Juazeiro” está isolada por vírgula porque se trata de talento não estão livres de tatear quando lhes fal-
de adjunto adverbial deslocado; está entre vírgulas a ta roteiro de substância.”
oração “distribuída regularmente pelo governo estadual
para a rede pública do ensino”, uma vez que é oração 32. Gabarito: Correto
adjetiva explicativa, reduzida de particípio. Analisando a passagem: “A ausência mais sentida
nos vários papéis que Fernanda desempenha em Ca-
sa de Areia é a do seu humor.”, nas linhas 12 e 13, ve-
rifica-se que a afirmativa está correta.
33. Gabarito: Errado 43. Gabarito: E
De acordo com as linhas 7-9: “o filme traz a atriz e Quanto à tonicidade “papéis” é uma palavra oxítona e
sua filha, Fernanda Torres, como sucessivas gera- tem sua acentuação justificada por fator diverso a
ções de mãe e filha isoladas nos Lençóis Maranhen- esta classificação, seu acento é devido ao ditongo
ses entre as décadas 10 e 70” e não, conflitos mar- aberto “-éi”. As vogais tônicas dos ditongos abertos
cados pelo choque de gerações. éi(s), éu(s) e oi(s) sempre são acentuadas.

34. Gabarito: Errado 44. Gabarito: E


Das linhas 25 a 27, o texto diz que Fernanda Monte- O vocábulo “fiel” empregado na linha 15 do texto é
negro foi indicada para o Oscar. um substantivo masculino que significa: fio ou pon-
teiro que indica o verdadeiro equilíbrio de uma balan-
35. Gabarito: Correto
ça. Enquanto na oração: “Ele foi fiel ao seu juramen-
A afirmativa está de acordo com as linhas 27-29 do
to”, “fiel” é um adjetivo de dois gêneros que qualifica
texto: “Em uma cultura cheia de complexos quanto a
aquele que cumpre aquilo a que se obriga.
sua própria validade, esse aval adquire um peso es-
magador”.
45. Gabarito: C
A palavra “ele” está retomando (anáfora) a palavra
36. Gabarito: Errado
“humor” a fim de evitar a repetição da palavra.
No final da frase o porquê deve ser grafado separado
e com acento, “por quê”, havendo ou não o acréscimo
46. Gabarito: E
do ponto de interrogação.
Em sua primeira ocorrência na linha 2, o verbo “ser”
37. Gabarito: C expressa ideia de presente, está na terceira pessoa
A palavra “melhor” é a forma do superlativo relativo do singular do presente do subjuntivo: “seja”, porém
de superioridade do adjetivo “bom”. na segunda ocorrência, o verbo apresenta ideia de fu-
turo, está na terceira pessoa do singular do futuro do
38. Gabarito: E subjuntivo: “for”.
Os nomes compostos por dois substantivos, quando
passados para o plural, possuem variação de número 47. Gabarito: C
de ambos os elementos, o mesmo ocorre com nomes “Por exemplo” é uma expressão de valor explicativo,
formados por substantivo + adjetivo e adjetivo + portanto deve ser utilizada entre vírgulas.
substantivo. Vírgulas devem sempre ser utilizadas para separar as
expressões de explicação.
39. Gabarito: C
A substituição dos dois-pontos pelo ponto final, fa- 48. Gabarito: E A autora utilizou corretamente a preposi-
zendo-se a devida adaptação de letra maiúscula não ção “a” acrescida do artigo “o”, “ao”, na expressão
traria prejuízo sintático-semântico ao texto, a troca “indicação ao Oscar”. Estaria igualmente correta a
geraria apenas uma maior pausa entre os períodos. utilização da preposição “para” e em seguida o artigo
“o”, “indicação para o Oscar”.
40. Gabarito: E
O verbo ter é frequentemente utilizado na linguagem
49. Gabarito: E
coloquial com o sentido de existir, porém este uso
No período “Em uma cultura cheia de complexos
está em desacordo com a norma culta. O verbo haver
quanto a sua própria validade, esse aval adquire um
possui também o sentido de existir, mas o verbo ter
peso esmagador” as orações estão intercaladas,
não possui este sentido. Alguns sentidos do verbo
sendo neste caso, o uso da vírgula obrigatório. Na
ter: ter a posse de, possuir, haver, poder dispor de,
ordem direta o período poderia ser reescrito sem a
poder gozar, segurar nas mãos ou entre elas, trazer
vírgula: “esse aval adquire um peso esmagador em
consigo, carregar.
uma cultura cheia de complexos quanto a sua pró-
pria validade”.
41. Gabarito: C
Todas as paroxítonas terminadas em r, x, n, l
50. Gabarito: C
(RouXiNoL) são acentuadas.
Os parênteses estão isolando um segmento explica-
42. Gabarito: C tivo dentro de uma informação maior, função que po-
“Lhes” está retomando o termo anterior: “intérpretes deria ser exercida também pelas vírgulas.
de talento”, este tipo de retomada (anáfora) é um re-
curso utilizado para evitar a repetição de termos.
51. Item Errado – Os bons resultados dos bancos mé- Vejamos como ficaria a nova redação: E os bancos
dios não contribuem para acelerar significativamente privados nacionais, médios e grandes, têm os preços
a concorrência bancária. Segundo o texto, “É apres- mais altos em outras 21, portanto o tamanho do ban-
sado asseverar que essa expansão do segmento possa co não determina o empenho na cobrança de tarifas.
gerar maior concorrência no setor”. Ainda, de acordo
com o texto, “O tamanho do banco não determina o 57. Item Correto – Mantém-se a correção gramatical do
empenho na cobrança de tarifas. O principal motivo da período ao se substituir a vírgula após “spreads” por
diferença entre o que o banco paga ao captar e o que sinal de dois-pontos, pois o que vem depois de “spre-
cobra ao emprestar, que não se altera muito, entre insti- ads” é um aposto, ou seja, uma explicação sobre esse
tuições grandes ou médias”. termo; no caso, trata-se de uma definição. Sabemos
que o aposto explicativo pode ser separado por vírgu-
52. Item Errado – Ao contrário do que afirma a questão, las, dois pontos, parênteses ou travessões.
o interesse dos gigantes do setor bancário internaci-
onal pelas instituições brasileiras beneficia o Siste- Observemos o novo período: O principal motivo da
ma Financeiro Nacional: “O Sistema Financeiro Nacio- fraca aceleração da concorrência do sistema bancá-
nal só tem a ganhar com esse tipo de integração”. rio é a permanência dos altos spreads: a diferença
entre o que o banco paga ao captar e o que cobra ao
53. Item Correto – O pronome “elas” constitui um ele- emprestar, que não se altera muito, entre instituições
mento coesivo e se refere a “essas instituições”. grandes ou médias.
Vejamos a substituição: “A rigor, essas instituições
não optaram por nenhuma profunda ou surpreendente 58. Item Errado – A conjunção Entretanto, indicadora de
mudança de foco estratégico. Bem ao contrário, elas (= oposição, não explicitaria corretamente a relação
essas instituições) apenas voltaram a atuar essencial- semântico-sintática entre o período que termina em
mente como bancos...”. “parceria” e o que começa com “O Sistema Financei-
Obs.: Termo anafórico retoma vocábulo anterior; ca- ro”. Entre os dois períodos citados existe uma rela-
tafórico, posterior. ção de causalidade e consequência lógica (conclu-
são): a atração de grandes instituições do setor ban-
54. Item Correto – Os dois-pontos podem ser substituí- cário internacional interessadas em participação
dos por ponto final, mantendo a coerência textual e o segmentada em forma de parceria pode fazer com
respeito às regras gramaticais quando anunciam que o Sistema Financeiro Nacional ganhe com tipo
uma explicitação, isto é, um esclarecimento do que de integração. Assim, o conectivo adequado seria
se disse anteriormente. Vejamos: “Bem ao contrário, "portanto", "por isso", "por conseguinte" e sinônimos.
elas apenas voltaram a atuar essencialmente como
bancos. No ano passado a carteira de crédito dessas 59. Item Errado – O sujeito de “será” está no período
casas bancárias cresceu 39,2%, enquanto a carteira dos anterior – o cenário. Assim, para que a coesão textu-
dez maiores bancos do país aumentou 26,2%, ambos al fosse mantida, não poderia ser inserido “Ela”, mas,
com referência a 2005”. sim, “Ele”. Vejamos: Dessa forma, o cenário, no médio
prazo, é de acelerado movimento de fusões entre ban-
55. Item Correto – Como sabemos, o presente do subjun- cos médios, processo que já começou. Ele (= o cenário)
tivo expressa dúvida, hipótese, possibilidade. No tex- será um novo capítulo da história bancária do país.
to, o emprego do subjuntivo em “possa” indica que
não há certeza (portanto, é apenas uma hipótese) de 60. Item Correto – A linguagem do texto está apropriada
que essa expansão da carteira de crédito provoque para correspondências oficiais, uma vez que se ca-
maior concorrência no setor bancário. racteriza pela impessoalidade, uso do padrão culto,
clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
56. Item Correto – O segundo período indica uma con-
clusão do primeiro, ou seja, expressa uma conse- 61. Item Errado – Como vimos na questão 10, uma das
quência lógica do que se disse anteriormente, por is- características da redação oficial é a impessoalida-
so estaria gramaticalmente correta a inserção da de. Na frase “Não foi por falta de aviso” nota-se a
conjunção Portanto, seguida de vírgula, antes de “O opinião do autor, o que torna o texto pessoal, subjeti-
tamanho do banco” , com ajuste na inicial maiúscula. vo. Assim, não é adequado para iniciar um ofício –
Em outras palavras, já que os bancos privados naci- um documento oficial.
onais, médios e grandes, têm os preços mais altos
em outras 21 tarifas, conclui-se que “o tamanho do 62. Item Correto – A palavra “desinvestimento” (l.2), é
banco não determina o empenho na cobrança de tari- um “neologismo”; no caso, palavra nova, significando
fas”. “diminuição”, “limitação de investimentos”.
63. Item Errado – O sinal indicativo de crase em “à situa- 73. Item Errado – Deduz-se que a tragédia clássica era
ção” justifica-se pela regência do verbo “levar”, que de espetáculo e possuía regras definidas. A socieda-
exige a preposição “a” e pela presença de artigo defi- de contemporânea, ao contrário, tem regras nebulo-
nido, feminino, singular, antecedendo o vocábulo “si- sas, por isso não agrada ao autor chamá-la de socie-
tuação”: a não liberação integral dos recursos pedi- dade de espetáculo.
dos levaria a que (= levaria à situação vivida agora no
país). 74. Item Correto – O fato de se criarem leis para atender
compromissos e interesses escusos, bem como de
64. Item Errado – A substituição da expressão “foram possibilidades de interpretações nebulosas e equivo-
solicitadas” por “se solicitaram” não prejudica a cor- cadas prejudica o tecido das relações e instituições
reção gramatical do período. Nos dois casos, há voz públicas, pois as leis tornam-se confusas, e o inte-
passiva: no primeiro, analítica (verbo ser + particípio); resse de grupos e até de particulares se sobrepõe ao
no segundo, sintética (com a presença do pronome da sociedade como um todo. Vejamos o último perí-
apassivador “se”). Notemos que o núcleo do sujeito odo do segundo parágrafo: “Nessas condições, em
paciente é “verbas”, por isso a exigência de verbo no que o espaço público está poluído por vagas interpre-
plural ( solicitaram-se verbas...). tações e por jurisprudências coniventes, vem a ser
natural que os agentes se voltem para as esferas da
65. Item Correto – O verbo “escapar” exige a preposição
vida íntima, onde eles próprios agem e vigiam suas
“de” (quem escapa, escapa de = não se sabe como
próprias ações, recusando a mediação de terceiros”.
escapar da crise = não se sabe como escapar da qual
crise.
75. Item Errado – O que faz os agentes sentirem-se no
direito de decidir individualmente, sem intermediários
66. Item Correto – De uma maneira geral, as vírgulas
institucionais ou outros agentes que detêm a prerro-
podem ser substituídas por parênteses ou por tra-
gativa da decisão, é a falta de uma instituição refle-
vessões.
xão contínua. Para o autor, “seria preciso que se ar-
Vejamos a substituição das vírgulas por travessões: masse uma esfera de reflexão vigilante, capaz de espe-
“Embora sejam muitos os motivos para comemorar – lhar todo esse processo segundo uma gramática de
como a manutenção da paz e a consolidação do merca- compensações ponderadas”. A forma verbal “seria” in-
do comum – os chefes dos 27 Estados-membros têm dica que essa reflexão ainda não ocorreu.
muito com o que se preocupar”.
76. Item Correto – O pronome relativo “que” pode ser
67. Item Errado – A forma verbal “têm” está no plural substituído por “o qual”, “a qual”, “os quais”, “as
para concordar com o núcleo do sujeito – chefes. quais”. Como “que” se refere anaforicamente a “ca-
sos”, pode ser substituído por “os quais”; juntando-se
68. Item Correto – Já que o período iniciado por “A dis- o pronome “os quais” à preposição “a” exigida pela
cussão” é uma explicação, pode ser precedido por forma verbal “se aplicam” (= aplicar-se a), obteremos
“dois-pontos”. “aos quais”. Observemos a substituição: “... oscilam
em relação aos casos aos quais se aplicam (= apli-
.71. Item Correto – No segundo período do primeiro pará- cam-se aos quais).
grafo, o autor afirma que as ações dos agentes são
justificadas como se “sempre tivessem um lado ex- 77. Item Errado – O conectivo ”pois” indica conclusão,
cepcional, como se aquilo que fizeram não viesse a ser podendo ser substituído por “portanto”; já “porque”
bem o caso da regra”. Isso significa que os agentes in- expressa causa, o que modificaria as relações de
terpretam as regras a seu bel-prazer. sentido, além de tornar a frase gramaticalmente in-
correta.
72. Item Errado – A impunidade que deriva da impreci-
são das regras não abrange de forma diferente os di- 78. Item Errado – O uso da primeira pessoa do singular e
versos transgressores, sempre de acordo com o da primeira pessoa do plural não torna o enunciado
segmento social ao qual pertencem. Vejamos o que ambíguo nem prejudica a coerência necessária ao
diz o texto: “A impunidade que daí deriva não está li- texto argumentativo. Ao usar a primeira pessoa do
gada, pois, a diferenças sociais que impliquem que singular, o autor expressa um ponto de vista particu-
nem todos sejam iguais perante a lei, mas tão-só a lar (não lhe satisfaz designá-la como sociedade de
que todos se submetem a ela como se vestissem espetáculo). O emprego da primeira pessoa do plural
roupas muito maiores que as devidas”. Em outras pa- é uma estratégia argumentativa que visa a promover
lavras, todas as classes interpretam as leis de acordo a inclusão e possível adesão do leitor como partici-
com suas conveniências. pante das opiniões do autor.
79. Item Correto – Em sentido denotativo (= real, literal), 90. Item Errado – No texto, a forma verbal “cobre” signi-
gramática é um conjunto de normas para se escrever fica “abrange”, envolve”; no período “A iniciativa go-
e falar corretamente. Por analogia, o autor usa o ter- vernamental espera que o consumidor cobre seus di-
mo ”gramática” em sentido conotativo (figurado) pa- reitos”, a forma verbal “cobre” está usada no sentido
ra indicar “um conjunto de normas jurídicas”. de “exige”.

