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USO DE FITOTERAPIA NA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

Natália de Almeida Lima

Matrícula:202002095598

Resumo: O presente ensaio visa abordar sobre o uso de fitoterápicos na saúde pública
no Brasil, como esta prática usada há milênios vem ganhando espaço no atual cenário
de atenção ao paciente, como uma alternativa mais sustentável de forma de tratamento,
menos agressiva e mostrando resultados satisfatórios. Os fitoterápicos são uma classe de
medicamentos extraídos de plantas ou vegetais medicinais, usada desde a antiguidade
por povos nos tratamentos de doenças ou mazelas, porém de forma empírica, por
método de observação para obter tais resultados de sua eficácia. Sabemos que ainda
estamos longe do conhecimento geral acerca de fitoterápicos, pois para isso é preciso
investimentos na área de pesquisa cientifica e subsídios para elencar tais pesquisas,
conhecimentos esses que muitas vezes são passados de gerações em gerações, mas é
preciso mais do que o senso comum para realizar pesquisas e descobrir novos fármacos
ou novas formas de tratamento. Para a produção desde ensaio, foram usados artigos
acadêmicos, artigos do site Scielo, Ministério da saúde, que embasaram o conhecimento
discorrido acerca do tema.

Palavras-chave: Fitoterápicos. Saúde pública. Medicina alternativa.

Introdução

Fitoterápicos são consumidos no mundo todo há milhares de anos, O termo Fitoterapia


deriva do grego phyton que significa “vegetal” e de therapeia, "tratamento", e consiste no
uso interno ou externo de vegetais para o tratamento de doenças, sejam eles “in natura”
ou sob a forma medicamentos. No Brasil, essa prática não foi diferente, adotada pelos
povos indígenas e africanos, uma cultura passada através de gerações, que consiste em
um método empírico de observância, para obter tais resultados da eficácia do fitoterápico.
Entretanto, com o avanço das pesquisas cientificas, e o interesse das grandes
farmacêuticas pelo ramo da medicina alternativa, vem crescendo no mercado a inclusão
desses medicamentos, como uma opção mais sustentável e menos agressiva para alguns
tratamentos. Vale ressaltar também o custo-benefício que alguns proporcionam, levando
em conta aos altos níveis dos preços de medicamentos sintéticos no mercado, a procura
cresceu bastante por medicamentos de origem fitoterápica. Neste ensaio, será abordado o
uso desses medicamentos de forma qualitativa e quantitativa, que demonstram sua
inserção no Sistema Único de Saúde (SUS), seu progresso no tratamento de pacientes e
seus desafios que ainda são enfrentados pela medicina alternativa no ramo de pesquisa e
investimento.

Desenvolvimento

Plantas medicinais são consumidas desde os primórdios por seres humanos e animais,
como forma de alimento e no tratamento de cura de enfermidades. É uma prática que
nasceu provavelmente na pré-história, quando, a partir da observação do comportamento
dos animais na cura de suas feridas e doenças, os homens descobriram as propriedades
curativas das plantas e começaram a utilizá-las, levando ao acúmulo de conhecimentos
empíricos que foram passados de geração para geração (FERRO, 2006).

A Fitoterapia é uma palavra que une dois radicais gregos: “phyton”, que significa planta,
e “therapia”, tratamento. É a terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em
suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas,
ainda que de origem vegetal (BRASIL, 2006).

Sua prática foi muito usada por religiosos, curandeiros e feiticeiros, o que levava a um
pensamento marginalizado dessas pessoas que faziam o uso de plantas e vegetais como
cura de doenças. Associadas às práticas de ocultismos, várias pessoas foram levadas as
fogueiras, como forma de punição e expurgamento do mal. No Brasil, sua descoberta foi
oriunda dos povos indígenas, que já praticavam o uso da medicina alternativa, cultura
nativa herdada por gerações. Com a chegada dos portugueses, trazendo consigo povos
africanos escravizados, a cultura se mesclou e se popularizou entre os povos.

