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AS QUALIDADES
PRIMITIVAS
NA ASTROLOGIA
A Formação dos Elementos, dos Signos
e dos Planetas
AS QUALIDADES
PRIMITIVAS
NA ASTROLOGIA
A Formação dos Elementos, dos Signos
e dos Planetas
GREGORIO JOSÉ PEREIRA DE QUEIROZ
AS QUALIDADES
PRIMITIVAS
NA ASTROLOGIA
A Formação dos Elementos, dos Signos
e dos Planetas
COLEÇÃO
TÉCNICAS DE INTERPRETAÇÃO ASTROLÓGICA
EDITORA PENSAMENTO
São Paulo
Copyright © 1989 Gregório José Pereira de Queiroz
Edição Ano
1-2-3-4-5-6-7-8-9-10 92-93-94-95-96.97
Direitos reservados
EDITORA PENSAMENTO LTDA.
Rua Dr. Mário Vicente, 374 — 04270 — São Paulo, SP — Fone: 272-1399
INTRODUÇÃO 7
7
cadas a qualquer nível da natureza de maneira direta. Num
período mais antigo, as QPs eram a base da Astrologia e cons-
tituíam uma ponte de união com a Alquimia.
Os elementos, signos e planetas, quando descritos pe-
la linguagem das QPs, assemelham-se muito a engenhos me-
cânicos dotados de um determinado tipo de funcionamen-
to, e que à medida que algo os aciona, reagem sempre da manei-
ra prevista, como se fossem uma máquina. Esta idéia inco-
moda à mente moderna, centrada no ser humano e no seu
interior psicológico, mas é bem conhecida em várias linhas
filosóficas tradicionais, tanto no Ocidente como no Orien-
te. Enquanto a mente moderna considera o interior psico-
lógico livre para existir e perceber o mundo, o pensamento
ocultista tradicional localiza a liberdade humana num nível
que transcende o psicológico, atribuindo ao psiquismo a ta-
refa de relacionar-se com a existência, de acordo com um
tipo predeterminado de percepção. Em resumo, o psiquis-
mo é visto como um elemento mais reativo e mecânico do
que criativo.
O eixo central desse mecanismo de reações é descrito
pelas QPs no que se refere aos elementos, aos signos e aos pla-
netas. Pode parecer desumana ou destituída de sentimen-
tos, mas a visão de mecanicidade, através das QPs, aproxima
o ser humano de toda a Natureza mais do que o fariam dis-
cursos poéticos. Processos simples (doze modelos básicos
equivalentes aos signos) estão presentes na vida vegetal, no
clima, na formação dos minerais e da crosta terrestre, na for-
ça da gravidade, na vida animal, na disposição dos corpos
celestes e também no ser humano.
As QPs descrevem, acima de tudo, tipos de movimen-
to, resultantes de uma situação de adaptação entre várias
forças. Os tipos de movimentos podem ser chamados tam-
bém de leis ou forças da natureza, que atuam em tudo o que
existe.
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Ainda que seja vago chamar de "tipos de movimento"
aos signos e às leis naturais, o leitor poderá compreender mais
claramente esta denominação na parte que descreve os signos.
A impressão final dessa descrição é a de que cada signo cor-
responde a um determinado tipo de movimento, com cer-
tas características próprias resultantes da interação das QPs.
Esses tipos de movimentos existem nos diversos planos
da natureza (mineral, vegetal, animal e hominal). Num pla-
no, no vegetal por exemplo, algo pode assimilar o mesmo
tipo de movimento intrínseco presente em outro plano, di-
gamos, no mineral. Esta interação entre os mesmos conteú-
dos (as mesmas classes de movimentos) presentes em dife-
rentes níveis da natureza é a base para todo tipo de corre-
lação existente entre os signos, os planetas, as cores, as pe-
dras preciosas, as plantas, os animais, etc., e é a base para
os processos de cura, de estímulo e de sedação de determi-
nadas características do temperamento e do organismo hu-
mano, através da utilização de componentes dos outros rei-
nos da natureza que não o humano (os mais conhecidos são
os metais, as pedras preciosas, as plantas e os perfumes).
Nos homens, os diversos tipos de movimento não ocor-
rem, na maioria das vezes, de forma evidente. Por exemplo,
alguém que pertença ao signo de Aquário, cujo movimen-
to típico pode ser resumido como sendo uma "expansão con-
tínua sem tensões internas que a refreiem", não é visto por
aí dissolvendo-se no ar em várias direções, pelo menos não
de modo visível, nem tem em sua vida um progresso isento
de aborrecimentos, inclusive porque há outros fatores em
jogo na sua existência, além do temperamento aquariano.
As diferentes modalidades de movimento comandam,
nos seres, "algo" que não tem uma denominação bem de-
finida no Ocidente; não se trata de aparência, nem de ní-
vel atômico ou de nível celular propriamente; esse algo po-
de ser chamado de nível de vitalidade. Algumas linhas filo-
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sóficas do Oriente chamam-no de prana, no qual se manifes-
tam os vários tipos de movimento.
É através dessa vitalidade (prana), comum a todos os
reinos da natureza, e através da semelhança e da complemen-
taridade que os "tipos de movimento" presentes, por exem-
plo, nas plantas podem beneficiar o homem, assim como os
"tipos de movimento" presentes no psiquismo humano po-
dem beneficiar os minerais, os animais, etc.