80. Item Correto – Na forma verbal “pretendem apare- 91. Item Correto – Após a palavra “específica”, poder-se-
cer”, o auxiliar ”pretendem” é modalizador, isto é, in- ia usar o sinal de dois-pontos, visto que se inicia uma
dica possibilidade, o que permite a inferência de que enumeração.
o “legalismo” e o “totalitarismo” não são fatos con-
sumados; há outras alternativas. 92. Item Errado –: A palavra “prescrições” está usada
com o significado de “normas”, “regras”.
81. Item Errado - O texto está escrito em terceira pessoa,
e não na primeira. Exemplo: “O BB (= Ele) deve res-
93. Item Errado – Na há a ideia de adição entre “trans-
ponder a uma dupla demanda da sociedade brasilei-
formações” e “esperança” para complementar a ideia
ra”. Uma das características do relatório é a impes-
de clamar. Na realidade, somente “transformações”
soalidade (jamais nos devemos incluir na comunica-
complementa “clama”; a palavra-chave dessas trans-
ção).
formações é a ”esperança”. Assim, “esperança” é a
base fundamental para essas transformações
82. Item Errado – No contexto, o termo “intermitentes”
significa “descontínuas”, “que vêm e voltam”.
94. Item Correto – O uso do conectivo “como” permite
83. Item Correto – O adjetivo composto “econômico- inferir que a fome e a miséria sã alguns exemplos
financeiro” representa a adição de “econômico” e “fi- dos muitos graves problemas que atormentam o pa-
nanceiro”, por isso a substituição não alteraria o sen- ís.
tido.
95. Item Errado – O pronome relativo “que” tem como
84. Item Certo – Basta consultar um dicionário e verificar referente anafórico o termo “país” (= o país pode dis-
que o significado da palavra está correto nas duas por, para tanto, da imensa riqueza natural de nossa
acepções. Nação).

85. Item Errado – O termo “paradigma” está utilizado 96. Item Correto – A expressão “para tanto” é anafórica,
como sinônimo de “modelo”, “padrão”. isto é, refere-se a termos anteriores (“Vencer (...) pa-
Obs.: A palavra “utopia” significa“, idealização”, “fan- ís”) e corresponde a para isso. Em outras palavras, o
tasia”, “concepção imaginária”. Brasil pode dispor da imensa riqueza natural de nos-
sa nação, usando como uma estratégia e um novo
86. Item Errado – O termo “lastreado” está empregada
modelo de desenvolvimento para o pais a eliminação
no sentido de “baseado”, “assentado”, “firmado”.
das desigualdades.
87. Item Correto – Diz-se que os verbos são modalizado-
97. Item Errado – No texto, o vocábulo “fortalecidos”
res quando revelam a atitude do locutor perante o
refere-se a “direitos fundamentais”; já o adjetivo “for-
enunciado que produzem. A forma verbal “deve” indi-
talecida” passaria a referir-se a “vida humana”.
ca obrigatoriedade.

88. Item Errado – Os pronomes “suas” e “seu” referem-se 98. Item Errado – O correto seria: Para que haja informa-
a “metrologia legal”. Observemos a substituição: “A ção realmente, é preciso que não exista nenhuma
metrologia legal originou-se da necessidade de asse- forma de transformação. Segundo o texto, “informa-
gurar um comércio justo e uma de suas mais impor- ção é o que muda (=
tante contribuições (= contribuições da metrologia
legal) para a sociedade é o seu papel (= o papel da 99. Item Correto – A mensagem pode ser anterior ao que
metrologia legal) de aumentar a eficiência no comér- se compreende como informação, pois, para que se
cio, mantendo a confiança nas medições e reduzindo obtenha informação, é necessário que haja alguma
os custos das transações”. transformação.

