REVOLUCÃO

ALDER LAKE lO que são os CPU híbridos da Intel

l As vantagens das memórias DDR5

l Testes de velocidade em Windows 10 e 11

l Vale a pena fazer o upgrade?

PVP (Cont.)

(Cont.)
n N.º 311
8O

95
€33 ,8

€33 ,9
Ano 26 PVP

HP ProBook Não consegue instalar

n
Mensal

635 Aero G8 o Windows 11?

n

UM PORTÁTIL AMD PRÉMIOS LEITOR PCGUIA COMO ULTRAPASSAR

Dezembro 2O21

ABAIXO DE 1000 EUROS TODOS OS VENCEDORES AS RESTRIÇÕES

COM BOM DESEMPENHO DA EDIÇÃO DE 2021 DA MICROSOFT
 01
ÍNDICE

10 TEMA DE CAPA

PEDRO TRÓIA / Director

48 / Com a chegada dos novos Intel Alder Lake-S, começa a massificação
de CPU de arquitectura híbrida x86. Está na altura de conhecer este tipo
A REVOLUÇÃO de processadores e de perceber quais são as diferenças e vantagens em
QUÂNTICA relação aos tradicionais.
Ainda estamos muito longe de termos
computadores quânticos no nosso
dia-a-dia, mas, recentemente, a IBM 02 ON
apresentou um novo chip que é um passo PRÉMIOS LEITOR PCGUIA 2021
em direcção de uma computação quântica 04 / Notícias de tecnologia, 05 20 / Saiba quem são os vencedores da edição
coluna Made in Portugal, de 2021 dos Prémios Leitor PC Guia.
mais parecida com a que conhecemos Hashtags e Green.
hoje. A principal vantagem da computação
quântica, em relação à tradicional, está 03 INFOGRAFIA Xiaomi Redmi Buds 3 Pro
na quantidade de informação que pode 08 MACGUIA
Bang & Olufsen Beosound Stage
ser processada de cada vez. 16 / Conheça o mercado Kobo Sage
Só quando os computadores quânticos dos podcasts. 44 / Aprenda a transferir os seus Smartmi Air Purifier
dados de um Mac para outro, como
forem tão ubíquos como os que temos faz com o iPhone.
04 START UP 72 / TESTES
agora é que vai existir verdadeira Microsoft Surface Go 3
inteligência artificial, tal como foi 18 / A startup nacional criou uma 09 DESCOMPLICÓMETRO HP ProBook 635 Aero G8
preconizado por Isaac Azimov nas suas solução de cacifos inteligentes Samsung Galaxy Z Flip3 5G
Robot Novels. Claro que, quando isso e está focada em ajudar as 46 / Dizemos-lhe com funciona AOC Agon Pro AG324UX
empresas de logística, de retalho a arquitectura da ARM, que tem Asus ProArt PA279
acontecer, a humanidade terá de ter Oppo Reno6 5G
e de e-commerce a serem mais conseguido tornar os processadores
regras e limites muito claros para nos eficientes e sustentáveis. mais eficientes. Motorola Defy
proteger dos potenciais devaneios que Be Quiet! Light Wings
essas inteligências artificiais possam Devolo Magic 2 WiFi 6
06 BOOT 11 APPS TP Link Deco X60
vir a ter. Ainda assim, a junção de IA Toshiba Canvio Gaming
com computação quântica vai abrir 24 / DEFEITOS ESPECIAIS 60 / Uma selecção das melhores Mercusys Halo H50G
novos horizontes à humanidade, como O Ricardo Durand fala sobre aplicações para controlar Asus Zen WiFi AX Hybrid
a descoberta de novos materiais que um futuro em que os carros são os custos dos combustíveis
autónomos e conduzir é um luxo. e dos carregamentos eléctricos.
podem potenciar o desenvolvimento de 14 PLAY
tecnologias de produção de energia mais
GUIAS 12 PLUG 88 / JOGOS
limpa ou acelerar a exploração espacial, 26 / Altere opções “menos Call of Duty Vanguard
a descoberta de novos compostos para a amigáveis” do Windows 11 64 / Este mês, o Luís Alves revela Age of Empires 4
criação de medicamentos mais eficazes e a lista de componentes “do outro Forza Horizon 5
ao desenvolvimento de modelos 28 / Navegue de forma mundo” que pediu ao Pai Natal.
anónima na Internet 94 / HARDWARE
matemáticos mais complexos, para
DeepCool MC310 Ultralight Mouse
previsões meteorológicas mais precisas. 30 / Como ultrapassar as 13 LAB
Lenovo Legion H500 Pro
Estas são apenas algumas possibilidades, restrições e instalar o Windows 11
porque não há forma de prever como esta 66 / TECNOLOGIA 96 / JOGOS MOBILE
32 / Use alternativas EM MOVIMENTO Hundred Days
tecnologia será usada. O Gustavo Dias explica como
à autenticação de dois factores Kathy Rain: Director’s Cut
No entanto, o advento de dispositivos a “guerra” AMD/Intel mantém Brake Away
de computação muito mais poderosos 36 / Desaparecer do Google o mercado competitivo, dinâmico Get Together: A Coop Adventure
que os actuais, apresenta alguns desafios e interessante.
potencialmente mais perigosos que
07 LINUX 68 / GADGETS 15 SLEEP
o aparecimento de uma IA que queira iRobot Roomba J7+
controlar o mundo. Um dos mais evidentes 42 / Mostramos a importância Samsung Jet 70 Turbo 98 / Em Dezembro, assinalamos o
tem que ver com a segurança dos dados da escolha do browser Sony Alpha A7 IV lançamento do Segway, do Doom,
e sugerimos cinco navegadores Energy Sistem FH300 do Netscape e a compra da NeXT
que estão na base do funcionamento
de código aberto. Fujifilm Instax Link Wide pela Apple.
de muitos aspectos da nossa sociedade.
Potencialmente, um computador quântico
pode ultrapassar qualquer tipo de
encriptação tradicional em segundos e CLASSIFICAÇÕES
quem não der o salto para novas formas
A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que EXPERIÊNCIA PREÇO
de proteger os dados, quando estes
tenta conciliar as medições de desempenho com os MEDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO QUALIDADE
dispositivos quânticos forem mais comuns,

vai ficar muito vulnerável a ataques
e roubos de informação.
Mas, tal como escrevi no início, estamos
ainda no início desta “revolução quântica”
- ainda há um longo caminho a percorrer.
9
aspectos mais empíricos como a experiência de
utilização. O valor final da nota será obtida através de
uma média aritmética que dará um valor de 1 a 10.
Os produtos com nota 9 ou superior recebem o 8 10 6
Prémio de Excelência PCGuia. Distribuidor: PCGuia Site: pcguia.pt Preço: €42
Mais informação em pcguia.pt/como-testamos. Facto positivo Facto negativo

3
02 ON
IBM APRESENTA
O NOVO CHIP EAGLE PARA
COMPUTADORES QUÂNTICOS
Este chip tem 127 qubits e é visto como um avanço
em direcção à computação quântica prática.
A IBM anunciou um novo
processador para computadores
quânticos, o Eagle, com 127 bits quânticos
ou qubits. Segundo a empresa, é o primeiro
processador deste tipo que não pode ser
simulado com «supercomputadores
clássicos». Para tentar explicar esta
afirmação, a empresa diz que, para emular
o funcionamento do Eagle, seriam
necessários mais bits que os átomos
de todos os seres humanos no planeta.
A IBM atribui este avanço a um novo design
que coloca os componentes de controlo
do processador em vários níveis, enquanto
os qubits estão localizados num único nível.
Segundo a empresa, isto permite aumentar
significativamente o poder de proces-
samento. Uma característica deste chip
que a IBM não está a divulgar é o ‘volume
quântico’. Este termo, inventado pela
empresa, serve para descrever a métrica
que tenta medir o desempenho de um
computador quântico através de uma visão
holística dos seus vários componentes.
Esta visão leva em conta, não apenas os
qubits, mas também a forma como
interagem entre si. Quanto mais alto for
4
PEDRO TRÓIA
este volume, mais facilidade terá um
computador quântico a resolver problemas
complexos. Sem uma ideia concreta do
volume quântico do novo processador
Eagle, não se consegue comparar com
outro hardware do mesmo género que já
tenha chegado ao mercado. No passado
mês de Outubro, a Honeywell disse que
o seu System Model H1 tinha atingido um
volume quântico de 128, com apenas 10
qubits ligados. Em termos de comparação,
a IBM anunciou, no início deste ano, um
sistema com 27 qubits e um volume
quântico de 64, o mais elevado naquela
altura. É claro que o novo processador
é bastante poderoso, mas os qubits não
são tudo, neste caso.
EM DIRECÇÃO
À SUPREMACIA QUÂNTICA
Uma curiosidade neste anúncio teve
que ver com o facto de a IBM não ter
reivindicado ‘supremacia quântica’.
De acordo com a empresa, este é apenas
um passo nessa direcção, mas
o processador ainda não chegou ao
ponto em que consegue resolver
problemas impossíveis de resolver com
computadores clássicos.
Em 2019, a Google criou uma polémica no
universo da computação quântica,
quando declarou que tinha conseguido
atingir a ‘supremacia quântica’ com
o sistema Sycamore. Nessa altura, a IBM
disse que essa declaração era
«indefensável», porque a Google tinha
criado o computador para resolver um
único problema muito específico.
O Eagle da IBM vai estar disponível para
membros seleccionados da Quantum
Network a partir de Dezembro de 2021.
MADE IN PORTUGAL
Ricardo Durand
TEMOS A IMPRESSÃO
DE QUE ESTAS BACTÉRIAS
SÃO NOSSAS ALIADAS
A impressão 3D pode ter “subido de nível” com uma nova
investigação feita na Universidade de Coimbra (UC): uma
equipa de cientistas criou materiais à base de celulose
produzida por bactérias para criar peças e objectos em
4D. Esta evolução para as quatro dimensões faz com que
seja possível fazer objectos «tridimensionais
inteligentes». Segundo a UC, ao introduzir a dimensão
‘tempo’ nesta equação, e ao aplicar «estímulos
externos, como a temperatura, luz ou pH, entre outros»,
é possível fazer com que os objectos «mudem de forma».
Para chegar a este resultado, o segredo está na “massa”
- neste caso, o cerne do desenvolvimento feito na Cidade
dos Estudantes por uma equipa liderada por Ana Paula
Piedade, investigadora e docente da Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
(FCTUC): celulose produzida por bactérias. «Sustentável
e ecológico», este material compósito criado por seres
vivos «completamente biodegradável e biocompostável»
tem mais uma vantagem - o facto de ser celulose pura,
e não extraída de árvores, faz com que não tenha de
passar por «vários tratamentos de purificação».
E se está a pensar que as bactérias usadas nesta
produção podem representar um risco para a saúde,
Ana Paula Piedade assegura que esse é um perigo
inexistente: «Não são patogénicas, pelo contrário. São
fortes aliadas para tornar possível a impressão 4D. Não
podemos esquecer que as bactérias resultam de milhões
de anos de evolução, elas aprendem e adaptam-se».
Neste momento, a equipa de investigadores já conseguiu
imprimir vários objectos, para diferentes usos:
«Dispositivos capazes de mudar de forma consoante
a solicitação mecânica que têm, roupas inteligentes
para atletas de alta competição, dispositivos biomédicos,
enfim, há um mundo de possibilidades», garante Ana
Paula Piedade. O próximo passo será a criação de
«dispositivos que possam tirar vantagem do efeito 4D».
Este projecto da UC tem um financiamento de 250 mil
euros dado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia
e por fundos europeus do COMPETE 2020; além da UC,
participa ainda nesta investigação o Instituto
Politécnico da Leiria.
 02 ON
CONCEITO
HUMANOIDE
André Gonçalves
concept@humanoid.net
VEM AÍ O TEMPO QUENTE
No momento em que o aquecimento global demostra
claramente o seu brutal impacto em milhões de
pessoas e animais (afectados por cheias, fogos e vagas
de calor) os compromissos atingidos na conferência
sobre as mudanças climáticas das Nações Unidas
ficaram marcados pela frieza de umas poucas
intenções.
Apesar de anunciarem que mantêm viva a ideia de
garantir o controlo do aumento da temperatura global
num máximo 1,5 graus até 2100, na prática, os
compromissos assumidos não chegam para assegurar
uma subida inferior a 3 graus. Estas convenções de
“boas” intenções não têm efeitos práticos, pois os
poucos compromissos assinados há doze anos em
Copenhaga ainda não têm força de lei nos países que
os assinaram. E a conta do apoio à sustentabilidade
dos países mais desfavorecidos, assinada há seis anos
em Paris, ainda está em grande parte por pagar.
Esta é a maior injustiça deste processo, onde países
como Tuvalu, Antígua e Barbuda são os que enfrentam
os piores impactos das alterações climáticas, apesar de
terem uma baixa industrialização e pegada carbónica.
Os países que, nas últimas décadas, enriqueceram às
custas da degradação ambiental dentro e fora dos seus
territórios, são também aqueles que menos se
disponibilizam a apoiar os países em desenvolvimento,
para que façam uma passagem directa no uso de
tecnologias energéticas sustentáveis.
Definir 2070 como meta de neutralidade carbónica
é o equivalente a dormir uma sesta para recuperar
forças e, assim, conseguir reparar os buracos no casco
de um barco em que todos estamos. Deixar de pedir
emprestado ao planeta não é o mesmo que pagar o que
devemos.
Continuamos a acreditar que o planeta é de todos, mas
não nos limitamos a consumir a parte que nos pertence
e muito menos equacionamos repor o que lhe tiramos.
Este pensamento está de tal forma enraizado na
cultura dos países industrializados, que não nos
apercebemos de que já passámos o ponto de ruptura
e só nos resta tentar minimizar as consequências da
nossa ganância e ingenuidade.
6
SEGURANÇA ONLINE: O QUE TÊM EM COMUM
RICARDO, BENFICA, PORTUGAL E QWERTY?
Segundo a NordSecurity, estas são quatro
das passwords mais usadas em Portugal
– estão no top 20, uma lista encabeçada por
‘12345’, uma palavra-passe usada por 602
mil pessoas e que leva menos de um
segundo a “crackar”.
A lista da empresa de segurança online, que
tem o um gestor de passwords NordPass
e a NordVPN, foi criada em «parceria com
investigadores independentes
especializados em pesquisas de incidentes
de cibersegurança», depois de uma
avaliação a uma «base de dados de 4TB». No
top 20 estão ainda passwords como ‘benfica’
(5.º lugar, usada por 48 913 pessoas), ‘maria’
MAZE CRIA PODCAST PARA DIVULGAR
O IMPACTO AMBIENTAL DAS STARTUPS
O Maze X Podcast pretende divulgar
o impacto social e ambiental gerado pelas
startups que participam no programa de
aceleração da empresa e mostrar como
«estão a criar soluções inovadoras para
resolver problemas sociais e ambientais
urgentes». Além disso, os podcasts querem
«despertar sinergias para a criação e escala
dos negócios sustentáveis e inovadores»
e inspirar as pessoas, revela Pedro
Granacha, communications analyst na
Maze: «Esperamos despertar o interesse
de futuros investidores, parceiros, clientes
e até curiosos, para aumentar a network de
impacto, não só fazendo-a crescer, como
(9.º – 17 962), ‘qwerty’ (10.º – 17 253),
‘password’ (15.ºº – 15 764), ‘sporting’ (18.ºº
– 13 150); ‘ricardo’ é a palavra-passe que
fecha o top 20, usada por 12 121 pessoas.
Entre as tendências nacionais identificadas
pela NordSecurity estão o uso de «palavras
positivas» como ‘estrela’ (42.º),’felicidade’
(55.º) e ‘borboleta’ (113.º), dos «próprios
nomes» e de «referências a música,
filmes, anime e videojogos».
As listas completas das duzentas passwords
mais usadas em cinquenta países podem
ser vistas no site bit.ly/3oHCo4K – basta
escolher o país ao lado da indicação
‘Findings’. R . D .
beneficiando-as startups». Os casos da
Deedster, uma startup que desenvolve
ferramentas e soluções tecnológicas para
capacitar pessoas para a sustentabilidade;
da kaputt.de, que actua na área da
economia circular e redução de
desperdício; e da Eco Wave Power, que
transforma as ondas do oceano e do mar
em electricidade verde são algumas das
histórias que podem conhecidas.
As duas primeiras séries do podcast já
estão disponíveis no Spotify, com dez e oito
episódios respectivamente, respeitantes
a cada uma das startups do programa da
Maze X de 2020 e 2021. M.F.

O ‘ECRÃ DA MORTE’ VAI VOLTAR
A SER AZUL NO WINDOWS 11
Com o lançamento do Windows 11,
o famoso Blue Screen of Death (BSoD) ou
‘Ecrã Azul da Morte’, passou a ser preto,
mas, entretanto, surgiu a notícia de que
a Microsoft vai, em breve, voltar a mudar
para o azul tradicional. Esta alteração foi
incluída na build 22000.246 do Windows
que começou a ser distribuída aos
membros do programa de testes Insider.
O ‘Ecrã Azul’ aparece quando o Windows
encontra erros mais graves. Existe até uma
página da rede social Reddit (reddit.com/r/
PBSOD/) dedicado a partilhar exemplos
destes ecrãs, em várias situações mais ou
Os primeiros ‘Ecrãs Azuis da Morte’ apareceram com o
Windows 3.0 e serviam como uma forma para os profissionais
de apoio técnico diagnosticarem falhas de hardware.
XIAOMI 12 VAI TER TRÊS SENSORES DE 50 MP
E O 12 ULTRA TERÁ “CÂMARAS” LEICA
Prevista para o final do presente ano,
a nova série de smartphones de topo da
Xiaomi vai perder a designação Mi e passar
a chamar-se apenas ‘Xiaomi 12’. Segundo
os últimos rumores, estes smartphones
usam o novo SoC da Qualcomm,
o Snapdragon 898, bem como um sistema
de três câmaras traseiro composto apenas
por sensores de 50 MP cada. Ou seja, ao
contrário do Mi 11 Ultra, que tinha um
sensor principal de 50 MP e dois sensores
de 48 MP (ultra grande angular e telefoto),
o novo Xiaomi 12 vai ter um sensor de 50
MP no sensor principal, 50 MP na ultra
grande angular e 50 MP na telefoto.
Já o Xiaomi 12 Ultra, que só deve ser
lançado no início do próximo ano, será
o primeiro a ter a parceria da Leica, depois
menos caricatas. Esta e outras alterações
ao Windows 11, incluídas na versão
22000.246, estão em período de testes
e devem chegar brevemente ao público
em geral. A Microsoft não deu qualquer
pista sobre a razão que levou ao regresso
do azul a estes ecrãs de erros do
Windows 11, mas pode ter que ver com
algum feedback de utilizadores que têm
tido problemas nos seus sistemas. O ‘Ecrã
Azul’ já faz parte do Windows há muito
tempo e é uma forma muito simples
de os utilizadores se aperceberem de
um problema e pedirem ajuda. P . T .
de esta marca ter terminado o acordo com
a Huawei no início de 2021. Será curioso
verificar como se irá processar esta
associação, uma vez que o Xiaomi 12 Ultra
será igualmente o primeiro equipamento
a utilizar o futuro sensor de imagem da
Samsung, o Isocell HP1 de 200 MP. O mais
provável será a associação da Leica no
processamento das cores da imagem,
conferindo um maior realismo e maior
fidelidade nas imagens captadas. G . D .
PRAIA DAS MAÇÃS
Pedro Aniceto
aniceto@mac.com
O MEU iPHONE
POR UM RIM
Uma pessoa arrisca-se a morrer e a não ver de tudo… esta
semana foi notícia o lançamento que a Apple vai efectuar
de um serviço de auto-reparação de alguns modelos iPhone,
coisa que muito honestamente jamais pensei vir a ser
realizado, face à experiência de muitos anos com este
fabricante e à sua rígida postura no fornecimento de peças
sobressalentes para os seus produtos, bem como
à disponibilização de serviços que nunca passaram
de miragens para o consumidor português.
Em teoria, a operação passa pela disponibilização de manuais
de assistência técnica para dois modelos específicos de
telefones (os dois últimos) e pelo lançamento de uma loja
de peças. Este plano, que para já se cinge aos Estados
Unidos, virá posteriormente a ser alargado a outros países,
bem como a computadores da geração M1.
Mesmo que se não esperem milagres em termos de preço,
ter acesso a peças originais é já bastante bom, sobretudo
em termos de displays (claramente os mais desejados pelos
consumidores inconsoláveis) e de boards, que até aqui
tinham acesso vedado a Centros de Assistência Autorizados.
Se bem conheço os processos, podem já despedir-se de
qualquer garantia em termos de self-repair e decerto haverá
crédito para atribuir em futuras compras para quem devolva
peças para “reciclagem”.
As aspas que coloquei não são inocentes. Nos processos de
reparação da Apple, há muitos exemplos de peças
substituídas (que os reparadores devolvem à empresa
fornecedora) que são recondicionados e reintroduzidos no
mercado. Isso, aliás, deu já origem a autênticas “novelas” de
conflito, no passado.
Na verdade, é uma boa notícia para alguns reparadores
de menor envergadura, mas que ainda assim conseguem
providenciar um serviço de qualidade com peças oriundas
de mercados terceiros. A assistência técnica a telefones
é um mercado muito interessante, a dimensão da base
instalada é colossal (sobretudo se vista na perspectiva
global) e este gesto, se implementado em território
português, é uma boa resposta ao “direito à reparação”
do consumidor comum que não se atemoriza com
delicados circuitos e componentes.
Obviamente que, para a grande massa de clientes, os
reparadores oficiais continuarão a ser a resposta mais óbvia
da marca às suas necessidades. Pelo menos até lhes ser
pedido “um rim” pela substituição de um telefone com
avaria de hardware ou por um display quebrado.
7
 02 ON
O QUE VEM
À REDE
Alex Gamela
@alexgamela
O MEH-TAVERSO
Mas que Meta é esta que A Rede Social inventou
e quais são os seus verdadeiros objectivos?
Não basta dominar a atenção de mais de meio
mundo, ainda vão criar um mundo à parte para
vivermos nele? E porque é que esta realidade
virtual irá resultar se todas as outras
tentativas fracassaram?
Por acaso, é mentira. Muitos dos habitantes deste
planeta passam parte dos seus dias em mundos
virtuais, de Minecraft até WoW. E outros tantos
nem neste planeta vivem, dizem que têm
uma forma plana de ver as coisas.
A ‘Rede Social Conhecida Agora Como Meta’
quer passar do pastoreio livre para a pecuária
em massa, controlando todo o processo
de produção, desde a criação ao abate.
Basicamente, querem-nos pôr numa
Farmville e controlar todos os nossos actos.
De consumo e cidadania, claro. É a economia
e Mark Metaberg, Lda. não são estúpidos.
Dois anos de restrições e isto é o melhor
que têm para oferecer? O metaverso tem
possibilidades técnicas para andar, com o 5G
e programação avançada capaz de optimizar
o potencial do hardware, se o houver. Mas tem
interesse humano? Temos gente a morrer para
atravessar fronteiras e a brilhante ideia de 2021
é criar um mundo virtual? Será que essas
tragédias passam a ser ficção na meta-realidade?
O meu lado techie está fascinado pela ideia
do Metaverso. A acontecer, é uma mudança
de paradigma de identidade social ainda mais
forte que quando escolhemos o nick para usar
no mIRC, os afortunados de nós que o puderam
fazer em vez dos que têm um cadastro digital
vitalício colado ao nome desde nascença.
Por outro lado, meh.
Sabem que poderá haver um Disneyverso,
entre outros brand-versos? O futuro parece
mais uma subscrição de TVCabo.
O melhor é desligar.
8
EUROPA DÁ SETE MILHÕES DE EUROS PARA
FINANCIAR TRÊS PROJECTOS TECNOLÓGICOS
NACIONAIS DE SAÚDE E ENERGIAS RENOVÁVEIS
O Conselho Europeu de Inovação, através
do programa Pathfinder, vai dar sete milhões
de euros para financiar a investigação e
desenvolvimento de novas tecnologias
em três projectos nacionais. Este valor será
atribuído ao Neurosense (Instituto de
Investigação e Inovação em Saúde da
Universidade do Porto), ao Catcher (liderado
pela Nova.ID.FCT) e ao NanoXCAN (IST – ID:
Associação do Instituto Superior Técnico para
a Investigação e Desenvolvimento).
O Neurosense tem como objectivo desenvolver
o primeiro dispositivo médico com AI para
prever convulsões e criar um sistema
automático de entrega de medicamentos.
Ainda na área da saúde, o NanoXCAN tem,
como base um «microscópio de raios-X de
CLOUD DA MICROSOFT VAI AJUDAR
EMPRESAS A SEREM MAIS SUSTENTÁVEIS
A tecnológica anunciou a Microsoft Cloud para
Sustentabilidade, uma nuvem especializada
que oferece às organizações «um conjunto
de conhecimentos completos, integrados
e automatizados para acelerar cada etapa do
seu caminho para a sustentabilidade». Com
o crescimento da utilização da cloud, o grande
desafio é continuar nesse caminho e reduzir
ao mesmo tempo as emissões de carbono.
A Microsoft quer ajudar as empresas com
uma solução de ‘software-como-serviço’ que
imagem de vírus em nanoescala». O terceiro
e último projecto a receber uma “fatia do bolo”
de sete milhões de euros é o Catcher, ligado às
energias renováveis, e que quer «desenvolver
tecnologias inovadoras de aproveitamento da
humidade atmosférica para conversão directa
em electricidade», explica a Nova.ID.FCT.
Estes sete milhões de euros entregues
a projectos nacionais pelo Conselho Europeu
de Inovação representam 4% do total
do orçamento do Pathfinder: 174 milhões
de euros. Segundo a Agência Nacional de
Inovação, esta “conquista” supera o objectivo,
que era o de «atrair 2% do orçamento
do Horizonte Europa», o actual Programa-
Quadro de Investigação e Inovação
da União Europeia. R . D .
fornece acesso a dados e relatórios e à
contagem do carbono gerado, mede
o desempenho em relação aos objectivos
e dá insights para que as organizações possam
tomar medidas mais eficazes ligadas à
sustentabilidade. A Microsoft está também
a apostar em data centers mais sustentáveis
e explica que a migração para a sua cloud
Azure permite às organizações serem mais
“verdes”, já que os data centers são «até 98%
mais eficientes em termos de emissões
de carbono e até 93% em termos de consumo
energéticos» que os centros de dados
tradicionais. Noelle Walsh, VP corporativa de
operações cloud e inovação da Microsoft,
salienta que os centros de dados devem ser
«parte da solução para a descarbonização»
e explica a estratégia da empresa: «A nossa
missão é encontrar formas de melhorar as
operações dos nossos data centers, partilhar
estas aprendizagens com toda a indústria da
cloud e capacitar os nossos clientes
e parceiros através de ferramentas para medir
os seus progressos na sustentabilidade». M . F .
 02 ON
POWERSHOT PX:
A NOVA MÁQUINA DA CANON
PARECE UMA CÂMARA
DE VIGILÂNCIA, MAS É
UM “FOTÓGRAFO PESSOAL”
A PowerShot PX consegue tirar
fotografias com 11,7 MP e gravar
vídeo Full HD a 60 fps. RICARDO DURAND
A Canon anunciou um novo produto de imagem
que, em teoria, tem como objectivo responder às
necessidades dos utilizadores que querem registar
momentos em família, ou com amigos, mas sem
a preocupação de andar sempre com o telemóvel
ou uma máquina fotográfica. Com a PowerShot PX,
bastará deixar a máquina colocada num local (tem
encaixe universal para tripé); depois, o trabalho
é todo feito de forma automática, com «recursos
inteligentes», como o «reconhecimento facial» ou
a «pesquisa automática de motivos» que merecem
uma fotografia. Este tipo de abordagem faz com que
a PowerShot PX seja quase um “fotógrafo pessoal”
robotizado que avalia as situações, os cenários
e depois decide os melhores momentos para captar
fotografias ou vídeos; a alternativa é usar comandos
de voz para dar instruções à câmara com a app
Connect for Mini PTZ Cam para iOS e Android.
FORMATO ‘CÂMARA DE VIGILÂNCIA’
A PowerShot PX consegue tirar fotografias com
11,7 MP e gravar vídeo Full HD a 60 fps – numa
altura em que um smartphone mais acessível
já tem 4K, esta é uma funcionalidade que seria
obrigatória nesta «redefinição da tecnologia de
imagem», como a Canon caracteriza o lançamento
do seu novo produto. Entre as outras características
da PowerShot PX está a conectividade Wi-Fi,
Bluetooth, a objectiva zoom pan-and-tilt com
ângulos de visão de 340º (horizontal) e 110º
(vertical) e uma objectiva zoom de 19-57 mm.
Com um formato muito semelhante a uma câmara
de videovigilância, esta será uma capacidade que
a PowerShot PX não tem e cuja ausência é de
estranhar. Podia ter sido incluído o recurso de se
ligar ao smartphone e, quando não está a ser usada
para fotografar automaticamente a família e grupos
de amigos, servir para captar imagens de forma
remota e dar alertas de movimento, por exemplo.
A Canon PowerShot PX já está disponível no
site da marca por 489,99 euros.
10
UP
UNIÃO EUROPEIA E EUA APOIAM especialistas em direitos civis e decisores
INICIATIVA DE CIBERSEGURANÇA políticos». A alteração na política de
A União Europeia e os Estados Unidos publicidade deve entrar em vigor em Janeiro.
juntam-se finalmente ao The Paris Call for
Trust and Security in Cyberspace. A iniciativa
foi criada pelo presidente francês Emmanuel
Macron, em 2018, e pede aos Estados,
entidades privadas, investigadores
e sociedade civil a trabalharem em conjunto
para enfrentarem «as novas ameaças de
segurança que existem contras os cidadãos
e as infra-estruturas». É caso para dizer
“mais vale tarde que nunca”.
BITCOIN MELHORA
FACEBOOK E INSTAGRAM SEGURANÇA E PRIVACIDADE
DEIXAM DE SEGMENTAR Aquela que é a mais importante e conhecida
ANÚNCIOS POR RAÇA criptomoeda recebeu o upgrade mais
A Meta anunciou que as redes sociais vão importante desde 2017. A mudança de código
deixar de mostrar anúncios aos utilizadores efectuada na rede da Bitcoin melhora
com base na raça, religião e orientação a privacidade e a segurança das transacções
política e sexual. A empresa revelou num mais complexas e dificulta o seu
post que foi uma «decisão difícil» e que reconhecimento por parte de
a mesma foi motivada pelo «feedback de cibercriminosos.
DOWN
OUTRA VEZ A FALTA DE CHIPS RELANÇAMENTO DA TRILOGIA
A falta de componentes continua a fazer DO GTA NÃO CORRE
vítimas: desta vez foi a Sony, que reviu em COMO O ESPERADO
baixa a produção de PS5 até Março de 2022. Bugs, banda sonora reduzida e corte das
A empresa espera produzir menos um cheats disponíveis são algumas das queixas
milhão de consolas e ficar pelos quinze dos jogadores do GTA: The Trilogy – The
milhões. Também a Nintendo baixou Definitive Edition para PC. O lançamento da
o objectivo de venda da Switch em reedição feita pela Rockstar Games não está
1,5 milhões por falta de chips; já a Valve a correr bem e a empresa, ao receber tanto
vai atrasar o lançamento do Steam Deck feedback negativo, chegou mesmo
em dois meses. Além disso, a Tesla está a desactivar o launcher para impedir
a vender automóveis sem portas USB o acesso ao jogo; a produtora fez o mesmo
na consola central e a BMW começou em realação a outros títulos, durante alguns
a produzir modelos sem touchscreen, dias, para fazer algumas correcções. Parece
devido à falta de semicondutores. que a Rockstar Games apressou
o relançamento e descurou a qualidade.
AQUISIÇÃO DA ARM ALVO
DE INVESTIGAÇÃO
A Comissão Europeia abriu uma investigação
formal sobre a aquisição da ARM pela Nvidia.
Margrethe Vestager, comissária europeia da
concorrência, disse que o negócio «pode vir
a dificultar o acesso de outros fabricantes
à tecnologia de chips da ARM», o que pode
«prejudicar a indústria dos semicondutores».
Também o Reino Unido tem dúvidas sobre
a compra e abriu uma segunda investigação
relacionada, não apenas com a concorrência,
mas também com questões de segurança
nacional, visto que a ARM Holdings é uma
empresa britânica.
PRÉMIOS LEITOR PC GUIA 2021

QUEM CULTIVA
A DIFERENÇA
COLHE PRÉMIOS
A todos os nossos clientes,
parceiros e Experts FNAC
o nosso obrigado.

