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Tradução:
Edição e Revisão:
Layse Anglada
Editoração e Capa:
Paulus Anglada
Edição:
ISBN: 978-85-61184-07-0
Knox Publicações
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PREFÁCIO ORIGINAL
Os capítulos deste livro apareceram inicialmente na Revista
da Igreja Reformada, entre os anos de 1893 e 1895. Eles
receberam, à época, vários comentários elogiosos; mas com o fim
da publicação da revista, os artigos cessaram. Entretanto, desde
essa época, tem havido um número tão grande de pedidos pela
reedição desse material, que se tornou evidente o fato de que
vieram ao encontro de uma grande escassez e necessidade na
igreja. Felizmente, agora, a Comissão de Escola Dominical da
Igreja Reformada nos Estados Unidos tomou a iniciativa de
republicar este volume. O autor teve a oportunidade de adicionar
diversos capítulos àqueles que apareceram originariamente na
revista. Espera-se que as vidas destas santas mulheres da Reforma
venham a estimular as mulheres da nossa igreja a um maior
interesse em nossa gloriosa história e a uma maior atividade em
missões e na obra prática da igreja, na qual elas já se destacam.
- James I. Good
11 de Novembro de 1901
CAPÍTULO I:
REFORMA NA SUÍÇA
Anna Reinhard
Esposa de Ulrich Zwínglio
[1] Embora não conste da lista original do autor por não pertencer especificamente à Igreja Reformada – o título
original do livro é: Ilustres Mulheres da Igreja Reformada – os editores acharam por bem, considerando a grande
importância de Lutero, incluir a biografia de sua esposa, Katharina Von Bora, como um apêndice.
[2] Uma boa tradução deste primeiro trabalho reformado em educação foi feita pelo Prof. A. Reichenbach, do Ursinus
College, intitulado “The Christian Education of Youth”.
[3] Schaff diz que uma carta de Myconius para Zwínglio pareceria mostrar que Zwínglio casou-se, realmente, em 1522,
mas manteve o casamento em secreto por dois anos, por temer a oposição do povo quanto a isso. Myconius
escreveu para ele em 1522, dizendo: “lembranças à sua esposa”.
Dois anos depois, outro dos filhos que ela deu à luz veio a
falecer, uma menina ainda bem pequena. E no outro ano, um outro
bebê faleceu. Assim como a Raquel dos antigos, Idelette pranteou;
no entanto, diferentemente de Raquel, ela não recusou ser
confortada, pois o seu consolo era que eles estavam com Cristo, o
que é incomparavelmente melhor. Estes sofrimentos se tornaram
ainda maiores em virtude dos católicos atribuírem a morte dos seus
filhos ao castigo divino por eles serem hereges. Calvino e a sua
esposa suportaram estas acusações com mansidão, e Calvino
respondeu a eles que, embora não tivesse nenhum filho natural
vivo, ele possuía miríades de filhos espirituais ao redor do mundo
cristão.
ANNA BULLINGER
[1] Ver “Heinrich Bullinger und seine Gattin”, por Christoffel, p. 21.
[3] É verdade que Bullinger tinha alguns outros rendimentos, mas o total não ultrapassava a quantia de 900 Pounds.
Uma Joana D’Arc protestante foi esta nobre moça. Ela era a
filha da rainha Margaret de Navarra. Contudo foi ainda maior que
a sua mãe no que diz respeito à coragem e ousadia moral. A sua
mãe apenas iniciou a Reforma, mas Jeanne foi a sua maior
defensora militar. Ela nasceu no palácio de Fontainbleau, em 7 de
janeiro de 1528. Era uma menina muito franca, aberta e destemida
– a própria alma da verdade. Ela foi criada na França, longe de sua
mãe e de seu pai (que viviam em Navarra), pois o rei da França
queria manter o controle sobre a sobrinha. Ela estava cercada pelas
influências romanistas, e na realidade, não foi sequer dada a ela a
chance de conhecer o protestantismo enquanto era ainda menina.
Mas o rei da França logo descobriu que ela era dona de uma
forte vontade própria. Antes que completasse os três meses de
idade, o rei da Espanha havia pedido sua mão em casamento para
o seu filho; e quando ela tinha por volta dos quatorze anos, seu tio
determinou casá-la, mesmo tão jovem, com um príncipe alemão, o
Duque de Cleve, em um casamento político. Mas o rei ficou muito
surpreso quando descobriu que Jeanne havia se recusado
veementemente a casar-se com o Duque. Ele tentou fazer com que
o pai e a mãe da menina o ajudassem, mas todos os seus artifícios
e até ameaças (como, por exemplo, de que ela seria açoitada até a
morte), foram em vão para ela.
Ela não sabia o que estava por vir; apenas pressentiu que
seria um dano aos reformados. As suas ansiedades provaram ser
grandes demais para ela. Ela adoeceu gravemente antes do
casamento do seu filho, em 4 de junho de 1572. Os huguenotes
ficaram consternados pela sua doença. Se ela morresse, quem
cuidaria deles? Pois ela havia sido, por tanto tempo, a sua santa
defensora. Mas a sua fé foi triunfante na sua morte, como ela
disse: “Eu nunca temi a morte. Eu não ouso murmurar contra a
vontade de Deus, mas sinto grande e profundo pesar em deixar
meu filho exposto a tantos perigos. Mas ainda assim, eu confio
tudo isso a Ele”. Ela morreu, em 9 de junho de 1572, em sua fé
reformada, com a sua Bíblia ao seu lado, confiando nas promessas
e recebendo a sua coroa. Um dos seus últimos atos foi ordenar que
o seu filho permanecesse fiel à religião Reformada.
[1] Do Hebraico: ‘onde está a glória?’. Nome dado pela nora de Eli ao seu filho, em 1 Samuel 4:21, dizendo: ‘foi-se a
glória de Israel’; visto que, logo antes do parto, ela recebera a notícia de que a arca da Aliança havia sido tomada de
Israel, e ambos o seu sogro e o seu esposo haviam morrido na guerra contra os filisteus (Nota do Tradutor).
Olympia Morata
A Erudita Cristã