89. Item Errado – A expressão “tais necessidades” é 100. Item Errado – O verbo “prescindir” significa “dispen-
anafórica, isto é, retoma as ideias antecedentes e a sar”. Ao contrário do que afirma a alternativa C, as
elas se refere: assegurar o comércio justo, aumentar mensagens apresentadas na Internet necessitam de
a eficiência, assegurar confiança e reduzir custos. uma ação para que possa ser gerada informação. De
acordo com o texto, “a Internet ainda é um amontoado 111. Item Errado – As tarefas educacionais, assistenciais,
de mensagens. Muita coisa tem de mudar nas ideias culturais e recreativas é que experimentarão enorme
sobre a vida e o mundo e sobre a informação na vida e expansão.
no mundo, para que a informação de fato mude, para
melhor, a vida e o mundo”. 112. Item Correto – A predominância do trabalho intelec-
tual e do nível de formação universitária facilitará e
101. Item Errado – Segundo o texto, a tecnologia da in- promoverá a capacidade criativa. Vejamos a confir-
formação não está assimilada nem mudou a vida pa- mação no texto: “Esses níveis mais altos de preparo
ra melhor. educacional terão igualmente o efeito de fazer, da maio-
ria dos homens, herdeiros do patrimônio cultural huma-
102. Item Errado – Ter acesso à mensagem, sem ter inte- no, tornado comum, e, de uma proporção ponderável de-
resse ou necessidade, não é o suficiente para obter les, indivíduos capazes de criatividade artística e inte-
informação, pois “muita coisa tem de mudar nas lectual”.
ideias sobre a vida e o mundo e sobre a informação
na vida e no mundo, para que a informação de fato 113. Item Errado – O pronome “lo” refere-se a “Brasil”
mude, para melhor, a vida e o mundo”. (“Quis, muitas vezes, deixá-lo (= o Brasil) em paz com
sua miséria, com seu povo triste, humilhado e sem futu-
103. Item Errado – O uso da primeira pessoa reflete o ro”).
interesse em tornar o texto mais subjetivo e colo-
quial. 114. Item Errado – É verdade que o pronome sua se refere
a “Brasil” (sua exuberante beleza natural = beleza na-
104. Item Errado – As expressões “o resto”, “amontoado” tural do Brasil). O erro está em dizer que é catafori-
e “Muita coisa” conferem ”conferem informalidade e camente; o correto seria afirmar que se refere anafo-
coloquialidade ao texto. ricamente a “Brasil”. Recordemos: Quando um termo
se refere a elemento(s) posteriores, chama-se catafó-
105. Item Errado – O uso da primeira pessoa do singular e rico; quando se refere a elemento(s) anterior(es),
algumas expressões, como “o resto”, “amontoado” e anafórico.
“Muita coisa” caracterizam um texto informal e colo-
quial. Ora, duas das características da correspondên- 115. Item Correto – Vejamos a substituição: “Pensei que
cia oficial e dos textos acadêmicos são a impessoa- poderia viver apenas contemplando sua exuberante
lidade (o autor não se deve incluir no texto) e o nível beleza natural; mas não consegui abandonar o Brasil
culto de linguagem (não se devem usar expressões (= abandoná-lo).
coloquiais).
116. Item Correto – Função emotiva (ou expressiva) – é
106. Item Errado – O sinal de dois-pontos, após a palavra uma linguagem subjetiva, em que o emissor exprime
“informação”, pode ser substituído por vírgula, sem sentimentos e emoções. O emissor é o destaque.
prejuízo da correção do texto, uma vez que se trata
de uma explicação. 117. Item Errado – Neste caso, as vírgulas isolam o adjun-
to adverbial deslocado.
107. Item Correto – Uma das técnicas da argumentação é
o uso da repetição para reforçar a ideia central do 118. Item Errado – O uso da primeira pessoa torna o texto
texto. subjetivo, isto é, pessoal. Reparemos no pronome
“me”, associado ao autor do texto
108. Item Errado – Ao contrário do que se afirma nesta
questão (“prescinde-se (= não se precisa) da difusão 119. Item Errado – Há sujeito simples: Um amigo. Veja na
plena da educação”, para que os homens sejam efeti- ordem direta: Um amigo (sujeito) contou-me (o.i.)
vamente herdeiros do patrimônio cultural da humani- uma história exemplar (o.d.).
dade, é fundamental a difusão plena.
120. Item Correto – A expressão “àquela época” (l.3) re-
109. Item Errado – O autor do texto não declara o motivo toma a ideia de tempo da expressão “por volta dos
da industrialização das atividades agrícolas. anos 30”. É um recurso anafórico, pois se refere a
termos anteriores.
110. Item Errado – Não é a característica que será proscri-
ta; o trabalho braçal é que será praticamente proscri- 121. Item Correto – O aposto pode vir entre vírgulas, pa-
to, por isso haverá a superação da distância entre o rênteses ou travessões.
trabalho braçal e o trabalho intelectual.
122. Item Correto – As palavras “totalidade” e “capacida- 133. Item Correto – Os delatores podem dizer o que qui
de” são formadas por processo de sufixação : acres- serem, mas, ao darem falsos testemunhos e denún-
centou-se sufixo a “total” e a ”capaz”. cias caluniosas contra pessoas inocentes, ferem o
direito dessas pessoas.
123. Item Correto – É de forma manual que os mineiros
perfuram a rocha: com brocas e picaretas. 134. Item Errado – Não se pode substituir o “que”, por
“onde”, pois o primeiro é sujeito, retomando anafori-
124. Item Correto – O termo que é pronome relativo (=a camente a expressão “a delação premiada”, e “onde”
qual) e substitui a expressão “a poeira da pedra”. seria adjunto adverbial de lugar, o que deixaria a fra-
Exerce a função sintática de objeto direto. Observe a se gramaticalmente incorreta. Vejamos: “Entre outros
frase na ordem direta: O trabalho (sujeito) levantava absurdos da vida norte-americana, importamos a dela-
que (=a poeira da pedra). O vocábulo que (= a poeira ção premiada, que (= a delação premiada) ameniza a
da pedra) completa o verbo transitivo direto “levan- pena, em troca do pecado”.
tar).
135. Item Errado – Com verbos transitivos diretos, segui-
125. Item Errado – A oração “quando buscava repouso” é dos de “se”, há sempre sujeito paciente, e, não, sujei-
subordinada adverbial temporal. Chama-se “subordi- to indeterminado, conforme afirma a questão. Os su-
nada” porque completa sintaticamente uma principal jeitos dos dois primeiros verbos estão no plural, por
(a cidade era sacudida e inquietada por uma trovoa- isso esses verbos devem ficar obrigatoriamente no
da surda e calva). É adverbial temporal, pois exerce a plural. Observemos: “O que” se estimula? – Respos-
função sintática de adjunto adverbial de tempo. Já a ta: falsos testemunhos, portanto “falsos testemu-
oração “A silicose, intocada, trabalhava em silêncio” nhos” – sujeito – estimulam-se, ou, são estimula-
é chamada de oração absoluta , isto é, o período é dos.” O que não se acata? – Resposta: denúncias ca-
formado apenas por uma oração. luniosas, assim “denúncias caluniosas” – sujeito –
não se acatam, ou não são acatadas. O verbo “alegar”
126. Item Correto – Os termos destacados referem-se à está no singular, pois o sujeito é singular: “O que” se
doença dos operários. alega? – Resposta: o presumido benefício maior, por
conseguinte, “o presumido benefício maior” – sujeito
127. Item Errado – A banda de música e foguetes, criada – alega-se, ou é alegado.
pelos ingleses, foi para festejar “uma fábrica de xaro-
pe contra a tosse...”. 136. Item Errado – Tanto “se” como “caso” são conjun-
ções condicionais, por isso jamais se devem empre-
128. Item Errado – A expressão sublinhada é agente (ad- gar juntas. Ao empregarmos o conectivo “caso”, terí-
junto adnominal), correspondente ao sujeito da voz amos esta estrutura: caso ainda não os fossem.
ativa: os colonizadores consumiam.
137. Item Errado – A oração reduzida de gerúndio “Sendo
129. Item Correto – Segundo o dicionário Aurélio, figura- uma aventura da matéria” expressa causa em rela-
damente “de vento em popa” significa “com circuns- ção à oração principal ( = A vida dos homens só se
tâncias a seu favor; prosperamente”. justifica como o pleno exercício de ser porque é uma
aventura da matéria). Já a oração proposta na ques-
130. Item Correto – Caso se reescrevesse “vendidos a tão indica condição, o que alteraria as relações se-
preços módicos...”, a venda se referiria a “tonéis”; já mânticas do período.
no singular, refere-se a xarope. Corrigindo a frase:
vendidos a preços módicos, mas não tão modestos 138. Item Correto – Os dois trechos são sinônimos, por-
que impedissem uma pequena margem de lucros por tanto a substituição de um pelo outro não alteraria as
unidades vendidas. relações de sentido.