Como será melhor explicado em capítulo posterior, ca-
da elemento, signo ou planeta é formado pela combinação
de duas QPs (às vezes três, no caso dos signos). Conforme
se acrescente uma ou outra QP a um signo, por exemplo,
ele se transformará em outro signo, abrindo caminho para
a transmutação de fatores astrológicos que costumam ser
considerados fixos e totalmente estáveis. E, ainda mais, as
QPs não são fatores isolados. No limite de uma qualidade
ela se transforma em outra, e numa terceira, e numa quar-
ta qualidade, para retornar à primeira (ver os aforismos 36
a 43 para uma explicação desse processo). É possível assim,
através de certas manipulações, transformar um tipo de mo-
vimento do prana em outro tipo, permitindo uma transmu-
tação ainda mais ampla entre as qualidades dos elementos,
dos signos e dos planetas. Um elemento que contenha de-
terminadas QPs poderá ser transmutado em outro que pos-
sua QPs diametralmente opostas. Este é um dos fundamen-
tos da Alquimia, a irmã mais ousada da Astrologia.
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Estas idéias revelam ainda que há duas maneiras prin-
cipais de lidar com o psiquismo humano. Uma delas utiliza
as reações mecânicas do psiquismo, estimulando umas e se-
dando outras, para conseguir determinado resultado, sem
que se altere o tipo de reação ou o tipo de movimento pâ-
nico característico dessa pessoa. A segunda maneira de li-
dar com o psiquismo humano envolve a transmutação do
tipo de reação. Os elementos, signos e planetas são fixos na
sua maneira de ser, mas a base em que se assentam, as QPs,
trazem um potencial transmutativo, conforme será expli-
cado nos aforismos de número 36 a 43.
Esta é uma visão mais alquímica dos fatores astroló-
gicos e está fora dos limites do ajustamento do temperamen-
to do indivíduo. Trata-se de fazer com que um determina-
do temperamento produza outro tipo de produto, ou te-
nha outro tipo de reação, ou se transforme num outro ti-
po de movimento ou, ainda, passe a ter um novo fluxo vi-
tal ou prânico. Isso está mais perto da visão correta sobre
o livre-arbítrio no pensamento astrológico do que a discus-
são sobre o "quanto" os planetas "influem" na existência
humana.
As duas maneiras de lidar com o psiquismo humano par-
tem da mesma base: o conhecimento astrológico do mapa
natal do indivíduo.
A primeira maneira tenta ajustar os ingredientes do ma-
pa da melhor maneira possível, de acordo com certas conve-
niências.
A segunda maneira quer modificar os ingredientes bá-
sicos do mapa: quer que um Marte não seja mais aquele Mar-
te e um signo de Virgem não seja mais aquele signo de Vir-
gem, e sim que sejam outros. Na prática, é tão difícil ima-
ginar o que isto significa como é difícil (mas tentador) imagi-
nar o modo de transformar vários quilos de chumbo em ou-
tros tantos de ouro.
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A visão mecânica e matemática dos elementos, dos sig-
nos e dos planetas produzida pelas QPs facilita uma defini-
ção racional da sua natureza essencial. A definição, através
das QPs, constitui uma fonte de confirmação da validade ou
não de diversas características secundárias, derivadas dos sig-
nos e dos planetas, pois cada característica derivada deve
possuir o mesmo tipo de movimento que sua característica
mais essencial.
O texto explicativo do desenvolvimento das QPs mon-
tado através de aforismos facilita o pensamento lógico e se-
qüencial necessário ao estudo das QPs, apesar de isso exigir
um pouco de fôlego e concentração por parte dos leitores.
A seqüência lógica da dedução das QPs pode parecer
um caminho percorrido em ponte estreita, no qual um pas-
so mais à direita ou à esquerda colocaria a perder todos os
conceitos. Realmente, alguns pontos da seqüência lógica das
QPs seriam difíceis de ser comentados ou de receber uma
explicação mais ampla. Mas em outros pontos surgem idéias
sugestivas para o pensador, no campo da Astrologia (esteja
ele voltado para a filosofia ou para a prática), que poderiam
ser desenvolvidas. Num caso e no outro mantive-me na se-
qüência dedutiva, passando ao largo da possibilidade de ex-
pandir certos conceitos, sem dúvida bem interessantes, e pas-
sando por alguns trechos estreitos, em que a lógica aplica-
da é bastante tênue, sem fazer caso da necessidade de anga-
riar provas ou conceitos acessórios, que reforcem o cami-
nho lógico.
O estudo das QPs forma a mente num pensar astroló-
gico.
Este modo de pensar, próprio da Astrologia, não é nem
a lógica científiá, nem é feito de analogias poéticas ou de
metáforas. Não se pode reduzir as QPs a um mero meca-
nismo (apesar de esse fator ser forte), nem se pode abordar
os elementos, signos e planetas como conceitos psicológicos
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ou nascidos de uma sensibilidade emocional. O pensamen-
to astrológico faz uso de segmentos lógicos, de valores ana-
lógicos (ou sensíveis) e de conceitos psicológicos, mas não
se situa em nenhum desses pontos apenas. O pensamento
astrológico tem uma visão mais universal do que aquela que
cabe nos diversos tipos de lógica acima citados.
No contato com a Astrologia, o mais importante é for-
mar uma mente astrológica. Decorar preceitos, obter informa-
ções, ter habilidade técnica ou tornar-se um agudo observa-
dor dos seres humanos, tudo isso tem importância acessória.
Ao desenvolver a mente astrológica, a pessoa torna-se
um astrólogo. A partir da formação da mente astrológica,
o indivíduo modifica sua percepção da existência. A men-
te treinada astrologicamente não só tem uma percepção me-
lhor, mas tem sua percepção de vida transformada.
