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ANATOMIA HUMANA

UNIDADE II
UNIDADE 2

DISCIPLINA: ANATOMIA HUMANA

Sistema nervoso

Entre todos os sistemas, o sistema nervoso é o que dá capacidade de coordenar,


integrar, ajustar e regular todos os outros, sendo assim o mais importante, não des-
merecendo os demais, até porque mesmo sem os outros sistemas, o nervoso não
sobreviveria.

Neste módulo do sistema nervoso, você vai entender quais são suas estruturas e
onde eles se conectam e perceberá que cada individuo possui os mesmos compo-
nentes, porém acabam tendo personalidades diferentes, pois o sistema nervoso vai
se moldando com o meio, ou seja, ele dá capacidade do indivíduo ter harmonia com
o ambiente que ele se encontra.

Nos podemos dividir o sistema nervoso em três critérios, que são:

1. Divisão anatômica, que separa o sistema em duas regiões:


a) Sistema Nervoso Central (SNC)
- Encéfalo (localiza-se dentro do neurocrânio)
§ Cérebro
§ Tronco encefálico: mesencéfalo, ponte e bulbo
§ Cerebelo
- Medula espinhal (localiza-se dentro do canal vertebral)
b) Sistema Nervoso Periférico (SNP)
- Nervos
- Gânglios
- Terminações nervosas
2. Divisão embriológica, que parte do princípio na formação do embrião.
a) Prosencéfalo (corresponde ao cérebro)
- Telencéfalo
- Diencéfalo
b) Mesencéfalo (corresponde ao mesencéfalo)
c) Rombencéfalo
- Metencéfalo (corresponde ao cerebelo e à ponte)
- Mielencéfalo (corresponde ao bulbo)

Obs.: Como você pode ver no quadro abaixo, note que o cérebro (telencéfalo +
Diencéfalo) é apenas uma estrutura do encéfalo, que este é composto também pelo
tronco encefálico (Mesencéfalo ponte e bulbo) e cerebelo. Então quando for falar de
cérebro, você só está falando sobre uma parte do encéfalo! #ficaadica!

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Fonte: Marieb (2014, p. 389).

3. Divisão funcional (do Sistema Nervoso Periférico)


a) Divisão sensorial (aferente)
- Somático
- Visceral
b) Divisão motora (eferente)
- Somático
- Visceral = Sistema Nervoso Autônomo
§ Simpático
§ Parassimpático

A unidade funcional do SN é a célula denominada de Neurônio, que é capaz de pro-


duzir e conduzir impulsos nervosos dando a capacidade de enviar, receber e inter-
pretar informações. O neurônio divide-se em três partes:

o Dendritos – processos celulares que compõem a região receptiva do


neurônio, transmitindo sinais para o corpo celular.
o Corpo celular – contém o núcleo e o citoplasma, constituindo o centro
metabólico do neurônio.
o Axônio – extensão, ou processo neuronal que permite transmitir impul-
sos ao longo de distâncias substanciais dentro do corpo, para comu-
nicação com outros neurônios ou com células efetoras (musculares e
secretoras).

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Fonte: Marieb (2014, p. 366).

Os neurônios são tão específicos que necessitam de outras células para defendê-
las, nutri-las e sustentá-las chamadas de células gliais.

Plasticidade neuronal é o nome dado a essa capacidade que os neurônios têm de


formar novas conexões a cada momento. Por isso, crianças que sofreram acidentes,
às vezes gravíssimos, com perda de massa encefálica, déficits motores, visuais, de
fala e audição, vão se recuperando gradativamente e podem chegar à idade adulta
sem sequelas, iguais às crianças que nenhum dano sofreram. Saiba mais sobre isto
neste link: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v17n2/7879.pdf

Sistema Nervoso Central (SNC)

Localizado na região axial do corpo Humano formado pelo encéfalo e medula espi-
nhal. É no SNC que chegam as informações relacionadas aos sentidos como (audi-
ção, olfato, visão, tato e paladar e a partir dele sai ordens destinadas aos músculos e
glândulas.

Partindo do sentido podálico-cranial (de baixo para cima), começaremos estudando


a medula espinhal.

Medula espinhal

A medula espinhal é um órgão formado por tecido nervoso e de forma


cilindroide, localiza-se ao longo da coluna vertebral passando pelos canais verte-
brais, começando ao nível das bordas do forame magno, localizado na base do
crânio, e se estende até as vértebras lombares L1 e L2 afilando-se em formato
de cone, o chamado cone medular. Do cone medular até o cóccix permanece
apenas um filamento meníngeo, chamado filamento terminal. Ao redor do cone
medular e do filamento terminal existem as raízes nervosas dos últimos nervos
espinhais – essa região é chamada cauda equina. Ao longo da medula existe 2
regiões mais calibrosas denominadas de intumescência cervical (conexão com
o plexo braquial; inervação dos membros superiores) e intumescência lombar

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(conexão com o plexo lombossacral; inervação dos membros inferiores) que po-
demos observar na figura abaixo. A medula espinhal possui três funções básicas,
que são:

1. Inervação sensório-motora do corpo inteiro abaixo da cabeça, através dos


nervos espinhais que se conectam a ela.
2. Condução de sinais entre o corpo e o encéfalo, nos dois sentidos, através
dos tratos ascendentes e descendentes que percorrem sua substância bran-
ca.
3. Centro importante para os reflexos, por meio da integração sensório-moto-
ra em sua substância cinzenta.