Esta é a nossa 5a conquista

dos prémios de
MELHOR CADEIA DE VENDA
DE TECNOLOGIA
e MELHOR SITE DE COMÉRCIO
ELETRÓNICO.
 02 ON
A 5.ª COLUNA
André RosA
@andrer757
VIGILÂNCIA
E OS NOSSOS
DADOS
Olá a todos. Este mês parece que o Governo
lá fez “passear” no Parlamento a nova lei de
videovigilância e há alguns pontos a que
convém estarmos atentos.
Aparentemente, foi retirada a obtenção de
dados biométricos, apesar de se falar num
sistema de gestão analítica das imagens
das futuras bodycams que a polícia passará
a ter; o uso de drones também fica com
mais restrições.
Ainda assim, há questões que se levantam
como: ‘quem vai gerir/ter acesso as
imagens’, ‘quem vai criar o sistema de
gestão analítica’, ‘como funciona esse
sistema’ e ‘o Governo terá acesso a estes
dados’?
Numa altura em que, no Parlamento
Europeu, se aprovou o relatório que
defende que a vigilância com dados
biométricos seja banida, e com a União
Europeia a apertar cada vez mais com as
regras do RGPD, parece-me que esta é
uma medida muito perigosa, sem que todas
estas questões estejam resolvidas e
sem que sejam montados sistemas de
fiscalização para que não existam abusos
no tratamento dos dados.
Como notas finais, está neste momento em
produção uma série de TV sobre a história
do The Pirate Bay (bit.ly/3oJbPvM).
Estou curioso para ver o ângulo que vão
mostrar na série e comparar com
o documentário de 2013, The Pirate Bay -
Away From Keyboard.
Até ao próximo mês.
12
ABANAR O TELEFONE VAI SER SINÓNIMO
DE QUE O INSTAGRAM ESTÁ COM PROBLEMAS
A rede social vai ter duas novas funcionalidades
para melhorar a experiência do utilizador. Uma
delas é o ‘rage shake’ (algo como ‘abanar com
raiva’), que vai servir para denunciar um problema
no Instagram: sempre que um utilizador detectar
uma falha basta agitar o telemóvel com a app da
plataforma aberta, surge um aviso a perguntar se
algo correu mal. O objectivo é facilitar a denúncia
de problemas para que os bugs sejam resolvidos
o mais rápido possível, como explica Adam
Mosseri (head do Instagram): «O utilizador pode
explicar exactamente o que aconteceu e as
emoções que está a sentir para que alguém possa
ver o que se passa, de imediato».
O Instagram anunciou ainda a possibilidade de
apagar uma imagem de uma galeria sem ter de
a apagar por inteiro, algo que os utilizadores
«pediam há muito tempo». Quando temos uma
EDP, GALP E BCP SÃO AS REPRESENTANTES NACIONAIS
DO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE DA S&P
A S&P anunciou o seu mais recente relatório anual
de sustentabilidade corporativa, onde distingue as
empresas de acordo com os critérios do Dow
Jones Sustainability Indices. O The Sustainability
Yearbook 2021 avaliou 7032 organizações de
diversos sectores de actividade e distinguiu 630
como as mais sustentáveis.
A EDP – Energias de Portugal é a que mais se
destaca, tendo obtido a melhor classificação de
sempre, desde que integra a lista: 91 pontos em
100 possíveis e a classificação S&P Global Silver
Class. A empresa é ainda a primeira da lista de
103 utilities avaliadas e única portuguesa
a integrar o índice há catorze anos consecutivos.
A Galp Energia foi considerada a empresa mais
sustentável do mundo no sector ‘Oil & Gas
Upstream & Integrated’ e liderou em cinco
categorias: ‘Estratégia Climática’, ‘Riscos
galeria basta tocar no menu dos três pontos,
depois em ‘Editar’ e apagar a fotografia
pretendida. De momento, estas funcionalidades
estão apenas disponíveis nos Estados Unidos
(e esta última só para iOS), mas devem chegar
a utilizadores de todo o mundo em breve. M . F .
Relacionados com Água’, ‘Reporte Ambiental’,
‘Reporte Social’, e ‘Indicadores de Práticas
Laborais’. Esta é a primeira vez que a
empresa alcança esta distinção em dez anos
de presença neste ranking da S&P.
O CEO da Galp, Andy Brown, esclarece que este
reconhecimento «evidencia a estratégia
da empresa em descarbonizar progressivamente
o seu portfólio e operações» e que «premeia
o progresso que fez até agora, bem como
o caminho para regenerar o futuro».
Por último, o Banco Comercial Português, que
regressa ao The Sustainability Yearbook,
considera que esta distinção dada pela
S&P «constitui um testemunho renovado dos
resultados que tem vindo a alcançar na
implementação da estratégia de sustentabilidade
com que se comprometeu». M . F .
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MELHOR GADGET
DO ANO

Evidência científica de uma O aspirador sem fios mais potente

limpeza profunda e inteligente da Dyson
 02 ON
#YOUTUBE
A plataforma anunciou que vai tornar os
‘Não gosto’ privados em todos os vídeos.
Os utilizadores poderão continuar a clicar
na opção, mas a mesma não ficará visível
para a restante comunidade do YouTube.
#APPLE
Um computador Apple-1 em
funcionamento foi vendido em leilão
por quinhentos mil dólares, cerca
de 442 mil euros. O proprietário
comprou-o a um professor, em 1977,
por 650 dólares (575 euros).
#FORTNITE
O famoso jogo da Epic Games poderá
ter armaduras da famosa personagem
do universo Star Wars, Boba Fett,
revela o Engadget.
#SNAPCHAT
Tirar uma fotografia para identificar
um ingrediente e depois receber
sugestões de receitas. Esta é a grande
novidade do Snapchat.
#XBOX
Para celebrar o vigésimo aniversário
da consola da Microsoft, a Gucci fez
uma edição especial da Xbox Series X
que vai custar a módica quantia de
dez mil dólares.
#INSTAGRAM
As funcionalidades ‘texto-para-fala’
e efeitos de voz popularizadas pelo
TikTok vão chegar aos Reels da rede
social da Meta.
#AMAZON
Há uma nova app do serviço de streaming
Prime Video especialmente criada para
macOS: já está disponível na App Store.
#BALMUDA
A empresa japonesa premium de
electrodomésticos, conhecida pelas suas
torradeiras, lançou um smartphone
Android. O Balmuda Phone tem um
processador Snapdragon 765, um ecrã
de 4,9 polegadas e uma câmara
traseira de 48 MP.
14
BOSCH E UNIVERSIDADE DE MINHO SOBRE RODAS:
SETENTA PATENTES E 165 MILHÕES DE EUROS PARA
CRIAR O AUTOMÓVEL DO FUTURO
Durante o evento Next – Driving Tomorrow, a empresa alemã e a instituição
de ensino nacional apresentaram os resultados de quase dez anos de uma
parceria que está a criar um ecossistema de automóveis inteligentes,
autónomos e ligados em rede. RICARDO DURAND
Durante dois dias, o Altice Forum Braga foi uma
espécie de laboratório automóvel e zona de testes,
onde a Bosch e Universidade de Minho mostraram
o resultado de quase dez anos de investigação
e desenvolvimento no campo de novas tecnologias
sobre rodas. Com três fases, este projecto de
inovação da Bosch e Universidade do Minho teve
um investimento total de mais de 165 milhões de
euros e foi um “viveiro” de novas tecnologias:
em conjunto, as duas entidades criaram setenta
patentes desde 2013. No Altice Forum Braga
estiveram em demonstração as tecnologias que
Bosch e Universidade do Minho desenvolveram
nos últimos anos para automóveis autónomos,
divididas em dois eixos: Easy Ride e Sensible Car.
O destaque vai para a comunicação entre veículos
e outros elementos que podem andar nas ruas/
estradas (V2X), sensores que ajudam a detectar
eventos de colisão/danos e vários recursos para
analisar o comportamento de passageiros,
ou seja, um automóvel cada vez mais “sensível”
aos elementos.
OBJECTIVO: CHEGAR AO NÍVEL 5
Na base dos desenvolvimentos na área Easy Ride,
está a criação de «sensores inteligentes críticos
para dar resposta às capacidades exigidas
ao automóvel para a sua comunicação com
O projecto que levou ao
desenvolvimento de
tecnologias para automóveis
autónomos teve um
investimento de mais de 165
milhões de euros.
outros veículos, pessoas e infraestruturas», seja
no interior, ou no exterior do veículo; a informação
recolhida é usada para que o automóvel
«seja capaz de aprender com a experiência»
e «responder a todas as necessidades dos
seus ocupantes de forma rápida e segura».
Já do lado do Sensible Car, o objectivo é criar
condições para chegar aos «níveis máximos de
condução autónoma», o conhecido nível 5, em que
o condutor/ocupante não terá qualquer influência
na condução e em que o automóvel tomará todas
as decisões. Aqui, as inovações principais
apresentadas têm como base o LiDAR (um radar
que analisa toda a envolvente e que cria imagens
tridemensionais para ajudar na decisão),
o Automotive Precise Positioning (posicionamento
correcto do automóvel na faixa de rodagem)
os Road Condition Sensor (para analisar
o estado do piso a ajustar a condução).
Mais um ano a mesma
confiança, obrigado
Continuamos a trabalhar diariamente para satisfazer as
suas necessidades, para lhe trazer os melhores
produtos e serviços e merecer a sua confiança.
Obrigado por nos eleger como a "Melhor Marca de
Multifunções."

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 03 INFOGRAFIA
MAFALDA FREIRE

O MERCADO DOS PODCASTS

Os podcasts estão “na moda” e o mercado cresce mais de 10% ao ano.
Conheça alguns dados sobre uma das áreas de conteúdos mais popular em todo o mundo.

PODCASTS EM 2021 VENDAS DE PUBLICIDADE MERCADO EM 2021

2 milhões de podcasts
2021

1000 milhões
32,8%
28,3%

48 milhões
de dólares
2,7%
de episódios 2023 2,6%
44 minutos de tempo médio
por dia (global) 2000 milhões
de dólares 2,4%
1,5%
1,1%
PAÍSES ONDE OS PODCASTS SÃO MAIS POPULARES* 28,6% Outros

Mais de 40%

30-39%

20-29%

10-19%

Menos de 10%

* utilizadores que ouviram podcasts os últimos 12 meses (2020-2021)

PRINCIPAIS FORMAS DE DESCOBERTA TOP 5 DE PAÍSES COM MAIS OUVINTES PRINCIPAIS RAZÕES PARA NÃO
DE PODCASTS (EUROPA) DE PODCASTS NO ÚLTIMO MÊS (2021) OUVIR PODCASTS (EUROPA)
Pesquisa
na Internet
Recomendação
de familiares
Publicidade
41% 38% 37% 37% 37% Falta
de tempo
Não oferecem
nada de novo
Não saber
o que são
e amigos em relação podcasts

39% 32% 27%

a outros meios

20% 19% 17%

Irlanda Espanha Suécia Noruega EUA
Fonte: Podcasts Insights, Statista e Reuters
16
04 START-UP
MAFALDA FREIRE
BLOQ.IT QUER
DEMOCRATIZAR
A UTILIZAÇÃO
DOS CACIFOS
INTELIGENTES
NOME DA EMPRESA: BLOQ.IT
QUANDO FOI CRIADA: 2019
FUNDADORES: JOÃO LOPES, MIHA JAGODIC
E RICARDO CARVALHO
MISSÃO: DEMOCRATIZAR A UTILIZAÇÃO
DOS CACIFOS INTELIGENTES
SITE: BLOQ.IT/PT
A startup nacional criou uma solução
de cacifos inteligentes que evoluiu com
a pandemia e está agora focada em ajudar
as empresas de logística, de retalho
e de e-commerce a serem mais eficientes
e sustentáveis. A Bloq.it quer
ainda massificar o uso desta tecnologia
em Portugal e um pouco por
todo o mundo.
Na Web Summit de 2019,
a Bloq.it ganhou o prémio
de startup mais inovadora.
18
A Bloq.it é uma startup que tem uma solução end-to-end de cacifos
inteligentes que começou nas praias, mas cujo modelo de negócio
foi evoluindo; neste momento, está a apostar em outras áreas
de actuação como o retalho ou o e-commerce.
Tudo começou num «programa de Verão de empreendedorismo», explica
João Lopes, COO e co-fundador da startup. Foi em Silicon Valley que
conheceu o esloveno Miha Jagodic que, quando ia à praia na Croácia,
«deixava a mochila com uma pessoa» cuja função era guardar os
pertences dos veraneantes. Foi para dar resposta a este problema que
surgiu a ideia de criar cacifos na praia para as pessoas guardarem o que
quisessem de forma segura, mas adicionando uma «layer de tecnologia»
que tornasse a solução «autónoma e fácil de usar».
Em 2019, a Bloq.it instalou os seus primeiros cacifos inteligentes nas
praias de Paço de Arcos e Carcavelos, mas depressa perceberam que não
era o negócio que queriam, como explica o responsável: «Para
o consumidor final, este modelo era muito difícil de executar, porque
é intensivo em termos de capital, de marketing, de educação do utilizador
e tem muita burocracia associada para a colocação do equipamento,
o que o tornava pouco escalável». Além disso, pouco depois, surgiu
a pandemia e o serviço acabou por se tornar «obsoleto»,
esclarece João Lopes.
CRISE QUE SE TORNOU UMA OPORTUNIDADE
A situação da COVID-19 acabou por propiciar uma mudança na Bloq.it.
Como a startup desenvolveu a solução por inteiro, de raiz e criou todo
o software de gestão dos cacifos, tinha a tecnologia para avançar para
outro modelo de negócio e alterar a sua estratégia, o que se revelou vital
para a continuidade. João Lopes esclarece que a empresa deixou de se
focar na parte física da solução e tornou-se um dos «principais
fornecedores de tecnologia, a nível mundial, de cacifos inteligentes»,
mudando o tipo de clientes: «Agora são as empresas e não os utilizadores
finais». O empreendedor destaca que, neste momento, têm casos de uso
«no retalho, no e-commerce e na logística e na indústria farmacêutica»,
tudo sem intermediários e de forma contactless: «Um estafeta deixa uma
encomenda num cacifo e tem a garantia de que é entregue à pessoa
certa; o destinatário tem um código para abrir esse cacifo, que pode estar
numa estação de serviço ou centro comercial, farmácia ou supermercado,
e pode fazê-lo quando quiser e lhe for mais conveniente». Além disso, este
sistema pode ajudar a ter uma maior «sustentabilidade», já que as
empresas de logística, um dos maiores poluentes nas cidades, podem
«evitar tantas viagens e fazer várias entregas num único local».
UMA SOLUÇÃO PARA O FUTURO
A Bloq.It tem diversos clientes nacionais como a Galp, a Glintt, o El Corte
Inglés e a Sonae Sierra, mas é nos mercados externos que está o seu
grande foco, pois é aqui a que a adopção deste tipo de tecnologia é mais
intensa. João Lopes salienta que na Polónia e nos países nórdicos
a utilização de cacifos inteligentes é «massiva» e avança mesmo que no
país de Leste, «87% das pessoas usam este tipo de solução»; já na Suécia
e Finlândia «as entregas em casa são agora entre 10 a 20%, quando há dez
anos eram na ordem dos 90%». Para já a startup trabalha com empresas
«em França, Países Baixos, Suíça, Alemanha, Peru» e está a entrar em «dois
mercados africanos»: Egipto e Quénia», revela o co-fundador. A startup
tem neste momento dez pessoas e quer aumentar a equipa para
«dezasseis colaboradores até ao final do ano», para lidar com
o crescimento que está a ter e expandir-se mais rapidamente. Este ano, as
receitas da Bloq.it «aumentaram 200%», com« 80 a 90% da facturação
a vir do negócio internacional», realça o COO. João Lopes está confiante
no futuro e destaca que a startup prepara uma nova ronda de
financiamento para o início de 2022, cujo objectivo é o de «acelerar
o crescimento da equipa de produto, tecnológica, comercial e apostar em
marketing». A empresa quer ser o «Android dos cacifos inteligentes»
e apesar de conseguirem fornecer o hardware e a ideia, o objectivo
é tornarem-se apenas numa empresa de software.
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 05 PCGUIA
PRÉMIOS
LEITOR PCGUIA
Quem foram os melhores de 2021? Os nossos
leitores votaram e nós mostramos-lhe os vencedores.
HARDWARE
Melhor PC: HP
A HP reforça a liderança na categoria
de melhor PC e ganha esta distinção
pelo sexto ano consecutivo.
Melhor Multifunções: Brother
A Brother volta a conquistar os leitores
da PCGuia, na categoria de melhor
multifunções.
Melhor Placa Gráfica: Asus
A Asus é novamente a marca eleita como
melhor fabricante de placas gráficas.
Melhor Produto de Redes: Devolo
A Devolo volta a ter a preferência
dos nossos leitores na categoria de Melhor
Produto de Redes, voto esse que tem sido
uma constante desde 2013.
20
Melhor Monitor: LG
A LG volta a liderar a categoria de melhor
monitor nos Prémios PCGuia, galardão
que tinha obtido em 2019.
Melhor Monitor Profissional: Philips
Uma nova categoria nos Prémios
PCGuia em que a Philips, pela qualidade
dos seus produtos, foi eleita a melhor
pelos nossos leitores.
Melhor NAS: QNAP
Pelo terceiro ano consecutivo, o galardão
de melhor NAS vai para a QNAP.
Melhor Robot Doméstico: iRobot
Os leitores elegeram estes aspiradores
como os melhores robots domésticos.
Melhor Gadget: Dyson V15 Detect
Os aspiradores verticais da Dyson
têm-se destacado no mercado e o V15
Detect foi o grande vencedor da categoria
de Melhor Gadget de 2021.
ENTRETENIMENTO
Melhor Periférico de Gaming: Corsair
A forte aposta da Corsair no universo
dos jogos está a conquistar os nossos
leitores, que decidiram atribuir novamente
este prémio à marca.
Melhor Monitor de Gaming: AOC
Uma das categorias mais exigentes dos
prémios PCGuia, a de monitores de gaming,
foi ganha, pela segunda vez consecutiva,
pela AOC.
Melhor Cadeira
de Gaming:
Noblechairs
A Noblechairs volta
a vencer a categoria
que elege a Melhor
Cadeira de Gaming.

Melhores Auscultadores: Steelseries
Pelo sexto ano consecutivo, os adeptos
de gaming foram determinantes para a
eleição da Steelseries como a melhor marca
de auscultadores.
Melhor Jogo: Far Cry 6
Disponível para as mais variadas plataformas,
o jogo que se desenrola na ilha fictícia de Yara
conquista o prémio de melhor jogo do ano.
Melhor Televisão: LG OLED
A excepcional qualidade de imagem dos
ecrãs OLED voltou a ser determinante para a
eleição da LG como a marca que tem a
Melhor Televisão, pelo sexto ano consecutivo.
MOBILIDADE
Melhor Portátil Topo de Gama: Asus
A Asus continua a conquistar
os nossos leitores na categoria
de portáteis: este ano ganha o prémio
de Melhor Portátil Topo de Gama.
Melhor Portátil Média Gama: Acer
A Acer dá cartas na gama média e é a
primeira grande vencedora da recente
categoria dos Prémios PCGuia.
Melhor Tablet: Lenovo Tab P11
A Lenovo destrona a Samsung na área da
mobilidade e recebe a medalha dos leitores
para o Melhor Tablet.
Melhor Smartphone Topo de Gama:
Samsung Galaxy Z Fold3 5G
A marca sul-coreana consegue ultrapassar
a concorrência nesta exigente categoria
e sagra-se a vencedora com o dobrável
Galaxy Z Fold3.
Melhor Smartphone Média Gama:
Oppo Reno 6 5G
Na gama média, o prémio foi atribuído ao
Reno 6 5G. A Oppo volta a ser a preferência
dos nossos leitores nesta categoria.
Melhor Smartphone de Entrada de Gama:
Xiaomi Poco X3 Pro
O Xiaomi Poco X3 Pro foi o modelo eleito
pelos nossos leitores como o Melhor
Smartphone de Entrada de Gama.
Melhor Smartphone Robusto: CAT S62 Pro
Mais uma novidade dos Prémios PCGuia: o
vencedor do melhor telemóvel robusto é o
CAT S62 Pro.
Melhor App Nacional: MB Way
A utilidade da app continua a conquistar os
portugueses: a MB Way ganha novamente o
prémio de Melhor App Nacional.
Melhor Acessório para Tablets e
Smartphones: Hama
Em 2021, a Hama reconquistou a confiança
dos leitores na categoria de Melhor
Acessório para Tablets e Smartphones
SOFTWARE
Melhor Software de Gestão: PHC Software
A PHC conquista, pelo quarto ano seguido,
a preferência dos leitores PCGuia no
categoria de Melhor Software de Gestão.
Melhor Software de Segurança: ESET
A ESET recebe, pela segunda vez, a confiança
dos leitores da PCGuia, numa área tão
sensível como a da segurança informática.
21
 05 PCGUIA
SERVIÇOS
Melhor Serviço de Alojamento: PTISP
A PTISP foi eleita, pela quinta vez
consecutiva, como tendo o Melhor Serviço
de Alojamento.
Melhor Operador de Telecomunicações:
MEO
A MEO voltou a reunir a confiança
dos leitores e é novamente a escolha
de Melhor Operador de Telecomunicações.
Melhor Cadeia de Tecnologia: Fnac
Apesar da concorrência feroz, a Fnac
volta a levar para casa o prémio
de Melhor Cadeia de Tecnologia.
Melhor Loja de Tecnologia: Globaldata
A Globaldata torna a conquistar a confiança
dos leitores e é escolhida, pela segunda
vez consecutiva, como a Melhor Loja de
Tecnologia.
T ecnologia sem limite s
E OS VENCEDORES DOS PRÉMIOS DE PARTICIPAÇÃO DESTE ANO SÃO...
TRUST GAMING
GTX 798
l Pedro Lima, Aveiro
22
INTERNET PRÉMIO
EXCELÊNCIA
PCGUIA
Esta distinção é atribuída pela
equipa de jornalistas da PCGuia.
Melhor Site de Comércio Electrónico: Fnac INTEL
Além do prémio de Melhor Cadeia
Depois de anos na sombra da rival
de Tecnologia, a Fnac conquista também
AMD, a Intel soube erguer-se e criou,
os leitores na hora de fazer compras sem
com a nova geração de processadores
sair de casa. Há vários anos que o site
Core Alder Lake-S, aquela que será a
da Fnac vence este prémio.
referência para as futuras
arquitecturas de processadores x86.
Melhor Site de Homebanking:
Millenium BCP
Pelo terceiro ano, o Millenium BCP
é o preferido dos leitores e vence
o prémio de Melhor Site de Homebanking.
Melhor Site de Venda de Tecnologia:
Worten
Desde 2012 que a categoria de Melhor Site
de Venda de Tecnologia não sofre mudanças:
sem surpresas, a Worten volta a conquistar
este prémio.
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 B
06
O
DEFEITOS ESPECIAIS
RICARDO DURAND / Editor
HUMANOS? PARA
ONDE VAMOS
NÃO PRECISAMOS
DE HUMANOS
No princípio de Novembro, aceitei o
convite da Bosch e meti-me num
minibus, para uma excursão de
quatro horas com destino a Braga.
O objectivo foi ver as mais recentes
inovações que a marca, na sua já
longa relação de parceria com a
Universidade do Minho, tinha para
anunciar no que dizia respeito aos
automóveis autónomos. No fim,
O
ficou aquela sensação de que, se
quisessem, as duas parceiras já nos
podiam meter num automóvel
autónomo de volta a Lisboa. Seria
uma boa oportunidade tentar
perceber o sentido da vida sobre
rodas, sem nunca por os olhos na
estrada. É isto que temos de
começar mesmo a fazer, em breve:
quando passar a febre os
automóveis eléctricos e andarmos
todos de rabo tremido (como dizia a
minha avó) em torradeiras com
rodas, temos de perceber que vai
chegar aquele dia em que o
automóvel nos abre a porta, em que
nos sentamos, abrimos o jornal e
bebemos um café. Depois, fica tudo
à responsabilidade de uma Alexa ou
Siri com ADN de motorista. Vamos
sair de casa e chegar ao trabalho
sem nunca termos posto a mão no
volante, o que para muitos até nem
vai ser novidade, já que passam a
maior parte das viagens a olhar
para o telemóvel com o polegar a
roçar o ecrã de alto a baixo.
Quando o nível cinco da condução
autónoma foi uma realidade (espero
que ainda longínqua, sinceramente),
conduzir vai tornar-se uma coisa de
gente rica: tal como hoje é preciso
ir para um hipódromo andar de
cavalo, em 2040 é possível que,
para conduzir um Citroen C4
Cactus de 2014, seja preciso
alugá-lo primeiro no Autódromo do
Algarve, para depois o podermos
conduzir como uns trogloditas,
durante umas horas. A evolução da
humanidade vê-se nestas pequenas
coisas: às vezes é preciso tirar as
pessoas da equação para que tudo
seja mais higiénico e seguro.
24
07 LINUX
42 / Todos os
ANDRÉ PAULA
computadores,
smartphones e tablets
com acesso à Internet
incluem um navegador-
26 / ALTERE OPÇÕES “MENOS -padrão que a maioria dos
AMIGÁVEIS” DO WINDOWS 11 utilizadores acaba por usar.
O novo sistema operativo da Microsoft Neste artigo mostramos
traz várias mudanças que podem não a importância da sua
ser do agrado de todos. A Mafalda Freire escolha e sugerimos cinco
ensina-o a desligar e a alterar algumas navegadores de código
das opções do Windows 11. aberto.
28 / NAVEGUE DE FORMA
ANÓNIMA NA INTERNET
Se quiser ter uma navegação
descansada online, sem que esteja
a ser controlado pelo seu fornecedor
de Internet (ou por outros olhares
indiscretos), siga as dicas do Ricardo
Durand para mudar os servidores DNS,
usar uma VPN e entrar no mundo
dos browsers anónimos. 08 MACGUIA
30 / COMO ULTRAPASSAR 44 / Este ano, a Apple
RICARDO DURAND
AS RESTRIÇÕES E INSTALAR apresentou novos iMac
O WINDOWS 11 coloridos e, mais
A Mafalda Freire diz-lhe como pode recentemente, lançou
contornar as restrições impostas MacBooks com os chips
pela Microsoft, para instalar o seu M1, M1 Max e M1 Max Pro.
mais recente sistema operativo. Se estiver a pensar
comprar um destes novos
32 / USE ALTERNATIVAS computadores e tiver um
À AUTENTICAÇÃO DE DOIS antigo, pode transferir os
FACTORES seus dados de um para
Está cansado de esperar que os códigos outro como acontece
de verificação fiquem disponíveis, para com o iPhone.
que possa entrar nos sites e serviços
online com segurança? O Ricardo
Durand dá-lhe quatro alternativas
à autenticação de dois factores,
todas seguras e de fácil utilização.
36 / DESAPARECER DO GOOGLE
Siga as instruções da Mafalda Freire
para limpar a sua “pegada digital”
dos serviços da Google e apagar
todos os dados que a empresa 09 DESCOMPLICÓMETRO
tem sobre si e a sua actividade online.
46 / Numa altura em que
G U S TAVO D I A S
o consumo energético
é cada vez mais importante,
chegou a vez de lhe darmos
a conhecer a arquitectura
da ARM, que tem
conseguido tornar
os processadores cada
vez mais eficientes.
 MONITORES LG
NESTE NATAL
ULTRAPASSE A EXPECTATIVA

Saiba mais em www.lg.com/pt

06 BOOT
MAFALDA FREIRE

ALTERE OPÇÕES
“MENOS
AMIGÁVEIS”
DO WINDOWS 11
O novo sistema operativo da Microsoft
traz várias mudanças que podem não ser
do agrado de todos. Aprenda a desligar
e a alterar algumas das opções do Windows 11.
O Windows 11 chegou aos computadores
e, embora, existam imensas melhorias, algumas
mudanças são mais óbvias que outras, em especial as
relacionadas com a interface. Estas alterações talvez não
sejam adequadas a todos e podem ser suavizadas para que
a transição para o novo visual seja mais fácil. A maioria das
alterações pode ser feita nas ‘Definições’, mas alguns dos
ajustes implicam mexer no ‘Editor de registo’ - por isso
1 aconselhamos que faça um backup completo do seu
sistema e ficheiros antes de prosseguir.

O Windows 11 mostra sugestões de conteúdo nas ‘Definições’

1 - por exemplo, os sites podem utilizar essa informação,
recolhida a partir sistema operativo para mostrar anúncios. Para
impedir que isto aconteça, abra as ‘Definições’ com a combinação de
teclas ‘Windows + I’ e depois escolha, no menu lateral, a opção
‘Privacidade e segurança’. Seleccione ‘Geral’ e, na janela que aparece,
desligue as quatro opções que aparecem. Em alternativa, clique no
link ‘Dashboard de privacidade’ 1 e inicie sessão utilizando a sua
conta Microsoft para aceder a todos os controlos de privacidade
online existentes.

A Microsoft prefere que usemos uma conta Microsoft para

2 iniciar sessão no Windows 11, mas é possível mudar para uma
conta local, depois de instalar o sistema operativo. Nas ‘Definições’
clique em ‘Contas’ > ‘As suas informações’ > ‘Iniciar sessão com uma
conta local em alternativa’. O Windows vai avisá-lo de que a utilização
de uma conta local significa que as suas definições não serão
sincronizadas em outros dispositivos. Se quiser continuar, faça
‘Seguinte’ e escreva a palavra-passe de conta Microsoft. Em seguida,
ser-lhe-á pedido que crie a conta local, introduzindo um nome de
2 utilizador e uma palavra-passe.

1 A nova barra de tarefas é central, mas se não gosta desta opção,

3 pode colocá-la do lado esquerdo. Nas ‘Definições’ >
‘Personalização’ > ‘Barra de Tarefas’; depois na área ‘Comportamentos
da barra de tarefas’ > ‘Esquerda’ no menu dropdown do ‘Alinhamento
da barra de tarefas’ 1 . Nesta área pode ainda optar por esconder
a barra de tarefas seleccionando ‘Ocultar automaticamente a barra de
tarefas’ 2 . Quando esta opção está activa, a barra fica escondida
e aparece, caso mova o cursor para a parte inferior do ecrã.
26
 Alguns sistemas operativos rivais têm a barra de tarefas no
4 topo do ecrã. Se pensar bem quando trabalha com aplicações,
é aí que se encontram os comandos; por isso, porque não colocar
a barra no topo? Para fazer esta alteração, clique na tecla Windows,
escreva registo e depois clique em ‘Editor de registo’. O Windows
pergunta se permite que a aplicação faça alterações ao seu
1 sistema: clique em ‘Sim’. Faça duplo clique na barra de endereços
no topo da janela (logo abaixo de Ficheiro) e apague qualquer
conteúdo existente. Depois, escreva Computador\HKEY CURRENT
USER\Software\Microsoft\Windows\CurrentVersion\Explorer\
2 StuckRects3 e carregue em ‘Enter’.