Com o desenvolvimento dessa mente astrológica, sur-
ge na interpretação de mapas natais a intuição astrológica,
que é um tipo de intuição treinada. O estudo de matérias
como as QPs, a Teoria das Determinações com a Determi-
nação Local e o Estado Cósmico* são elementos indispen-
sáveis para o treinamento mental de um astrólogo, muito
mais do que o estudo de simples regras para resolver ques-
tões relativas à interpretação. Estes temas de estudo, entre
outros, formam a mente astrológica.
Pode-se ser um bom jogador de tênis de mesa com ba-
se no reflexo e na agilidade natural do corpo, assim como
se pode ser um bom astrólogo com base na sensibilidade e
na argúcia espontânea da mente. Mas, treinado, os reflexos
do corpo do tenista de mesa são aprimorados e modifica-
dos, assim como a mente treinada do astrólogo se modifi-
ca para tornar-se capaz de entender o mundo segundo a óti-
ca da Astrologia.
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Sem este treinamento, a pessoa estará fadada a utili-
zar-se das informações astrológicas com parcialidade, para
dar vazão à própria percepção pessoal de vida. Para tornar-se
um astrólogo, porém, é necessário possuir uma percepção
astrológica de si e do mundo.
A transformação da mente comum (ou lógica) em uma
mente astrológica consiste numa universalização da percepção.
O astrólogo deixa de ver as coisas segundo a própria per-
cepção em nome da compreensão de que existem outras ma-
neiras de viver e de sentir que não são aquelas naturais do
seu próprio temperamento, sendo capaz de entender nas pes-
soas estas outras maneiras de viver e de sentir, ao momento
em que se relaciona com elas; consiste ainda na percepção
de que todos os fatores psicológicos em jogo são mutáveis
e não absolutos, na compreensão da existência de valores
absolutos e superiores, além dos diversos coloridos de per-
cepções e temperamentos individuais.
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Parte I
AS QUALIDADES PRIMITIVAS
QUENTE, FRIO, ÚMIDO E SECO
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não cederá terreno e ainda se tornará mais ela mesma.
Essa é a qualidade primitiva Seco (tensão, coesão inter-
na, rigidez).
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didade, reserva, frieza; predisposição ao desalento, à
tristeza e ao pessimismo; desenvolvimento da individua-
lidade à custa do próximo, absorvendo-o em si; o cére-
bro domina o coração.
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FORMAÇÃO DOS QUATRO ELEMENTOS
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16. Resulta daí que Quente é inteiramente ativo. Frio é
ativo, com um aporte passivo. Seco é passivo com um
aporte ativo. E Úmido é inteiramente passivo. Escrito
através de uma fórmula:
Quente + +
Frio +—
Seco — +
Úmido — —
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20. As quatro combinações possíveis correspondem aos qua-
tro elementos:
Quente e Seco: Fogo
Quente e Úmido: Ar
Frio e Seco: Terra
Frio e Úmido: Água
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Água caracteriza-se por uma contração fluida, comple-
tamente plástica ao ambiente, absorvendo-o e fundin-
do-se a ele, sem forma própria.
Frio + — Úmido — — Água — — — +
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sensível e concreta. Não há grande contradição, mas
não há também grandes vôos da imaginação.
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representa a gestação da vida. Estes são os dois elemen-
tos em que não há um equilíbrio entre partes masculi-
nas e femininas (Fogo + + + — e Água — — — +), atuan-
do sempre de modo a criar vida.
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FORMAÇÃO DOS DOZE SIGNOS
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37. A qualidade primitiva Quente é expansiva. Ao final de
sua expansão, quando sua força centrífuga começa a
diminuir, Quente passa a ser mais plástico, seu movi-
mento está à mercê das condições exteriores, dando
origem ao momento de transição denominado Úmido.
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43. Como Úmido e Seco não são verdadeiramente pólos,
mas momentos de transição, não é possível aplicar a
eles o mesmo procedimento.
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SIGNOS DO FOGO
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tudo. A vontade é forte e pouco incisiva. E difícil mo-
dificar esse movimento, pois a rigidez de Seco mantém
a coesão dentro do seu âmbito de domínio, que pro-
gressivamente tende sempre a se expandir. Este signo
denomina-se Lao e tem por símbolo o leão, animal de
grande força, embora ele a use com alguma parcimônia.
32
SIGNOS DO AR
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forte reação criativa, gerando um estado de constante
excitação e uma tendência a participar dos relaciona-
mentos comandando-os, devido à força (Quente) de
suas percepções (Úmido). Não há tensão para conter
essa expansão, atingindo portanto essa combinação,
sempre, o limiar de suas possibilidades. Há uma busca
de liberdade, de novos conceitos e de tudo o que su-
gira ampliação de limites. Seus conceitos tornam-se su-
premos a tudo o mais por terem uma aparência mais
criativa e verdadeira (mais Quente) do que aquilo que
é percebido da realidade (que Umido). Este signo deno-
mina-se Aquário, o aguadeiro, que expande suas per-
cepções sobre o mundo. Signo do homem, talvez pela
analogia com a expressão máxima da vida, caracteri-
zada pela combinação do Quente predominando so-
bre o Úmido.
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gura feminina da justiça sempre aparece em segundo
plano no símbolo, evidenciando que é mais importan-
te o equilíbrio — a balança — do que o fator que causa
o equilíbrio.
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SIGNOS DE AGUA
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absoluta, pois o Úmido não oferece resistência. O pro-
cesso de acumulação e condensação de percepções che-
ga a um ponto limite — o "Frio absoluto" — quando
então as percepções ou emoções deixam de existir, isto
é, desaparecem do espectro visível, morrem. Há uma
transformação pela pressão levada à máxima potência.