Fonte: Marieb (2014, p. 422).

Há 31 pares de nervos espinhais que se conectam à medula, por meio das raízes
dorsal e ventral de cada um deles. Esses pares ne nervos podem ser divididos em

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grupos de acordo com sua localização em:

cervical (8),
torácico (12),
lombar (5),
sacral (5)
coccígeo (1).

O primeiro nervo espinhal sai acima da vértebra C1; cada nervo espinhal cervical
subsequente sai na posição inferior a uma vértebra cervical. Os nervos espinhais to-
rácicos, lombares e sacrais saem abaixo da vértebra da qual receberam o nome.

Vamos analisar agora um corte transversal da medula espinhal. O sulco mediano


posterior e a fissura mediana anterior percorrem todo o comprimento da medula,
dividindo-a parcialmente nas metades direita e esquerda. Além disso, podemos ver
que ela apresenta duas regiões: a externa de substância branca e a interna de subs-
tância cinzenta

Fonte: Marieb (2014, p. 424).

A substância branca da medula espinhal é formada por axônios mielinizados e não


mielinizados que permitem a comunicação entre diferentes partes da medula espi-
nhal e entre a medula e o encéfalo. Essas fibras são classificadas em três tipos:

§ Ascendentes – transmitem informações sensoriais dos neurônios senso-


riais do corpo até o encéfalo.
§ Descendentes – transmitem instruções motoras do encéfalo para a medu-
la espinhal,
§ para a contração dos músculos.
§ Comissurais – transmitem informações da medula espinhal de um lado
para o outro.

A substância branca em cada lado da medula espinhal é dividida em três funículos


(anterior, lateral e posterior) que contêm muitos tratos fibrosos.
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A substância cinzenta da medula espinhal é formada por uma mistura de corpos ce-
lulares neuronais, neurônios curtos e não mielinizados e neuróglia. Ela tem a forma
da letra H ou de uma borboleta, no corte transversal, e pode ser dividida nas seguin-
tes partes:

§ Cornos dorsais/posteriores (dois braços posteriores do H) – formados


por interneurônios, os quais recebem informações dos neurônios sen-
soriais cujos corpos celulares estão situados do lado de fora da medula
espinhal nos gânglios da raiz dorsal e cujos axônios alcançam a medula
espinhal via raízes posteriores.
§ Cornos ventrais/anteriores (dois braços anteriores do H) e cornos la-
terais (apenas nos segmentos torácico e lombar superior da medula
espinhal) – contêm corpos celulares de neurônios motores que enviam
seus axônios para fora da medula espinhal via raízes anteriores, a fim de
abastecer músculos e glândulas.
§ Comissura cinzenta – barra transversal do H.
§ Canal central – cavidade central da medula espinhal, vestígio da luz do
tubo neural ou medula primitiva.

O sistema nervoso central assim como a medula que faz parte deste sistema é re-
vestida por três tecidos chamadas de meninges.

As meninges são três membranas de tecido conjuntivo situadas no lado externo do


encéfalo e da medula espinhal, partindo da parte mais externa para a mais interna
temos:

- Dura-máter – é a mais espessa e resistente. Ao redor do encéfalo, apresen-


ta duas camadas fundidas, que se separam apenas para envolver os seios
venosos. Ela forma algumas extensões planas que limitam o movimento do
cérebro dentro do crânio: a foice do cérebro, a foice do cerebelo e o tentório
do cerebelo.
- Aracnoide-máter – encontra-se logo abaixo da dura-máter e entre elas si-
tua-se o fino espaço subdural. Abaixo dela está o amplo espaço subaracnói-
deo, que é atravessado por fios como uma teia, que segura a aracnoide-máter
na pia-máter subjacente. Esse espaço é preenchido com líquido cerebrospinal
e contém os maiores vasos sanguíneos que abastecem o encéfalo. Sobre a
parte superior do encéfalo, a aracnoide-máter forma as granulações aracnoi-
des, que se projetam no seio sagital superior e agem como válvulas, permi-
tindo a passagem do líquido cerebrospinal do espaço subaracnóideo para os
seios venosos durais.
- Pia-máter – é delicada e altamente vascularizada com finos vasos sanguí-
neos. Ao contrário das outras meninges, ela adere firmemente à superfície do
encéfalo, acompanhando cada espiralamento.

As funções das meninges são:

§ Revestir e proteger o SNC.


§ Confinar e proteger os vasos sanguíneos que abastecem o SNC.
§ Conter o líquido cerebrospinal no espaço subaracnóideo e ventrículos en-
cefálicos .