Clique duas vezes em ‘Settings’ 1 no painel da direita; na

5 janela que abre, clique duas vezes em ‘03’ na quinta coluna
da segunda linha (abaixo de ‘FE’) e substitua-a por ’01’ 2 . Clique
em ‘OK’ e feche o editor. Prima a tecla ‘Windows’, escreva cmd, abra
a Linha de Comandos e escolha ‘Executar como Administrador’.
Clique em ‘Sim’ quando aparecer a mensagem ‘Pretende permitir
que esta aplicação faça alterações ao seu dispositivo?’
Na Linha de Comandos, escreva taskkill /f /im explorer.exe e faça
’Enter’. Em seguida, escreva start explorer.exe e pressione ‘Enter’
novamente. A barra de tarefas irá reaparecer no topo do ecrã. Se
a barra de tarefas estiver oculta (ver Passo 3), mova o cursor do
rato para a parte superior do ecrã para a ver.

A nova barra de menu do Explorador de Ficheiros tem um

6 design diferente, mas restaurar o formato da barra antiga.
Para isso vá novamente ao Editor de Registo. Faça duplo clique na
barra de endereços no topo da janela e substitua qualquer
conteúdo existente por Computador\HKEY_LOCAL_MACHINE\
SOFTWARE\Microsoft\Windows\CurrentVersion\Shell Extensions
e depois clique em ‘Enter’. Se houver uma pasta na barra lateral
chamada ’Blocked’, faça duplo clique na mesma. Se não, clique com
o botão direito do rato em ‘Shell Extensions’ e escolha ‘Novo’,
depois clique em ‘Chave’ e dê-lhe o nome Blocked. Faça ’Enter’
para criar a pasta.

Clique com o botão direito do rato no painel principal da

7 janela do Editor de Registo, clique em ‘Novo’ > ‘Valor da
cadeia’ e escreva o seguinte: {e2bf9676-5f8f-435c-97eb-
11607a5bedf7}. Verifique se está tudo correcto (incluindo os
parênteses antes e depois) antes de fazer ‘Enter’. Feche o editor,
reinicie o computador, depois abra o ‘Explorador de Ficheiros’ para
ver o menu com formato antigo. Se alguma vez quiser desfazer esta
alteração, volte ao Editor de Registo e, na pasta ‘Blocked’, remova
o valor da cadeia que adicionou (o que começa com ‘{e2bf9676…’).
Finalmente, reinicie o PC.

27
06 BOOT
RICARDO DURAND

NAVEGUE DE
FORMA ANÓNIMA
NA INTERNET
Se quiser ter uma navegação descansada
online, sem que esteja a ser controlado pelo
seu fornecedor de Internet (ou por outros
olhares indiscretos), siga as nossas dicas para
mudar os servidores DNS, usar uma VPN
e entrar no mundo dos browsers anónimos.
Os fornecedores de Internet (ISP) podem saber tudo sobre
os nossos hábitos online: que sites visitamos, que ficheiros
descarregamos, aquilo que procuramos e o lugar a partir do qual
nos ligamos à Web. Para ter uma experiência mais anónima, sem
que haja este tipo de controlo, há algumas coisas que pode mudar
no computador e outras a adoptar. DNS e VPN são algumas das
siglas que se vão tornar parte do seu dia-a-dia, se quiser mesmo
esconder a sua vida online do fornecedor de Internet.

ALTERE O SERVIDOR DNS PADRÃO

Podemos começar já por uma das mudanças mais fáceis de fazer
e que também é uma das mais eficazes: mudar os servidores DNS
(Domain Name Service). Sempre que escreve um endereço Web
no browser, o DNS do seu ISP “procura” o endereço IP que lhe
está ligado, para que o site correspondente possa ser aberto.
Este servidor DNS é-lhe atribuído de forma automática quando
começa a usar os serviços do seu fornecedor de Internet, com
o router do mesmo. Contudo, não há nada que nos obrigue a usar
o servidor DNS padrão de um ISP, pelo que podemos usar
outros, que muitas vezes são mais rápidos e seguros.

Para mudar manualmente para outro servidor DNS no

1 Windows 10, entre em ‘Definições’ > ‘Rede e Internet’ >
‘Alterar opções do adaptador’.

Clique com o botão direito do rato no seu adaptador de

2 rede (que aparece como ‘Activado’), escolha ‘Propriedades’
> ‘Protocolo IP Versão 4 (TCP/IPv4)’ e clique no botão
‘Propriedades’. Marque a opção ‘Utilizar os seguintes endereços
de servidor DNS’ e use duas das nossas sugestões.
Cloudflare: 1.1.1.1 e 1.0.0.1
DNS públicos da Google: 8.8.8.8 e 8.8.4.4
OpenDNS: 208.67.222.222 e 208.67.220.220

Clique em ‘OK’ para confirmar e reiniciar o PC para

3 mudar para os novos DNS fiquem activos. Se tiver algum
problema, volte às ‘Propriedades de Protocolo IP Versão 4
(TCP/IPv4)’ e marque a opção ‘Obter automaticamente
o endereço de servidor DNS’.

28

DNS e VPN são algumas das
siglas que se vão tornar parte do
seu dia-a-dia, se quiser mesmo
esconder a sua vida online do
fornecedor de Internet.
LIGUE A OPÇÃO DNS-OVER-HTTPS
NO FIREFOX, CHROME E EDGE
Os sites HTTPS (com protocolo Hypertext Transfer Protocol seguro)
encriptam dados como palavras-passe, detalhes pessoais
e pesquisas, para que não possam ser recolhidos por terceiros,
incluindo os ISP. Contudo, o seu ISP ainda pode ver quais os sites
HTTPS que visita. Firefox, Chrome e Edge têm uma funcionalidade
que pode resolver este problema de privacidade - só precisa de
garantir que está ligada. O chamado ‘DNS-over-HTTPS’ encripta os
pedidos DNS que o seu browser faz quando entra em sites, o que
torna a identificação de sites mais difícil (mas não impossível) por
parte do seu ISP.
O Firefox usa DNS-over-HTTPS via Cloudflare e activa-o por
1 defeito. Para verificar se esta função está mesmo ligada, clique
no botão de menu de três linhas do Firefox, seleccione ‘Definições’ >
‘Geral’ e faça scroll até ao fim da janela para clicar em ‘Definições’ na
secção ‘Definições de Rede’. Aqui, certifique-se de que ‘Enable DNS
over HTTPS’ está seleccionado.
No Chrome, aceda a ‘Definições’ > ‘Privacidade e segurança’ >
2 ’Avançadas’. Confirme se ‘Utilizar o DNS seguro’ está ligado
e se a opção ‘Com o seu fornecedor de serviços actual’ está activa;
contudo, tenha atenção ao aviso ‘O DNS seguro pode não estar
sempre disponível ‘.
Se tiver o Edge, entre em ‘Definições’ > ‘Privacidade, pesquisa
3 e serviços’. Faça scroll down até ‘Security’ e assegure-se de
que a opção ‘Utilizar um DNS seguro para especificar...’ está activada.
NAVEGUE NA WEB COM UMA VPN
Usar uma VPN é a forma mais eficaz de esconder a actividade
online de um ISP. Apesar de serem mais usadas para mudar a nossa
localização de acesso à Internet (por exemplo, fazer com que os
sites “achem” que estamos a aceder dos EUA e não de Portugal),
também encriptam a ligação à Internet para que ninguém possa ver
o que estamos a fazer online - incluindo o nosso ISP. Usar uma VPN
é totalmente legal, mas a maioria dos serviços são pagos.
A nossa opção gratuita favorita é a Windscribe (windscribe.com),
que dá acesso a servidores em dez países e 10 GB de dados por
mês (se dermos o nosso email; caso contrário, serão apenas 2 GB),
sem termos de pagar. A Windscribe também oferece dois modos
de ligação que “disfarçam” o facto de estarmos a usar uma VPN.
Depois de fazer o download e de instalar a Windscribe, crie
1 uma conta em ‘Get Started’. De volta à pequena janela do
programa, clique em ‘Login’, preencha os dados da conta que acabou
de criar.
Clique nos três tracinhos à esquerda para entrar nas opções
2 e carregue em ‘Connection’ (o ícone é o de uma ficha) e, depois,
em ‘Manual’, na opção ‘Connection Mode’.
No menu dropdown ‘Protocol’ escolha ‘Stealth’ (“mascara”
3 o seu ‘túnel’ VPN para o fazer parecer tráfego HTTPS) ou
‘WStunnel’ (faz parecer tráfego HTTP padrão). A Windscribe diz que
estes modos são úteis para navegar na Web através de «redes
restritivas», mas são igualmente úteis para “enganar” os ISP.
29
06 BOOT
MAFALDA FREIRE

COMO
ULTRAPASSAR
AS RESTRIÇÕES
E INSTALAR
O WINDOWS 11
O lançamento do Windows 11 foi um pouco controverso devido
Aprenda a contornar as restrições às questões relacionadas com requisitos mínimos do sistema.
impostas pela Microsoft para instalar Inicialmente, a Microsoft disse que apenas os computadores com
o seu mais recente sistema operativo. TPM 2.0 activado poderiam ter o novo sistema operativo e que
processadores mais antigos não eram compatíveis. Posteriormente,
a marca sugeriu uma solução que permite instalar o Windows 11 em
PC com outras versões de TPM e processadores mais antigos.
No entanto, se actualizar directamente a partir do Windows 10,
deixará de receber actualizações, incluindo correcções de segurança.
A solução é fazer uma instalação limpa, em que todos os seus
ficheiros e configurações serão apagados. Assim, aconselhamos
a fazer uma cópia de segurança de tudo o que é importante.

Antes de tudo, verifique se o seu PC cumpre os requisitos: faça

1 o download da aplicação PC Health App (bit.ly/3DmXvzs) para fazer
uma auditoria ao hardware do PC e verificar se está de acordo com as
recomendações da Microsoft para o Windows 11. Quando a ferramenta abrir,
clique no botão ‘Verificar agora’ na secção ‘Apresentamos o Windows 11’. Isto
dir-lhe-á se o seu PC é compatível com o Windows 11; caso contrário, diz-lhe
quais os requisitos que não cumpre. No nosso caso, o TPM 2.0 não está activo
e o processador ‘não é atualmente suportado pelo Windows 11’. Estes são,
provavelmente, os dois problemas de compatibilidade mais comuns.

O TPM é o problema mais fácil de resolver. Clique na combinação de

2 teclas ‘Windows+R’ para abrir a caixa ‘Executar’ e escreva tpm.msc
tpm.msc;;
depois faça ‘Enter’. Se vir uma mensagem ‘Não é possível localizar TPM
compatível’, isto não significa necessariamente que o seu PC não tem um
TPM, já que pode estar desactivado - no próximo passo explicamos-lhe
como fazer a activação. Se a mensagem disser que o TPM está pronto a ser
utilizado, verifique a ‘Versão de Especificação’ nas ‘Informações do
Fabricante’ para confirmar que é 2.0. Se a versão do TPM for a 1.2,
a funcionalidade está activa, mas o seu PC não cumpre este requisito
mínimo do Windows 11. Não se preocupe, vamos explicar como
ultrapassar esta restrição no passo 4.

Para activar o TPM 2.0, terá de entrar no UEFI ou BIOS do seu PC.
3 A forma mais rápida fazer isto é carregar em ‘F2’ ou ‘F10’
(dependendo do fabricante do seu PC) quando o mesmo reinicia.
A localização da configuração TPM varia conforme a marca, mas procure
uma secção chamada ‘Advanced’, ‘Security’ ou ‘Trusted Computing’.
Encontre o TPM - que também pode ter a designação ‘Security Device’
- e altere a sua configuração para ‘Enabled’ ou ‘Available’. Grave
a alteração e reinicie o computador.

30
 Além do TPM e de um
processador recente,
os outros requisitos para
instalar o Windows 11 são
pelo menos 4 GB de RAM
e ter a opção Secure
Boot activa.

Se o seu PC tiver apenas TPM 1.2, pode usar o “hack” do registo

4 sugerido pela Microsoft para instalar o Windows 11. Este truque
também funciona se tiver um processador não compatível. Escreva registo
na caixa de pesquisa do Windows e depois seleccione ‘Editor de registo’.
Quando o programa abrir, navegue até à chave HKEY_LOCAL_MACHINE\
SYSTEM\Setup\MoSetup. Seleccione a opção, clique com o botão direito do
rato no painel da direita: escolha ‘Novo’ e depois ‘Valor DWORD (32-bit)’.
Faça renomear e coloque AllowUpgradesWithUnsupportedTPMOrCPU;
depois, clique com o botão direito do rato, escolha ‘Modificar’ e introduza
1 na caixa ‘Value data’. Carregue em ‘Enter’ ou em ‘OK’ para confirmar,
depois feche o Editor de Registo e reinicie o PC.

Vai precisar de criar uma pen de arranque do Windows 11 - caso

5 contrário, a Microsoft impede a instalação por incompatibilidade.
Vá à página de download do sistema operativo em bit.ly/3kHrT09 e clique
no botão ‘Transfira agora’ em ‘Criar o Suporte de Dados de Instalação do
Windows 11’, para descarregar a ferramenta Media Creation Tool. Execute
a ferramenta, aceite os termos da licença e seleccione ‘Utilize as opções
recomendadas para este PC’. No ecrã ‘Escolher o suporte a utilizar’,
seleccione ‘Pen USB’. Depois, insira a drive, que terá de ter no mínimo 8 GB,
e clique em ‘Seguinte’ para que a pen de arranque seja criada.

Depois de criar a pen, vá ao ‘Explorador de Ficheiros’; na área ‘Este

6 PC’, identifique a drive USB e abra-a. Faça duplo clique no ficheiro
‘setup’ e clique em ‘Sim’, quando lhe for pedido para ‘permitir que esta
aplicação faça alterações ao seu dispositivo’. Isto iniciará o processo de
instalação do Windows 11. Quando chegar à etapa ‘Verificar o seu PC’,
o ajuste de registo que fez na etapa 4 dirá ao Windows para ignorar
quaisquer problemas de compatibilidade. O Windows irá então verificar
e instalar o sistema operativo e quaisquer actualizações disponíveis.

Durante a instalação, pode aparecer um ecrã de aviso que diz que,

7 embora o seu PC não cumpra os requisitos mínimos, pode actualizar
para o Windows 11, mas que não terá direito a receber actualizações. Esta
é a grande desvantagem de instalar o sistema operativo desta forma,
embora seja possível que a Microsoft mude de ideias e, em breve, permita
o funcionamento do Windows Update.
Se preferir não instalar o SO desta forma, pode fazer uma instalação limpa,
que receberá as actualizações normalmente, mas isso significa perder
todos os ficheiros e programas instalados. Para fazer uma instalação de
raiz abra as ‘Definições’ > ‘Actualizações e Segurança’ > ‘Recuperação’.
Clique no botão ‘Reiniciar agora’ disponível na área ‘Arranque avançado’
e depois em ‘Use um dispositivo’. Seleccione a pen USB para fazer
a instalação do Windows 11 e escolha a opção ‘Personalizar: Instalar
apenas o Windows’.

31
06 BOOT
RICARDO DURAND

TRÊS ALTERNATIVAS
À AUTENTICAÇÃO
DE DOIS FACTORES
Está cansado de esperar que os códigos de verificação fiquem disponíveis, para
que possa entrar nos sites e serviços online com segurança? Vamos dar-lhe quatro
alternativas à autenticação de dois factores, todas seguras e de fácil utilização.
A autenticação de dois factores (2FA, em inglês)
acrescenta uma camada-extra de protecção a contas
online. Mas, na prática, este recurso de segurança pode
tornar-se cansativo de usar: temos de esperar que um código de
verificação nos seja enviado por SMS ou e-mail, sendo que
depois ainda é preciso digitá-lo nos sites. Como alternativa, há
vários métodos de autenticação, igualmente seguros (e até mais)
e menos incómodos - neste guia, mostramos-lhe três deles.

INICIAR SESSÃO COM AUTENTICAÇÃO PUSH

A autenticação que aparece sob forma de notificação (‘push
authentication’, em inglês) é uma forma rápida e segura de iniciar a sessão
em sites e serviços online. Em vez de esperarmos por um código de
verificação, basta tocar num botão que aparece no smartphone para
confirmar que queremos aceder às nossas contas.
As notificações são limitadas no tempo e, ao contrário dos códigos SMS,
a comunicação entre o site e o nosso dispositivo é encriptada e não pode
ser interceptada por terceiros. Para iniciar a sessão num site com uma
autenticação push, é preciso instalar a aplicação no telefone e activar
a opção nas definições de segurança da sua conta, se esta estiver
disponível (muitas ainda não têm). Depois, deve garantir que as
notificações push estão activadas para essa app.

No Android, aceda a ‘Definições’ > ‘Aplicações e notificações’;

1 aqui, escolha a aplicação, toque em ‘Notificações’ e confirme
que a opção ‘Mostrar notificações’ está ligada.

No iOS, entre em ‘Definições’ > ‘Notificações’, seleccione a app

2 e confirme que também liga a opção ‘Permitir notificações’.

O Google permite recorrer às notificações push em vez de

3 passwords, o que elimina a necessidade da 2FA. No Android, esta
funcionalidade está integrada, mas no iOS vai precisar das aplicações
Google ou Gmail. Para configurar este recurso, entre na sua conta em
https://myaccount.google.com, clique em ‘Segurança’ > ‘Iniciar sessão
no Google’ > ‘Utilizar o telemóvel para iniciar sessão’ > ‘Configurar’
e seleccione o dispositivo que quer usar. Vai precisar de ter o bloqueio
de ecrã ligado.

Se preferir utilizar a autenticação push como segunda camada

4 de segurança, escolha ‘Validação em dois passos’ > ‘Introdução’
e seleccione o dispositivo que onde vai passar a receber avisos.

32
 06 BOOT

USAR UMA APP APP DE AUTENTICAÇÃO

As apps de autenticação são uma forma mais segura de iniciar uma
sessão em contas online que receber um código de verificação por SMS
ou e-mail. Embora também recorram a códigos de seis dígitos, aqui
são gerados directamente na app em vez de serem enviados de forma
não-encriptada pela sua rede móvel, o que significa que funcionam
mesmo quando o seu telefone está offline. Além disso, os códigos
são actualizados a cada trinta segundos e nunca são repetidos; assim,
se um hacker fosse capaz de interceptar um, teria de agir com extrema
rapidez para aceder à nossa conta. Vamos usar o Microsoft Authenticator
(disponível para Android e iOS), que também pode ser usado com contas
Amazon, Google, Facebook e Dropbox, por exemplo. Vamos ensinar
a fazê-lo com uma conta Amazon.

Entre na sua conta Amazon, clique em ‘Acesso e segurança’ >

1 ‘Configurações da Verificação em Duas Etapas’ > ‘Editar’.

Depois, carregue no botão amarelo ‘Iniciar’ e seleccione a opção

2 ‘Aplicativo autenticador’, em baixo. Finalmente, abra o Microsoft
Authenticator no smartphone, toque em ‘Ler código QR’ ou, então, em
‘Adicionar conta’ > ‘Outra’. Digitalize o código QR no site da Amazon,
introduza o código de seis dígitos que aparece na app e clique
em ‘Verificar senha de uso único e continue’.

O 2FA pode tornar-se cansativo de usar:

temos de esperar que um código de verificação
nos seja enviado por SMS ou e-mail; depois,
ainda é preciso digitá-lo nos sites.

IMPRIMIR CÓDIGOS DE CÓPIA DE SEGURANÇA

Uma desvantagem de usar o smartphone para 2FA é que se o perder
ou mudar para outro, deixa de poder entrar em algumas contas.
Para evitar este problema, vale a pena manter uma cópia de segurança
impressa dos códigos de verificação, se o site ou serviço possibilitar
esta alternativa. O exemplo que damos é de uma conta Google.

Entre na página de validação em dois passos da sua conta Google

1 (bit.ly/316sRvK) e clique em ‘Continuar’ > ‘Utilizar outra opção
alternativa’. No nosso caso, tínhamos vários dispositivos autorizados
a servir de plataformas de autenticação.

A janela que se abre mostra um conjunto de dez códigos de backup

2 que pode ‘Transferir’ e/ou ‘Imprimir’, para que possa iniciar a sessão
na sua conta Google de forma segura, quando não tem o smartphone
perto de si. Cada código só pode ser utilizado uma vez.

O Microsoft Authenticator também resolve o problema de não

3 usar o smartphone, já que permite fazer cópias de segurança das
credenciais de uma conta para a cloud - isto faz com que fiquem
acessíveis a partir de qualquer outro dispositivo onde possamos usar
um browser. Nas ‘Definições’ da app, seleccione ‘Backup’ e escolha
’iCloud Backup (iPhone ou iPad) ou ‘Cloud backup’ (Android)
para activar esta funcionalidade.

34
06 BOOT
MAFALDA FREIRE

SAIBA COMO DESAPARECER

DO GOOGLE
Neste guia, vamos ensinar-lhe a limpar a sua
“pegada digital” nos serviços da Google
e a apagar todos os dados que a empresa
tem sobre si e a sua actividade online.

’Não há almoços grátis’ é uma expressão que não poderia ser

mais verdade em relação ao Google. Os serviços que usamos
são gratuitos, mas em troca estamos a dar os nossos dados.
A maioria das pessoas está consciente deste facto e lida bem com
isso, mas se for daquelas pessoas que prefere salvaguardar a sua
privacidade, ensinamos-lhe a “desaparecer” e a apagar a informação
que tem nos diversos serviços da Google.

DEIXAR DE APARECER
1 NOS RESULTADOS DA PESQUISA
Ao pesquisar o seu nome no Google, pode encontrar informações que
preferiria que não estivessem online, tais como detalhes de um
incidente do passado, um comentário calunioso ou dados pessoais
como a sua morada ou número de telefone. Para apagar este
conteúdo deve, primeiro, tentar contactar o webmaster do site em
que a informação aparece e pedir que a mesma seja retirada. É que,
nestes casos, o Google está apenas a fazer a ligação a conteúdos
existentes e não é responsável pela publicação dos mesmos;
normalmente é mais rápido ir directamente à fonte.
O webmaster pode retirar os dados ou simplesmente colocar uma
metatag (noindex) no código HTML para impedir que uma página
apareça na Pesquisa Google. Se isto for feito, o conteúdo acabará
por desaparecer como parte do processo de actualização regular
do motor de busca - no entanto, pode demorar algumas semanas.
Se os dados não desaparecerem, ou se quiser acelerar o processo, vá

36
 à ferramenta ‘Remova conteúdo desactualizado da Pesquisa Google’
(bit.ly/3nnkLaE) e clique em ‘Novo pedido’. Coloque o URL da página
ou escolha a opção ‘Imagem’, coloque o URL e depois faça
‘Enviar’; em seguida pode consultar na mesma página o estado
dos seu(s) pedido(s).
Há casos em que o webmaster simplesmente não responde ou se
recusa a retirar o conteúdo: nestes casos, pode pedir directamente
à Google que pare de incluir a informação nos resultados da
pesquisa. O Google removerá dados pessoais, como financeiros,
médicos, de identidade e conteúdo doxxing, ou seja, que expõe os
contactos pessoais com intenção de prejudicar, bem como imagens
íntimas. Cada uma destas categorias tem o seu formulário, mas pode
consultar mais detalhes nesta página de ajuda - bit.ly/3ClLWai.
Se o pedido for rejeitado, o Google fornecerá uma breve explicação
e permite que volte a tentar fazer o pedido quando tiver informações
adicionais a acrescentar.

REMOVER CONTEÚDOS DE OUTRAS

2 FERRAMENTAS DA GOOGLE
É mais provável que o Google leve a sério o seu pedido de remoção,
caso seja feito por razões legais, especialmente se o conteúdo violar
uma lei, nomeadamente o RGPD, e estiver alojado num dos serviços
da empresa. Entre os motivos que pode usar para pedir a eliminação
de conteúdos estão a violação de direitos de autor, difamação,
violação de privacidade, phishing, ameaças violentas e material
explícito. Para denunciar o conteúdo que pretende remover vá
à ferramenta de resolução de problemas legais em bit.ly/3oz4pez,
escolha o serviço e faça o pedido. O Google vai indicar que pode
enviar uma cópia do seu pedido ao projecto Lumen (lumendatabase.
1 org), que analisa situações legais de remoção de conteúdos Web,
mas promete que os seus dados de contacto não serão visíveis.

ESCONDER O PERFIL DO FACEBOOK

3 DOS RESULTADOS DA PESQUISA
O Facebook exige que use o seu nome verdadeiro para fazer o registo
e, por isso, qualquer pessoa que faça uma pesquisa encontra o seu
perfil e publicações em poucos segundos. Para evitar que isto
aconteça, altere as definições de privacidade do Facebook para
tornar o perfil menos público.
No seu PC, abra o site da rede social e clique na seta para baixo no
canto superior direito. Escolha ‘Definições e privacidade’ >
‘Definições’ > ‘Privacidade’ e aceda à secção ‘A tua atividade’. Nesta
área, clique no botão ‘Editar’ que se encontra a lado de ‘Quem pode
ver as tuas publicações futuras?’ e altere a configuração de ‘Público’
para ‘Amigos’ 1 . Clique também no botão ‘Limitar o público para
publicações antigas’ para o activar e, finalmente, na secção ‘Como
as pessoas te podem encontrar e contactar’ clique no link ‘Editar’
ao lado de ‘Queres que os motores de busca fora do Facebook
apresentem ligações para o teu perfil?’ e retire a selecção. Esta
alteração pode demorar alguns dias a ter efeito.

RETIRAR A SUA CASA

4 DO GOOGLE STREET VIEW
Quase de certeza que já viu a sua casa no Street View do Google
Maps, mas pode não querer que outras pessoas vejam onde vive.
Quer queira proteger a sua privacidade ou esteja preocupado com
a segurança, pode pedir à Google para desfocar a sua casa. Basta
procurar o seu código postal no Google Maps, arrastar o “homem
amarelo” para a morada para mudar para o Street View e clicar no
minúsculo link ‘Comunicar um problema’ no canto inferior direito.
Um efeito de blur será aplicado à sua casa dentro de alguns dias,
mas esteja ciente de que isto é permanente e que não pode
reverter a situação.

37
06 BOOT

ELIMINAR OS DADOS
5 DE PESQUISA E ACTIVIDADE
O Google armazena detalhes de tudo o que procura na Internet em
todos os dispositivos em que está logado com a conta Google.
Oficialmente, isto é feito para «melhorar os serviços», mas a verdade
é que os dados recolhidos servem para criar um perfil dos seus
interesses para efeitos de publicidade.
No entanto, a empresa facilita a revisão e eliminação dos dados através
do link myactivity.google.com, para que os utilizadores tenham hipótese
de se salvaguardar. Abra o site myactivity.google.com e inicie a sessão,
caso seja solicitado. Veja os detalhes das suas pesquisas e outras
actividades nas ferramentas do Google, incluindo vídeos que viu no
YouTube. Clique no botão ‘Eliminar’ que está ao lado de ‘Filtrar por data
e produto’ e escolha se quer limpar a actividade da última hora, dia,
sempre ou de um determinado intervalo.
Também pode dizer ao Google para apagar automaticamente os dados
da sua actividade após um determinado período de tempo. Clique em
‘Atividade da Web e de aplicações’ para abrir a página ‘Controlos de
atividade’ e escolha ‘Eliminação automática’. Nessa opção, clique no
menu dropdown para escolher quanto tempo quer que o Google
armazene os seus dados: 3, 18 ou 36 meses. Clique em ‘Seguinte’ para
activar esta funcionalidade. Se preferir que o Google não armazene os
seus dados de pesquisa e actividade, volte à página ‘Controlos de
atividade’ e desligue a opção ‘Atividade da Web e de apps’.

LIMPAR O HISTÓRICO
6 DE VISUALIZAÇÃO DO YOUTUBE
Ao clicar no link ‘Histórico’ no menu esquerdo do YouTube, é provável
que fique surpreendido com o número e variedade de vídeos que viu ao
longo das últimas semanas, meses e anos. Para limpar esta actividade,
tanto para proteger a sua privacidade como para parar com as
recomendações do YouTube, clique no botão ‘Limpar todo o histórico de
visualizações’ 1 ; também pode apagar os vídeos individualmente
através do ‘X’ presente em cada um 2 . Se quiser, pode impedir
o YouTube de armazenar o que vai ver no futuro; para isso clique em
‘Colocar o histórico de visualizações em pausa’. Além disso, é possível
apagar também os dados da pesquisa em ‘Histórico de visualizações
e pesquisa’, ao clicar no link será direccionado para a página ‘A minha
atividade’. Nessa área, consegue ainda, tal como fez no passo anterior,
accionar a ‘Eliminação automática’.
2
APAGAR O HISTÓRICO
7 DE LOCALIZAÇÃO DO GOOGLE MAPS
1 O Google rastreia as suas deslocações, mesmo quando não está
a utilizar um dos seus serviços - basta que ande com o smartphone ou
tablet e tenha a funcionalidade ‘Histórico de Localizações’ activa. Pode
visualizar estes dados na app Maps e a através do browser do seu PC
em google.pt/maps. Clique no botão do menu (três linhas) no canto
superior esquerdo e seleccione ‘A sua linha cronológica’. Esta opção
mostra um mapa de todos os locais onde esteve enquanto a opção
’Histórico de Localizações’ esteve activa.
Pode navegar nesta informação utilizando a ‘Linha cronológica’ no canto
superior esquerdo do mapa: basta seleccionar uma data para ver os
locais onde foi nesse dia e os percursos que fez. Estes dados podem ser
um pouco assustadores: se quiser pode desligar a possibilidade
de o Google o seguir: clique no ícone da engrenagem no canto inferior
direito do mapa; seleccione ‘Apagar todo o Histórico de Localizações’.
Depois de fazer isto, recebe um aviso de que a informação será apagada,
deixando de estar visível para o Google e para si. Em alternativa, escolha
‘Apagar automaticamente o Histórico de Localizações’ no menu da
engrenagem; pode escolher entre 3, 18 e 36 meses. Para o Google
parar de armazenar os dados de localização, clique no ícone da
engrenagem e escolha ‘Interromper o Histórico de Localizações’. Isto
abre a página ‘Controlos de Atividade’ da conta Google onde poderá
colocar em pausa a funcionalidade.

38
1 DEZEMBRO,
SENTE ESTAS HISTÓRIAS
NO CANAL 79
06 BOOT

APAGAR AS PALAVRAS-PASSE
8 GUARDADAS NO GOOGLE
O Chrome guarda as suas passwords para que possa entrar nos
websites mais rapidamente, mas estes detalhes são também
guardados no ‘Gestor de palavras-passe’ do Google (passwords.
google.com); nesta página poderá ver todas as palavras-passe
listadas. Pode apagar as palavras-passe individualmente clicando
no nome do site e escolhendo a opção ‘Eliminar’ 1 , mas este é um
processo moroso, se tiver muitas passwords. Um método mais fácil
é visitar a página Chrome Sync (chrome.google.com/sync) e clicar
no botão ‘Limpar Dados’. O problema é que é também apagará os
marcadores sincronizados e outros dados, por isso certifique-se
de que importou tudo aquilo de que precisa para o outro navegador,
antes de prosseguir.