A concentração cria uma rigidez e um poder que se as-
semelha à vontade. Toda e qualquer percepção se cris-
taliza num desejo, numa relação na qual se está atado
ao ambiente, mas sobre o qual se busca um domínio
e uma transformação. Este signo denomina-se Escor-
pião. Seu símbolo é o próprio escorpião, animal cuja
fulminante atuação ocorre ao menor contato.
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por constituir-se, em parte, de Frio e Seco). A facili-
dade para reter as impressões e para amoldar-se às si-
tuações é contrabalançada pela capacidade de moldar
as situações. Não há um aprofundamento das emoções
(como em Escorpião), devido à tensão do Seco, mas
sim uma resposta ao ambiente acerca daquilo que foi
sentido interiormente. Isso gera uma atuação motiva-
da por fantasias e caprichos. A índole é protetora, de-
vido à sensibilidade ao ambiente e à capacidade de agir
por ele (não de agir sobre ele, pois o Úmido prevale-
ce sobre o Seco). Este signo denomina-se Câncer. Sua
principal característica é a de se impressionar com o
que ocorre à sua volta e agir de acordo com as necessi-
dades do ambiente, sendo seu símbolo o caranguejo,
mais senhor de seus passos que os peixes do mar, mas
ainda restrito à situação ideal para sua sobrevivência,
a beira-mar.
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SIGNOS DE TERRA
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do à sua volta são imitadas, pois o processo de interio-
rização (Frio) encontra uma resistência (Seco), crian-
do como que uma tela onde o mundo sensível é repro-
jetado. Há inércia e obstinação a qualquer tipo de mu-
dança, pois aquilo que existiu um dia, que marcou (Se-
co) o seu interior (Frio), e qualquer outro fato que não
se encaixe na concepção formada, criará um atrito. Es-
te signo denomina-se Touro e sua lida com o mundo
sensível e material tem o fito de preservação e de es-
truturação das formas concretas, de modo a criar uma
estética. Seu símbolo é o touro, o mais famoso dos ru-
minantes, conhecido por sua grande massa física e, não
obstante, por sua grande mansidão.
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Tem por símbolo a figura de uma virgem, indicando
a importância dos meios de contato entre ela e o mundo.
43
OS SÍMBOLOS
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mitiva, quase vegetativa, no sentido de que têm pouca
capacidade de ação e de dependerem muito do meio
ambiente imediato.
65. Os signos de Terra (Frio e Seco) não têm nada dos fato-
res de vida. Terra é a forma final, a cristalização da vi-
da, e tem por símbolo seus signos, representantes de
cada uma das etapas da vida. No entanto, esses repre-
sentantes, que já não evoluem, não possuem vida em
si para ser multiplicada. São formas acabadas. Tem-se
isso na virgindade da figura feminina de Virgem, no hi-
bridismo da cabra com rabo de peixe de Capricórnio
e na forma perfeita, que já não precisa evoluir, de um
bovino no signo de Touro.
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FORMAÇÃO DOS SETE PLANETAS DA ANTIGUIDADE
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68. Tradicionalmente, a Astrologia indica as seguintes pro-
porções das qualidades primitivas para os planetas:
Planeta Quente Frio Úmido Seco
Sol 5,5 2
Lua 5 6 —
Saturno 3,5 — 3
Júpiter 1,5 — 1
Marte 2,5 — — 3
Vênus 0,5 4
Mercúrio 1,5 — 1
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Mercúrio (1). Todos esses planetas são masculinos e
neles concentra-se o poder de tensão e coesão.
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ficado semelhante: representam aquilo que se mostra
na sua forma mais condensada, isto é, a realidade con-
creta e objetiva.
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84. A Lua concentra mais da metade de Úmido (6 num to-
tal de 10) e metade de Frio (5 em um total de 10), re-
presentando o pólo mais passivo entre os planetas, mais
ligado à forma. Um verdadeiro receptor.
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OS DEZ PLANETAS
1-
O)OOO)+
)
53
91. Marte (3 Seco e 2,5 Quente) reage fortemente ao que
lhe toca, mostrando paixão e sentido de luta. Sua coesão
surge mais da rigidez do que da movimentação. Há lu-
ta no seu interior: a expansão do Quente tenta romper
a tensão do Seco. Há luta, explosão e impulso na sua
afirmação, cada vez que a força do Quente supera a do
Seco (com o apoio de uma força suplementar exterior).
Enquanto. o Seco mantém-se rígido, está sob a pressão
do Quente: há tensão interior, uma arma pronta para
o disparo.
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tremo egocentrismo, rigidez e limitação. E, o foco de
máxima realização concreta, pela absorção e cristali-
zação. Uma máquina de concretizar o que existe.
55
afinidade com o "calor úmido" da fonte da vida. Não
é apenas afeto. Netuno extravaza os limites da reali-
dade pessoal inebriando.
56
PLANETAS E SIGNOS
57
as fases necessárias para que uma manifestação exista
e se desenvolva.
58
Parte II
61
de um estímulo (como numa brincadeira de cabo-de-guer-
ra que está em equilíbrio entre as duas equipes nas pontas da
corda, bastando uma pequena ajuda de um lado ou de ou-
tro para que haja uma predominância e resulte numa dire-
ção de movimento).
Marte em Virgem será uma mescla de planeta e signo
que não se caracteriza por nenhum tipo de ação definida,
mas sim por um estado de tensão, de veemência, de vigor
e de rigidez próprios da qualidade Seco, que é a predomi-
nante.
