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Há uma grandiosidade de concepções acerca do que vem a ser a ideologia.

Para
o senso comum um conjunto de ideias neutras, uma visão de mundo, ou um conjunto
de pensamentos vultuosos de questões culturais. Para pensadores que utilizam da
ótica critica um instrumento de persuasão ou convencimento. para designar o "estudo
científico das ideias". Destutt de Tracy utilizou de metodologia das ciências naturais
para compreender a origem e a formação das ideias em relação ao indivíduo em
interação com o meio ambiente, criando assim “a ciência das ideias”, conhecido como
o “pai” do termo ideologia.
De berço vulgar, a ideologia até o século XIX era pejorativa uma forma grosseira
de xingamento que posteriormente foi ressignificada com as ideias de Karl Marx. Em
suas teorias e criações, nos deixou de herança o Marxismo como uma análise
socioeconômica das relações de classes e conflitos sociais onde as ideologias
sustentavam os interesses das classes dominantes com um único objetivo, manter a
dominação e os privilégios. O pensador reafirma em seus estudo e posteriormente
obras (A ideologia alemã, 1846) que a ideologia mostra-se uma falsa consciência da
realidade, onde segundo o autor, haveria o ocultamento da realidade para o
monopólio das classes inferiores por parte da classe dominante. Karl Marx tornara-se
um pensador de esquerda, caracterizado pela defesa da igualdade social, comumente,
suas preocupações se relacionavam ao cidadão que obtinha desvantagens em relação
a outros.
Os termos “direita” e “esquerda” formalizaram-se durante a Revolução
Francesa, os termos designavam as posições dos assentos dentro do parlamento,
onde os que estavam sentados à direita da cadeira do presidente parlamentar eram
favoráveis ao “Ancien Régime”, regime social, político, aristocrata e absolutista do rei
detentor de todo o poder. Entre as grandes mentes de esquerda, destacam-se os
pensadores Karl Marx, Albert Einstein, Friedrich Engels, Rosa Luxemburgo, Mikhail
Bakunin, David Émile Durkheim, Max Weber, Jean-Jacques Rousseau. Ao lado direito
está Donoso Cortez, Charles Maurras, Edmund Burke, Adam Smith.
Entre as ideias de esquerda e direita, atualmente espalham suas ideologias com
grande influência pelas mídias sociais influenciadores como o Felipe neto (esquerda),
apresentadores como o Ratinho (direita) e políticos como o lula (Esquerda).
Durante o Iluminismo, Adam Smith tornou-se um dos principais defensores do
liberalismo econômico, assim, a sua principal concepção baseava-se na ideia de que
deria haver total liberdade econômica para o pleno desenvolvimento da iniciativa
privada sem a intervenção do estado. Adam também defendia com garras e dentes o
“free Banking”, um sistema no qual os bancos teriam liberdade de decisões quaisquer
sem as amarras das regulamentações. O autor em sua obra “Teoria dos sentimentos
morais”, argumenta que se a economia fosse livre, sem intervenção de órgãos
externos ou do governo, ela iria regular de forma automática fazendo com que os
preços dos produtos fossem ditados pelo próprio mercado, conforme sua necessidade,
essa ideia ficou conhecida como “Mão Invisível”.
O lado Esquerdo do parlamento.
Em suas diversas posições a ideologia esquerdista já esteve ligada a muitos
sistemas econômicos, tais quais o liberalismo econômico defendido pela esquerda
republicana e o liberalismo radical. Em partidos de esquerda somados a Internacional
socialista, uma organização nacional que visa a estruturação do socialismo
democrático, o movimento já esteve ligado a concepções de defesa de uma economia
mista, para restringir o que consideravam serem os problemas do capitalismo,
enquanto continuavam a manter grande parte da economia no setor privado.
Os países nórdicos e o New Deal nos Estados Unidos são exemplos deste sistema. Há
uma parcela da que defende a Nacionalização e a Economia Planificada enquanto
sistema governamental controlado onde a economia não é baseada em lucros, mas no
bem-estar coletivo, pois seu intuito é manter o mercado abastecido e garantir o
atendimento das necessidades sociais da população. Socialistas libertários, comunistas
de conselhos, anarquistas e alguns Humanistas acreditam em uma economia
descentralizada dirigida por sindicatos, conselhos de trabalhadores, cooperativas
e municípios se opondo ao governo e ao controle privado da economia.
Tais concepções caracterizavam parte da esquerda ligada a políticas que
destacavam a necessidade de intervenções do governo, havia ainda outras partes
esquerdistas nomeadas de antiestatistas, se opondo a intervenção do estado em
assuntos sociais, econômicos entre outros como o Anarquismo.
Dentre os esquerdistas citados no inicio do texto, Karl Marx preocupava-se com
o meio ambiente, passando somente em 1970 a tornar-se característica crescente e
marcante do lado esquerdo. No século XXI, cria-se uma preocupação em grande
proporção com o meio ambiente por parte do lado esquerdo alinhada aos estudos
científicos.
O Nacionalismo tem posição central entre os debates esquerdistas, Karl Marx
e Friedrich Engels interpretavam esta questão sob a óptica da base evolutiva social.
Ambos afirmavam que o afastamento das relações de produção feudal e a ascensão do
capitalismo resultou da criação do Estado-nação. O capitalismo objetificou unificar a
cultura e a linguagem das populações nos estados com o intuito de criar condições
para uma linguagem comum para coordenar a economia.
Ao longo da sua trajetória, a esquerda marcou perseguições e desavenças com
religiões, tentando veementemente a extinção propriamente dita do cristianismo.
Entretanto, á a ligação entre a esquerda e crenças religiosas entre eles o movimento
pelos direitos civis e o movimento anti-pena de morte. Alguns pensadores socialista
basearam-se em valores cristões como Robert Owen, Charles Fourier e o Conde de
Saint-Simon. Já no século XX o movimento conhecido como “Teologia da libertação”
começou a ser defendido por pensadores e escritores como Gustavo
Gutierrez e Matthew Fox.

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