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O líquido cerebrospinal é um líquido aquoso que preenche o espaço subaracnóideo
e as cavidades ventriculares do encéfalo e da medula espinhal e ajuda na proteção
e nutrição do tecido neural. O encéfalo e a medula espinhal realmente flutuam no
líquor, o que impede que esses órgãos delicados sejam esmagados sob seu próprio
peso. Embora tenha composição similar ao plasma sanguíneo que o origina, o líqui-
do cerebrospinal contém mais íons sódio e cloro e menos proteínas. É produzido nos
ventrículos do encéfalo (nos plexos corioides), circula pelas cavidades ventriculares
do SNC e pelo espaço subaracnóideo e é reabsorvido para o sangue nos seios ve-
nosos durais

O líquido cefalorraquidiano (líquor) é produzido constantemente dentro dos ventrícu-


los cerebrais. Em pessoas normais, o líquor normalmente flui através de vias de um
ventrículo ao próximo, e então para fora do cérebro, descendo para a medula espi-
nhal.

Se as vias de drenagem do líquor forem obstruídas em algum ponto, o fluído se acu-


mula nos ventrículos do cérebro, causando neles um inchaço - resultando na com-
pressão do tecido ao redor. Em bebês e crianças, a cabeça se alargará; em crianças
mais velhas e adultos, o tamanho da cabeça não aumenta porque os ossos que for-
mam o crânio já estão completamente unidos.

Ficou curioso sobre esta alteração Anatomo-fisiológica? Então descubra um pouco


mais! Pesquise! podemos iniciar neste link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrocefalia

Obs.: A barreira hematoencefálica são junções impermeáveis entre as células


do epitélio dos capilares cerebrais protegendo o tecido nervoso contra toxinas
transportadas pelo sangue, como a ureia, as toxinas brandas dos alimentos e as
toxinas bacterianas. Porem permitem a entrada de nutrientes (incluindo o oxigênio) e
dos íons necessários para os neurônios, além de moléculas lipossolúveis (permitindo
que o álcool, a nicotina e os agentes anestésicos cheguem aos neurônios cerebrais).

Tronco encefálico

Encontra-se logo acima da medula espinhal e abaixo ao diencéfalo, ficando anterior-


mente ao cerebelo e é dividido em três partes: bulbo, ponte e mesencéfalo.

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Fonte: Marieb (2014, p. 394).

Ele apresenta quatro funções gerais:

1. É uma via de passagem para todos os tratos fibrosos que vão do cerebelo até
a medula espinhal.
2. Participa da inervação da face e da cabeça (10 a 12 pares de nervos craniais
se conectam a ele).
3. Produz comportamentos programados e automáticos, essenciais para a so-
brevivência.
4. Integra os reflexos auditivos e visuais.

Bulbo

Encontra-se na parte inferior do tronco encefálico em continuidade a medula espi-


nhal o bulbo também conhecida como medula oblonga tem como função a “vida ve-
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getativa” do indivíduo, como o controle da frequência cardiorrespiratória, controle da
pressão arterial, ato de engolir e espirro. Nesta estrutura podemos evidenciar:

§ Pirâmides bulbares– localizadas uma de cada lado da linha média anterior do


bulbo. São formadas pelos tratos piramidais, grandes tratos fibrosos que se ori-
ginam em neurônios piramidais no cérebro e descem pelo tronco encefálico e a
medula espinhal, transmitindo saída motora voluntária para a medula espinhal.
o Decussação das pirâmides – é “um cruzamento em forma de X”, no
qual 70 a 90% das fibras piramidais atravessam para o lado oposto do
encéfalo. Como consequência, cada hemisfério cerebral controla os
movimentos voluntários do lado oposto do corpo.
§ Olivas – localizadas ao lado de cada pirâmide. Elas contêm os núcleos olivares
inferiores, formados por substância cinzenta. Esse núcleo encefálico é uma esta-
ção retransmissora (processa e edita as informações antes de passá-las adiante)
das informações sensoriais que seguem para o cerebelo, especialmente as pro-
prioceptivas que sobem da medula espinhal.
§ Pedúnculos cerebelares superior, médio e inferiores – tratos fibrosos que co-
nectam o bulbo ao cerebelo no lado dorsal.
§ Núcleo grácil e núcleo cuneiforme – núcleos retransmissores situados interna-
mente. As fibras ascendentes transmitem a sensação geral dos sentidos discrimi-
nativos (tato, pressão, posição do membro/articulação) da pele e os propriocepto-
res se comunicam por sinapse nesses núcleos bulbares ao longo do caminho até
o cérebro.
§
Quatro pares de nervos cranianos emergem no bulbo:

Nervo glossofaríngeo (IX par), Nervo vago (X par), Nervo acessório (XI
par), Nervo hipoglosso (XII par).

Ponte

A ponte forma uma ligação central entre o tronco encefálico e o cerebelo através dos
pedúnculos cerebelares.
Os espessos tratos motores piramidais que descem do córtex cerebral pas-
sam pela ponte na direção anterior. Essa via está ligada à coordenação dos movi-
mentos voluntários.

Os nervos cranianos que se conectam à ponte são:


Nervo trigêmeo (V par), Nervo abducente (VI par), Nervo facial (VII par) e
Nervo vestibulococlear (VIII par).