Marte em Virgem caracteriza-se, então, por um forte
estado de tensão e de coesão interior que a qualquer estí-
mulo reagirá de maneira veemente, cortante e rigorosa, quer
este venha do interior da pessoa ou do seu meio ambiente.
A capacidade de dissecar qualquer situação, sentimento ou
idéia que esteja ao seu alcance, sem, no entanto, ter uma mo-
tivação definida para fazê-lo é uma das características des-
sa posição de Marte. A ausência de rumo para as ações, mes-
mo quando apaixonadas, bem estruturadas e marcadas, é
outra característica desta posição.
Não é minha intenção sugerir, e menos ainda afirmar,
que a análise dos planetas nos signos através das QPs seja su-
ficiente para se entender toda a gama de significados resul-
tantes destas combinações, pois elas são muito ricas. A aná-
lise pelas QPs fornece apenas a estrutura central de como
ocorre a mescla entre planeta e signo.
Quando, porém, conhecemos a mescla de QPs, é mui-
to mais fácil nos orientarmos, no quadro das diversas inter-
pretações possíveis, selecionando as mais acertadas, corri-
gindo desvios, deduzindo características novas e compreen-
dendo como surgiram as explicações constantes nos manuais
de Astrologia. Utilizar apenas as explicações dos manuais
pode tornar o astrólogo um tanto superficial, pois ele pas-
sa a utilizar idéias sem entendê-las ou experimentá-las. Por
62
outro lado, valer-se apenas as QPs, leva a uma interpretação
rude, concentrada e conceitual.
Fica aqui a minha sugestão para se estudar as QPs co-
mo embasamento e como compreensão do "funcionamen-
to interno" dos planetas nos signos, para que os astrólogos
possam se orientar e ampliar os conceitos com que já lidam,
gerados pela sua experiência e pela leitura dos manuais.
Continuando com o exemplo de Marte em Virgem ana-
lisado acima, comparemo-lo com a descrição dessa posição
planetária constante num manual que considero exemplar,
o Curso Bdsico de Astrologia - Vol. I - Princípios fundamen-
tais,* das professoras March e McEvers.
Na descrição da posição de Marte em Virgem, lemos
nesse manual que a palavra-chave é disciplinado. Comparan-
do essa definição com a explicação dada pelas QPs, enten-
de-se o porquê de disciplinado: a tensão e a coesão interior
não têm grande força e rigor; recebido um estímulo externo,
haverá uma tendência para reagir à risca, isto é, para não criar
nada por si, mas para manter a forma daquilo que veio do
ambiente exterior através da sua tensão interior; e isso gera
a qualidade da disciplina. A disciplina de Marte em Virgem
não significa necessariamente uma obediência submissa, mas
representa uma garantia de que essa mescla se aterá àquilo
que lhe for proposto, seja a favor (agindo metodicamente
em nome da proposta), ou contra (criticando ou desconfian-
do, mas nunca desconsiderando o estímulo).
Sobre Marte em Virgem, o manual continua dizendo
que "você é frio, científico e lógico" — qualidades ineren-
tes ao Seco e à sua capacidade de rigor e agudeza. "Adora
trabalhar e fica entusiasmado quando acha que pode ajudar
em uma boa causa" — qualidades ligadas à veemência de Seco e à
coesão interior sem vontade própria, à disposição das esti-
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mulações ambientais, podendo-se acrescentar que a "boa
causa" de Marte em Virgem será voltada para interesses prá-
ticos e pessoais, sem conotações humanitárias. "Como é me-
ticuloso e cuidadoso, gosta da rotina e consegue efetuar bem
as tarefas mais monótonas", sendo também a tensão de Se-
co responsável pelas capacidades de cuidado e meticulosi-
dade (Seco define tudo de modo estrito, sublinhado e com
limites definidos) e sendo a falta de vontade própria ou de
criatividade (qualidades de Quente e de Frio, que neste ca-
so se equiparam), responsável pela capacidade de obedecer
a uma rotina. "Sexualmente, é romântico embora não ne-
cessariamente platônico" — refere-se à necessidade de con-
tato com alguém para que venha à tona a força apaixona-
da que existe em seu interior; é da relação com o ambiente,
na troca de gestos que nasce o exagero de sentimentos tí-
pico do romantismo. E o texto segue com outras idéias que
poderiam ser igualmente enriquecidas pela comparação com
as QPs.
O que me parece ser o melhor da comparação e da
análise entre as QPs e as descrições de planetas nos signos
é que assim se pode entender melhor o "tom" que está
por trás de cada uma das palavras e das idéias. Elas não fi-
cam soltas, nem há necessidade de se "acreditar" nelas,
pois temos uma espécie de padrão ou guia dado pelas QPs
para medir até onde se estende cada significado dos plane-
tas nos signos.
Posso estar sendo repetitivo ao afirmar o quanto é im-
portante utilizar as QPs como base para o entendimento dos
elementos, dos signos e dos planetas, mas não conheço ou-
tra teoria astrológica que permita tanta precisão e indepen-
dência para as pessoas que se interessam em pensar sobre
esses temas. Reconheço que a maneira de ser matemática
e árida das QPs torna-as pouco digeríveis, exigindo concen-
tração acima da média, e reconheço também que alguns tem-
64
peramentos poderão preferir uma abordagem mais metafó-
rica e generosa de conceitos; alguém que tenha em seu ma-
pa natal Mercúrio em Aries terá uma natural predisposição
para este estudo, mais do que alguém com Mercúrio em Aquá-
rio ou em Câncer, por exemplo.