USAR O GOOGLE SEM

9 UMA CONTA GMAIL
É um erro habitual pensar que é preciso ter uma conta Gmail para
utilizar os produtos e serviços da Google. Embora esta seja,
certamente, a preferência da empresa, é possível apagá-la e utilizar
um endereço de e-mail de outro fornecedor.
Visite a página do Painel de Controlo do Google (myaccount.google.
1 com/dashboard) e seleccione ‘Eliminar um serviço’ > ‘Eliminar um
serviço Google’. Inicie a sessão na sua conta com o endereço Gmail
actual, clique no ícone do caixote do lixo ao lado do Gmail. Se quiser,
antes de apagar a conta, pode descarregar os seus e-mails e outros
dados do Gmail primeiro usando a opção ‘Transferir os dados’ 1 .
No entanto, tenha em atenção que não poderá utilizar alguns serviços
Google sem uma conta Gmail, tal como a Google Play Store no seu
1 telefone Android, por isso apague a conta apenas se tiver a certeza
do que quer fazer.

APAGAR DE VEZ
10 A CONTA GOOGLE
Eliminar a conta Google é a forma mais eficaz de se libertar das
“garras” da empresa, mas é também o último recurso. Pode recuperar
uma quantidade significativa de privacidade online, mas também
perderá todos os dados do Chrome, as imagens armazenadas no
Google Fotos, as mensagens do Gmail, os vídeos do YouTube, os
contactos guardados, as aplicações Android e muito mais. Esta não
é uma decisão que dever ser tomada de ânimo leve - se quiser mesmo
fazê-lo, deve fazer cópias de segurança de qualquer conteúdo que
queira guardar. Se tiver a certeza de que quer abandonar
completamente o Google, dirija-se ao ‘Painel de Controlo do Google’
(ver passo anterior), clique em ‘Eliminar um serviço’ > ‘Eliminar a sua
conta Google’. Inicie a sessão, reveja todo o conteúdo que será
perdido e marque as caixas de confirmação no fundo da página.
Finalmente, clique em ‘Eliminar conta’.
De acordo com o RGPD, o Google deve apagar os seus dados no
prazo de trinta dias, mas se tiver uma mudança súbita de opinião,
pode recuperar a sua conta dentro desse período de tempo, através
da página de Recuperação de Conta em bit.ly/3Fq24JB. Nessa altura,
poderá ter de responder a algumas questões de segurança
e introduzir o endereço de correio electrónico que estava ligado
à sua conta Google e a mesma será restaurada.

40
 07 LINUX
ANDRÉ PAULA

CINCO NAVEGADORES
DE CÓDIGO ABERTO
Todos os computadores, smartphones e tablets com acesso à Internet
incluem um navegador-padrão que a maioria dos utilizadores acaba
usar. Neste artigo vamos mostrar a importância da sua escolha e sugerir
cinco navegadores de código aberto.
Nos anos 1990, o Netscape era a porta de entrada OS NAVEGADORES MAIS USADOS
para navegar na ‘lentinha’ Internet a 56 kbps. Se fizer uma pesquisa rápida na Internet, encontra
Nesta altura, pouco importavam questões como várias estatísticas dos navegadores mais usados,
a segurança e a privacidade, porque as alternativas eram com a maioria a apresentar números muito
poucas. Mesmo depois, com o desenvolvimento semelhantes. Por exemplo, em Portugal, as preferências
do Internet Explorer e do Firefox, o propósito era entrar vão para Chrome, Safari, Edge e Firefox, o que não
neste novo mundo, que ainda estava a dar os primeiros é difícil de perceber: os sistemas operativos dos
passos, para uso dos comuns mortais. Actualmente, os smartphones mais vendidos a nível mundial são
navegadores continuam a ter o mesmo objectivo e são o Android e o iOS, ambos com Chrome e Safari
massivamente usados. A diferença está na velocidade, instalados por definição.
na quantidade de informação pessoal que circula na Em computadores, o sistema operativo mais usado
Internet, deixando registos e criando padrões de é o Windows, com o seu navegador-padrão Edge,
comportamento que são explorados por terceiros. sobrando apenas browsers proprietários de várias
Por isso, hoje em dia, a escolha de um navegador é muito marcas, como Samsung ou Xiaomi, e alternativas de
importante, porque será nele que iremos deixar, ou não, open source, como o Firefox. Serão os mais usados
as nossas ‘pegadas’ virtuais. Na nossa opinião, a escolha a melhor escolha? Vamos falar de algumas sugestões
mais inteligente é de um browser de código aberto. de código aberto. L I N U X T E C H . P T

42
FALCON
É um navegador desenvolvido pelo KDE, que
tinha o nome de Qupzilla, bastante simples,
com base em Chromium e que usa QT como
base do desenvolvimento. O visual é dos
anos 1990, com poucas opções de
configuração, mas por isso muito simples de
usar. Depois da instalação, tem onze
extensões incluídas, mas apenas duas
activas: integração com o ambiente gráfico
KDE Plasma e o Adblock. Para instalar mais
extensões, tem de ir a loja do KDE.
O Falkon precisa de um maior desenvolvi-
mento para competir com os navegadores
de que falamos aqui, porque a ultima
actualização é de Março de 2019. A fluidez
ainda não é a esperada e o visual precisa
de ser trabalhado.
PONTOS FORTES:
código aberto, minimalismo
FIREFOX
Tem sido o mais usado pela maioria dos
utilizadores de sistemas Linux e uma
alternativa aos navegadores como base em
Chromium. É aquele que se tem mantido há
mais tempo no mercado, levando em conta
a privacidade e segurança dos utilizadores.
Tem uma boa e grande comunidade e, no
geral, a Mozilla têm introduzido melhorias
todos os anos. Não é um navegador rápido,
se compararmos com o Chrome ou outras
alternativas proprietárias, mas tem caracte-
rísticas como o pocket, uma loja com vários
plugins e extensões, as opções de
personalização, sendo mais seguro e com
boas opções de privacidade.
PONTOS FORTES:
comunidade, apoio técnico
WATERFOX
É um fork do Firefox, com foco no equilíbrio
entre a privacidade e facilidade de uso, sem
as questões de telemetria da Mozilla e de
recolha de dados. É compatível com
extensões e plugins dos navegadores Firefox,
Chrome, Opera e vem com o Bing, como
motor de busca padrão (acreditamos
que seja por questões comerciais),
mas dá facilmente para mudar.
De forma simples, é um ‘Firefox com
esteróides’, porque é rápido, tem tudo o que
o Firefox tem (e que deixou de ter nas suas
versões mais recentes), permite mais
personalização que os outros navegadores
que sugerimos e o apoio técnico tem sido
bem mantido pela empresa System1
que comprou o navegador em 2019.
PONTOS FORTES:
rapidez, privacidade e personalização
CHROMIUM
É a versão de código aberto do Chrome, mais
minimalista e rápida, sendo que um dos
principais objetivos é ser um gestor de
janelas com base em abas, acabando por
ser a base para navegadores, como o Edge,
o Opera e o Brave, entre outros.
Como grande parte do código-fonte é usado
no Chrome, o Chromium recebe muitas
actualizações, o que pode criar alguma
instabilidade; mas, ao mesmo tempo, todas
as novidades saem aqui primeiro.
PONTOS FORTES:
minimalismo, leve
BRAVE
Este navegador foi desenvolvido em 2019,
tem como foco a privacidade e é baseado
no Chromium. Por padrão, inclui o bloqueio
automático de publicidade e de
monitorização de sites visitados. Tem uma
loja própria com plugins e extensões, mas
não tão completa como a do Firefox. É mais
rápido que o browser da Mozilla, porque tem
base Chromium e usa o protocolo IPFS
(InterPlanetary File System), desenvolvido
para criar uma rede descentralizada,
tornando a Internet mais livre, rápida e
disponibilizando conteúdo bloqueado devido
a censura, como por exemplo na China.
O Brave tem várias características diferen-
ciadoras como o Brave Talk (videochamadas
sem limites apenas com duas pessoas);
na versão Premium, oferece alguns extras
como gravação, mais de cem pessoas ligadas
e o motor de busca Brave, ainda em beta.
PONTOS FORTES:
rapidez, privacidade
CONCLUSÃO
A escolha de um navegador vai
depender não só do seu gosto,
como do que considera mais
importante. Contudo, sempre que
possível, escolha soluções de
código aberto.
43
08 MACGUIA
RICARDO DURAND

TRANSFERIR DADOS DE UM MAC

ANTIGO PARA UM NOVO
Este ano, a Apple apresentou novos iMac coloridos e, mais recentemente, MacBooks com
chips M1, M1 Max e M1 Max Pro. Se estiver a pensar comprar um destes novos computadores
e tiver um antigo, pode transferir os seus dados, como acontece com o iPhone.

Se tivermos um iPhone antigo e comprarmos um novo,

é possível criar uma cópia das nossas apps, dados
e transferir tudo de um para outro (inclusive o layout dos ecrãs).
Para isso, basta ter os dois telefones ao lado um do outro e, com
o novo, fazer o scan de uma imagem que aparece no ecrã do
antigo, quando estamos a fazer o setup. Com os Mac, também
é possível transferir dados de um computador para outro, mas
não com o mesmo conceito do iPhone.

OPORTUNIDADE DE COMEÇAR DE NOVO?

Se estiver realmente a pensar comprar um Mac e quiser fazer
a transferência de dados entre o antigo e o novo, a melhor
solução é usar uma app chamada Assistente de Migração que
já vem no macOS: está guardada na pasta ‘Utilidades’. Contudo,
esta pode ser uma oportunidade de fazer uma limpeza às suas
aplicações e dados. Quando compra um novo computador, há
1 a oportunidade de fazer um ponto de situação sobre o estado do
disco do seu Mac: será que precisa mesmo de tantos programas
ou de ter tantos ficheiros guardados localmente?

FAZER (OU NÃO) A MIGRAÇÃO TOTAL DE DADOS

Pode começar por fazer uma escolha destes últimos e transferir
os mesmos importantes para o iCloud - por uma mensalidade de
99 cêntimos, fica com 50 GB; 200 GB custam 2,49 euros e 2TB
ficam por 9,99 euros. Se quiser fazer mesmo a migração com
o assistente do macOS, tudo (mesmo tudo) será transferido do
Mac antigo para o novo, por isso avalie bem a situação e veja se se
justifica estar a fazer um “espelho” completo do sistema.

Certifique-se de que ambos os computadores estão actualizados

1 com o mais recente macOS (nos novos, isto é garantido) e coloque
os dois computadores lado a lado e na mesma rede Wi-Fi. No antigo Mac,
entre nas ‘Preferências do Sistema’ e clique em ‘Partilha’ 1 ; veja o nome
deste computador logo no topo da janela: o nosso é ‘Air Force One’.

44
 Com os Mac, também é possível transferir
dados de um computador para outro, mas
não com o mesmo conceito do iPhone.

No Mac para onde quer transferir os seus dados e apps, abra as

2 ‘Aplicações’ e depois entre na pasta ‘Utilitários’, que deve estar no
final da lista que aparece; como o novo Mac ainda não deve ter muito
software instalado, será fácil ver onde está esta pasta; aqui, clique em
‘Assistente de Migração’ 2 .

2 Na janela que abre, aparece uma descrição destes assistentes: fica

3 a saber que esta ferramenta não serve apenas para transferir
dados entre computadores macOS. Também pode usar o Assistente de
Migração para transferir dados de um PC com Windows, de uma cópia
Time Machine ou de um disco externo, por exemplo. Aqui, o que
queremos é mesmo fazer a migração de um Mac para outro - clique em
‘Continuar’.

Como o Assistente de Migração vai fazer mudanças no computador,

4 vai precisar de colocar a sua password de sistema antes de
começar a usar este recurso. Faça-o na janela que aparece com um
cadeado e clique em ‘Ok’ para continuar. Neste momento o macOS
avisa-o de que vai ter de terminar a sessão em que está, por isso grave
todos os trabalhos abertos (mesmo online), para que não perca nada
durante este processo.

Por momentos, o macOS parece desligar-se e, quando voltar, surge

5 uma janela para iniciar o processo de transição. Na janela que
aparece há três opções para fazer a migração: ‘De um Mac, cópia de
segurança do Time Machine ou disco de arranque’, ‘De um computador
com Windows’ e ‘Para outro Mac’. Escolha a primeira. O seu novo Mac
vai ficar detectável na rede Wi-Fi com o nome que estava indicado no
menu partilha das ‘Preferências de Sistema’ e que viu no passo 1.

Na nova janela, onde está a indicação de que o novo Mac fica

6 detectável na rede, o sistema pede-lhe para entrar no ‘Assistente
de Migração’ no outro computador. Faça isto mesmo, para dar
continuidade ao processo de transferência de dados - e não se esqueça:
tem de estar os dois na mesma rede Wi-Fi e próximos um do outro.

Desta vez, escolha a opção ‘Para outro Mac’ 3 e clique em

7 ‘Continuar’; no ecrã do novo Mac, já deve aparecer o seu
computador antigo como “fonte” de migração. Quando clicar em cima do
nome, para iniciar o processo, pode ser mostrado ou pedido um código
- certifique-se de que é o mesmo que aparece no novo e dê continuidade
ao processo de transferência. Nestes casos, como é habitual, o tempo de
espera depende dos dados que tiver para migrar.

45
09 DESCOMPLICÓMETRO
G U S TAVO DI A S
BIG.LITTLE
Numa altura em que o consumo energético é cada vez mais importante, chegou
a ver de lhe darmos a conhecer a arquitectura da ARM que tem conseguido tornar
os processadores cada vez mais eficientes.
Começando pelo básico, o que
a arquitectura big.LITTLE significa
é a criação de uma solução que consegue
usar dois tipos de processadores, ou dois
tipos de núcleos, sendo um deles específico
para extrair o máximo desempenho do
sistema, e outro que garanta um
desempenho adequado, mas que permita
reduzir significativamente o consumo
energético. Esta tecnologia foi inicialmente
desenvolvida para a família de núcleos
Cortex-A da ARM, utilizados nos
processadores dos SoC (System-on-Chip)
utilizados em dispositivos móveis. Isto deu
a possibilidade de manter o consumo
energético baixo em situações banais, como
ver o e-mail, navegar na Internet ou
responder a mensagens, sem prejudicar
o desempenho do sistema necessário para
utilizações intensivas, como jogos e gravação
de vídeo em altas resoluções (4K e 8K).
ESTRUTURA
A estrutura de um processador que utiliza
a arquitectura big.LITTLE da ARM é muito
46
simples: temos um módulo com núcleos
de baixo consumo energético (como os
Cortex-A55), uma memória cache L1
interna por núcleo e uma cache L2
partilhada. Há ainda um módulo muito
idêntico, mas com núcleos de elevado
desempenho (Cortex-A75, por exemplo),
também eles com cache L1 dedicada e cache
L2 partilhada. Estes módulos usam dois tipos
de canais de comunicação entre si, os
CoreLink GIC-400 e CCI-400. O primeiro
é responsável pela gestão de tarefas entre
os módulos, desligando-os sempre que
não sejam necessários; o segundo permite
gerir a coerência da cache, ou seja, garante
que a informação presente na memória
cache de um núcleo/módulo é consistente
com a informação presente na cache
dos restantes núcleos/módulos.
Isto é particularmente importante, se
tivermos em conta que o sistema, sempre
que precisa de aceder a qualquer tipo de
dados, “comunica” em primeiro lugar com
memória cache (L1 e L2), antes de “falar”
com memória do dispositivo e, depois, com
o sistema de armazenamento de dados
do computador (read-only memory, ROM).
APLICAÇÕES E FUTURO
A primeira vez que esta arquitectura foi
aplicada em termos práticos foi nos núcleos
Cortex-A15 e Cortex-A7, utilizados nos SoC
da Samsung Exynos 5410 e 5420, que
“alimentaram” os smartphones Samsung
Galaxy S4 e Galaxy Note 3 (ambos lançados
pela marca coreana em 2013). Naturalmente
que, enquanto primeira solução, a ARM
acabou por a evoluir, dando assim origem
à arquitectura DynamIQ, que permite
simplificar e integrar melhor os diferentes
módulos, eliminando as elevadas latências,
devido à necessidade da ligação GIC-400,
que permitia a comunicação entre os
diferentes módulos. Com a arquitectura
DynamIQ, os módulos, que podem agora
usar até oito núcleos cada, passam
a comunicar directamente dentro
do mesmo substrato, sendo acrescentada
uma memória cache L3 adicional, partilhada
por todos os módulos.
A arquitectura big.LITTLE
da ARM acabou por
se tornar o padrão
de todas as actuais
(e futuras) arquitecturas
híbridas, como os novos
processadores Intel Alder
Lake-S e os populares SoC
Apple da série A e M.
 10 TEMA DE CAPA
PROCESSADORES
HÍBRIDOS
Com a chegada Tal como explicamos no Descomplicómetro
desta edição, os processadores de
dos novos Intel arquitectura híbrida já são uma realidade, mas só
Alder Lake-S, agora começam a estar massificados noutros
segmentos de mercado, como o dos
dá-se início à computadores pessoais. O princípio é muito
massificação simples: é tudo uma questão de implementar,
dos CPU com num só substrato, tipos de núcleos distintos,
cada qual com as suas propriedades
arquitectura e capacidades, para melhor se adaptarem aos
híbrida x86. tipos de tarefas em vigor.
Está na altura de DE ACORDO COM AS NECESSIDADES
conhecer este tipo Quando escrevemos um email ou acedemos
a uma rede social, o poder de processamento
de processadores necessário para essa função é relativamente
e de perceber baixo, pelo que não faz sentido recorrer
a processadores de alto desempenho com um
quais são as elevado número de núcleos, já que isso iria
diferenças e representar um desperdício tremendo de
vantagens energia. O caso muda de figura quando corremos
um jogo ou editamos vídeo de alta resolução
em relação (4K ou 8K): é natural que quanto maior seja
aos tradicionais. poder de processamento disponível, melhor será
a experiência e mais depressa conseguimos
G U S TAVO DI A S
finalizar o trabalho. Ou seja, tendo em conta que
as tarefas realizadas por um computador pessoal
são tão distintas em termos de necessidade de
48
desempenho, faz todo o sentido que os
processadores sejam capazes de se adaptar às
mesmas, utilizando núcleos de alto desempenho
para situações que assim o exijam, e núcleos de
maior eficiência energética em casos onde
o desempenho não tem um impacto tão
significativo.
SOLUÇÕES INTEL
A Intel tem sido pioneira na criação de
arquitecturas híbridas para processadores x86.
A Lakefield foi a sua primeira tentativa, um
processador híbrido desenvolvido para
dispositivos móveis, que tinha como objectivo
“combater” os já existentes processadores
híbridos da ARM. A verdade é que os Lakefield
foram um autêntico fracasso, dado que apenas
estiveram em dois computadores: Samsung
Galaxy Book S e Lenovo ThinkPad X1 Fold. Mas
isso não significa que a Intel tenha
desistido, bem pelo contrário: foi a arquitectura
Lakefield que permitiu à empresa aprender as
bases (e perceber os erros), que permitiram
desenvolver a nova arquitectura Alder Lake-S,
que acaba de chegar ao mercado, como base
da 12.ª geração de processadores Intel Core,
aquela que é a maior revolução da marca
na última década.
 CONCEITO HÍBRIDO E APLICAÇÕES
O conceito dos processadores híbridos começou com a necessidade de tornar os
processadores de dispositivos móveis mais eficientes, sem prejudicar o desempenho.
Faltava agora aplicar o conceito aos computadores pessoais.
A arquitectura big.LITTLE da ARM foi pequenos, garantindo assim um menor arquitecturas x86), o software tem de saber
onde tudo começou. Tal como já lhe consumo energético; os núcleos grandes, usar da melhor forma as potencialidades dos
explicámos, desempenhou um papel de alto desempenho, apenas entram ao processadores híbridos. É aqui que entra
fundamental para transformar os “serviço” quando foram necessários. o tão polémico “scheduler”, que tem dado
processadores de dispositivos móveis Igualmente relevante quanto à gestão de bastantes dores de cabeça à Microsoft com
naquilo que são hoje em dia: verdadeiras processamento, é a interligação entre os o lançamento do Windows 11, devido às
máquinas de elevado poder de núcleos, fundamental não só para que optimizações para a arquitectura Alder
processamento, mas igualmente dotadas de a comunicação entre estes seja perfeita Lake-S da Intel e à má gestão dos
uma eficiência energética extraordinária. e ininterrupta, como para a validação dos processadores AMD Ryzen, que têm sofrido
Essa arquitectura evoluiu para a actual dados armazenados na memória cache, não um significativo decréscimo de desempenho
DynamIQ, utilizada pelos mais recentes só dos núcleos, como da cache partilhada face ao Windows 10. Felizmente, a Microsoft
processadores ARM, como os Cortex-X1, entre os mesmos. tem as bases e as capacidades para corrigir
utilizado em SoC (System-on-Chip) de topo, tudo isto, e optimizar correctamente o seu
como o Qualcomm Snapdragon 888, SOFTWARE PREPARADO? produto, uma vez que já teve de lidar com
o Samsung Exynos 2100 e o Google Tensor. Para tirar partido de uma tecnologia tão a integração do Windows em dispositivos
Mas em que consiste esta ideia de específica (e de certa forma disruptiva, face equipados com processadores Qualcomm
processadores híbridos? Onde é que podem àquilo que temos presente na história das Snapdragon e a sua arquitectura ARM.
e estão a ser aplicados?

NÚCLEOS PEQUENOS E GRANDES

O nome que a ARM deu à sua primeira
arquitectura híbrida (big.LITTLE) foi perfeito
para exemplificar o seu princípio, uma vez
que os núcleos de elevado desempenho
tendem a ser maiores e mais complexos
(big); já os núcleos de elevada eficiência
energética são mais simples e compactos
(LITTLE). O segredo para o seu correcto
funcionamento está associado à gestão do
tipo de tarefas em vigor, que determina qual
o tipo de núcleo que deverá ser utilizado
para o processamento dessa tarefa.
No fundo, a ideia é usar sempre os núcleos

Núcleo P (Golden Cove)

Gestor
de saída
de vídeo

GNA 3.0
Memória Cache (co-processador
(L1, L2 e L3) neural)

Controladora PCIe Gen 5

Gráfica
(Xe-LP Graphics)

Núcleo E (Gracemont) Controlador de memória (DDR4 e DDR5)

R4

49
 10 TEMA DE CAPA
LAKEFIELD
Aquele que prometia ser a referência para o futuro dos processadores x86 acabou
por ser um autêntico fiasco. Mas, felizmente, a Intel aprendeu com os erros.
Conheça o Lakefield e onde é que a Intel falhou.
Durante meses, a Intel foi anunciando
os seus processadores Lakefield
como um novo paradigma em termos
de inovação, para criar processadores x86.
No fundo, a designação está correcta, mas
a aplicação ficou longe de ser aquilo que
todos esperávamos. A ideia da Intel seria
a integração de um núcleo de alto
desempenho com quatro núcleos de
elevada eficiência energética, integrados
num só processador com as dimensões
mais compactas possíveis.
Porém, mais que simplesmente integrar
diferentes tipos de núcleos, a arquitectura
Lakefield permitiu à Intel adquirir
conhecimentos sobre a integração
e empilhamento de diversos elementos
num só chip, conhecimentos esses que
foram essenciais para o desenvolvimento
de arquitecturas híbridas futuras, como
os actuais Alder Lake-S.
Diagrama de
um processador
Intel Lakefield.
50
AS ENTRANHAS
Desta arquitectura surgiram dois
processadores, o Intel Core i3-L13G4
e o Core i5-L16G7, ambos com características
similares, como os cinco núcleos (um grande
e quatro pequenos) e memória cache (4 MB),
mas com frequências distintas, com
o primeiro a trabalhar a 800 MHz (até 2,8 GHz)
e o segundo a 1,4 GHz (até 3 GHz). Mas o que
tornou estes processadores tão especiais?
A forma como a Intel conseguiu integrar tudo
num só processador, com múltiplas camadas.
Observando o esquema disponibilizado pela
Intel (imagem em baixo), podemos verificar
que 37% da superfície do processador
é ocupada pela controladora gráfica UHD
Graphics (Gen11) de 10 nm, a mesma utilizada
por processadores Intel Core Mobile de
10.ª geração (Ice Lake), com 64 unidades
computacionais. Igualmente presente está
o núcleo de alto desempenho Sunny Cove,
Motherboard com CPU
Lakefield integrado.
igualmente usado (em múltiplas quantidades)
pelos processadores Intel Core de 10.ª
geração, igualmente produzido a 10 nm, com
48 KB de cache L1 e 512 KB de cache L2.
Por fim, temos o conjunto com quatro
núcleos de elevada eficiência energética
Tremont, usados por processadores Atom,
Pentium e Celeron de baixo consumo
energético. Estes são igualmente produzidos
a 10 nm e incluem 32 KB de cache L1 e um
total de 1536 KB de cache L2 partilhada.
Também presente neste processador está
o controlador de memória LPDDR4X, uma
unidade de processamento de imagem e um
gestor de saídas de vídeo, compatível com
duas portas DisplayPort 1.4 e duas DPHY 1.2.
TIRO NA ÁGUA
Quando jogamos Batalha Naval e falhamos
o alvo, dizemos que o tiro foi «água» - foi um
pouco isto que aconteceu com o Lakefield.
Embora, em teoria, este processador
prometesse muito, foi apenas aplicado em
dois produtos premium (Samsung Galaxy
Book S e Lenovo ThinkPad X1 Fold), onde os
resultados dos benchmarks ficaram bastante
aquém do esperado.Isto deveu-se ao facto
de a Intel ter dado prioridade ao baixo
consumo energético, obrigando
o processador a utilizar os núcleos Tremont
como primários e o Sunny Cove apenas em
situações de extrema necessidade, algo que
acabou por ser muito raro.
Mesmo utilizando testes intensivos como
o CineBench R15 para múltiplos núcleos
foi insuficiente para explorar o potencial do
Sunny Cove, sendo raras as situações em
que este chegou a ser utilizado durante
a renderização da imagem de teste e sem
nunca ultrapassar os 1,9 GHz de frequência,
quando a Intel anuncia 2,8 GHz de frequência
máxima usando a tecnologia Turbo Max.
ALDER LAKE-S
Embora não seja a primeira geração
de processadores híbridos da Intel,
12.ª geração são
os Intel Core de 12.ª
a primeira grande aposta da gigante
norte-americana na arquitectura
híbrida que, felizmente, nos faz
esquecer todos os erros do passado.
Durante meses, ou até mesmo anos,
fomos inundados de rumores sobre
a nova arquitectura Alder Lake-S, usada na
12.ª geração de processadores Intel Core.
Aparentemente, tudo o que foi divulgado
corresponde à realidade, e a Intel está,
efectivamente, de parabéns. A arquitectura
Alder Lake-S consegue eclipsar todos os
erros e falhas do Lakefield, mas também não
seria de esperar outro resultado, uma vez
que estes processadores já não estão
limitados com a necessidade de um
consumo energético extraordinariamente
baixo, como acontecia na primeira
geração de processadores híbridos.
Assim, a Intel desenvolveu dois tipos
de núcleos completamente novos, um
para alto desempenho e outro para elevada
eficiência energética, sem se basearem em
soluções já existentes. Isto permite que,
mesmo os núcleos E, de baixo desempenho
e elevada eficiência energética, consigam
obter um desempenho equivalente a um
O encaixe dos novos processadores Alder Lake-S tem agora 1700 contactos (LGA-1700), devido
às memórias DDR5 e às ligações PCIe 5.0.
núcleo de um processador Intel Core de
10.ª geração (Comet Lake-S), sendo os
núcleos P, de elevado desempenho: até 19%
superiores aos dos Intel Core de
11.ª geração (Rocket Lake-S) e até 28%
superiores aos do Comet Lake-S.
GESTÃO INTELIGENTE
Graças ao desenho completamente novo
dos núcleos, a própria Intel acredita que
quatro núcleos E, que ocupam a mesma área
que um só núcleo P, conseguem oferecer
o mesmo desempenho, mas gastar muito
menos energia - ou seja, têm uma melhor
relação desempenho/consumo energético.
Isto significa que a gestão destes novos
processadores, que segundo a Intel é feita
de forma mais eficiente no Windows 11.
Desta forma é possível determinar
correctamente qual o tipo de núcleo que
deve ser usado, bem como o número de
núcleos, sendo permitido activar todos
os P e E numa só tarefa. Se fizermos isto,
o consumo energético chega aos 241 W,
mas apenas nos modelos de topo
Core i9-12900K.
OUTRAS NOVIDADES
Juntamente com a arquitectura híbrida, os
Alder Lake-S incluem diversas novidades que
fazem com que a Intel volte a estar ao nível
da AMD e mesmo a superá-la em alguns
casos. Estamos a falar na possibilidade de
usar memória RAM DDR4 até 3200 MHz, bem
como memórias DDR5 até 4800 MHz, por
incluir WiFi 6E, Thunderbolt 4, até dezasseis
pistas PCIe 5.0 através do processador, até
doze pistas PCIe 4.0 através do chipset,
maior capacidade de memória cache
(embora com maiores latências) e novas
funcionalidades de overclock (regressou
o overclock por BCLK).
O que também mudou foi a classificação
energética e de consumo de energia
destes processadores, com a Intel
a abandonar o tradicional TDP (Thermal
Design Power), que era bastante enganador,
adoptando agora uma designação mais
correcta e diferenciada, como o Base Power
(valor de consumo em situações normais)
e o Turbo Power (para situações de elevada
exigência, com todos os núcleos a trabalhar
às suas frequências máximas). Isto permite
evitar situações enganadoras como
a classificação de 125 W de TDP em
processadores como o anterior Core
i9-11900K, que na realidade chegava
a consumir 310 W. Agora, o novo Core
i9-12900K classifica-se como tendo um
Base Power de 125 e um Turbo Power de
241 W, bem mais próximo da realidade dos
210 W registados numa situação idêntica.
51
 10 TEMA DE CAPA

BENCHMARKS
Para comprovar as
vantagens da nova
arquitectura híbrida da Intel,
usámos um Core i9-12900K
e comparámo-lo com o
seu rival directo, o AMD
Ryzen 9 5900X, bem como
com os seus antecessores.
Decidimos igualmente
investigar as diferenças de
desempenho entre Windows
10 e Windows 11, bem
como entre a utilização de
memórias DDR4 e DDR5.
Como tem vindo a ser habitual,
a Intel voltou a ignorar os meios
de comunicação nacionais, tendo sido
fundamental a ajuda da Asus Portugal na
disponibilização de um press kit com um
Intel Core i9-12900K), uma motherboard
Asus ROG Maximus Z690 Hero, memórias
Kingston Fury DDR5-5200 (2 x 16 GB)
e o sistema de watercooling ROG Ryujin II
360. A estes componentes adicionámos
ainda uma motherboard extra para os testes
com a memória DDR4, bem como uma fonte
de alimentação e uma placa gráfica de topo.
Estes três elementos foram utilizados nos
restantes sistemas, para a obtenção de
resultados que permitissem fazer um
comparativo adequado entre diferentes
gerações de processadores Intel e o
Ryzen 9 5900X. O Intel Core i9-12900K
tem oito núcleos P e oito núcleos E, para um
total de 24 threads, tendo os primeiros uma
variação de frequência de 3200 a 5200 MHz,
e os segundos entre 2400 e 3900 MHz. Este
processador traz ainda uma controladora
gráfica integrada (Intel UHD Graphics 770)
e 30 MB de cache L3.
PROCEDIMENTOS E TESTES
Decidimos começar com a plataforma DDR4
e uma Asus TUF Gaming Z690-Plus Wifi D4,
em conjunto com memórias da TeamGroup,
LISTA DE COMPONENTES
UTILIZADOS
(SISTEMA ALDER LAKE-S)
n Asus ROG Maximus Z690 Hero
n Asus TUF Gaming Z690-Plus Wifi D4
n Kingston Fury Beast DDR5 5200
2 x 16GB CL40-40-40
n TeamGroup XCalibus RGB DDR4 3600
2 x 16GB CL20-20-44
n Asus ROG Strix RTX 3080 10GB OC
n Asus ROG Ryujin II 360 c/kit LGA-1700
n Asus ROG Thor 1000 W Platinum II
n TeamGroup Cardea Ceramic C440
1 TB M.2 NVMe
ao qual juntámos um SSD NVMe PCIe 4.0 da
mesma marca, onde foi instalada a versão
mais recente do Windows 10 (21H1) com
todas as actualizações, tal como os drivers
de sistema e da placa gráfica (Nvidia
GeForce Game Ready 496.49).
Usámos o PCMark 10 para registo do
desempenho geral do sistema, o Blender
v2.93.5 (teste BMW27), o CineBench R20
e o Corona 1.3 para os testes intensivos de
processador; o AIDA64 foi usado para os
testes de largura de banda e latência do
controlador de memória e o TimeSpy do
3DMark para teste geral e de CPU.
Nos jogos, recorremos aos habituais
Far Cry 5 a 1080p com as definições em
Ultra e Shadow of the Tomb Raider, também
a 1080p, com as definições em Highest.
Para os restantes sistemas tivemos uma
motherboard NZXT N7 Z590 (Intel Core de
10.ª e 11.ª geração) e uma Asus ROG
Crosshair VIII Hero (AMD).
RESULTADOS
Os resultados obtidos demonstram uma
evolução impressionante face aos seus
antecessores, tanto em situações de
processamento simples (single thread),
como de processamento múltiplo
(multithread), com os núcleos E a serem uma
ajuda impressionante para impulsionar
o desempenho total do novo processador
da Intel. Curiosamente, talvez devido
à complexidade da arquitectura do
processador, registou-se um aumento
na latência do controlador de memória
com as DDR4, mas que acabou por ter
pouco impacto nos resultados obtidos.
No final, percebemos que o Intel Core
i9-12900K é, actualmente, o melhor
processador do mercado, superando
inclusive os resultados obtidos pelo
AMD Ryzen 9 5900X de doze núcleos.