Mesencéfalo

Está situado entre o diencéfalo e a ponte. A cavidade central do mesencéfalo é o


aqueduto do mesencéfalo (une o 3º ventrículo ao 4º ventrículo), que divide o mesen-
céfalo em teto, no lado posterior, e pedúnculos cerebrais, no lado anterior. Ele apre-
senta as seguintes estruturas:

§ Pedúnculos cerebrais – na superfície anterior do cérebro, formam pilares verti-

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cais que parecem segurar o cérebro; contêm tratos motores piramidais que des-
cem do cérebro para a medula espinhal.
§ Substância negra – observada no corte transversal, é composta por corpos ce-
lulares neuronais ricos em melanina. Esse núcleo cerebral está ligado funcional-
mente à substância cinzenta profunda do cérebro, os núcleos (gânglios) basais, e
ao controle do movimento voluntário. A degeneração dos neurônios na substân-
cia negra é a causa da doença de Parkinson.
§ Núcleo rubro – abaixo da substância negra, apresenta corpos celulares ricos em
ferro. Ajuda a realizar movimentos de flexão dos membros e está intimamente
associado ao cerebelo.

No mesencéfalo estão localizados os núcleos dos nervos cranianos oculomotor (III


par) e troclear (IV par).
Há quatro núcleos cerebrais (corpos quadrigêmeos) que formam intumescência na
superfície posterior do mesencéfalo:

§ Dois colículos superiores – atuam nos reflexos visuais; por exemplo, quando
os olhos acompanham objetos em movimento, mesmo se a pessoa não estiver
olhando para eles conscientemente.
§ Dois colículos inferiores – pertencem ao sistema auditivo; por exemplo, quando
você se assusta com um som alto, sua cabeça e seus olhos viram-se automatica-
mente para a direção de que veio esse som.
Entre os corpos quadrigêmeos encontra-se uma depressão em formato de cruz
denominada de sulco cruciforme.

Cerebelo

Está situado em posição dorsal por trás da ponte e ao bulbo, dos quais está separa-
do por um espaço denominado de quarto ventrículo. Funcionalmente o cerebelo é a
parte do encéfalo responsável pela manutenção do equilibro e pelo controle do tônus
muscular e dos movimentos involuntários, bem como pela aprendizagem motora.
Dependemos do cerebelo para andar, correr, pular, andar de bicicleta, entre outras
atividades.

É constituído por 2 hemisférios - os hemisférios cerebelares, e por uma parte central,


chamada de Vermis. Os hemisférios cerebelares são subdivididos em três lobos:

§ Lobo Anterior.
§ Lobo Podterior.
§ Lobo floculonodular.
Onde os dois primeiros lobos estão relacionados à coordenação dos movi-
mentos do tronco e dos membros, já o lobo floculonodular está relaciona-
do ao ajuste da postura para manter o equilíbrio e coordenação do movi-
mento da cabeça e dos olhos.

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Fonte: Marieb (2014, p. 398).

O termo cerebelo deriva do latim e significa “pequeno cérebro”. Todas as fibras que
entram e saem do cerebelo são ipsilaterais (vão e vêm do mesmo lado do corpo).

Diencéfalo

Forma a parte central do encéfalo e é circundado pelos hemisférios cerebrais direto


e esquerdo. O diencéfalo consiste praticamente em quatro estruturas pareadas: tála-
mo, hipotálamo, subtálamo e epitálamo. Elas margeiam o terceiro ventrículo e são
constituídas principalmente de substância cinzenta.

Telencéfalo

O telencéfalo é formado pelos dois hemisférios cerebrais, o direito e o esquerdo, que


são separados parcialmente pela fissura longitudinal do cérebro. Sendo que é dividi-
do em 5 lobos: frontal, parietal, occipital, temporal e a ínsula, sendo que esta última
não se relaciona diretamente com nenhum osso e situa-se profundamente no sulco
lateral.

Lobo frontal
Responsável pela elaboração do pensamento, planejamento, programação de ne-

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cessidades individuais e emoção. Os lobos frontais são considerados o nosso centro
de controle emocional.
Existem diferenças assimétricas importantes nos lobos frontais. O lobo frontal es-
querdo está envolvido no controle de movimentos relacionados à linguagem, en-
quanto o lobo frontal direito desempenha um papel em habilidades não verbais.
Alguns pesquisadores enfatizam que esta regra não é absoluta e que em muitas
pessoas ambos os lobos estão envolvidos em praticamente todos os comportamen-
tos.
Lobo temporal
Lobo temporal é a estrutura central responsável pelo gerenciamento da memória.
Fica localizado na parte lateral do cérebro. Os lobos temporais estão localizados na
zona por cima das orelhas, tendo como principal função processar os estímulos au-
ditivos.
Na superfície súpero-lateral é limitado superiormente pelo sulco lateral e a linha ima-
ginária que forma o limite inferior do lobo parietal.
O lobo temporal está associado regra geral seguintes funções:
Córtex auditivo primário – está contido em parte da superfície superior do lobo tem-
poral que se continua com uma pequena área da circunvolução temporal superior.
Área de Wernicke – Importante para a compreensão da linguagem. Porção posterior
da circunvolução temporal superior (geralmente do hemisfério esquerdo). Alguns au-
tores estendem esta área para o lóbulo parietal inferior e para o giro temporal médio.
Processamento da informação visual – está particularmente contido na superfície
inferior do temporal. Aprendizagem e memória – Parte mais medial do lobo temporal.
Lobo Parietal
Responsável pela somestesia ou seja percepção de sensação de dor, tato, gusta-
ção, temperatura, pressão. Estimulação de certas regiões deste lobo em pacientes
conscientes, produzem sensações gustativas. Também está relacionado com a lógi-
ca matemática. 
Os lobos parietais podem ser divididos em duas regiões funcionais. Uma envolvida
na sensação e na percepção e outra responsável pela integração do input sensorial,
primariamente com o sistema visual.
Lobo Occipital
Localiza-se na porção posterior o de o osso occipital o protege, responsável pelo
processamento da informação visual. Danos nesta área promove cegueira total ou
parcial. 
Lobo da ínsula
O lobo da ínsula está localizado na parte mais profunda do cérebro na face interna
do lobo frontal é separada dos demais lobos por sulcos pré-insulares, uma de suas
funções principais é coordenar as emoções fazendo parte do sistema límbico.