65
ANÁLISE DAS COMBINAÇÕES PLANETA/SIGNO
67
As seguintes posições planetárias resultam no predomínio
da qualidade Quente: o/ a,o/=,o/ 1,0/x, o/
/r , 2-í / u , 24 / 3 2 /1',9
SL ,è /^ e È / .
Sol e Júpiter, compostos pelo Quente predominando
sobre o Seco, já trazem em si uma preponderância do Quente.
Quando posicionados nos signos em que o Quente predomina
( a , =, 1 e X ) essa qualidade será reforçada e aparecerá
como a motivação essencial dessas combinações. Quando ocu-
pam o signo de , onde o Úmido predomina sobre o Quente,
haverá uma equiparação entre as qualidades opostas Seco e
Úmido, realçando-se o Quente.
Usando um caso de cada planeta como exemplo:
—o Sol (mais Quente que Seco) em Leão (mais Quente
que Seco) resultará em duas partes maiores de Quente e em
duas menores de Seco;
— e Júpiter (mais Quente que Seco) em Aquário (mais
Quente que Úmido) resultará em duas partes maiores de Quen-
te, uma parte de Seco e uma de Úmido.
Nos casos de Vênus e de Marte, esses planetas têm pre-
domínio de Úmido e de Seco, respectivamente, sobre a qua-
lidade Quente. Mas quando combinados com signos forma-
dos pela qualidade Quente e uma qualidade oposta àquela
que predomina nos planetas, o Quente será salientado, en-
quanto o Úmido e o Seco serão contrabalançados. É o caso
das seguintes posições:
— Vênus (mais Úmido que Quente) em Leão (mais Quen-
te que Seco) resulta em duas partes de Quente, uma de Úmi-
do e uma de Seco;
— Vênus (mais Úmido que Quente) em Aries (mais Se-
co que Quente) resulta em duas partes de Quente, uma de
Úmido e uma de Seco;
— Marte (mais Seco que Quente) em Aquário (mais Quen-
te que Úmido) resulta em duas partes de Quente, uma de
Seco e uma de Úmido;
68
— e Marte (mais Seco que Quente) em Libra (mais Úmido
que Quente) resulta em duas partes de Quente, uma de Seco
e uma de Úmido.
Deve ficar claro que nem todas as combinações on-
de resulta o predomínio de Quente são idênticas, apesar
dessa característica em comum. Comparemos, para exem-
plo, u /a Em lt / St ambos, planeta e signo,
são formados por um predomínio de Quente sobre Seco.
Há uma perfeita sintonia, permitindo que o planeta atue
através do signo com um mínimo de distorção em relação
à sua natureza essencial. A qualidade resultante, Quente,
atuará sem conflitos, apenas com a somatória de Seco, que
lhe dá direção, firmeza e coesão. No caso de a / s , es-
tes são formados por qualidades opostas, além da concor-
dância em Quente: Marte é mais Seco que Quente e Libra
é mais Úmido que Quente. Haverá uma perfeita transmis-
são da natureza essencial do planeta para o signo no que
diz respeito a Quente, mas o contato entre Seco de Marte
e Úmido de Libra traz um conflito entre o desejo de diri-
gir e a necessidade de ponderar. O movimento ativo de
Quente ficará oscilante, com ímpetos e perda de força, pela
presença dessas qualidades opostas.
A partir desses dois exemplos extremos, um de total
sintonia e outro de oposição, espero que o leitor possa vi-
sualizar o que ocorre nas demais combinações em que há
predomínio de Quente.
69
As seguintes posições planetárias resultam no predo-
mínio da qualidade Frio: -5 / u , 3 / , 3 / nt , 3 / ,
5/ , / , / nt,
D / nR e D / b .
Saturno e Mercúrio são compostos por Frio predomi-
nando sobre Seco, isto é, já trazem em si uma predominân-
cia de Frio. Quando ocupam um signo em que também pre-
domina Frio ( ts , b , nt e 5 ) essa qualidade será reforçada
e aparecerá como motivação essencial dessas combinações.
Quando ocupam o signo de X , onde Úmido predomina sobre
Frio, haverá uma equiparação entre as qualidades opostas
Úmido e Seco, prevalecendo o Frio.
No caso de Saturno (mais Frio que Seco) em Touro
(mais Frio que Seco) o resultado será duas partes maiores de
Frio e duas partes menores de Seco. Para conhecer como
atuará esta posição planetária, basta olhar o aforismo 59,
no qual se descreve essa combinação.
Num outro exemplo, em contraste com o anterior,
no caso de Mercúrio (mais Frio que Seco) em Peixes (mais
Úmido que Frio) o resultado será duas partes de Frio, uma
maior de Úmido e outra menor de Seco, combinação na
qual o poder de concentração e de racionalização (Frio)
ganharão um caráter tanto de rigidez (Seco) como de ins-
tabilidade (Úmido), causando uma indefinição no rumo a
seguir.
A Lua é composta de Úmido predominando sobre Frio,
mas quando esse planeta ocupa signos de Terra (formados
por Frio e Seco), as qualidades Úmido e Frio se equiparam,
e passa a predominar a qualidade Frio, criando um forte re-
traimento e interiorização, favorecendo uma natureza que
tanto é perseverante como sonhadora e instável.
70
perserverante, disciplinada, egocêntrica e passional; haverá
mais uma reação tensa aos estímulos do que um movimento
dirigido; haverá tendência a formar uma espécie de cerco à
sua volta e a esforçar-se por manter-se assim estruturado, re-
chaçando a participação com o ambiente.