CineBench R20 AIDA64 Memory 3DMark Shadow of Tomb

Blender v2.93 AIDA64 Memory FarCry 5 1080p
PCMark 10 Single / Multi Corona 1.3 Read / Write TimeSpy (total Raider 1080p
(bmw27) Latência (ms) ultra (fps)
CPU (MB/s) / CPU) highest (fps)
AMD Ryzen 9 5900X 8283 641 / 8635 102 s 58 s 54 131 / 53 258 57,5 17 490 / 15 969 163 186
Intel Core i9-10900K 7783 549 / 6420 125 s 73 s 52 138 / 51962 46,1 17 534 / 15 986 147 159
Intel Core i9-11900K 8203 623 / 6214 150 s 87 s 53 731 / 53 569 56,3 16 563 / 14 182 165 174
Intel Core i9-12900K 8255 764 / 10 328 93 s 59 s 55 120 / 52 180 64,9 18 077 / 17 177 191 201

52
DDR4 VS. DDR5
Ao contrário do que seria normal para uma
empresa monopolista, com a chegada do
Alder Lake-S, a Intel teve a consciência de
não obrigar os utilizadores a terem de
actualizar todo o seu hardware, ao garantir
que o controlador de memória destes novos
processadores é compatível, não só com as
actuais memórias DDR4, como com as
futuras DDR5. No entanto, existem
diferenças significativas, o que implica que,
ao contrário do que aconteceu em
motherboards, no passado, que permitiam
utilizar tanto memórias SDR, como DDR ou
DDR e DDR2, as novas Intel Z690 só podem
utilizar um tipo de memória em cada
motherboard, sendo atribuída a designação
‘D4’ aos modelos que são compatíveis com
as memórias DDR4; as restantes são
compatíveis com DDR5.
ALTERAÇÕES E NOVIDADES
O facto de as novas motherboards não
poderem utilizar os dois tipos de memórias
deve-se às diferenças entre os barramentos
de comunicação das memórias e o próprio
controlador, que está integrado no interior
do processador. Nas motherboards que
usam memórias DDR4, há uma estrutura de
dois canais (daí a designação Dual-Channel)
de 64 bits, como tem vindo a ser utilizada
desde a sexta geração de processadores
Intel Core (SkyLake). Contudo, no caso das
memórias DDR5, foi alterada para uma
estrutura de duplo canal de 40 bits por
módulo de memória, ou seja, um total de
oito canais de 40 bits cada para uma
configuração com dois módulos de memória
DDR5. Desses 80 bits por módulo, oito são
reservados para ECC (correcção de erros).
Juntamente com estas alterações, o novo
controlador de memória passa a aceitar uma
capacidade máxima de 128 GB, tanto em
CineBench R20
PCMark 10 Single / Multi
CPU
IIntel Core i9-12900K DDR4 8255 764 / 10328
Intel Core i9-12900K DDR5 8253 751 / 10335
DDR4 como DDR5, e a utilizar a nova
tecnologia XMP 3.0. Isto permite, agora,
aplicar até cinco perfis de configuração
automática nos módulos de memória, o que
tornando possível, pela primeira vez, usar
o software Intel Xtreme Tuning Utility (XTU)
para alterar os perfis, bem como para
ajustar as definições (e frequências) das
memórias sem precisar de reiniciar
o sistema operativo.
CONFIGURAÇÃO ADEQUADA
Igualmente presente está o chamado rácio
de memória (Gear Ratios), disponível em
|dois níveis, tal como aconteceu já nos
processadores Intel Core de 11.ª geração
Rocket Lake. No Gear 1, a frequência do
controlador de memória funciona à mesma
frequência da memória; já o Gear 2 aplica um
divisor da frequência do controlador de
memória para metade da frequência das
memórias. Isto significa que, aplicando
o modo Gear 1, é possível tirar maior partido
das latências das memórias, já que no modo
Gear 2, embora se torne possível atingir
frequências das memórias superiores,
o divisor aplicado tem impacto nas latências,
aumentando-as significativamente.
Para os jogos, o Gear 1 é o ideal, uma vez que
a redução das latências tem mais impacto
no desempenho do sistema que o aumento
AIDA64 Memory
Blender v2.93 AIDA64 Memory
Corona 1.3 Read / Write
(bmw27)
(MB/s)
93 s 59 s 55120 / 52180
92 s 56 s 80846 / 74024
da frequência das
memórias; ainda assim,
existem aplicações de produtividade
onde este segundo caso é significativamente
mais vantajoso.
TESTES E RESULTADOS
Para compararmos as diferenças de
desempenho do sistema utilizando ambos
os tipos de memórias em circunstâncias
idênticas, utilizámos a já referida
motherboard Asus TUG Gaming Z690-Plus
WiFi D4 para as memórias DDR4
(configuradas a 3600 MHz 18-20-20-44 com
o modo Gear 1) e uma Asus ROG Maximus
Z690 Hero (com umas Kingston Fury Beast
DDR5 a 5200 MHz a 40-40-40-79, também
em Gear 1). Conforme esperávamos,
o aumento da frequência de funcionamento
das memórias permite explorar a elevada
largura de banda do controlador de memória
dos novos processadores Alder Lake-S.
Por outro lado, existem circunstâncias em
que a maior frequência não consegue fazer
frente ao aumento significativo das
latências, como é o caso dos jogos, onde
os resultados obtidos nos benchmarks
reduziram bastante. Ainda assim, não foi
o suficiente para que o Core i9-12900K
mantivesse a liderança dos testes. Falta
agora termos acesso a memórias mais
rápidas, como as G.Skill Trident Z5
(chegam aos 7000 MHz a CL40-40-40-76,
em overclock), para comprovarmos o seu
verdadeiro potencial. Falta igualmente
referir que tanto as motherboards DDR5,
como as próprias memórias, são
significativamente mais caras que modelos
equivalentes com DDR4, o que acabará por
tornar o investimento num sistema DDR5
pouco recomendável.
3DMark Shadow of Tomb
FarCry 5 1080p
TimeSpy (total Raider 1080p
Latência (ms) ultra (fps)
/ CPU) highest (fps)
201
64,9 18077 / 17177 191
81,7 18450 / 18617 185 196
53
 10 TEMA DE CAPA
A motherboard Asus TUF Gaming Z690-Plus D4 foi essencial
para testar as memórias DDR4.
WINDOWS 10 VS. WINDOWS 11
Com a nova arquitectura Alder Lake-S,
a Intel introduziu uma espécie de
computador virtual, que por sua vez gere
tudo o que acontece no interior do
processador: o ‘Thread Director’. A sua
“missão” é determinar qual o tipo de tarefa
que cada tipo de núcleo pode realizar,
comunicando directamente com o Windows
Scheduler e dando sugestões sobre
encaminhamento de tarefas para cada tipo
de núcleo. Devido a este funcionamento tão
específico, a Intel recomenda a utilização
do Windows 11, que permite identificar os
diferentes núcleos deste Core i9-12900K
como sendo de alto desempenho e de
elevada eficiência energética, ao passo que
o Windows 10 apenas consegue identificar
os diferentes núcleos como modelos
de alto desempenho e baixo desempenho.
Isto não significa que o Windows 10 seja
incapaz de fazer uma boa gestão na
atribuição de tarefas para cada tipo de
núcleo, mas segundo a Intel, essa gestão
não é tão específica e optimizada como
a que o Windows 11 consegue realizar. Como
tal, faz todo o sentido que a Intel recomende
a realização dos testes utilizando apenas
o Windows 11, para evitar possíveis
resultados irregulares no Windows 10,
devido à incorrecta identificação das
capacidades dos núcleos E. Porém,
conforme vai ver mais à frente, o Windows 11
ainda está “muito verde” e, em certos casos,
dependente de API de terceiros, o que pode
baralhar por completo a actuação do Thread
Director e do Windows Scheduler.
CineBench R20
PCMark 10 Single / Multi
CPU
Intel Core i9-12900K
8253 751 / 10 335
Windows 10
Intel Core i9-12900K
8624 747 / 10 257
Windows 11
54
Para arrefecer de forma eficaz o Core i9-12900K foi necessário usar
o sistema de watercooling Asus ROG Ryujin II 360.
NEM TUDO É PERFEITO
A própria Intel reconhece que ainda existem
situações imperfeitas na gestão dos núcleos,
como por exemplo o sistema dar prioridade
ao software que está a ser executado pelo
utilizador, em vez da exigência do próprio
software. Imagine que está a editar um vídeo
4K no Adobe Premiere Pro, mas, entretanto,
decide abrir o Outlook para ver se recebeu
emails novos. O que isso irá fazer é atribuir
prioridade a este programa, colocando-o
a ser processado pelos núcleos P, relegando
a edição de vídeo para segundo plano,
atribuindo-a aos núcleos E, o que por vez
irá aumentar significativamente o tempo
necessário para a conclusão da edição do
vídeo. Para evitar este tipo de situações,
a Intel recomenda algumas soluções, como
usar mais que um monitor para que ambas as
aplicações abertas fiquem em primeiro plano
e sejam geridas pelos núcleos P. Outras
opções passam por alterar a gestão de
energia do Windows para ‘melhor
desempenho’ ou aceder à BIOS da
motherboard e desactivar os núcleos E.
Decidimos experimentar esta opção e, tanto
no Windows 10, como no Windows 11,
registámos uma ligeira melhoria nos jogos,
o que demonstra que os oito núcleos
P (e dezasseis threads) são mais que
suficientes para este tipo de tarefas.
AMD COM PROBLEMAS
Desde o lançamento do Windows 11 que
a AMD e a Microsoft reconheceram
a existência de problemas com a gestão da
cache L3 dos processadores AMD Ryzen,
AIDA64 Memory
Blender v2.93
Corona 1.3 Read / Write
(bmw27)
(MB/s)
92 s 56 s 80 846 / 74 024
91 s 56 s 80 292 / 73 534
o que levou a um decréscimo significativo de
desempenho de sistemas equipados com
estes processadores e o novo sistema
operativo da Microsoft. Numa fase inicial
a empresa criou um patch que precisava de
ser aplicado manualmente, para corrigir esta
falha. Todavia, desde então, a Microsoft
aplicou esse patch ao Windows Update,
junto da actualização cumulativa KB5007215
para o Windows 11. Isto, no entanto, não
invalida a instalação dos controladores de
chipset AMD mais recentes, que têm de ser
instalados manualmente a partir da página
de suporte da AMD.
TESTES E RESULTADOS
Embora os processadores AMD com mais de
oito núcleos tenham realmente uma ligeira
quebra de desempenho no Windows 11 face
ao Windows 10, apenas nos focámos na
diferença de desempenho entre os dois
sistemas operativos no processador Intel
Core i9-12900K. Como tal, decidimos
comparar os resultados com as memórias
DDR5 nos dois sistemas operativos da
Microsoft: os valores foram, no mínimo,
estranhos. Existem situações onde
o Windows 10 continua a ser claramente
superior e em que o desempenho gráfico do
sistema tem um impacto significativo; mas,
nos testes específicos de processamento,
o Windows 11 está ao nível do Windows 10,
sem nunca se distanciar. Curiosamente,
verificámos que foi impossível medir
a latência do controlador de memória no
Windows 11, pelo menos com a actual
versão do AIDA64.
3DMark Shadow of Tomb
AIDA64 Memory FarCry 5 1080p
TimeSpy (total Raider 1080p
Latência (ms) ultra (fps)
/ CPU) highest (fps)
81,7 18 450 / 18 617 185 196
- 18 359 / 18 091 171 189
kingmod-norton.pdf 1 22/11/2021 12:15:23
 10 TEMA DE CAPA
CONCLUSÃO
Depois de todos os testes, chegámos
a várias conclusões, mas há uma essencial
e que resume tudo: a nova arquitectura
Alder Lake-S é um sucesso e a Intel
conseguiu recuperar o “trono” com
o seu novo Core i9-12900K.
Isto, no entanto, não significa que este seja
o único processador interessante, até
porque os Core i7-12700K e Core i5-12600K
têm características e um desempenho
ao nível (ou superior) aos modelos
AMD equivalentes.
Com oito núcleos P, quatro núcleos E (total
de vinte threads) e frequências que variam
entre os 3,6 e 5 GHz nos primeiros
e 2,7 e 3,8 GHz nos segundos, o Core
i7-12700K é uma opção mais equilibrada que
o AMD Ryzen 7 5800X de oito núcleos;
também o Core i5-12600K, com os seus seis
núcleos P até 4,9 GHz e quatro núcleos E até
aos 3,6 GHz (total de dezasseis threads)
mostrou-se superior ao AMD Ryzen 5 5600X,
que tem sido, desde o seu lançamento,
o processador com a melhor relação
preço/desempenho do mercado.
SITUAÇÕES PONTUAIS
Relativamente aos testes com o Core
i9-12900K, podemos concluir que
o investimento nas novas memórias DDR5,
até ao momento, não compensa a diferença
de preço significativa, tanto a nível das
motherboards, como das próprias memórias.
Talvez no início do próximo ano, com a maior
Lisa Su, CEO da AMD, a falar sobre a introdução da nova 3D V-Cache empilhável.
56
oferta destes equipamentos e com
a massificação de memórias mais rápidas
(acima dos 6000 MHz), talvez surjam
vantagens reais, como nos videojogos,
e não apenas em testes sintéticos
e teóricos, como acontece em situações
como no PCMark 10.
Relativamente à questão do Windows 11,
a conclusão é similar à das memórias DDR5:
nesta fase, não faz qualquer sentido
a actualização para o novo sistema
operativo. Praticamente todos os testes,
excepto o PCMark 10, provaram que, mesmo
com o novo Scheduler para uma melhor
gestão na atribuição de tarefas nos
diferentes núcleos dos processadores
Alder Lake-S, é no Windows 10 que este
processador continua a demonstrar melhor
as suas capacidades. Pode ser que, com
o amadurecimento do sistema operativo
e dos respectivos drivers, o Windows 11
consiga, no futuro, demonstrar um melhor
aproveitamento das capacidades destes
processadores, mas até lá, mantenha-se
com o Windows 10.
RIVALIDADES
Certamente, poderá ter considerado
incorrecto da nossa parte termos posto
o AMD Ryzen 9 5900X como rival do novo
Core i9-12900K, tendo em conta que a AMD
dispõe de um processador superior, o
Ryzen 9 5950X. Porém, embora tenha um
maior número de núcleos (dezasseis em vez
de doze), estes funcionam a uma frequência
inferior e usam a mesma memória cache L3,
o que colocaria este processador numa pior
posição em testes reais, como os jogos,
onde nem todos os núcleos são
correctamente aproveitados.
Outra razão prende-se com o facto de,
tecnicamente, o Ryzen 9 5900X ser mais
semelhante ao Core i9-12900K: o primeiro
tem um total de doze núcleos e 24 threads
e o segundo tem oito núcleos P e oito
núcleos E, para um total de 24 threads
(16 + 8). Ainda assim, o que os testes
demonstraram foi que ainda existem
situações onde este processador de
arquitectura Zen3 continua a ter um
desempenho de excelência, tendo este
a vantagem de ser, actualmente, mais
acessível que o processador de topo da
 10 TEMA DE CAPA

Intel: 549 euros (chegou a estar a 489 euros)

face os 689 do Intel Core i9. A isto junta-se
a diferença de preços das motherboards,
significativamente mais caras para os
sistemas Intel, a necessidade de utilização
de dissipadores ou adaptadores para poder
arrefecer o processador Alder Lake-S,
e o custo adicional das memórias DDR5.
Será que os ganhos justificam a diferença
de preço? Só em situações realmente
específicas, como produção de conteúdos
e jogos. Contudo, existe algo onde todos
ficamos a ganhar com a chegada dos novos
processadores da Intel: a existência de uma
“ameaça” séria ao domínio da AMD, que
permite tornar o mercado mais dinâmico
e que já está a tornar os preços de
processadores e motherboards
mais acessíveis.
FUTURO HÍBRIDO INTEL
Esta nova arquitectura híbrida da Intel
é apenas o primeiro passo (se ignorarmos
o Lakefield) para um futuro que será
efectivamente híbrido, estando claro como
pode um CPU, com um processo de fabrico
antiquado (a Intel continua a usar 10 nm),
oferecer uma melhor eficiência energética
e melhor desempenho que os actuais AMD
Ryzen de arquitectura Zen3, que utilizam
um processo de fabrico mais actual, de 7 nm.
Como tal, a Intel tem no seu roadmap
(agenda de lançamentos) o lançamento dos
processadores Intel Core de 13.ª geração
para a segunda metade do próximo ano, os
Raptor Lake. Estes serão uma mera evolução
dos actuais Alder Lake: já se sabe que vão
ser aplicadas melhorias na cache L3, para
reduzir as latências, o que terá um impacto
significativo nos jogos e melhoria na
compatibilidade de memórias junto
do controlador integrado. Em termos de
estrutura interna, os núcleos P de alto
desempenho serão novos (Raptor Cove),
que graças ao aumento das frequências
devem oferecer um melhor desempenho;
mas os núcleos E (Gracemont) serão os
mesmos, embora a sua presença seja
duplicada, com o futuro Core i9-13900K
a utilizar oito núcleos P e dezasseis núcleos
E. Igualmente relevante será a integração
do sistema D-LVR (Digital Linear Voltage
Regulator), que permitirá reduzir o consumo
energético destes processadores até 25%.
AMD SEM HÍBRIDOS?
A AMD deverá lançar no início do próximo
ano uma revisão da actual arquitectura
Zen3, com a nova tecnologia 3D V-cache que
permite “empilhar” diversas camadas de
Uma waffer com dezenas de
chips que serão posteriormente
transformados em
processadores.
transístores na zona da cache L3, com
o objectivo de triplicar a capacidade dos
actuais 32 MB por unidade CCX para um
total de 96 MB. Isto deverá, segundo a AMD,
levar a um ganho de desempenho que
pode chegar aos 15% face aos actuais
processadores nos videojogos.
No final de 2022 chegará a arquitectura
Zen4, com um novo processo de fabrico
de 5 nm, mas não se sabe ao certo se isso
será o suficiente para aumentar o número
máximo de núcleos para 24 ou se os
dezasseis continuarão a ser o máximo.
Ainda assim, a AMD terá de introduzir um
novo encaixe, o AM5 (que vê o número de
contactos ampliado para 1718, devido
à compatibilidade com as novas memórias
RAM DDR5), e a interface PCIe 5.0.
Só para a série Ryzen 8000, prevista para
o final de 2023, é que a AMD introduzirá
a sua primeira arquitectura híbrida que,
segundo os últimos rumores, tem até oito
núcleos de arquitectura Zen5 para alto
desempenho e até dezasseis núcleos de
arquitectura Zen 4D para tarefas mais
simples, graças à sua maior eficiência
energética.

Durante o seu fabrico, os processadores passam por inúmeros testes e inspecções de qualidade.

58
CHEGOU O FUTURO DAS REDES DOMÉSTICAS:
DEVOLO MAGIC 2 WIFI 6 COMBINA POWERLINE
COM WIFI DE ÚLTIMA GERAÇÃO
Jogar online, trabalhar por videoconferência, consumir conteúdos
por streaming… Tudo isto passou a fazer parte do nosso estilo
de vida digital. E, também por isso, usamos cada vez mais dispositivos
sem fios por toda a casa – da sala à cave, do escritório ao quarto,
da cozinha ao sótão. Resultado: acesso Wi-Fi rápido
e estável tornou-se mais importante do que nunca.
O especialista alemão de redes domésticas devolo apresenta
o novo Magic 2 WiFi 6 – o primeiro adaptador de rede do mundo
que conjuga tecnologias Powerline e Wi-Fi 6. Oferecendo uma largura
de banda máxima através de Powerline até 2.400 Mbps
e ligações sem fios até 1.800 Mbps, os dispositivos Magic 2 WiFi 6
levam a nossas casas ao próximo nível.
Wi-Fi de topo
O novo topo-de-gama da devolo suporta todas as anteriores
normas Wi-Fi para além do novo Wi-Fi 6, o que resulta numa rede
doméstica mais rápida mas também mais inteligente. Uma das
funcionalidades mais interessantes implementadas por estes novos
adaptadores é a tecnologia OFDMA, a qual permite uma utilização
muito mais eficiente das frequências disponíveis e oferece assim uma
Mais informações em www.devolo.pt.
maior largura de banda a um maior número de dispositivos ligados
– e sem perda de velocidade. Além disso, estes novos adaptadores
suportam também todas as funcionalidades Mesh Wi-Fi que a devolo já
oferecia, incluindo “Access Point Steering” e “Client Steering”, as quais
possibilitam andarmos pela casa e sermos ligados automaticamente ao
ponto de acesso sem fios que oferece um sinal mais forte e estável.
Para os cenários em que as paredes e tetos da nossa casa impedem
a passagem do sinal WiFi, os adaptadores da devolo complementam
as ligações através da rede elétrica, utilizando para tal a tecnologia
Powerline G.hn de segunda geração – a mais rápida do mundo
– tornando assim os devolo Magic 2 WiFi 6
numa solução à prova de futuro.
Preço e disponibilidade
Os devolo Magic 2 WiFi 6 já chegaram a Portugal. O Starter Kit
(um adaptador LAN e um adaptador WiFi 6) custa 239,90€;
o Multiroom Kit, com três adaptadores (1+2) é ideal para espaços
maiores e tem um preço de 399,90€. Adaptadores individuais WiFi 6
estarão disponíveis a partir de janeiro de 2022 por 179,90€
(PVPs recomendados).
 11 APPS
G U S TAVO DI A S

CONTROLAR
CUSTOS
DOS COMBUSTÍVEIS
E DOS
CARREGAMENTOS
ELÉCTRICOS

Com os preços exorbitantes a que estão os combustíveis, bem como os carregamentos

eléctricos em alguns postos, mostramos-lhe apps para ajudar a reduzir os custos.

DRIVVO MIIO
A Drivvo é muito mais que uma A Miio é, para nós, a melhor app
simples aplicação para identificar para veículos eléctricos. Foi
os postos de combustível com os desenvolvida por dois antigos
preços mais baixos: é um alunos da Universidade de Aveiro,
verdadeiro gestor de custos do com o intuito de facilitar
seu veículo. Permite registar todos o carregamento público de todos
os gastos, como abastecimentos, os veículos eléctricos. Aqui,
despesas de manutenção, podemos encontrar uma base de
impostos, seguros, portagens dados com informações sobre
e multas de trânsito, não só para todos os postos a nível nacional,
o seu veículo, como para os com o tipo de tomada, velocidade
restantes do agregado familiar (ou de carregamento, ocupação
frota de empresa). Também e preço. Também há um simulador
podemos saber o consumo real do de tarifários, que permite ter uma
nosso veículo, se introduzirmos os ideia do custo (tendo em conta
quilómetros sempre que formos o operador), as taxas em vigor
abastecer. O Drivvo também nos e o custo da electricidade no
lembra de quando devemos pagar horário seleccionado.
os impostos, bem como fazer O melhor de tudo é que pode
a revisão, tendo em conta a data gerir os custos dos seus
ou a quilometragem. carregamentos, optando por um
Drivvo cartão (virtual) pré-pago ou
pós-pago, sem precisar de usar
um cartão físico.
Muvext

60
 MAIS GASOLINA
O Mais Gasolina é uma das
mais antigas aplicações para
encontrar os postos de
combustíveis mais próximos com
os preços mais acessíveis. Além
disso, também pode pesquisar por
local ou concelho. Ao contrário de
outras aplicações, os preços são
actualizados pelos próprios
utilizadores (mais de dezoito mil
registados), o que por um lado
permite que o preço dos
combustíveis nas bombas seja
actualizado de forma mais rápida
que os dados disponibilizados pela
DGEG (Direção-Geral de Energia
e Geologia).
Eduardomaio.net
FUELIO
O Fuelio é um rival do Drivvo, mas
no bom sentido. Em vez de se
tentarem aniquilar um ao outro,
são os utilizadores que têm
a ganhar com as funcionalidades.
No caso do Fuelio, além de
identificar os postos de
combustíveis mais próximos,
e o preço, permite adicionar
o registo de despesas. Porém,
esta app tem um algoritmo que
permite identificar a quantidade
de combustível que gastou, tendo
em conta os quilómetros
percorridos e a quantidade
adicionada até encher o depósito.
Isto permite criar estatísticas
detalhadas de despesas, que
podem ser representadas por
gráficos. Pode adicionar vários
veículos, com diversos tipos de
combustíveis, incluindo bi-fuel
(a GPL ou GNV).
Sygic
TUGAS
A TuGas é uma aplicação nacional
desenvolvida por dois alunos do
Mestrado de Engenharia
Informática – Computação Móvel
do Instituto Politécnico de Leiria,
que permite consultar os preços
dos combustíveis nos postos mais
próximos. É possível identificar
o veículo e o combustível que usa
para aplicar filtros que permitem
focar a pesquisa pela distância,
pelo preço e pelos descontos
oferecidos em cada posto.
Também se podem marcar postos
como favoritos, facilitando assim
a leitura detalhada dos preços.
Os preços são fornecidos pela
DGEG e esta aplicação só está
disponível para iOS.
Instituto Politécnico de Leiria
PRIO.GO
Embora esteja associada a uma só
marca, a Prio.Go é uma aplicação
inovadora, pois permite agregar
funcionalidades que, para muitos,
poderão ser essenciais. A app
consegue localizar os postos mais
próximos, planear viagens tendo em
conta a localização de postos Prio,
consultar todos os detalhes dos
consumos do seu veículo, bem
como fazer o pagamento através da
app (via MB Way, cartão de crédito/
débito e cartão frota), sem precisar
de sair do carro. No entanto, este
serviço está apenas disponível em
85 postos a nível nacional.
Prio Energy
61
 11 APPS
CHARGEMAP
A Chargemap conta com uma extraordinária
base de dados: quase trezentos mil postos de
carregamento eléctrico espalhados por toda
a Europa. A app (que tem cerca de
novecentos mil utilizadores registados)
permite localizar os postos mais próximos,
indicando detalhes como o tipo de conector
existente, a disponibilidade e velocidade;
também podemos ver o feedback da
comunidade sobre os postos ou reportar uma
falha/avaria. A app tem ainda um planeador
de rotas, que permite indicar o melhor
percurso para a sua viagem, indicando
quando deverá carregar a bateria do seu
veículo, tendo em conta as suas característi-
cas e as do percurso. Recentemente, foi
criado o Chargemap Pass, um cartão de
carregamento universal, sem tem custos
mensais, e que é compatível com as principais
redes de postos de carregamento europeus.
Chargemap
WAZE
O Waze é a nossa aplicação preferida de
navegação, não só por ser a mais completa
como a mais competente, graças
à extraordinária contribuição dada pela
vasta comunidade, que está
constantemente a introduzir alertas (de
radares, polícia, obras, obstáculos ou mau
tempo). Isto permite que o sistema ajuste
o trajecto do seu percurso, em tempo real,
indicando novas alternativas sempre que
possível. Outra das grandes vantagens
é o facto de o Waze identificar as bombas
de combustível mais próximas, sendo
possível determinar que, na lista, as
mesmas sejam ordenadas por preço,
distância ou marca. Não existe um menu
específico para postos de carregamento,
mas pode pesquisar pelas siglas PCR
(Posto de Carregamento Rápido) e PCN
(Posto de Carregamento Normal).
Waze
62
HÁ UMA APP
PARA TUDO
António Simplício
simpliam@gmail.com
GIG OU PLATAFORMAS
DIGITAIS E ALGORITMOS
Escrevi, há umas 25 edições, que não percebia como
um modelo como o da Glovo poderia funcionar. Como
haveriam trabalhadores dispostos a, por um ou dois
euros, percorrem um percurso, por vezes intrépido
ou perigoso, por vezes suportando a intempérie
e sempre suportando os custos de transporte.
Por vezes engano-me. Outras não. Ou, como foi
sugerido durante a campanha de Bill Clinton de 1992,
«É a economia, estúpido!». Olhando para o modelo
de negócio, e para os números destas empresas,
não há lucros a serem gerados e, no entanto, são
continuamente injectadas por novo capital.
O futuro dirá a quem assiste a razão.
Por outro lado, há um número crescente de
trabalhadores nesta chamada ‘gig economy’.
Na realidade, foi o escape utilizado por todos
aqueles que, ou não tendo qualificações ou tendo
perdido o emprego, viram na bicicleta, na mota ou
no carro, o tempo para investir na entrega de bens
que os outros solicitavam - sendo que o negócio
foi exponenciado, obviamente, pela pandemia.
O Governo português tinha uma proposta de lei em
apreciação pública para, à semelhança de outros
países europeus, obrigar as empresas que prestam
serviços por plataformas digitais a fazer contratos
de trabalho com os trabalhadores freelancers
que lhes prestam serviço. Com a dissolução do
Parlamento fica, para já, em banho-maria.
Mas nem tudo é tão negro como se quer fazer crer.
O que talvez seja verdade na entrega de refeições, não
o será com mão-de-obra mais qualificada. Tente, por
exemplo, arranjar um canalizador ou um serralheiro.
Tem apps para isso. Use o Fixando ou Taskrabbit.
O preço médio por hora deste trabalhador, digo-lhe
eu (que sou ao mesmo tempo prestador deste serviço
e cliente de outro) equivale ao de um programador em
Portugal. Se trabalhar, pelo menos, quatro horas por dia
nos dias úteis que o mês tem, levará para casa mais que
o ordenado de um médico em início de carreira no SNS.
Ora, aqui temos de voltar de novo a James Carville,
porque será sempre a economia e a lei da oferta
e da procura a definir o preço do trabalho. Não será
o aumento do ordenado mínimo ou a regulação
laboral. Não que seja da opinião que ambos não
sejam necessários, mas de que será sempre a procura
e a competência dessa oferta que gera valor.
O local
de trabalho
acabou de ficar
mais inteligente.
ThinkBook Yoga, elegante, poderoso, versátil.