Funciona como uma espécie de intérprete do cérebro, ao traduzir sons, cheiros, sa-
bores, sentimentos de nojo, desejos, raiva, orgulho, e todas as formas de emoção e

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sentimentos são processados na porção frontal da ínsula.

Fonte: Marieb (2014, p. 403).

Circulação arterial do cérebro

O círculo arterial do cérebro, também conhecido como polígono de Willis, é uma


anastomose entre as principais artérias que irrigam o encéfalo: comunicante anterior,
cerebrais anteriores, carótidas internas, comunicantes posteriores e cerebrais poste-
riores. Ele tem formato semelhante a um pentágono e está localizado na superfície
do encéfalo.

Já a drenagem venosa do encéfalo é realizada por veias que drenam para os seios
durais (seios venosos da dura-máter) e deles para as veias jugulares internas, princi-
palmente.

Sistema nervoso periférico

É formada por células de tecido nervoso que se localizam fora do SNC. Os corpos
celulares periféricos podem se agrupar formando os gânglios, os quais podem ser
sensitivos ou motores. As fibras nervosas periféricas podem se agrupar formando os
nervos.

As fibras nervosas transmitem impulsos que saem (eferentes ou motoras) do SNC


ou chegam (aferentes ou sensoriais) a esse sistema. Cada fibra nervosa é formada
por um axônio e seu envoltório, chamado neurolema. De acordo com a produção de
mielina pelo neurolema, elas são classificadas como mielínicas (conduzem o impulso
rapidamente) ou amielínicas.
Um nervo é composto por:

§ Um feixe de fibras nervosas.


§ O tecido conjuntivo que as reveste – formado por três camadas: endoneu-
ro, perineuro e epineuro.
§ Os vasos sanguíneos que as nutrem.
Os nervos são classificados como cranianos ou espinhais ou podem ser derivados
deles.
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§ Nervos cranianos – há 12 pares que, por definição, saem do SNC (eles já
foram mencionados anteriormente ao longo deste tema). Veja Figura 2.17.
I. Olfatório – é o nervo sensitivo do olfato.
II. Óptico – é nervo sensitivo da visão.
III. Oculomotor – inerva quatro dos músculos extrínsecos do olho (movem o
globo ocular na órbita).
IV. Troclear – inerva um músculo extrínseco do olho.
V. Trigêmeo – possui três grandes ramos que fornecem inervação sensitiva
geral para a face e inervação motora para os músculos da mastigação.
VI. Abducente – inerva o músculo que abduz o globo ocular.
VII. Facial – inerva os músculos da expressão facial, além de outras estrutu-
ras.
VIII. Vestibulococlear – é o nervo sensitivo da audição e do equilíbrio.
IX. Glossofaríngeo – inerva a língua e estruturas da faringe.
X. Vago – inerva vísceras no tórax e no abdome; pertence ao sistema paras-
simpático.
XI. Acessório – faz inervação motora aos músculos trapézio e esternocleido-
mastóideo.
XII. Hipoglosso – inerva músculos da língua.
§ Nervos espinhais – são 31 pares de nervos que se conectam à medula
espinhal, saindo da coluna vertebral por meio dos forames intervertebrais.
Cada um deles tem duas raízes( raízes ventrais e dorsais).

Sistema autônomo

E responsável pelo controle das funções viscerais como por exemplo: motilidade do
trato gastrointestinal, sudorese e controle da pressão arterial. O sistema autônomo
pode é composto por três sistemas, que são o simpático, parassimpático e entérico.

Sistema Nervoso Autônomo Simpático

Conta com uma cadeia de gânglios simpáticos paravertebrais situadas bilateralmen-


te ao lado da coluna vertebral torácica e lombar. Tem como função o sistema nervo-
so simpático estimular ações que permitem ao organismo responder a situações de
enfrentamento ou fuga, como por exemplo um assalto, fazendo com que ocorra ace-
leração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, o aumento da adre-
nalina, a concentração de açúcar no sangue pela ativação do metabolismo geral do
corpo e processam-se de forma automática, independentemente da nossa vontade.

Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático

Anatomicamente o sistema nervoso autônomo parassimpático está situado na


porção cranial e caudal da coluna vertebral. Tem como função economia e conserva-
ção de energia do organismo, acalmando e restabelecendo o corpo após uma situa-
ção de emergência,

Logo abaixo podemos evidenciar como estes sistemas funciona, onde um regula o
outro.

