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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL


Patologia das construções

Patologia em edificações

ALUNA: Gabryella Moura Nascimento

Professor(a): Valkisfran Lira de Brito

João Pessoa – PB
2021
É a parte da engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens
dos defeitos das edificações, ou seja, é o estudo das partes que compõem o diagnóstico
do problema.

DIAGNÓSTICO DO PROBLEMA
Para que se tenha êxito nas medidas terapêuticas, é necessário que o estudo precedente,
o diagnóstico do problema tenha sido bem conduzido O diagnóstico completo envolve
vários aspectos:
− Sintomas: também chamados de lesões ou defeitos
− Mecanismo: os problemas patológicos são decorrentes dos chamados vícios
construtivos. O conhecimento do processo é fundamental para a definição da terapia
exemplo: uma fissura em viga decorrente de flexão não pode ser simplesmente
obturada, sob o risco de que ela volte a se manifestar em outro local
− Origem: definição da fase do processo construtivo em que teve origem o fenômeno
− Causas: Deve ser identificado o agente causador do problema

SINTOMAS
Os problemas patológicos, salvo raras exceções , apresentam manifestações externas
características que permitem um início do estudo do problema. Os sintomas mais
comuns nas estruturas de concreto são:
− as fissuras;
− as eflorescências;
− as flechas excessivas;
− as manchas;
− corrosão das armaduras;
− ninhos de concretagem (segregação)

ORIGEM
− Definição da etapa do processo construtivo exemplo: fissura de momento fletor em
viga
– projeto inadequado ou qualidade inferior do aço?
− A identificação da origem do problema permite definir, para fins judiciais, quem
cometeu a falha exemplo:
Para o concreto armado, as origens das patologias podem ser classificadas em:
− Deficiências de projeto;
− Deficiências de execução;
− Má qualidade dos materiais, ou emprego inadequado dos mesmos;
− Sinistros ou causas fortuitas (incêndios, inundações, acidentes, etc); − Uso
inadequado da estrutura;
− Manutenção imprópria

CAUSAS
Os agentes causadores dos problemas patológicos podem ser vários :
(a) Cargas;
(b) Variação de umidade;
(c) Variações térmicas intrínsecas e extrínsecas no concreto;
(d) Agentes biológicos, físicos e químicos;
(e) Incompatibilidade de materiais;
(f) Agentes atmosféricos; A cada causa corresponderá uma terapia mais adequada e
mais duradoura

PATOLOGIAS COMUNS E SUAS CAUSAS Fissuras e trincas:


− Por movimentações térmicas;
− Por movimentações higroscópicas;
− Por atuação de sobrecargas;
− Deformações excessivas da estrutura;
− Recalques de fundação;
− Retração de produtos à base de cimento;
− Alterações químicas dos materiais de construção;
− Hidratação retardada de cales;
− Ataque por sulfatos;
− Corrosão de armaduras;
− Patologias decorrentes da umidade

CONSEQUÊNCIAS
− Os problemas patológicos são evolutivos e tendem a se agravar com o passar do
tempo, além de acarretarem outros problemas associados ao inicial exemplo: uma
fissura de momento fletor pode dar origem à corrosão de armadura
− Flechas excessivas em vigas e lajes podem ocasionar fissuras em paredes
− As correções serão mais duráveis, mais fáceis e muito mais baratas quanto mais cedo
forem executadas

DIAGNÓSTICO E TERAPIA
Para dar início a uma terapia adequada, segundo CÁNOVAS (1988), é preciso seguir os
seguintes procedimentos:
Inspeção para mapeamento dos sintomas;
O procedimento começa com a inspeção, onde se busca identificar os sintomas das
patologias existentes na estrutura;
Através de um mapeamento dos sintomas realizado por um exame visual da estrutura.
Recolhimento de dados e informações;
Este procedimento em geral vem complementar os dados obtidos na inspeção e auxiliam
na quantificação dos danos (medidas geométricas, evolução no tempo, bem como no
conhecimento das condições prévias aos danos da edificação, avaliação da resistência
do concreto).
Conhecer o histórico da estrutura;
Este histórico é parte fundamental na escolha da terapia e sua análise deve levar em
consideração a data da construção, o responsável pela construção, o projeto executivo
para revisão e análise, o conhecimento dos materiais utilizados (cimento, areia, aço,
aditivo, relação água/cimento) e detalhes sobre o uso da estrutura (sobrecargas, ações
acidentais).
Realização de análises e ensaios; Em muitos casos o levantamento histórico e a
inspeção não são suficientes, sendo necessário realizar análises e ensaios que permitam
clarificar os sintomas, mecanismos e causas das patologias da estrutura. CÁNOVAS
(1988) sugere ainda o organograma, mostrado na figura a seguir, de atividades a serem
realizadas na solução de um processo patológico.
CUSTOS DE RECUPERAÇÃO
Relativamente às condições da construção, pode-se ter duas situações distintas:
− A construção será reabilitada, recompondo-se as condições para as quais tinha sido
desenvolvida;
− A construção será reforçada, tendo sua condição de suporte aumentada em relação à
desenvolvida anteriormente Os custos de recuperação variam em função do tempo de
manifestação e detecção da patologia:
− Ainda na fase de projeto
− Durante a execução da construção
− Fase de utilização da construção
– se houver manutenção preventiva
− Fase de utilização da construção
– se necessária manutenção corretiva

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