As seguintes posições planetárias resultam no predomí-
nio da qualidade Seco: Júpiter nos signos de Terra, o Sol nos
signos de Terra, Marte em Aries e nos signos de Terra, Sa-
turno nos signos de Fogo e Mercúrio nos signos de Fogo.
De todas essas combinações, Marte em Aries e Marte em
Virgem são as mais marcadamente Secas e, portanto, as que
apresentam maior veemência, egocentrismo e capacidade
de disciplina em reação a um comando exterior.
O Sol e Júpiter nos signos de Terra terão uma equipa-
ração entre as qualidades Quente e Frio e a preponderância
de Seco, havendo uma forte tensão interior devido ao ímpeto
de movimento próprio desses planetas refreado pela inércia
dos signos de Terra, resultando no desejo de sempre ampliar
(Quente) a posse (Frio) daquilo que lhe possa fornecer uma
estrutura adequada de vida (Seco).
Saturno e Mercúrio nos signos de Fogo terão caracte-
rísticas bastante semelhantes às acima descritas, com Se-
co predominando sobre Frio e Quente, só que o resulta-
do aqui será o desejo de garantir (Frio) aquilo que já con-
quistou (Quente) de modo a formar uma estrutura de vida
(Seco).
Marte nos signos de Touro e de Capricórnio terá atuação
semelhante à do Sol e Júpiter nos signos de Terra, só que com
maior passionalismo, exagero e inflexibilidade.
71.
aos modelos exteriores de forma espontãnea; tendência à
participar e a compartilhar as sensações com o ambiente,
de maneira ingênua e solícita.
As seguintes posições planetárias resultam no predo-
mínio de Úmido: Vênus em Libra e nos signos de Água e
Lua em Peixes e nos signos de Ar. Comparativamente, este
é o menor número de combinações, sendo portanto a qua-
lidade mais rara de se encontrar num mapa natal: apenas 9
combinações planeta/signo resultam no predomínio do Úmi-
do (num total de 84 combinações possíveis).
Dessas combinações, Vênus em Libra e em Peixes, e
Lua em Libra e em Peixes são as mais marcadamente Úmi-
das, portanto as que apresentam maior moldabilidade, im-
pressionabilidade, assimilação espontânea do ambiente e ca-
pacidade de interação e mimetismo.
A Lua nos signos de Ar atua de maneira Úmida mas
contraditória, devido à presença de Frio (Lua) e de Quen-
te (Ar), dando-lhe a capacidade tanto de se impressionar com
o ambiente como de criar fantasias ou idéias a respeito dele.
A Lua no signo de Peixes terá reforçada a sua característi-
ca mais Úmida que Fria, caso em que as percepções e sen-
sações interiores são mais fortes que a realidade.
Vênus nos signos de Agua atua de maneira Úmida, mas
combinando as qualidades Quente e Frio, dando-lhe a capa-
cidade de querer realizar os sonhos criados pela sensoriali-
zação da realidade, isto é, gerando desejos e identificações
emocionais. Vênus no signo de Libra terá reforçada sua ca-
racterística de Úmido predominando sobre Quente, indican-
do a capacidade de unir-se aos demais por afinidade eletiva
e de colocar sua criatividade a serviço da relação com o outro.
72
atrito interno e uma espécie de ausência de habilidade em
geral, ou pode criar uma maior capacidade e riqueza de com-
preensão. Este tipo de combinação tende a facilitar a per-
cepção subjetiva e a dificultar a realização prática.
As seguintes posições planetárias resultam em quali-
dades opostas: o Sol, Júpiter e Marte nos signos de Água; a
Lua nos signos de Fogo; Vênus nos signos de Terra; Satur-
no e Mercúrio nos signos de Ar. Esses são os tipos de com-
binação mais comuns, pois 21 combinações planeta/signo
resultam em oposição de qualidades (num total de 84 com-
binações possíveis).
O Sol, Júpiter e Marte nos signos de Água criam um
movimento de ação (Quente e Seco) que termina por se amol-
dar ao ambiente (Frio e Úmido), descaracterizando-se, em
parte, da intenção original e realizando em parte a direção
original de movimento, dependendo das circunstâncias que
encontrar para a sua atuação.
A Lua nos signos de Fogo produz uma fantasia inte-
rior (Frio e Úmido) pela qual se lutará ativamente (Quen-
te e Seco).
Vênus nos signos de Terra cria o desejo de se relacio-
nar de maneira ideal (Quente e Úmido) dentro das limita-
ções impostas pelas circunstâncias (Frio e Seco).
Saturno e Mercúrio nos signos de Ar produzem uma
concentração objetiva em certos interesses (Frio e Seco),
sobre os quais focaliza sua capacidade abstrata de criação
(Quente e Úmido).
Pode não parecer à primeira vista, mas as quatro situa-
ções acima descritas são contraditórias e complexas, difí-
ceis de serem conciliadas ou solucionadas, sendo necessária
uma grande capacidade de compreensão.
73
nhuma delas se sobressaia; é o tipo de combinação que apre-
senta uma forte coesão interior, criando em alguns casos cer-
ta forma de paralisação e em outros uma coerência e unila-
teralidade de atuação. Este tipo de combinação tende a fa-
cilitar a atuação prática e a dificultar a compreensão e a per-
cepção objetiva.
As seguintes posições planetárias resultam em quali-
dades equilibradas: a / St , alt , 8 / IC , O / 1' , u /
p, 9 / 7:-, 9 , 4 /1 , / 1112,0 /I2 /ke
D/ 5 -
Marte (mais Seco que Quente) equilibra-se nos signos
mais , Quentes que Secos (Leão, Sagitário, Gêmeos) numa
combinação em que o Quente e o Seco se equiparam em for-
ça. Disto resulta um movimento de atuação bastante tenso
e agudo, no qual qualquer pequeno atrito com o ambiente
tende a criar aceleração e um rigor maior do movimento.