Ganhe
Yoga tempo
para si.

A Lenovo recomenda o Windows 10 Pro para empresas

Disponível em lenovo.com
 12 PLUG
L U Í S A LV E S

QUERIDO
PAI NATAL…
Como fomos ultra-bem-
comportados durante todo o
ano, sabemos que merecemos
os componentes mais loucos
para nosso computador.
Por isso, vamos percorrer uma
lista “do outro mundo” das mais
recentes novidades do PC Build
que pedimos ao nosso amigo
de barbas brancas.

MOTHERBOARD
Asus ROG Maximus XIII Extreme Glacial
Não há dúvida de que a Asus perdeu um pouco
a cabeça quando decidiu desenvolver esta placa mãe
de mais de 1600 euros. Uma verdadeira obra de
engenharia, esta é das placas mais extremas em tudo
para a nova plataforma Z690 da Intel. Fora todos os
extras que já fariam dela um produto caro, como
o espaço para cinco unidades M.2, ainda vem com um
bloco de água gigante da EK (UltraBlock é bastante
sugestivo) que cobre quase toda a placa e liga todos
os circuitos. O NVMe M.2, que fica a meio, tem apenas
uma entrada e uma saída, há RGB e temos ainda um
ecrã OLED que funciona como um pequeno
dashboard. Uma loucura total.

PLACA GRÁFICA
Gigabyte Aorus GeForce RTX 3090
Xtreme Waterforce
Não é muito comum encontrar, em marcas diferentes,
uma simbiose que funcione melhor que os produtos
de cada uma delas juntas. Contudo, é o que acontece
com esta GPU e a motherboard da Asus. Ambas têm
RGB, acrílico, linhas desportivas e são arrefecidas
a água. As especificações permitem-nos jogar tudo
o que existe. Mas, se achavam a ROG Maximus XIII
Extreme Glacial cara, preparem-se para os quase
3000 euros que custa este mostro da Gigabyte.

DISCOS E DRIVES
Gigabyte Aorus RGB AIC NVMe SSD
Pensavam que já não havia mais RGB neste artigo?
Enganam-se “coloridamente”. Até numa drive com
encaixe PCIe fomos capazes de encontrar iluminação
às cores, com um modelo que em nada fica a perder
para a motherboard e placa gráfica, quer no campo
visual, quer no desempenho. Há modelos mais simples
sem RGB (Aorus AIC SSD NVMe) mas preparem-se
para gastar 2000 euros por um modelo de 8 TB.

64
 Com tantos eleentos RGB,
as luzes da árvore de Natal
parecem estar dentro do PC,
mas gostamos dele assim.
Luís Alves
nickname Shuper’ Luu’
Seagate Exos X16 HDD
Como nem só de rapidez vive o nosso
armazenamento, para manter todos os nossos
conteúdos protegidos e bem armazenados, nada
como um disco rígido bem grande, com 12, 14 ou EXPERIÊNCIA
até 16 TB. O logótipo desta linha da Seagate é DE MINERAÇÃO
bastante sugestivo: os dados voam como um
(PARTE 5)
caça. Da carteira, também voam quase 400 euros.

A minha aventura com criptomoedas

e mineração continua de vento em
CAIXA popa. As subidas da Bitcoin e Ethereum
Singularity Computers aumentaram bastante o que eu estava
Spectre 3.0 Big-Tower à espera de conseguir quando comecei,
Uma caixa única, em formato aberto, para exibir em Maio.
os nossos componentes em todo o seu esplendor.
Natural da Austrália, a Singularity Computers O NiceHash OS tem sido uma óptima
produz dos modelos mais loucos do mercado. plataforma para gerir os rigs e o
Com a possibilidade de colocar dois radiadores desempenho de cada algoritmo.
de 360 mm, também garantimos que, quer Fiz uma pequena alteração nos
o nosso megaprocessador, como a gráfica, computadores e juntei a GTX 1060 de
recebem água bem fresquinha. Por esta caixa 6 GB e a RX 570 de 8 GB no mesmo
super-exclusiva, com alguns componentes já sistema, cuja motherboard tem duas
incorporados, vão gastar um pouco acima PCIe 3.0 de 16X, mais que suficiente
dos 1200 euros. para manter o hashrate.
Mais uns pozinhos na gestão de energia
e consegui melhorar em 10%
REFRIGERAÇÃO a eficiência da RX 570 com um
Para este grupo as escolhas são várias e todas overclock manual não muito intuitivo
de alto gabarito. Quer os kits EK-Quantum de fazer, mas que funciona.
da EK Water Blocks, como os Hydro X da Corsair O grande desafio foi trocar os tapetes
e os Protium da Singularity Computers são todos térmicos: tive a ideia de fazer
perfeitos para fazer par com os componentes a manutenção, mas já só com a placa
que o Pai Natal nos vai oferecer. Obviamente, toda aberta é que me lembrei de que
escolher um bloco de processador e umas podia não ter a espessura necessária
ventoinhas com RGB é fundamental. para aquele modelo cá por casa.
Mais 1000 euros e esta situação fica resolvida. Confirmou-se: tive de encomendar
tapetes com dois milímetros
de espessura e fiquei sem uma
FONTE DE ALIMENTAÇÃO das gráficas durante 48 horas.
Asus ROG Thor 80 PLUS Com duas gráficas, o rig funciona
Platinum 1200W bem como aquecedor durante os
Não conseguimos encontrar uma fonte com próximos meses… e ainda nem
RGB que nos atraisse, por isso a nossa lista tem liguei a lareira da sala.
uma com mais de 1000 W, totalmente modular, com
muito estilo e um ecrã OLED que mostra o consumo Outro problema em que me meti foi na
em tempo real. Tem um dos certificados energéticos adesão à plataforma da Binance,
mais altos do mercado e com a caixa em formato especialmente pela Earn. Um pouco
aberto escolhida, brilha como peça. Preço? irritado de ver o dinheiro nos bancos
Cerca de 340 euros. tradicionais a valorizar quase nada,
investiguei um pouco sobre várias
criptomoedas; coloquei dinheiro
em planos flexíveis e rígidos (locked
CONCLUSÃO staking) entre trinta e noventa dias.
Mesmo sem chegar a todo o setup, a nossa build pedinchona de Natal já O certo é que os ganhos não estão
ultrapassou os 9000 euros e ainda nem escolhemos a memória RAM, os gigantes (cerca de dois euros por dia)
periféricos e uma tonelada de outras peças. São produtos muito especiais, mas mas grão a grão, está a ser uma
estão num patamar quase impossível de considerar para comum dos mortais. aventura muito interessante.

65
 L
13
A
TECNOLOGIA
EM MOVIMENTO
GUSTAVO DIAS
Chefe de Redacção
DE VOLTA À GUERRA
Vou contar-vos um segredo: não
gosto mesmo nada de monopólios,
porquer tendem a limitar as opções
de escolha aos consumidores,
e a aumentar desnecessariamente
o preço dos componentes. Quando
a AMD lançou os processadores
Ryzen, fiquei feliz por, finalmente,
passarmos a ter uma alternativa
B
viável ao domínio da Intel.
Mas não fiquei contente por ver, ao
longo dos últimos anos, a Intel ser
literalmente ridicularizada e incapaz
de lançar uma verdadeira resposta
aos AMD Ryzen.
Foi preciso Pat Gelsinger, criador
do velhinho 486, assumir o lugar
de CEO da Intel, para a empresa
voltar a assumir o papel inovador
que perdera nos últimos anos.
O primeiro grande lançamento
desta nova era são os novos Alder
Lake-S, que estreiam a arquitectura
híbrida para processadores x86.
É deste tipo de novidades que
o mercado precisa, para que
se mantenha competitivo,
dinâmico e interessante. Quer isto
dizer que voltei a gostar da Intel?
Sim e não. Na realidade, nunca deixei
de gostar da Intel, mas a falta de
inovação levou-me a acreditar mais
nos futuros produtos da AMD.
Com Pat Gelsinger aos comandos
da Intel, e com o lançamento de
tecnologias como a arquitectura
Alder Lake-S, acredito que esta é
apenas a primeira de várias
revoluções a que iremos assistir no
mercado dos microprocessadores.
Será que vamos voltar a (re)ver
momentos históricos como os
do passado, como a batalha entre
a AMD e a Intel para a apresentação
do primeiro processador a bater a
mítica barreira de 1 GHz? Na altura,
a AMD ganhou por uma questão de
dias, situação que se viria a repetir
(embora em posições invertidas) no
lançamento do primeiro
processador x86 de dois núcleos:
o Intel Pentium D de 2005 foi
apresentado poucos dias antes do
Athlon X2. Já tinha saudades disto.
66
72 / MICROSOFT SURFACE GO 3
74 / HP PROBOOK 635 AERO G8
76 / SAMSUNG GALAXY Z FLIP3 5G
Será a terceira geração
do smartphone dobrável
da Samsung finalmente uma
alternativa aos modelos
tradicionais ou ainda
existem limitações?
78 / AOC AGON PRO AG324UX
Este novo monitor da AOC
pode ter sido criado para
os jogadores mais exigentes,
mas a qualidade de imagem
do ecrã é tal, que rapidamente
captará as atenções de utilizadores
profissionais e criadores de conteúdos.
ASUS PROART PA279
80 / OPPO RENO6 5G
MOTOROLA DEFY
A Motorola entra no universo
dos smartphones robustos,
com o novo Defy.
Resta saber se tem argumentos
para vingar e fazer frente
aos dominantes CAT.
82 / BE QUIET! LIGHT WINGS
DEVOLO MAGIC 2 WIFI 6
84 / TP LINK DECO X60
TOSHIBA CANVIO GAMING
86 / MERCUSYS HALO H50G
ASUS ZEN WIFI AX HYBRID
68 GADGETS
iROBOT ROOMBA J7+
SAMSUNG JET 70 TURBO
SONY ALPHA A7 IV
ENERGY SISTEM FH300
FUJIFILM INSTAX LINK WIDE
XIAOMI REDMI BUDS 3 PRO
BANG & OLUFSEN BEOSOUND STAGE
KOBO SAGE
SMARTMI AIR PURIFIER
 13 GADGETS

FUJIFILM INSTAX LINK WIDE

4.5
Com o lançamento da nova Instax Link Wide,
a Fujifilm volta a dar vida ao formato de grande
dimensão da gama Instax, que oferece o dobro
da área impressa face à Instax Link Mini.
Recorrendo a uma bateria interna, que ainda
é alimentada por uma ligação Micro USB
(já deveria usar USB-C), a Fujifilm garante até
cem impressões, valor esse demasiado ambicioso
tendo em conta a nossa experiência.
Esta impressora tem ligação Bluetooth 4.2 LE
(Low Energy) para ser facilmente emparelhada
com qualquer dispositivo óvel Android ou iOS,
desde que o mesmo tenha instalada app Instax Link
Wide, aplicação essa que permite controlar a
impressora e regular o seu funcionamento.
Aqui é ainda possível editar fotografias, bem como
adicionar um QR Code, que pode servir de ligação a
uma página Web, a uma mensagem escondida, a uma
mensagem de voz ou à localização onde a fotografia
foi tirada. A qualidade de impressão é surpreenden-
temente boa, especialmente face aos modelos Mini,
com uma boa reprodução das cores e de detalhes,
mas é mais lenta que o anunciado.
O valor da impressão é idêntico aos modelos
Mini, logo esta Wide torna-se numa solução mais
económica, já que custa o mesmo para imprimir
o dobro. G U S T A V O D I A S
instax.pt | €149,99

ROOMBA J7 +
4
Até agora, alguns robôs aspiradores da iRobot tinham câmaras a apontar para
cima, que serviam apenas para ajudar no mapeamento dos espaços. Mas com
os novos modelos da série J, a câmara foi passada para a frente e serve agora
também para detectar objectos que possam impedir a progressão das tarefas
de limpeza. Este novo sistema, aliado a inteligência artificial, permite reconhecer
e detectar algumas centenas de objectos, como cabos, móveis ou dejectos
de cão e evitá-los. O sistema manda, depois, uma foto para a app, para
que o utilizador decida se se trata de um obstáculo temporário ou se é permanente.
O novo método de detecção também permite poupar trabalho de edição do mapa
a delinear as zonas interditas. Outra novidade é a forma da base de carregamento
e descarga: agora tem uma forma mais horizontal, que permite guardar um
saco-extra para colocar o lixo aspirado. Nos testes deu para perceber que o J7
é mais ágil que os antecessores, já que consegue libertar-se mais rapidamente
de situações em que possa ficar preso. A única coisa a apontar tem que ver com
o facto de o carregamento de bateria ser muito lento. P E D R O T R Ó I A
loja.irobot.pt €999,99

ENERGY SISTEM FH300 3.5

Pesam noventa gramas, têm almofadas com um
formato redondo e um acabamento mate de toque
suave. À primeira vista os FH300 parecem ser uns
auscultadores bastante simples, com um preço
acessível - é isso mesmo que são. A marca
espanhola Energy Sistem consegue fazer um
equipamento com características que cumprem os
requisitos mínimos e apresentar tudo num formato
com uma qualidade suficiente para não
nos sentirmos assaltados (com o preço) ou
defraudados (com a qualidade). Aqui não há
cancelamento de ruído activo, nem um som com
profundidade que permite ter uma imersividade
total, mas para ouvir música em movimento, atender
chamadas ou estar em casa sem incomodar os
vizinhos (ou quem viva connosco), os FH300 são
suficientes. Nem todos temos as mesmas exigências
para ouvir música, nem muitas vezes o tipo de
música que preferimos justifica ter auscultadores
demasiado caros, e é aqui que este modelo
da Energy Sistem tem argumentos para conquistar
os ouvidos. A autonomia permite estar um dia de
trabalho a ouvir música se os tivermos ligados por
Bluetooth, mas é sempre possível dar uso à ligação
analógica jack de 3,5 mm. No auscultador direito
ficam todos os comandos, no caso reduzidos a
três opções: aumentar/diminuir volume (que
também servem de avanço e recuo) e botão de
emparelhamento e on/off. Aqui, juntam-se ainda
a ligação jack e a porta de carregamento, ainda
micro-USB. Em resumo, os FH300 são uma opção
apenas para quem quer uns auscultadores básicos,
sem grandes artifícios (mas que se dobram e se
tornam ainda mais compactos, para transporte
- a marca oferece uma simples bolsa de pano),
e que não vão pesar - tanto na cabeça, como
na carteira. R I C A R D O D U R A N D
energysistem.com €29,90

68
 REDMI BUDS 3 PRO
5
Os novos Buds 3 Pro são os novos auriculares topo de gama da Redmi. Têm uma caixa de
transporte/carregamento (via wireless ou USB-C) compacta e de construção sólida,
fundamental para garantir as 28 horas de autonomia que a Xiaomi anuncia. Extremamente SAMSUNG
leves ao ponto de nem darmos pela sua utilização, estes auriculares são resistentes
a salpicos/suor (certificação IPX4) e têm um formato invulgar, com uma superfície táctil
JET 70
TURBO
4.5
brilhante (parece uma pérola, nuns brincos) que usamos para pausar/avançar a reprodução
e activar o ANC - cancelamento de ruído activo. Esta tecnologia tem como base três
microfones para obter um resultado surpreendente, embora ainda não esteja ao nível O novo Jet 70 Turbo da Samsung
dos Sony WF-1000XM3, para mim a referência de mercado. é um aspirador de formato vertical,
Em termos de qualidade de som, os Buds 3 Pro utilizam uma unidade de 9 mm, que garante sem saco e com bateria que
um som bastante dinâmico, com graves ricos e agudos precisos. Infelizmente, só os garante até quarenta minutos
utilizadores de equipamentos Xiaomi e Redmi, com interface MIUI, podem usar uma app de utilização, desde que não abuse
para ajustar alguns parâmetros, como a intensidade do ANC e do sistema de transparência. do modo de funcionamento
Por apenas setenta euros, não encontrará outra solução no mercado com melhor som mais rápido. O desenho do
e um sistema ANC tão eficaz quanto estes Redmi Buds 3 Pro. G U S T A V O D I A S equipamento, e da própria cabeça
mistoreportugal.pt | €69.99 de limpeza, permite a fácil
aspiração por debaixo de móveis
e sofás, sendo esta motorizada até
3750 rpm, o que permite às faixas

5
de microfibras poderem ser
utilizadas em diferentes pisos,
SONY ALPHA 7 IV como soalhos, alcatifas e tapetes,
embora seja necessário usar
O facto de ser, muito provavelmente, a câmara mais importante da sua gama, levou a que a Sony o modo mais rápido para estes
demorasse três anos para lançar a sucessora da Alpha 7 III. Inspirada nas melhorias últimos tipos de pisos. Esta cabeça
introduzidas pela A7S III, a nova A7 IV tem melhor ergonomia, um novo visor electrónico de alta tem a particularidade de ser
resolução com 120 Hz, um novo ecrã táctil externo de ângulo variável e abertura lateral, um facilmente desmontada,
maior conjunto de ligações (incluindo USB-C 3.2 Gen2 e HDMI) e vem com uma reorganização permitindo, assim, a sua limpeza.
dos botões: mais rodas de selecção e botão de REC no topo, que facilitam a captura de vídeo. O mesmo acontece ao reservatório
Esta máquina conta com um novo sensor Exmor R CMOS full-frame de 33 MP, capaz de captar de 0,8 litros, que tem como
imagens de elevadíssima qualidade, com maior alcance dinâmico e diminuição de ruído em vantagem o poder ser removido
situações de fraca luminosidade, auxiliado pelo duplo processador Bionz XR. Este elemento dá totalmente, facilitando assim a sua
um contributo fundamental para garantir 10 fps em RAW de captação sequencial, bem como limpeza e lavagem.
gere de forma exemplar o sistema de focagem automática com 759 pontos AF, que cobrem 94% O motor (Digital Inverter) tem uma
da superfície do sensor. O sistema está mais rápido, mais preciso e consegue seguir a cara e os potência nominal de 410 W e uma
olhos de pessoas ou animais, incluindo aves, tanto em fotografia como em vídeo. Já que falamos potência de sucção de 150 W,
em vídeo, o sensor tem uma resolução 7K, sendo esse sinal convertido (sobreamostragem) para o que garante uma boa capacidade
4K a 24p, garantindo uma qualidade extraordinária. Se optar pelos modos 30p e 60p, a A7 IV de aspiração, impulsionada pela
efectua um recorte da superfície do sensor. Com todas estas melhorias, a nova Alpha 7 IV tem estrutura multi-ciclónica,com ove
tudo para ser a nova referência de mercado, tal como tem sido até então a A7 III. G U S T A V O D I A S canais e 27 entradas de ar. Estas
sony.pt €2800 (corpo) ajudam a filtrar as partículas de
pó, num total de cinco níveis de
filtragem, que termina com
a aplicação de um filtro HEPA,
capaz de capturar partículas até
0,3 mícrones. A comparação com
o Dyson V11 é natural: este Jet 70
tem como principal vantagem
a melhor ergonomia (não precisa
de premir um gatilho) e o preço,
mas peca por trazer menos
acessórios e pela autonomia.
G U S TAVO D I A S

samsung.com/pt €399

69
 13 GADGETS

BANG & OLUFSEN BEOSOUND STAGE

4
Esta barra de som da Bang & Olufsen segue a tradição da marca
dinamarquesa de áudio premium e não está para brincadeiras - tanto
em qualidade, como em preço. O modelo que recebemos para teste
tinha uma moldura em madeira de carvalho escurecida e uma capa
frontal em tecido cinza Kvadrat - para nós, é a melhor combinação
das a B&O tem. Como seria de esperar, o som está num patamar
a que poucas marcas que tenham soluções idênticas podem chegar,
com uma excelente qualidade quer em música, quer em home cinema.
A coluna tem Dolby Atmos e isso percebe-se bem quando chega
a altura de fechar as cortinas da sala para ver um filme: ao todo são
onze amplificadores para criar uma mini sala de espectáculos, um
conjunto sonoro onde estão três tweeters, quatro woofers (graves
e médios) e quatro médios. Mesmo com o som no máximo, foi
impossível levar a Beosound Stage à falha, já que não ouvimos
qualquer distorção a sair neste pedaço de engenharia nórdica.
Para controlar a coluna à distância, tem várias soluções, mas
nenhuma passa pelo comando que vem na caixa - não existe. Se
estiver a ouvir apenas música a partir do smartphone, pode usar os
comandos da app respectiva; se for ligada a uma TV da B&O, pode
usar um comando Beoremote One. A última opção é instalar a app da
Bang & Olufsen no telemóvel, se descontarmos o facto de haver
botões sensíveis ao toque cravados na madeira da moldura.
Além do Bluetooth, pode ainda dar uso ao HDMI, Wi-Fi e Ethernet
- a ligação óptica fica de fora. Finalmente, quando a forma de instalar
a Stage, vai ter de ter algum cuidado. A melhor solução, se não quiser
estar a fazer buracos na parede, é pô-la em cima de uma superfície
virada para cima; se quiser ter virada para a frente, tem de ter
cuidado, porque a saliência traseira é muito curta e a coluna não se
vai equilibrar apenas com a moldura - a B&O podia ter pensado
melhor numa forma de colocar uma coluna com oito quilos e um
pouco mais de um metro de comprimento num móvel. R I C A R D O D U R A N D
bang-olufsen.com | €1899

KOBO SAGE
4 SMARTMI AIR PURIFIER
4
Desde os primeiros leitores lançados nos anos 1990 que A Smartmi lançou um novo
a tecnologia E Ink progrediu e, finalmente, os ecrãs chegaram ao equipamento, que, segundo
ponto em que é possível escrever confortavelmente, em vez de a marca, consegue purificar
fazer um risco e depois ficar à espera que o display actualize completamente o ar em cinco
para o vermos. Esta é a premissa do Kobo Sage, um leitor de ebooks minutos numa área de quinze
que dá a possibilidade de tirar notas e desenhar no ecrã com metros quadrados e em vinte
uma caneta especial, a Kobo Stylus. minutos, numa de vinte.
O Kobo Sage tem um ecrã E Ink Carta 1200 com oito polegadas Este purificador de ar inclui
que oferece uma resolução de 1440 x 1920 a 300 ppi. Além de um filtro HEPA H13, capaz
podermos usar a caneta, o ecrã é sensível ao toque, o que permite de filtrar grande parte das
passar as páginas com os dedos, tal como se faz num livro em papel. partículas que estão em
É também retroiluminado, com possibilidade de ajustar automatica- suspensão no ar que
mente a intensidade e a temperatura da luz, consoante o horário. respiramos, e um ecrã OLED,
O Kobo Sage é compatível com quinze formatos de ficheiros na parte de cima, que permite
diferentes, incluindo imagens (mas só as mostra a preto e branco), monitorizar o funcionamento.
EPUB, PDF e MOBI (específicos Disponível está ainda
para ebooks); CBZ e CBR (para a capacidade de poder ser
livros de banda desenhada). controlado por toques,
PEDRO TRÓIA gestos, com uma app ou
pt.kobobooks.com através de assistentes digitais,
€289,99 como a Alexa ou o Google
Assistant. P E D R O T R Ó I A
mismartmi.pt | €279

70
 13 LAB
MICROSOFT
SURFACE GO 3
O Surface Go 3 quer continuar a ser a nova
referência, no que toca a dispositivos
compactos equipados com
Windows 11. Será que oferece
melhorias significativas face ao seu antecessor?
Com o lançamento da nova geração da
família Surface, a Microsoft prometeu
renovar os seus principais equipamentos, mas
aparentemente o Surface Go 3 ficou fora da
lista, uma vez que é visualmente idêntico ao
anterior. Mantém-se o formato 2-em-1, o peso
(544 gr), as dimensões compactas e as
poucas ligações: temos apenas USB-C, leitor
de cartões Micro SDXC e saída jack de 3,5 mm
para auscultadores. O ecrã é idêntico ao do
seu antecessor, tanto a nível de dimensões
(10,5 polegadas), como de resolução (1920
x 1280), sendo capaz de reproduzir imagens
de boa qualidade e de permitir uma excelente
experiência táctil através da interface gráfica
do novo sistema operativo (Windows 11 S),
usando os dedos ou a Surface Pen.
ACTUALIZAÇÃO IMPERCEPTÍVEL
Ao contrário do que aconteceu com o seu
antecessor, que ofereceu melhorias
significativas face ao Surface Go original, as
novidades do Surface Go 3 são, no mínimo,
O Surface Go 3 é uma boa representação de um dispositivo
compacto para trabalhar, navegar na Internet ou reproduzir
conteúdos multimédia… mas não espere muito mais que isto.
72
parcas. Essencialmente, passam a estar
disponíveis dois novos processadores mais
recentes, um Intel Pentium Gold 6500Y de
dois núcleos a 1,1 GHz (até 3,4 GHz em modo
Turbo Boost), sendo-nos dada a opção de um
Intel Core i3-10100Y, também ele limitado
a dois núcleos e 1,3 GHz de velocidade base
(até 3,9 GHz). O resto da configuração
manteve-se inalterada, sendo dada a opção
de escolher 4 ou 8 GB de memória RAM
(do tipo LPDDR3) e 64 ou 128 GB de
armazenamento, com o primeiro a ser
disponibilizado numa unidade eMMC, o que
garante ¼ do desempenho da unidade SSD
que está na versão de 128 GB. O já referido
leitor de cartões Micro SDXC poderá ser
usado para expandir a capacidade de
armazenamento do equipamento.
EXPERIÊNCIA LIMITADA
É certo que a gama Surface Go nunca fui
criada com o intuito de substituir o Surface
Pro, já que as suas dimensões são
significativamente mais compactas e o preço
é mais contido. Porém, como pode perceber,
tendo em conta as características técnicas
deste equipamento, não será de estranhar um
desempenho bastante limitado, algo
facilmente comprovável pelos resultados dos
testes. Ainda assim, em termos de autonomia,
o Surface Go 3 não esteve muito longe das
onze horas anunciadas pela Microsoft.
A versão que testámos (8 GB de RAM e 128
GB de armazenamento) tem um PVP de 619
euros, valor esse que sobe significativamente
à medida que formos escolhendo acessórios
como a Surface Go Type Cover com teclado
(116,99 euros), a caneta digital para Surface
(€114,99 euros) e o Microsoft USB-C Travel
Hub (109,99 euros), este último essencial para
aumentar a versatilidade deste equipamento,
com a disponibilização de portas adicionais
USB-C 3.2 Gen2, USB 3.2 Gen2, Gigabit
Ethernet, VGA e HDMI 2.0. G U S T A V O D I A S
EXPERIÊNCIA PREÇO
MEDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO QUALIDADE
7
4 9 7
Distribuidor: Microsoft
Site: microsoft.com/pt-pt Preço: €619
s Qualidade de construção s Versatilidade t Preço
FICHA TÉCNICA
n Processador: Intel Pentium Gold 6500Y a 1,1 GHz
n Memória: 8 GB LPDDR3
n Armazenamento: 128 GB SSD
n Placa Gráfica: Intel UHD Graphics 615
n Ecrã: 10,5” táctil (1920 x 1280)
n Ligações: USB-C, leitor de cartões Micro SDXC,
jack 3,5 mm
n Dimensões: 245 x 175 x 8,3 mm
n Peso: 544 gr
BENCHMARKS
n PCMark 10 Essential: 5866
n PCMark 10 Productivity: 4306
n PCMark 10 Bateria: : 593 minutos
n 3D Mark Cloudgate: 5551
PONTO FINAL
O novo Surface Go 3 continua a ser uma referência
para os equipamentos 2-em-1 com Windows,
mas, pelo preço pedido, não é assim tão acessível.
O desempenho também fica aquém dos rivais,
como os Chromebooks e o iPad da Apple.
ILUMINE O SEU MUNDO
COM OS PÍXEIS AUTOILUMINADOS
A LG OLED TV é verdadeiramente surpreendente. Os píxeis autoiluminados permitem uma
qualidade de imagem realmente espetacular e inúmeras possibilidades em termos de design,
enquanto que as mais recentes e inovadoras tecnologias levam-nos a mundos inimagináveis.
 13 LAB
HP PROBOOK
635 AERO G8
A HP mandou-nos um ProBook,
uma opção portátil com plataforma
totalmente AMD, para trabalhar.
Não passam por cá muitos
computadores portáteis com
processadores AMD. Não porque não existam,
mas os representantes nacionais preferem dar
mais atenção aos Intel, porque, por qualquer
razão, devem achar que vendem melhor em
Portugal. Por isso, foi com alguma expectativa
que recebemos o ProBook G8 da HP com um
processador Ryzen 7 Pro de oito núcleos
e uma velocidade de 1,8 GHz (pode chegar
aos 4,4 Ghz, em modo boost).
Este processador inclui um GPU Radeon
com oito unidades de processamento gráfico
e uma velocidade de 2 GHz. O HP ProBook 635
Aero G8 tem 16 GB de memória RAM
partilhada entre o processador e a gráfica.
A unidade de armazenamento SSD tem
512 GB, o que serve para a maioria das
utilizações, mas não que deixa de ser algo
curto. Uma das coisas que mais saltam à
vista neste ProBook é a facilidade de
transporte: não é o mais leve que passou por
cá, mas ao mesmo tempo não dá aquela
impressão de que é feito de plástico.
O teclado é confortável e bastante silencioso,
algo que prezo muito num portátil. O ecrã
é LCD de 13,3 polegadas e não é sensível ao
toque. Por falar em ‘sensível ao toque’, na
Uma das coisas que
mais saltam à vista neste
ProBook é a facilidade
de transporte.
74
parte de baixo do teclado, junto ao trackpad,
está um sensor de impressões digitais que se
integra com o sistema de autenticação
Windows Hello, tal como a câmara com sensor
de profundidade, que também pode ser usada
para autenticar o utilizador junto do Windows.
Outra das coisas que gostei bastante neste
ProBook Aero G8 foi de usar a entrada USB
Type-C (a única que traz) para o carregamento
da bateria, o que faz com que se possa andar
com menos cabos quando se está fora do
escritório. Isto porque, com um cabo destes,
também pode carregar um smartphone, se
tiver USB Type-C (experimentei no meu
Samsung Note e até deu para fazer
carregamento rápido).
MAIS QUENTE
É bem sabido que os processadores da AMD
funcionam a temperaturas um pouco mais
altas que os Intel, no entanto, esta máquina,
mesmo em carga, não é muito barulhenta,
o que é um ponto a favor.
Uma nota para o sistema operativo.
O ProBook 635 Aero G8 inclui o Windows 10,
mas assim que acaba a configuração inicial,
ele sugere descarregar e instalar o Windows
11. Ou seja, entre configurações
e actualizações, passa-se à vontade uma hora
a olhar para o ecrã sem poder fazer nada com
o computador, o que é algo frustrante,
porque a HP podia ter logo carregado
o Windows 11 de fábrica e assim só se tinha de
instalar, configurar e actualizar um único
sistema operativo. P E D R O T R Ó I A
EXPERIÊNCIA PREÇO
MEDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO QUALIDADE
8
7 8,5 9
Distribuidor: HP Site: hp.pt Preço: €984
s Desempenho s Preço
t Podia ter mais uma entrada USB Type-C
FICHA TÉCNICA
n Processador: AMD Ryzen 7 PRO 5850U, 1,9 Ghz
de velocidade base e 4,4 GHz velocidade máxima
n Gráfica: Radeon Graphics n Memória RAM: 16 GB
n Ecrã: LCD 13,3 polegadas, 1920 x 1080
n Armazenamento: SSD NVMe 512 GB
n Ligações: 2 x USB 3.2 Type-A, USB Type-C,
HDMI 2.0, jack de 3,5 mm, nanoSIM, Wi-Fi 6,
Bluetooth 5
n Dimensões: 299,1 x 176,5 x 3,8 mm n Peso: 1,70 kg
BENCHMARKS
n PCMark 10 Essential: 8728
n PCMark 10 Productivity: 6249
n PCMark 10 Bateria: 521 minutos
n 3D Mark Cloudgate: 13 376
PONTO FINAL
Gosto de ver um computador portátil com processador
AMD a passar por cá. Por menos de mil euros, é
uma máquina muito competente, em termos de
velocidade de processamento, tanto geral como gráfico.
Em suma, é um computador que permite trabalhar
em qualquer lado sem grandes constrangimentos,
com a vantagem de também de poder ser usado
para jogos, além de Solitário.
 13 LAB
GALAXY Z
FLIP 3 5G
Não há duas sem três:
o novo dobrável da Samsung
traz novidades, mas
precisa de mais bateria.
Parece mesmo que a Samsung acredita
que a tecnologia de telefones dobráveis
é o que os consumidores querem ter nos
tempos mais próximos. Em conjunto com
o mais Galaxy Z Flip 3 5G (pode ver o teste na
PCGuia 309), a marca coreana lançou
também uma nova geração Z Fold, um
smartphone com ecrã dobrável sobre si
próprio, que faz com que este
smartphone se pareça bastante com
os telemóveis clamshell dos anos
1990 e início dos anos 2000,
como o Star Tac da Motorola.
Este smartphone oferece uma
vantagem em relação aos
modelos actuais: cabe
perfeitamente num bolso, quando
está fechado. Tem um pequeno ecrã do lado
de fora, com 6,2 polegadas, que permite ver
notificações e outra informação enquanto
está dobrado. Quando se abre, o ecrã interior
fica com 7,4 polegadas (1768 x 2208 de
resolução).
CONTINUA O VINCO
O facto de o ecrã interior ser dobrável, faz
com que, inevitavelmente, fique com um vinco
na zona da dobra. Esta é daquelas coisas que,
ao início, faz alguma confusão, mas passado
algum tempo acabamos por nos habituar.
De qualquer maneira, o vinco também não faz
grande diferença visualmente, a menos que
se olhe para o ecrã na diagonal, com uma luz
a incidir em cima dele.
O Z Flip 3 5G tira partido da possibilidade de
ser dobrado, porque tem um modo ‘selfie’, que
funciona quando o ecrã está dobrado
a noventa graus. Isto permite que o dispositivo
fique estável e, ao mesmo tempo, permite ver
a imagem que se está a tentar captar.
Para fechar o assunto “dobra”, a Samsung
redesenhou o mecanismo que permite dobrar
o ecrã, que agora está mais resistente
e impede a entrada de poeiras e outros
O facto de o ecrã interior
ser dobrável, faz com que,
inevitavelmente, fique com
um vinco na zona da dobra.
76
detritos. Embora este design seja inovador e,
francamente, bastante prático, não deixa de ter
os seus problemas: o mais complicado
é a capacidade da bateria, como poderemos
ver nas medições. O resultado foi francamente
mau, cerca de metade da média de todos os
dispositivos que custam mais de seiscentos
euros e que passaram por cá durante 2021.
Os nossos testes simulam uma utilização real
do dispositivo, com navegação na Internet,
fotografia, vídeo, videochamada e edição de
vários tipos de documentos, entre outras
actividades que se podem fazer com um
smartphone, daí ficarmos bastante longe dos
valores anunciados, que, normalmente são
obtidos apenas através da reprodução de vídeo.
FALTA BATERIA
O valor obtido no teste de vida da bateria pode
ser explicado pelo facto de o processador do
Z Flip 3 (Qualcomm SnapDragon 888 5G) ser
bastante mais poderoso, o que se percebe
bem pelos testes de desempenho -
conseguimos resultados bastante mais altos
que os obtidos com o Z Fold 2, lançado em
2020: mais cerca de mil pontos no PCMark
e quase doze mil no AnTuTu. Como se sabe,
para um processador ser mais rápido tem
sempre de gastar mais energia, independente-
mente de ser mais eficaz na sua gestão que
o processador da geração
anterior. Um dos
compromissos que a Samsung
teve de fazer neste Z Flip foi o de
colocar um sensor de impressões
digitais no botão de ligar. Apesar de
ocupar pouco espaço, é um pouco
menos eficaz que ter um no ecrã, ou
mesmo na parte de trás do dispositivo.
O resultado foi o de, muitas vezes, não
conseguirmos ter uma boa leitura da
impressão digital, mesmo que se coloquem os
dedos bem em cima dele. A câmara traseira,
tem dois sensores com 12 MP que oferecem
a maioria das funcionalidades que se
encontram noutros smartphones da marca,
como a possibilidade de gravação de vídeo 4K
a 60 fps, ou 1080p a 240 fps. P E D R O T R Ó I A
EXPERIÊNCIA PREÇO
MEDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO QUALIDADE
7
4,58 9 8
Distribuidor: Samsung Site: samsung.pt Preço: €1099,99
s É o telefone dobrável certo s Desempenho
t Vida da bateria
FICHA TÉCNICA
n Ecrã: principal - 6,7” Dynamic Amoled
2X (2640 x 1080); exterior - 1,9”
Super Amoled (260 x 512)
n Processador: Qualcomm Snapdragon 888
n Memória RAM: 8 GB
n Armazenamento: 256 GB / 128GB
n Câmaras: 24 MP + 10 MP frontal
n Bateria: 3300 mAh
n Dimensões: 72,2 x 166 x 6,9 mm (aberto);
72,2 x 86,4 x 17,1~15,9 mm (fechado)
n Peso: 183 gramas
BENCHMARKS
n 3DMark Ice Storm Unlimited: 116 928
n AnTuTu: 719 997
n PCMark Work 3: 14 255
n PCMark Work 3 Battery: 457 minutos
PONTO FINAL
De todas as propostas dobráveis que há no mercado,
o Z Flip 3 5G é o que, na minha opinião, faz mais sentido.
Permite ter um smartphone facilmente transportável
e ao mesmo tempo, com um ecrã comparável ao
de qualquer outro desta classe de preço que está
disponível hoje. O único reparo vai para a bateria,
que, dadas as especificações, devia ter um pouco
mais de capacidade.
 13 LAB