É notável o crescente uso da fitoterapia como prática médica integrativa em diversos


países. A utilização de plantas medicinais no Brasil tem como facilitadores a grande
diversidade vegetal e o baixo custo associado à terapêutica, o que vem despertando a
atenção dos programas de assistência à saúde e profissionais. Estima-se que pelo menos
25% de todos os medicamentos modernos são derivados diretamente ou indiretamente de
plantas medicinais, principalmente por meio da aplicação de tecnologias modernas ao
conhecimento tradicional. O Ministério da Saúde aprovou em 2006 a Política Nacional
de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, como base para o que viria ser em 2009 o Programa
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. A Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos – PNPMF – regulamentada por meio do Decreto nº 5.813, de
22 de junho de 2006, justifica-se pela presença da ciência fitoterápica no cotidiano das
pessoas, aliada ao fato de o Brasil ser o país que detém a maior parcela da biodiversidade
mundial, em torno de 15 a 20%.

Muitos foram os avanços nas últimas décadas com a formulação e implementação de


políticas públicas, programas e legislação com vistas à valoração e valorização das plantas
medicinais e derivados nos cuidados primários com a saúde e sua inserção na rede
pública, assim como ao desenvolvimento da cadeia produtiva de plantas medicinais e
fitoterápicos (RODRIGUES; SANTOS; AMARAL, 2006). Atualmente, os principais
instrumentos norteadores para o desenvolvimento das ações/programas com plantas
medicinais e fitoterapia são: a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares no SUS, com diretrizes e linhas de ação para “Plantas Medicinais e
Fitoterapia no SUS”, e a “Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos”, com
abrangência da cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos. Essas políticas
foram formuladas em consonância com as recomendações da OMS, os princípios e
diretrizes do SUS, o potencial e oportunidades que o Brasil oferece para o
desenvolvimento do setor, a demanda da população brasileira pela oferta dos produtos e
serviços na rede pública e pela necessidade de normatização das experiências existentes
no SUS.

Diante dos avanços e do potencial do nosso país para o crescimento do setor, ficam os
desafios da alocação de recursos específicos para o desenvolvimento das ações dessas
políticas; da formação/qualificação de profissionais de saúde; da definição de normas
específicas para o serviço no SUS; da ampliação do investimento em Pesquisa &
Desenvolvimento; da ampliação da oferta de serviços e produtos na rede pública; entre
outros. Nesse sentido, as políticas nacionais são imprescindíveis e estabelecem
estrategicamente o fortalecimento e desenvolvimento de toda a cadeia produtiva de
plantas medicinais e fitoterápicos, para que os usuários do Sistema tenham acesso a
serviços e a esses produtos com qualidade, eficácia e segurança.

Conclusão

O uso da fitoterapia na saúde pública no Brasil é de suma importância, pois é uma forma
alternativa, para um tratamento de uma enfermidade. Trazida ao longo dos anos, mostra
eficácia e um bom custo-benefício. Sua implementação também mostra respeito a cultura
dos povos antigos, uma vez que, seu conhecimento empírico veio através da observação
dos efeitos colaterais, atualmente, existem várias pesquisas no ramo da fitoterapia e
medicina alternativa, ganhando cada vez mais espaço nas farmácias e se mostrando
eficiente tanto quanto um fármaco sintético. Mas é preciso haver mais incentivos em
pesquisas, afinal, o Brasil possui uma diversidade de fauna e flora pouco explorada para
esses fins.

Referências

ANÁLISE SOBRE A FITOTERAPIA COMO PRÁTICA INTEGRATIVA NO


SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. Scielo. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbpm/a/ZBKcPvMgQ4LTN8KRbsdGxjj/abstract/?lang=pt.
Acesso em: 07/09/2021

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES PLANTAS MEDICINAIS E


FITOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA. Ministério da saúde. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/praticas_integrativas_complementares_plan
tas_medicinais_cab31.pdf acesso em: 07/09/2021

MACIEL, Victor. Uso de fitoterápicos e plantas medicinais cresce no SUS. Ministério da


saúde, São Paulo, 22/06/2016. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/noticias/uso-de-fitoterapicos-e-plantas-medicinais-cresce-no-sus acesso em:
07/09/2021

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