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Fonte: Marieb (2014, p. 487).

O sistema nervoso é muito complexo, mas ao mesmo tempo fascinante! Vá para o


livro texto, acesse a biblioteca virtual! #ficadica e Bom estudo!

Sistema Circulatório

Sabemos que a célula recebe nutrientes e ao mesmo tempo elimina os produtos fi-
nais de seu metabolismo, para garantir sua própria sobrevivência.

O sistema cardiovascular ajuda neste processo, tanto nutrindo como ajudando a eli-
minar as excretas metabólicas.

Para facilitar nosso estudo consideramos os seguintes componentes do sistema cir-


culatório:
§ Pericárdio
§ Coração
§ Artérias
§ Veias
§ Capilares
§ Vasos linfáticos

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Pericárdio

O pericárdio é uma membrana fibrosserosa que reveste o coração e o início dos


grandes vasos (aorta ascendente, tronco pulmonar e veia cava superior). É um saco
fechado formado por duas camadas :

§ Pericárdio fibroso – camada externa grossa e resistente (tecido conjunti-


vo denso). Funde-se ao diafragma no ligamento pericardiofrênico.
§ Pericárdio seroso:

a) Lâmina parietal – reveste internamente o pericárdio fibroso;


b) Lâmina visceral (epicárdio) – aderido ao coração.
Entre essas duas lâminas há a cavidade pericárdica, com uma fina pelícu-
la de líquido, a qual permite o deslizamento das lâminas durante as mu-
danças de volume do coração.

O pericárdio encontra-se em uma região da cavidade torácica denominada de me-


diastino médio.

O mediastino é uma região que fica entre os pulmões e que se estende no sentido
sagital da face posterior do esterno até a face anterior da coluna vertebral, e no sen-
tido crânio-caudal vai da abertura superior do tórax até o músculo diafragma.

Fonte: Anatomia Humana, Marieb 7 ed.

O pericárdio tem como função separar o coração completamente dos órgãos vizi-
nhos. Colabora em manter o coração na sua posição e devido seu formato e estrutu-
ra, permite uma liberdade de movimentação do coração.

Fonte: Anatomia Humana, Marieb 7 ed.

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Coração

Localiza-se na porção média do mediastino inferior, possui uma forma cônica apre-
sentando uma base súpero-posterior voltada para direita e para cima e um ápice
para baixo voltado para o lado esquerdo.

Muitos autores consideram o tamanho do coração igual ao tamanho da mão fecha-


da, porem esse relato nem sempre corresponde a realidade. A parede do coração é
formada por três camadas: epicárdio (mais externa), miocárdio (o músculo cardíaco
propriamente dito) e endocárdio (mais interna).

O coração é um órgão oco dividido em quatro câmaras cárdicas. Onde se comuni-


cam entre se e com os grandes vasos através de quatro valvas (duas atrioventricu-
lares e duas semilunares). Essas valvas se abrem ou se fecham durante o ciclo car-
díaco para regular a passagem do sangue. O ciclo cardíaco apresenta basicamente
duas fases: diástole (ventrículos relaxados, que se enchem de sangue que vem dos
átrios) e sístole (ventrículos se contraem, ejetando sangue para os grande vasos).
Podemos entender cada câmara estudando separadamente:

§ Átrio direito – recebe sangue venoso (ou seja rico em CO2) das veias cavas su-
perior e inferior e do seio coronário e ejeta sangue para baixo no sentido do ven-
trículo direito. Podemos observar neste espaço algumas estruturas como:
o Valva tricúspide – é uma valva atrioventricular que impede o refluxo
de sangue do ventrículo direito para o átrio direito durante a sístole
ventricular. É formada por três válvulas ou folhetos (daí o seu nome).
o Septo interatrial – é uma parede, que separa os dois átrios. Do lado
direito, contém a fossa oval, que corresponde ao local do forame oval
que se fechou (uma comunicação entre os dois átrios existente no pe-
ríodo fetal) e sua borda é denomina de limbo da fossa oval.
o Triângulo de Koch – região entre a valva tricúspide e o seio coronário,
que contém o nó sinoatrial (ou nó sinusal).
o Músculos pectíneos- Começam a direita na crista terminal do átrio
direito (este músculo só aparece nesta câmara cardíaca). 
o Aurícula direita – Localizada parte ântero-superior do átrio, entre o
ventrículo direito e a veia cava superior e envolve a porção inicial da
aorta e sua forma lembra ligeiramente a orelha externa.