131. Item Errado – O termo “transformado” está correto, 139. Item Errado – Na reescritura do primeiro período,
pois concorda com o núcleo do sujeito “abrandamen- houve duas mudanças que não prejudicariam a nor-
to”. ma culta. A primeira foi a posição do advérbio “sem-
pre”, que não provocaria erro; a segunda, que tam-
132. Item Correto – O autor posiciona-se contra a delação bém não causaria erro gramatical nem semântico foi
premiada. Vejamos a confirmação: “Ao incentivar a a transformação da oração reduzida de infinitivo “es-
delação e ao fazer dos registros oficiais um bem de capar” pela desenvolvida correspondente “que esca-
mercado, o Estado deixa de ser o guardião da liberdade”. pemos”.
140. Item Correto – Preservam-se a correção gramatical, a 146. Item Correto – Na segunda oração está contida uma
coerência textual e as informações originais do texto justificativa para a ideia expressa na primeira: “evitar
se a expressão “se dirige” – voz passiva sintética - 50% dos atropelamentos” é o motivo apresentado pa-
for substituída por é dirigida – voz passiva analítica. ra que se use sempre os faros ligados nas rodovias.
Observação: A voz passiva analítica é formada por Vejamos a nova redação: Nas rodovias, use sempre
um verbo auxiliar, seguido do verbo principal (geral- os faróis ligados, porque isso evita 50% dos atrope-
mente com os verbos ser, estar e ficar). A voz passi- lamentos.
va sintética ou pronominal é formada com um verbo
transitivo direto ou verbo transitivo direto e indireto 147. Item Errado – O adjunto adverbial “sob chuva ou
na terceira pessoa (singular ou plural), acompanhado neblina” especifica (= restringe, limita) o uso de faróis
do pronome apassivador se. Vejamos a transforma- acesos – somente sob chuva ou neblina. Dessa for-
ção: Vende-se uma casa = Uma casa é vendida; a que ma, se for retirado, as condições de uso para “faróis
se dirige ao conjunto do gênero humano = a que é di- acesos” serão alteradas. Em outras palavras, sem a
rigida ao conjunto do gênero humano. expressão “sob chuva ou neblina”, devem usar-se
sempre (em qualquer circunstância) os faróis ace-
141. Item Errado – A presença da preposição a é exigida sos.
pela regência da forma verbal “aprende”. Observação:
Segundo Celso Cunha, in Dicionário prático de regência 148. Item Correto – O uso dos tempos verbais no impera-
verbal, Editora Ática, “Quando o objeto é infinitivo (ora- tivo, terceira pessoa, indica que o vocativo “Motoris-
ção infinitiva), vai este regido de preposição a: Cedo ta” está subentendido em todos os demais.
aprendeu a desenhar e a pintar (cp. Cedo aprendeu de-
senho e pintura).” 149. Item Correto – Neste tópico, subentende-se que o
motorista deve ter cautela, para que não atropele as
142. Item Correto – É correto afirmar que a “macroeco- crianças que virão atrás da bola.
nomia considera que existam ‘forças’ que transcen-
dem mercados individuais. Essa afirmação encontra- 150. Item Correto – A palavra “adeus” está usada em sen-
se no texto: “A premissa da macroeconomia – e a lógica tido denotativo, isto é, o vocábulo apresenta o senti-
para os governos administrarem a economia – é que do próprio, real.
existem certas forças que transcendem mercados indi-
viduais”. 151. Item Errado – Não é a frequência de uso que caracte-
riza a “gíria”. A “gíria” é “linguagem que emprega pa-
143. Item Errado – Níveis nacionais de renda, produção e lavras de forma e/ou significado compreendidos
emprego; despesas; preços e balanço de pagamen- apenas por membros de um grupo” (Larousse escolar
tos são causas da macroeconomia, isto é, afetam as da língua portuguesa).
condições macroeconômicas.
152. Item Errado – O vocábulo “Escalafobético”, em senti-
144. Item Errado – Não se afirma no texto que “Quanto do denotativo, significa “esquisito”, “extravagante”.
maior for o nível de despesas de uma economia,
maiores serão os níveis globais de emprego e pre- 153. Item Errado – No texto, não há a informação de que
ços”. O que se declara é que se as despesas “forem algumas palavras de nossa língua apresentam signi-
muito altas, causando um superaquecimento da econo- ficados que não são adequados.
mia, o resultado poderá ser inflação e/ou crescente im-
portação, levando a problemas no balanço de pagamen- 154. Item Correto – “Significante” é a representação ma-
tos”. terial ou acústica da palavra; “significado”, é o con-
ceito transmitido pelos sons ou pelas letras das pa-
145. Item Correto – Está correta a afirmação de que a lavras. Como o uso do vocábulo “Escalafobético” é
“consequência provável de despesas totais muito pouco frequente, deduz-se que, para a maioria da po-
baixas em relação à produção potencial da economia pulação, essa palavra apresenta apenas significante,
é um desemprego crescente”. Vejamos a confirma- ou seja, uma imagem acústica, mas não significado
ção no texto: “Assim, se as despesas totais forem mui- (a maioria das pessoas não conhece o sentido se-
to baixas em relação à produção potencial da economia, mântico desse vocábulo).
o resultado provável será um crescente desemprego”.
155. Item Errado – O autor não critica o uso de termos
estrangeiros, apenas declara, não emitindo opinião,
que “há palavras importadas, como glamour”.
156. Item Errado – O autor afirma que a palavra “estampi- todos se encarregam apenas das operações financei-
do” tem som (que soa), o que é diferente de “onoma- ras mais fundamentais; se retirássemos a vírgula, fa-
topéia” (Onomatopéia é o emprego de palavras que laríamos somente dos bancos comerciais que se en-
tentam reproduzir sons ou ruídos. Exemplo: tlintlim - carregam apenas das operações financeiras mais
da campainha). fundamentais, ficando subentendido que existiriam
bancos que não se encarregam apenas das opera-
157. Item Errado – Para o autor, “gírias” são consideradas ções financeiras mais fundamentais.
palavras de uma língua, pois elas existem, inclusive
estão nos dicionários (“Escalafobético é um adjetivo 164. Item Correto – O emprego do modo subjuntivo, nos
que o Aurélio consagra como gíria brasileira”. dois casos, justifica-se por expressar a ideia de pro-
babilidade de ação futura, ou seja, os fatos não são
158. Item Correto – Segundo o texto, há palavras eternas certos, pois podem ou não acontecer. O crescimento
(adeus) e palavras de uso pouco frequente (escala- e a diversificação são o grande desafio (= ainda não
fobético). aconteceu) do desenvolvimento econômico, no que
se refere ao sistema financeiro.
159. Item Errado – O texto não faz a afirmação de que
“depois que as palavras caem em desuso, não podem 165. Item Correto – O termo “os” retoma “os sistemas
mais ser usadas por nenhum falante da língua”. É financeiros de países”. Observemos a substituição:
claro que os falantes de uma língua têm liberdade de “É nesse sentido que o sistema financeiro brasileiro é
usar as palavras que quiserem. único: comparado com os (=os sistemas financeiros
de países) de países com grau de desenvolvimento
160. Item Correto – Na frase, é indiferente o adjunto ad- similar, (...)”.
verbial ficar no meio ou no início da oração. É claro
que são necessárias adaptações: “Em muitos senti- 166. Item Errado – O “se”, em “Esperava-se”, é pronome
dos, o sistema financeiro brasileiro é único em compa- (ou partícula) apassivador. Esse pronome é usado
ração com os sistemas financeiros encontrados em ou- com verbos transitivos diretos e com verbos transiti-
tros países em desenvolvimento”. vos diretos e indiretos, formando a voz passiva sinté-
tica; o verbo possui correspondência na voz passiva
161. Item Correto – O termo “comparação” exige, indife- analítica, concordando com o sujeito. Vejamos a
rentemente, a preposição “a” ou “com”: em compara- transformação da voz passiva sintética para a voz pas-
ção com (= com + os) os sistemas / em comparação aos siva analítica: Esperava-se que o fim da inflação elevada
(= a + os) sistemas”. incentivasse a ação das instituições financeiras no Bra-
sil em favor do suporte ao investimento e ao consumo
162. Item Errado – A crase justifica-se pela regência do privados = sujeito) = Que o fim da inflação elevada in-
verbo “resumir-se” , que exige objeto indireto, iniciado centivasse a ação das instituições financeiras no Brasil
pela preposição “a” (= resumir-se a). Observação: em favor do suporte ao investimento e ao consumo pri-
Crase é a fusão da preposição “a”, exigida pelo termo vados era esperado.
anterior (regente), mais o artigo a da palavra feminina
(regido). Vejamos: “sistemas financeiros que se resu- O “se” em “se mantêm” é pronome reflexivo, exercen-
mem (regente) à existência (regido) de bancos comerci- do a função sintática de objeto direto. O pronome re-
ais”. Método prático: Haverá crase sempre que pu- flexivo corresponde a “si mesmo” / “si mesmos”. É
dermos substituir a palavra feminina por uma mascu- objeto direto, visto que completa um verbo transitivo
lina qualquer, havendo a seguinte correlação: à / ao – direto (quem mantém , mantém algo ou alguém).
às / aos: resume-se à existência / resume-se ao existir.
Mas: observa-se a existência / observa-se o existir. 167. Item Errado – O emprego da preposição “a”, que ini-
cia um complemento nominal, justifica-se como exi-
163. Item Errado – A oração “que se encarregam apenas gência do vocábulo “suporte” (suporte ao investimen-
das operações financeiras mais fundamentais”, co- to). Igualmente a preposição presente em “ao con-
mo está entre vírgulas, é adjetiva explicativa, ou seja, sumo” se deve ao termo “suporte” (suporte ao con-
apenas indica uma característica inerente aos ban- sumo; “ao consumo” é complemento nominal).
cos comerciais; pode ser retirada do período sem que
prejudique o sentido da oração principal. Caso se re- 168. Item Correto – A substituição de “por gerar” pela
tirasse a vírgula antes de “que”, a oração passaria a forma verbal “gerando” mantém a correção gramati-
ser adjetiva restritiva, isto é, especificaria os “bancos cal e as informações originais do período. Compare-
comerciais”. Em outras palavras: No texto original, mos: “acabaram por gerar (=acabaram gerando) um
estamos falando de todos os bancos comerciais, e quadro muito similar...”.Semanticamente, tanto “aca-
baram por gerar” como “acabaram gerando” indicam 2. A voz passiva analítica é formada por um verbo auxi-
consequência. liar (geralmente os verbos ser, estar e ficar), seguido
do verbo principal: Bancos comerciais foram favoreci-
169. Item Errado – O pronome “que” em “em que” retoma dos.
o termo “quadro”, portanto não poderia ser substituí-
do por “os quais”, mas, sim, por “o qual” (em + o qual 175. Item Errado – O verbo não poderia ir para o plural,
= no qual). Vejamos a substituição: “... acabaram por visto que concorda com o núcleo do sujeito, que é
gerar um quadro muito similar ao anterior, no qual singular (= importância), e não com o adjunto adno-
(no quadro) títulos da dívida pública se mantêm mui- minal (mercados de dívida pública): ”Por outro lado, a
to atraentes ...” . importância crescente dos mercados de dívida pública
estimulou o desenvolvimento da capacidade de opera-
170. Item Correto – O pronome “lhe” é complemento no- ção em mercados de títulos”. Não foram os mercados
minal de “exterior”, refere-se a “quadro muito similar de dívida pública que estimularam o desenvolvimen-
ao anterior” e pode ser substituído por “a ele”, sem to da capacidade de operação em mercados de títu-
prejuízo para as informações e para a correção do los, mas, sim, a importância crescente desses mer-
período. Vejamos a substituição no texto: “acabaram cados.
por gerar um quadro muito similar ao anterior, em que tí-
tulos da dívida pública se mantêm muito atraentes, 176. Item Correto – A frase acima não apresenta nenhum
mostrando que o problema central do sistema financeiro erro gramatical.
brasileiro a ele é, na verdade, exterior, representado pe- .
los incentivos gerados pela própria política macroeco- 177. Item Correto – A frase acima está gramaticalmente
nômica”. correta.