O Sol e Júpiter em Aries são combinações semelhantes.
Com Marte em Gêmeos, existe uma presença do Úmido, e o
movimento de atuação torna-se dispersivo, caprichoso e mais
versátil.
Vênus (mais Úmido que Quente) equilibra-se nos signos
mais Quentes que tímidos (Aquário, Gêmeos e Sagitário),
numa combinação em que o Úmido e o Quente se equipa-
ram em força. Disto resulta equilíbrio e moderação no mo-
do de agir, a preocupação de não agredir o ambiente. Quan-
do Vênus está em Sagitário, devido à presença do Seco, não
há tanta moderação assim.
Saturno e Mercúrio em Virgem se equilibram, equipa-
rando em força as qualidades Frio e Seco, o que resulta nu-
ma grande capacidade de análise e de crítica a situações con-
cretas; por vezes há uma tendência a perder o sentido da fina-
lidade da ação.
A Lua em Câncer e Escorpião se equilibra. Equiparam-se
em força as qualidades Frio e Úmido, o que resulta num for-
74
te retraimento e capacidade de introjeção de tudo o que acon-
tece no ambiente. Isso, no entanto, não facilita o discerni-
mento sobre o que se assimila.
75
BREVE INTERPRETAÇÃO DO MAPA NATAL DO BRASIL
77
Brasil
7 de setembro de 1822. MO Paulo, SP.
flexibilidade, uma forte aspiração e capacidade de adapta-
ção a qualquer circunstância, análogos aos do signo de Sa-
gitário.
A Lua (mais Úmida que Fria) em Gêmeos (mais Quen-
te que Úmido com aporte Seco) na IV Casa, com predomí-
nio do Úmido sobre o Quente e o Frio, embora haja tam-
bém um aporte Seco. Pode-se interpretar como sendo uma
combinação que contém as quatro qualidades ou como pre-
dominantemente Úmida. Haverá uma natureza suave, mol-
dável, submissa e ingênua por parte da população do país,
aliada a uma complexidade de caráter, onde é mais forte a
subjetividade e a capacidade de compreensão do que a ha-
bilidade par'a executar coisas práticas.
O Sol (mais Quente que Seco) em Virgem (mais Seco
que Frio) na VII Casa, dá predomínio ao Seco, com co-par-
ticipação do Quente e do Frio, o que resulta numa nature-
za veemente, passional e egocêntrica do Brasil em relação
às outras nações, tendendo a rechaçar uma participação efe-
tiva com elas. Através do Quente, ele pode tentar impor-se,
mas através do Frio o país terá de assimilar valores exter-
nos, enquanto a qualidade Seco, predominante, dará uma
tendência a extremismos nessas duas maneiras de ser.
Mercúrio (mais Frio que Seco) em Virgem (mais Se-
co que Frio) na VII Casa, resulta num equilíbrio entre as
qualidades Frio e Seco, uma forte coesão e unilateralidade
de atuação na relação do Brasil com as demais nações, per-
mitindo grande intercâmbio no nível prático, mas dificul-
tando uma relação compreensiva e integrada.
Vênus (mais Úmido que Quente) em Leão (mais Quen-
te que Seco) na VI Casa, faz predominar o Quente sobre o
Úmido e o Seco, o que resulta numa disposição para o im-
pulso, a iniciativa e a criação de energia, de calor e de en-
tusiasmo no que diz respeito aos assuntos da VI Casa: a saúde
pública, as forças armadas, a política e a classe trabalhadora
79
em geral. Como o Úmido é a segunda qualidade em força,
haverá também uma força de submissão e ingenuidade so-
lícita nesses assuntos.
Marte (mais Seco que Quente) em Escorpião (mais Frio
que Úmido) na IX Casa: não há predomínio porque as qua-
lidades são opostas. O resultado é uma forma de filosofia
da classe governante, de vida cultural e de vida universitá-
ria (e também de forma de governo, por Marte reger a X Ca-
sa) complexa, com grandes atritos internos e uma tendên-
cia a pouca habilidade para lidar com a realidade e resolver
as questões práticas imediatas, voltando-se o país para ques-
tões subjetivas e muito abrangentes.
Saturno (mais Frio que Seco) em Touro (mais Frio que
Seco) na III Casa: há um predomínio do Frio sobre o Seco
de forma harmoniosa, causando retração, reserva, desalen-
to, tendência à imitação e ao conservadorismo nas comuni-
cações internas do país, nos meios de transporte coletivos
e nas vias de tráfego, assim como nos meios de comunica-
ção, especialmente os escritos, nas atividades intelectuais
e no público leitor.
Como a teoria das Qualidades Primitivas não se aplica
diretamente à compreensão dos planetas transaturninos, não
os analisaremos no mapa natal do Brasil, apesar da impor-
tância que estes têm na configuração desse mapa.
80
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mico? Neste livro, Martin Schulman nos leva numa viagem
através do Zodíaco percorrendo signo por signo a fim de nos
mostrar como o Ascendente é, de fato, um ponto de conver-
gência que filtra o ser interior para o mundo. O Ascendente
é à "porta" que usamos para expressar o que está contido
no nosso horóscopo. São os seguintes os principais tópicos
abordados neste volume pelo autor:
* O karma impessoal;
* Como superar a negatividade;
* O Ascendente e os nodos lunares;
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significam em termos de karma pessoal.
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