O que é BDD?

Entenda mais sobre a metodologia e como usá-la

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O que é BDD? Conheça o que é Behavior Driven Development e

o que é preciso para implementá-lo na sua equipe
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Publicado em 25 de junho de 2020 por Redação Zoop

Escrito por André Leite, Head de Qualidade e Vinicius Trindade, Analisa de Teses Sênior na Zoop.

Procurando saber o que é BDD? No meio de tantas e tantas metodologias de desenvolvimento ágil, creio que no mundo de
tese de software nenhuma é tão famosa quanto o Behavior Driven Development, ou apenas, BDD. 

Porém, muitas das vezes, a sua associação incorreta como um framework de automação de teses faz com que a
metodologia BDD não seja implementada da forma correta, sendo até algumas vezes abandonada.

Nese artigo, vamos falar melhor sobre essa metodologia, seus processos, técnicas e sua principal ideologia: o
entendimento compartilhado.

BDD não é automação de teses? 

Se você é um analisa de tese e, algum dia, já pensou o que é BDD, tenho certeza que a primeira coisa que veio na sua

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mente foi: 

“Preciso insalar o Cucumber!!!”

E depois de fazer a insalação, e conseguir criar o seu primeiro tese automatizado usando o Cucumber em parceria com
alguma linguagem de programação, você com certeza pensou: 

“Cara, eu esou automatizando em BDD!”

Na verdade, não! Você “apenas” criou um tese automatizado, a partir de uma documentação executável criada em
Gherkin (guarde esse nome), na qual é suportado pelo Cucumber. 

Não houve aplicação do BDD nesse caso!

Mas por que muitos confundem ou associam o que é BDD unicamente a teses automatizados com Cucumber?

Tanto o BDD quanto o Cucumber possuem uma pequena similaridade, a utilização do Gherkin como padrão de escrita
de critérios de aceitação. E é nesse ponto que toda a confusão se inicia. 

Não exise uma obrigatoriedade de escrever os critérios de aceitação no BDD utilizando Gherkin. Porém, exise um
aconselhamento por ser a linguagem que mais se aproxima da descrição do comportamento do usuário com a
aplicação.

Você pode automatizar teses de software utilizando Cucumber/Gherkin dentro da metodologia BDD. Mas você não esá
fazendo BDD, por esar apenas aplicando automação de teses com Cucumber.

É importante que essa separação de conceitos eseja clara para que você tenha sucesso no entendimento e na aplicação
do que é BDD.

Então, o que é o BDD?

Em uma defnição resumida, podemos dizer o que é BDD, ou seja:

“Behavior Driven Development, ou BDD, é um processo colaborativo que envolve múltiplos membros do time,
trabalhando em conjunto com o PO para descobrir e refnar os requisitos usando, para isso, conversas esruturadas
sobre exemplos de uso e comportamento de um sisema ou funcionalidade, buscando o entendimento compartilhado.”

A alma do BDD esá na conversa, alinhamento consante e principalmente no entendimento compartilhado entre todos
os membros do time que esão envolvidos na parte negocial do desenvolvimento de uma hisória, geralmente QAs, DEVs e
POs. 

Como toda metodologia, o BDD também possui um processo a ser seguindo, passando pela Descoberta, Defnição,
Formalização e Entrega — a automação dos teses aqui é uma opção, e não uma obrigação. 

Porém, se esamos falando de times ágeis, nos quais o foco esá, na maioria das vezes, em entregar de forma ágil, com o
máximo de qualidade possível, é recomendável a automação de teses, tanto no nível unitário (usando TDD) quanto no
nível funcional (usando ATDD ).

A imagem abaixo ilusra, resumidamente, o processo do BDD.

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Vamos, então, exercitar cada fase do processo do BDD.

1. Descoberta
Quando: cerimônia de refnamento (ou Grooming)

Participantes: QAs, DEVs, POs e quaisquer outros que possam contribuir com o refnamento da hisória.

Objetivo: na fase de descoberta, o PO explanará  a hisória que fará parte de uma sprint, falando sobre a visão a nível de
negócio, as funcionalidades, fuxos e regras de negócio que já foram mapeados por ele, para que todos os envolvidos
possam ter o mesmo entendimento sobre a fnalidade da hisória em quesão.

Após a explanação, todos os envolvidos iniciarão uma conversa esruturada, utilizando técnicas de BDD (que veremos mais
à frente) para levantar exemplos de uso e comportamento do usuário com a funcionalidade em quesão.

A ideia é que sejam geradas dúvidas e que cada resposa possa virar uma nova regra de negócio, um critério de
aceitação ou até mesmo uma nova hisória de usuário na fase de defnição.

2. Defnição
Quando: cerimônia de refnamento (ou Grooming)

Participantes: QAs, DEVs, POs e quaisquer outros que possam contribuir com o refnamento da hisória.

Objetivo: com  todas as perguntas necessárias, o objetivo é defnir quais delas se tornaram regras de negócios, critérios de
aceitação ou novas hisórias.

Essas defnições, logicamente, se darão por meio da conversa e alinhamento entre os envolvidos na cerimônia de
refnement. 

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A ideia é que, após a defnição, todos os itens levantados possam ser formalizados na fase seguinte..