171. Item Correto – Quando se pretende destacar explica- 178. Item Errado – A frase apresenta um erro de pontua-
ções ou comentários, a dupla de vírgulas pode ser ção: não pode haver vírgula entre o sujeito “bancos
substituída por parênteses ou travessões. saudáveis” e o predicado “obtinham facilidades para
adquirir bancos problemáticos”. O correto, portanto,
172. Item Correto – O pronome “o” em “o que atua” é pro- seria: “bancos saudáveis obtinham facilidades para ad-
nome demonstrativo e pode ser substituído por quirir bancos problemáticos”.
“aquele”. Obs.: O pronome o (e flexões) é pronome
demonstrativo quando puder ser substituído por isso, 179. Item Correto – A frase acima está gramaticalmente
aquilo ou aquele: Ele faz o (aquilo) que quer. / O correta.
(aquele) que entrou agora chama-se José. / Fazer
uma viagem: Eu o (isso) desejo) = Eu desejo isso. 180. Item Errado – A frase apresenta um erro de concor-
dância: o sujeito é composto, formado por dois nú-
173. Item Errado – A expressão “modelo anterior” refere- cleos – “força” e “ação” –, por conseguinte o verbo
se a “modelo norteamericano”.Vejamos: “Esse tipo de deve ir obrigatoriamente para o plural – acabaram.
instituição (= banco universal de tipo alemão) foi cria- (“A força acumulada pelos bancos durante o período in-
do oficialmente em 1988, pela resolução 1.542 do Banco flacionário e a pronta ação do Banco Central para evitar
Central do Brasil, sepultando o modelo de organização a ocorrência de uma crise de maiores proporções, em
financeira adotado com as reformas de 1964 e 1965, conjunto com os esforços para a modernização da su-
inspirado no modelo norte-ameri-cano. Na verdade, a al- pervisão financeira, acabaram ...”.
ta inflação dos anos 70 e 80 já havia inviabilizado o mo-
delo anterior (= o modelo norteamericano). 181. Item Errado – As instituições brasileiras, ao contrário
do que é dito na questão, são “bastante sólidas, bem
174. Item Correto – A expressão “foram favorecidos” (voz capitalizadas e capazes de aproveitar, de forma ágil e
passiva analítica) tem seu correspondente “favorece- eficiente, as oportunidades oferecidas pelo mercado.
ram-se” (voz passiva sintética).
182. Item Correto – Segundo o texto, o que prejudica a
Observações: eficiência macroeconômica do sistema financeiro
brasileiro é a “persistência de incentivos adversos ao
1. A voz passiva sintética ou pronominal é formada por crescimento” – falta de incentivo ao aumento da
um verbo transitivo direto, na terceira pessoa, segui- oferta de crédito e ausência de políticas de competi-
do de “se” – pronome apassivador: Favoreceram-se ção entre os bancos.
bancos comerciais.
183. Item Errado – A seleção lexical, a estruturação sintá- 190. Item Correto – A expressão “maior fórum de progra-
tica e o estilo conferem ao trecho características mas nacionais de certificação de manejo florestal” é
adequadas à redação de correspondências oficiais. um aposto, isto é um esclarecimento sobre “Program
Segundo o Manual de Redação da Presidência da Re- for the Endorsement of Forest Certification”
pública, a “redação oficial deve caracterizar-se pela im-
pessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clare- 191. Item Errado – A expressão “é composto” é forma
za, concisão, formalidade e uniformidade”, característi- verbal na voz passiva analítica (= verbo “ser” + parti-
cas essas presentes no texto. cípio) está no singular; seu correspondente na voz
passiva sintética também deve ficar no singular:
184. Item Errado – Nas comparações, o emprego do termo “compõe-se”.
“do” é opcional; pode, portanto, ser eliminado, sem
prejuízo para a correção sintática do período. 192. Item Errado – A substituição do segmento “sendo
que” por “nos quais” compromete a correção grama-
185. Item Correto – O primeiro período afirma que existem tical do período. Esse período ficaria correto se “sen-
pessoas que não possuem contas-correntes, e exclu- do que” fosse substituído por “dos quais”: dos 30
ídos do mercado financeiro. O segundo comprova o membros, 21 deles (= os quais) já foram submetidos a
que é afirmado no primeiro: “Estima-se que somente rigoroso 10 processo de avaliação.... Se juntarmos a
cerca de 15% da população brasileira têm conta bancá- contração “dos” ao pronome “os quais”, obteremos
ria — no máximo 25 milhões de pessoas”. “dos quais”. Observemos agora a nova redação do
trecho: “Atualmente, o PEFC é composto por 30 mem-
186. Item Correto – Depois do travessão, segue-se uma bros representantes de programas nacionais de certifi-
explicação do que foi afirmação anteriormente, razão cação florestal, dos quais 21 deles já foram submetidos
pela qual esse sinal de pontuação poder ser substitu- a rigoroso processo de avaliação (...)”.
ído por “ou seja” entre vírgulas.
193. Item Correto – A preferência estilística pela primeira
187. Item Errado – A oração “que realmente interessa aos pessoal do plural em “nossas florestas” justifica-se
bancos privados”, sem vírgulas, é restritiva, isto é es- por tornar o texto mais interativo e incluir o leitor
pecifica o mercado (= Somente é excludente e con- como participante. Como o texto é escrito por um
centrado, mesmo regionalmente, aquele que real- brasileiro e fala sobre o Brasil, o leitor refere-se a to-
mente interessa aos bancos privados. Infere-se, por- dos os brasileiros.
tanto, que existem mercados que não são excluden-
tes nem concentrados, e que não interessam aos 194. Item Correto – A substituição de “às práticas” por “a
bancos privados. Se a oração “que realmente inte- práticas” modifica o sentido original da frase, mas
ressa aos bancos privados” estivesse demarcada por não prejudica a correção gramatical do período. Na
vírgulas, tornar-se-ia explicativa, o que modificaria o expressão “às práticas” há a presença da preposição
sentido: todo mercado seria excludente e concentra- “a” e do artigo “as”, que faz com que o termo “práti-
do, e todo ele interessaria aos bancos privados. cas” signifique “todas as práticas”; já em “a práticas”
não existe esse artigo, mas apenas a preposição “a”,
188. Item Errado – A colocação pronominal enclítica em deixando o vocábulo ”praticas” com sentido diferen-
“concede-se” no lugar da proclítica (pronome antes te: “algumas práticas”.
do verbo) “se concede” não transgride as exigências
da norma culta escrita. Aliás, como há adjunto ad- 195. Item Errado – O segundo período apresenta um erro
verbial separado por vírgula, a forma que atenderia à de concordância. O verbo “passar” deveria estar no
norma culta seria a ênclise (pronome depois do ver- singular (= passou) para concordar com o núcleo do
bo): ”Lamentavelmente, no programa de privatização sujeito “certificação”, que está no singular. Observe-
das instituições financeiras públicas, concede-se uma mos a nova redação: “Por esse motivo, a certificação
significativa participação no disputado mercado bancá- (=núcleo do sujeito) de manejo florestal e de produtos
rio sem sequer a exigência...” derivados de florestas, conferida por uma terceira parte
independente, passou (= a certificação passou) a ser um
189. Item Errado – A substituição de “sequer” por “ao requisito importante para a realização de negócios”.
menos” não prejudica a correção gramatical do perí-
odo, visto que as duas expressões são equivalentes 196. Item Correto – O trecho acima atende às normas
semanticamente. gramaticais.
197. Item Errado – Há dois erros – pontuação e crase. A 206. Item Correto – A forma verbal “tem realizado” indica
expressão “gerenciado, pelo Instituto Nacional de uma ação iniciada no passado e que continua no
Metrologia” não pode ser separada por vírgula, visto presente. No contexto, as expressões “vem realizan-
que não se aparta o verbo (gerenciado) do agente da do”, “está realizando”, “realiza” são equivalentes.
passiva (pelo Instituto Nacional de Metrologia). Cor-
reção: “...gerenciado pelo Instituto Nacional de Metrolo- 207. Item Correto – A expressão “para que” indica a finali-
gia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO),...” dade (= objetivo) do que se afirmou na oração anteri-
or: o objetivo da realização de estudos aprofundados
198. Item Errado – Há um erro de crase na primeira linha que visam diagnosticar a realidade do país e encon-
do trecho: “à regras”. Não poderia haver crase, uma trar melhores soluções técnicas é a eficácia do Pro-
vez que ocorre somente a preposição “a”, exigida pe- grama de Acessibilidade para Transportes Coletivos
lo verbo “atender”, faltando o artigo “as” (quem aten- e de Passageiros.
de, atende a + regras). Uma maneira prática de verifi-
car se existe crase é substituir o termo feminino por 208. Item Errado – Após a palavra “ainda”, subentende-se
um masculino qualquer; somente teremos crase se a forma verbal “estabelece”, explicitada no período
houver a correlação “a” / “ao” ou “as” / “aos”. Veja- anterior. Vejamos a nova redação: “... o Decreto n.º
mos: “Atendendo a regras” / “atendendo a regula- 5.296 estabelece que o INMETRO especifique os que
mentos”. Mas “atendendo à regra” / “atendendo ao poderão ser adaptados, dentre aqueles em circulação. E,
regulamento”, “Atendendo às regras” / “atendendo ainda estabelece que adaptações, procedimentos e
aos regulamentos”. equipamentos a serem utilizados sejam submetidos a
programas de avaliação da conformidade”.
199. Item Correto – O trecho em questão não apresenta
erro gramatical. 209. Item Errado – A substituição de “Apesar de” por “Em-
bora” não prejudica a correção gramatical do período,
200. Item Correto – Questão parecida com a número 2. A pois as duas expressões são equivalentes: indicam
forma verbal “foi editado”, voz passiva analítica, cor- concessão. Observemos a substituição: “Embora
responde, na voz passiva sintética, a “editou-se”. (Apesar de) pequena, a função do INMETRO é funda-
mental, já que a instituição está contribuindo para a
201. Item Errado – A palavra “lactantes” significa “mulhe- promoção da igualdade social”. Lembremo-nos de que,
res que amamentam”. se houvesse verbo antes do termo “pequena”, não se-
ria possível essa substituição, visto que O conectivo
202. Item Correto – A iniciativa de garantir segurança e “embora” exige a forma verbal no subjuntivo; a locu-
autonomia às pessoas portadoras de deficiência ou ção “apesar de” o briga o verbo a ficar no infinitivo.
com mobilidade reduzida leva em consideração o sis- Comparemos: Apesar de ser pequena, a função do
tema de transporte, desde o embarque até o desem- INMETRO é fundamental. / Embora seja pequena, a
barque. Observemos a comprovação no texto: “o função do INMETRO é fundamental.
programa não leva em conta somente o veículo ou
embarcação a ser utilizado, mas tudo o que compõe 210. Item Errado – As escolhas lexicais e sintáticas do
o sistema de transporte, seja ele rodoviário (urbano, texto tornam seu nível de linguagem adequado para
municipal ou interestadual), seja aquaviário (mar e in- correspondências oficiais, uma vez que apresenta
terior), desde o embarque até o desembarque de pas- impessoalidade, clareza, coesão, concisão, correção
sageiros, garantindo o direito do cidadão de ir e vir gramatical.
com segurança e autonomia”.
211. Item Correto – As vírgulas separam o aposto explica-
203. Item Correto – O motivo das vírgulas é a enumeração tivo “Guilherme Estrella”. Como sabemos, o aposto
de termos com a mesma função sintática. explicativo – palavra ou expressão que explica (es-
clarece) ou identifica o termo a que se refere – apa-
204. Item Errado – A forma verbal “foram” está no plural rece obrigatoriamente entre vírgulas, parênteses ou
para concordar com o sujeito composto “elaborar travessões. Observemos que aqui o aposto esclarece
normas e desenvolver programas de avaliação da quem é o diretor
conformidade para acessibilidade nos transportes
coletivos”. 212. Item Correto – Mantém-se a correção gramatical do
texto ao se substituir o trecho ‘do setor naval brasi-
leiro. É a primeira plataforma’ por ‘do setor naval bra-
sileiro, uma vez que é a primeira plataforma’, pois
existe uma relação de causa e consequência entre o
segundo e o primeiro períodos. Em outras palavras: 218. Item Correto – A substituição de “em” por “a” não
‘É a primeira plataforma a ser concluída no Brasil prejudica a correção gramatical do período: “ficará
após a decisão do presidente Lula – causa –; A P-52 ancorada a uma profundidade”.
é um marco na história da PETROBRAS e da recupe-
ração da capacidade construtiva do setor naval brasi- 219. Item Correto – O aposto “18 produtores e 11 injetores
leiro – consequência. Observemos agora a redação de água” pode ser isolado por parênteses, vírgulas ou
sugerida: ‘A P-52 é um marco na história da PETRO- travessões.
BRAS e da recuperação da capacidade construtiva do
setor naval brasileiro, uma vez que é a primeira plata- 220. Item Errado – A expressão verbal “será feito” está no
forma a ser concluída no Brasil após a decisão do singular para concordar com o núcleo do sujeito “es-
presidente Lula, (...)’ coamento”.

213. Item Errado – O fato de a P-52 ser um marco na his- 221. Item Correto – Não há erro de ortografia neste item.
tória da PETROBRAS e da recuperação da capacida-
de construtiva do setor naval brasileiro comprova 222. Item Errado – Os vocábulos “concluída” e “excelên-
não ser verdadeira a informação de que a capacidade cia” apresentam erro de acentuação. No primeiro ca-
construtiva do setor naval brasileiro sempre esteve so, há o i do hiato: coloca-se acento nas vogais i e u
em plena atividade. que formam hiato com a vogal anterior, desde que
estejam sozinhos na sílaba ou seguidos de S: sa - ú -
214. Item Correto – A utilização da primeira pessoa do de (sozinho) / Lu - í - sa (sozinho) / pa - ís (seguido de
plural (nos = nós) justifica-se por tornar o texto mais s) – ba - la - ús - tre (seguido de s). Correção: concluí-
interativo e incluir o leitor e todos os demais brasilei- da. O vocábulo “excelencia” também deveria acentu-
ros como participantes das afirmações do texto. Com ar-se, visto tratar-se de paroxítona terminada em di-
isso, o autor tem em vista a adesão do leitor a seu tongo. Correção: excelência.
ponto de vista.
223. Item Errado – A palavra “ancorajem” apresenta erro.
215. Item Errado – Pelas informações do texto, não se Correção: ancoragem.
infere que os 60 grandes projetos a serem instalados
no Brasil dependem da sustentação definitiva da au- 224. Item Correto – Este item não apresenta erro de orto-
to-suficiência em petróleo; ao contrário, vão garantir grafia.
essa auto-suficiência. Vejamos no texto: ‘Isso vai nos
garantir a sustentação definitiva da auto-suficiência 225. Item Correto – Este item não apresenta erro de orto-
conquistada em 2005’. grafia.

