O documento discute o conceito de saúde da OMS, definindo-o como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Algumas críticas apontam que este conceito é idealizado demais e dá poder excessivo ao Estado. O documento também explora como fatores sociais, econômicos e culturais influenciam diferentes percepções de saúde entre grupos e indivíduos.
O documento discute o conceito de saúde da OMS, definindo-o como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Algumas críticas apontam que este conceito é idealizado demais e dá poder excessivo ao Estado. O documento também explora como fatores sociais, econômicos e culturais influenciam diferentes percepções de saúde entre grupos e indivíduos.
O documento discute o conceito de saúde da OMS, definindo-o como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Algumas críticas apontam que este conceito é idealizado demais e dá poder excessivo ao Estado. O documento também explora como fatores sociais, econômicos e culturais influenciam diferentes percepções de saúde entre grupos e indivíduos.
O conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado na carta de
princípios de 7 de abril de 1948 (desde então o Dia Mundial da Saúde), implicando o reconhecimento do direito à saúde e da obrigação do Estado na promoção e proteção da saúde, define saúde não apenas como a ausência de doença, mas como a situação de completo bem-estar físico, mental e social. Ou seja, a saúde deveria expressar o direito a uma vida plena, sem privações. A amplitude do conceito da OMS acarretou críticas, algumas de natureza técnica (a saúde seria algo ideal, inatingível; a definição não pode ser usada como objetivo pelos serviços de saúde), outras de natureza política, libertária: o conceito permitiria abusos por parte do Estado, que interviria na vida dos cidadãos, sob o pretexto de promover a saúde. Dejours (1986), inicialmente, afirma que este estado perfeito de completo bem- estar não existe, apontando, a seguir, para uma certa visão idealizada, como uma ficção, uma ilusão ou uma utopia, que temos esperanças de atingir, como um objetivo ou meta a ser alcançada, um estado desejável do qual procuramos nos aproximar. A saúde é então resultado principalmente das formas de organização social e de produção, das quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida, alguns grupos da população são mais saudáveis que outros. Muitas desigualdades são decorrentes das condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham, tais desigualdades são injustas e inaceitáveis, e por isso são denominadas iniquidades. Mesmo numa visão de saúde que se restrinja apenas ao âmbito do biológico, a expressão dos sintomas pelo indivíduo, do que sente, do que percebe como manifestação em si, estará, sempre, carregada da sua subjetividade, da sua forma de perceber e sentir que é ou pode ser diferente do que é sentido e percebido por outro indivíduo. O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja: saúde não representa a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas. A saúde, o estado de saúde, ser saudável, são termos verbalizados, frequentemente, como metas e objetivos a serem buscados e atingidos pelo exercício da profissão. Todavia, há um questionamento sobre o que seria realmente saúde, sendo algo difícil de se definir de forma objetiva, e sim algo subjetivo relacionado a cada indivíduo. Referências Bibliográficas: 1. LUNARDI, Valéria. Problematizando conceitos de saúde, a partir do tema da governabilidade dos sujeitos. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, jan. de 1999. Disponível em: < https://www.seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/421 9/2229>. Acesso em: 06/04/2020. 2. SEGRE, Marco; FERRAZ, Flávio. O conceito de saúde. Revista de saúde pública, São Paulo, 1997. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rsp/v31n5/2334.pdf >. Acesso em: 06/04/2020. 3. SLIAR, Moacyr. História do conceito de saúde. Revista Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a03.pdf>. Acesso em: 06/04/2020.