Asus ProArt Display PA279CV

O novo ProArt Display PA279CV, um monitor profissional de 27 polegadas

AOC Agon que vem substituir o PA278CV lançado no início de 2021, oferece melhorias
significativas, especialmente face aos pontos negativos do modelo
Pro AG324UX antecessor. O painel IPS de 27 polegadas tem resolução nativa 4K UltraHD,
um ângulo de visualização de 178 graus e uma reprodução de imagem de
elevada qualidade, com a particularidade de cada painel ser calibrado de
fábrica. Aqui, é apresentado um relatório com o Delta E inferior a 2 (neste
Se, no passado, só os ecrãs do tipo TN ofereciam velocidades caso de 0.45), o que significa que as cores reproduzidas no painel são
adequadas para jogar, é com bastante satisfação que encontramos praticamente idênticas às cores do sinal. Este monitor é ainda capaz de
monitores como este AOC, com ecrã IPS, a oferecer uma excelente reproduzir 100% do espectro de cores sRGB e 83% do espectro AdobeRGB.
velocidade aliada a uma excepcional qualidade de imagem. Com 60 Hz de taxa de actualização e 5 ms de tempo de resposta, este
O painel IPS de 10-bit do Agon Pro AG324UX traz tudo aquilo de monitor não é a escolha indicada para os adeptos de videojogos, ao
que precisa, seja para jogar ou trabalhar, como a elevada resolução contrário do seu antecessor, que embora tivesse uma resolução menor,
(4K UHD) com HDR (certificação Vesa DisplayHDR 400), dezasseis tinha 1 ms e 75 Hz. Porém, não era compatível com conteúdos HDR, falha
zonas de gestão independente de iluminação (para um brilho mais resolvida no PA279CV - é compatível com HDR10. Às ligações presentes,
uniforme e um contraste mais convincente), mais de um milhão duas portas HDMI 2.0 e uma DisplayPort 1.2, se junta o USB-C, que serve
de cores e a capacidade de reproduzir 99,8% do espectro de cores não só para alimentar as quatro portas USB 3.1, como possibilita
DCI-P3; o ecrã vem ainda calibrado de fábrica com um delta E a transferência de corrente, até um máximo de 65 W, para carregar tablets
inferior a 2 (esta unidade tinha 1.09). Claro que nada disto tem ou computadores portáteis, graças à tecnologia Power Delivery. Falta
grande relevância para quem joga e é para esses que vão as apenas referir a presença de uma sempre útil régua na moldura inferior do
características técnicas que diferenciam este monitor: 144 Hz ecrã, bem como a utilização de botões frontais de fácil utilização, e uma
de taxa de actualização, 1 ms de tempo de resposta (GtG) e base totalmente ajustável em altura, rotação e inclinação, assim como
compatibilidade com Nvidia G-Sync e AMD FreeSync Premium Pro. a possibilidade de usar o ecrã em modo Pivot (posição vertical). G U S T A V O D I A S
Não nos podemos esquecer de detalhes como o sistema de
iluminação RGB personalizável no painel traseiro e na faixa inferior
do ecrã, no projector do logótipo da marca (Agon), do suporte
ajustável para auscultadores e das inúmeras ligações disponíveis,
como duas entradas HDMI 2.1, essenciais para tirar total partido das
consolas de última geração da Sony e Microsoft. Temos ainda uma
entrada DisplayPort 1.4, uma ligação USB-C 3.2 capaz de receber
sinal de vídeo (via DisplayPort) ao mesmo tempo que alimenta
o dispositivo até um máximo de 90 W (via Power Delivery), um hub
USB 3.2, entrada de microfone e saída para auscultadores. E já que
falamos em som, este AG324UX inclui dois altifalantes estéreo de
8 W cada, com certificação DTS, mas não espere milagres neste
campo. Destaque ainda para o original Quick Switch, um comando
(com cabo) que permite aceder e controlar, remotamente, os menus
do monitor; e o switch KVM integrado, que permite usar o ecrã, um
teclado e rato (ambos ligados por USB) para trabalhar com
múltiplos computadores, bem como dividir o ecrã para duas fontes
de sinal em simultâneo. G U S T A V O D I A S

QUALIDADE EXPERIÊNCIA PREÇO

DE IMAGEM DE UTILIZAÇÃO QUALIDADE
QUALIDADE EXPERIÊNCIA PREÇO

9
DE IMAGEM DE UTILIZAÇÃO QUALIDADE

10 10 7 9
Distribuidor: AOC Site: eu.aoc.com Preço: €1139 10 9 8
s Qualidade de imagem s Elevado desempenho
Distribuidor: Asus Site: asus.com/pt Preço: €590
t Preço
s Qualidade da imagem s Versatilidade t Não apropriado para jogar
FICHA TÉCNICA
FICHA TÉCNICA
n Ecrã: 31.5” IPS n Tempo de Resposta: 1 ms
n Ecrã: 27” IPS
n Taxa de actualização: 144 Hz n Resolução Máxima: 3840 x 2160
n Tempo de Resposta: 5 ms
n Ligações: 2 x HDMI 2.1, DisplayPort 1.4, USB-C 3.2 (90 W PD),
n Resolução Máxima: 3840 x 2160
4 x USB 3.2, jack 3.5 mm n Ligações: 2 x HDMI 2.0, DisplayPort 1.2, 2 x USB-C, 4 x USB 3.1, jack 3,5 mm
n Dimensões: 714 x 499,6 x 400,1 mm
n Dimensões: 614 x 523,5 x 59,9 mm
2 kg855
PONTO FINAL PONTO FINAL
Este AG324UX foi uma agradável surpresa: tem uma extraordinária Este ProArt prova que a Asus não só é capaz de fazer alguns dos melhores
qualidade de imagem e tudo aquilo que é necessário para ser um monitor monitores de gaming, mas também profissionais. A calibração de fábrica do ecrã
de gaming de referência. Só é pena o preço. garante uma reprodução fidedigna das cores, a que se junta a versatilidade
das ligações existentes e dos ajustes da base.