216. Item Errado – As vírgulas isolam oração adjetiva 226. Item Correto – Este item não apresenta erro de orto-
explicativa. Lembremo-nos de que as orações adjeti- grafia.
vas explicativas acrescentam uma informação su-
plementar acerca do termo antecedente a que se re- 227. Item Errado – Existe um erro de concordância verbal:
ferem, que pode ser suprimida. Essas orações, sem- o sujeito do verbo “restringir” é “Os objetivos do pa-
pre separadas por vírgulas, podem ser retiradas, uma trocínio”, com núcleo no plural – objetivos –, por isso
vez que não são fundamentais para o entendimento o verbo deve ir para o plural. Correção: Os objetivos
do texto. Já as restritivas, sempre sem vírgulas, limi- do patrocínio, porém, não se restringem à contribui-
tam ou restringem o sentido do termo a que se refe- ção para o desenvolvimento do esporte nacional.
rem; são indispensáveis à compreensão do texto, por
isso não podem ser eliminadas. 228. Item Correto – Este item não apresenta erro de orto-
grafia.
217. Item Errado – A plataforma P-52 ainda não está ope-
rando em sua capacidade máxima de produção. Ve- 229. Item Errado – Não há crase antes do numeral “65
jamos o texto: ‘Ao entrar (= quando entrar – no futuro) milhões”. Correção: O valor do investimento chega a
em capacidade máxima de operação, a unidade P-52, 65 milhões em mídia e patrocínio direto, além de R$
que é do tipo semi-submersível, poderá processar 180 5,8 milhões em dois anos para a Confederação Brasi-
mil barris de petróleo e comprimir 9,3 milhões de metros leira de Handebol.
cúbicos de gás natural por dia’.
230. Item Errado – Em “Além disso, estarão com sua mar- 237. Item Errado – Não há valorização da intelectualidade,
ca exposta em toda América Latina, que é um merca- visto que a filosofia procurada é desprovida de pro-
do em expansão para a PETROBRAS”, o sujeito da fundeza: as pessoas buscam filósofos que sejam “De
forma verbal “estarão” é “a PETROBRAS”, com núcleo preferência portáteis, agradáveis, recarregáveis e sinté-
no singular. Assim, o verbo deve ficar no singular. ticos. Robôs capazes de recitar meia dúzia de sonoras
Correção: Além disso, (a PETROBRAS) estará com epígrafes e verbetes quando se aciona certa tecla ou se
sua marca exposta em toda América Latina, que é um menciona determinada palavra”.
mercado em expansão para a PETROBRAS.
238. Item Errado – Há apenas relação entre campo de
231. Item Errado – Além mostrar sua marca na transmis- atuação e profissional na aproximação “progresso” >
são ao vivo para vários países, já que essa empresa “filósofos”: os problemas trazidos pelo progresso
busca a internacionalização, a PETROBRAS tem mais “aumentaram a demanda pelos filósofos”. As demais
um objetivo: contribuir para a educação da juventu- aproximações estão erradas: a sociedade pós-
de. Vejamos no texto: “O apoio ao Pan tem ainda como industrial “aposentou” os economistas; o fim das
finalidade contribuir para a educação da juventude por ideologias “está dispensando” os cientistas políticos.
meio da prática esportiva e dentro do espírito olímpico,
que exige dedicação, trabalho em equipe e solidarieda- 239. Item Correto – A sequência “portáteis, agradáveis,
de”. recarregáveis e sintéticos” refere-se a “filósofos”.
Observemos no texto: “mas as perplexidades produ-
232. Item Correto – As vírgulas logo após “Américas” e zidas pelo progresso sem bem-estar aumentaram a
“atletas” isolam oração reduzida de gerúndio “envol- demanda pelos filósofos. De preferência” esses filó-
vendo 42 países e um número estimado de 5.500 sofos devem ser “portáteis, agradáveis, recarregáveis
atletas”. e sintéticos”.

Observações: 240. Item Correto – Na continuidade do período anterior,


1. Separam-se por vírgulas as orações reduzidas de subentende-se “Esses novos filósofos devem ser” an-
gerúndio, de particípio e de infinitivo: Vendo o menino, tes de “Robôs capazes de recitar”. Observemos o tre-
a mulher sorriu. / A mulher sorriu, vendo o menino. / Fei- cho com a inserção dessa expressão: “mas as perple-
to o trabalho, fomos embora. / Fomos embora, feito o xidades produzidas pelo progresso sem bem estar au-
trabalho. / Ao chegar, você sorriu. mentaram a demanda pelos filósofos. De preferência
2. Na ordem direta, não se costuma usar vírgula antes portáteis, agradáveis, recarregáveis e sintéticos”. Esses
da oração reduzida de infinitivo: Você sorriu ao chegar. novos filósofos devem ser “robôs capazes de recitar
meia dúzia de sonoras epígrafes e verbetes quando se
233. Item Errado – A eliminação do sinal indicativo de aciona certa tecla ou se menciona determinada pala-
crase em “visto que atende à sua estratégia” não pre- vra”.
judica a correção gramatical do período, pois a crase
é facultativa antes de pronomes possessivos adjeti- 241. Item Errado – A pergunta “O que diria Sócrates (...)
vos femininos no singular: “visto que atende à sua no Rio?” não é respondida parcialmente com o perío-
estratégia” ou “visto que atende a sua estratégia”. do seguinte; este período é uma nova indagação.

234. Item Correto – Os vocábulos “contribuição” e “apoio”, 242. Item Correto – O termo “caso” retoma anaforicamen-
“subsídio” apresentam o mesmo sentido de “aporte”. te “roubo de 2 milhões de reais de dentro das depen-
dências da Polícia Federal”. Observemos: “O que diria
235. Item Errado – O texto é predominantemente argu- Sócrates diante do roubo de 2 milhões de reais de den-
mentativo, uma vez que justifica (= apresenta argu- tro das dependências da Polícia Federal no Rio?” (...) “O
mentos) o patrocínio da PETROBRAS ao Pan. caso (= a notícia do roubo de 2 milhões de reais de den-
tro das dependências da Polícia Federal no Rio) andou
236. Item Errado – A filosofia sucede a auto-ajuda, não pelas manchetes, agora está nas páginas dos crimes
pela sequência natural do pensamento, mas por cau- quotidianos, deixou o ranking do impensável e encaixou-
sa da “perturbação diante de tantas mazelas, da ve- se no das banalidades”.
locidade das mudanças, do ruído das coisas ou do
mix de tudo isso”. 243. Item Correto – “Períodos compostos por coordena-
ção são os períodos que, possuindo duas ou mais
orações, apresentam orações coordenadas entre si.
Cada oração coordenada possui autonomia de senti-
do em relação às outras, e nenhuma delas funciona
como termo da outra. As orações coordenadas, ape- 249. Item Correto – A reescritura proposta apresenta sen-
sar de sua autonomia em relação às outras, comple- tido idêntico ao da frase original e está redigida de
mentam mutuamente seus sentidos. A conexão entre acordo com a norma culta.
as orações coordenadas podem ou não ser realiza-
das através de conjunções coordenativas. Sendo 250. Item Correto – Ata é o relato ou resenha por escrito
vinculadas por conectivos ou conjunções coordena- de sessão ou cerimônia de alguma corporação, as-
tivas, as orações são coordenadas sindéticas. Não sembleia etc. O texto em questão narra, em norma
apresentando conjunções coordenativas, as orações culta, o que Alberto Dines proferiu na sessão Jornal
são chamadas orações coordenadas assindéticas” É de Debates do Observatório da Imprensa, em
correta afirmativa de que estão unidas pelo processo 26/9/2005.
de coordenação as orações do período “O caso an-
dou pelas manchetes, agora está nas páginas dos 251. Item Errado – A substituição de “A sociedade pós-
crimes quotidianos, deixou o ranking do impensável e industrial aposentou os economistas” por “Os eco-
encaixou-se no das banalidades”. Analisemos essas nomistas aposentados foram aposentados pela so-
orações coordenadas: O caso andou pelas manchetes ciedade pós-industrial” não prejudica a correção
– oração coordenada assindética (não possui con- gramatical do período. Em “A sociedade pós-
junção); agora está nas páginas dos crimes quotidianos industrial aposentou os economistas”, o verbo está
– oração coordenada assindética; deixou o ranking na voz ativa; tem como correspondente na voz pas-
do impensável – oração coordenada assindética; e siva analítica “Os economistas aposentados foram
encaixou-se no das banalidades – oração coordena- aposentados pela sociedade pós-industrial”. Obser-
da sindética (é introduzida pela conjunção “e”). vemos a conversão da voz ativa na voz passiva analí-
tica: O objeto da voz ativa (os economistas) passou a
244. Item Errado – As duas frases não se equivalem se- sujeito paciente da voz passiva; o verbo da ativa
manticamente: a frase “Mas é um dos acontecimen- (aposentou – pretérito perfeito simples) transformou-
tos mais surpreendentes desta temporada de surpre- se no auxiliar “ser”, no mesmo tempo da ativa (= fo-
sas” significa que entre todos os acontecimentos ram – notemos que o auxiliar concorda com o sujeito
surpreendentes desta temporada, este é um dos que paciente “os aposentados”), seguido do particípio do
mais causam surpresa; já ”Porém é mais um aconte- verbo da voz ativa (= aposentados – o particípio con-
cimento surpreendente desta temporada” possui o corda com o sujeito paciente “os aposentados”); o
sentido de acréscimo de um acontecimento surpre- sujeito da voz ativa passou a ser o agente da passiva
endente aos demais surpreendentes que acontecem (= pela sociedade pós industrial).
nesta temporada.
252. Item Correto – A substituição de “descobre-se” por “é
245. Item Correto – A expressão “impossibilidade da con- descoberto” não prejudica a correção gramatical do
vivência” resume o parágrafo descritivo: é inadmissí- período: houve apenas a transformação da voz pas-
vel a coexistência do policial-ladrão, representando a siva sintética (descobre-se) em voz passiva analítica
ruptura de todos os valores, com a sociedade, que (foi descoberto). Sabemos que a voz passiva sintéti-
deve ser fundamentada na lei e na ética. ca ou pronominal é formada com pronome SE (pro-
nome apassivador), tendo como sujeito paciente uma
246. Item Errado – A reescritura da frase apresentada, oração subjetiva (= como são enganosas e desvian-
além de não manter o sentido original, apresenta er- tes certas palavras de ordem = ISSO).
ros gramaticais. Sugestão de correção: Os tutores in-
telectuais privados estão substituindo o personal Observemos a conversão da voz passiva sintética na voz
trainer dos indivíduos, devido à perturbação das pes- passiva analítica:
soas perante tantas mazelas, à velocidade das mu-
danças, ao ruído das coisas ou o mix de tudo isso. 1. Mantém-se o sujeito paciente (= como são engano-
sas e desviantes certas palavras de ordem = ISSO).
247. Item Errado – A reescritura apresenta erro de grafia 2. O verbo da voz passiva sintética (= descobre) trans-
(“vazia”, e não “vasia”) e sentido totalmente diferente forma-se em particípio, precedido de “ser” no mesmo
do original. tempo e modo (= é descoberto).
3. Suprime-se o pronome apassivador “se”.
248. Item Errado – Quem colocou o caso no âmbito dos
paradigmas foram seu ineditismo e sua dimensão, e V.P.S.: Descobre-se (verbo no presente do indicativo) como
não as manchetes dos jornais. são enganosas e desviantes certas palavras de ordem =
ISSO (sujeito paciente).
V.P.A.: Como são enganosas e desviantes certas palavras 261. Item Correto – Com uso do pronome de primeira
de ordem = ISSO (sujeito paciente) é descoberto (verbo pessoa do discurso, o autor inclui no texto todos os
“ser” + particípio). brasileiros, pois “nosso” tem como referente o “Bra-
sil”.
253. Item Correto – Crase a fusão da preposição “a” com
o artigo “a”. Vejamos: quem oferece, oferece a + a (de 262. Item Correto – A expressão “a Amazônia” exerce a
indústria) + a de criatividade. Um método pratico pa- função de aposto, uma vez que esclarece o que foi di-
ra perceber se existe crase é verificar se o “a” antes to anteriormente: “a maior de todas”.
de uma palavra masculina se transforma em “ao”;
nesse caso, haverá crase: ”oferecer à indústria e à 263. Item Errado – O emprego da vírgula após “ambiente”
criatividade brasileira” = “oferecer ao industrial e ao justifica-se por isolar o adjunto adverbial deslocado
criador”. “Nas necessidades do ambiente”.