3. Formalização
Quando: geralmente, por precisar de um pouco mais de esforço para se consruir uma nova hisória ou critérios de
aceitação, é recomendado que a formalização seja realizada fora da cerimônia de refnement.

Responsável: QAs, DEVs, POs ou qualquer um que seja responsável pela criação dos artefatos.

Objetivo: nese caso, o objetivo é transcrever todos os itens levantados em uma linguagem amigável e de fácil
entendimento por todos. 

No caso dos critérios de aceitação, recomenda-se o uso do GherkinPorém, pode ser utilizado qualquer outro formato que
seja realmente entendível por todos, como Protótipos, Wireframes (no caso de aplicações web ou mobile) ou Wiremocks
(no caso de APIs).

4. Entrega
Quando: geralmente, durante a cerimônia de review e durante todo o tempo em que a hisória esiver em produção.

Responsável: QAs, DEVs, POs ou qualquer um possa apresentar o software de valor desenvolvido.

Objetivo: após a execução de todo o desenvolvimento e teses da hisória, podemos então apresentar para o PO, durante a
cerimônia de review para validação do entregável e poseriormente para produção. 

Ideal que a funcionalidade seja monitorada após a promoção para o ambiente de produção, para que possam ser
gerados feedbacks relacionados à utilização dos clientes na aplicação.

Quais técnicas de BDD podemos utilizar?

Agora que você sabe melhor o que é BDD, saiba que exisem várias técnicas que possibilitam o levantamento de requisitos,
como specifcation workshops, discovery workshop, example mapping, 3 amigos, dentre outros.

Porém, vamos focar aqui nas 2 principais técnicas (na minha opinião) de BDD: Example Mapping e 3 amigos. 

A ideia não é explicar por completo as duas técnicas, mas passar um resumo que seja minimamente entendível para que
possa ser aplicável por você.

Example Mapping
Como dito anteriormente, dentro do processo de BDD —  mais especifcamente nas fases de Descoberta e Defnição —
será explanada a hisória e, com isso, dúvidas sobre o exemplo de uso serão levantadas para que, poseriormente, possam
se tornar uma regra de negócio e critérios de aceitação. 

No caso, o Example Mapping é uma técnica que engloba essas duas fases e, de uma forma esruturada, ajudar a levantar
todos requisitos possíveis para cobrir toda a hisória.

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Durante a explanação do PO sobre a hisória e as regras de negócios levantadas previamente, os demais envolvidos
escreverão em um pos it as dúvidas que surgirem  (cada dúvida em um pos it diferente). 

Após o fm da explanação, será iniciada uma conversa de forma que todas as dúvidas sejam respondidas. 

Assim, as  resposas deverão ser escritas em pos its, conforme especifcidade (critérios de aceitação, regras de negócios
ou hisórias).

O time-box padrão é de 25 minutos para cada hisória, mas recomendo que no início não fque preso a ele somente se
atente para não fazer com que a reunião fque demorada, de acordo com o feeling da equipe.

A reunião deve acabar quando todos os membros concordarem que a cobertura levantada para a hisória foi a máxima
possível.

3 Amigos
A técnica “3 amigos” não é absolutamente diferente do “Example Mapping”, porém, acredito ser mais simples e de fácil
implementação. 

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A diferença primordial é basicamente a não presença dos pos its. O PO continua explanando a hisória, e as dúvidas e
resposas são realizadas de forma mais dinâmica, sem necessariamente aguardar o fm da explanação para
levantá-las  ou para defnir os critérios. 

É, de fato, mais dinâmico e menos “rígido”. Porém, é necessário que os envolvidos tenham o máximo de comprometimento
em, de fato, conseguirem tirar o máximo de cobertura possível da hisória.

Minha sugesão é que se inicie com Example Mapping, para conseguir entender a dinâmica e os outputs. 

Quando esiverem confortáveis, fazer a migração para a “3 amigos”. Assim, acredito, terão mais sucesso na aplicação das
técnicas.

Mas e a automação de tese?

Sim! A automação esá presente aqui, mas, como dito anteriormente, é opcional. 

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Se aplicado corretamente, o Behavior Driven Development abrirá uma excelente janela para que se possa criar os scripts
de teses automatizados, seja usando Cucumber, Res Assurance, Robot Framework, Posman ou qualquer outra
ferramenta de teses automatizados, de forma paralela com o desenvolvimento, agilizando não somente a execução dos
teses, mas também a entrega da hisória para o PO e consequentemente para o ambiente de produção.

O único ponto de atenção é: se atentar para que os critérios de aceitação que serão escritos (geralmente por QA) não
fquem orientados a implementação ou aos teses que serão realizados, e sim ao comportamento do usuário, que é o
que prega o BDD.

Dessa forma, temos a seguinte timeline a ser seguida:

Como você pode ver , o BDD é uma excelente metodologia de desenvolvimento ágil, que envolve não somente o
analisa de tese, mas todos os membros da equipe. 

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Apesar de não ser um framework de teses automatizados, pode ajudar basante na criação de esruturas robusas de teses
automatizados, como “continuous tesing”, por exemplo. Mas isso fca para um outro artigo!

Espero que tenham gosado e ajudado você a compreender melhor o que é BDD.

Até a próxima!

Redação Zoop

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