§ Ventrículo direito – recebe sangue venoso do átrio direito, durante a diástole


ventricular e sístole atrial. Durante a sístole ventricular, ejeta sangue para o tron-
co arterial pulmonar, que depois se divide nas artérias pulmonares direita e es-
querda, mandando o sangue para seus respectivos pulmões. Tem a parede mais
delgada do que o ventrículo esquerdo e possui:
o Valva pulmonar – é uma valva composta por três válvulas. Impede o
refluxo de sangue do tronco pulmonar para o ventrículo direito durante
a diástole encontra-se na entrada do tronco arterial pulmonar.
o Septo interventricular – uma parede espessa que separa os dois ven-
trículos.
§ Átrio esquerdo – recebe sangue arterial das quatro veias pulmonares e ejeta para
o ventrículo esquerdo.
o Valva mitral – é uma valva atrioventricular que impede o refluxo san-
guíneo do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo durante a sístole.
É formada por dois folhetos.
o Aurícula esquerda – Situa-se ventralmente e a esquerda do tronco
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pulmonar, sendo mais estrita e alongada que a aurícula direita.
§ Ventrículo esquerdo – recebe sangue do átrio esquerdo durante a diástole e
ejeta sangue para a aorta durante a sístole. Apresenta uma parede grossa e tem
maior força de contração, afinal, ele é responsável por bombear sangue para o
corpo inteiro! E precisa de força para vencer a resistência periférica.
o Valva aórtica – é uma valva semilunar que impede o refluxo sanguíneo
da aorta para o ventrículo esquerdo durante a diástole. Ela é composta
por três válvulas, que formam três seios aórticos: esquerdo (contém a
abertura da artéria coronária esquerda), direito (contém a abertura da
artéria coronária direita) e posterior.

Observação :

A cavitação das paredes ventriculares forma uma esponja de feixes muscula-


res – trabeculae carneae ou trabéculas cárneas. Alguns desses feixes se tornam
os músculos papilares e cordas tendíneas. Músculos papilares são projeções
musculares cônicas do miocárdio com bases fixadas à parede ventricular, no ventrí-
culo esquerdo são encontrados músculos papilares anteriores e posteriores que
são maiores que aqueles do ventrículo direito. São de grande tamanho e terminam
em extremidades arredondadas, onde as cordas tendíneas se inserem. As cordas
tendíneas de cada ápice do músculo papilar dirigem-se a ambas as cúspides da
valva. Os músculos papilares, juntamente com as cordas tendíneas, auxiliam o fun-
cionamento da sístole (mecanismo de contração) no átrio direito e da diástole (rela-
xamento) no átrio esquerdo por meio das valvas, os músculos papilares começam
a se contrair antes da contração do ventrículo direito, tensionando as cordas tendí-
neas e aproximando as valvas. 

Figura: Corte coronal do coração

Fonte: Anatomia Humana, Marieb 7 ed.

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O coração tem como função levar o sangue para todo o corpo inclusive para ele
mesmo onde a irrigação é feita pelas artérias coronárias direita e esquerda (origina-
dos do ramos da aorta ascendente) e seus ramos:

1. Artéria coronária esquerda


a) Artéria interventricular anterior
o Ramos septais e diagonais.
b) Artéria circunflexa
o Ramo marginal esquerdo;
o Ramo posterior do ventrículo esquerdo.
2. Artéria coronária direita
a) Ramo do nó sinoatrial;
b) Ramo marginal direito;
c) Artéria interventricular posterior;
d) Artéria do nó atrioventricular.
A drenagem venosa do coração é realizada principalmente por veias que desembo-
cam no seio coronário (e dele tributam para o átrio direito):
1. Do lado esquerdo do seio coronário
a) Veia interventricular anterior (veia cardíaca magna) – é a principal veia
do coração;
b) Veia oblíqua do átrio esquerdo;
c) Veia posterior do ventrículo esquerdo.
2. Do lado direito do seio coronário
a) Veia cardíaca média;
b) Veia cardíaca parva.

Para que ocorra a contração o coração possui um sistema de condução próprio que
coordena as contrações que acontecem em cada ciclo cardíaco.

A origem do impulso nervoso começa no nó sinoatrial (ou nó sinusal), localizado,


como vimos, no átrio direito. Esse nó é o marca-passo cardíaco natural (diferente do
artificial): ele inicia e controla os impulsos elétricos para o coração se contrair.

Tem a capacidade de iniciar sozinho o impulso, e isso acontece cerca de 70 vezes


por minuto! Por toda a vida podendo aumentar ou diminuir de acordo com a situação
que o indivíduo esteja necessitando. O sinal emitido pelo nó sinoatrial é transmitido
pelas fibras musculares, provocando a contração dos átrios. Além disso, o impulso
propaga-se principalmente por três fascículos até o nó atrioventricular. Este nó está
localizado na porção inferior do septo interatrial, próximo da abertura do seio coro-
nário. O nó atrioventricular transmite o impulso para o fascículo atrioventricular, que
segue pelo septo interventricular e se divide em ramos direito e esquerdo. Cada um
deles depois se ramifica nas chamadas fibras de Purkinje, que se distribuem pelas
paredes dos ventrículos e músculos papilares, levando o sinal para que eles se con-
traiam.

Caso tenha interesse de saber um pouco mais sobre os marcapasso cardíaco artifi-
cial acesse este link:

http://www.scielo.br/pdf/rba/v53n6/v53n6a15.pdf

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Vasos sanguíneos

Os vasos sanguíneos são os condutores do sangue do e para o coração. Para reali-


zar essa operação, são divididos em três tipos:
1. Artérias – com suas paredes espessas, recebem o sangue que sai do cora-
ção em alta pressão e o distribui pelo corpo, através de um sistema ramifica-
do, até as arteríolas, que passam o sangue para os capilares.
2. Capilares – compõem o leito capilar e neles ocorre a troca de gases, nutrien-
tes, resíduos e outras substâncias. Os capilares transportam o sangue para
vênulas e, dessas, o sangue vai para pequenas veias.
3. Veias – recebem o sangue das vênulas e se ramificam em estruturas maiores
até levar o sangue, bem menos oxigenado, de volta ao coração.

