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Assumindo o controle de sua vida.

Tornando-se mais assertivo


A assertividade é falar o que pensa e o que sente de uma forma objetiva e educada, visando
resolver o seu problema e estar bem consigo mesmo. Sem machucar o outro e nem a si
mesmo, sem passar por cima das pessoas. É um comportamento que RESPEITA a si e ao
próximo.
Esse estímulo da assertividade diz respeito a você sentir raiva sim (quando sentir), mas
expressa-la de forma a resolver o seu problema e não criar outros problemas.

Alguns exemplos de comportamentos assertivos:


 Elogiar e saber receber elogios
 Saber dizer não por parte da solicitação de outras pessoas
 Saber se queixar de serviços que foram insatisfatórios (comida fria, por exemplo.)
 Pedir coisas a outras pessoas
 Pedir mudanças no comportamento de outras pessoas

Tornando-se mais assertivo e assumindo o controle


Etapa um – Reconheça comportamentos assertivos
Etapa dois – Use direitos assertivos pessoais
Etapa três – Convença-se agir assertivamente

Usando seus direitos pessoais (carta dos direitos assertivos).

A seguir, há uma lista de direitos pessoais disponíveis a todos em nossa sociedade. Leia e
anote quantos desses direitos você está usando atualmente. Se você não estiver se permitindo
fazer uso deles, precisa começar. Você está oferecendo esses direitos a outras pessoas e não
a si mesmo?
 Você tem o direito a seus próprios valores; as outras pessoas têm o direito aos valores
delas.
 Você tem o direito de sentir e expressar seus sentimentos, inclusive raiva; as outras
pessoas têm o direito de expressar os sentimentosdelas.
 Você tem o direito de não apresentar razões e justificativas para seu comportamento; as
outras pessoas têm o direito de não dar explicações.
 Você tem o direito de cometer erros e ser responsável por eles; as outras pessoas têm o
direito de cometer erros e aceitar/lidar com as consequências.
 Você tem o direito de mudar de opinião; as outras pessoas têm o direito de mudar de
ideia.
 Você tem o direito de tomar as suas próprias decisões; as outras pessoas têm o direito
de tomar as próprias decisões.
 Você tem o direito de dizer: não sei ou não me importo ou não entendo; as outras
pessoas também têm esses direitos.
 Você tem o direito de se elogiar e se sentir bem; as outras pessoas têm o direito de
elogiar a si mesmas.
 Você tem o direito de dizer “não” sem se sentir culpado ou egoísta; as outras pessoas
têm o direito de dizer “não” a você sem serem consideradas egoístas.
 Você tem o direito de usar o seu tempo como quiser; as outras pessoas têm o direito de
usar o tempo delas como acharem melhor.
 Você tem o direito a afeto, ajuda ou informações; as outras pessoas têm os mesmos
direitos.

Exercício
Se você acha que não está usando todos os seus direitos pessoais, escolha alguns nos quais
possa trabalhar como metas semanais. Talvez você ache proveitoso prender lembretes com
esses direitos em algum lugar de sua casa.
Pensamentos falhos que impedem a assertividade

Pressupor que você sabe como os outros vão reagir:

 “Ela vai se aborrecer se eu disser...”


 “Ele vai pensar que sou egoísta”.

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Colocar rótulos negativos no comportamento assertivo:

 “Isso não é educado”


 “É uma atitude fútil ou egoísta mencionar isso”.

Enxergar as possíveis consequências desagradáveis:

 “Vou ficar terrivelmente constrangida”


 “Ele nunca vai me perdoar”

Supor que o pior vai automaticamente acontecer:

 “Vou perder o emprego se discordar do chefe”.

Fixar limites restritivos sobre quando ser assertivo:

 “Só vou dizer isso se for o momento certo”.


 “A outra pessoa precisa poder lidar com isso”.
 “Preciso ter certeza dos fatos”.

Convencer-se de que está se sentindo de outra forma é “racionalizar”:

 “Na verdade, não me importo tanto”, quando, de fato, você se importa.


 Ou “Não devo me queixar, ele só está dizendo isso para o meu bem”.

Convencer-se de que não tem responsabilidade por atitudes assertivas:

 “No fim, tudo vai dar certo”, ou


 “Eu não podia mesmo mudar nada”

Acreditar que suas fortes emoções estão automaticamente corretas e os outros, errados. Isso
é uma argumentação emocional que indica que você acredita que sentimentos são fatos. Por
exemplo:

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 “Sinto-me menosprezada, portanto, foi o que aconteceu”.
Esse tipo de pensamento encoraja o comportamento agressivo.

 Ter expectativas não realistas sobre o resultado do comportamento assertivo. Você


espera que, ao ser assertivo, todos os seus problemas serão resolvidos. Algumas
pessoas esperam que a assertividade vá funcionar da primeira vez, ou que os demais
vão sempre cooperar se elas forem assertivas, e isso pode fazer com que desistam se a
primeira tentativa não for bem-sucedida.

 A assertividade não é uma varinha de condão que funciona sempre; entretanto, ela
melhora suas chances de conseguir o que quer, mesmo que não garanta o sucesso.

 Assumir responsabilidade excessiva pelos sentimentos de outra pessoa, o que significa


que você se culpa quando alguém se zanga, aborrece ou magoa porque você foi
assertivo; se você foi sensato, racional e não agressivo, não é sua culpa se a outra
pessoa reage de modo exagerado.

O modo como reage diante de sua assertividade é determinado pelo estilo de pensamento
dela, o que é algo que você não pode controlar. A forma como as pessoas interpretam seu
comportamento é resultado do condicionamento que tiveram na infância; se elas agem
irracionalmente, é responsabilidade delas corrigir o próprio comportamento e modo de pensar.
Se você permitir que as reações exageradas dos outros o impeçam de ser assertivo, prestará
um desserviço a elas e a si mesmo, porque, ao ceder diante do comportamento irracional, você
dará a impressão de que ele é que é sensato.

Estabeleça tarefas que visem à assertividade


Para encorajar mudanças de comportamento, crie exercícios diários e semanais de
assertividade. Escolha situações fáceis para começar a praticar sua assertividade e
gradativamente passe a outros mais difíceis.
Planeje e ensaie o que quer dizer e fazer; tome notas com antecedência e estude-as se achar
que a ansiedade vai provocar um branco durante a situação.
O segredo para ser assertivo são a consistência e a persistência; se você tentar apenas uma
vez e ceder ou desistir, estará simplesmente transmitindo a mensagem de que voltará atrás, e
instigará as pessoas a tentarem impor a vontade delas com mais afinco; ao ser firme e
determinado em suas opiniões, você dá o recado de que elas devem mudar.

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Sou a Sara Melo, psicóloga, uma das autoras do baralho “Autoestima”, “Autoconhecimento”,
“Comer Consciente” e “Desvendando a Ansiedade: Pílulas Diárias”.

Sou formada há quase 10 anos. Trabalho com a Terapia Cognitivo Comportamental, Terapia
do Esquema e Mindfulness.

Acredito ter encontrado o meu verdadeiro propósito de vida através da psicologia.

Contatos:

(21) 98368-0395

E-mail: psisaramelo@gmail.com

Instagram: psisaramelo

Facebook: Sara Melo

Referências bibliográficas:

TANNER, Susan, Ball Jillian. Abaixo a depressão. São Paulo. Editora Fundamento
Educacional, 2004. ISBN 85-88350-56-4

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