78
 13 LAB
Oppo
Reno6 5G
«Design retro ultrafino». É assim que a Oppo apresenta, entre outros
argumentos de marketing, o Oppo Reno6 5G, o irmão mais novo do
modelo Pro que testámos na edição 310. O ecrã é ligeiramente mais
pequeno (0,12 polegadas e a qualidade baixa de Super Amoled para
apenas Amoled - contudo, mantêm-se os 90 Hz de taxa de
actualização. A lista de antagonismos é mais ou menos extensa,
sempre a favor do Oppo Reno6 Pro 5G, mas a diferença de trezentos
euros podia ter sido mais esbatida - na nossa opinião, duzentos euros
seria um valor mais em linha com as características de ambos.
Voltando a pegar no design, a Oppo inspirou-se claramente nas linhas
originais do iPhone 5 para criar este Reno6; não é por acaso que
a marca chinesa o caracteriza como ‘retro’ - afinal o smartphone da
Apple vai fazer dez anos em 2022. Assim, temos as clássicas linhas
rectas numa moldura em metal e a mesma espessura: 7,6 mm.
Com a bandeja dual SIM na parte inferior e apenas uma entrada
USB-C, este Oppo acaba por “brilhar” com a solução encontrada para
a traseira. O design Oppo Glow reflecte-se numa textura que nos
parece feita em papel, com um toque agradável e que não deixa
dedadas, um detalhe que nos agradou bastante. De facto, entre tantos
smartphones que se copiam uns aos outros e que tentam ser
“bonitões” com traseiras em vidro, o Reno6 distingue-se por usar um
acabamento que faz a diferença. O que podia ser mais bem
conseguido, para dar um look retro definitivo, era o bump das câmaras
- é verdade que não é muito pronunciado como noutros modelos, mas
sente-se quando pomos o smartphone em cima da mesa e há um
óbvio desequilíbrio. Este elemento podia ter sido feito para ficar mais
à face da traseira, o que tornava o aspecto ainda mais agradável.
Por falar em câmaras, temos três (wide, ultra wide e macro) -
a principal tem 64 MP e tira fotografias com uma qualidade que
parece vir de um modelo mais avançado, com cores bem definidas,
sem grandes problemas em condições de luz menos “colaborantes”;
no vídeo, destaca-se um modo de retrato que desfoca o fundo e lhe dá
o efeito bokeh das luzes que é habitual ver nas fotos. R I C A R D O D U R A N D
EXPERIÊNCIA PREÇO
MEDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO QUALIDADE
7.5
7,16 8,25
Distribuidor: Oppo Site: oppo.com/pt Preço: €529,90
7
s Textura da traseira s Peso t Design retro do iPhone 5 t Preço
FICHA TÉCNICA
n Processador: MediaTek Dimensity 900
n Memória: 8 GB n Armazenamento: 128 GB
n Câmaras: 64 MP (wide), 8 MP (ultrawide), 2 MP (macro) + 32 MP (frontal)
n Ecrã: 6,43” Amoled (1080 x 2040), 409 ppi
n Bateria: 4300 mAh n Dimensões: 156,8 x 72,1 x 7,6 mm n Peso: 182 gr
BENCHMARKS
n 3D Mark Ice Storm Unlimited: 32 634 n AnTuTu: 420 333
n PCMark 3 Work: 8587 n PCMark 3 Battery: 886 minutos
2 kg855
PONTO FINAL
O Oppo Reno6 5G não tem nada onde seja especialmente bom, mas se
juntarmos vários pormenores que a marca aplicou com alguma precisão,
ficamos com um smartphone agradável de usar, mas que podia ter um ajuste
de preço para se tornar um campeão: menos uns cem euros.
80
Motorola Defy
Criado pelo Grupo Bullitt, o mesmo que fabrica os Cat, o novo Defy
marca a entrada da Motorola no mercado dos smartphones robustos.
Este modelo tem um corpo em plástico lavável (com sabão ou
desinfectante), graças à certificação IP68, sendo igualmente à prova de
areia e poeiras, bem como de elevadas variações térmicas (entre os -25º
e 55ºgraus) e de quedas até 1,8 metros. À frente, protegido pelo robusto
Corning Gorilla Glass Victus, encontra-se um ecrã IPS de 6,5 polegadas
que, infelizmente, utiliza uma baixa resolução (1600 x 720) e um nível
máximo de brilho que é significativamente inferior ao de outros modelos
mais acessíveis da própria Motorola.
A configuração escolhida, que hoje em dia já começa a ser “curta” para
um dispositivo de gama média, revelou um desempenho que, ainda assim,
é mais do que suficiente para uma utilização quotidiana: um processador
Snapdragon 662 de quatro núcleos, 4 GB de memória RAM e 64 GB de
armazenamento, espaço esse que, felizmente, pode ser ampliado via cartão
MicroSD. Onde o Motorola Defy brilhou foi na autonomia: quase 24 horas
no PCMark 10, o segundo melhor valor que conseguimos neste teste.
Este resultado deve-se à elevada eficiência energética do processador, bem
como à capacidade da bateria (5000 mAh), que tem ainda como vantagem
adicional o facto de o Defy usar um carregador de 20 W, que embora esteja
longe de ser um valor de referência, é superior ao de modelos rivais com
características similares. Em termos de câmaras, este Motorola tem um
competente sensor frontal de 8 MP com abertura f/2.2, capaz de
tirar selfies com uma boa
qualidade, e um conjunto
traseiro composto por um
sensor principal de 48 MP
(Samsung Isocell GM1
de 1/2”) e dois de 2 MP
adicionais (ambos
OmniVision OV02B),
um para medição de
profundidade e outro
para fotografias macro,
com focagem automática.
G U S TAVO DI AS
MEDIÇÕES
ESPERIÊNCIA
DE UTILIZAÇÃO
PREÇO
QUALIDADE
7.5
6 8 8,5
Distribuidor: Motorola Site: motorolarugged.com/pt-pt Preço: €339,99
s Elevada robustez s Autonomia t Ecrã limitado
FICHA TÉCNICA
n Processador: Qualcomm Snapdragon 662 (4 x 2,0 GHz + 4x 1,8 GHz)
n Memória: 4 GB n Armazenamento: 64 GB (expansível por MicroSD)
n Câmaras: 48 MP f/1.8 + 2 MP f/2.4 + 2 MP f/2.4 (traseira), 8 MP f/2.2 (frontal)
n Ecrã: 6,5” IPS (1600 x 720), 270 ppi n Bateria: 5000 mAh
n Dimensões: 169,8 x 78,2 x 10,9 mm n Peso: 232 gr
FICHA TÉCNICA
n 3D Mark Ice Storm Unlimited: 22 846 n AnTuTu: 161 009
n PCMark 3 Work: 6510 n PCMark Work 3 Battery: 1428 minutos
PONTO FINAL
O Defy é uma aposta curiosa da Motorola, que entra, assim, num mercado dominado
pela Cat. Com um corpo robusto e atraente, destaca-se pela grande autonomia
e pelos competentes sensores de imagem, mas esperávamos um ecrã melhor.
 13 LAB
be quiet! Light Wings
A be quiet! é um dos fabricantes de produtos para PC Build mais
subtis do mercado, apostando sobretudo no preto e branco, com
muitos produtos focados em alcançar o maior silêncio possível.
Com o grande sucesso da sua linha de caixas 500DX, viram a força
que o RGB tem e não resistiram: nasceram, assim, as Light Wings.
Em teste tivemos um modelo de 120 mm, com um máximo de 1700
rpm, ruído de 20,6 dB(A), controlo por quatro pinos PWM
e iluminação de 5V ARGB. A estrutura é toda preta e, ao contrário de
outros modelos da marca, como as Pure Wings e as Shadow Wings,
a moldura é completa, o que permite que as ventoinhas se
encostem umas às outras. A forma e organização das pás
é facilmente reconhecida como a dos modelos Shadow, tratando-se
assim que um modelo virado para o silêncio. Para o RGB a marca
apostou num visual perfeito: um anel largo, contínuo, de polímero
translúcido o suficiente para esconder a origem de cada um dos
dezoito LED, mas que permite que o sistema brilhe em toda a sua
glória. Na zona traseira, muitas vezes esquecida, há uma pequena
faixa de cor que, não sendo grande, dá na mesma o ar da sua graça
ao lado negro de cada ventoinha. Não necessitam de software
próprio para as controlarem: podem usar o que a vossa placa-mãe
ou HUB RGB tiver. Os resultados de desempenho foram muito bons,
é um modelo excelente quer para a caixa, como para os
dissipadores. Podem também adquirilas no futuro em caixas de três,
com um tamanho de 140 mm (com vinte LED, neste caso) e modelos
de alta-velocidade, o equivalente às Pure Wings. L U Í S A L V E S
EXPERIÊNCIA PREÇO
FUNCIONALIDADES DE UTILIZAÇÃO QUALIDADE
9 FUNCIONALIDADES
9 9 9
Distribuidor: be quiet! Site: bequiet.com Preço: €22,90
s Qualidade de construção
s Modelo silencioso
s Boa implementação de RGB
t Perde caudal de ar pela presença do anel RGB
FICHA TÉCNICA
n Dimensão: 120 mm n Velocidade de rotação: 1700 rpm
n Fluxo de ar: até 70,53 m3/h
2 kg855
PONTO FINAL
As be quiet! Light Wings são a entrada perfeita da marca no mercado RGB,
oferecendo uma alternativa silenciosa que outras marcas descuram,
em prol do visual.
82
Devolo
Magic 2 WiFi 6
A Devolo é uma referência no mercado das redes domésticas com
tecnologia powerline e já nos trouxe muitas novidades, como o primeiro
sistema deste tipo a ultrapassar os 1200 Mbps. A mais recente novidade
é o primeiro sistema deste tipo com Wifi 6 e mesh a chegar ao mercado.
Por fora, estes equipamentos são exactamente iguais aos das gerações
anteriores e continuam a ter uma ligação-extra para evitar que as tomadas
onde estão fiquem inutilizadas. A velocidade máxima de transmissão em
redes sem fios é de 2400 Mbps. Como sempre, este número é teórico,
porque depende sempre da qualidade da rede eléctrica e da quantidade de
dispositivos “barulhentos” ligados na instalação. Uma última nota vai para
a retrocompatibilidade: são compatíveis com outros dispositivos powerline
que já tenha na sua rede eléctrica, mas não vai ter acesso à velocidade
acrescida se forem de uma geração anterior.
O dispositivo principal tem uma única entrada RJ-45, para ser ligado
ao router; os outros têm duas entradas semelhantes para a ligação
de equipamentos que não tenham Wi-Fi. Como já é hábito na Devolo,
os dispositivos vêm pré-configurados de fábrica para que seja apenas
uma questão de os tirar da caixa, ligar e começar a usar. Todas as outras
configurações que possam ser necessárias são feitas através da aplicação
da Devolo para iOS e Android. Depois de tudo instalado, configurei a rede
mesh em modo bridge, para que os dispositivos sem fios consigam
comunicar facilmente com os que estão ligados através de cabos LAN.
Nos nossos testes de velocidade de transferência de dados, entre dois
computadores ligados ao mesmo ponto de acesso, conseguimos uma média
de 130 MB/s com as duas máquinas em linha de vista do ponto de acesso
e cerca 100 MB/s sem linha de vista. No mesmo teste de velocidade, mas
com cada computador ligado a um ponto de acesso diferente, chegámos
a uma média de cerca de 95 MB/s. Estes valores são bastante interessantes
e permitem por exemplo, o stream de vídeo em 4K, ou jogar online sem
quaisquer problemas. P E D R O T R Ó I A
EXPERIÊNCIA
DE UTILIZAÇÃO
PREÇO
QUALIDADE
9
10 9 9
Distribuidor: Devolo Site: devolo.pt Preço: €399 (três adaptadores),
€239 (dois adaptadores), €179 (um adaptador)
s Facilidade de configuração s Desempenho t Preço
FICHA TÉCNICA
n Velocidade Powerline G.hn Máxima: 2400 Mbit/s
n Rede sem fios: WiFi 6, 1800 Mbit/s (máximo) n Segurança WiFi: WPA3, WPA2
n Ligações com fios: 2 x Gigabit-LAN, tomada eléctrica integrada
PONTO FINAL
Este kit Devolo Magic 2 WiFi 6 traz o melhor dos dois mundos: uma rede sem fios
que chega a todo o lado com a fiabilidade e velocidade de uma rede com fios.
 13 LAB
Toshiba Canvio Gaming
Com o aumento da velocidade de transmissão de dados e das
interfaces de ligação, foi possível criar sistemas de armazenamento
externos que conseguem complementar perfeitamente os de
armazenamento internos. É o caso deste disco externo Canvio
Gaming da Toshiba, que, como o nome indica, foi pensado para ser
ligado a PC e consolas. Trata-se de um disco de 2,5 polegadas, igual
aos que vêm nos portáteis, que está dentro de uma pequena caixa
de plástico. A ligação é microUSB 3 (micro B), que também fornece
energia à unidade. Uma grande vantagem dos sistemas operativos
actuais é que não é necessário instalar qualquer tipo de software
para fazer funcionar as unidades de armazenamento externas, seja
nos computadores ou nas consolas de jogos, logo esta unidade
é compatível com todos os dispositivos que tenham uma entrada
USB 3.0 - basta formatá-lo para poder usar o sistema de ficheiros
do sistema operativo da máquina. A unidade que nos foi enviada tem
1 TB de capacidade, mas a Toshiba também disponibiliza modelos
com 2 e 4 TB. Nos testes feitos com o Crystal Disk Mark
conseguimos uma velocidade de leitura sequencial de 153 MB/s
e de escrita sequencial de 161 MB/s, usando um ficheiro com 1 GB.
Usando a mesma quantidade de dados, mas em leitura e escrita
aleatórias, o Canvio Gaming conseguiu 540 KB/s e 1,8 MB/s,
respectivamente. Já com 4 GB, as velocidades de leitura e de escrita
sequencial passaram para 152 MB/s e 159 MB/s; na leitura e escrita
aleatórias a velocidade ficou pelos 0,47 MB/s e 6,75/s.
Estes valores foram mais influenciados pelo facto de usar uma
ligação USB 3.0 que pela velocidade real do disco: se estivesse
ligado directamente à motherboard conseguia, de certeza, valores
mais interessantes. P E D R O T R Ó I A
PREÇO
MEDIÇÕES CONSTRUÇÃO FUNCIONALIDADES QUALIDADE
8 8
7 9 7 9
Distribuidor: Time To Brand Site: timetobrand.eu Preço: €119
s Facilidade de instalação s Mobilidade t Um pouco lento
FICHA TÉCNICA
n Ligações: USB 3.1
n Capacidade: 1 TB
n Compatibilidade: PlayStation, Xbox, macOS, Windows
n Dimensões: 80 x 111 x 13,5 mm
n Peso: 149 gr
PONTO FINAL
Não sendo o disco mais rápido de todos, este Canvio pode perfeitamente ser
usado para cópias de segurança da sua biblioteca de jogos e de saves.
84
TP-Link Deco X60
Segundo a TP-Link, o Deco X60 (com dois pontos de acesso) foi criado para
casas com uma área máxima de quatrocentos metros quadrados. Os kits mesh
não são soluções para qualquer utilizador - é preciso ter bastante paciência
para instalar e descobrir os sítios mais indicados, para que a casa fique toda
coberta por Wi-Fi. Claro que as aplicações que os acompanham dão uma ajuda
preciosa, porque muitas delas dão dicas para colocarmos os pontos de acesso.
Os X60 são routers Wi-Fi 6 (o novo nome da norma 802.11ax) que permitem
a utilização de seis canais em simultâneo: dois para a banda dos 2,4 GHz
(juntos permitem velocidades até aos 574 Mbps) e quatro para a dos 5 GHz (até
2404 Mbps). Os dispositivos Wi-Fi 6 que estejam ligados a este sistema terão,
individualmente, uma velocidade máxima de 1200 Mbps na banda do 5 GHz;
a restante largura de banda fica reservada para interligação dos terminais
mesh. Cada terminal têm duas entradas RJ-45 para a ligação LAN Gigabit - se
o utilizador quiser, pode interligar os dois terminais com um cabo ethernet, para
melhorar significativamente a qualidade da comunicação. Tal como acontece
com outros kits mesh da TP-Link, também o X60 pode ser usado em modo
‘Access Point’ ou em ‘Bridge’. Embora o primeiro (modo por defeito) ofereça
mais opções de funcionamento, o segundo permite que a rede sem fios se
integre melhor em situações quando está presente um router de um operador
que não pode ser alterado. Também, tal como em outros kits TP-Link deste tipo,
também é oferecida uma firewall para proteger a rede doméstica, controlos
parentais e a possibilidade de se definirem redes para convidados. O que não
se consegue configurar são as bandas de frequência que podem ser usadas,
nem separar as redes de 2,4 e 5 GHz, o que limita a versatilidade deste kit,
principalmente no caso dos utilizadores mais avançados.
Testámos o X60 em duas situações: em linha de vista dos terminais e sem linha
de vista dos terminais. Nos dois testes usámos um computador portátil com
Windows 11 e uma ligação à Internet de 1 Gbps. Na primeira situação
conseguimos cerca de 560 Mbps de download e 200
Mbps de upload (máximo da ligação à Internet). Na
segunda, foram 350 Mbps de download e 200 Mbps
de download. Como se pode perceber,
estas velocidades estão algo longe
do anunciado. Isto pode ter a ver com
vários factores, como a quantidade
de redes Wi-Fi na vizinhança
e outras interferências, como
a causada por telefones sem fios,
que, na sua grande maioria também
trabalham na gama dos 2,4 Ghz.
PEDRO TRÓIA
EXPERIÊNCIA PREÇO
FUNCIONALIDADES DE UTILIZAÇÃO QUALIDADE
8
9 8
Distribuidor: TP-Link Site: tp-link.com Preço: €349
s Funcionalidades s Alcance t Não permite certas configurações
FICHA TÉCNICA
n Normas Wi-Fi: Wi-Fi 6 (IEEE 802.11ax/ac/n/a 5 GHz, IEEE 802.11ax/n/b/g 2,4 GHz)
n Modos de funcionamento: Router Mode, Access Point Mode
n Processador: CPU com quatro núcleos, 1 GHz n Ligações: 2 x RJ-45 Gigabit
n Segurança: WPA-Personal, WPA2-Personal, WPA3-Personal
n Dimensões: 110 x 110 x 114 mm
PONTO FINAL
Este X60 da TP-Link é uma boa solução para quem necessita de ter rede
sem fios em toda a casa, principalmente se tiver espaços amplos, sem grandes
obstáculos. A velocidade anunciada é boa, mas, na realidade, é bastante menor.
Ainda assim, a ligação é estável e suficientemente rápida.
 13 LAB
Mercusys Halo H50G
Recebemos mais um kit para redes sem fios mesh, desta vez
da Mercusys. Esta marca acaba de chegar a Portugal e, por isso,
ainda não é muito conhecida, mas uma busca rápida no site revela
um catálogo completo de material de rede, para ambientes
domésticos e pequenos escritórios.
O kit Halo H50G da Mercusys está disponível com três pontos
de acesso que têm uma forma engraçada: são pequenos cubos
brancos, com o logótipo da marca em cima e um pequeno LED
de um dos lados. Há ainda três portas RJ-45 Gigabit e a entrada
para o transformador de corrente. A construção não é das mais
cuidadas, mas também não se pode dizer que estão mal construídos
de todo. Esta impressão vem do facto de o plástico empregue
parecer pouco sólido e os dispositivos serem algo leves,
provavelmente porque não têm fontes de alimentação internas.
O Halo H50G permite a criação de redes sem fios até à norma
802.11ac ou Wi-Fi 5, com a configuração a ser simples: basta ligar
um deles ao router e depois espalhar os outros dois pela casa,
de forma a cobrir totalmente o espaço com sinal de rede.
Tal como noutros dispositivos deste tipo, toda a gestão é feita
através de uma app para dispositivos móveis, que, além das
tarefas de configuração e gestão tradicionais, também oferece
a possibilidade de se definir QoS (Quality of Service - satisfazer
as necessidades de largura de banda de determinados
dispositivos de rede), controlos parentais ou criar uma rede
separada para convidados.
Nos nossos testes em linha de vista, conseguimos cerca de
350 Mbps de velocidade de acesso à Internet, com uma ligação
de 1 Gbps. Já sem linha de vista para o ponto de acesso, chegámos
aos 260 Mbps. Para um kit que custa 119 euros não é nada mau,
principalmente se virmos que são valores muito semelhantes
aos que se conseguem com kits muito mais caros. P E D R O T R Ó I A
EXPERIÊNCIA PREÇO
FUNCIONALIDADES DE UTILIZAÇÃO QUALIDADE
9
8 9 10
Distribuidor: Mercusys Site: mercusys.com Preço: €119,99
s Preço s Funcionalidades s Desempenho
t Qualidade da construção
FICHA TÉCNICA
n Normas Wi-Fi: IEEE 802.11a/n/ac 5 GHz, IEEE 802.11 b/g/n 2.4 GHz
n Segurança: WPA-PSK/WPA2-PSK
n Ligações: 3 entradas RJ-45 gigabit
n Dimensões: 88 x 88 x 88 mm
2 kg855
PONTO FINAL
Este Halo H50G da Mercusys foi uma excelente surpresa, pela relação
entre o preço, o desempenho e as funcionalidades. A única coisa a apontar
é mesmo a qualidade da construção, mas se os instalar num sítio
mais escondido, isso deixa de ser um problema.
86
Asus Zen Wifi AX Hybrid
O que é melhor que uma rede sem fios mesh? É uma rede sem fios mesh que
permite uma ligação powerline entre os pontos de acesso. Passo a explicar:
nas redes sem fios mesh são usados vários pontos de acesso, que fazem
parte de uma única rede para garantir que o sinal de rede chega a toda
a casa. Mas, em certas situações, isto não funciona como esperado, como no
caso das casas com mais de um andar, com grandes áreas, muitos recantos
ou com paredes com uma espessura grande. Nestes casos, o ideal é ligar os
vários pontos de acesso através de um cabo. As ofertas de Wi-Fi mesh
prevêem esta situação, porque permitem a ligação entre os vários pontos de
acesso através de cabos LAN, mas a maioria dos utilizadores usa
precisamente as redes sem fios para não ter muitos cabos espalhados pela
casa. Logo, a segunda melhor opção é usar uma ligação powerline, que envia
o sinal de rede através da instalação eléctrica. Com isto, chegamos ao Asus
Zen Wifi AX Hybrid, um kit mesh Wi-Fi 6 que permite a ligação powerline
entre os dois pontos de acesso a 1300 Mbps. Esta velocidade é teórica,
porque na prática consegue-se sensivelmente metade, fruto da distância
e da quantidade de dispositivos eléctricos que “injectam” ruído na rede
eléctrica, como as máquinas de lavar, microondas ou secadores de cabelo.
A Asus anuncia uma velocidade máxima em Wi-Fi de 1775 Mbps. Mais uma
vez, esta velocidade é sempre teórica, porque depende de muitos factores,
como a quantidade de dispositivos ligados e das redes sem fios que estão
à volta, só para mencionar dois. Como é habitual, a instalação é facílima:
basta ligar um ao router, através do cabo LAN fornecido e, depois, ligar os
dois à corrente - os dispositivos já vêm emparelhados e começam logo
a funcionar. Depois, todas as configurações são feitas através de uma app.
Além das configurações de rede, esta aplicação também permite configurar
a segurança, limitar o acesso por hora e por utilizador ou criar uma rede para
convidados. Nos testes de velocidade, conseguimos
uma média de 120 MB/s com as
duas máquinas em linha de vista
do ponto de acesso e cerca 98
MB/s sem linha de vista.
No mesmo teste de velocidade,
mas com cada computador ligado
a um ponto de acesso diferente,
chegámos a uma média de cerca
de 90 MB/s. Neste caso,
o desempenho foi “abafado” pela
rede eléctrica, mas ainda assim
é bastante interessante. P E D R O T R Ó I A
EXPERIÊNCIA PREÇO
FUNCIONALIDADES DE UTILIZAÇÃO QUALIDADE
8
9 9 7
Distribuidor: Asus Site: asus.pt Preço: €349,90
s Ligação powerline s Configuração t Preço
FICHA TÉCNICA
n Normas Wi-Fi: EEE 802.11a/b/g/n/ac/ax, HomePlug AV2 MIMO
n Processador: 64bit a 1,2 GHz (quatro núcleos)
n Memória: 256 MB Flash, 512 MB RAM
n Ligações: RJ45 Gigabit BaseT WAN, 2 x RJ45 for Gigabits BaseT LAN,
USB 3.2 Gen 1 x 1
PONTO FINAL
Se a rede sem fios da sua casa não chega a todo o lado, esta solução da Asus
é excelente. Contudo, o preço não é muito convidativo, principalmente se tivermos
em conta que o kit é composto por apenas dois dispositivos.
 14 PLAY JOGOS
Como transformar um jogo de tiros com pergaminhos numa versão
barata de Inglourious Basterds - só que sem grande piada.
O primeiro Call of Duty (CoD) saiu em 2003,
dois anos depois do estrondoso êxito que
foi Band of Brothers, a adaptação para TV do livro
de Stephen Ambrose com o mesmo nome, que
conta as aventuras dos soldados de uma
companhia de pára-quedistas, desde o Dia D
até à derrota do Terceiro Reich, em 1945.
Quase que o primeiro CoD se pode considerar
o jogo oficial da série de TV, pela inclusão de
vários episódios de combate que foram retratados
em Band of Brothers. Um dos aspectos mais
impressionantes do original foi a recriação muito
realista da confusão que houve durante os
primeiros momentos, quando os pára-quedistas
são lançados atrás das linhas alemãs, em França.
Dezoito anos, e algumas dezenas de jogos depois,
chega Call of Duty Vanguard, que marca
o regresso da série à Segunda Guerra Mundial.
Neste novo episódio, seguimos as histórias dos
quatro heróis imaginários da Task Force Vanguard
que, supostamente, são os melhores: Lucas Riggs,
australiano e especialista em explosivos; Wade
Jackson, piloto naval dos Estados Unidos; Polina
88
Petrova, uma (inevitável) sniper russa; e Arthur
Kingsley, pára-quedista inglês que e líder do
grupo. Até aqui tudo bem, é aceitável que haja
alguma liberdade narrativa neste tipo de jogos,
baseados em factor reais.
FUGIR DA PRISÃO
Vanguard está dividido em várias partes, ou actos,
em que o jogador tem de participar em missões
com cada uma das personagens, um bocado em
jeito de flashbacks a recordar as situações que os
juntaram. Depois, temos a missão principal:
escapar de uma prisão em Berlim, nos últimos
dias da guerra, e impedir a fuga de um general
alemão (que estranhamente faz lembrar Red
Skull, o inimigo do Capitão América, mas sem
a caveira vermelha), que sonha criar o Quarto
Reich, depois da queda de Hitler.
Os problemas começam na forma como a história
se desenvolve. Tudo é previsível e vazio, não há
nenhum twist ou alguma coisa que prenda
o jogador. Parece que a Activision só meteu uma
campanha para dizer que o jogo tinha uma e,
assim, o interesse é pouco. Mas há uma coisa que
tem de ser dita: a produção não olhou a custos na
criação das cenas e, muitas vezes, parece mesmo
que estamos a ver um filme de tão bem feitas que
estão as cutscenes. Tudo é realmente bom.
Depois, voltamos à “acção”, mais propriamente
ao tiro ao boneco - não me estou a referir
à evidência de CoD ser literalmente um jogo de
tiro ao boneco, mas em Vanguard os soldados
inimigos muitas vezes nem se mexem, não se
escondem, ou se se escondem, segundos depois
emergem mesmo a tempo para um headshot.
Aliás, mais de 50% dos solados que eliminei foi
com tiros na cabeça, só para mostrar o quão fácil
é. Mais para o fim do jogo aparecem novos
soldados que dão um pouco mais de luta e que
servem de “esponjas de balas”, para aumentar
um bocadinho o nível de dificuldade, mas
nem assim a coisa melhora.
Pior: na a missão com Wade Jackson, que se
passa na batalha de Midway, o sistema de
controlo do avião é tão mau que nem sei como
é que consegui passar aquilo. Enfim. Valem os
gráficos que realmente são fora de série e a única
coisa que é realmente impressionante. O modo
multiplayer tem os já habituais zombies e vinte
mapas com os modos de jogo tradicionais,
incluindo o novo Champion Hill composto por
arenas em que o último sobrevivente ganha.
PEDRO TRÓIA
JOGABILIDADE LONGEVIDADE GRÁFICOS SOM
7
5 5 9,5 8
Editora: Activision Distribuidora: Activision
Plataforma: PlayStation, Xbox, Windows
Site: callofduty.com
Preço: €75,99 (Consolas), €59,99 (PC)
Gráficos História Inimigos
PONTO FINAL
Call of Duty Vanguard podia ser melhor?
Sem dúvida. A história da campanha
é desinteressante, os inimigos dão luta
quase nenhuma - valem os gráficos
e o multiplayer. A Activision tem
de esforçar mais: lá porque Vanguard
tem gráficos espectaculares não faz
dele um grande jogo.
 14 PLAY JOGOS
Será que a Relic conseguiu trazer este
clássico jogo estratégia para a actualidade?
Vamos já tirar uma coisa do caminho:
se quiser jogar Age of Empires 4 (AoE),
opte pela versão Steam do jogo. Isto porque,
se descarregar a que está na loja da Microsoft,
e tiver o Windows em português europeu, o jogo
fica em brasileiro e não há forma alguma
de mudar a língua. A edição Steam não tem este
problema e não consigo perceber porque é que
a versão da loja Microsoft tem de ser diferente.
Infelizmente, ao fim destes anos todos,
a Microsoft ainda não conseguiu perceber que
o português falado em Portugal é diferente
do falado no Brasil. Enfim.
EVOLUÇÃO NA CONTINUIDADE
Dito isto, Age of Empires 4 está muito bem
desenhado e consegue trazer o jogo para
a modernidade sem perder muita da alma dos
episódios anteriores tanto no que respeita
à campanha single player, como no que toca
ao multiplayer. Nesta edição, estão disponíveis
oito civilizações: Rússia, Sacro Império Romano,
China, Inglaterra, Sultanato de Delhi, Mongóis,
Dinastia Abássida e a França. Mas apenas
os ingleses, russos, mongóis e chineses podem
usados na campanha single player.
A fórmula tradicional deste tipo de jogos
continua presente: há que recolher recursos
para construir edifícios, que, por sua vez,
permitem a criação de mais unidades para
os exércitos e recolher mais recursos.
90
As tecnologias disponíveis podem evoluir
através da construção de edifícios especiais,
o que faz com que avancemos para uma era
posterior. No entanto, esta evolução resume-se
a quatro níveis. Tudo isto é importante, mas
o que interessa realmente em Age of Empires
é mesmo o exército e a sua capacidade
de conquista/defesa. Cada civilização tem
acesso a unidades militares básicas que são
o antídoto umas para as outras: os lanceiros
protegem da cavalaria, a cavalaria é útil contra
os arqueiros e os arqueiros são eficazes contra
os lanceiros. Uma coisa curiosa em AoE 4 é o
facto de os arqueiros acertarem sempre nos
alvos, ao contrário do que acontece nos outros
jogos da série (e na vida real). Isto simplifica
muito as coisas em termos de combate e de
movimentação das unidades, mas não deixa
de ser estranho.
NOVOS AUTOMATISMOS
Esta simplificação estende-se a outros
aspectos de Age of Empires 4. Por exemplo,
já não é necessário dar ordem aos camponeses
para semearem as suas quintas, porque agora
é tudo automático. Esta simplificação das
minudências da gestão das cidades
percebe-se do ponto de vista de dar mais
importância ao combate e à estratégia.
A forma de construir cidades é também
um pouco diferente da dos outros episódios
da série, com bónus de produção em vários
edifícios, que dependem dos que estão
adjacentes. Isto obriga o jogador a planear
a forma como constrói as suas cidades.
As muralhas também funcionam de forma
diferente em AoE 4: agora só podem ser
destruídas com engenhos de cerco e não com
ataques de arcos e espadas, apesar
de os soldados poderem construir arietes para
destruir portões ou abrir brechas maiores
em muralhas danificadas - contudo, isto requer
planeamento antecipado. P E D R O T R Ó I A
JOGABILIDADE LONGEVIDADE GRÁFICOS SOM
9
8 9 9 9
Editora: Relic Entertainment
Distribuidora: Microsoft Games
Plataforma: Windows
Site: ageofempires.com Preço: €59,99
Simplificação Obriga a pensar
A versão que está na loja Microsoft
e no serviço Xbox GamePass
PONTO FINAL
Tirando o percalço linguístico,
AoE 4 é divertido e que, acima de tudo,
faz pensar. Dezasseis anos depois
do lançamento do último jogo da série,
a Relic conseguiu trazer AoE para
a actualidade com gráficos de primeira
e muitos melhoramentos.
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 14 PLAY HARDWARE
A Playground Games pegou na fórmula de sucesso da série e aplicou-a ao México.
Se a PlayStation sempre teve, como
referência, a série Gran Turismo, a Xbox
tem Forza, com a vantagem de estar dividida
em duas variantes para agradar e todos.
Motorsport é a mais indicada para quem quer
uma simulação mais realista e Horizon
é perfeita para quem se quer, simplesmente,
divertir ao volante dos seus automóveis
de sonho. ‘Diversão’ é a palavra indicada para
classificarmos o novo Forza Horizon 5, um
jogo que oferece os melhores gráficos que
alguma vez vimos num jogo de automóveis,
com especial atenção aos detalhes, como
a reprodução de areia, poeiras, relva
e a própria chuva.
Os mais de quinhentos veículos estão
fielmente reproduzidos, sendo possível tirar
partido da tecnologia de Ray-Tracing
no ForzaVista (apenas para PC). Contudo,
onde notámos mais melhorias face ao título
antecessor, foi no comportamento mais
realista e no som mais fiel ao dos veículos
reais, embora o grafismo dos danos tenha
permanecido igual.
92
BIENVENIDO A MEXICO
Depois de termos desfrutado das paisagens
únicas do Reino Unido e da Escócia em Forza
Horizon 4, com este título voamos até
ao outro lado do Atlântico, em direcção
ao México. Com um mapa que é 1.5x maior que
o anterior, temos agora ao todo um total
de 107 quilómetros quadrados de território
e 578 estradas para descobrir, estando
presentes onze Biomas distintos. No jogo
encontramos representações fidedignas
de locais reais, como as praias da Riviera Maia,
as ruínas de Tulum e os desertos da Baja
Californiana. Ao volante, vamos ainda passar
por diversas selvas, pântanos, pela belíssima
cidade de Guanajuato, o arco do Cabo San
Lucas e Popocatepetl, um dos maiores
vulcões em actividade, próximo da Cidade
do México. Embora a representação não
esteja completa, Forza Horizon 5 é o melhor
catálogo digital das paisagens e da cultura
mexicana que conhecemos.
AO VOLANTE DOS SONHOS
Além dos cenários de sonho, o vasto catálogo
de veículos recriados completa a experiência,
com viaturas como os novos Ford Bronco,
Porsche Taycan Turbo S ou o exclusivo
Mercedes-AMG One. Forza Horizon 5 estreia
ainda as ‘Expedições’, um complemento
ao modo de campanha, que permite procurar
locais emblemáticos da cultura mexicana,
associados a diferentes categorias
de veículos. Igualmente relevante é a
alteração dinâmica do clima e o regresso
das estações do ano, que potenciam
o aparecimento de chuvas torrenciais
ou de tempestades de areia, que tanto
impacto têm não só na dinâmica de condução,
como no visual do terreno. G U S T A V O D I A S
JOGABILIDADE LONGEVIDADE GRÁFICOS SOM
9.5
9 9 10 10
Editora: Playground Games
Distribuidora: Xbox Game Studios
Plataforma: PC, Xbox One,
Xbox Series X/S, Xbox Cloud Gaming
Site: xbox.com
Preço: €59,99 (Steam) €69,99 (Xbox Store)
Cenários deslumbrantes
Experiência de jogo cativante
Gráficos e sons mais realistas
Grafismo de danos inalterado
PONTO FINAL
Forza Horizon 5 é o mais impressionante
e divertido jogo de corridas da série
Forza, além de ser um dos grandes jogos
do ano. Os deslumbrantes cenários,
o vasto catálogo de veículos e os
inúmeros desafios tornam
este jogo obrigatório a todos os adeptos
da condução virtual.
 14 PLAY HARDWARE
Lenovo Legion H500 Pro
DeepCool MC310
Ultralight Mouse
A DeepCool é conhecida pelos seus dissipadores, caixas e fontes de
alimentação. Este ano, além de um novo visual, a marca entrou em
novos mercados. O MC310 Ultralight Mouse é o seu primeiro rato
de gaming, com uma estrutura exterior perfurada em formato
hexagonal, apenas 75 gramas, iluminação RGB e um design
ambidestro (mas sem repetição dos botões para esquerdinos).
Não se sabe muito sobre o seu sensor, apenas que é óptico e chega
aos 12 800 dpi, um bom valor para equipamentos de gaming.
Este é um rato simples claramente virado para FPS, por ter apenas
dois botões na lateral, encostados ao fim do botão de clique
esquerdo. Tem quatro pés em PTFE de alta qualidade, para um
deslizar rápido e controlado na maioria das superfícies; o cabo USB
tem sleeving flexível e resistente.
A marca criou um software proprietário apenas para este rato, onde
podemos ajustar a resolução, o RGB, a sensibilidade e criar macros
- tudo pode ser gravado nos seus 32 KB de memória. As opções
RGB mais avançadas são muito interessantes e respondem de
forma rápida, mas, até ao momento em que fizemos o teste, funções
básicas como escolher a cor sólida que queremos não era
permitido, estando sobreposta a opinião de cor da marca: o verde.
Em termos de iluminação, um segundo ponto fraco é que o LED
vermelho do sensor óptico é muito visível através da estrutura
de hexágonos, tornando a questão de luz personalizável um pouco
contraproducente. Em termos de utilização em gaming, o MC310
é muito rápido, leve e os seus switches (Huano) são de qualidade
– os mesmos, por exemplo, do rato Ducky Feather. É exactamente
este tipo de modelos leves contra os quais o MC310 tem de lutar:
Ducky, Glorious PC, Razer e Cooler Master. Devido às limitações
que vemos no software, este rato acaba por ser recomendado
apenas se procurarem uma solução destas na faixa dos trinta euros.
Uma das vantagens é que o branding não é tão forte na parte RGB
como outras marcas. L U Í S A L V E S
EXPERIÊNCIA
FUNCIONALIDADES DE UTILIZAÇÃO PREÇO / QUALIDADE
8
8 7 9
Distribuidor: DeepCool Site: deepcool.com Preço: €29,99
s Muito leve s Bom sensor e switches t Software limitado
t Não é totalmente ambidestro
FICHA TÉCNICA
n Resolução: 12 800 dpi n Tipo de sensor: óptico n Iluminação RGB: Sim
n Botões programáveis: Sim (7) n Ligações: Cabo USB
n Dimensões: 126 x 68 x 38 mm n Peso: 75 gr
PONTO FINAL
A DeepCool entra no mercado com um periférico de qualidade, mas com
um software bastante pobre. Se não dependerem dele para jogar, será uma
boa aposta de baixo custo.
94
Lenovo Legion H500 Pro
Os Legion H500 Pro da Lenovo são, talvez, dos mais elegantes
auscultadores de gaming a serem lançados nos últimos anos: têm
uma predominante estrutura em alumínio e uma bandelete flutuante
que garante uma utilização confortável, mesmo após um prolongado
período de tempo, dado que são surpreendentemente leves.
A simplicidade foi levada ao extremo, mas isso não significa que não
existam detalhes bastante interessantes, como os cabos que ligam os
auscultadores entre si, ou o microfone (omnidirecional e com
cancelamento de ruído) que se esconde quase por inteiro no auscultador
esquerdo. É aqui que se encontra o cabo jack de ligação, que faz com que
os H500 Pro possam ser usados com qualquer tipo de dispositivo mas.
Se preferir, pode usar a ligação USB que inclui uma placa de som com dois
botões de acesso rápido: um deles para activar o modo surround 7.1
(virtual) e outro para escolher um dos três modos de equalização
pré-configurados (‘Gaming’, ‘Música’ e ‘Filmes’); há ainda botões adicionais
nas faces laterais para regular o volume e desligar o microfone.
Estas duas soluções permitem tornar os H500 Pro nuns auscultadores
universais que podem ser utilizados não só no PC, mas também nas
consolas da Sony, Microsoft e Nintendo com a ligação jack, embora desta
forma acabe por perder a possibilidade de regular o volume e desligar
o microfone, já que esses botões estão na placa de som USB.
A boa qualidade de som deve-se aos drivers de 50 mm, embora se note
uma ligeira tendência na acentuação das baixas frequências, algo que está
claramente orientado para os adeptos de gaming, que gostam de “sentir”
melhor a acção do jogo. É certo que poderá ajustar o som através dos
modos de equalização existentes, com o modo ‘Música’ a reforçar as
frequências médias, destacando assim as vozes, e o modo ‘Filmes’ a dar
prioridade às altas frequências. Mas, mesmo nas definições por defeito,
poderá utilizar estes auscultadores Legion para, ocasionalmente,
ouvir algumas músicas, ver uns filmes ou até mesmo usá-los
em videochamadas. G U S T A V O D I A S
EXPERIÊNCIA
FUNCIONALIDADES DE UTILIZAÇÃO PREÇO / QUALIDADE
8.5
8 9 8,5
Distribuidor: Lenovo Site: lenovo.com/pt Preço: €79,99
s Visual atraente s Ligação jack e USB s Preço
t Perda de controlos usando ligação jack
FICHA TÉCNICA
n Resposta de frequência: 20 Hz - 20 kHz n Impedância: 32 OHM
n Dimensão dos altifalantes: 50 mm n Ligação: jack de 3,5 mm
PONTO FINAL
Estes Legion são muito confortáveis de usar e perfeitamente capazes de reproduzir
um som de grande qualidade. Tenha atenção às constantes promoções, que podem
colocar estes auscultadores abaixo dos cinquenta euros.
14 PLAY MOBILE
Paulo Miranda
Edi to r do si te fo n ep lay.n et
paulo.miranda@foneplay.net

HUNDRED DAYS
8
Este é um jogo de simulação vinícola onde somos desafiados
EDITORA
PIXMAIN a administrar um negócio e a criar a nossa própria marca de vinho.
O jogo acompanha todas as etapas do processo, desde a videira até
PARA
ANDROID, iOS à garrafa, com o objectivo de fornecer aos jogadores uma vasta
PREÇO
quantidade de informações sobre a técnica de vinificação. Não é um
€5,99 jogo competitivo, no entanto, é preciso estar ciente das escolhas que
se fazem para obter o maior lucro possível. Com um pouco de
paciência e entusiasmo pela produção de vinho, Hundred Days pode
ser muito gratificante. É relaxante e, ao mesmo tempo, desafiante.

KATHY RAIN: DIRECTOR’S CUT

Kathy Rain foi originalmente lançado há cerca de cinco anos, tendo
9 conquistado muitos fãs graças à história envolvente e aos
quebra-cabeças desafiantes - agora, o jogo foi relançado com novos
EDITORA conteúdos. Passado nos anos noventa, Kathy Rain segue a obstinada
RAW FURY jornalista que regressa à sua cidade-natal após a morte do seu avô.
PARA É então que começam a surgir muitas questões em torno dos seus
ANDROID, iOS
últimos dias, levando Kathy à acção enquanto procura descobrir os
PREÇO segredos sombrios da cidade. Com tecnologia limitada, Kathy terá de usar
€4,99
a sua inteligência, bloco de notas e mota para desvendar este mistério.

BRAKE AWAY
7
Brake Away é um jogo de corridas onde o jogador controla
EDITORA
CODERACT
vários carros numa pista fechada. O objectivo é simples:
temos de travar os automóveis no momento certo para que
PARA
ANDROID, iOS não batam uns nos outros. Os controlos são simples e, com
o passar do tempo, novos carros são adicionados à pista,
PREÇO aumentando a dificuldade. O objectivo é chegar o mais longe
GRÁTIS possível e obter a pontuação mais alta. Com o progresso no
jogo, os jogadores ganham moedas que podem usar para
desbloquear novas pistas e automóveis.

GET TOGETHER: A COOP ADVENTURE

Neste envolvente jogo cooperativo de quebra-cabeças, o desafio
8 é reunir dois seres perdidos num ambiente fora deste mundo cheio de
mistérios não resolvidos e histórias esquecidas. Duas pessoas devem
EDITORA cooperar para superar todos os obstáculos que bloqueiam o caminho
STUDIO
para um encontro bem-sucedido. Com um conceito multiplataforma,
STERNECK
ambos podem usar qualquer dispositivo para explorar os seus
PARA
respectivos mundos. Apenas com o domínio da comunicação será
ANDROID, iOS
possível progredir, já que cada um dos dois jogadores tem apenas
PREÇO partes da solução.
€3,99
Conheça o nosso serviço em:
https://www.webhs.pt/alojamento-web/linux-nvme/

WebHS é uma marca registada da WebSP - Comércio e Prestação de Serviços informáticos, Lda.

A WebHS é registrar oficial, credênciada pela DNS PT e membro da AECPI - Associação de Comércio Eletrónico e Publicidade Interativa.
 15 SLEEP
MAFALDA FREIRE

DEZEMBRO/2021 1
REDACÇÃO
l Director: Pedro Tróia
3 DE DEZEMBRO DE 2001 ptroia@pcguia.fidemo.pt
l Chefe de Redacção: Gustavo Dias
O PRIMEIRO SEGWAY 2 gdias@pcguia.fidemo.pt
l Editor: Ricardo Durand
Dean Kamen revela o Segway no programa
rdurand@pcguia.fidemo.pt
de televisão Good Morning America. O veículo, l Redacção: Mafalda Freire

que ainda hoje é usado, tem motores na base l Cronistas: Alexandre Gamela,

para conseguir estar na posição vertical

e é o utilizador que, com o seu peso,
equilibra o equipamento para andar.
8 7
6 5
10 DE DEZEMBRO DE 1993
O LANÇAMENTO
3 André Gonçalves, Pedro Aniceto,
André Rosa, António Simplício
DEPARTAMENTO DE ARTE
l Director de Arte: Rui Lisboa
Paginação, ilustração e arte de capa
4 ((pinterest.pt/ruilisboa_art
instagram.com/ruilisboa.art
facebook.com/rui.lisboa)
DEPARTAMENTO DE PUBLICIDADE
l Directora comercial: Cristina Magalhães

9 DO POLÉMICO DOOM
cmagalhaes@pcguia.fidemo.pt
l Estatuto editorial disponível em:
A iD Software apresentava o jogo que ainda pcguia.pt/estatuto-editorial/
hoje é considerado um dos títulos mais influentes
dos first person shooters e que popularizou ASSINATURAS
10 o género. A violência associada a Doom
l Novas assinaturas e apoio ao assinante

loja.pcguia.pt / apoio.cliente@fidemo.pt
tornou o jogo controverso, o que apenas
serviu para aumentar o seu sucesso. DISTRIBUIÇÃO
l VASP, Soc. de Transportes e distribuição Lda.

MLP, Media Logistics Park, Quinta do Grajal,

11 12 13 14 15 Venda Seca, 2739-511 Agualva-Cacém.
Telef: 214 337 000

PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO
15 DE DEZEMBRO DE 1994 l Lidergraf | Sustainable printing
NASCE O NETSCAPE 16
Lidergraf | Delegação Sul
Edifício Diogo Cão,
A Netscape Communications Doca de Alcântara Norte,
Corporation anuncia o primeiro 1350-352 Lisboa, Portugal
browser comercial do mundo, l Tiragem média: 22 000 exemplares
o Netscape Navigator 1.0.
Esta primeira versão era
17 l Periodicidade: Mensal
l PVP(Cont.): €3,9O

gratuita para uso pessoal.

22 21 20 19 18 l Proprietário / Editora:
Fidemo, Soc. de Media Lda.

20 DE DEZEMBRO DE 1996 l Director-Geral: Vasco Taveira

vascotaveira@pcguia.fidemo.pt
23 APPLE ANUNCIA A COMPRA DA NEXT
l Administração/Gerência:
A marca da maçã comunicou que ia proceder Vasco Taveira, Pedro Tróia
à aquisição da empresa de Steve Jobs, a NeXT.
l Sede, Redacção, Publicidade e Administração:
Com esta operação, a Apple garantia
Azinhaga da Torre do Fato 7 B - Escritório 1
24 o regresso de um dos seus co-fundadores, 1600 - 774 Lisboa / Telef: +351 214 193 988
que revolucionou a empresa e a tornou uma
l Detentores de 5% ou mais do Capital social:
das maiores do mundo.
Vasco Taveira e Pedro Tróia

Capital Social: 15 000€

25 26 27 28 29
l

l Cont: 509 808 859

l Depósito legal: 97116/16

l Registo na E.R.C.: nº 119 452

30 DE DEZEMBRO DE 2004 l Marca registada no INPI: 479 435

FACEBOOK ATINGE 30
UM MILHÃO DE UTILIZADORES
É neste dia que o utilizador um milhão se regista na rede
social criada por Mark Zuckerberg. O Facebook iniciou,
depois, um trajecto de grande crescimento; em 2020, 31
a plataforma tinha aumentado mais de cem vezes
o número de utilizadores, para 1,69 mil milhões.

98
 Mais leve que o ar.

Menos de 1 kg2 Formato convertível

Sustentável4
Até 24h de autonomia3 com ecrã tátil

Atualização gratuita para o Windows 111 quando disponível (consulte as informações abaixo apresentadas).

Assuma a liderança com dispositivos Windows 10 Pro. | Saiba mais em hp.com/pt/elitedragonfly

1. O dispositivo é fornecido com o Windows 10 e uma atualização para o Windows 11 gratuita ou pode ser pré-carregado com o Windows 11. A atualização para o Windows 11 será disponibilizada aos dispositivos qualificados no
final de 2021, início de 2022. A data varia consoante o dispositivo. Determinadas funcionalidades requerem hardware específico (consulte aka.ms/windows11-spec).” Microsoft e Windows são marcas comerciais ou marcas regista-
dadas pela Microsoft Corporation nos Estados Unidos e/ou em outros países.
2. O peso varia em função da configuração. O painel UHD ou HP Sure View Reflect, as unidades base de memória de 32 GB, a ligação WWAN,a bateria de 4 células e a unidade SSD de 512 GB (ou superior) não estão disponíveis nas
configurações com menos de 1 kg.
3. Até 24 horas e 30 minutos com o HP Elite Dragonfly configurado com processador Intel® Core™ i5, 8 GB de RAM, sem WWAN, SSD de 128 GB, ecrã FHD de baixo consumo e Intel® Wi-Fi 6 ZX200 + BT5 (802.11 ax 2x2, não-vPro™).
A duração da vida da bateria Windows 10 MM14 varia em função de diversos fatores, nomeadamente o modelo do produto, a configuração, as aplicações executadas, as funcionalidades, a utilização, as funcionalidades sem fios e
os parâmetros de gestão da energia. A capacidade máxima da bateria diminuirá naturalmente com o tempo e a utilização. Consultar www.bapco.com para mais informação.
4. O primeiro computador portátil do mundo fabricado a partir de plástico reciclados em risco de acabar no oceano. Fazem parte da caixa do altifalante 5% de plásticos reciclados em risco de acabar no oceano, desde Agosto de
2019.
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