254. Item Correto – Questão de sinonímia. No texto, o 264. Item Errado – O emprego da vírgula logo após “cho-
termo “arrojo” significa “audácia”, “ousadia”. ca” justifica-se por isolar oração coordenada adver-
sativa.
255. Item Errado – A substituição de “souberam” pelo
singular soube não prejudica a correção gramatical 265. Item Correto – A última frase do texto “Faltam qua-
do período, uma vez que, com a expressão “um dos dros para levar avante um projeto sério de recupera-
que”, o verbo pode ficar no singular ou no plural: “um ção do tempo perdido” refere-se à falta de pessoal
dos brasileiros que mais bem souberam (ou soube) preparado na área educacional (quadros = pessoas).
apostar no futuro do país”.
Observação: Se houver exclusão, a expressão um dos 266. Item Errado – Em 2006, participaram do PISA 57
que leva o verbo para o singular: Lula foi um dos candi- países: “Entre 57 países, em 2006, o Brasil é o 52.º no
datos que venceu a última eleição presidencial (somen- aprendizado de ciências”.
te Lula venceu).
267. Item Errado – A substituição do trecho “Pior: não se
256. Item Errado – Assis Chateaubriand encontrou as vislumbra” por “O pior é que não se vislumbra” não
circunstâncias totalmente desfavoráveis para inau- provocaria erro gramatical.
gurar a televisão no Brasil em 1950, no pós-guerra,
pois em São Paulo ninguém, em 1950, possuía um te- 268. Item Correto – As vírgulas logo após “estados” e
levisor. após “públicas” têm justificativa idêntica: enumera-
ção de termos com a mesma função sintática.
257. Item Correto – O verbo “contar”, no texto, é transitivo
indireto, e exige a preposição “com”. Observemos: “É 269. Item Correto – Sabemos que denotação é o uso de
com a coragem de empreender e com a determinação de palavras em seu sentido próprio, real, do dicionário.
superar obstáculos que o Brasil precisa contar” = O Bra- Exemplo: A garota admirava-se diante do espelho. Co-
sil precisa contar com a coragem de empreender e (con- notação – é o uso de palavras em seu sentido figura-
tar) com a determinação de superar obstáculos”. do, subjetivo. Exemplo: Ele é o cabeça da turma. No
texto, o vocábulo “gargalos” é usado sentido figurado
258. Item Errado – A presença da preposição “de” justifi- ou conotativo, e significa “obstáculos”, “empecilhos”.
ca-se pela regência de “padecer”: “os atrasos de que
ainda padece” = ainda padece dos atrasos” – (quem 270. Item Errado – A forma verbal “têm” está no plural
padece, padece de algo). para concordar com o sujeito composto, isto é, for-
mado por mais de um núcleo “O caos (núcleo) es-
259. Item Correto – O pronome “delas” retoma anaforica- tampado pelos jornais em relação aos sistemas de
mente o antecedente “incógnita. Vejamos a substi- saúde dos estados, o alto grau (núcleo) de defasa-
tuição do termo “delas” por seu referente: “Há várias gem dos alunos de escolas públicas, as notas (nú-
incógnitas à espera de interpretações. A primeira das cleo) destes nas avaliações oficiais de desempenho
incógnitas (= delas) é em relação ao que o (...)” . escolar e os sensíveis gargalos” (núcleo).

260. Item Correto – As palavras “patrimônio” e “Amazô- 271. Item Correto – O termo “destes” refere-se ao antece-
nia” acentuam-se pelo mesmo motivo: paroxítonas dente “dos alunos de escolas públicas”. Quando re-
terminadas em ditongo. tomamos duas palavras ou expressões já citadas an-
teriormente utilizamos aquele(s), aquela(s) para a pa-
lavra mencionada em primeiro lugar e este(s), esta(s)
para a palavra mencionada em último lugar; caso ha- 277. Item Errado – No texto, o vocábulo “signatários” está
ja várias expressões, usa-se este(s), esta(s) para a sendo empregado com o sentido de “aquele que as-
palavra ou expressão citada por último. No texto são sina ou subscreve um documento”.
citadas várias expressões (os sistemas de saúde dos
estados, o alto grau de defasagem dos alunos de es- 278. Item Correto – Os termos “produzidas” e “lançadas”
colas públicas); a mencionada por último – “os alu- estão no feminino para concordar com o antecedente
nos de escolas públicas”. Vejamos a substituição do “toneladas” (toneladas são produzidas / toneladas
termo “destes” pelo referente “dos alunos de escolas deixaram de ser lançadas).
públicas”: “O caos estampado pelos jornais em relação
aos sistemas de saúde dos estados, o alto grau de defa-
279. Item Correto – A substituição de “se decompõe” por
sagem dos alunos de escolas públicas, as notas dos
é decomposto mantém a correção gramatical do pe-
alunos de escolas públicas nas avaliações oficiais de
ríodo: houve a transformação da voz passiva sintéti-
desempenho escolar“ (...).
ca (com o pronome apassivador “se”) para a voz
272. Item Correto – O sinal indicativo de crase em “à car- passiva analítica (com o verbo auxiliar “ser”, seguido
reira” justifica-se pela regência da palavra “garantia” do particípio do verbo da voz ativa. Vejamos: O mate-
(o termo “garantia” exige complemento nominal ini- rial orgânico (sujeito paciente) presente no lixo se
ciado por preposição “a” – quem dá garantia, dá ga- decompõe = O material orgânico (sujeito paciente)
rantia a alguém ou a algo) e pela presença de artigo presente no lixo é decomposto.
definido feminino singular que está presente antes
de “carreira”. Observemos a correlação “à” / “ao” com 280. Item Correto – Trata-se de um texto dissertativo (ex-
palavra masculina: O instituto é uma garantia de Pri- põe-se ideias, analisam-se situações, dados e fatos:
meiro Mundo ao cargo (à carreira) dos funcionários pú- composto a partir de segmentos narrativos e descri-
blicos contra as injunções políticas que certamente de- tivos. Segmentos narrativos (contam-se fatos ocorri-
correm das mudanças de governo. dos em determinado lugar e tempo): “Por intermédio
da Bolsa de Mercadorias e Futuros, a Prefeitura de São
273. Item Correto – As palavras “público”, “créditos”, “dió- Paulo colocou à venda 808.450 Reduções Certificadas
xido” e “domésticas” exigem acento gráfico com ba- de Emissões...” (fato: venda Reduções Certificadas de
se na mesma regra gramatical: todas essas palavras Emissões) / “No Aterro Bandeirantes, foi instalada, no
são proparoxítonas.
ano passado, a Usina Termelétrica Bandeirantes...”. (fa-
to: instalação da Usina Termelétrica Bandeiran-
274. Item Correto – É correto afirmar que se subentende
tes).Segmentos descritivos (sequência de aspectos:
das informações do texto que “o Protocolo de Kyoto
caracterização de objetos e de processos): “que cor-
autoriza que países desenvolvidos, signatários do
respondem a 1,6 milhão de toneladas de gás metano” /
acordo, possam comprar créditos de carbono gera-
dos em outros países para completar os índices, com “biogás rico em metano, um dos mais nocivos ao
os quais se comprometeram, de redução de suas meio ambiente”.
emissões de gases nocivos”. Vejamos a confirmação
no texto: “Por meio desse instrumento, países desen- 281. Item Correto – As orações reduzidas, estejam elas
volvidos, signatários do protocolo, que se compromete- antes ou depois da principal, devem ser separadas
ram a reduzir determinada porcentagem das suas emis- por vírgula. A expressão “formando biogás rico em
sões de dióxido de carbono e outros gases que provo- metano” é uma oração reduzida de gerúndio.
cam o efeito estufa, podem, em vez disso, comprar cré-
ditos de carbono gerados por países que tenham redu- 282. Item Errado – A substituição de “foi instalada” por
zido suas emissões domésticas”. “instalou-se” não prejudica a correção gramatical do
período, uma vez que houve apenas a substituição da
275. Item Errado – O verbo “comprometer-se”, pronominal, voz passiva analítica pela voz passiva sintética. Con-
significa “obrigar-se por compromisso”, possui sujei- versão da voz passiva analítica (verbo ser + particí-
to expresso no texto: “países desenvolvidos”. pio) na voz passiva sintética (verbo + se):