Ou seja enquanto as artérias irrigam os órgãos, os capilares facilitam a troca gasosa


do sangue para o tecido e vice-versa, as veias drenam o sangue dos órgãos para o
coração.

Fica a dica !
Um fenômeno muito importante é o da anastomose, que significa a comuni-
cação entre os vasos sanguíneos. Quando o padrão normal de comunicação
entre os vasos é interrompido por uma doença, pela compressão de uma
artéria ou por outros fatores, formam-se redes de transporte auxiliar. Em um
tempo relativamente curto, uma série de canais menores se torna o caminho
opcional e eles podem aumentar de tamanho, a fim de garantir a circulação
colateral.

Sistema linfático

Os componentes do sistema linfático estão distribuídos por quase todas as partes do


corpo. Tem início no espaço intersticial de quase todos os tecidos, através de vasos
de calibres microscópico, que vão se reunindo em vasos de calibre cada vez maio-
res e terminam em dois grandes vasos, que se abrem em grandes veias do pescoço.

O sistema linfático retira o excesso de líquido que está no compartimento intersticial


(entre as células), filtra através dos linfonodos e o transporta de volta para a corrente
sanguínea. É um sistema auxiliar de drenagem, ou seja, auxiliar do sistema venoso.

Devido ao sistema linfático, em condições normais esse volume é constante e não


há excesso de proteínas ou outros resíduos celulares nesses espaços intersticiais.

O sistema linfático é formado por:

1. Plexos linfáticos – são redes de capilares cegos, presentes na maioria dos


tecidos e localizados nos espaços intercelulares. Seu endotélio muito fino per-
mite que elementos como proteínas plasmáticas, bactérias, resíduos celulares
e até mesmo células inteiras entrem nesses capilares, junto com o excesso
do líquido tecidual.

2. Vasos linfáticos – estão distribuídos em todo o corpo e, além de terem pare-


des finas, também dispõem de válvulas linfáticas. Esses vasos só não estão
presentes em ossos, dentes, medula óssea e no sistema nervoso central.
3. Linfa – esse é o nome dado ao líquido tecidual, que costuma ser transparen-
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te, amarelado e aquoso. Ele entra nos capilares (plexos) linfáticos e é trans-
portado pelos vasos linfáticos.

4. Linfonodos ou nódulos linfáticos – são pequenos órgãos, geralmente ovoi-


des, compostos por tecido linfático, interpostos no trajeto dos vasos linfáticos.
São responsáveis pela filtragem da linfa até o sistema venoso. Em um pro-
cesso inflamatório, o linfonodo pode inchar e tornar-se doloroso, fenômeno
conhecido popularmente como íngua.

5. Linfócitos – essas são as células de defesa que reagem quando identificam


elementos estranhos.

6. Órgãos linfoides – é nesses órgãos que os linfócitos (ou as células envolvidas


na imunidade) se desenvolvem e são capazes de realizar as suas funções:
timo, baço, medula óssea vermelha e tonsilas. Também existe tecido linfoide
nas mucosas, principalmente no sistema digestório.

Os ductos linfáticos mais calibrosos são:

- Duto linfático direito – é responsável pela drenagem da linfa do quadrante


superior direito do corpo, incluindo lado direito da cabeça, pescoço, tórax e
membro superior direito. Desemboca na junção da veia jugular interna direita
com a veia subclávia direita.
- Duto torácico – é responsável pela drenagem da linfa do resto do corpo.
Desemboca na junção da veia jugular interna esquerda com a veia subclávia
esquerda.

No nosso corpo há órgãos que estão relacionados ao sistema linfático, que são o
baço e o timo.

Baço

Está situado principalmente na região do hipocôndrio esquerdo, com sua extremida-


de superior atingindo a região epigástrica. Situa-se entre o fundo do estômago e o
diafragma. É um órgão carnoso e arroxeado que tem tamanho e formato semelhan-
tes a uma mão fechada.

Maior dos órgãos linfáticos, participa dos processos de hematopoese (produção de


células sanguíneas, durante a vida fetal) e hemocaterese (destruição de células san-
guíneas defeituosas ou velhas, com mais de 120 dias). Sua função imunológica de
produção de anticorpos e proliferação de linfócitos ativados, protegendo contra infec-
ções, é extremamente importante.

Timo

O tamanho do timo varia muito com a idade. Consiste em 2 lobos laterais unidos en-
tre si por meio de tecido conjuntivo. Por ocasião do nascimento ele tem um peso em
torno de 10g e continua a crescer até a puberdade quando seu peso atinge 30-40
gramas. Da puberdade em diante diminui progressivamente e vai sendo substituído
por tecido adiposo, de maneira que no adulto médio normal pesa cerca de 10gra-
mas.

Ele se localiza na porção anterossuperior do mediastino, na cavidade torácica.


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