276. Item Errado – Ambos os vocábulos – “porcentagem”


1. Mantém-se o sujeito paciente.
e “percentagem” – atendem aos preceitos da norma
2. Suprime-se o verbo “ser”, e o particípio do verbo
padrão.
principal passa para o mesmo tempo e modo de
“ser”, acompanhado do pronome apassivador
“se”.
V.P.A.: A Usina Termelétrica Bandeirantes (sujeito 288. Item Errado – O vocábulo “divulgados” deve concor-
paciente) foi instalada (verbo “ser” no pretérito perfeito dar com “números”. Correção: Ao longo da última dé-
+ particípio). cada, o Brasil alcançou uma formidável conquista na
direção da universalização do ensino básico, segun-
V.P.S.: Instalou-se (verbo no pretérito perfeito) a Usina do os números da Pesquisa Nacional por Amostra de
Termelétrica Bandeirantes (sujeito paciente). Domicílios, divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística.
283. Item Correto – A oração “Ao realizar”, reduzida de
infinitivo, indicando tempo simultâneo, pode, sem
289. Item Correto – A frase está de acordo com a norma
prejuízo para a correção gramatical do período, ser
culta.
substituída por qualquer uma das seguintes: “Reali-
zando”, oração reduzida de gerúndio, “Quando reali-
290. Item Errado – O termo “também” deve ficar entre
za”, oração desenvolvida, “Com a realização de”, for-
vírgulas, ou sem vírgula nenhuma. Correção: Os nú-
ma nominal derivada do verbo “realizar”.
meros do IBGE refletem, também, (ou: refletem tam-
284. Item Errado – O emprego da preposição “de” é exigi- bém o preço pago ...)o preço pago por essa universa-
do pela regência de “exemplo”: dá o exemplo a outras lização, que foi o comprometimento da qualidade do
cidades brasileiras de como transformar os aterros ensino ao longo da década passada e a grande defi-
(quem dá exemplo, dá exemplo de algo). ciência das políticas dirigidas aos jovens de 15 anos
ou mais.
285. Item Errado – A palavra “inofensivas” está no femini-
no para concordar com o antecedente “fontes de re- 291. Item Errado – Correção: Uma radical mudança na
ceitas” (as “fontes de receitas” devem ser “inofensi- qualidade das práticas ligadas ao ensino torna-se (o
vas ao meio ambiente”). núcleo do sujeito do verbo “tornar” é “mudança”)
fundamental (o predicativo “fundamental” deve con-
286. Item Errado – O emprego de sinal indicativo de crase cordar com ”mudança”), não apenas para suprir uma
em “às empresas” justifica-se pela regência do verbo demanda por mão-de-obra cada vez mais qualificada
“dar”, verbo transitivo direto e indireto (quem dá, dá (deve-se usar “mais”, advérbio de intensidade, e não o
algo a alguém) e pela presença de artigo definido fe- adjetivo superlativo “maior”). Como política pública,
minino singular. Vejamos a correlação “à” / “ao” com ela deve ter como objetivo uma maior equidade (não
palavra masculina: “A capital dá exemplo (objeto di-
existe a palavra “equedade”) de oportunidades entre
reto), também, às empresas” (objeto indireto) / A ca-
brasileiros, sejam (o verbo concorda com o sujeito
pital dá exemplo, também, aos empresários.
“eles”) eles pobres ou (o vocábulo “sejam” deve cor-
relacionar-se com “ou”) pobres.
287. Item Correto – A expressão “nesse sistema” retoma a
ideia antecedente de transformar fontes de poluição
292. Item Correto – A substituição de “à época” seja por
em fontes de receitas inofensivas ao meio ambiente
e participar de leilões de créditos de carbono. Veja- nessa época, seja por naquela época preserva a coe-
mos no texto a substituição de “nesse sistema” por são textual e a correção gramatical do texto. A ex-
seu referente: ”Ao realizar leilões de créditos de carbo- pressão “nessa época” substitui anaforicamente
no no mercado internacional, São Paulo dá o exemplo a “1500”; o uso de “naquela época” também estaria
outras cidades brasileiras de como transformar os ater- correto, já que o pronome “aquela” se refere a um
ros, de fontes de poluição e de encargos onerosos para passado remoto – 1500.
as finanças municipais, em fontes de receitas, inofensi-
vas ao meio ambiente. A capital dá exemplo, também, às 293. Item Correto – As formas verbais “organizaram-se” e
empresas privadas controladoras de pequenas centrais “constituíram” e “Dotados” estão no plural para con-
elétricas e de projetos de biomassa, que poderiam se cordar com “tais funcionários de el-Rei”.
enquadrar nesse sistema (=de como transformar os
aterros, de fontes de poluição e de encargos onerosos 294. Item Errado – A oração adjetiva “que envolvessem
para as finanças municipais, em fontes de receitas, ino- sentenças de morte”, sem vírgulas, é restritiva, isto é,
fensivas ao meio ambiente , fortalecendo a presença do limita a significação do seu antecedente “causas
Brasil no mercado de créditos de carbono”. criminais”. Em outras palavras: a Casa de Suplicação
era o órgão judicial responsável pelo julgamento das
apelações dos cidadãos somente nas causas crimi- 298. Item Correto – É aconselhável o uso da vírgula antes
nais que envolvessem sentenças de morte. Isso sig- da conjunção “e” quando houver sujeitos diferentes:
nifica que a Casa de Suplicação não era responsável o sujeito da forma verbal “está” é “a função do ouvi-
pelo julgamento das apelações dos cidadãos que en- dor”; já o sujeito de “têm comprovado” é “as experi-
volvessem outras causas criminais. Separada por ências dos municípios e estados”. Observemos que,
vírgulas, a oração “que envolvessem sentenças de caso não houvesse vírgula anteposta ao conectivo
morte” passaria a ser explicativa, dando um novo “e”, poderíamos pensar que a expressão “as experi-
sentido à frase: Agora, a Casa de Suplicação seria o ências dos municípios e estados” seria complemento
órgão judicial responsável pelo julgamento das ape- nominal de “relacionada”, o que caracterizaria um
lações dos cidadãos em todas as causas criminais, e equívoco.
todas as causas criminais envolveriam sentenças de
morte, o que seria um absurdo. 299. Item Errado – Não pode haver crase em “as experi-
ências”, visto que essa expressão faz parte do sujeito
295. Item Errado – A forma verbal de subjuntivo “envol- de “têm comprovado” (as experiências dos municí-
vessem” está no plural para concordar com o ante- pios e estados - sujeito – têm comprovado...), portan-
cedente do pronome relativo “que” – causas crimi- to “as” é apenas artigo. Caso houvesse crase, a ex-
nais. pressão “às experiências” passaria a ser complemen-
to nominal de “relacionada”, modificando, assim, o
296. Item Errado – A expressão “ao estabelecer” indica sentido da frase, e a forma verbal “têm comprovado”
tempo simultâneo, assim como “quando estabele- ficaria sem sujeito. Tal fato deixaria o período incoe-
ceu”, e “estabelecendo”. Já “por estabelecer” e “por- rente.
que estabeleceu” expressam causa. Então, com as
duas últimas expressões, haveria alteração de senti- 300. Item Correto – Ao usar o pronome na primeira pes-
do, o que condiz com a afirmação do item 5. Também soa do plural “nossas”, o autor refere-se a todos os
se preservaria a correção do período, caso se substi- brasileiros, já que o texto foi escrito no Brasil e fala
tuísse a oração “ao estabelecer” por “por estabele- de assunto referente a todo os cidadão brasileiros.
cer” e por “estabelecendo”. Vejamos a nova frase:
“Foi, porém, Tomé de Sousa, em 1549, quem verdadei- 301. Item Correto – Em “garantindo-lhe”, o pronome “lhe”
ramente deu início à estruturação do Poder Judiciário exerce a função sintática de objeto indireto e retoma
no. Brasil, por estabelecer (ou estabelecendo) o Gover- anaforicamente o termo “cidadão”. Vejamos a substi-
no-Geral e trazer consigo o primeiro Ouvidor- Geral, Pero tuição: é importante ressaltar que seu surgimento se
Borges”. Agora o erro deste item: ao contrário do que deu com o objetivo de proteger o cidadão contra
se afirma na questão, não se preserva a correção qualquer tipo de abuso, garantindo ao cidadão os di-
gramatical do período ao se substituir a oração “ao reitos fundamentais, hoje elencados pela própria
estabelecer” por “quando estabeleceu” e por “porque Constituição Federal ( os direitos – objeto direto; lhe
estabeleceu”. Para tal, seria necessário alterar a for- – objeto indireto).
ma verbal “trazer”.
302. Item Errado – A expressão “Desde que” estabelece,
Vejamos como ficaria o novo período: “Foi, porém, entre as orações do período, uma relação de tempo
Tomé de Sousa, em 1549, quem verdadeiramente deu (Desde que = Desde quando = Desde o tempo em
início à estruturação do Poder Judiciário no Brasil, que).
quando estabeleceu (ou porque estabeleceu) o Governo-
Geral e trouxe consigo o primeiro Ouvidor-Geral, Pero 303. Item Errado – A palavra “logrou” está sendo empre-
Borges”. gada com o sentido de “conseguiu”, “alcançou”.

297. Item Correto – No caso, o verbo “recorrer” é transitivo 304. Item Correto – O emprego do termo “do que” é uma
indireto, exigindo preposição ”a” (quem recorre, recor- exigência que está vinculada ao uso da expressão
re a alguém ou a algo = podia-se recorrer ao Ouvidor- antecedente “mais significativa”, isto é faz parte de
Geral). uma estrutura comparativa: forma mais significativa...
do que a (= a forma) estabelecida por ele, genialmente,
na clássica tríplice separação dos poderes do Estado.
305. Item Correto – Em “a estabelecida”, subentende-se,
como recurso de coesão textual, a elipse da palavra
“forma”, citada na linha 4. Observemos: “a ciência po-
lítica não logrou conceber, até os nossos dias, forma
mais significativa de expressão da vontade de um povo
no que se refere à convivência em uma sociedade politi-
camente organizada do que a forma estabelecida por
ele, genialmente, na clássica tríplice separação dos po-
deres do Estado”.

306. Item Errado – O pronome masculino singular “ele”


está sendo empregado como recurso coesivo que re-
toma o termo antecedente “Montesquieu”.

307. Item Correto – As vírgulas logo após “processo” e


“defesa” têm a função de isolar elementos intercala-
dos entre o sujeito e o predicado: trata-se, respecti-
vamente, da oração adjetiva explicativa “que é o ins-
trumento que reúne todas as peças da pretensão le-
vada ao juiz”, e das expressões “seja do autor” e ‘seja
do réu”.

308. Item Errado – Em “O governo erigiu um monumento


em granito para celebrar a passagem da data nacio-
nal”, a palavra “erigiu” significa “criou”, “levantou”,
“ergueu”; no texto, possui o valor semântico “trans-
formou”.

309. Item Errado – A presença de preposição em “ao pri-


mado” justifica-se pela regência de “acatamento”.

310. Item Correto – O termo “do qual” é um elemento que


estabelece coesão textual ao referir-se ao trecho an-
teriormente expresso: “conjunto de regras de valores
supremos”. Observemos a substituição da expressão
“o qual” por “conjunto de regras de valores supre-
mos” : “... um conjunto de regras de valores supremos
não só para os julgadores mas também para as partes
do conjunto de regras de valor supremos não pode se
afastar o aplicador do direito no momento de exercer
a jurisdição (= o aplicador do direito no momento de
exercer a jurisdição não pode afastar-se do conjunto
de regras de valor supremos).

311. Item Errado – A expressão “a esse pretexto” constitui


recurso coesivo que retoma todo o parágrafo anteri-
or: o fato de “o processo legal, situado substancialmen-
te no acatamento ao primado do contraditório e do am-
plo direito de defesa, como um conjunto de regras de va-
lores supremos não só para os julgadores mas também
para as partes do qual não pode se afastar o aplicador
do direito no momento de exercer a jurisdição”.

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